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SAÚDE DA FAMÍLIA:

a Estratégia de Saúde
da Família e a PNAB
Prof. Natale
Souza
Saúde da família:
trajetória histórica
Saúde da família: trajetória
histórica
Saúde da família:
trajetória histórica

Sob essa ótica, a estratégia utilizada pelo Programa Saúde da Família


(PSF) visa a reversão do modelo assistencial vigente. Por isso, nesse,
sua compreensão só é possível através da mudança do objeto de
atenção, forma de atuação e organização geral dos serviços,
reorganizando a prática assistencial em novas bases e critérios.
Saúde da família: trajetória
histórica
Embora rotulado como programa, o PSF, por
suas especificidades, foge à concepção usual
dos demais programas concebidos no
Ministério da Saúde, já que não é uma
intervenção vertical e paralela às atividades
dos serviços de saúde. Pelo contrário,
caracteriza-se como uma estratégia que
possibilita a integração e promove a
organização das atividades em um território
definido, com o propósito de propiciar o
enfrentamento e resolução dos problemas
identificados (BRASIL, 1997).
Saúde da família: trajetória histórica
O PSF e o processo de mudança
do modelo assistencial
O PSF e o processo de mudança do modelo
assistencial
O PSF e o processo de mudança
do modelo assistencial

De acordo com Levcovitz e Garrido (1996), o PSF pode ser definido como:
“um modelo de atenção que pressupõe o reconhecimento de saúde
como um direito de cidadania, expresso na melhoria das condições de
vida; no que toca a área de saúde, essa melhoria deve ser traduzida em
serviços mais resolutivos, integrais e principalmente humanizados”.
O PSF e o processo de mudança
do modelo assistencial
O surgimento do PSF na década de 90,
apoiado pelo Ministério da Saúde, reflete a
tendência de valorização da família na
agenda das políticas sociais brasileiras.
Do PSF à Estratégia de
Saúde da Família
Do PSF à Estratégia de
Saúde da Família

Segundo Pinto e Giovanella (2018), com o passar dos anos, foi preciso
organizar a base do sistema de saúde e o PSF passou a ser
reconhecido como estruturante, isto é, definido como “estratégia de
saúde da família”. Com isso, em 28 de março de 2006, através da
Portaria nº GM/648, o Ministério da Saúde na gestão do então
Ministro José Gomes Temporão, publicou aquilo que é considerado o
marco histórico para a consolidação nacional e a expansão da
Estratégia de Saúde da Família, visando a reorganização da atenção
básica no Brasil: a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB),
alterando e revogando dezenas de Portarias existentes até então.
Do PSF à Estratégia de Saúde da Família

Cada município do país teve que criar uma estrutura gerencial, a


Secretaria Municipal de Saúde, implantar serviços de saúde mesmo
onde, até então, não havia uma única unidade de saúde, além de
participar no financiamento da atenção à saúde.
A Estratégia de Saúde da Família na atual PNAB

A Política Nacional de Atenção Básica


tem na Saúde da Família sua
estratégia prioritária para expansão e
consolidação da Atenção Básica.
Contudo reconhece outras estratégias
de organização da Atenção Básica nos
territórios, que devem seguir os
princípios e diretrizes da atenção
básica e do SUS.
Equipe de Saúde da Família (eSF)
COMPOSIÇÃO MÍNIMA DA eSF
Médicos preferencialmente da
especialidade medicina de família e
comunidade.
Enfermeiro preferencialmente
especialista em saúde da família.

Auxiliares de enfermagem e ou dentistas, auxiliares de


técnicos de enfermagem. saúde bucal e ou
técnicos de saúde
Agentes Comunitários de Saúde bucal e agentes de
combate à endemias.
Equipe de Saúde da Família (eSF)

Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e


vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura de 100% da
população com número máximo de 750 pessoas por ACS.

Para equipe de Saúde da Família, há a obrigatoriedade de carga horária de 40


(quarenta) horas semanais para todos os profissionais de saúde membros da ESF.
Dessa forma, os profissionais da ESF poderão estar vinculados a apenas 1 (uma)
equipe de Saúde da Família, no SCNES vigente.
OBRIGADA!
Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de


Saúde da Comunidade. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do
modelo assistencial. Brasília. Ministério da Saúde, 1997.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Memórias da saúde da família no Brasil / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2010.
Levcovitz E, Garrido NG. Saúde da Família: a procura de um modelo anunciado.
Cad. Saúde Família, 1996 janeirojunho; 1: 3-8
Referências
PINTO, Luiz Felipe; GIOVANELLA, Ligia. Do Programa à Estratégia Saúde da Família:
expansão do acesso e redução das internações por condições sensíveis à atenção
básica (ICSAB). Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 23, n. 6, p. 1903-1914,
June 2018 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232018000601903&lng=en&nrm=iso>. access on 01 Apr. 2021.
http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232018236.05592018.
Rosa WAG, Labate RC. A contribuição da saúde mental para o Programa Saúde da
Família. Rev Bras Enfermagem 2003 maio/junho; 56(3):230-5.
Rosa WAG, Labate RC. Programa Saúde da Família: a construção de um novo
modelo de assistência. Rev Latino-am Enfermagem 2005 novembro-dezembro
13(6):1027-34.

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