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Políticas de Saúde

no Brasil
Políticas de Saúde
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1. Programa mais médicos: a ideia do programa é levar médicos especialistas de
saúde a localidades de difícil acesso. No início, o programa foi muito criticado
por trazer profissionais do exterior para cuidar da populacão brasileira. Até
2015, o Programa Mais Médicos já havia enviado mais de 14 mil profissionais a
quase 4 mil municípios, atendendo 50 milhões de cidadãos que antes não tinham
acesso à saúde — em forma de vacinação, tratamento odontológico,
acompanhamento psicossocial, entre outros. Atualmente, o programa incentiva
médicos brasileiros a irem trabalhar em localidades distantes.
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2. Tratamento de HIV e aids: o Brasil aumentou o volume de pacientes recebendo
o tratamento e diminuiu o número de contaminações, fruto do fortalecimento do
tratamento e da distribuição de medicações de alto custo de forma gratuita pela
rede pública. O dado mais relevante é o de que 91% dos brasileiros portadores
do vírus HIV em tratamento há no mínimo 6 meses já apresentam uma carga
viral indetectável no organismo.
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3. Campanhas de prevenção: o governo investiu em campanhas de prevenção de
cunho social. O percentual de mulheres que haviam feito uma mamografia
aumentou significativamente, passando de 71,1% em 2006 para 78% em 2013. E no
que se refere às campanhas sazonais de vacinação, os resultados também têm
sido satisfatórios. Nos primeiros dias da campanha nacional de vacinação
contra H1N1, quase 50% do público-alvo já havia sido vacinado.
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4. Descentralização da atenção primária: essa descentralização levou a atenção
primária à população mais carente. Surgiram programas como o Rede Cegonha,
criado em 2011, que visa implantar uma rede de cuidados à gestante,
comportando o acompanhamento completo no pré-natal, no parto, no
nascimento e no desenvolvimento da criança; e o Programa Saúde na Escola,
fruto da articulação entre os Ministérios da Saúde e da Educação, que leva
profissionais às salas de aula para trabalhar a conscientização dos estudantes
em relação à prevenção de doenças, além de realizar avaliações.
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Outros avanços também devem ser descritos: as desigualdades por nível
educacional no uso de serviços de saúde estão diminuindo de forma consistente;
equipes de Saúde Bucal foram introduzidas no PSF, aumentando o número de
pessoas que consultaram um dentista; o programa de imunização é um dos mais
bem-sucedidos programas de saúde pública no Brasil, o que é demonstrado por
sua alta cobertura e sustentabilidade; o Código de Ética Médica reforça os
direitos dos pacientes e reduz os casos de discriminação nas políticas de saúde
no Brasil.
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A Atenção Básica é conhecida como a porta de entrada dos usuários nos
sistemas de saúde e tem por objetivo orientar sobre a promoção, prevenção de
doenças e tratamento de agravos e direcionar os mais graves para níveis de
atendimento superiores em complexidade. O Programa de Saúde da Família
(PSF) foi instituído para a organização e o fortalecimento da Atenção Básica no
Sistema Único de Saúde (SUS).
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A implantação do PSF, começou em 1994 no nordeste do Brasil, nas cidades de
Sobral e Quixadá, no Ceará, e foi precedido pelo Programa Nacional de Agentes
Comunitários de Saúde (PACS). Em 2006, o PSF deixa de ser um programa e
habilita-se a Estratégia da Saúde da Família (ESF).
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O Ministério da Saúde adotou a Atenção Básica como o nível do sistema com
maior poder para cuidar da saúde, considerando-a a base do sistema. Para isso,
foi necessário demonstrar que a atenção básica organizada com qualidade e
resolubilidade constitui precondição para o funcionamento de um sistema eficaz,
eficiente e equitativo. A Atenção Primária à Saúde (APS) está sendo
desenvolvida e reconhecida no mundo por mais de três décadas, como uma
estratégia capaz de estruturar redes integradas de atenção à saúde, estas como
círculos virtuosos na construção de sistemas de saúde efetivos.
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Ao longo desse período, as experiências, tanto em países mais desenvolvidos, a
exemplo da Inglaterra, Canadá, Espanha, Portugal e Cuba, quanto em países em
desenvolvimento, evidenciam que a APS melhora a eficiência e efetividade da
Atenção à Saúde, com racionalização de custos, satisfação dos indivíduos,
famílias e comunidades, vinculação e corresponsabilidade entre estas,
profissionais, gestores e gerentes dos serviços e sistemas de saúde.
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Historicamente, o conceito da APS vem sendo construído em diversos contextos
socioeconômicos e culturais, que transitam desde um nível do sistema de saúde
a um conjunto específico de serviços de saúde ou de intervenções e ao primeiro
ponto organizativo de rede de atenção. Por este motivo, a histórica Conferência
de Alma Ata, que em 1978 reuniu delegações de 134 países sob a liderança da
Organização Mundial da Saúde (OMS), consagrou a APS como estratégia para
que os países alcançassem a meta Saúde Para Todos no ano 2000.
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Ancorada na declaração de Alma Ata, a APS fica assim definida:

Os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde


baseados em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem
fundamentadas e socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance
universal de indivíduos e famílias da comunidade, mediante sua plena
participação a um custo que a comunidade e o país possam manter
em cada fase de seu desenvolvimento.
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Em 1987 o PACS teve início Ceará, em princípio como frente de trabalho em
situação crítica de seca. O sucesso provocado pelo trabalho realizado casa a casa
pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) fez com que, em 1991, o Ministério da
Saúde desse início ao Plano Nacional de Agentes Comunitários de Saúde,
obtendo impactos importantes na redução da mortalidade infantil, no aumento
do aleitamento materno exclusivo, no aumento da cobertura vacinal em crianças
e gestantes e na queda das doenças infectocontagiosas de maneira geral.
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Dadas as suas competências, o PACS teve um impacto positivo sobre os
indicadores de saúde, principalmente aqueles mais associados às famílias
carentes. A partir daí começa o enfoque na família como unidade de ação de
saúde, e não mais o indivíduo, além da introdução da noção de área de
cobertura por família.
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A implantação do PSF começou em 1994 no nordeste do Brasil, nas cidades de
Sobral e Quixadá, no Ceará, e foi precedido pelo PACS, em 1991, cuja experiência
trouxe os ACS para compor as equipes de saúde da família, provocando
mudança significativa no processo de trabalho em saúde. Os ACS eram
escolhidos na própria comunidade onde viviam; deles, exigindo-se algum grau
de liderança e apenas saber ler e escrever.
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Devido aos bons resultados atingidos com a implantação do PACS no estado do
Ceará, em 1988 a iniciativa se transformou em programa permanente e, em
meados de 1994, o Ministério da Saúde criou o PSF como proposta de política
pública com a finalidade de reestruturar as ações em saúde da APS no Brasil.
A partir da experiência realizada no estado do Ceará com o Programa de
Agentes Comunitários, o Ministério da Saúde teve a percepção de que os agentes
poderiam também ser peça importante para a organização do serviço básico de
saúde nos municípios.
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Por fim, cabe sinalizar que o êxito do PACS incentivou a criação do PSF.
No final de dezembro de 1993, em Brasília/DF, ocorreu uma reunião sobre o
tema “Saúde da Família”, que discutiu uma nova proposta a partir do êxito do
PACS e da necessidade de agregar novos profissionais ao programa, a fim de
que os agentes comunitários não funcionassem isoladamente. A supervisão do
enfermeiro na experiência realizada no Ceará serviu de motivação para a
discussão de incorporação de novos profissionais.
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Isso possibilitou a criação das Equipes de Família, que passam a ser compostas
por equipes saúde da família que envolvem enfermeiros, médicos, técnicos em
enfermagem, odontólogos e ACS, em uma compreensão mais ampliada do
processo saúde/doença, e com isso, melhorou a qualidade de vida dos
brasileiros. O PSF propõe um modelo de atenção e de vigilância à saúde com
base nos seguintes princípios: 1) estabelecimento de vínculos e co-
responsabilização entre profissionais de saúde e população;
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2) definição do objeto-alvo da atenção à família, entendida a partir do ambiente
e espaço geográfico em que vive; 3) a responsabilização por uma população
adscrita; e; 4) uma intervenção em saúde que extrapole os muros das unidades
de saúde, visando o enfrentamento dos principais problemas de saúde da
população adscrita, desenvolvendo ações integrais de saúde sobre indivíduos,
famílias, meio ambiente e ambiente de trabalho.
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A rede pública de ensino no Brasil atende grande parcela da população e, por
esse motivo, os espaços que a formam são potencialmente promotores da saúde.
Assim, para além da construção de conhecimento e da cidadania, as escolas são
essenciais para se estimular atitudes positivas relacionadas à saúde,
especialmente na infância e adolescência.
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O Programa Saúde na Escola (PSE) é um dos principais programas para
promoção da saúde nesse ambiente. Instituído em 2007, trata-se de uma política
que se alicerça na intersetorialidade entre a saúde e a educação para promover
saúde e educação integral, por meio da articulação de suas respectivas redes.
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Em consequência dessa visão ampla de saúde, há o incentivo ao trabalho
intersetorial e a participação ativa do estudante. Em outras palavras, pensar em
saúde escolar começa a ser a soma de esforços dos profissionais de saúde e
educação em conjunto aos estudantes.
No final da década de 1980, então, a Iniciativa Regional Escolas Promotoras de
Saúde amplia o pensamento e o entendimento sobre as inter-relações saúde e
educação no ambiente escolar e o conceito de promoção da saúde passa a ser
considerado.
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A Ireps previa a atuação conjunta da educação e a saúde para que fossem
desenvolvidas ações de educação para a saúde com enfoque na integralidade,
desenvolvimento de ambientes físicos e psicossociais saudáveis e
disponibilidade de serviços de saúde, alimentação adequada e saudável, bem
como vida ativa.
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O ambiente escolar é um espaço privilegiado para que a saúde seja trabalhada
em sua perspectiva da promoção, com desenvolvimento de ações para a
prevenção e a proteção. É nesse contexto que a escola é inserida como o
universo de produção social da saúde, além da formação do pensamento crítico,
político e pessoal.
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A saúde escolar passa a ser uma política pública de promoção da saúde e
melhoria da qualidade de vida quando é trabalhada intersetorialmente, com
coordenação e planejamento em conjunto, por meio de uma visão ampliada.
O panorama brasileiro da saúde do escolar aponta que são necessárias ações e
intervenções efetivas para a promoção da saúde, com diminuição da exposição
a fatores de risco, como tabaco, álcool, alimentação não saudável e
sedentarismo.
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O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) é a política pública de
alimentação e nutrição mais duradoura do Brasil. Apesar de ter passado por
grandes transformações ao longo dos anos, a essência do Pnae é a mesma
desde 1955, quando foi instituída a Campanha Nacional da Merenda Escolar, ou
seja, tem por objetivo fornecer alimentação adequada aos estudantes, com
promoção da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). As transformações se
deram principalmente pelo estabelecimento e pela busca por garantir princípios
como a universalidade e a continuidade.
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Até 2009, o Pnae era regulamentado por meio de uma medida provisória. Nesse
mesmo ano, foi publicada a Lei n. 11.947, que estabeleceu a alimentação escolar
como um direito, bem como as competências do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), ou seja, competências da União, e também
dos estados, municípios e Distrito Federal em relação ao programa. As questões
práticas da execução do Pnae são definidas em resoluções e, atualmente, tem-se
em vigor a Resolução CD/FNDE n. 6/2020.
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O PNAE tem caráter suplementar à educação, como prevê o artigo 208, incisos IV
e VII, da Constituição Federal, e é executado por meio de repasses financeiros
aos entes federados (estados, DF e municípios) em 10 parcelas anuais, com base
no Censo Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento.
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Atualmente, o valor repassado pela União a estados e municípios por dia letivo
para cada aluno é definido de acordo com a etapa e modalidade de ensino:
O Programa é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade civil, por
meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), pelo FNDE, pelo Tribunal de
Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo
Ministério Público.
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O Programa é regido pela Lei nº 11.947, de 16/6/2009 e Resoluções do FNDE. Tais
legislações possibilitaram a expansão do atendimento de alimentação escolar a
todos os alunos da educação básica brasileira (educação infantil, ensino
fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos – EJA); o
desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional de forma
transversal no projeto político pedagógico das escolas;
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O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) foi instituído pela Lei nº 6.321,
de 14 de abril de 1976, e, atualmente, encontra-se regulamentado pelo Decreto n
10.854, de 10 de novembro de 2021, com instruções complementares estabelecidas
pela Portaria MTP/GM nº 672, de 8 de novembro de 2021. Este Programa busca
atender prioritariamente os trabalhadores de baixa renda e sua gestão é
compartilhada entre o Ministério do Trabalho e Previdência, a Secretaria
Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia e o Ministério
da Saúde.
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O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), que foi instituído pela Lei n.
6.321, de 14 de abril de 1976, iniciou efetivamente em 1977 e foi regulamentado na
década de 1990. O PAT é um programa federal de adesão voluntária, sendo uma
parceria entre governo, empresa e trabalhadores, que visa estimular o
empregador a fornecer para os trabalhadores, principalmente de baixa renda,
alimentação nutricionalmente adequada mediante incentivos fiscais.
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O PAT tem como objetivo contribuir para a promoção da saúde dos
trabalhadores, com prioridade para aqueles que recebem até cinco salários
mínimos mensais, o que envolve a melhoria das condições nutricionais, o
aumento de produtividade, a redução do absenteísmo e de acidentes de trabalho.
“O Programa é uma das mais antigas e importantes políticas de alimentação e
nutrição do Brasil. Com inquestionável relevância social, é considerado um
herdeiro de políticas públicas nacionais anteriores voltadas à alimentação do
trabalhador”.
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As empresas que fornecem e prestam serviços de alimentação coletiva, assim
como as pessoas jurídicas beneficiárias do PAT na autogestão, deverão
apresentar Responsável Técnico (RT) pelo programa. Para tanto, o RT deve ser
profissional com habilitação em Nutrição.
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A segurança sanitária se fortaleceu no Brasil com a criação da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa), que promove regulação de produtos,
tecnologias e serviços de saúde, além de possuir duas dimensões, uma
institucional e outra técnica. No primeiro caso, tem sentido estratégico, de
construção de confiança e legitimidade; no segundo, pretende alcançar ou
reforçar uma relação risco/benefício que seja aceitável, com vistas à proteção e
promoção da saúde.
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A Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) integra a vigilância em saúde e foi
proposta mundialmente na década de 1970, para subsidiar políticas públicas e
programas para a redução das deficiências nutricionais já identificados nas
décadas de 1950 a 1960, por meio de inquéritos, em diversos países da América
Latina, África e Ásia. Além disso, também tem como objetivo fornecer
informações de forma contínua referente às condições nutricionais e aos seus
determinantes.
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A VAN se concretiza por meio de atividades contínuas de observação, coleta,
registro e análise de dados que são utilizados para descrever as condições
alimentares e nutricionais da população. Assim, pode potencialmente subsidiar a
tomada de decisão, auxiliar no planejamento, no monitoramento e na gestão de
ações e programas que têm como objetivos promover melhores padrões de
consumo alimentar e de estado nutricional da população brasileira.
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Inicialmente, a VAN se centrou na coleta de dados antropométricos de grupos
específicos da população, considerados vulneráveis, como crianças e gestantes
em risco nutricional, sendo pré-requisito em programas assistenciais com
distribuição de alimentos.
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Com a aprovação da Política Nacional de Alimentação e Nutricional (Pnan) em
1999, o Sisvan ganha forças para a sua operacionalização na Atenção Primária à
Saúde (APS), em âmbito nacional, em todas as fases do ciclo da vida, ampliando
a coleta de dados para o consumo alimentar, fatores de risco ou de proteção dos
indivíduos atendidos pelo SUS, incluindo povos e comunidades tradicionais e a
população assistida por programas de transferência de renda.
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A PNAN tem por pressupostos os direitos à Saúde e à Alimentação e é
orientada pelos princípios doutrinários e organizativos do Sistema Único de
Saúde (universalidade, integralidade, equidade, descentralização, regionalização
e hierarquização e participação popular), aos quais se somam os princípios a
seguir.
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A Alimentação como elemento de humanização das práticas de saúde.
O respeito à diversidade e à cultura alimentar.
O fortalecimento da autonomia dos indivíduos.
A determinação social e a natureza interdisciplinar e intersetorial da
alimentação e nutrição.
A segurança alimentar e nutricional com soberania.
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Em razão das lições aprendidas com a elaboração e revisão do I PLANSAN
2012-2015, pode-se dizer que o processo de revisão do II PLANSAN teve uma
menor envergadura. O I PLANSAN, por exemplo, composto originalmente por 8
Diretrizes e 330 metas organizadas em 43 objetivos, ficou com 144 metas
distribuídas em 38 objetivos após sua revisão.
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O II PLANSAN, por sua vez, foi elaborado com 9 Desafios, 121 Metas e 99 Ações
Relacionadas 1 organizadas em 41 áreas temáticas, pois sua construção foi
orientada, desde o início, para atingir um conjunto de metas estratégicas e
prioritárias, de forma facilitar o seu monitoramento, focalizando nas ações mais
relevantes. O II PLANSAN passou a conter 131 metas e 93 ações relacionadas
após sua revisão.
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A elaboração do II PLANSAN também incorporou em seu texto, desde o
princípio, as relações entre suas metas e as metas do Plano Plurianual (PPA
2016-2019), bem como a identificação dos órgãos responsáveis pela execução de
cada uma das metas. A revisão do II PLANSAN trouxe informações adicionais
como a anualização das metas e o registro dos códigos das ações orçamentárias
que as custeiam.
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Desafio 1 - Promover o acesso universal à alimentação adequada e saudável,
com prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança
alimentar e nutricional 11
Desafio 2 - Combater a insegurança alimentar e nutricional e promover a
inclusão produtiva rural em grupos populacionais específicos, com ênfase em
Povos e Comunidades Tradicionais e outros grupos sociais vulneráveis no meio
rural 14
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Desafio 1 - Promover o acesso universal à alimentação adequada e saudável,
com prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança
alimentar e nutricional.
Desafio 2 - Combater a insegurança alimentar e nutricional e promover a
inclusão produtiva rural em grupos populacionais específicos, com ênfase em
Povos e Comunidades Tradicionais e outros grupos sociais vulneráveis no meio
rural.
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Desafio 3 - Promover a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis, a
estruturação da agricultura familiar e o fortalecimento de sistemas de produção
de base agroecológica.
Desafio 4 - Promover o abastecimento e o acesso regular e permanente da
população brasileira à alimentação adequada e saudável.
Desafio 5 – Promover e proteger a Alimentação Adequada e Saudável da
População Brasileira, com estratégias de educação alimentar e nutricional e
medidas regulatórias.
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Desafio 6 - Controlar e prevenir os agravos decorrentes da má alimentação.
Desafio 7 - Ampliar a disponibilidade hídrica e o acesso à agua para a
população, em especial a população pobre no meio rural.
Desafio 8 - Consolidar a implementação do Sistema Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional (SISAN), aperfeiçoando a gestão federativa, a
intersetorialidade e a participação social.
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Desafio 9 - Apoio às iniciativas de promoção da soberania, segurança alimentar
e nutricional, do direito humano à alimentação adequada e de sistemas
alimentares democráticos, saudáveis e sustentáveis em âmbito internacional,
por meio do diálogo e da cooperação internacional.

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