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Victória Mendes
Década de 90 a 2006 (Brasil - PACS, PSF, PNAB 2006)
1. Conceito
“Atenção essencial à saúde baseada em tecnologia e métodos práticos, cientificamente
comprovados e socialmente aceitáveis, tornados universalmente acessíveis a indivíduos
e famílias na comunidade por meios aceitáveis para eles e a um custo que tanto a
comunidade como o país possa arcar em cada estágio de seu desenvolvimento, um
espírito de autoconfiança e autodeterminação. É parte integral do sistema de saúde do
país, do qual é função central, sendo o enfoque principal do desenvolvimento social e
econômico global da comunidade. É o primeiro nível de contato dos indivíduos, da
família e da comunidade, com o sistema nacional de saúde, levando a atenção à saúde o
mais próximo possível do local onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o
primeiro elemento de um processo de atenção continuada à saúde.” (OMS/UNICEF,
1979).
5. PSF
O Programa Saúde da Família (PSF) é uma ação estratégica criada em 1994, que devido
a uma expansão quantitativa consolidou-se em 1998 como modelo de atenção à saúde.
Além de representar uma estratégia para reverter a forma atual de prestação assistencial
da saúde, baseada no "hospitalocentrismo", o PSF tem se centrado, sobretudo, na
promoção da qualidade de vida e do desenvolvimento de ações intersetoriais, pondo em
prática as diretrizes pregadas na CF/1988.
O PSF não é uma peça isolada do sistema de saúde, mas um componente articulado com
todos os níveis. Dessa forma, pelo melhor conhecimento da clientela e pelo
acompanhamento detido dos casos, identificando os fatores de risco a quais ela está
exposta, neles intervindo de forma apropriada, o programa permite ordenar os
encaminhamentos e racionalizar o uso da tecnologia e dos recursos terapêuticos mais
caros.
Por outro lado, a falta de adequação ao modelo proposto pelos atores atuantes e
respectivas mudanças em sua conjuntura, se apresentam como empecilhos do
programa.
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6. PNAB
A primeira edição da Política Nacional de Atenção Básica - PNAB - data, oficialmente
no ano de de 2006, com a segunda edição em 2011 e a terceira em 2017. No ano de
criação, notou-se que a criação da PNAB ampliou a concepção da AB (Atenção Básica)
bem como seus espaços e oportunidades, de forma que incorpora os atributos da AB à
atenção abrangente e reconhece a Saúde da Família como um modelo substitutivo e
como uma forma de reorganização da AB. Desse modo, a PNAB no Brasil, objetivou a
oportunidade de um acesso universal e contínuo aos serviços que formam as bases do
sistema de saúde, assim como visa desenvolver um cuidado integral que repercute na
autonomia das pessoas do corpo social, da coletividade e do sistema de saúde. Além
disso, revisou as funções das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e reconheceu a
existência de diferentes modalidades segundo o modelo de organização predominante -
UBS com ou sem ESF. E em setembro de 2017, instituiu-se a nova PNAB, que
consolidou conceitos, reafirmando os princípios instituídos nas Políticas anteriores
(2006 e 2011), além de propor mudanças significativas nas modalidades e na
composição das equipes, como a flexibilização da carga horária de profissionais da
Atenção Primária à Saúde (APS), por exemplo.
REFERÊNCIAS
Melo, Eduardo Alves et al. Mudanças na Política Nacional de Atenção Básica: entre
retrocessos e desafios. Saúde em Debate [online]. 2018, v. 42, n. spe1 [Acessado 26
Setembro 2021] , pp. 38-51. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0103-
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Silva, Thais Lacerda e et al. Política Nacional de Atenção Básica 2017: implicações no
trabalho do Agente Comunitário de Saúde. Saúde em Debate [online]. 2020, v. 44, n.
124 [Acessado 26 Setembro 2021] , pp. 58-69. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/0103-1104202012404>. Epub 08 Maio 2020. ISSN 2358-2898.
https://doi.org/10.1590/0103-1104202012404.