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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM

GESTÃO EM PROGRAMAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA

FRANCISCA HONORATO LEITE

GESTÃO EM PROGRAMAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA

São Paulo - SP
2022
Francisca Honorato Leite
1

FRANCISCA HONORATO LEITE

GESTÃO EM PROGRAMAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Trabalho de Conclusão de Curso sob a forma de Artigo


Científico apresentado à Faculdade Anísio Teixeira (FAT)
como requisito parcial obrigatório para a conclusão do
curso de Pós-graduação Lato Sensu em Gestão em
Programas de Saúde da Família

São Paulo - SP
2022
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GESTÃO EM PROGRAMAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Francisca Honorato Leite 1

RESUMO

Visando uma ampliação que fomenta o crescimento saudável da população em geral, a


Secretaria de Atenção Primária a Saúde implantou com êxito o Programa de Saúde da
Família, regido por Organizações Sociais que buscam uma gestão de excelência,
consolidação, expansão com aprimoramento ao atendimento às famílias e população usuária
totalitária, assim como a implantação de equipe especializada multifuncional e preparada para
o atendimento efetivo cumprindo com magnitude os objetivos e metas traçados, com
resolutividade integrada e planejada.
Neste artigo poderemos acompanhar o surgimento, criação e desenvolvimento destes
programas e perceber a importância da Gestão em Programas de Saúde da Família.

Palavras Chave: Estratégia Saúde da Família. Gestão em Saúde. Programa de Saúde da


Família.

1
Graduada em Enfermagem no ano de 2007 pela FMU – SP, com Pós Graduação em Gestão de Qualidade e Segurança do
Paciente + Gestão Hospitalar, Docência do Ensino Médio e Superior na área de Saúde, com cursos de extensão em
Gerenciamento e Liderança para Enfermagem, Classificação de Risco e atuante na área da Saúde desde 2007.
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INTRODUÇÃO

A Saúde no Brasil veio de uma consecutiva e árdua luta pelos direitos da população a uma
assistência médica gratuita e igualitária, tendo esta surgido de uma evolução dos programas
governamentais ou não governamentais da época.

O primeiro ato foi a publicação de 1891, com a Constituição que instituía ao Estado a
responsabilidade ao zelo pela saúde dos brasileiros, e, com a chegada do presidente Getúlio
Vargas em 1930, foram então criados os Ministérios da Educação e da Saúde Pública, até
então trabalhando paralelamente.

Na década de 80, sob o governo de João Figueiredo, foi criado o Conselho Consultivo de
Administração da Saúde Previdenciária (Conasp), que tinha como objetivo racionalizar gastos
e buscar formas de sanar a carência na assistência médica.

Com o término da ditadura militar em 1985, o território brasileiro era assolado por diversos
tipos de endemias, pandemias e doenças infecto contagiosas como parasitoses, malária,
tuberculose, febre amarela, peste bubônica, cólera, dentre outras, e, a população devastada
após o difícil período, não dispunha de recursos financeiros para arcar com as questões de
saúde, o que deu início à uma movimentação popular quando diversos grupos distintos se
engajaram no movimento sanitário onde era reivindicada saúde igualitária para todos,
defendendo a saúde universal. Vale ressaltar que tal época foi marcada por uma decadente
crise econômica, com recursos escassos e descontrole inflacionário, o que dificultava o
atendimento voltado à saúde, vigilância sanitária, educação, etc.

Reconhecido mundialmente pela sua eficácia e abrangência, o Sistema único de Saúde,


(SUS) foi criado em 1988, tendo sua criação protegida na Constituição Federal Brasileira. Tal
façanha teve a frente o trabalho do médico Hésio de Albuquerque Cordeiro que levou o
extinto Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) a
considerar os intuitos do movimento, o que deu início ao surgimento do SUS.

A fim de ter maior controle a nível nacional, o Departamento de Informática do Sistema


Único de Saúde (DATASUS), desenvolveu o Sistema de Informação à Atenção Básica, um
software responsável por armazenar e processar as informações relacionadas à Atenção
Básica (AB) usando como estratégia central a Estratégia de Saúde da Família (ESF), que tem
como função principal organizar e fortalecer o Sistema Único de SAÚDE (SUS).

Com recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no
ano 2.000 foi feita em Emenda Constitucional onde determinou que o SUS seria administrado
por tripartite, ou seja, Estado, empresa e trabalhadores.

Poderemos visualizar nas imagens abaixo, a evolução e criação destes serviços para melhor
compreensão do surgimento dos serviços básicos de saúde:
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Figura 1: De 1923 a 1977 – Da criação dos Institutos até o Surgimento da Previdência Social

Figura 2: De 1982 a 1988 – Criação de Programas de Saúde até a criação da Constituição Federal de 1988
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Figura 3: De 1990 a 1993 – Criação das Leis á Normas de Saúde.

Figura 4: De 1996 a 2006 – Criação de Normas de Saúde até o Pacto pela Saúde

Imagens disponíveis em: A Ancia-politica/politicas-publicas/saude/linha-do-tempo-do-sus/


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De posse destes dados, fica mais acessível a visualização e intervenção pelo programa aos
resultados sócio sanitários, possibilitando o planejamento estratégico e atingindo maior
eficácia quanto ao atendimento das famílias cadastradas e também o trabalho realizado pelos
profissionais que abordam essa questão.

A partir destas informações, faz-se necessária a evolução e preparação destes profissionais,


com atualização e reciclagem de seus conhecimentos para que possam oferecer um serviço de
qualidade, objetivando identificar quais os pontos de maior carência e necessidades das
famílias usuárias do Programa Saúde da Família.

De acordo com o Ministério da Saúde (1990) o SUS é orientado por princípios doutrinários,
que são os da universalidade, da equidade e da integralidade, e organizacionais, que são os da
regionalização e hierarquização, da resolubilidade, da descentralização e da participação da
sociedade

A Estratégia Saúde da Família (ESF) é considerada prioritária como base à Atenção Primária
a Saúde (APS), pois envolve ações na prevenção de doenças tais como orientação e
vacinação, proteção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos,
cuidados paliativos e vigilância sanitária. O Programa Saúde da Família foi criado em 1991,
com a implantação do Programa dos Agentes Comunitários de Saúde (PACS), mas em 2006
deixou de ser um programa e passou a ser uma estratégia permanente na área da saúde, com
objetivos e metas pré-determinados sem período de extinção, visto que “programa” entende-
se como campanha e estratégia não possui data de extinção, mantendo ativa e contínua na
evolução dos projetos.

A inserção das famílias no programa é realizada via cadastramento feito pelos Agentes
Comunitários de Saúde (ACS) quando nas visitas domiciliares, buscam executar as ações
propostas pelo programa, identificando as situações de maior relevância e urgência, assim
como propiciando orientação e esclarecimentos à população.
Cada núcleo do Programa de Saúde da Família (PSF), geralmente anexo a Unidade Básica de
Saúde (UBS) regional, acolhem entre 600 e 1.000 famílias cadastradas, não ultrapassando a
média de 4.500 pessoas atendidas por unidade. Esse número pode variar de acordo com a
classe sócio econômica, densidade populacional e acessibilidade aos serviços de saúde,
podendo eles serem públicos ou não.
As equipes são constituídas por um médico da família ou generalista, enfermeiro, auxiliar de
enfermagem e os ACS. Pode ainda contar com dentista e auxiliar de saúde bucal (ASB). Cada
unidade pode contar com uma ou mais equipes, dependendo da demanda local.

De acordo com o Ministério da Saúde, as equipes de Saúde da Família devem operacionalizar


os seguintes princípios e diretrizes da APS:

I - Princípios:
a) Universalidade;
b) Equidade; e
c) Integralidade.

II - Diretrizes:
a) Regionalização e hierarquização:
b) Territorialização;
c) População adscrita;
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d) Cuidado centrado na pessoa;


e) Resolutividade;
f) Longitudinalidade do cuidado;
g) Coordenação do cuidado;
h) Ordenação da rede; e
i) Participação da comunidade.

Para a garantir a realizar destes princípios e diretrizes, alguns cuidados devem ser observados
e geridos de perto, tais como humanização nos cuidados do primeiro contato, integralidade,
longitudinalidade, coordenação, orientação familiar e comunitária, e, ainda competência
cultural e equidade.

REVISÃO DA LITERATURA

No ensejo de maior abordagem nas necessidades da população, controle de doenças e


saneamento básico diante da realidade vivida viu-se necessária a intervenção de programas
mais direcionados, e, em 1994 foi criado o Programa Saúde da Família (PSF) como um
modelo verticalizado e prescritivo da Atenção Primária seletiva com metas direcionadas à
população mais vulnerável. O Ministério da Saúde atribui à Saúde da Família, o escopo de
estratégia para a reorientação do modelo assistencial, com um enfoque na proposta de ação no
contexto da atenção básica e como porta de entrada do sistema (Brasil, 1997).

Pontua-se como objetivos da ESF:

Objetivo geral: Contribuir para a reorientação do modelo assistencial a partir da atenção


básica, em conformidade com os princípios do Sistema Único de Saúde, imprimindo uma
nova dinâmica de atuação nas unidades básicas de saúde, com definição de responsabilidades
entre os serviços de saúde e a população.

Objetivos específicos:
I. Prestar, na unidade de saúde e no domicílio, assistência integral, contínua, com
resolubilidade e boa qualidade às necessidades de saúde da população adscrita;
II. Intervir sobre os fatores de risco aos quais a população está exposta;
III. Eleger a família e o seu espaço social como núcleo básico de abordagem no
atendimento à saúde;
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IV. Humanizar as práticas de saúde através do estabelecimento de um vínculo entre os


profissionais de saúde e a população.
V. Proporcionar o estabelecimento de parcerias através do desenvolvimento de ações
intersetoriais;
VI. Contribuir para a democratização do conhecimento do processo saúde/doença, da
organização dos serviços e da produção social da saúde;
VII. Fazer com que a saúde seja reconhecida como um direito de cidadania e, portanto,
expressão da qualidade de vida. Estimular a organização da comunidade para o efetivo
exercício do controle social. (BRASIL, 1997, p.10)

Segundo GIL (2006), o crescimento da ESF, enquanto estratégias, apresenta desafios para sua
viabilização quanto as práticas profissionais que deveriam ser estabelecidas no vínculo,
responsabilidade, integralização e trabalho em equipe a á gestão burocratizada do serviço,
com normatizações, lógica quantitativa de produção de procedimentos, baixa capacidade de
inovação gerencial e desarticulação com os demais pontos de atenção da rede de serviços.

FRANCO E MERHY (2003) referem que a matriz teórica do PSF está circunscrita ao campo
da vigilância em saúde de territórios, centrando o processo de trabalho às normas e
prescrições de caráter higienista, constituindo uma linha paralela ao modelo médico
hegemônico. Segundo os autores, houve um erro de iniciativa do PSF referente a proposta da
APS seletiva, que foi desvinculada da reestruturação dos processos de trabalho no campo da
saúde. Afirma ainda que a proposta com o modelo assistencial proposto só teria resultado com
mudanças de estrutura sem desvincular os microprocessos dos trabalhos na saúde.
Nesse contexto, confere que os trabalhadores da saúde, especificamente os gestores do
Programa Saúde da Família, necessitam de implementação de suas características, sendo elas
multifuncionais com suas equipes ou ainda estruturais.

De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica – PNAB de 2006 - A Atenção Básica
em saúde é orientada pelos seguintes princípios: “[...] da universalidade, da acessibilidade e
da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização,
da humanização, da equidade e da participação social” (p. 2).
Ainda de acordo com a PNAB de 2006, os princípios da ESF devem ser considerados como
deveres, pois eles são específicos e com características operacionais:
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I. ter caráter substitutivo em relação à rede de Atenção Básica tradicional nos territórios
em que as Equipes Saúde da Família atuam;
II. atuar no território, realizando cadastramento domiciliar, diagnóstico situacional, ações
dirigidas aos problemas de saúde de maneira pactuada com a comunidade onde atua,
buscando o cuidado dos indivíduos e das famílias ao longo do tempo, mantendo
sempre postura pró-ativa frente aos problemas de saúde doença da população;
III. desenvolver atividades de acordo com o planejamento e a programação realizados com
base no diagnóstico situacional e tendo como foco a família e a comunidade;
IV. buscar a integração com instituições e organizações sociais, em especial em sua área
de abrangência, para o desenvolvimento de parcerias;
V. ser um espaço de construção de cidadania.

Neste sentido do gerenciamento, o intuito é incorporar os tópicos mais importantes aos


Princípios do Sistema Único de Saúde, além de alguns pilares da ESF. Esse objetivo
gerencial conduz as ações direcionadas ao desenvolvimento da saúde e das pessoas na visão
da Atenção Básica à Saúde (ABS).

Segundo STARFIELD (2004), (...) a atenção primária se diferencia dos outros níveis
assistenciais por quatro atributos característicos: atenção ao primeiro contato,
longitudinalidade, integralidade e coordenação. Destes quatro atributos, a longitudinalidade
tem relevância por compreender o vínculo do usuário com a unidade e/ou com o profissional.
A população deve reconhecer a Unidade como fonte regular e habitual de atenção à saúde,
tanto para as antigas quanto para as novas necessidades. Já o profissional deve conhecer e se
responsabilizar pelo atendimento destes indivíduos. A longitudinalidade está fortemente
relacionada à boa comunicação que tende a favorecer o acompanhamento do paciente, a
continuidade e efetividade do tratamento, contribuindo também para a implementação de
ações de promoção e de prevenção de agravos de alta prevalência (STARFIELD, 2004).

De acordo com o Ministério da Saúde (2002), “Cabe aos prefeitos a decisão política de adotar
o PSF. Depois, é preciso vontade política e competência, para implantar o programa.” (Guia
Prático do Programa Saúde da Família/PSF, Ministério da Saúde, 2002).
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MATERIAL E MÉTODOS

No tocante ao gerenciamento destes programas, os gestores devem ter uma postura situacional
com um perfil de liderança acirrado, sempre em busca de aperfeiçoamento desta prestação de
serviços à comunidade, ás famílias e ao paciente. É imprescindível um trabalho que visa um
misto de empatia com administração de pessoas, gestão de conflitos e conhecimento da área
atuante. Deve saber lidar com circunstâncias e acontecimentos inesperados, gestão das
emoções e situações inter-relacionais, além de bom relacionamento com a equipe médica
estando a par dos procedimentos e atitudes realizadas e demais atuantes do programa, a fim de
exercer o bom convívio e motivação humanizada das equipes, assim como bom equilíbrio
psicológico.

Deve estar ativo nos processos de planejamento e inovações ativas, nas tomadas de decisões
com foco no bem estar da população e engajamento na resolução dos problemas com
eficiência e eficácia.

Vale ressaltar que não há um método ativo a ser seguido quanto ao gerenciamento destes
programas, pois o Programa de Atenção Básica (PAB) consiste em atender demandas
espontâneas e individuais da população, trazendo rotineiramente situações e necessidades
distintas. Para tanto, faz-se imprescindível o perfil de liderança com segurança e equilíbrio
para os Gestores do Programa de Saúde da Família.

RESULTADOS

A fim de propiciar resultados satisfatórios na Gestão do Programa Saúde da Família, podemos


notar que uma equipe estruturada e segura é a base do sucesso do programa. Para tanto, deve
contar com uma liderança forte, centrada e estabilizada, apta a resolução de problemas e
assertividade nas tomadas de decisões.
As tomadas de decisões, por sua vez, devem estar pareadas com as peculiaridades locais e
regionais, a utilização dos recursos disponíveis e atualização das equipes quanto a reciclagem
e novos cursos de aperfeiçoamento, com ênfase nos contextos do programa. Devem ser
priorizadas a formação das equipes e os requisitos desta formação, para um atendimento de
qualidade.
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O acompanhamento e avaliação desse desenvolvimento deve ser acompanhado de perto, com


relatórios evolutivos e pontos de maior carência, pontos fortes e pontos em declínio, o que
exigirá maior atenção.
Nesse contexto, alguns pontos devem ser salientados, Conforme Caderno de Atenção Básica:
 Conhecimento do programa e adesão à resolução das fragilidades por ele
apresentados;
 Ênfase na missão da estratégia de Saúde da Família enquanto proposta de
reorganização do modelo assistencial;
 Enquanto gestor, apoderar-se e usar de todas as formas de comunicação disponíveis,
abrangendo as mais diversas formas de acesso a comunidade;
 Identificar possíveis aliados ao processo de implantação/implementação da estratégia
de Saúde da Família;
 Utilizar-se dos meios de comunicação assim como da equipe para expansão do
programa, assim como educação, orientações e esclarecimentos sobre o mesmo,
atenuando os pontos bem sucedidos;
 Contar com a colaboração das instituições formadoras para a captação de
profissionais bem formados e com o perfil desejado para a execução do programa,
engajados com o sucesso do programa e pertinentes ao ramo de trabalho alocado;
 Priorização na divulgação de informações, esclarecimentos, orientações e
sensibilização junto aos profissionais de saúde.
(Implantação da Unidade de Saúde da Família, pág. 15)

Imagem 05 – Cadernos de Atenção Básica – Nº01 – Pág 34


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DISCUSSÃO

Um dos maiores desafios da Gestão em Programas da Saúde da Família é manter o equilíbrio


contínuo e sucessivo do atendimento à população, preservando a qualidade no atendimento e
a motivação da equipe.

De acordo com FRANCO (2013) É possível na gestão do trabalho em saúde manter o


trabalhador com alta potência para agir no mundo do cuidado, que é também um mundo
social e afetivo, e possibilitar que o trabalhador produza no outro […] alta potência
vital (Franco, 2013, p. 250).

 Identifique as habilidades dos colaboradores.


 Delegue funções e dê autonomia.
 Foque nos profissionais.
 Conceda feedback.
 Conte com um sistema de gestão da saúde.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos concluir que, diferentemente das unidades de pronto atendimento, os programas


voltados à saúde da família contam com um suporte mais próximo aos pacientes criando laços
que estabelecem vínculos de confiança, com acompanhamento na manutenção de suas
evoluções ou suporte nos retrocessos. Podemos afirmar ainda, que o objetivo desta estratégia
é de deixar de focalizar um indivíduo como paciente único e centrar na família em sua
totalidade, levando em conta todas as influências por elas sofridas, sejam elas sociais,
políticas ou econômicas, desvinculando assim o atendimento baseados em patologias e
abraçando-as como um todo, no sentido de orientação, esclarecimento, proteção e prevenção.

Para tanto, é necessário contar com profissionais habilitados em diferentes segmentos da


saúde, desde o acolhimento, tratamento, suporte e continuidade.
Eficiência na assistência, centralização de informações, satisfação do paciente, segurança da
informação e otimização de recursos são regras essenciais para eficiência da ESF, onde o
Gestor de Programas de Saúde da Família desempenha um papel crucial na manutenção de
equipe preparada, elaboração de projetos na comunidade, desenvolvimento de atividades e
boa gestão dos recursos disponíveis, assim como a interlocução aos órgãos responsáveis; já
que a ESF atua também como inter-setorial abrangendo temas como educação,
desenvolvimento pessoal, trabalho, habitação, meio ambiente, dentre outros.
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Por essa razão, é importante ressaltar que a Estratégia Saúde da Família é recheada de
desafios para seus gestores e equipe multidisciplinar, visto que o objetivo do programa é algo
inovador que busca prever outras circunstâncias atuando na base dos problemas, impedindo
seu crescimento e dando o suporte necessário para o crescimento salubre das famílias.

Conclui-se então que, todos os pontos acima descritos são peças essenciais num projeto que
ostenta fatores desafiadores e requer de seus gestores, fibra, perfil de liderança e pró-
atividade, pois lidar com vidas é sempre desafiador e cada uma delas precisa ser analisada e
tratada individualmente.

SIGLAS
CONASP.............................. Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária.
SUS...................................... Sistema Único de Saúde
INAMPS ............................. Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social
DATASUS........................... Departamento de Informática DO Sistema único de Saúde
AB......................................... Atenção Básica
ESF........................................ Estratégia Saúde da Família
APS ....................................... Atenção Primária à Saúde
PACS .................................... Programa de Agentes Comunitários de Saúde
ACS ...................................... Agentes Comunitários de Saúde
UBS ...................................... Unidade Básica de Saúde
ASB ...................................... Atenção à Saúde Básica
PNAB ................................... Política Nacional de Atenção Básica
PAB ...................................... Programa de Atenção Básica

REFERÊNCIAS

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saude/linha-do-tempo-do-sus/ Acessado em 22.10.2022 ás 10h10m

 http://www.ccs.saude.gov.br/sus/principios.php - Acessado em 29.10.2022 ás 16h02m

 https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/39223/Pol%EDticas%20de%20Sa
%FAde%20- Acessado em 25.10.2022 ás 15h15m
14

 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de


Saúde da Comunidade. Saúde da família: uma estratégia para a reorientação do
modelo assistencial. Brasília, DF, 1997, pág 10.

 BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília:


Ministério da Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde)

 GIL, C. R. R. Atenção Primária, atenção básica e saúde da família: sinergias e


singularidades do contexto brasileiro. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.
22, n. 6, p. 1171-1181, 2006.

 FRANCO, T. B.; MERHY, E. E. Programa de Saúde da Família (PSF): contradições


de um programa destinado à mudança do modelo tecnoassistencial. In: MERHY, E. E.
(Org.). O trabalho em Saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano. São
Paulo: Hucitec, 2003. p. 55-124.

 PNAB 2012 - Política Nacional de Atenção Básica DE 2012 – pág. 2 - Acessado em


20.10.2022 ás 15h52m

 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html -
Acessado em 19.10.2022 ás 16h50m

 STARFIELD, B. Qualidade dos serviços de atenção primaria de saúde. In: ______.


Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologias.
Brasília: UNESCO.

 Guia Prático do Programa Saúde da Família/PSF, Ministério da Saúde, 2002 BRASIL.


Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Competência para o trabalho em uma Unidade Básica de Saúde sob a
Estratégia de Saúde da Família: médico e enfermeiro. Brasília, 2000 (Ministério da
Saúde do Brasil, 2004.)

 https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/estrategia-
saude-da-familia - Acessado em 26.10.2022 ás 14h49m

 Cadernos de Atenção Básica, n. 28, Volume I 1ª edição 1ª reimpressão – Implantação


da Unidade de Saúde da Família, pág. 15.

 PNAB 2006 – Política de Atenção Básica de 2006 – pág. 20 – Acessado e 20.10.2022


ás 16h30

 FRANCO, T. B. O trabalhador de saúde como potência: ensaio sobre a gestão do


trabalho. In: FRANCO, T. B.; MERHY, E. E. Trabalho, produção do cuidado e
subjetividade em saúde. São Paulo: Hucitec, 2013. p. 243-251

 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html

 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
implantacao_unidade_saude_familia_cab1.pdf - pág. 15 – Acessado em 27.10.2022 ás
15h32m
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