PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA PROGRAMA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE ESTRATÉGIASAÚDE DA FAMÍLIA PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Foi implantado no Brasil pelo Ministério da Saúde em 1994. É conhecido hoje como "Estratégia de Saúde da Família", por não se tratar mais apenas de um "programa". Como consequência de um processo de desospitalização e humanização do Sistema Único de Saúde, o programa tem como vantagem a valorização dos aspectos que influenciam positivamente a saúde das pessoas fora do ambiente hospitalar PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA A expansão do Programa Saúde da Família que se consolidou como estratégia prioritária para a reorganização da Atenção Básica no Brasil, o governo emitiu a Portaria Nº 648, de 28 de março de 2006, onde ficava estabelecido que o PSF é a estratégia prioritária do Ministério da Saúde para organizar a Atenção Básica — que tem como um dos seus fundamentos possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade, reafirmando os princípios básicos do SUS: universalização, igualdade, descentralização, integralidade e participação da comunidade - mediante o cadastramento e a vinculação dos usuários. PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Em 2011 a portaria GM Nº2.488/2011
revogou a portaria GM Nº 648/2006 e demais disposições em contrário ao estabelecer a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica e aprovar a Política Nacional de Atenção Básica para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e para o Programa de Agentes Comunitários de Saúde - PACS. PROGRAMA DE SAÚDE No âmbito da reorganização DA FAMÍLIA dos serviços de saúde, a estratégia da saúde da família vai ao encontro dos debates e análises referentes ao processo de mudança do paradigma que orienta o modelo de atenção à saúde vigente e que vem sendo enfrentada, desde a década de 1970, pelo conjunto de atores e sujeitos sociais comprometidos com um novo modelo que valorize as ações de promoção e proteção da saúde, prevenção das doenças e atenção integral às pessoas. PROGRAMA DE SAÚDE Estes pressupostos, tidos DA FAMÍLIA como capazes de produzir um impacto positivo na orientação do novo modelo e na superação do anterior, calcado na supervalorização das práticas da assistência curativa, especializada e hospitalar, e que induz ao excesso de procedimentos tecnológicos e medicamentosos e, sobretudo, na fragmentação do cuidado, encontra, em relação aos recursos humanos para o Sistema Único de Saúde (SUS). PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Trajetória Histórica • 1991 – Criação oficial do PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde) pelo Ministério da Saúde • 1994 – Realização do estudo “Avaliação Qualitativa do PACS”; criação do Programa Saúde da Família; primeiro documento oficial “Programa Saúde da Família: dentro de casa”; e criação de procedimentos vinculados ao PSF e ao PACS na tabela do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS); a população coberta pelo PSF era em torno de 1 milhão de pessoas. • 1996 – Legalização da Norma Operacional Básica (NOB 01/96) para definição de um novo modelo de financiamento para a atenção básica à saúde. PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Trajetória Histórica • 1997 – Lançamento dos Reforços, um projeto de financiamento para impulsionar a implantação dos Polos de Capacitação, Formação e Educação Permanente de Recursos Humanos para Saúde da Família; publicação de um segundo documento oficial “PSF: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial”, dirigido aos gestores e trabalhadores do SUS e instituições de ensino; PACS e PSF são incluídos na agenda de prioridade da Política de Saúde; publicação da Portaria MS/GM nº. 1882, criando o Piso de Atenção Básica (PAB), e da portaria MS/GM nº. 1886, com as normais de funcionamento do PSF e do PACS. PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Trajetória Histórica
• 1998 — O PSF passa a ser considerado estratégia estruturante da
organização do SUS; início da transferência dos incentivos financeiros fundo a fundo destinados ao PSF e ao PACS, do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Municipais de Saúde; primeiro grande evento: “I Seminário de Experiências Internacionais em Saúde da Família”; edição do “Manual para a Organização da Atenção Básica”, que ser serviu como importante respaldo organizacional para o PSF; definição, pela primeira vez, de orçamento próprio para o PSF, estabelecido no Plano Plurianual. PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Trajetória Histórica • 1999 — Realização do 1º Pacto da Atenção Básica e do segundo grande evento, “I Mostra Nacional de Produção em Saúde da Família — construindo um novo modelo”; realização do estudo “Avaliação da implantação e funcionamento do Programa Saúde da Família”; edição da Portaria nº. 1.329, que estabelece as faixas de incentivo ao PSF por cobertura populacional. • 2000 — Criação do Departamento de Atenção Básica para consolidar a Estratégia de Saúde da Família; publicação dos Indicadores 1999 do Sistema de Informação da Atenção Básica; a população atendida alcança o percentual de 20% da população brasileira. PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Trajetória Histórica • 2001 — Edição da “Norma Operacional da Assistência à Saúde — NOAS/01”, ênfase na qualificação da atenção básica; realização de um terceiro evento, “II Seminário Internacional de Experiências em Atenção Básica/Saúde da Família”; apoio à entrega de medicamentos básicos às Equipe de Saúde da Família (ESF); incorporação das ações de saúde bucal ao PSF; realização da primeira fase do estudo “Monitoramento das equipes de Saúde da Família no Brasil”. • 2002 — Realização de um quarto evento: “PSF — A saúde mais perto de 50 milhões de brasileiros” e da segunda fase do estudo “Monitoramento das equipes de Saúde da Família no Brasil”; A população coberta pelo PSF ultrapassa os 50 milhões de pessoas. PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Trajetória Histórica • 2003 — Início da execução do Programa de Expansão e Consolidação da Estratégia de Saúde da Família (Proesf), cuja proposta inicial era a ampliação do programa em municípios de grande porte, ou seja, com mais de 100 mil habitantes, e publicação dos Indicadores 2000, 2001 e 2002 do Sistema de Informação da Atenção Básica. • 2006 — Considerando a expansão do PSF, que se consolidou como estratégia prioritária para reorganização da atenção básica no Brasil e primeiro nível da atenção à saúde no SUS, o Ministério da Saúde publicou a Portaria Nº 648, de 28 de Março de 2006 e outras de importância. • 2011 - É realizada a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). PORTARIA Nº 2.436 DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 Política Nacional de Atenção Básica – PNAB A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária.
A Estratégia Saúde da Família é modelo prioritário para
atenção básica no Brasil PORTARIA Nº 2.436 DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 Diretrizes da AB A ESF deve contemplar: • Territorialização e Responsabilização Sanitária; • População Adscrita; • Vínculo e adscrição de clientela; • Resolutividade; • Longitudinalidade do cuidado; • Coordenação do cuidado; • Ordenação da rede; e • Participação da comunidade. • Trabalho em Equipe Multiprofissional (PNAB, 2017) PORTARIA Nº 2.436 DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 Resultados esperados com a ESF • Prestar atendimento de bom nível. • Evitar internações desnecessárias. • Melhorar o impacto nos indicadores de saúde. • Resolubilidade de 80% dos problemas de saúde em sua comunidade. • Melhorar a qualidade de vida da população por ela assistida. • Satisfação de usuário e profissionais. PORTARIA Nº 2.436 DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 PORTARIA Nº 2.436 DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 PORTARIA Nº 2.436 DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 PORTARIA Nº 2.436 DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 PORTARIA Nº 2.436 DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 Políticas e Programas do Departamento de Atenção Básica
UBS
Fluvial ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Segundo a Portaria no 648, de 28 de março de 2006, do Ministério
da Saúde, que aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS), as atribuições mínimas específicas de cada categoria profissional dentro do Programa Saúde da Família estão estabelecidas. Cabe ao gestor municipal ampliá-las, de acordo com as especificidades locais. ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA Do Agente Comunitário de Saúde: I – desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS, considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividade; II – trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a microárea; III – estar em contato permanente com as famílias desenvolvendo ações educativas, visando à promoção da saúde e a prevenção das doenças, de acordo com o planejamento da equipe; IV – cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados; V – orientar famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA Do Agente Comunitário de Saúde: VI – desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e de agravos, e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, mantendo a equipe informada, principalmente a respeito daquelas em situação de risco; VII – acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade, de acordo com as necessidades definidas pela equipe; VIII – cumprir com as atribuições atualmente definidas para os ACS em relação à prevenção e ao controle da malária e da dengue, conforme a Portaria no 44/GM, de 3 de janeiro de 2002. Nota: É permitido ao ACS desenvolver atividades nas unidades básicas de saúde, desde que vinculadas às atribuições acima. ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA Do Enfermeiro: I – realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade; II – conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão, realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever medicações; ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA Do Enfermeiro: III – planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS; IV – supervisionar, coordenar e realizar atividades de educação permanente dos ACS e da equipe de enfermagem; V – contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do Auxiliar de Enfermagem, ACD e THD; VI – participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA Do Médico: I – realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade; II – realizar consultas clínicas e procedimentos na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc); III – realizar atividades de demanda espontânea e programada em clínica médica, pediatria, gineco-obstetrícia, cirurgias ambulatoriais, pequenas urgências clínico- cirúrgicas e procedimentos para fins de diagnósticos; ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA Do Médico: IV – encaminhar, quando necessário, usuários a serviços de média e alta complexidade, respeitando fluxos de referência e contra referência locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário, proposto pela referência; V – indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário; VI – contribuir e participar das atividades de Educação Permanente dos ACS, Auxiliares de Enfermagem, ACD e THD; VII – participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA Do Auxiliar e do Técnico de Enfermagem: I – participar das atividades de assistência básica realizando procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc); II – realizar ações de educação em saúde a grupos específicos e a famílias em situação de risco, conforme planejamento da equipe; III – participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. PROGRAMA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) foi criado pelo Ministério da Saúde, em 1991, como estratégia para fornecer cuidados em atenção primária à saúde a partir de pessoas da própria comunidade, os agentes comunitários de saúde (ACS). Inicialmente, restrito às áreas mais vulneráveis, sobretudo da região Nordeste, eram algumas das atribuições dos ACS realizar visitas domiciliares, atividades de promoção, prevenção e monitoramento da saúde, além de identificar situações de risco e acompanhar grupos específicos. PROGRAMA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE Oficialmente, o PACS substituiu o "Programa Nacional de Agentes Comunitários de Saúde" (PNACS), criado pouco tempo antes, com o objetivo de unificar as iniciativas semelhantes desenvolvidas pelo país. Porém, foi o "Programa de Agentes de Saúde do Ceará" (1987) a primeira experiência com o uso de agentes de saúde em larga escala para socorrer as pessoas atingidas pela seca no estado. PROGRAMA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE Tem sido considerado o modelo adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 1994, com a expansão do programa de agentes para todo o Brasil através do Programa Saúde da Família (PSF) e, posteriormente, da Estratégia Saúde da Família (ESF), incorporando estes profissionais às equipes de trabalho, o que confere maior reconhecimento à categoria como trabalhadores do sistema de saúde. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA O Programa Saúde da Família (PSF) foi implantado no Brasil pelo Ministério da Saúde em 1994. É conhecido hoje como "Estratégia de Saúde da Família", por não se tratar mais apenas de um "programa". Como consequência de um processo de desospitalização e humanização do Sistema Único de Saúde, o programa tem como vantagem a valorização dos aspectos que influenciam positivamente a saúde das pessoas fora do ambiente hospitalar. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA O Estratégia de Saúde da Família visa a reversão do modelo assistencial vigente, onde predomina o atendimento emergencial ao doente, na maioria das vezes em grandes hospitais. A família passa a ser o objeto de atenção no ambiente em que vive, permitindo uma compreensão ampliada do processo saúde/doença. O programa inclui ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade