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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

DANIELLE FERNANDA SANTOS SERPA


DÉBORA CAROLINE RODRIGUES SILVA
GABRIEL MARQUES AQUINO RODRIGUES
MARIA CECÍLIA MARQUES DA SILVA
MÁRIO ANTÔNIO RIBEIRO DIAS

RELATÓRIO DO PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO DA ÁREA DE


ABRANGÊNCIA DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA VILA
ATLÂNTIDA DO MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS – MG

MONTES CLAROS – MG
2023
DANIELLE FERNANDA SANTOS SERPA
DÉBORA CAROLINE RODRIGUES SILVA
GABRIEL MARQUES AQUINO RODRIGUES
MARIA CECÍLIA MARQUES DA SILVA
MÁRIO ANTÔNIO RIBEIRO DIAS

Relatório apresentado como método avaliativo


acerca do processo de territorialização da
microárea de abrangência da Estratégia de
Saúde da Família (ESF) Vila Atlântida,
apresentado à preceptora Christiane Borges
Evangelista referente a disciplina de
Atividades Práticas de Atenção Primária a
Saúde (APS) territorialização, pelo curso de
graduação em Enfermagem da Universidade
Estadual de Montes Claros – Unimontes.

Preceptora: Christiane Borges Evangelista

MONTES CLAROS - MG
2019

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................4
2. OBJETIVOS..........................................................................................................7
2.1. Objetivo
geral..................................................................................................7
2.2. Objetivos
específicos.......................................................................................7
3. METODOLOGIA..................................................................................................8
4. RESULTADOS.....................................................................................................9

4.1 Histórico do bairro.................................................................................................9

4.2 Aspectos educacionais.........................................................................................10

4.3 Aspectos comerciais............................................................................................12

4.4 Aspectos recreativos............................................................................................17

4.5 Aspectos sociais e religiosos..............................................................................16

4.6 Aspectos da segurança.........................................................................................18

4.7 Aspectos territoriais e geográficos......................................................................19

4.8 Aspectos de Infraestrutura e saneamento............................................................20

4.9 ................................................................................................................

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................
6. REFERÊNCIAS .....................................................................................................
7. APÊNDICE.............................................................................................................
8. ANEXOS.................................................................................................................

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1.O INTRODUÇÃO

Assim como nós somos frutos do nosso passado e da nossa história, o setor saúde
também sofreu as influências de todo o contexto político-social pelo qual o Brasil
passou ao longo da sua história. O desenvolvimento do Sistema de Saúde brasileiro
aconteceu conforme a evolução político econômica no Brasil, passando por regimes
distintos e promulgações de Leis e Normas que afetaram diretamente a saúde pública
até a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) vigente (GUIDINI, 2012).

Inspirado em valores como igualdade, democracia e emancipação, o Sistema Único de


Saúde está inserido na Constituição, na legislação ordinária e em normas técnicas e
administrativas. O Movimento da Reforma Sanitária Brasileira que lhe sustenta é
composto por entidades com mais de quatro décadas de história e de compromisso com
a defesa do direito universal à saúde (PAIM, 2018).

Para que o SUS fosse instaurado houve a necessidade de uma reforma sanitária
brasileira, que foi impulsionada pela sociedade civil, e não pelo governo, por partidos
políticos ou por organizações internacionais (PAIM et al, 2011).

Desse modo, a implementação do SUS começou em 1990, mesmo ano da posse de


Fernando Collor de Mello, que surgiu com uma agenda neoliberal e não se
comprometeu com a reforma sanitária. Ainda assim, em 1990, foi aprovada a Lei
Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90), que especificava as atribuições e a organização do
SUS. O projeto da reforma sanitária foi retomado em 1992, após o impeachment do
presidente Collor (PAIM et al, 2011).

Para isso, ocorreu a promulgação da lei 8.080/90, que definiu os papéis institucionais de
cada esfera governamental no plano de gestão da saúde, a estrutura de financiamento e
as regras de transferência de recursos entre os diferentes níveis de governo, por meio
dos Fundos de Saúde (CARVALHO; BARBOSA, 2010).

O país avançou no desenvolvimento de sistemas de informação em saúde, a exemplo


dos referentes à mortalidade, às internações hospitalares e aos agravos de notificação,
importantes para o monitoramento e avaliação de políticas, planos e programas (PAIM,
2018).

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Com esse objetivo, a constituinte de 1988 no capítulo VIII da Ordem social e na secção
II referente à Saúde definia no artigo 196 que: “A saúde é direito de todos e dever do
estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e recuperação” (POLIGNANO, 2001).

Para tal intuito, foram definidos como princípios doutrinários do SUS:

UNIVERSALIDADE – o acesso as às ações e serviços deve ser garantido a todas as


pessoas, independentemente de sexo, raça, renda, ocupação, ou outras características
sociais ou pessoais; EQUIDADE – é um princípio de justiça social que garante a
igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie A
rede de serviços deve estar atenta às necessidade reais da população a ser atendida;
INTEGRALIDADE – significa considerar a pessoa como um todo, devendo as ações de
saúde procurar atender a todas as necessidade (POLIGNANO, 2001).

Assim sendo, todo sistema de serviços de saúde possui duas metas principais. A
primeira é otimizar a saúde da população por meio do emprego do estado mais
avançado do conhecimento sobre a causa das enfermidades, manejo das doenças e
maximização da saúde. A segunda meta, e igualmente importante, é minimizar as
disparidades entre subgrupos populacionais, de modo que determinados grupos não
estejam em desvantagem sistemática em relação ao seu acesso aos serviços de saúde e
ao alcance de um último nível de saúde. Estando diretamente relacionadas a essa etapa
temos a atenção primária que representa o nível de um sistema de serviço de saúde que
oferece a entrada no sistema para todas as novas necessidades e problemas, fornece
atenção sobre a pessoa (não direcionada para a enfermidade) no decorrer do tempo,
fornece atenção para todas as condições, exceto as muito incomuns ou raras, e coordena
ou integra a atenção fornecida em algum outro lugar ou por terceiros. Assim, é definida
como um conjunto de funções que, combinadas, são exclusivas da atenção primária. A
atenção primária também compartilha características com outros níveis dos sistemas de
saúde: responsabilidade pelo acesso, qualidade e custos; atenção à prevenção, bem
como ao tratamento e à reabilitação; e trabalho em equipe (STARFILED, 2002).

A Atenção Básica no Brasil tem a Saúde da Família como a estratégia prioritária para a
sua reorganização, conforme determina a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB).
A ESF trouxe uma proposta de atuação diferente do modelo hegemônico medico-

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hospitalocêntrico, incorporando o conceito de saúde ampliado, considerando aspectos
relativos à qualidade de vida das pessoas, realizando ações individuais e coletivas de
promoção, proteção, cura e recuperação, com intervenção por equipes
multidisciplinares, com melhoria do acesso aos serviços e baseada no vínculo com a
população e no acolhimento às demandas por ela trazidas. Nível de Atenção de Alta
complexidade. A Territorialização como instrumento do planejamento local na atenção
básica equipes multidisciplinares proporciona melhoria do acesso aos serviços e baseia-
se no vínculo com a população e no acolhimento às demandas por ela trazidas. Cada
equipe de Saúde da Família deve se organizar para atender a uma determinada
população, assumindo a responsabilidade sanitária sobre ela e considerando a
dinamicidade existente no território em que vive essa população (BRASIL, 2012).

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2.0 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Realizar o processo de territorialização da área de abrangência da Equipe Saúde da


Família (ESF) Vila Atlântida 1.

2.2 Objetivos específicos

∙ Aprimorar os conhecimentos adquiridos de maneira teórica acerca do processo de


territorialização realizada pelos ESF;

∙ Descrever o processo histórico, sanitário, educacional, territorial, social e cultural da


população vigente na área.

∙ Realizar o mapeamento da microárea 5, localizado na área de abrangência da Equipe


Saúde da Família Vila Atlântida 1.

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3.0 METODOLOGIA

Trata-se de um trabalho de territorialização, transcorrido na Equipe de Saúde da Família


(ESF) Vila Atlântida 1, na qual foi utilizada o método de pesquisa de Estimativa Rápida
Participativa (ERP), por meio da técnica Snow ball, que se refere a um método
acumulativo e de amostragem, onde os informantes chaves indicam novos informantes
para que aja uma maior quantidade de informações adquiridas. Dessa maneira, foi
realizado o diagnóstico territorial do bairro, por meio de uma pesquisa de baixo custo,
eficiente e rápida na coleta dos principais dados acerca do bairro.

Para a realização da ERP foram realizados os seguintes passos: Mapeamento da


microárea 5, coleta de dados com os informantes chaves através de entrevistas
utilizando questionário proposto e analise das informações disponíveis na plataforma e-
sus.

Para a escolha dos informantes chaves foram levados em consideração aspectos como
tempo de habitação no bairro e influência popular. O método utilizado foi o Snow Ball,
técnica que se baseia no princípio de realizar perguntas pré-estabelecidas em um
questionário formulado pelos discentes a diversos informantes até que as respostas
comecem a se repetir.

A coleta de dados pela plataforma e-sus

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4 RESULTADOS

4.1 Histórico do bairro

Através de relatos dos informantes-chaves mais antigos, aprendeu-se que o bairro Vila
Atlântida se originou de uma zona rural formada por chácaras e sítios, a maior área era
abrangida por uma fazenda denominada “Bois” e era propriedade de Arthur Sinvaldo
Amorim, na década de 50 iniciaram-se invasões do espaço, começando o povoamento,
com o tempo surgiram comércios e loteamentos, a população utilizava de um córrego
próximo para obtenção de água, o “rio Pai João”, na qual atraiu as primeiras moradias.

A população ainda relatou que o processo de loteamento inicial foi marcado por fraudes
e conflitos, pois, em muitos casos distintos, um mesmo terreno era vendido para mais de
uma pessoa simultaneamente.

Tratando-se da escolha do nome para o bairro, foi dito que Arthur Sinvaldo possuía
grande apreciação por jogos de azar e cassinos, de modo especial aos localizados na
Avenida Atlântida, da cidade do Rio de Janeiro, levando-o a denominar a localidade
fruto da sua fazenda em “Vila Atlântida”. Também, por outras afirmações, foi
informado que o nome havia sido escolhido a partir da primeira associação de
moradores do bairro, no início da década de 90.

Sobre sua origem, também foi recebido informações de que o primeiro cemitério de
Montes Claros integrava o território, onde atualmente localiza-se o bairro. Mas, devido
ao grande crescimento populacional da cidade, surgiu a necessidade da criação de
outros cemitérios para atender melhor às necessidades da população Montes-Clarence.
Desde a sua origem a região atraia pessoas vulneráveis, com baixas condições
econômicas, através de relatos e de observações, foi possível perceber que apesar de
desvantagens e problemas enfrentados as famílias se fixaram ao longo de gerações,
residindo desde sua gênese. Os principais fatores relacionados a isso podem ser
atribuídos aos laços e memórias afetivas, ligação com entes falecidos, formação de rede
de apoio e proximidade com outros moradores. Ainda, pode-se dizer que esse processo
de formação até o presente diz muito da atual situação dos moradores, visto que os
imóveis não possuem escrituração e é notória a falta de estruturação de grande parte das
moradias até os dias atuais.

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4.2 Aspectos educacionais

Durante o processo de territorialização foi possível observar que a escola disponível no


bairro é a Escola Municipal Afonso Salgado, localizada na rua Antônio Lopes da Silva,
nº 712, bairro Vila Atlântida, escola está mantida pela prefeitura municipal de Montes
Claros. Essa instituição de ensino atende do 1° ao 9° ano, logo, não apresenta ensino
médio, além disso, funciona de maneira integral das 07:00 horas da manhã até 17:20 da
tarde, contudo, com ensino regular de meio período, para mais, a escola atende morados
de diversos bairros vizinhos, como Vila Atlântida e Santos Reis. No geral, quanto à
escola ofertada no bairro, segundo os informantes chave, o ensino é bom e suficiente,
mas, informaram que a desorganização da instituição, por parte dos estudantes, é
presente, indicando um problema social no bairro. Informaram ainda que em alguns
casos é preferível estudar em outras escolas, muitas vezes, em bairros de maior
distância, locomovendo-se, por exemplo, para a Escola Estadual Irmã Beata, localizada
no bairro Jardim Brasil, em Montes Claros. Ademais, acabam deslocando-se devido aos
níveis ofertados nessa instituição de ensino que não fornecem a modalidade do segundo
grau.

De acordo com informações, a rua da escola é uma via de mão dupla pequena, onde não
há acostamentos para a parada de carros, assim, conforme exposições, em horários de
“pico” escolar há uma superlotação na rua Antônio Lopes da Silva, o que, inclusive,
requer que ônibus escolares estacionem nas calçadas para não atrapalhar o trânsito,
sendo, dessa forma, um problema recorrente. Outro ponto levantado pelos moradores, a
respeito da rua Antônio Lopes da Silva, é o alagamento, recorrentes em períodos
chuvosos, assim, segundo informantes, a rua nesses momentos fica impossibilitada de
passar, uma vez que é frequentemente alagada. Para além da escolarização fundamental,
que promove a formação básica de estudantes, destaca-se o Centro Municipal de
Educação Infantil (CEMEI) Luizinha Gonçalves Soares, localizada na rua Major Santos,
n° 442, bairro Vila Atlântida. A escola foi criada para atender a comunidade da Vila
Atlântida, oferecendo um espaço educativo que atendesse a demanda de crianças na
faixa etária 2 a 5 anos, nos turnos matutino e vespertino, atendendo nos horários de

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07:00 horas às 11h15 min e no horário das 13h às 17h15min. O CEMEI Luizinha
Gonçalves Soares é a pré-escola de convívio bem estruturada, de acordo com informes,
esse centro de educação infantil oferece a estrutura necessária para atender a
comunidade local, sendo de confiança e muito organizada. Figura 1 Escola Municipal
Afonso Salgado Ademais, o bairro ainda conta com a presença do Centro Municipal de
Educação Infantil (CEMEI) Canacy, localizada na rua Major Santos, n°173, bairro Vila
Atlântida. A unidade educacional foi criada para atender e acolher crianças carentes,
sendo famílias de baixa renda sem condições de financeiras para matricular as crianças
em instituições de ensino. Além disso, o CEMEI é mantido pela prefeitura municipal de
Montes Claros e conveniada pela Fraternidade Espírita Canacy, organização religiosa.
Oferecendo um espaço educativo que atende crianças carentes na faixa etária de 3 a 5
anos, nos turnos matutino e vespertino. Segundo relatos, os pais não se sentem seguros
de deixar os seus filhos nessa instituição, mas o motivo dessa insegurança não foi
informado.

Figura 1 Escola Municipal Afonso Salgado

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Figura 2 CEMEI Luizinha Gonçalves Soares

4.3 Aspectos comerciais

No decurso da territorialização, foi possível pontuar a comercialização presente na


microrregião. Dentre os comércios, há uma grande variedade de mercearias, bares e
sacolões. No entanto, apesar da região não apresentar supermercados de grande porte,
no bairro há a presença de mercados como o "Varejão Capitão", sorveteria, padaria,
lava-jato, salões de beleza, lojas, lanchonetes, farmácia, eletroeletrônica e ateliê de
pintura. As fontes principais apontam que os núcleos comerciais são suficientes e com
preços justos para atender às necessidades básicas da população, na maioria das vezes,
sem a necessidade de grandes deslocamentos.

Além do mencionado, foi possível notar a carência de lotéricas na região, sendo


necessário, portanto, recorrência a outros bairros vizinhos, como Santos Reis, o que
indica uma carência no núcleo comercial para toda a comunidade do bairro.

Figura 1 Comércio local - Fonte: os autores

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Figura 2 Comércio local - Fonte: os autores

Figura 3 Comércio local - Fonte: os autores

Figura 4 Comércio local - Fonte: os autores

Figura 5
Comércio local - Fonte: os autores

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Figura 6 Comércio local fonte: os autores

4.4 Aspectos recreativos

A região abrangida pelo trabalho conta com aspectos recreativos que são organizações
sociais que promovem lazer para toda a comunidade do bairro. O campo de futebol,
localizada na rua Manoel Ferreira Lopes, assume papel de lazer ativo para os
moradores, já que acontecem torneios diariamente. Segundo relatos, esses torneios
sempre acontecem aos domingos e são organizados pela própria comunidade local.
Além disso, a região apresenta uma academia ao ar livre, situada na rua D, que conta
com diversos aparelhos de ginásticas, no qual, a sua manutenção é realizada pela
comunidade moradora, ademais, há uma praça pública de esportes, localizada ao lado da
ESF Vila Atlântida, que atende a recreação da comunidade em sua totalidade, uma vez

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que há uma quadra esportiva de futebol, bem como, acontecem comumente o grupo de
atividades físicas, em promoção com a saúde mental de idosos.

4.5 Aspectos sociais e religiosos


As igrejas agem como principal agente social no bairro, uma vez que, as pastorais
promovem diversos eventos filantrópicos como arrecadações de alimentos e atividades
de lazer. Desse modo, as igrejas católicas (nome das igrejas) localizada na rua Guarani,
350 - Vila Atlantida, são responsáveis pelas festas mais animadas da região, segundo os
moradoras, as festas tradicionais acontecem nos meses de junho e novembro em
comemoração a São Pedro e a Nossa Senhora das Graças. É um momento de alegria em
que toda a comunidade se junta para participar das festividades. As comidas típicas são
feitas pelos moradores e fies da igreja e todo o dinheiro arrecadado é usado pera a
continuidade dos projetos sociais realizados pela instituição religiosa. As igrejas
evangélicas (nome das igrejas) presentes no bairro também é engajada nas demandas da
comunidade. De acordo com os informes, no Dia das Crianças comemorado no dia 12
de novembro eles sempre realizam movimentos no bairro com atividades e presentes
direcionados para as crianças do bairro.

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O bairro conta com uma representante no legislativo, uma vereadora da região,
conhecida como “Julinha da pastoral”, que é participativa nas demandas da comunidade
e representa as necessidades do bairro na câmara dos vereadores da cidade de Montes
Claros. Foi informado ainda que o bairro possui uma associação de moradores o qual
tem como líder o Juarez, no entanto, não é atuante. Além disso, por alguns problemas
financeiros a associação no momento não está ativa, mas há um projeto que visa
reestabelecer a funcionalidade da associação o quanto antes.
Ademais, há diversos projetos de arrecadações de materiais convalescentes além das
arrecadações de alimentos e instrumentos para lazer. Foi citado pelos informantes
chaves que há um projeto chamado Mesa Brasil Sesc, maior rede de bancos de
alimentos da América Latina, referência no combate à fome e ao desperdício de
alimentos. A empresa atua ao lado de empresas parceiras, que doam seus excedentes de
produção ou produtos fora dos padrões de comercialização, mas em condições seguras
para o consumo. Empresas dos mais variados setores disponibilizam seus recursos e
serviços para esta iniciativa. O programa de segurança alimentar e nutricional atende,
diariamente, milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade, por meio de
instituições socioassistenciais cadastradas. Além da distribuição de alimentos, o Mesa
Brasil Sesc promove ações educativas nas áreas de Nutrição e Serviço Social. A
dimensão educativa é um grande diferencial do programa, que proporciona o
desenvolvimento e autonomia dos indivíduos e potencializa seu trabalho por meio da
formação de agentes multiplicadores. Logo, os alimentos arrecadados são repassados
para as pastorais do bairro que fazem a distribuição conforme a demanda de cada
família.
Em relação aos aspectos socioeconômicos, foi observado uma presença muito grande de
homens, em idade ativa, nos bares e comércios do bairro em horário comercial o que
leva a supor que a uma grande quantidade de moradores desempregados.
A região conta com um grupo de atividades físicas que acontecem toda terça, quarta e
quintas feiras com convênio à secretaria municipal de saúde, realizados por estudantes
(estagiários), orientados pela professora coordenadora Regiane. O grupo conta com
presença predominante de mulheres, mas é aberto para todos. O foco são atender a
população idosa, uma vez que a atividade física auxilia na promoção da saúde mental,
haja vista que segundo os informantes chaves foi uma alternativa encontrada para
diminuir a demanda dos médicos, visto que muitos idosos só iam até os consultórios
para conversar e ter um pouco de atenção. Uma das modalidades realizadas é a zumba
que são uma mistura de paços de ginástica aeróbica e danças latinas que promove vários
benefícios para saúde física e mental, além de trabalhar a autoestima e proporciona uma
oportunidade de socialização.

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4.6 Aspectos da segurança

A ausência de segurança foi o ponto mais citado pelos moradores. O bairro não conta
com a presença de posto policial, sendo o mais próximo localizado no bairro Santo Reis.
Foi relatada a presença do tráfico de drogas na região, o que causa um desconforto para
os moradores por conta da presença de usuários nas ruas, foi mencionado que o bairro
conta com rondas policiais, todavia, ficam mais focadas nas áreas centrais sendo
negligenciadas as regiões mais periféricas. Contudo, apesar da presença do tráfico, os
índices de criminalidade são relativamente baixos, não causando grandes intercorrências
aos moradores.

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4.7 Aspectos territoriais e geográficos

O bairro Vila Atlantida está localizado na região noroeste de Montes claros-MG. Faz
divisa com os bairros Bela Vista, Antônio Narciso, Barcelona e Nova morada. Possui
relevo plano e está localizado a 4,1 km do centro da cidade de Montes claros.

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4.8 Infraestrutura e saneamento

A área conta com a coleta de resíduos às segundas, quartas e sextas feiras, além de
também dispor de vias asfaltadas, apesar de algumas ruas terem buracos e desvios de
nivelação, o que compromete a população em épocas de chuva, pois a rua Antônio
Lopes fica alagada, impedindo o escoamento da água. Além disso, após observar as ruas
A e B, é notória a presença de entulhos e lixos jogados nas calçadas de terra e até
plantações de alimentos nas ruas. Há acesso à energia elétrica e iluminação pública,
como também rede de água e esgoto que atende toda a população do bairro. O
transporte mais usado pela população são aplicativos de transporte como o Uber,
motocicletas, e transporte coletivo pelas linhas 1501, 5101 e 7101 que passam a cada
uma hora, entretanto, algumas delas apresentam superlotação, comprometendo o meio
de locomoção, fazendo com que as pessoas usem transportes pagos.

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7 APÊNDICE

Questionário APS

Data:__/__/__

Nome:

Idade:

Escolaridade:

Reside no bairro há:

Tipo de informante:

APRESENTAÇÃO: Bom dia! Somos acadêmicos do 1º Período de Enfermagem,


estamos fazendo estágio na ESF Jatobá, e como atividade de campo precisamos

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conhecer melhor o bairro, você teria disponibilidade para responder a um questionário,
as informações serão confidenciais e não serão utilizadas para outros fins se não para
nosso entendimento.

HISTÓRIA DO BAIRRO

1- Como surgiu o bairro?


2- Por que o bairro tem esse nome?
3- Há quanto tempo iniciou o povoamento do bairro?
4- Você gosta do bairro? Por que?
5- Quais problemas mais importantes do bairro?

•ORGANIZAÇÃO E INFRAESTRUTURA

1- Há quanto tempo chegou ao bairro: água, energia, saneamento, esgoto,


pavimentação, iluminação pública?

TRANSPORTE

1- Quais linhas de ônibus do bairro atendem o bairro? Elas atendem a demanda?

RELIGIÃO

1- Quais religiões existem no bairro?


2- Existe algum movimento religioso que apoie a comunidade?

•ORGANIZAÇÃO SOCIAL

1- Há alguma associação comunitária no bairro? Qual(is)? De moradores? É atuante?


Quem são?
2- Tem líderes sociais atuantes?

LAZER

1- Existem áreas de lazer no bairro? Quais são?


2- A comunidade utiliza? Praticam de forma adequada?

SAÚDE E ESF

1- Como você avalia o trabalho da ESF? (Ótimo, Bom, Regular) Por que?

3- Você recebe visitas regulares do agente de saúde?

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EDUCAÇÃO

1- Quais escolas e creches, públicas ou privadas, atendem ao bairro? Onde ela fica?

2- Qual o nível de ensino? Como avalia?

CONDIÇÕES AMBIENTAIS

1- Quantas vezes por semana acontece a coleta de lixo? Ela está satisfeita?
2- Em épocas de chuva acontece em alagamento em algum local? Por que?
3- A fábrica de cimento traz danos para a população, poluição ambiental, sonora…?
4- Tem limpeza urbana nas ruas?

SEGURANÇA

1- Você se sente seguro no bairro? Porque?


2- A iluminação pública é satisfatória?

COMÉRCIO

1- O comércio local atende a demanda dos moradores? O preço é acessível?

2- Precisam se deslocar para outra região para consumir algo?

8 ANEXOS

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