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ESTRATÉGIA

SAÚDE DIGITAL

ESTRATÉGIA 2024
SAÚDE DIGITAL MT 2027

CUIABÁ -MT
CAPÍTULO 1
Estratégia - Saúde Digital

O Plano de Ação proposto” Saúde Digital – Estratégia de Governo


de Mato Grosso”, instituído sob a gestão da Secretaria de Estado de Saúde
de Mato Grosso- SES/MT, Secretaria Adjunta de Atenção e Vigilância em
Saúde, Superintendência de Atenção à Saúde – SAS e Núcleo de Telessaúde
e Saúde Digital – NTSD, tem como finalidade elaborar, modelar,
desenvolver e aplicar a estratégia digital para a oferta do cuidado e
assistência em saúde à toda Rede de Atenção à Saúde (RAS) do estado,
implantando e implementando a Saúde Digital em todo seu território.
Proposto enquanto um Programa de Governo, busca-se institucionalizar a
Saúde Digital como uma política pública estruturante do SUS/MT, que
amplia os serviços de Telemedicina, Teleassistência, Teleapoio,
Telematriciamento, componentes da Telessaúde, aplicada para além da
Atenção Primária à Saúde (APS), bem como para todos os níveis de atenção
em saúde e estruturas de serviços e equipes da Rede de Atenção à Saúde
de Mato Grosso -RAS/MT

Pelo princípio da Constituição Federal brasileira de 1988, a saúde é


um direito universal e cabe ao estado a garantia de acesso à melhor
qualidade do cuidado, da promoção e prevenção de agravos conforme a lei
8.080 de 1990 que institui o Sistema Único de Saúde – SUS. Nesta lógica de
oferta e garantia de acesso, a Estratégia de Saúde para o Brasil para 2028
(ESD28) procura sistematizar e consolidar o trabalho realizado ao longo da
última década, materializado em diversos documentos e, em especial, na
Política Nacional de Informação e Informática em Saúde – PNIIS
(BRASIL,2015), onde por meio das Tecnologias de Informação e
Comunicação –TICs, instrumentaliza e efetiva a presença estatal em cada
território brasileiro, independentemente da localidade e apesar de sua
extensão continental.

No Brasil, desde a promulgação da Constituição e também da lei de


instituição do SUS, a efetivação da implantação e efetivação da garantia do
direito à saúde se apresenta como um desafio com inúmeros
condicionantes que obstaculizam essa premissa cidadã e dever do estado,
neste cenário a Telessaúde nacional, tal como a internacional começaram
a ganhar força e validade por meio da conjunção de muitas mãos, do poder
executivo associado à academia cientificizando cada ação, e apoiando-se
nos demais poderes legislativo e judiciário, em processo de abertura de
caminhos para bem fazer seu dever de fazer.

No estado de Mato Grosso, como em todo o país, durante o período


pandêmico da COVID 19, por meio da Estratégia de Cuidados Digitais, foi
possível observar uma experiência de processos dolorosos vividos por toda
a população, e também, foi possível verificar e reafirmar a potência da
Estratégia Digital em saúde, como modo de garantir acesso a cuidados,
ofertar apoio técnico, atenção e assistência com qualidade que se faz
presente por meio do estado em tempo da demanda real de cada cidadão,
atuando diretamente, e ou ainda instrumentalizando profissionais, equipes
e gestores na efetivação de oferta de respostas à população, prática esta já
em curso mesmo antes do período pandêmico, e potencializado e
intensificado durante este.

A atenção digital, caracterizou-se e firmou-se portanto, como modo


de cuidar da saúde de toda a população, com destaque especial para o
momento de crise sanitária mundialmente instalada, adoecendo e mesmo
matando milhões de pessoas pelo mundo, cujo saldo nefasto de perdas é
irreparavel, e que porém em sua experiência embora dolorosa sedimentou
modos atualizados de seguir cuidando e ofertando alívio, cuidado, saúde e
vida.
Compreendendo que manter a saúde, bem estar e qualidade de vida
da população, garantida pela atuação conjunta de saberes científicos,
práticas profissionais, estudo permanente e apoio instrumental, material, e
também tecnológico, resultou no caso brasileiro, em modos de fortalecer
todo o Sistema Único de Saúde - SUS, o que se fez também por meio de
tecnologias digitais, transformando em objeto concreto de intrumentação a
Saúde Digital, executada e mesmo garantida por meio da Telessaúde.
CAPÍTULO 1
Programa de Governo - Saúde Digital

Uma vez que a qualidade de vida do cidadão brasileiro, interessa muito ao


SUS que se quer eficiente, eficaz e justo, universal e integral, e esta compreensão
perpassa a compressão gestora do cuidado ao próprio sistema, envolver tecnologia
de ponta enquanto bem de acesso a direitos cidadãos, constitui governança de
vanguarda.
De acordo com o Desenvolvimento Sustentável que corresponde a um
conjunto de programas, ações e diretrizes que orientarão os trabalhos das Nações
Unidas e de seus países membros rumo ao desenvolvimento sustentável, onde O
Brasil está entre os países que se comprometeram a alcançar os objetivos, ao todo
17 ODS, ou seja, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, onde o ODS 3 que é
assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as
idades, apontam a premente necessidade de agilidade e esforços para o
cumprimento de suas metas.
Ainda de acordo com o Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum
– WEF) 2015, o setor da Saúde se torna uma preocupação crescente já para 2% dos
países da OCDE (Organização para Comércio e Desenvolvimento Econômico). É
consenso na literatura especializada que a modernização digital de processos e
serviços de saúde pode aumentar o acesso e a integralidade na atenção à saúde,
verificado no aumento de eficiência e resolutividade em inúmeras experiências
nacionais e internacionais. Nesse contexto, o WEF identificou e reportou cinco
tendências a serem observadas e consideradas pelas autoridades políticas e
econômicas globais:

I. Os custos com cuidados na saúde estão chegando a níveis insustentáveis;


II. A Indústria da Saúde não pode entregar saúde sozinha;
III.O Smartphone se tornará uma das ferramentas mais poderosas para o
acesso à Saúde;
IV. A Saúde dominará as 10 principais tecnologias emergentes;
V. Investir em uma vida saudável gera retorno para o governo, para as
empresas e para a sociedade.

O termo Saúde Digital é relativamente recente e foi consensuado por


especialistas em uma reunião da OMS, conforme reporta o Ministério da Saúde:
“Em 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciou a elaboração da sua
Estratégia Global de Saúde Digital (Global Strategy on Digital Health), entendendo
que os esforços nacionais podem ser potencializados pela colaboração e troca de
conhecimento entre países, centros de pesquisa, empresas, organizações de saúde
e associações de usuários ou cidadãos, com o objetivo de promover a saúde para
todos, em todos os lugares. Um aspecto muito significativo da proposta de
Estratégia Global é que ela unifica, sob o termo Saúde Digital, todos os conceitos
de aplicação das TICs em Saúde, incluindo e-Saúde, Telemedicina, Telessaúde e
Saúde Móvel. Além de reduzir a fragmentação das aplicações da tecnologia em
saúde, a Saúde Digital amplia o seu entendimento, em que se caracteriza como
área de conhecimento e prática, e absorve os conceitos da utilização avançada da
tecnologia, incluindo o uso de dispositivos pessoais e de tecnologias emergentes.”.
(https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-digital)
CAPÍTULO 1
Programa de Governo - Saúde Digital

Nessa mesma conferência realizada


pela OMS, a Rede Universitária de
Telemedicina (RUTE), projeto pioneiro de
telemedicina no Brasil e que hoje interliga
diversos projetos estaduais de Telessaúde
formando uma complexa rede de serviços
telemáticos médicos e de saúde, foi tomada
como referência de desenvolvimento para as
redes de telemedicina de outros países. Hoje,
o termo Saúde Digital é preferencial na área
especializada e incorpora em sua
epistemologia todas as modalidades de
inovação tecnológica digital na Saúde.
No mesmo ano, a primeira versão do
documento “Estratégia Nacional de Saúde
Digital para o Brasil” é publicada por
comissão própria do Ministério da Saúde,
estabelecendo processos, modelos
referenciais e matrizes de competências para
orientar os processos de informatização na
saúde nas diferentes realidades do Brasil,
bem como orientar os diversos atores sociais
na colaboração necessária às iniciativas dos
governos estaduais e municipais.

O envolvimento de universidades, escolas médicas, municípios, governos estaduais e


federal se torna essencial não apenas pelas características do SUS e da Estratégia Nacional,
mas porque a prestação de serviços de saúde digital para toda uma população requer um
arranjo setorial de serviços e profissionais em condições apropriadas para viabilizar a entrega e
manutenção da oferta e ampliação desses serviços nas redes assistenciais de saúde. São
necessários esforços de mobilização e sensibilização de agentes públicos e atores sociais, dos
profissionais da rede, capacitação em larga escala para diferentes demandas por serviços
telemáticos de saúde digital, mobilização de setores comerciais e de serviços associados
necessários para regionalização do arranjo setorial.

O caráter recente dos serviços telemáticos prestados por profissionais de saúde e a


diversidade de serviços inovadores e formas de assistência possibilitados pelo ecossistema
tecnológico digital da saúde justifica a necessidade de investigação em campo do custo-
benefício resultante de cada possibilidade inovadora no arranjo estadual da saúde, bem como,
do tempo gasto na prestação de cada tipo de serviço telemático (digital) nas condições
regionalizadas, isto é, nas condições reais de oferta de profissionais e custo operacional na
região. Não se trata de converter um atendimento médico em um tele atendimento médico, ou
uma visita de enfermagem em uma televisita, os serviços telemáticos de saúde digital somam-
se aos serviços existentes visando melhorar a resolutividade das linhas assistenciais,
especialmente no aumento da segurança do paciente e no apoio especializado à decisão clínica.
CAPÍTULO 1
Programa de Governo - Saúde Digital

Por exemplo, um médico clínico geral em uma unidade de saúde do


interior pode contar com a opinião de um neurologista na capital para iniciar
ou não um tratamento em fase precoce oportuna, ou decidir pelo
encaminhamento imediato ao neurologista com o paciente devidamente
qualificado com exames e investigações preliminares, possibilitando que a
consulta com o especialista seja mais resolutiva. As responsabilidades
profissionais nessa situação são diferentes para cada médico. Os serviços que
se somam para apoiar a decisão clínica do profissional que está na ponta
atendendo o paciente e os serviços necessários à gestão dos sistemas de
teleconsulta para organizar agenda e responder alertas são chamados de
meta-serviços de saúde digital.

Os meta-serviços viabilizam a gestão e a prestação dos serviços de


saúde digital, podem estar associados a uma linha de atendimento presencial
ou podem ser serviços de teleassistência em saúde. A experimentação de
diferentes protocolos nas linhas assistenciais impõe flexibilidade da equipe
operacional-executora, pois pode não ser possível prever serviços
intermediários ou mudanças de rotina e fazeres necessárias à bem da saúde
pública, o que dificulta estabelecer um contrato de serviços profissionais,
dadas as incertezas das atribuições que precisarão ser realizadas no curso da
implementação dos processos inovadores. Os meta-serviços têm
características semelhantes e também diferentes do serviço de saúde; as
responsabilidades profissionais e os tempos gastos são diferentes em cada
situação assistencial.

Esses aspectos precisam ser melhor conhecidos para atualização dos


quadros de atribuições das carreiras dos profissionais de saúde do Estado,
justa remuneração e pactuação de responsabilidades nas atribuições previstas
para contratação profissional. Por essa razão, as redes de telemedicina e
telessaúde no Brasil vêm sendo implementadas em forma de parceria de
extensão entre universidades e suas escolas médicas e os órgãos de governos,
e a iniciativa privada.

As ações se alinham com as políticas nacionais que orientam o ensino, a


pesquisa e a extensão universitária no Brasil, dirigidas pelo CNPq e a CAPES,
em que se dá o nome de Extensão Inovadora a esse tipo de associação para
transferência inovadora e validação tecnológica envolvendo universidades e
setores de atividade diversos (públicos ou privados), em linha com a Lei de
Inovação (DECRETO Nº 10.534, DE 28 DE OUTUBRO DE 2020). Conforme as
diretrizes para as ações estratégicas da estratégia nacional de inovação e dos
planos setoriais e temáticos de inovação:
Algumas diretrizes para a implementação da Política Nacional de Inovação são:
... VI - quanto ao eixo de estímulo ao desenvolvimento de mercados
para produtos e serviços inovadores:
... b) estímulo à competitividade das empresas brasileiras com a
ampliação da extensão tecnológica e a melhoria na gestão da inovação e da
agregação de valores em produtos, processos e serviços;
... e) estímulo a programas de compras públicas de produtos, processos e
serviços inovadores, que fortaleçam os instrumentos de incentivo à inovação
pelo lado da demanda; Lei de Inovação (DECRETO Nº 10.534, DE 28 DE
OUTUBRO DE 2020).

É fundamental destacar que os planos de contingenciamento para garantia


de segurança do paciente no tele-atendimento à saúde dependem muitas vezes
de variáveis locais, peculiares a cada região de saúde, como por exemplo, um
paciente em tele-atendimento que é diagnosticado com um infarto ou em risco
alto de infarto, derrame ou outras moléstias com alto risco de morte que
requerem integração assistencial imediata com as Unidades de Pronto
Atendimento, ou o acionamento de serviços de emergência e socorro. Não
menos importante é um paciente que
CAPÍTULO 1
Programa de Governo - Saúde Digital

Inicia um tratamento com um


especialista mediado por uma prestadora de
serviço de tele- atendimento médico e depois
não consegue dar continuidade ao tratamento,
seja pelo fato de o médico deixar de trabalhar
para a empresa de tele-atendimento seja pelo
fato de sua conduta terapêutica não estar
adequada para a realidade dos serviços e
insumos de saúde acessíveis ao paciente em sua
localidade. Assim, as portas digitais de
encaminhamento de pacientes e integração com
as redes assistenciais locais precisam ser
pavimentadas. Nesse sentido, o ecossistema de
saúde digital do estado precisa estar bem
regulamentado em seus aspectos legais e
normativos operacionais, equipado, organizado
e estruturado para criar condições seguras de
operação ilimitada do tele-atendimento em
saúde a partir de toda a rede nacional.

Deste modo, na esteira da responsabilidade


pública em saúde, da inovação tecnológica, do
avanço nos sistemas de saúde e do fortalecimento
do SUS, o estado de Mato Grosso propõe e mesmo
implementa por meio deste, um Programa de
Governo que se estabeleça enquanto política
própria de efetivar seu dever público de atenção e
cuidado à população usuária do SUS, por meios
eficazes de atuação com qualidade, acesso,
agilidade e presteza, garantido integralidade,
equidade e universalidade das respostas à
demandas em seu tempo de apresentação.
CAPÍTULO 3

Público Alvo

Usuários do SUS por meio das Secretarias Municipais de Saúde do Estado de


Mato Grosso

imagens: https://www.simec.com.br/?area=ver_noticia&id=7503&titulo=o-sus-e-nosso-defenda-o-sus
CAPÍTULO 3

IV - OBJETIVOS:

Objetivo Geral:
Implementar políticas públicas de expansão e acesso à saúde de
qualidade, da atenção primária aos serviços de especialidades, e orientar
estratégias para o desenvolvimento do ecossistema de serviços e tecnologias
de saúde digital na Rede de Atenção à Saúde de Mato Grosso.

Objetivos Específicos:
Incentivar, promover e fomentar o ecossistema de inovação em Saúde

Digital, por meio de parcerias nacionais e internacionais com instituições

públicas e/ou privadas para desenvolvimento de soluções em saúde digital

relevantes para o desenvolvimento, modernização e aumento contínuo da

eficiência das Redes de Atenção à Saúde de Mato Grosso;

Promover e fomentar o ecossistema de Saúde Digital;

Ampliar o acesso e a resolutividade dos serviços de saúde públicas e a

oferta dos cuidados em saúde à população matogrossense;

Otimizar recursos e diminuir custos em saúde;

Modernizar o atendimento à saúde;

Melhorar a qualidade de vida da população matogrossense

Implantar o Sistema de Telemedicina e Telessaúde

Equipar a Atenção Primária à Saúde (APS) com kits de Telessaúde;

Estruturar a Rede de apoio à Saúde Digital regionalizada;

Estruturar Centros de Saúde Digital Regionais;

Garantir Investimentos para Pesquisa e Inovação em Saúde Digital;

Ofertar novos serviços de telediagnóstico para a RAS e ampliar a oferta de

laudos.

Implementar o Serviços de Pacs na rede hospitalar integrado ao Sistema

de Telemedicina e Telessaúde;

Implementar Ambulatórios Multiprofissionais Especializados de Saúde

Digital regionalizados;

Ampliar o Projeto Saúde Digital no Cárcere – Sistema Penal;

Ofertar serviços de saúde digital para as áreas Indígenas;

Matriciar a Rede de Atenção à Saúde de cada território sanitário estadual


Ofertar Atenção e Cuidados em saúde mental aos trabalhadores do Executivo do
MT: SEDUC, SEPLAG, SESP E SES.
CAPÍTULO 4
Programa de Governo - Saúde Digital

Saúde Digital – Programa de Governo MT

O Núcleo de Telessaúde e Saúde Digital - NTSD


da SAS/SES a fim de ofertar apoio técnico e
tecnológico, instrumentação em saúde, co-assistência e
assistência digital em saúde à população de todas as
regiões do Estado, por meio da Saúde Digital -
Programa de Governo MT enquanto política pública
estruturante do SUS/MT, está alicerçada em seis
pilares:

1. Celebração de Termo de Convênio com a


Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC para
utilização do Sistema de Telemedicina e Telessaúde Tal implementação toma por base o fortalecimento
como dispositivo oficial de governança de dados de da atenção primária à saúde como base ordenadora da
saúde digital para o estado de MT; RAS; a estruturação de centros de saúde digital, o apoio
2. Celebração de Termo de Convênio com a técnico para organização da rede de atenção à saúde –
ASSOCIAÇÃO LAURA FRESSATTO DE APOIO À RAS territorial, e de uma rede de apoio à saúde digital
SAÚDE para implementação inicial de serviços de regionalizada, além de investimentos em pesquisa e
teleassistência, envolvendo a oferta de plataforma ampliação de serviços de telessaúde e de instrumentação
específica para interconsultas e reativação dos e cuidado do efetivo estatal, inicialmente por meio de:
serviços de teleconsultoria.
3. Celebração de Termo de Colaboração com a
1. Teleconsultoria ?????? Vania
Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
para execução compartilhada, envolvendo a 2. Teleinterconsulta ???? Vitor Hugo
contratação de pessoal especializado para 3. Telediagnóstico para a RAS e ampliar a oferta de
manutenção da oferta dos serviços de
laudos. ( plano anexo) {no texto do Projeto
Telessaúde/Saúde Digital do Núcleo Técnico
Científico de Telessaúde MT; formatado] ------------------
4. Celebração de Termo de Parcerias com as 4. Tele-educação ( plano anexo)
Instituições de Ensino Superior - IES e com as
5. Tele-estomatologia ( plano anexo) Diuriane
pastas do executivo estadual de Mato Grosso:
SEDUC, SESP, SEPLAG e SES 6. Tele-espirometria ???? Jessica e Paola
5. Celebração de Termo de Colaboração com a 7. Teledermatologia; ???? Vania
Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
para execução compartilhada, envolvendo a 8. Tele-ECG ??? ---------------
contratação de pessoal especializado para 9. MRAS – Matriciamento da Rede de Atenção à
manutenção da oferta dos serviços de Saúde ( plano anexo) Luciana e Vânia
Telessaúde/Saúde Digital do Núcleo Técnico
Científico de Telessaúde MT; 10. MT sem AVC – Acidente Vascular Cerebral (
6. Instrumentalização da Rede de Atenção à Saúde plano anexo) Jéssica
com dispositivos de telessaúde e saúde digital,
11. Saúde no Cárcere ( plano anexo)
garantindo uma estruturação mínima, para
alavancar a implementação dos serviços em âmbito _________________
estadual. 12. AME - Ambulatório Médico Especializado ------
-------------------

Para que a implementação da saúde digital 13. PROADI-SUS – Programa de apoio ao


aconteça de forma plena em todos os níveis da rede de Desenvolvimento Institucional do SUS - Albert
atenção à saúde de Mato Grosso, o NTSD elaborou
Einstein. ????? Paola
Modelos de Estratégias com planos de ação próprios.
14. PROESM-MAT – Programa Especial de Saúde
Mental aos Trabalhadores do Executivo de Mato
Grosso ( plano anexo).Luciana
ETAPAS
Estratégia - Saúde Digital

ETAPA I - Implantar o Sistema de Telemedicina e Este sistema também acolhe todos os serviços
Telessaúde (STT) Sugestão: Sistema de Telemedicina oferecidos atualmente pelo Telessaúde MT, evitando a
Saúde Digital (STSD) descontinuidade dos serviços ofertados atualmente,
permitindo além da atualização cadastral dos
Prevê a implementação do Sistema de Telemedicina profissionais, a integração de todos os serviços do
e Telessaúde como dispositivo oficial de governança de Telessaúde em um único acesso. O sistema está
dados clínicos, exames e laudos. Este sistema trará integrado ao Sistema de Cadastramento de Usuários do
muitos benefícios ao estado de Mato Grosso, pois Sistema Único de Saúde (CADSUS), interoperabiliza
possibilita a intercomunicação entre os pontos da rede com a Plataforma Nacional de Telediagnóstico (PNTD) e
com a integração dos dados de saúde. com o Sistema de Monitoramento e Avaliação do
Telessaúde do Ministério da Saúde (SMART),
Por se tratar de um sistema centrado nas pessoas, garantindo a Oferta Nacional de Telediagnóstico e o
com alta capilaridade, ele servirá como base de apoio envio automático dos dados produzidos.
às decisões em saúde, possibilitando o suporte direto e
a qualificação permanente aos profissionais dos pontos Este sistema amplia o escopo e as possibilidades
de atenção e gestores municipais, favorecendo a de oferta dos serviços de Teleassistência e de
implementação de uma política pública de saúde Telediagnóstico, principalmente no que se refere a
digital, inovadora e estruturante do SUS/MT. qualificação dos processos regulatórios, a possibilidade
de criar redes locais (microrregulação), e redes
O Sistema de Telemedicina e Telessaúde regionais, permitindo novas formas de pactuação e
possibilitará a criação de estruturas específicas, articulação com os municípios, consórcios
separadas por redes de serviços definidas por hospital, intermunicipais, hospitais e redes de serviços,
unidade de saúde ou município conforme a necessidade otimizando a organização dos serviços.
dos serviços, de forma simples e transparente para os
usuários. Acesso aos relatórios de produtividade A implantação do STT (STSD) também trará
separados por especialista detalhando número de mudanças significativas ao Telessaúde MT. Atualmente,
atendimentos realizados, atendimentos não realizados, o Telessaúde MT utiliza várias plataformas para ofertar
faltas, número de pacientes atendidos, tempo de seus serviços, gerando transtornos e desconforto aos
atendimento médio por período de tempo e relatórios seus usuários. Com o novo sistema, um único cadastro
de gestão com número de atendimentos realizados, permitirá acesso aos vários serviços.
pacientes atendidos, pacientes não atendidos, atrasos,
faltas, tempo médio dos atendimentos, tempo máximo Os serviços ofertados atualmente serão mantidos
e tempo mínimo por especialista completam a lista de (Teleconsultoria, Tele-educação, Teledermatologia,
funcionalidades a serem oferecidas pelo sistema Tele-estomatologia e Tele-ECG) e novos serviços serão
proposto ofertados: teleatendimento, teleconsultas,
teleconsultorias vinculadas ao Sistema de regulação,
O Sistema de Telemedicina e Telessaúde (STT) é serviços de telediagnóstico radiológico, tais como Raio-
uma plataforma tecnológica de apoio à saúde pública, X, Mamografia, Ressonância Magnética, entre outros.
desenvolvida e coordenada pela UFSC). Esta
plataforma possui módulos para as áreas de Telessaúde Desta forma, o Telessaúde MT, deixará de ofertar
(Telediagnóstico, Teleconsultoria, Tele-educação e serviços apenas para a APS, ampliando seus serviços
Tele-atendimento), Telemedicina (PACS e HIS) e Saúde para toda a rede pública de serviços de saúde de MT
Digital (ferramentas de apoio ao processo regulatório, (Unidades de Atenção Primária, Atenção Ambulatorial
Controle de pacientes com Tratamento Fora de Especializada, Hospitais Regionais e conveniados ao
Domicílio - TFD, Regulação de procedimentos de Alto SUS, Hospitais Municipais, UPAS, Centrais de
Custo). Além de, ferramentas de monitoramento e Regulação, Hemocentro, Tratamento Fora do
controle, sala de situação em tempo real e uma Domicílio, entre outros serviços).
poderosa ferramenta de Business Intelligence (BI). Este
sistema vem de encontro às necessidades de integração A integração com toda a rede pública de serviços
das informações em saúde nos vários pontos de de saúde de MT permitirá obter informações clínicas
atenção do Estado de Mato Grosso. das pessoas/pacientes em qualquer ponto da rede, bem
como o compartilhamento de laudos de exames de
Por se tratar de um sistema público, seu custo- telediagnóstico em uma única central de laudos.
benefício possibilitará o desenvolvimento integrado Também existe a possibilidade de integrar o STT
interinstitucional entre governos e suas instituições - (STSD) com sistemas de prontuários eletrônicos locais.
Governo do Estado de Santa Catarina representado
pela UFSC e Núcleo Telessaúde SC e o Governo do O sistema dispõe ainda de dashboard- painel de
Estado de Mato Grosso representado pela Secretaria de controle, com detalhamento dos serviços oferecidos,
Estado de Saúde por meio do Núcleo Gestor de permitindo o gerenciamento, acompanhamento,
Telessaúde MT e Universidade do Estado de Mato melhorias e implementações dos serviços; bem como
Grosso- UNEMAT. relatórios gerenciais em BI (Business Intelligence).
A implementação do STT (STSD) em toda a RAS/MT poderá estabelecer um novo padrão no
atendimento de pacientes, rumo a implantação de um modelo de Saúde Digital para todo o Estado do
Mato Grosso, com forte atuação nos municípios. A possibilidade de se possuir um Registro Eletrônico
em Saúde (RES) único vai muito além de permitir aos profissionais de saúde o acesso a exames
anteriores de um paciente, permitirá a implantação de uma filosofia de Saúde Digital. Através do STT
(STSD), será possível estabelecer redes de telediagnóstico das mais diversas especialidades
viabilizando melhorar a oferta de exames, uma vez que, este modelo possibilita que especialistas e
equipamentos de exames não necessariamente precisem estar no mesmo local físico.

O STT (STSD) é base para a implantação da Saúde Digital no Estado pois permite integração
com sistemas de prontuário eletrônico, sistemas de controle, sistemas de recursos humanos entre
outros. Essas integrações garantirão segurança, monitoramento e controle das ações de saúde
realizadas em todas as unidades de saúde, independentemente de seu tamanho ou localização. Será
possível padronizar processos, identificar deficiências e promover a melhoria da atenção à saúde,
além de permitir o acompanhamento em tempo real das atividades que estão sendo realizadas por
painéis de monitoramento e controle, inclusive com gerenciamento das unidades e
georreferenciamento das informações.
ETAPA II – Aquisição de equipamentos para a APS

Esta etapase propõe equipar as unidades de APS para que as mesmas possam implementar os
vários serviços de Telessaúde, tais como: a) Teleassistência (Teleconsultorias, Tele-interconsultas,
Teletriagem, Telemonitoramento); b) telediagnóstico (Dermatologia, Eletrocardiograma, Espirometria) e c)
Tele-educação

O serviço de teleconsultorias, já consolidado no estado de Mato Grosso com mais de 10.000


teleconsultorias realizadas, ampliará seu escopo. A adesão dos profissionais e gestores municipais a este
serviço se deve a qualidade das respostas e a possibilidade de resolver casos clínicos sem necessidade de
encaminhar os pacientes por longas distâncias. Desta forma, a teleconsultoria ganhou destaque ao
interferir diretamente no processo de regulação, qualificando o acesso aos especialistas, evitando filas,
diminuindo sofrimentos e custos com deslocamentos desnecessários, ampliando a capacidade resolutiva
do profissional solicitante, aumentando a satisfação da população, além de, proporcionar ao profissional
solicitante atualização e qualificação em tratamentos e protocolos clínicos.

O kit de telessaúde ofertado para cada Unidade de Saúde da Família, com pactuação da sua
utilização, permitirão por meio do STT integrar o serviço de Teleconsultoria a regulação
regional/municipal possibilitando ao médico regulador direcionar os casos de encaminhamento a partir de
uma classificação de risco, garantindo a segurança do paciente certo, no local certo e no tempo certo.
Desta forma os enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem e de saúde bucal, agentes de saúde,
cirurgiões dentistas e médicos das unidades de atenção primária poderão solicitar teleconsultorias
direcionadas às suas necessidades e já disponibilizado no Sistema de Telemedicina e Telessaúde:

1. Casos para encaminhamentos (Fluxos com Centrais


de Regulação) - Teleconsultorias com especialistas focais
nos fluxos compulsórios pactuados com centrais de
regulação;

2. Dúvidas em clínicas gerais – Teleconsultorias com


profissionais de saúde coletiva, clínicos gerais e
especialistas em várias áreas.

3.Dúvidas de Processo de Trabalho/Coordenação/Gestão


– Teleconsultorias com equipe multiprofissional –
especialistas em saúde da família e saúde coletiva.

4.Prevenção de Litígios/Requerimento Administrativo


(Núcleo de Apoio Técnico – NAT) - Teleconsultorias
abertas a profissionais do judiciário para solicitar apoio
para decisão sobre o melhor fluxo para o paciente.
O serviço de teleconsultoria pode ser utilizado tanto para a área clínica quanto para a área de gestão
em saúde, por exemplo. Estas teleconsultorias poderão ser oferecidas no formato síncrono (em tempo real) com
a utilização de recursos como chat, áudio e vídeo, como no formato assíncrono (com prazo pré-estabelecido
para resposta). Enquanto estas últimas são plenamente utilizadas no processo regulatório para o
encaminhamento de pacientes para ambulatórios ou exames específicos de formato síncronos, podem ser
usados em casos de emergências, tanto para atendimento quanto para remoção ou transferências de pacientes.

As teleconsultorias clínicas especializadas são um processo de trabalho e de suporte ao fluxo regulatório


ambulatorial de consultas especializadas. Através deste serviço, profissionais de saúde atuantes na atenção
básica dos municípios podem tirar suas dúvidas diárias com especialistas da área. Também as centrais de
regulação tanto da SES/MT quanto dos municípios maiores, podem fazer uso para a qualificação de
encaminhamentos de consultas especializadas, auxiliando o processo regulatório.

O meta serviço de tele-atendimento também poderá ser utilizado tanto para teleconsulta quanto para
teletriagem e tele-orientação. Estes serviços podem ser centralizados ou regionalizados conforme interesse da
corporação e permitirá o registro eletrônico das informações de saúde, produto deste tele-atendimento, que
poderão ocorrer em formato chat, áudio ou vídeo, além da disponibilização dos anexos.

Já o serviço de tele-interconsultas será indicado nos casos em que houver necessidade de


encaminhamento ao especialista, quando for avaliado como necessário regular o paciente pelas centrais de
regulação – ou nos casos em que o paciente já está regulado, aguardando uma vaga. A Tele-interconsulta nada
mais é do que a triangulação entre o paciente e seu médico assistente em uma unidade de atenção primária com
o médico especialista de forma virtual. Esta modalidade de consulta é uma estratégia utilizada para evitar o
deslocamento do usuário até o especialista. Ela pode ser aplicada de duas formas:

a) Para qualificar o encaminhamento - antes de inserir o utente


no Sistema Regulação (SISREG).

b) Para qualificar a fila do SISREG – O usuário retorna a UBS de


saúde e passa por uma nova consulta com o clínico, desta vez, na
presença virtual do especialista.

Para a adequada utilização desta modalidade de consulta é fundamental observar minimamente alguns
requisitos, como: a) Disponibilidade de computador ou tablet com webcam e microfone, b) Conexão de internet
de qualidade, c) Protocolos específicos para cada especialidade, d) Garantia de Tempo Protegido, entre outros.

Destaca-se ainda que, tanto a teleconsultoria como a interconsulta, ambas têm carácter educativo, ou
seja, além de apoiar o profissional da atenção primária na resolução do caso clínico elas
(teleconsultoria/interconsulta) também qualificarão este profissional para casos novos ou semelhantes.

Em relação às ferramentas de gestão em saúde, é possível através das teleconsultorias estabelecer um


processo de regulação de encaminhamentos de pacientes, controlar o fluxo de encaminhamentos (TFD-online)
e gerenciar procedimentos de alto custo (AC-online). Também dispõe de ferramentas de monitoramento e
controle como mapa em tempo real, relatórios e dashboard para especialidades.

O Quadro abaixo mostra o número de kits, a abrangência, os equipamentos e o valor previsto para
investimento.
(teleconsultoria/interconsulta) também qualificarão este profissional para casos novos ou semelhantes.

Em relação às ferramentas de gestão em saúde, é possível através das teleconsultorias estabelecer um


processo de regulação de encaminhamentos de pacientes, controlar o fluxo de encaminhamentos (TFD-online)
e gerenciar procedimentos de alto custo (AC-online). Também dispõe de ferramentas de monitoramento e
controle como mapa em tempo real, relatórios e dashboard para especialidades.

O Quadro abaixo mostra o número de kits, a abrangência, os equipamentos e o valor previsto para
investimento.
Para a adequada utilização desta modalidade de consulta é fundamental observar minimamente alguns
requisitos, como: a) Disponibilidade de computador ou tablet com webcam e microfone, b) Conexão de internet
de qualidade, c) Protocolos específicos para cada especialidade, d) Garantia de Tempo Protegido, entre outros.
Destaca-se ainda que, tanto a teleconsultoria como a interconsulta, ambas têm carácter educativo, ou seja,
além de apoiar o profissional da atenção primária na resolução do caso clínico elas
(teleconsultoria/interconsulta) também qualificarão este profissional para casos novos ou semelhantes.

Em relação às ferramentas de gestão em saúde, é possível através das teleconsultorias estabelecer um


processo de regulação de encaminhamentos de pacientes, controlar o fluxo de encaminhamentos (TFD-online)
e gerenciar procedimentos de alto custo (AC-online). Também dispõe de ferramentas de monitoramento e
controle como mapa em tempo real, relatórios e dashboard para especialidades.
O Quadro abaixo mostra o número de kits, a abrangência, os equipamentos e o valor previsto para
investimento.
ETAPA III – Estruturação da Rede de Apoio à Saúde Digital Regionalizada

O objetivo nesta etapa é estruturar as unidades regionalizadas de saúde, como Escritórios Regionais
de Saúde, Hospitais Regionais e de Referência Regional e Unidades Ambulatoriais Especializadas para atuarem
como pontos regionalizados de saúde digital, capazes de apoiar, fomentar e implementar ações de telegestão e
tele-educação regionalizadas, garantindo assim apoio e sustentação à RAS/MT.

Com o STT (STSD), as atividades de tele-educação também serão facilitadas. Os participantes das
atividades de tele-educação não mais necessitarão de cadastro a cada participação em web aulas. O sistema
também permitirá a integração do canal You-Tube e a abertura de salas web em ambiente virtual de
aprendizagem. Essa integração irá melhorar o relacionamento dos participantes das atividades, uma vez que,
além de melhorar o acesso, o sistema também irá gerar banco de dados das atividades individuais de cada
usuário, produzindo relatórios gerenciais.

O STT (STSD) ainda pode fornecer controle de acesso para ferramentas de Tele-educação, tanto
para web-conferências como para ensino a distância (se comunica com sistemas através de webservices, não
realiza as atividades). Além do kit de equipamentos do Telessaúde, serão disponibilizadas, salas web para os
Escritórios e Hospitais Regionais de Saúde, bem como para os demais setores e serviços da SES regionalizados.
Tudo integrado a um único sistema de registro, o Sistema de Telemedicina e Telessaúde.

Como em cada região de saúde há um apoiador Telessaúde, este também será valorizado, com a
oferta de um kit apoiador regional, para que o mesmo tenha condições mínimas de realizar as atividades de
acompanhamento, monitoramento e divulgação dos serviços de Telessaúde/Saúde Digital.
O quadro abaixo mostra a oferta, a abrangência, os equipamentos e o valor do investimento nesta etapa.

ETAPA IV - Estruturar Centros de Saúde Digital Regionalizados

Atualmente, nov/22, o Núcleo Técnico Científico- NTC de Telessaúde de MT possui duas estruturas
administrativas. A sede do Núcleo, em Cuiabá, e a Unidade de Campo, sediada em Sorriso MT, em prédio anexo ao
Centro de Eventos José Riedi, cedido pelo município.

As duas unidades necessitam renovar seu parque tecnológico, pois todos os equipamentos foram adquiridos
com recursos do Programa Nacional, datado de novembro de 2009, ou seja, estão obsoletos. Desta forma, a Etapa III
deste Projeto de Saúde Digital contempla além da aquisição de equipamentos, também a ampliação do NTC, para outra
região de saúde, ampliando assim não só a capacidade tecnológica como também regionalizando as ações, de forma
integrada.

Nesta etapa serão adquiridos 10 Kits de informática e 10 kits tele-educação para o Núcleo de Saúde Digital –
Cuiabá e suas 02 (duas) extensões em Cáceres e Sorriso. Diz respeito ainda a aquisição de equipamentos específicos para
estruturação de três (03) estúdios de transmissão nas unidades acima referidos.

Os kits de Informática, de Tele-educação e estúdio de transmissão, permitirão equipar essas Unidades de


Extensão de Apoio ao Núcleo de Saúde Digital, este, com funções de gestão dentro da Política de Saúde Digital com
ações convergentes e complementares.
Núcleo do Telessaúde e Saúde Digital e suas Unidades de Extensão de Apoio nos municípios de Sorriso e Cáceres:
Gestão de Políticas de Telessaúde e Saúde Digital

Estrutura da SES/MT, em Cuiabá atual Núcleo de Telessaúde Digital - NTSD MT;


Centro de Inovação e Pesquisa em Telessaúde e Saúde Digital – Estrutura da UNEMAT, campus Cáceres, que integra
a estrutura gestora da Saúde Digital de MT.
Centro de Gestão Estratégica e Implantação de Serviços de Telessaúde e Saúde Digital – Atual unidade de campo do
Telessaúde MT, unidade estruturada no município de Sorriso MT.
ETAPA V – Investimento em Pesquisa e Inovação em Saúde Digital

O caráter inovador das iniciativas que envolvem a implementação da saúde digital como
política estruturante para a rede assistencial de saúde requer a mobilização de esforços para
responder às questões ainda não investigadas nem experienciadas nas diferentes regiões do
estado que tangem à oferta de serviços de saúde digital. Desde a vigilância dos dados de saúde ao
melhoramento de protocolos clínicos e operacionais, investigação de novas tecnologias e
procedimentos para telemática em saúde, e principalmente uso significativo da informação em
saúde para subsidiar inovação que gere aumento na eficiência das ações de saúde, melhora da
qualidade de saúde da população e redução de custos.

No que tange às teleconsultas, a tardia incorporação das teleconsultas médicas no Brasil


deixa-nos atrás com relação às experiências mundiais. Há ainda poucos estudos sobre a
experiência médico e paciente no atendimento digital no Brasil, principalmente integrado ao
atendimento público, crescendo nos últimos anos. As características intrínsecas ao exame físico
de cada especialidade médica dificilmente poderão ser substituídas por equipamentos baratos,
assim, a busca por indicadores indiretos que possam somar evidências para a prática clínica
especializada mediada por suporte digital está crescendo bastante com o aumento da
disponibilidade e barateamento de sensores para aplicação em saúde digital.

Os limites da telepropedêutica segura para cada situação precisa ser investigado para
ampliação do acesso, tendo em vista que, na realidade, algumas especialidades médicas nunca
estarão disponíveis presencialmente em determinadas regiões com baixa densidade populacional.

Assim, tais pesquisas poderão dar a segurança necessária aos médicos especialistas para
teleconsulta direta ao paciente ou apoio à decisão clínica de outro médico. O mesmo raciocínio se
aplica a todas as profissões da saúde. Para cada especialidade há questões práticas ainda sem
respostas que precisam ser investigadas.

Nos domínios da pesquisa aplicada, os dados de saúde gerados facilmente pelos sistemas
de saúde digital usados pelo Estado possibilitam rápido compartilhamento desses dados, criando
condições para que pesquisadores possam analisar e inferir questões relevantes para decisões
políticas, estratégicas e normativas da SES/MT e do Estado.
A implementação de equipamentos e componentes para indústria 4.0 na saúde são
estratégicos por criar condições para treinamento de pessoal de nível técnico e para formação
profissional mais atualizada. A impressão 3D tem grande potencial na área da saúde que vem sendo
explorada em grandes centros envolvendo diferentes níveis de complexidade e custos de produção
para cada tipo de aplicação, como para prototipagem ou produção de órteses e próteses. Além
disso, os cenários de saúde do Estado de Mato Grosso são diversos e apresentam desafios
peculiares aos biomas e populações residentes, assim, a customização de itens diversos pode ser
necessária em muitas situações ainda não vivenciadas, e oportunizam experienciar novos
paradigmas de produção de artefatos. De modo semelhante, às aplicações de hermografia médica
apresentam grande potencial de aplicação na saúde, com custos mais baixos, tendem a tornarem-
se mais presentes nos ambientes de saúde, e multiplicar suas aplicações nas diferentes linhas de
atenção à saúde, inclusive nos ambientes hospitalares.

A interação entre a academia e os servidores do Estado pode favorecer ambos os lados.


Por um lado, os acadêmicos (estudantes, professores e técnicos) envolvidos ampliam seu campo de
visão e sensibilidade para as reais demandas no campo de aplicação, e por outro, os servidores
podem receber contribuições valiosas para superar ou minimizar limitações.
Esforços adicionais são também necessários para revisão constante dos processos formativos, a
educação em saúde, que deve incluir o letramento digital do paciente além do treinamento das
equipes de saúde. A forma como médicos e pacientes e suas equipes irão lidar com a prescrição de
tecnologias digitais na terapêutica estabelecida ainda tem um longo caminho a percorrer,
especialmente quando pensada no contexto do SUS.

É com essa motivação que a Secretaria de Estado de Saúde de MT estará implementando


esta meta, com valor de investimento na aquisição de equipamentos para inovação e pesquisa de
aproximadamente 1 milhão e duzentos mil reais, conforme lista abaixo.

● Câmera de Infravermelho
● Óculos de Realidade Virtual e Realidade Aumentada -RV-RA Lab
● NIRS - spectroscopia próximo ao infravermelho
● Smartband e GPS
● Kit de videoscópio de inspeção térmica
● Kit de triagem por calor da pela por infravermelho - equipamento
● Kit de triagem por calor da pela por infravermelho -- SOFTWARE;
● Kit Avançado de Realidade Virtual e Realidade Aumentada
● Smartband Tipo 2 Rastreador de atividades físicas;
● Kit Resina Padrão para Impressora 3D:
● Kit de limpeza, polimento e segurança:
● Kit Portátil de Energia Solar
● Máquina Router CNC corte e gravação
● Chapa de MDF 9mm
● Impressora 3 D de filamento e kit de insumos
● Kit de Insumo para impressão 3D com resina biocompatível,
● Kit de Insumo para impressão 3D
● Kit Insumo para impressão 3D com resina calcinável
● Mesa Digitalizadora
● Microscópios Óptico Binocular
VII - RECURSOS:

▪Materiais:
Serão utilizados os recursos audiovisuais da ferramenta digital - Plataforma de
Saúde Digital “Laura Care” para as videoconferências de atendimentos individuais,
equipamentos como computador, internet, fones de ouido e Setting Digital do
Núcleo de Saúde Digital e ou dos trabalhadores da equipe (em atividade de
teleassistência).

▪Humanos: Servidores da SES-MT e parceiros* do NTSD


Parceiros: Programa de Residência Médica em Psiquiatria – CIAPS Adauto Botelho,
profissionais da SES, SMS, dasInstituições de Ensino Superior – IES públicas e
privadas por meio dos cursos de pós graduação de psicologia, medicina,
enfermagem e serviço social cadastrados junto ao NTSD, entre as quais a
Universidade Estadual de Mato Grosso – UNEMAT, enquanto co-autora deste
Programa.

▪ Financeiros: A SES-MT disponibilizará equipe técnica do seu quadro de


servidores do Núcleo de Telessaúde Digital NTSD/SAS/SES e dos seus demais
orgãos internos com cadastro no NTSD, bem como contará com a disponibilização
cessão de trabalhadores das demais pastas integrantes do programa. Cada plano de
ação, de cada Modelo Estratégico terá o apontamento de seus recursos e parcerias
pertinentes.
IX - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de


Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Clínica ampliada e compartilhada /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização
da Atenção e Gestão do SUS Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégia de Saúde Digital para o Brasil 2020-2028.


Secretaria-Executiva Departamento de Informática do SUS, Brasília DF: 2020

3.BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria da Gestão do Trabalho e da Educação na


Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação
Permanente em Saúde. Brasília, 2009. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-
br/composicao/sgtes/pneps . Acesso em: 22.11.2023

4.BRASIL. Presidência da República. Lei Nº 10.216, de 06 de abril de 2001. Dispõe


sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e
redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

5.-BRASIL. Ministério da Saúde. PortariaNº 483, de 1º de abril de 2014, que Redefine a


Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS) e estabelece diretrizes para a organização das suas linhas
de cuidado.

6.BRASIL. Ministério da Saúde. PortariaNº 544, de 03 de maio de 2023 estabelece


critérios e procedimentos para a destinação execução dos recursos destinados ao SUS.

7.CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Dispõe sobre a prestação de serviços


psicológicos por meio de TIC pela Resolução Nº 011/2018.

8.CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA – CRP 18. Dispõe sobre os critérios de


autorização para profissionais inscritos no CRP que poderão prestar serviços
psicológicos por meio de TIC para fins de inclusão no Cadastro e-Psi do CFP (Cadastro
Nacional de Profissionais para a Prestação de Serviços Psicológicos por meio de TIC´s)
2019 pela Resolução Nº 022/2019.

9.CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Dispõe sobre os registros documentais dos


atendimentos prestados pela Resolução Nº 01/2009 e alterada pela resolução Nº
05/2010.

10. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Dispõe sobre a produção de documentos


psicológicos pela Resolução Nº 06/2009.

11. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Autoriza e normatiza, “ad referendum”


do Plenário do COFEN, a teleconsulta de enfermagem como forma de combate à
pandemia provocada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), mediante consultas,
esclarecimentos, encaminhamentos e orientações com uso de meios tecnológicos, e dá
outras providências pela Resolução Nº 634/2020.

12. CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Manifesto Os Impactos Do


Coronavírus No Trabalho Do/a Assistente Social:18.03.2020.
13. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS ONU. Objetivo de Desenvolvimento
Sustentável. 17 parcerias e meios de implementação da Agenda 2030, Nova York US:
2015.

14. DECRETO Nº 10.534, DE 28 DE OUTUBRO DE 2020 Institui a Política Nacional de


Inovação e dispõe sobre sua governança.

15. OMS - Organização Mundial de Saúde. Estratégia Global de Saúde Digital (Global
Strategy on Digital Health) Genebra Suíça: 2019

16. RESOLUÇÃO CFM nº 2.314/2022 (Publicada no D.O.U. de 05 de maio de 2022,


Seção I, p. 227). Define e regulamenta a telemedicina, como forma de serviços médicos
mediados por tecnologias de comunicação.

17. RESOLUÇÃO COFEN Nº 696/2022 – ALTERADA PELA RESOLUÇÕES COFEN NºS


707/2022 E 713/2023 Dispõe sobre a atuação da Enfermagem na Saúde Digital,
normatizando a Telenfermagem.

18. SES/SAS/COADC. Relatório Final - Ações de Saúde Mental Desenvolvidas pela


SES/MT no contexto da pandemia da covid-19 PAPSE – PEEIS, Cuiabá – MT: 2022.
19. WEF - World Economic Forum - Fórum Econômico Mundial. Genebra, Suiça: 2015

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