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Dados de publicação
Página(s) : p.4195
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa
ESCOLARIDADE MATERNA E DO CUIDADOR E SUA RELAçãO COM A PRESENçA DE
ALTERAçõES MIOFUNCIONAIS OROFACIAIS EM CRIANçAS
Autor(es) / Coautor(es) : Ana Augusta de Andrade Cordeiro, Ana Augusta de Andrade Cordeiro, Viviany
Andrea Meireles Alves, Bianca Arruda Manchester de Queiroga, Jakelline Miranda Alves, Débora Balbino
da Silva, Angélica Galindo Carneiro Rosal, Thales Rafael Correia de Melo Lima, Fernando Augusto
Pacifico, Gabriel
A escolaridade da mãe é apontada como principal fator para o desenvolvimento saudável da criança.
Partindo do pressuposto que logo nos primeiros anos de vida a criança é dependente das relações corporais
afetivas que estabelece com a mãe e que é através dessa relação que o indivíduo se desenvolve, insere-se na
cultura e constrói sua identidade, mãe que apresenta maior nível de escolaridade geralmente procura
compreender melhor os aspectos que podem interferir e prejudicar o desenvolvimento dos filhos. Pesquisas
apontam que quanto maior o nível educacional materno, maiores possibilidades ela tem de obter
informações sobre desenvolvimento infantil, além de orientações de como proceder sobre a saúde de seus
filhos. Diante do exposto, o presente estudo teve como objetivo verificar a influência da escolaridade
materna sobre o desenvolvimento miofuncional orofacial infantil. Participaram deste estudo 100 crianças de
ambos os sexos, com faixa etária de 2:6 e 6:11 anos, de escolas e creches públicas da Região Metropolitana
do Recife. Foi aplicado um questionário psicossocial às mães que, entre outros aspectos, investigava o seu
nível de escolaridade, bem como informações sobre cuidadores, quando estes assumiam o cuidado da
criança. Além da aplicação deste, as crianças foram avaliadas nos seguintes aspectos: modo respiratório,
postura, mobilidade e tônus de lábio, língua, bochecha e palato mole, morfologia de lábios, conformação de
tonsilas, postura de palato duro e oclusão dentária. Foi realizada uma análise de variância (ANOVA) e, em
seguida o pós-teste de Tukey, em que os resultados apontaram que crianças cujas mães não frequentaram
escola apresentavam mais alterações miofuncionais orofaciais que as crianças cujas mães possuíam ensino
fundamental I e II, sendo esta diferença significativa estatisticamente (p=.001). No e ntanto, quando
comparadas com crianças filhas de mãe com ensino médio, não foram observadas diferenças significativas,
fato bastante interessante e que pode ser justificado pela escolaridade do cuidador, já que a maioria das
mães, com maior nível de escolaridade, trabalha e deixa os filhos aos cuidados de pessoas com menor nível
de escolaridade (das 28 crianças cujas mães que tinham ensino médio, 16 ficavam com cuidadores que não
freqüentaram escola, ou seja, eram analfabetos). Constatou-se que a escolaridade da mãe mostrou ser um
fator decisivo em relação à presença de alterações miofuncionais orofaciais infantis, assim como a
escolaridade do cuidador e que medidas de orientação junto às mães e cuidadores precisam ser adotadas para
que problemas deste tipo sejam evitados, minimizando, assim, a ocorrência de agravos à saúde infantil.
Instituição de fomento: CNPq/FACEPE
Dados de publicação
Página(s) : p.4202
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa