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BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM REDE BÁSICA DE SAÚDE –
PARQUE ARAGUARI

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

DAYANE SILVA SAMPAIO

BRASÍLIA

2021
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DAYANE SILVA SAMPAIO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório do estágio supervisionado em espaços


de saúde pública em rede básica de saúde
apresentado ao curso de graduação em
Enfermagem da Faculdade Juscelino Kubistcheck
JK, realizado na unidade básica de saúde do
parque Araguari, cidade Ocidental – GO.

Orientador(a): Patrícia Vieira Ramos Dutra.

BRASÍLIA

2021
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Sumá rio
Identificação do campo de estágio ............................................................................. 4
Apresentação................................................................................................................5
Política de promoção à saúde.......................................................................................6
Politica da atenção básica em saúde............................................................................6
Humaniza sus................................................................................................................7
Estratégia saúde da família...........................................................................................7
O acompanhamento da gestação na atenção básica (pré-natal).................................8
Vacinação....................................................................................................................11
Quais vacinas encontro no sus?.................................................................................11
Hiperdia.......................................................................................................................15
Saúde da criança: nutrição infantil, aleitamento materno e nutrição complementar..17
Políticas de saúde mental...........................................................................................18
Saúde da mulher: saúde sexual e reprodutiva...........................................................20
Saúde do homem........................................................................................................20
Abordagem pré-concepcional.....................................................................................21
Controle dos cânceres do colo do útero e da mama..................................................21
Programa nacional de qualidade da mamografia (pnqm)...........................................24
Hiv/aids, hepatites e outras dst...................................................................................25
Curativos.....................................................................................................................26
Visita domiciliar............................................................................................................27
Conclusão........................................................................................................................................... 28
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IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO

Identificação do estagiário:

Nome: Dayane Silva Sampaio

Endereço: Qd 68 Lt 38 Jardim Pérola 2 Aguas Lindas de GO

Curso:Enfermagem

Ano de Conclusão: 2021

Identificação da Empresa

Nome:Faculdade JK

Endereço: SCS Quadra 4, Bloco A Lote 94 EDIFÍCIO ZAFIRE, SHCS.

Cidade/Estado: Brasília – DF

Telefone: (61) 99370-3860

Site: https://faculdadejk.edu.br/

Local/Empresa onde foi realizado o estágio

Data de início: 03/08/2021

Data de término: 30/11/2021

Carga horária total: 400h

Supervisor de Estágio: Patrícia Vieira Ramos Dutra.


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APRESENTAÇÃO

No auge dos seus 50 anos de história e tradição, a faculdade JK é


marcarda pelos seus professores altamente qualificados e a aplicação em
tecnologia e inovação no segmento educacioanal do Distrito Federal e Entorno. E
assim se prepare para a vida e para o mercado de trabalho. Buscar a sinergia
entre intelectualidade, o empresariado, o empreendedor e a profissionalização.
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POLÍTICA DE PROMOÇÃO À SAÚDE

Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde


relacionados aos seus determonantes e condicionantes modos de viver,
condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a
bens e serviços essencias.
A promoção da saúde é uma das estratégias do setor saúde para buscar
a melhoria da qualidade de vida da população. O objetivo é promover uma gestão
compartilhada entre usuários, trabalhadores do setor sanitário, de outros setores
e movimentos sociais.
Segundo a carta de Ottwa, contempla 5 amplos campos de ação:
Implementação de politicas públicas saudáveis, criação de ambientes saúdaveis,
capacitação da comunidade, desenvolvimento de habilidades individuais e
coletivas e reorientação de serviços de saúde.

POLITICA DA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE

A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultado da


experiência acumulada por conjunto de atores envolvidos historicamente com o
desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), como
movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das três esferas de
governo.
PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011, aprova a Política
Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para
a organização da atenção básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no
âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a
prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de
danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção
integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos
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determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. É desenvolvida por


meio do exercício de práticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas,
sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios definidos,
pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade
existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de
cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das demandas e
necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu território,
observando critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de
que toda demanda, necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhido.

HUMANIZA SUS

Apolítica Nacional de Humanização existe desde de 2003 para efetivar


os princípios do SUS no cotidiano das praticas de atenção e gestão, qualificando a
saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gesteos,
trabalhadores e usuários.

O Humaniza SUS tem como objetivo de efetivar os princípios do


Sistema Único de Saúde no cotidiano das praticas de atenção e de gestão, assim
como estimular trocas solidárias e a produção de sujeiros.

Tem como diretrizes: acolhimento, clínica ampliada, congestão, defesa


dos direitos do usuário, fomentos de grupalidades, coletivos e redes, valorização
do trabalho e do trabalhador. No qual é um conjunto de valores, técnicas,
comportamentos e ações que, construídas dentro de seus princípios, promovem a
qualidade das relações entre as pessoas no serviço de saúde.

Estratégia Saúde da Família

A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção


básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida
pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de
expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma
reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os
princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade
e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar
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uma importante relação custo-efetividade.


Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe
multiprofissional (equipe de Saúde da Família – eSF) composta por, no mínimo: (I)
médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e
Comunidade; (II) enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; (III)
auxiliar ou técnico de enfermagem; e (IV) agentes comunitários de saúde. Podem
ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-
dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em
Saúde Bucal.

O ACOMPANHAMENTO DA GESTAÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA (Pré-natal)

A equipe deve prestar cuidado integral e compartilhado com todos os


profissionais da unidade, contemplando a proteção, a promoção de saúde, a
prevenção de agravos e a escuta qualitativa das necissidades no decorrer da
gestação, proporcionando atendimento humanizado e estabelecimento de vínculo.
O principal objetivo do pré-natal é prestar assistencia a mulher desde o
início de sua gravidez, onde ocorrem mudanças físicas e emocionaise que cada
gestante vivencia de forma distinta.

Programa de Consultas

Até a 28ª semana as consultas são mensais e intercaladas entre


enfermeiro e médico.
Da 28ª semana até a 36ª semana a gestante deverá ser acompanhada a
cada 15 dias, consultas intercaladas entre enfermeiro e médico, visando a
avaliação da pressão arterial, da presença de edemas, da altura uterina,
movimentos do feto e dos batimentos cardiofetais.
Apartir da 36ª semana as consultas deverão ser semanais e somente com
o médico.
Frente a qualquer alteração, ou se o parto não ocorrer até 7 dias após a
data provável, a gestante deverá ter consulta médica assegurada, ou ser referida
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para serviço de maior complexidade.


Para o pré-natal de baixo risco é proposto um mínimo de 6 consultas como
preconiza o Ministério da Saúde.
Com o teste de gravidez positivo, a gestante deverá ir até a UBSF mais
próxima de sua residência para marcar a primeira consulta de pré-natal

Finalidade da primeira consulta de enfermagem

 Tem como objetivo: acolher a mulher respeitando sua condição


emocional em relação a atual gestação;
 Esclarecer suas dúvidas, medos, angústias ou simplesmente
curiosidades em relação a este momento de sua vida;
 Identificação e classificação de riscos;
 Confirmação de diagnósticos;
 Adesão ao pré-natal e educação para saúde estimulando o auto
cuidado;
 As consultas deverão ser intercaladas entre médico e enfermeiro,
respeitando o risco obstétrico de cada paciente.

Consulta de enfermagem

 Hitória clínica e obstétrica;


 Cálculo da idade gestacional e data provável do parto;
 Avaliação de risco gestacional;
 Exame físico e obstétrico;
 Pressão Arterial;
 Peso;
 Altura;
 Altura uterina;
 Avaliação alimentar e orientação quanto a lavagem dos alimentos e
hidratação (Caso não esteja e alimentando bem devido aos enjoos, a
gestante será encaminhada a nutricionista);
 Avaliação das mamas e orientação ao prepar para amamentação;
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 Orientação aos cuidados com a pele;


 Ausculta dos batimentos cardio fetais;
 Orientação sobre as queixas mais frequentes;
 Preenchimento do cartão da gestante;
 Encaminhamento para realização das vacinas de rotina (Hepatite B, DT
e Dtpa);
 Realização de testes rápidos (HIV, SÍFILIS, HEPATITES B e C);
 Realização do 1º teste da mamãe;
 Solicitação de exames de sangue e urina;
 Prescrição de ácido fólico e sulfato ferroso;
 Encaminhamento para dentista;
 Caso seja menor de 15 ou maior de 35 anos, que tenha aborto prévio,
diabetes gestacional e pressão alta nas gestações anteriores,
encaminha-se para gnecologista avaliar, pois entra nos critérios de alto
risco.

No estado do Goiás é realizado o Teste da mamãe que é um exame


laboratorial simples, realizado numa amostra de sangue em papel-filtro, coletada
da gestante e que reúne as principais doenças pesquisadas no pré-natal. A pós ser
colhido o material será encaminhado a APAE de Goiânia, e em 20 dias o resultado
já estará liberado, caso algum resultado tenha dado positivo a APAE ja faz o
acompanhamento até o pós parto.

A
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gestante deve ser estimulada a trazer um acompanhante de sua escolha para as


consultas de pré-natal, sendo garantido este direito. Aproveitar a oportinidade para
ofertar a realização dos testes rápidos de HIV, Sifilis e Hepatites B e C para o
parceiro.

VACINAÇÃO

Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema


de saúde pública por causa da vacinação massiva da população. Poliomielite,
sarampo, rubéola, tétano e coqueluche são só alguns exemplos de doenças comuns
no passado e que as novas gerações só ouvem falar em histórias.

A vacinação protege você e a população, pois evita que doenças


imunopreviníveis se espalhem. Por isso é tão importante se vacinar e garantir a
segurança em saúde para todos.

Quais vacinas encontro no SUS?

Atualmente, 48 imunobiológicos são distribuídos anualmente pelo Programa


Nacional de Imunizações - PNI (vacinas, imunobiológicos especiais, soros e
imunoglobulinas), sendo 20 vacinas oferecidas às crianças, adolescentes, adultos,
idosos e gestantes conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Destas, 18 são
vacinas só para crianças e adolescentes ofertadas no Calendário Nacional de
Vacinação.

1.BCG,
2.Hepatite B,
3.Penta,
4.Pólio inativada,
5.Pólio oral,
6.Rotavírus,
7.Pneumo 10,
8.Meningo C,
9.Febre amarela,
10.Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola),
11.Tetra viral (sarampo, caxumba e rubéola e varicela),
12.DTP,
13.Hepatite A,
14.Varicela,
15.Difteria e tétano adulto (dT),
16.Meningocócica ACWY,
17.HPV quadrivalente,
18.dTpa,
19.influenza (esta ofertada durante Campanha anual) e
20.Pneumocócica 23-valente (Pneumo 23).
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No atual cenário de grande complexidade sanitária mundial, uma vacina eficaz


e segura é reconhecida como uma solução em potencial para o controle da
pandemia, aliada à manutenção das medidas de prevenção já estabelecidas.
As vacinas adotadas pelo SUS passaram por todas as etapas necessárias para
a criação de um novo imunizante e cumprem a critérios científicos rigorosos
adotados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Vacinas Disponíveis

A vacinação contra COVID-19 no Brasil foi iniciada no dia 19 de janeiro de


2021 e foi avançando de acordo com os grupos prioritários, sendo que atualmente a
vacinação está disponível para toda população a partir dos 12 anos de idade.

Dados atualizados da vacinação de COVID-19


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A dose de reforço é aplicada nos profissionais de saúde que receberam a


segunda dose da vacina contra a covid-19 há pelo menos seis meses,
independentemente da marca da vacina que recebeu na época. Já na população
geral, a dose de reforço começou a ser aplicada em quem tem 60 anos ou mais e
também é preciso ter recebido a aplicação da segunda dose há pelo menos seis
meses.

Calendário Vacinal do Adulto e do Idoso

Calendário Vacinal da Gestante


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Calendário Vacinal da Criança


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Hiperdia

O Programa Hiperdia foi criado pela Portaria nº371/GM de 4 de março de


2002 e tem como objetivo cadastrar no Ministério da Saúdeportadores de
hipertensão e diabetes, a fim de estabelecer metas e diretrizes para ampliarações
de prevenção, diagnóstico, tratamento e controle dessas doenças
promovendoassistência farmacêutica, atividades de educação em saúde individual
e coletiva, formandogrupos interativos abordando assuntos de importância para o
controle clínico e de interesseaos usuários participantes, favorecendo e
incentivando a mudança de hábitos de vida.

Hipertensão arterial sistêmica - HAS Conceito Visando oferecer maior


consistência aos clínicos na definição do conceito, foi adotada a classificação
definida no III Consenso Brasileiro de HAS. Assim, o limite escolhido para definir
HAS é o de igual ou maior de 140/90 mmHg, quando encontrado em pelo menos
duas aferições – realizadas no mesmo momento. Esta nova orientação da OMS
chama a atenção para o fato de que não se deve apenas valorizar os níveis de
pressão arterial, fazendo-se também necessária uma avaliação do risco
cardiovascular global. A hipertensão arterial é, portanto, definida como uma
pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mmHg e uma pressão arterial
diastólica maior ou igual a 90 mmHg, em indivíduos que não estão fazendo uso de
medicação anti-hipertensiva.

Diabetes mellitus - DM é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da


falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus
efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo
dos carboidratos, lipídeos e proteínas. As conseqüências do DM, a longo prazo,
incluem disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos,
coração e vasos sangüíneos.

Classificação etiológica dos distúrbios glicêmicos DM tipo 1 Resulta


primariamente da destruição das células beta pancreáticas e tem tendência à
cetoacidose. Esse tipo ocorre em cerca de 5 a 10% dos diabéticos. Inclui casos
decorrentes de doença autoimune e aqueles nos quais a causa da destruição das
células beta não é conhecida, dividindo-se em: imunomediado; idiopático.

DM tipo 2 Resulta, em geral, de graus variáveis de resistência à insulina e


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de deficiência relativa de secreção de insulina. O DM tipo 2 é hoje considerado


parte da chamada síndrome plurimetabólica ou de resistência à insulina e ocorre
em 90% dos pacientes diabéticos. Denomina-se resistência à insulina o estado no
qual ocorre menor captação de glicose por tecidos periféricos (especialmente
muscular e hepático), em resposta à ação da insulina. As demais ações do
hormônio estão mantidas ou mesmo acentuadas. Em resposta a essa resistência
tecidual há uma elevação compensatória da concentração plasmática de insulina
com o objetivo de manter a glicemia dentro dos valores normais. A homeostase
glicêmica é atingida às custas de hiperinsulinemia. As principais características da
síndrome estão descritas no quadro a seguir e todas concorrem para a doença
vascular aterosclerótica.

DM gestacional É a diminuição da tolerância à glicose, de magnitude


variável, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir
após o parto. Abrange os casos de DM e de tolerância à glicose diminuída,
detectados na gravidez. O Estudo Multicêntrico Brasileiro de Diabetes Gestacional
– EBDG revelou que 7,6% das mulheres em gestação apresentam intolerância à
glicose ou diabetes.

Outros tipos específicos Incluem várias formas de DM, decorrentes de


defeitos genéticos associados com outras doenças ou com o uso de fármacos
diabetogênicos.

 defeitos genéticos da função da célula beta.

 defeitos genéticos na ação da insulina.

 doenças do pâncreas exócrino (pancreatite neoplásica,


hemocromatose, fibrose cística, etc.).

 aqueles induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos,


corticóides, betabloqueadores, contraceptivos, etc.).

Saúde da criança: Crescimento e desenvolvimento

A atenção à saúde da criança pressupõe ações de promoção à saúde,


prevenção de agravos e de assistência à criança, tendo como compromisso
promover qualidade de vida para que a criança possa ter um crescimento e
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desenvolvimento saudável.

A organização da assistência, que se inicia pela captação precoce, deve,


portanto, contemplar uma série de atividades programadas – atendimentos
individuais e coletivos e atividades educativas e promocionais com as famílias – e
também prever o acolhimento e o atendimento da criança doente. Em qualquer
circunstância, o acesso ao serviço de saúde deve estar plenamente garantido.
Todas as atividades devem estar centradas no acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento, que é o eixo da assistência à criança.

A Caderneta da Criança é o principal instrumento utilizado nacionalmente


para esse acompanhamento e deve ser interpretado como um “cartão de
identidade” da criança. Nele são registrados os eventos importantes para a sua
saúde: condições de nascimento, os valores do peso, as habilidades desenvolvidas
nas diversas idades e as vacinas já realizadas e programadas.

Saúde da criança: nutrição infantil, aleitamento materno e nutrição


complementar

O Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano


de vida (na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês),
além de duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês) e, a partir do 2º
ano de vida, consultas anuais, próximas ao mês do aniversário. Essas faixas
etárias são selecionadas porque representam momentos de oferta de imunizações
e de orientações de promoção de saúde e prevenção de doenças. As crianças que
necessitem de maior atenção devem ser vistas com maior frequência.

A puericultura, é voltada principalmente para os aspectos de prevenção e


de promoção da saúde, atua no sentido de manter a criança saudável para garantir
seu pleno desenvolvimento, de modo que atinja a vida adulta sem influências
desfavoráveis e problemas trazidos da infância. Suas ações priorizam a saúde em
vez da doença. Seus objetivos básicos contemplam a promoção da saúde infantil,
prevenção de doenças e educação da criança e de seus familiares, por meio de
orientações antecipatórias aos riscos de agravos à saúde, podendo oferecer
medidas preventivas mais eficazes

São fundamentais a utilização e o adequado preenchimento da Caderneta


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de Saúde da Criança para o registro das principais informações de saúde da


criança, instrumentos como esse são reconhecidos como facilitadores da
comunicação entre pais e profissionais.

É importante a equipe de saúde, promover o incentivo à participação da


família em toda à atenção à criança, envolvendo-a com a informação sobre os
cuidados e problemas de saúde, bem como nas propostas de abordagem e
intervenções necessárias, entendidas como direito de cada cidadão e potencial de
qualificação e humanização da assistência às crianças

Políticas de saúde mental

A Atenção Básica tem como um de seus princípios possibilitar o primeiro


acesso das pessoas ao sistema de Saúde, inclusive daquelas que demandam um
cuidado em saúde mental.

Neste ponto de atenção, as ações são desenvolvidas em um território


geograficamente conhecido, possibilitando aos profissionais de Saúde uma
proximidade para conhecer a história de vida das pessoas e de seus vínculos com
a comunidade/território onde moram, bem como com outros elementos dos seus
contextos de vida.

Podemos dizer que o cuidado em saúde mental na Atenção Básica é


bastante estratégico pela facilidade de acesso das equipes aos usuários e vice-
versa. Por estas características, é comum que os profissionais de Saúde se
encontrem a todo o momento com pacientes em situação de sofrimento psíquico.

A atual política de saúde mental brasileira é resultado da mobilização de


usuários, familiares e trabalhadores da Saúde iniciada na década de 1980 com o
objetivo de mudar a realidade dos manicômios onde viviam mais de 100 mil
pessoas com transtornos mentais.

O movimento foi impulsionado pela importância que o tema dos direitos


humanos adquiriu no combate à ditadura militar e alimentou-se das experiências
exitosas de países europeus na substituição de um modelo de saúde mental
baseado no hospital psiquiátrico por um modelo de serviços comunitários com forte
inserção territorial.
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Nas últimas décadas, esse processo de mudança se expressa


especialmente por meio do Movimento Social da Luta Antimanicomial e de um
projeto coletivamente produzido de mudança do modelo de atenção e de gestão do
cuidado: a Reforma Psiquiátrica.

Ainda na década de 1980, experiências municipais iniciaram a


desinstitucionalização de moradores de manicômios criando serviços de atenção
psicossocial para realizar a (re)inserção de usuários em seus territórios
existenciais.

Foram fechados hospitais psiquiátricos à medida que se expandiam


serviços diversificados de cuidado tanto longitudinal quanto intensivo para os
períodos de crise.

A atenção aos portadores de transtornos mentais passa a ter como


objetivo o pleno exercício de sua cidadania, e não somente o controle de sua
sintomatologia. Isso implica em organizar serviços abertos, com a participação
ativa dos usuários e formando redes com outras políticas públicas (educação,
moradia, trabalho, cultura etc).

O desafio que se coloca é, ao invés de criar circuitos paralelos e protegidos


de vida para seus usuários, habitar os circuitos de trocas nos territórios da
sociedade.

Isso leva o desafio da saúde mental para além do SUS, já que para se
realizar ele implica na abertura da sociedade para a sua própria diversidade.

A aprovação de leis estaduais alinhadas com esses princípios ao longo da


década de 1990 reflete o progresso desse processo político de mobilização social
não só no campo da Saúde como também no conjunto da sociedade.

Normativas federais passam a estimular e regular a nascente rede de


serviços debase territorial.

Em 2001, após mais de dez anos de tramitação no Congresso Nacional, é


sancionada a Lei nº 10.216 que afirma os direitos das pessoas portadoras de
transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

Os princípios do movimento iniciado na década de 1980 tornam-se uma


política de estado. Na década de 2000, com financiamento e regulação tripartite,
amplia-se fortemente a rede de atenção psicossocial (RAPS), que passa a integrar,
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a partir do Decreto Presidencial nº 7508/2011, o conjunto das redes indispensáveis


na constituição das regiões de saúde.

Saúde da mulher: saúde sexual e reprodutiva

A atenção em saúde sexual e em saúde reprodutiva é uma das áreas de


atuação prioritárias da Atenção Básica à saúde. Deve ser ofertada observando-se
como princípio o respeito aos direitos sexuais e aos direitos reprodutivos.
Desenvolver esse trabalho não é tarefa simples, tendo em vista a alta
complexidade que envolve o cuidado dos indivíduos e famílias inseridos em
contextos diversos, onde é imprescindível realizar abordagens que considerem os
aspectos sociais, econômicos, ambientais, culturais, entre outros, como
condicionantes e/ou determinantes da situação de saúde. Isso exige uma nova
postura e qualificação profissional, com enfoque não só para o indivíduo, mas
também para a família e a comunidade, lembrando que, no contexto atual, as
famílias assumem diferentes conformações, não apenas aquela de grupo nuclear
específico, formado por pai, mãe e filhos. Além disso, é importante compreender a
família também como um espaço emocional e social, onde podem se reproduzir as
mais diversas formas de relações da sociedade.

Saúde do Homem

A proposição da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem


visa qualificar a saúde da população masculina na perspectiva de linhas de cuidado
que resguardem a integralidade da atenção. O reconhecimento de que os homens
adentram o sistema de saúde por meio da atenção especializada tem como
conseqüência o agravo da morbidade pelo retardamento na atenção e maior custo
para o SUS. É necessário fortalecer e qualificar a atenção primária garantindo,
assim, a promoção da saúde e a prevenção aos agravos evitáveis.

Os homens têm dificuldade em reconhecer suas necessidades, cultivando


o pensamento mágico que rejeita a possibilidade de adoecer. Além disso, os
serviços e as estratégias de comunicação privilegiam as ações de saúde para a
criança, o adolescente, a mulher e o idoso. Uma questão apontada pelos homens
para a não procura pelos serviços de saúde está ligada a sua posição de provedor.
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Alegam que o horário do funcionamento dos serviços coincide com a carga horária
do trabalho. Não se pode negar que na preocupação masculina a atividade laboral
tem um lugar destacado, sobretudo em pessoas de baixa condição social o que
reforça o papel historicamente atribuído ao homem de ser responsável pelo
sustento da família. Ainda que isso possa se constituir, em muitos casos, uma
barreira importante, há de se destacar que grande parte das mulheres, de todas as
categorias sócio-econômicas, faz hoje parte da força produtiva, inseridas no
mercado de trabalho, e nem por isso deixam de procurar os serviços de saúde.

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem objetiva


orientar as ações e serviços de saúde para a população masculina, com
integralidade e equidade, primando pela humanização da atenção. A presente
política enfatiza a necessidade de mudanças de paradigmas no que concerne à
percepção da população masculina em relação ao cuidado com a sua saúde e a
saúde de sua família. Considera essencial que, além dos aspectos educacionais,
entre outras ações, os serviços públicos de saúde sejam organizados de modo a
acolher e fazer com que o homem sinta-se parte integrante deles. A implementação
da política deverá ocorrer de forma integrada às demais políticas existentes, numa
lógica hierarquizada de atenção à saúde, priorizando a atenção primária como porta
de entrada de um sistema de saúde universal, integral e equânime.

Abordagem Pré-concepcional

A abordagem de planejamento da gestão tem como objetivo identificar fatores


de risco ou doenças que possam alterar a evolução de uma futura gestação.
Constitui um instrumento importante na melhoria dos índices de mobidade e
mortalidade materna e infantil.

Controle dos cânceres do colo do útero e da mama

As ações da Atenção Básica são diversas no controle dos cânceres do colo do


útero e da mama. Vão desde cadastro e identificação da população prioritária ao
acompanhamento das usuárias em cuidados paliativos.
É fundamental que a equipe conheça a sua população, com cadastro
sistemático de todos os usuários da sua área adscrita. A partir desse cadastro, ela
deve conseguir identificar todas as mulheres da faixa etária prioritária, bem como
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identificar aquelas que têm risco aumentado para a doença. Ao realizar o


cruzamento entre as mulheres que deveriam realizar o exame e as que o realizaram,
é possível definir a cobertura e, a partir daí, pensar em ações para ampliar o acesso
ao exame. Avaliar a cobertura do exame é tarefa fundamental das equipes, bem
como avaliação dos resultados dos exames e dos exames insatisfatórios no caso do
colo do útero.
As ações de prevenção da saúde são uma estratégia fundamental, não só para
aumentar a frequência e adesão das mulheres aos exames, como para reforçar
sinais e sintomas de alerta, que devem ser observados pelas usuárias. Além de
abordagens para grupos específicos (por exemplo, gestantes, mães de crianças em
puericultura, idosas), é fundamental que os processos educativos ocorram em todos
os contatos da usuária com o serviço, estimulando-a a realizar os exames de acordo
com a indicação.
A realização do citopatológico deve ocorrer na própria unidade básica de
saúde, podendo ser realizado durante a consulta ou em agendamentos específicos
para esse fim. A estratégia de mutirão em horários alternativos permite atingir
mulheres que geralmente não conseguem ter acesso ao exame. Usuárias que não
comparecem espontaneamente podem ser convocadas para realização do exame.
Independente da forma de abordagem, o exame deve ser coletado mediante a
técnica descrita no capítulo específico, e a mulher deve ser respeitada e abordada
integralmente.
No caso da mamografia, a solicitação deve ser realizada pelo profissional da
unidade, durante a consulta ou em estratégias de busca ativa de mulheres, como
visita domiciliar. É fundamental que nas consultas o profissional realize o exame
clínico das mamas para detectar lesões palpáveis. Além de solicitar o exame, cabe
realizar orientações sobre a forma que o exame é feito, bem como a sua importância
para fortalecer a aderência da usuária à sua realização.
Após a realização da coleta do citopatológico, cabe à Atenção Básica
encaminhar o material para análise, e aguardar o recebimento dos laudos. Em
unidades não informatizadas, cabe realizar um cadastro manual dos exames
encaminhados para poder acompanhar o retorno dos laudos. Cabe o mesmo em
relação às solicitações de mamografia, constando as informações das datas de
solicitação e de realização do exame, informada pelo serviço de mamografia ou pela
própria usuária. O resultado deve ser informado à mulher, preferencialmente durante
uma consulta.
De posse do resultado, o profissional deve realizar a conduta de acordo com o
resultado. Caso o resultado determine encaminhamento a outro serviço, é
fundamental realizar uma solicitação de encaminhamento qualificada, com os dados
relevantes sobre a usuária, sobre o quadro clínico e sobre o resultado do exame.
Além disso, é necessário que a equipe acompanhe essa mulher, verificando a
adesão ao tratamento.
Como a AB é a coordenadora do cuidado, ela deve acompanhar as usuárias
durante todo o tratamento, avaliando a necessidade de intervenções durante esse
processo. Em especial no caso do cuidado paliativo, a equipe deve estar preparada
para acolher essa usuária e propiciar o seu tratamento. Grande parte das
necessidades em cuidados paliativos pode ser realizada pela equipe, na UBS ou no
domicílio da usuária.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2008, ocorreram 1.384.155
23

casos novos de câncer da mama em todo o mundo, o que torna o tipo de câncer
mais comum entre as mulheres. Nesse mesmo ano, foram registrados cerca de 530
mil casos novos de câncer do colo do útero. No Brasil, para o ano de 2012, são
estimados 52.680 casos novos de câncer de mama feminino e 17.540 casos novos
de câncer do colo do útero (INCA, 2012).
No contexto da Rede Temática de Oncologia, as Linhas de Cuidado dos
Cânceres do Colo do Útero e da Mama implicam na organização de um conjunto de
ações e serviços de saúde, estruturados com base em critérios epidemiológicos e de
regionalização para dar conta dos desafios atuais onde os quadros relativos a esses
cânceres são de alta relevância epidemiológica e social.
A organização da Linha de Cuidado envolve intervenções na promoção da
saúde, na prevenção, no tratamento, na reabilitação e nos cuidados paliativos,
englobando diferentes pontos de atenção à saúde, com o objetivo de alcançar bons
resultados clínicos, a custos compatíveis, com base na evidência disponível na
literatura científica.
A Linha de Cuidado do Câncer do Colo do Útero tem a finalidade de assegurar
à mulher o acesso humanizado e integral às ações e aos serviços qualificados para
promover a prevenção do câncer do colo do útero, acesso ao rastreamento das
lesões precursoras, ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado, qualificado e
em tempo oportuno. Será organizada a partir de algumas diretrizes, entre elas:
1. Prevenção e detecção precoce
• Fortalecer e ampliar o acesso às informações sobre o câncer do colo do útero
para todas as mulheres, ressaltando que o câncer do colo do útero é prevenível
pela detecção e pelo tratamento das lesões precursoras que antecedem, em
muitos anos, o câncer.
• Estruturar os serviços de saúde para rastrear todas as mulheres de 25 a 64
anos a cada três anos, além de atender todas as mulheres que apresentam
sinais de alerta.
• Acompanhar e tratar todas as mulheres positivas, segundo as Diretrizes
Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero (INCA, 2011a).

2. Programa Nacional de Qualidade da Citologia


• Garantia de citologias de alto padrão.
• Garantir referência para cito e histopatologia.

3. Acesso à confirmação diagnóstica


• Garantia do acesso ao tratamento adequado da lesão precursora em
tempo oportuno.
• Definir e pactuar que a unidade de referência deve realizar todos os
procedimentos: colposcopia, biópsia, EZT e utilizar o método “ver e tratar”.
• Implantar centros qualificadores de ginecologistas para atuarem na
unidade de referência para diagnóstico e tratamento da lesão precursora.

4. Tratamento adequado e em tempo oportuno


24

• Definir e pactuar serviços terciários para procedimentos especializados,


como conização, quimioterapia e radioterapia.
• Garantir que todas as mulheres iniciem seu tratamento o mais breve
possível.
• Permitir que as mulheres com câncer do colo de útero sejam
acompanhadas por uma equipe multidisciplinar especializada.
• Garantir que toda mulher com câncer do colo de útero receba cuidados em
um ambiente hospitalar que acolha suas expectativas e respeite sua
autonomia, dignidade e confidencialidade.
• Garantir que todo hospital que trata câncer do colo do útero tenha Registro
Hospitalar de Câncer em atividade.
• Garantir que toda mulher com câncer do colo do útero tenha direito aos
cuidados paliativos para o adequado controle dos sintomas e suporte social,
espiritual e psicológico.

A Linha de Cuidado do Câncer da Mama tem a finalidade de assegurar à


mulher o acesso humanizado e integral às ações e serviços qualificados para
promover a prevenção do câncer de mama, acesso ao diagnóstico precoce e ao
tratamento adequado, qualificado e em tempo oportuno. Será organizada a partir
das seguintes diretrizes:

1. Prevenção e detecção precoce


• Fortalecer e ampliar o acesso às informações relativas à prevenção do
câncer da mama, enfatizando que o controle do peso e da ingestão de
álcool, além da amamentação e da prática de atividades físicas, são formas
de preveni-lo.
• Alertar médicos e população sobre os riscos associados à terapia de
reposição hormonal.
• Fortalecer e ampliar o acesso às informações sobre a detecção precoce
do câncer da mama para todas as mulheres, ressaltando o alerta para os
primeiros sinais e sintomas do câncer da mama.
• Realizar o diagnóstico precoce de lesões sugestivas de câncer de mama e
encaminhá-las com prioridade para atenção especializada.
• Organizar o rastreamento das mulheres de 50 a 69 anos em áreas cuja
elevada ocorrência deste tipo de câncer justifique esta iniciativa.

2. Programa Nacional de Qualidade da Mamografia (PNQM)


• Garantir imagens radiográficas de alto padrão com doses mínimas de
radiação.
• Incluir todos os serviços de mamografia no Programa Nacional de
Qualidade em Mamografia.

3. Acesso à confirmação diagnóstica


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• Definir e pactuar serviços de referência para confirmação diagnóstica dos


casos suspeitos.
• Regular o acesso à confirmação diagnóstica, propiciando que casos
referenciados pela atenção primária com lesão palpável, ou outros sinais e
sintomas suspeitos tenham prioridade.
4. Tratamento adequado e em tempo oportuno
• Definir e pactuar com unidade terciária de referência para tratamento dos
casos confirmados.
• Garantir que todas as mulheres, com diagnóstico de câncer de mama
confirmado, iniciem seu tratamento o mais breve possível.
• Garantir que toda mulher com câncer da mama tenha seu diagnóstico
complementado com a avaliação do receptor de estrogênio e progesterona.
• Permitir que as mulheres com câncer da mama sejam acompanhadas por
uma equipe multidisciplinar especializada, que inclua médicos (cirurgião,
oncologista clínico e radioterapeuta), enfermeiros, psicólogos, nutricionistas,
assistentes sociais e fisioterapeutas.
• Garantir que toda mulher com câncer da mama receba cuidados em um
ambiente hospitalar que acolha suas expectativas e respeite sua autonomia,
dignidade e confidencialidade.
• Garantir que todo hospital que trate câncer da mama tenha Registro
Hospitalar de Câncer em atividade.
• Garantir que toda mulher com câncer da mama tenha direito aos cuidados
paliativos para o adequado controle dos sintomas e suporte social, espiritual
e psicológico.

HIV/AIDS, hepatites e outras DST

Considerando os princípios básicos do Sistema Único de Saúde – SUS


(Constituição Federal de 1988) de universalização, integralidade, descentralização,
hierarquização e participação popular, os serviços de Atenção Básica devem ser
estruturados para possibilitar acolhimento, diagnóstico precoce, assistência e,
quando necessário, encaminhamento dos portadores de DST, HIV/aids, hepatites e
HTLV às unidades de referência. São muito amplas as possibilidades de ação, no
âmbito dos serviços de Atenção Básica, no que se refere ao manejo desse grupo
de agravos. As ações da Atenção Básica devem incluir:

a) Atividades educativas para promoção à saúde e prevenção.

b) Aconselhamento para os testes diagnósticos e para adesão à terapia


instituída e às recomendações da assistência.
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c) Diagnóstico precoce das DST, infecção pelo HIV, hepatites e HTLV.

d) Tratamento adequado da grande maioria das DST.

e) Encaminhamento dos casos que não competem a esse nível de


atenção, realizando acompanhamento conjunto.

f) Prevenção da sífilis congênita e da transmissão vertical do HIV.

g) Manejo adequado dos indivíduos em uso indevido de drogas.

A atenção integral a esse grupo de agravos necessita não apenas da


implementação de ações básicas de prevenção e assistência, mas também o
fortalecimento da integração entre os diferentes níveis de atenção à saúde
existentes no município/região, cuja resolubilidade varia de acordo com os
recursos financeiros, técnicos, humanos e de infra-estrutura do serviço.

É fundamental que a organização dos serviços de saúde promovam um


melhor acesso àqueles que buscam o serviço e que cada profissional incorpore em
sua rotina a preocupação de identificar os pacientes em situação de maior
vulnerabilidade, garantindolhes atendimento humanizado e resolutivo. Também se
faz necessário o desenvolvimento de ações na comunidade que promovam o
aumento da percepção de risco para esses agravos, além de estimular a adoção
de práticas seguras para a saúde.

Curativos

Os cuidados com feridas é prática cotidiana dos profissionais de enfermagem,


que constitui nos serviços da atenção primária e/ou hospitalar. Dentre os membros
da equipe de saúde multidisciplinar, o enfermeiro, exerce um papel importante a
desempenhar no tratamento de feridas e precisam estar ciente das suas
responsabilidades, atuando na prevenção, avaliação e indicação do tratamento ideal
para a lesão.
É muito importante que o profissional de enfermagem responsável pela equipe
básica seja capacitado com conhecimentos adequados sobre cuidados de feridas,
proporcionando uma assistência individualizada e integral ao portador e sua família.
O enfermeiro deverá realizar avaliações sistematizadas, com prescrições distintas
de frequência de tipo de curativos ideal para reconstituição do tecido, levando em
consideração os fatores ambientais e fisiológicos que interferem na evolução na
qualidade e no tempo de cicatrização.
. A atenção primária à saúde é um setor indispensável ao cuidado, sendo
promovida sua realização de maneira integral nesse âmbito em virtude da sua
proximidade com a vivência da comunidade. Assim, a grande maioria das
27

terapêuticas relacionadas ao tratamento de feridas tem sido desempenhada nesse


setor.

Visita domiciliar

A visita domiciliar (VD) constitui uma importante ação integrante do Programa


Saúde da Família (PSF), que tem como objetivo oferecer condutas de promoção,
proteção e recuperação da saúde do indivíduo, da família e da coletividade, em
seu espaço domiciliar. Assim, possibilita atenção interdisciplinar e multiprofissional
no âmbito do domicílio. É um instrumento que promove um grande vínculo entre o
profissional de saúde e as famílias de seu território de atuação, fazendo conhecer
a realidade do indivíduo e de sua família.
Dentre os inúmeros benefícios da VD, ela permite à Equipe de Saúde da
Família (ESF):
 Conhecer os domicílios com suas características ambientais, socioeconômicas
e culturais;
 Verificar a estrutura e a dinâmica familiares;
 Prestar assistência domiciliar aos pacientes acamados e em outras situações
especiais;
 Atuar no controle e prevenção de doenças e agravos transmissíveis e não
transmissíveis;
 Estimular a adesão aos tratamentos medicamentosos e não medicamentosos
propostos;
 propiciar ao indivíduo e à família uma participação ativa em seu processo
saúde-doença;
 Estimular a autonomia do indivíduo e da família na prática do autocuidado em
seu domicílio.
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Conclusão

O presente estágio de enfermagem supervisionado na atenção de saúde


primária me proporcionou um abrangente nivel de conhecimento e experiencia
vivenciados na unidade básica de saúde do parque araguari onde pude aprimorar
e colocar em prática todo conhecimento teórico durante o curso de enfermagem
que foram muito bem vindos agregados aos conhecimentos obtidos no estágio
hospitalar.

A experiência de colocar em prática tudo já aprendido verbalmente e


visualmente ensinado pelos professores e orientadores contribuiu para o meu
crescimento pessoal e me preparou para um futuro crescimento profissional. Todas
as atividades realizadas na unidade básica de saúde foram bem aproveitadas e
supervisionadas, sendo assim, realizadas com excelência.

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