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Redes de Atenção

À
SAÚDE
Prof. Esp. Bruna Oliveira
O que são as RAS?
Pontos de atenção à saúde, ou seja,
locais onde são ofertados serviços de saúde
que determinam a estruturação dos pontos
de atenção secundária e terciária.
A estrutura operacional das RAS expressa alguns componentes
principais: centro de comunicação (Atenção Primária à Saúde);
pontos de atenção (secundária e terciária); sistemas de apoio
(diagnóstico e terapêutico, de assistência farmacêutica, de
teleassistência e de informação em saúde); sistemas logísticos
(registro eletrônico em saúde, prontuário clínico, sistemas de acesso
regulado à atenção e sistemas de transporte em saúde); e sistema
de governança (da rede de atenção à saúde) (MENDES, 2009).
Portaria 4279/2010

Estabelece diretrizes para a


organização das Redes de
Atenção à Saúde no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS).
REDES ESTABELECIDAS
 Rede Cegonha, estabelecida por meio da Portaria nº 1.459/11;
 Rede de Urgência e Emergência (RUE), estabelecida pela Portaria GM/MS nº 1.600/11;
 Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), estabelecida pela Portaria GM/MS nº 3.088/11,
para as pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do
uso de crack, álcool e outras drogas;
 Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiências (Viver Sem Limites), estabelecida pela
Portaria GM/MS nº 793/12;
 e Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, pela Portaria GM/MS nº
438/14.
Um dos maiores problemas do Sistema Único de Saúde
reside na incoerência entre a situação de condição de saúde
brasileira de tripla carga de doença, com o forte predomínio
relativo das condições crônicas, e o sistema de atenção à
saúde adotado, que é fragmentado, episódico, reativo e
voltado prioritariamente para as condições e os eventos
agudos (CONASS, 2015).
A reorganização das práticas de
saúde como preceito para as equipes
coordenarem o cuidado nas redes de
atenção deve ser estimulado em nível
local, a fim de ela acompanhar o
usuário durante todo o fluxo dentro do
sistema de saúde até a demanda ser
sanada.
Lord Bertrand Dawson – Reino Unido
Os serviços de saúde deveriam
acontecer por intermédio de uma
organização ampliada que
atendesse às necessidades da
população de forma eficaz.
A situação de saúde brasileira vem
mudando e, hoje, marca-se por uma transição
demográfica acelerada e se expressa por uma
situação de tripla carga de doenças: uma
agenda não concluída de casos de infecções,
desnutrição e problemas de saúde reprodutiva; o
desafio das doenças crônicas e de seus fatores
de risco (tabagismos, obesidade, estresse,
alimentação inadequada) e o forte crescimento
da violência e das causas externas (FRENK,
2006).
A organização dos sistemas de saúde sob a forma de
redes integradas é a melhor estratégia para garantir atenção
integral, efetiva e eficaz às populações assistidas, com a
possibilidade de construção de vínculos de cooperação e
solidariedade entre as equipes e os níveis de gestão do
sistema de saúde (WHO, 2008; OPS, 2005).
Os sistemas de atenção à saúde movem-se numa relação
dialética entre fatores contextuais – como envelhecimento da
população, transição epidemiológica e avanços científicos e
tecnológicos – e fatores internos – como cultura organizacional,
recursos, sistemas de incentivos, estrutura organizacional e estilo de
liderança e de gestão (MENDES, 2011).
Ao discutir a temática das redes de atenção à saúde no
Brasil, La Forgia (2006) considera que o problema é
caracterizado pela predominância da fragmentação, que é mais
a norma que a exceção, o que resulta em duplicação de
serviços; ineficiências de escala e escopo; baixa qualidade
derivada da atenção descontínua; e custos de tratamento altos
em virtude da má gestão das doenças crônicas.
As diferentes partes do sistema de saúde não funcionam
como um todo. Há pouca articulação de recursos, equipes e
tecnologias entre os prestadores. O sistema de saúde não
está preparado para lidar com os problemas complexos
determinados pelas doenças crônicas que representam 2/3 da
carga das doenças no país.
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