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PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES MIOFUNCIONAIS OROFACIAIS EM UMA POPULAÇÃO

EM IDADE PRÉ-ESCOLAR E SUA RELAÇÃO COM A AQUISIÇÃO DO SISTEMA


FONOLÓGICO
Autor(es) / Coautor(es) : BIANCA ARRUDA MANCHESTER DE QUEIROGA, Bianca Arruda
Manchester de Queiroga, Jakelline Miranda Alves, Ana Augusta de Andrade Cordeiro, Viviany Andrea
Meireles Alves, Fernando Augusto Pacifico, Thales Rafael Correia de Melo Lima, Angélica Galindo
Carneiro Rosal, Débora Balbino da Silva, Gabriel

A harmonia do sistema miofuncional orofacial tem fundamental importância na capacidade de comunicação.


Estudos realizados afirmam que qualquer alteração no sistema estomatognático pode interferir na eficiência
desta. O objetivo deste trabalho foi investigar o desenvolvimento fonológico a partir do modelo dos
processos fonológicos em função da presença ou ausência de alterações miofuncionais orofac iais em
crianças com idade entre 2:6 a 6:11 anos de creches/escolas municipais da Região Metropolitana do Recife.
Participaram 100 crianças sem queixas e sem alterações miofuncionais evidentes. Foi realizada uma
avaliação miofuncional e uma prova de avaliação fonológica. Foram identificados dois grupos: sem
alterações miofuncionais orofaciais – G1 (12,14%) e com alterações miofuncionais orofaciais - G2
(87,86%). De um modo geral, os resultados indicaram que o processo de redução de sílaba continuou
operando na fala das crianças até 6:11 anos, para ambos os grupos (superação preconizada aos 2:6 anos), os
processos de harmonia consonantal e plosivação de fricativa foram superados tardiamente pelos dois grupos
(superação preconizada aos 2:6 anos), havendo uma d iferença de pelo menos um ano entre G1 e G2, o
processo de simplificação de fricativa velar foi superado até 3:6-3:11 anos no grupo G1 e se manteve
operante no G2 até 6:11 anos (superação preconizada até 3:6 anos), os processo de posteriorização para
velar e posteriorização para palatal apareceram apenas no G2 (superação preconizada até 4:6 anos), estando
posteriorização para velar dentro do que preconiza a literatura, superado na faixa etária de 4:0-4:5, e
posteriorização para palatal com um atraso de 6 meses, superado na faixa etária de 4:6-4:11, o processo de
frontalização de velares foi superado na faixa de 3:0-3:5 anos no G1 e se manteve operante no G2 até 4:11
anos (superação preconizada até 3:6 anos), o processo de frontalização para palatal, foi supe rado na faixa de
3:6-3:11 ano no G1 e se manteve operante no G2 até 4:5 anos (superação preconizada até 4:6 anos), o
processo de simplificação de líquidas continuou operando em ambos os grupos até 6:11 anos (superação
preconizada até 3:6 anos), os processos de simplificação de consoante final e simplificação de encontro
consonantal continuou operando na fala dos dois grupos até 6:11 anos (superação preconizada até 7:0 anos).
Já com relação aos processos não observados frequentemente durante o desenvolvimento fonológico,
observou-se os de ensurdecimento de plosiva e de fricativa em ambos os grupos, porém no G1 foram
superados mais cedo (ensurdecimento de plosiva aos 4:11 anos e de fricativa aos 3:11 anos), do que no G2
(ensurdecimento de plosiva aos 6:11 anos e de fricativa aos 6:5 anos). O processo de sonorização de plosiva
foi observado apenas no G2, sendo superado até 5:11 anos. Constatou-se uma diferença de 6 meses a um ano
na eliminação de alguns processos entre os grupos. Além disso, alguns processos apareceram apenas no G2.
Destaca-se que a ocorrência de alguns processos sugerem a influência da variedade lingüística falada na
cidade do Recife, devendo-se considerar esta variedade na avaliação do desenvolvimento fonológico.
Instituição de fomento: CNPq/FACEPE

Dados de publicação
Página(s) : p.4195
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa
ESCOLARIDADE MATERNA E DO CUIDADOR E SUA RELAçãO COM A PRESENçA DE
ALTERAçõES MIOFUNCIONAIS OROFACIAIS EM CRIANçAS
Autor(es) / Coautor(es) : Ana Augusta de Andrade Cordeiro, Ana Augusta de Andrade Cordeiro, Viviany
Andrea Meireles Alves, Bianca Arruda Manchester de Queiroga, Jakelline Miranda Alves, Débora Balbino
da Silva, Angélica Galindo Carneiro Rosal, Thales Rafael Correia de Melo Lima, Fernando Augusto
Pacifico, Gabriel

A escolaridade da mãe é apontada como principal fator para o desenvolvimento saudável da criança.
Partindo do pressuposto que logo nos primeiros anos de vida a criança é dependente das relações corporais
afetivas que estabelece com a mãe e que é através dessa relação que o indivíduo se desenvolve, insere-se na
cultura e constrói sua identidade, mãe que apresenta maior nível de escolaridade geralmente procura
compreender melhor os aspectos que podem interferir e prejudicar o desenvolvimento dos filhos. Pesquisas
apontam que quanto maior o nível educacional materno, maiores possibilidades ela tem de obter
informações sobre desenvolvimento infantil, além de orientações de como proceder sobre a saúde de seus
filhos. Diante do exposto, o presente estudo teve como objetivo verificar a influência da escolaridade
materna sobre o desenvolvimento miofuncional orofacial infantil. Participaram deste estudo 100 crianças de
ambos os sexos, com faixa etária de 2:6 e 6:11 anos, de escolas e creches públicas da Região Metropolitana
do Recife. Foi aplicado um questionário psicossocial às mães que, entre outros aspectos, investigava o seu
nível de escolaridade, bem como informações sobre cuidadores, quando estes assumiam o cuidado da
criança. Além da aplicação deste, as crianças foram avaliadas nos seguintes aspectos: modo respiratório,
postura, mobilidade e tônus de lábio, língua, bochecha e palato mole, morfologia de lábios, conformação de
tonsilas, postura de palato duro e oclusão dentária. Foi realizada uma análise de variância (ANOVA) e, em
seguida o pós-teste de Tukey, em que os resultados apontaram que crianças cujas mães não frequentaram
escola apresentavam mais alterações miofuncionais orofaciais que as crianças cujas mães possuíam ensino
fundamental I e II, sendo esta diferença significativa estatisticamente (p=.001). No e ntanto, quando
comparadas com crianças filhas de mãe com ensino médio, não foram observadas diferenças significativas,
fato bastante interessante e que pode ser justificado pela escolaridade do cuidador, já que a maioria das
mães, com maior nível de escolaridade, trabalha e deixa os filhos aos cuidados de pessoas com menor nível
de escolaridade (das 28 crianças cujas mães que tinham ensino médio, 16 ficavam com cuidadores que não
freqüentaram escola, ou seja, eram analfabetos). Constatou-se que a escolaridade da mãe mostrou ser um
fator decisivo em relação à presença de alterações miofuncionais orofaciais infantis, assim como a
escolaridade do cuidador e que medidas de orientação junto às mães e cuidadores precisam ser adotadas para
que problemas deste tipo sejam evitados, minimizando, assim, a ocorrência de agravos à saúde infantil.
Instituição de fomento: CNPq/FACEPE

Dados de publicação
Página(s) : p.4202
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa

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