R1 TERAPIA OCUPACIONAL- CASSANDRA DA SILVA FONSECA US SESC
1978- Acontece a Conferência Internacional sobre Atenção Primária à Saúde,
onde foi elaborada a Declaração de Alma-Ata, que tinha como objetivo a transformação da atenção primária para o acesso ao atendimento em saúde, garantindo condições saudáveis à todos os indivíduos, pautando sobre a igualdade entre a população e integrando o atendimento baseado no contexto indivíduo-família-comunidade.
1990- É regulamentada a lei 8.080/90 onde o Sistema Único de Saúde (SUS) é
assegurado como política de Estado pela Constituição Brasileira, visando oferecer acesso igualitário à todos os serviços de saúde, principalmente a atenção primária.
1990- É regulamentada a lei 8.142/90, que dispõe sobre o controle social no
SUS.
1994- É implementado pelo Ministério da Saúde o Programa de Saúde da
Família (PSF), tendo como principal objetivo a reestruturação da atenção básica, bem como, sua organização, pensando nas demandas individuais e grupais com enfoque no cuidado integrado e contínuo.
2000- A partir dos anos 2000 o PSF se expande, e ganha a denominação de
Estratégia de Saúde da Família (ESF), ficando com a função de ser a porta de entrada da rede, com intuito de reafirmar os princípios do SUS, e realizar mudanças no modelo tradicional de saúde. 2006- Em 28 de março de 2006 foi criada a Política Nacional da Atenção Básica, através da Portaria nº 648/GM.
2011- A Política Nacional de Atenção básica teve uma revisão na data de 21 de
outubro de 2011, através da portaria nº 2.488. Como fundamentos, prevê: Coordenar a integralidade, articular ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância em saúde, tratamento e reabilitação.
2008- Por meio da Portaria GM Nº 154 de janeiro de 2008, o Ministério da
Saúde cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). O nasf é constituído por diferentes profissionais, dentre eles o terapeuta ocupacional, com o intuito de desenvolver sua atuação junto aos profissionais das equipes de saúde da família, para aumentar a atenção à população. Este fato culminou na inserção do terapeuta ocupacional em nível nacional na Atenção Básica (AB).
2011- A portaria nº 2.488/11 é criada com o objetivo de formas equipes
itinerantes atuantes na saúde de pessoas em situação de rua, direcionando suas ações para o campo da saúde mental, o que aponta a possibilidade de atuação do terapeuta ocupacional na atenção básica através dos consultórios de rua (BRASIL, 2011).
2012- A Portaria nº 122, de 25 de janeiro de 2012, regulamenta a inserção do
terapeuta ocupacional como profissional integrante das equipes itinerantes atuantes com a população em situação de rua (BRASIL, 2012).
No entanto, Rocha e colaboradores em (2011) ressaltam que a
presença da Terapia Ocupacional na AB ocorreu na década de 90, em diferentes cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Camaragibe, Sobral. Para a Terapia Ocupacional as experiências relacionadas ao apoio matricial foram vivenciadas no Brasil, com a reforma do modelo assistencial e o fim dos hospitais de internação psiquiátrica e nos serviços de atenção básica. No Brasil evidenciou-se uma intensa movimentação da sociedade no período de 1980 a 1990, frente a apresentação da Reforma Sanitária, houve discussão sobre o sistema assistencial, analisando as propostas de gestão em saúde, manejo dos profissionais, assim como, de recursos disponíveis. Tais pressupostos influenciaram na proposição política e na oferta de atenção a população que era mais atendida pela terapia ocupacional, neste sentido, o profissional passou a fazer parte das equipes de saúde e trabalhar num modelo centrado na universalização, onde toda a população tem direito de ser atendida pelo serviço público em saúde. A partir de sua contribuição na década de 1980, o terapeuta ocupacional passou a integrar as equipes de saúde que atuavam na AB.
Anteriormente a atuação do terapeuta ocupacional na atenção primária
baseava-se principalmente nas áreas de reabilitação física e saúde mental, contudo, o NASF traz a proposta de um profissional generalista, abordando todos os públicos, pautando sobre a promoção, prevenção, assistência e reabilitação em saúde.
Referencial teórico:
CABRAL, Larissa Rebecca Silva; BREGALDA, Marília Meyer. A atuação da
terapia ocupacional na atenção básica à saúde: uma revisão de literatura/The performance of occupational therapy in primary health care: a literature review. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, v. 25, n. 1, 2017.
CAROLINA SANTOS DE LIMA, Andria; VERAS FALCÆO, Ilka. A formação do
terapeuta ocupacional e seu papel no Núcleo de Apoio a Saúde da Família- NASF do Recife, PE. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, v. 22, n. 1, 2014.
RIBEIRO, Jéssica De Aquino. Terapia ocupacional no núcleo de atenção à
saúde da família: uma prática em construção-Ceilândia-DF. 2016.
BARTALOTTI, Celina Camargo et al. Terapia ocupacional no Brasil:
fundamentos e perspectivas. Plexus Editora, 2001.
DE ANDRADEA, Andréa Saraiva; FALCÃOB, Ilka Veras. A compreensão de
profissionais da atenção primária à saúde sobre as práticas da terapia ocupacional no NASF. 2017. OLIVEIRA, Joyce Pereira de. Terapia ocupacional na atenção primária relacionada a saúde do idoso: revisão bibliográfica. 2018.
Abordagem de terapeutas ocupacionais em Núcleos de Apoio à Saúde da
Família (NASF) no estado de Alagoas.
DOS PRAZERES DUARTE, Maria; DA SILVA, Ângela Cristina Dornelas.
Contribuições e desafios da terapia ocupacional no Núcleo de Apoio à Saúde da Família: uma revisão da literatura. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, v. 26, n. 1, p. 177-186, 2018.
Os engenheiros do caos: Como as fake news, as teorias da conspiração e os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições