Você está na página 1de 15

CURSO SUPERIOR EM GESTÃO HOSPITALAR

UNIVERSIDADE PAULISTA

LEILIAN DE SOUZA MACIEL

RA: 2070421

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE - UBS

PIM XII

VITÓRIA

2022
UNIVERSIDADE PAULISTA

LEILIAN DE SOUZA MACIEL

RA: 2070421

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE - UBS

PIM XII

Projeto Integrado Multidisciplinar XI para obtenção do


título de Tecnólogo em Gestão Hospitalar, apresentado à
Universidade Paulista – UNIP.

Orientador: Profª Gleice Maria da Costa

VITÓRIA

2022
RESUMO
Este Projeto Integrador Multidisciplinar busca discutir as temáticas Sistemas de
Informação em Saúde, Serviços Laboratoriais e Exames Clínicos e Gestão
Hospitalar Integrada em articulação com os processos desenvolvidos na
Unidade Básica de Saúde de Coqueiral de Itaparica, situada no município de
Vila Velha. Entendemos que os sistemas de informação em saúde buscam
melhorar e modernizar o sistema de gerenciamento de informações,
aumentando a efetividade dos profissionais e reduzindo os custos em saúde.
Contribuindo, ainda, para auxiliar na padronização do cuidado.

Palavras-chave: UBS; E-SUS AB; SISAB.

1. INTRODUÇAO

Neste estudo, o objetivo delimitado é discutir a aplicação de sistemas de


informação dentro da perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS),
evidenciando a experiência de uma Únidade Básica de Sáude do município de
Vila Velha, Espírito Santo. Trata-se da Unidade Básica de Saúde de Coqueiral
de Itaparica, onde os pacientes já contam com a disponibilização do prontuário
eletrônico e com o sistema de informação E-SUS AB.
Na atualidade, a sociedade convive com a era da comunicação digital e
multimídia, caracterizada, sobretudo pela utilização de redes de computadores
e telefones celulares. Esses aportes tecnológicos ajudam a aperfeiçoar e a
modificar o universo das comunicações. Trata-se de uma transformação capaz
de adaptar a sociedade a inúmeras necessidades. Além da comunicação, tais
transformações também assumem grande importância no universo da pesquisa
científica e no campo da saúde.
Os Sistemas de Informação em Saúde (SIS) compreendem um conjunto
de componentes integrados, os quais realizam a coleta, o processamento,
armazenamento e distribuição de infomações para subsidiar a tomada de
decisões e o controle das organizações de saúde. Deste modo, os sistemas de
informação na área da saúde congregam o tratamento e o processamento de
informações que auxiliam na tomada de decisão dos profissionais de saúde.
No plano da atenção básica, estamos diante de uma forma de
organização da política de saúde em consonância com os princípios de
regionalização e descentralização dessa política, tal como preconiza a
Constituição Federal de 1988. Deste modo, os sistemas de informação
viabilizam o aprimoramento da saúde brasileira e contribui com a otimização
dos custos em saúde.
2. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE

2.1 SISTEMA DE INFORMAÇÃO

A apropriação de ferramentas de tecnologia da informação tem início a


partir do fim do século XX. Entretanto, de acordo com Chen et al. (2012), os
estudos relacionados ao uso da inteligência artificial no contexto corporativo já
estavam em evidência nos anos 1950. Neste período, de acordo com Agrawal
(2014), os dados são recolhidos por meio de sistemas legados em formato
estruturado de dados. De início, a tecnologia elaborada para auxiliar no
processo de tomada de decisões nos negócios estava resumida a
processadores que anteriormente eram mecânicos (AGRAWAL, 2014).
A partir da década de 1990, estendendo-se até meados dos anos 2000,
são aprimoradas as ferramentas voltadas a consultas de banco de dados,
como o processo analítico online (OLAP) e o Business Performance
Management (BPM), quando da popularização do termo Business Intelligence
(BI), termo relacionado à extração, segmentação, classificação e análise de
dados para a constatação de anomalias e modelagens preditivas. Esse período
foi denominado de Business Intelligence and Analitcs 1.0 (BI&A 1.0) (CHEN;
CHIANG & STOREY, 2012).
Conforme explicitam Davenport et al. (2012), os anos 2000 são
atravessados pelo advento da internet e do comércio eletrônico. Uma gama de
informações é gerada instantaneamente, transmitidas pelos usuários através
da rede mundial de computadores. Os fluxos de cliques, as compras realizadas
através das plataformas digitais, a manipulação das mídias sociais, e dentre
outras atividades orientadas pela conexão à internet, constituem exemplos de
atividades eletrônicas que passaram a contribuir com a construção de um fluxo
constante e crescente de dados.
Essa crescente capacidade de produção de dados inaugura uma nova
era no cerne do processo de globalização. Para Chen et al. (2012), a nova
capacidade de produção de dados proporcionada pelas novas transformações
na era da informação pode ser identificada como a versão 2.0 do uso do
Business Intelligence and Analicts.
2.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA

A saúde passa a ter dimensão política, ocupando a agenda de luta de


movimentos sociais, partidos políticos, profissionais de saúde, não sendo mais
mero assunto de técnicos da área. Esses sujeitos debatiam a universalização
do acesso à saúde; a concepção da saúde como direito universal e dever do
Estado; a reordenação setorial da saúde com a criação de um sistema único; a
descentralização das decisões para os três entes da federação (União, estado
e município); o financiamento efetivo e promoção da democracia participativa
por meio dos conselhos gestores de saúde (BRAVO, 2006).
Com a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil,
de 1988, a política de saúde passa a compor o tripé da Seguridade Social,
junto com as políticas de assistência social e previdência social. Com
promulgação da Lei nº 8.080 (artigo 7º), são estabelecidos os seguintes
princípios do Sistema Único de Saúde (SUS),

I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os


níveis de assistência;
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e
contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e
coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de
complexidade do sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua
integridade física e moral;
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios
de qualquer espécie;
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de
saúde e a sua utilização pelo usuário;
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de
prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;
VIII - participação da comunidade;
IX - descentralização político-administrativa, com direção única em
cada esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente
e saneamento básico;
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e
humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
na prestação de serviços de assistência à saúde da população;
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de
assistência; e
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade
de meios para fins idênticos.
Os sistemas anteriores ao SUS não contemplavam a descentralização
da gestão de saúde, não tendo as características exigidas pelo novo
ordenamento da política pública de saúde. Isso aumentou a necessidade de
incorporar à saúde formas de gestão da informação articuladas com os níveis
estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 1990).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o propósito do
Sisttema de Informação em saúde é “selecionar dados pertinentes e
transformá-los em informações para aqueles que planejam, financiam, provêem
e avaliam os serviços de saúde”. (OMS, 1981, p. 42).
Considerando a estruturação da saúde brasileira após a
redemocratização, há a reordenação setorial da saúde com a criação de um
sistema único; a descentralização das decisões para os três entes da
federação (União, estado e município); o financiamento efetivo e promoção da
democracia participativa por meio dos conselhos gestores de saúde (BRAVO,
2006).
Nessa perspectiva, com a descentralização e regionalização de saúde,
os sistemas de informação se tornam a base para auxiliar a gestão nos três
entes federativos. Assim,
Com a descentralização de responsabilidades, serviços e recursos,
os sistemas de saúde são geridos o mais próximo possível do nível
de prestação de serviços. Essa mudança de função entre os níveis
central e periférico tem gerado novas necessidades de informação,
sobretudo para a gestão municipal. (PINHEIRO; MARTINS; PINTO;
SILVA; ZACHARIAS; GOMIDE, 2014, p. 1307).

No ano de 1996, objetivando melhorar a gestao da informação em


saúde, o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana em Saúde
(OPAS) criaram a Rede Intergerencial de Informaçoes para a Saúde (RIPSA),
cujo objetivo é ampliar a utilizaçao das bases de informação disponíveis para
apoiar a construção do SUS e contribuir para a sistematização de dados e
informações produzidos pelos países do continente americano (SOARES,
2016).
Através da RIPSA, tem-se a instrumentalização da produção de
indicadores e dados básicos, que são consolidados pelo Departamento de
Informação do SUS (DATASUS), que os remove dos sistemas de informação
em saúde geridos pelo Ministério da Saúde.
Deste modo, por meio do DATASUS, o Ministério da Saúde
operacionaliza a gestão dos sistemas de informação em saúde, os quais são
classificados em: “os de cadastro nacional, epidemiológicos, ambulatoriais,
sociais, regulação, financeiros, de gestão, hospitalares, estruturantes, eventos
vitais e suporte à sistema” ( SOARES, 2016, p.20).
Utilizando esses sistemas, o Ministério da Saúde obtém informações
necessárias para a criação, aprimoramento e desenvolvimento de políticas
públicas de saúde, além de dados para a produção de estudos técnicos e
científicos que possam auxiliar na saúde brasileira.

2.2.1 O Sistema de Informação E-SUS AB

Para atingir os princípios de regionalização e descentralização do SUS e


a consolidação da atenção básica como porta de entrada para o sistema
público de saúde brasileiro, é preciso que todos os dados produzidos em todas
as esferas públicas sejam seguros e compartilháveis; para tanto, foram criados
sos sistemas de informação direcionados à área de saúde de foma a conhecer
a realidade dos usuários do serviço e assim melhorar as politicas públicas da
atenção básica. Assim, no ano de 1993 foi criado o Sistema de Informação do
Programa Agentes Comunitarios de Saúde (SIPACS), cujo objetivo é coletar
informações de dados das populações de determinadas áreas.
Posteriormente, com a aplianção desse programa e a criação do
Programa Saúde da Família, houve a necessidade de construir a ampliação
dos dados fornecidos e melhorar a estão de informação no plano da atenção
básica. Com isso, em 1998 criou-se o Sistema de Informação para a Atenção
Básica (SISAB), isto é, um sistema para monitorar e avaliar a implantação e os
resultados dos serviços prestados pela Atenção Básica em Saúde (SANTOS et
al., 2012).
O SISA intera o SUS eletrônico (e-SUS), com o objetivo de reestuturar,
garantir e desenvolver a integração dos sistemas de informação em saúde, em
direção à criaçao de um registro individualizado dos cidadãos. De acordo com
o Ministério da Saúde, o objetivo do e-SUS é contribuir com a organização do
trabalho dos profissionais de saúde (BRASIL, 2015).
Em se tratando da Atenção Básica, dentro do e-SUS há o e-SUS AB,
compondo uma estratégia para reestruturar as informações da Atenção Básica
nacionalmente, de modo a ampliar e melhorar a qualidade do atendimento
prestado aos cidadãos. Nas palavras do Ministério da Saúde, é um sistema
criado para “melhorar a qualidade da informação em saúde e de otimizar o uso
dessas informações pelos gestores, profissionais de saúde e cidadãos”
(BRASIL, 2014, p.5).
É importante explicitar que as Unidades Básicas de Saúde resultam da
atuação conjunto entre governo federal, governo estatual e as prefeituras de
modo a integrar a operação da saúde pública no país. O objetivo principal é
fornecer atendimento de saúde às populações residentes nos bairros,
desafogando o fluxo de pacientes nos grandes hospitais.
Muitas UBS já contam com o uso do prontuário eletrônico, tecnicamente
considerados Registros Eletrônicos em Saúde (RES) e devem estar integrados
a um sistema de registro eletrônico. No prontuário eletrônico contém a
identificação do paciente, anamnese, exame físico, hipóteses diagnósticas,
diagnósticos definitivos e tratamentos efetuados.
Sobre os sistemas utilizados nas UBS. Existem dois sistemas e-SUS AB
que alimentam o SISAB, são eles:

● e-SUS AB CDS: Sistema com coleta simplificada estruturada que promove


o resumo do atendimento pelo profissional ao paciente. Esse sistema
atende às unidades básicas de saúde que não estão informatizadas o sem
conexão com a intendente. As informações são integradas ao Prontuário
Eletrônico do Cidadão (PEC). O registro segue para o histórico de
atendimento ao cidadão e quando a UBS estiver informatizada esse
histórico já estará disponível no PEC (SOARES, 2016).
● e-SUS AB PEC: Sistema de gestão para as Unidades Básicas de Saúde
informatizadas. Trata-se de um software que utiliza um Prontuário Eletrônico
do Cidadão como principal instrumento para auxiliar o trabalho dos
profissionais de saúde, auxiliando todo fluxo de trabalo das UBS (SOARES,
2016).
O vasto território nacional brasileiro carrega municípios com realidades
distintas, sendo assim a Unidades Básicas de Saúde são passíveis de
avaliação para a implantação do e-SUS AB, de modo a estabelecer o sistema
mais adequado à sua realidade (SOARES, 2016).
Tendo os gestores municipais realizado o diagnóstico a fim de definir o
sistema de gestão de saúde a ser utilizado em seu município, o primeiro passo
é realizar o cadatro do gestor no sistema de controle e gestão do e-SUS AB.
No caso dos estados, será o responsável pela gestão do fundo estadual de
saúde, e no caso dos municípios, será responsável pelo fundo municipal de
saúde.
Se por um lado o fluxo contínuo e instantâneo de informações gera uma
grande quantidade de dados que podem ser úteis para a tomada de decisões
no, por outro lado existem muitos desafios para tratar desse volume de dados.
De acordo com Chen e Zhang (2014) lidar com essa grande quantidade de
dados exige um custo.
3 SERVIÇOS LABORATORIAIS E EXAMES CLÍNICOS

Os laboratórios clínicos são munidos sde sistemas de informática que


operacionalizam as suas rotinas e atuam como importantes aquivos de
armazenamento de dados e informações. Isto posto, consideramos que a
informatização torna o ambiente laboratorial mais produtivo, eficiente e
controlado. De acordo com Friedman, a entrada da tecnologia da informação
no ambiente laboratorial permite criar uma nova economia e novos modelos
administrativos.

Aos poucos, a informática passou também a fazer parte dos


processos operacionais e de apoio ao laboratório como um todo, da
recepção do cliente à entrega dos resultados, tornando-se uma forma
inteligente de armazenamento, consulta e administração de dados.
Hoje surge incorporada a conceitos de eficiência, eficácia, agilidade e
qualidade (MUGNOL; FERRAZ, p. 96).

A unidade de saúde em estudo utiliza os serviços laboratoriais do


Laboratório Cremasco, que disponibiliza serviços de exames laboratoriais,
anatomia patolóica, biologia molecular, diagnóstico por imagem e vacinas.
O laboratório disponibiliza sistemas de registro das informações
coletadas a partir de exames e demais procedimentos realizados nos
pacientes. Os pacientes recebem login e senha para acessar o resultados dos
exames.
4 GESTÃO HOSPITALAR INTEGRADA

O desenvolvimento de um sistema de gestão em saúde capaz de


coordenar e integrar todas as informações é fundamental para a garantia da
qualidade no atendimento. Todavia, é necessário que seu desenvolvimento
seja devidamente planejado, com o diagnóstico dos setores onde será mais
efetivo.
Dentre os objetivos da gestão integrada podemos enumerar: controlar os
custos operacionais, zerar as pendências nas negociações, disponiilizar as
informações necessárias para cada setor e garantir a satisfação do paciente.
Todavia, a gestão hospitalar integrada precisa estar associada a uma solução
tecnológica.
Nesta perspectiva, na UBS Coqueiral de Itaparica, são adotadas
algumas práticas de gestão integrada, desde a recepção e do sistema de
triagem, é possível ter o controle do quantitativo de pacientes atendidos. Tais
práticas permitem agilidade no atendimento, melhor utilização dos recursos e
satisfação dos pacientes. Ainda, o sistema de controle de emissão e resultados
de exames é um recurso integrado com os demais setores hospitalares.
4 MÉTODOS DE PESQUISA

Cabe destacar que essa pesquisa é norteada por abordagem qualitativa


e quantitativa; por pesquisa documental e pela revisão bibliográfica. A
pesquisa de natureza qualitativa, conforme salienta Minayo (1993, p. 244),

[...] realiza uma aproximação fundamental e de intimidade entre


sujeito e objeto, uma vez que ambos são da mesma natureza: ela se
volve com empatia aos motivos, às intenções, aos projetos dos
atores, a partir dos quais as ações, as estruturas e as relações
tornam-se significativas.

Já a quantitativa, traz à luz dados, indicadores e tendências observáveis.


Deve ser utilizada para abarcar, do ponto de vista social, grandes aglomerados
de dados, de conjuntos demográficos, classificando-os e tornando-os
inteligíveis através de variáveis (MINAYO, 1993).
Para a composição da revisão bibliográfica foram realizadas leituras de
livros, artigos científicos, dissertação de mestrado e tese de doutorado,
posteriormente, resumos, fichamentos e seleção de informações pertinentes à
execução do trabalho. Em relação às fontes documentais, podem ser
destacados leis, os planos, programas e projetos do governo federal.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos constatar que na atual era da informação, a capacidade de


captar e utilizar de maneira eficiente e eficaz as informações se tornou um
recurso significativo tanto para o setor público quanto para o setor privado.
Assim, o sistema de informações em saúde permitem que, através da utilização
estratégica de dados, sejam estruturadas e desenvolvidas políticas públicas de
saúde.
Todavia, é necessário dispor da capacidade para a análise apropriada
das informações. Não é o volume das fontes de dados que pode garantir a
qualidade da tomada de decisões, mas a utilidade desses dados. Por tal razão,
salientamos a importância da capacidade absortiva no processo de análise e
delimitação das informações. Neste sentido, o fluxo contínuo de significativa
quantidade de dados demanda cautela e agilidade na delimitação de dados
relevantes, uma vez que a depender da forma como os dados são
selecionados, estes podem ser corrompidos ou se tornarem obsoletos.
Considerando a aplicaçao dos sistemas de informação em Unidades
Básicas de Saúde, esta esteve em conformidade com a descentralização e
regionalização da saúde. Assim, as oportunidades de formulação e
desenvolvimento de políticas públicas originadas a partir do uso de sistemas de
informação são inumeras. O uso desses na área da saúde permite a eficiência
na prestação dos serviços de saúde, na delimitação das demandas da
população, e na aquisição de dados para pesquisas científicas.

REFERÊNCIAS

AGRAWAL, D. Analytics based decision making. Journal of Indian


Business Research, n. 6, p. 332–340, 2014.

BRASIL. LEI nº 8.880. Dispõe sobre a sobre as condições para a promoção,


proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências. Presidência da República.
Brasília, 1990.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 14, de 7 de janeiro de 2014.
Institui os prazos para o envio da base de dados do Sistema de Informação da
Atenção Básica (SIAB) referente às competências de janeiro a junho de 2014 e
Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) referente às
competências de janeiro a dezembro de 2014.
BRAVO, Maria Inês Souza; MATOS, Maurílio Castro de. Projeto ético-político
do serviço social e sua relação com a reforma sanitária: elementos para o
debate. Em: Mota et al,. Serviço Social e Saúde: Formação e Trabalho
Profissional. São Paulo, Cortez Editora, p. 197-217, 2006.
CHEN, H.; CHIANG, R. H. L. e STOREY, V. C. Business Intelligence and
Analytics : From Big Data to Big Impact. Mis Quarterly, v. 36, n. 4, p.
1165–1188, 2012.

MINAYO, Maria Cecília de S.. Quantitativo-Qualitativo: Oposição ou


Complementaridade? Cadernos de Saúde Pública v. 9, n. 3, p. 239-262,
1993.
MUGNOL, Katia Cristina Ugolini; FERRAZ, Marcos Bosi. Sistema de
informação como ferramenta de cálculo e gestão de custos em laboratórios de
análises clínicas. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v.
42, p. 95-102, 2006.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, Genebra. Evaluación de los
programas de salud: normas fundamentales para su aplicación en el procesode
gestion para el desarollo nacional de la salud. Genebra, 1981. p. 49.
PINHEIRO, A. L. S. et al. Utilização dos Sistemas de Informação: Desafios para
a Gestão da Saúde. Ciência, Cuidado e Saúde, Paraná, v. 14, n. 3, p.
1307-1314, jul./set. 2015. Disponível em: . Acesso em: 03 nov. 2022.
SOARES, Eva Vilma Barbosa. Atenção Básica e Informação: análise do
Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica (SISAB) e estratégia
e-SUS AB e suas repercussões para uma gestão da saúde com transparência.
Universidade de Brasília. Brasília, 2016.

Você também pode gostar