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06/04/2021

DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM
SAÚDE
EDUCAÇÃO PARA PROMOÇÃO DA
SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• De acordo com o Comitê de Especialistas em


Planejamento e Avaliação dos Serviços de Educação
em Saúde, da Organização Mundial de Saúde – OMS, o
foco da educação em saúde está voltado para a
população e para a ação.

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DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• De uma forma geral seus objetivos são encorajar as


pessoas a:
a) adotar e manter padrões de vida sadios;
b) usar de forma acertada e cuidadosa os serviços de
saúde colocados à sua disposição, e
c) tomar suas próprias decisões, tanto individual como
coletivamente, visando melhorar suas condições de
saúde e as condições do meio ambiente.

DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• Já o Grupo Científico sobre Pesquisa em Educação em


Saúde, também da OMS, expandiu esta declaração ao
afirmar que:
• "os objetivos da educação em saúde são: desenvolver
nas pessoas o senso de responsabilidade pela sua
própria saúde e pela saúde da comunidade a qual
pertençam e a capacidade de participar da vida
comunitária de uma maneira construtiva".

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• Estas afirmações equivalem dizer que a educação em


saúde deve promover, por um lado, o senso de
identidade individual, a dignidade e a responsabilidade
e, por outro, a solidariedade e a responsabilidade
comunitária.

DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• Além disso, a Educação em Saúde é um dos mais


importantes elos de ligação entre os desejos e
expectativas da população por uma vida melhor e as
projeções e estimativas dos governantes ao oferecer
programas de saúde mais eficientes.

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Histórico
• Na era do Estado Novo, nos anos de 1930, foi criado o
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE PÚBLICA,
posteriormente desmembrado em Ministério da Saúde e
Ministério da Educação e Cultura, o MEC (1953).
• Neste período, houve uma ampla remodelação dos
serviços sanitários do país, especialmente nas grandes
cidades, em razão do compromisso assumido pelo
Estado em zelar pelo bem-estar sanitário da população.

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Histórico
• Com a reestruturação Departamento Nacional de
Saúde Pública, o "Serviço de Propaganda e Educação
Sanitária" foi transformado em "Serviço Nacional de
Educação Sanitária", com o objetivo de "formar na
coletividade brasileira uma consciência familiarizada
com problemas de saúde".

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Histórico
• Apesar de ter condições de oferecer um campo
educacional extraordinário para o propósito de tornar a
vida saudável, o Ministério da Educação e Saúde
Pública não explorou isso na prática:
Os Serviços de Educação Sanitária, quando muito,
limitavam suas atividades à publicação de folhetos,
livros, catálogos e cartazes;

DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Histórico
Distribuíam na imprensa do país pequenas notas e
artigos sobre assuntos de saúde;
Editavam periódicos sobre saúde;

Promoviam concursos de saúde e

Lançavam mãos dos recursos audiovisuais para difundir


os conceitos fundamentais da saúde e da doença.

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• Os esforços se concentravam, dessa forma, na


propaganda sanitária e, neste setor, já bastante
reduzido, dava-se preferência às formas escritas, visuais,
de propaganda, sem considerar o grande número de
analfabetos no país, que era de 60%, em 1940.
• Esses analfabetos se concentravam, como era de se
esperar, nas baixas camadas das populações urbanas e
no campo.

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• A primeira grande transformação de mentalidade nas


atividades da educação sanitária ocorreu em 1942, com
a criação do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP).
• Desde seu começo o SESP reconheceu a educação
sanitária como atividade básica de seus planos de
trabalho, atribuindo aos diversos profissionais, técnicos e
auxiliares de saúde, a responsabilidade das tarefas
educativas, junto a grupos de gestantes, mães,
adolescentes e à comunidade em geral.

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• Foi o SESP quem começou a preparar as professoras da


rede pública de ensino como agentes educacionais da
saúde.
• Esse exemplo de expandir essas ações para além dos
limites dos órgãos de saúde logo foi seguido pelo
Departamento Nacional de Endemias Rurais – DNERu, e
pelo Departamento Nacional da Criança.

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• No entanto, a área de Educação Sanitária só foi


fortalecida anos depois, com a reformulação da
estrutura do Serviço Nacional de Educação Sanitária e
a integração das atividades de educação no
planejamento das ações dos demais órgãos do
Ministério da Saúde.

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• Estas mudanças foram reflexo, também, de dois eventos


internacionais:
1. A 12ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra
(1958) – que reafirmou o conceito que a educação
sanitária abrange a soma de todas as experiências que
modificam ou exercem influência nas atitudes ou
condutas de um indivíduo com respeito à saúde; e

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2. A 5ª Conferência de Saúde e Educação Sanitária,


realizada na Filadélfia (1962) – quando o Diretor Geral
da OMS assinalou que "os serviços de educação
sanitária estão chamados a desempenhar um papel
de primeiríssima importância para saltar o abismo que
continua existindo entre descobrimentos científicos da
medicina e sua aplicação na vida diária de indivíduos,
famílias, escolas e distintos grupos da coletividade".

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• Nas diversas reorganizações administrativas do Ministério


da Saúde ocorridas entre 1964 e 1980, destacam-se:
A criação da Superintendência de Campanhas de Saúde
Pública – SUCAM (pela fusão do DNERu com a CEM,
Campanha de Erradicação da Malária),

A criação da Fundação SESP e,


A criação da Divisão Nacional de Educação em Saúde
da Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde (final
de 1970).

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• A terceira transformação começa a acontecer, no


entanto, ainda em meados da década de 70, com a
implantação dos primeiros sistemas nacionais de
informações de saúde, o Sistema de Informações sobre
Mortalidade (1976) e o Cadastro de Estabelecimentos
de Saúde (1979).

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• No processo de implantação desses sistemas, os


veículos de comunicação de massa foram chamados a
colaborar na divulgação da importância de se contar
com dados confiáveis sobre estes temas e dos prazos
de implementação dos sistemas.
• Aproveitava-se uma medida administrativa para
informar à população as condições de saúde e da rede
de atendimento.

DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• Na década de 80, a crítica do setor de Educação em


relação ao setor de Saúde, de que este não utilizava a
escola como uma aliada e parceira tornou-se mais
incisiva.

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DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• Ao mesmo tempo, os resultados de vários estudos


indicaram que a educação para a saúde, baseada no
modelo médico tradicional e focalizada no controle e
na prevenção de doenças, é pouco efetiva para
estabelecer mudanças de atitudes e opções mais
saudáveis de vida que minimizem as situações de risco
à saúde de crianças, adolescentes e jovens adultos.

DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• A essas informações, somou-se o Informe Lalonde,


documento oficial do governo do Canadá, publicado
em 1974, que define o conceito de Campo da Saúde
como constituído por quatro componentes: biologia
humana, meio ambiente, estilo de vida e organização
da atenção à saúde.
• Esse documento apoiou a formulação das bases da
promoção da saúde e da estratégia para criação de
espaços saudáveis e protetores.

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DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• Assim, no início dos anos 90, diante das propostas do


setor de Educação, da crescente crítica de pouca
efetividade da educação em saúde nas escolas e do
fortalecimento das políticas de promoção da saúde, o
Ministério da Saúde recomendou a criação de espaços
e ambientes saudáveis nas escolas, com o objetivo de
integrar as ações de saúde na comunidade educativa .

DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• Em 1996, ainda que sem muita coordenação, as


atividades de educação em saúde voltaram a receber
alguma atenção por parte dos dirigentes do Ministério
da Saúde (MS), atitude que foi reafirmada com o
projeto Saúde na Escola, integrado a TV Escola do MEC
e em execução desde 20 de agosto de 1997,
compondo semanalmente a grade de programação
de 50.000 escolas do ensino fundamental.

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DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• Outro passo importante dado pela administração do MS


foi a definição, em 1998, de uma Diretoria de Programas
para a área, o que naturalmente amplia a abrangência
da proposta, fazendo-a evoluir de um Projeto Saúde na
Escola para um Programa de Educação em Saúde.

DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE


• Ainda durante os anos 90, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) desenvolveu o conceito e iniciativa das
Escolas Promotoras de Saúde.
• Esta abordagem envolve o desenvolvimento de
competência em saúde dentro das salas de aula, a
transformação do ambiente físico e social das escolas e a
criação de vínculo e parceria com a comunidade, o que
inclui os serviços de saúde comunitários, como as
Unidades Básicas de Saúde e equipes de Saúde da
Família.

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DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• Nas escolas, o trabalho de promoção da saúde com os


estudantes, e também com professores e funcionários,
precisa ter como ponto de partida “o que eles sabem” e
“o que eles podem fazer”, desenvolvendo em cada um a
capacidade de interpretar o cotidiano e atuar de modo
a incorporar atitudes e/ou comportamentos adequados
para a melhoria da qualidade de vida.

DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• Nesse processo, as bases são as “forças” de cada um, no


desenvolvimento da autonomia e de competências para
o exercício pleno da cidadania.
• Assim, espera-se que os profissionais de saúde e de
educação, no desempenho das suas funções, assumam
uma atitude permanente de empoderamento dos
estudantes, professores e funcionários das escolas, o
princípio básico da promoção da saúde.

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• Por fim, o Programa Saúde na Escola (PSE), instituído por


Decreto Presidencial nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007,
resulta do trabalho integrado entre o Ministério da Saúde
e o Ministério da Educação, na perspectiva de ampliar as
ações específicas de saúde aos alunos da rede pública
de ensino: Ensino Fundamental, Ensino Médio, Rede
Federal de Educação Profissional e Tecnológica,
Educação de Jovens e Adultos.

DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• A escola, que tem como missão primordial desenvolver


processos de ensino-aprendizagem, e desempenha um
papel fundamental na formação e atuação das pessoas
em todos os campos da vida social.
• Juntamente com outros espaços sociais, além da
formação, a escola cumpre papel decisivo na percepção
e construção da cidadania e no acesso às políticas
públicas.

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DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• Desse modo, a escola pode tornar-se local para ações de


promoção da saúde para crianças, adolescentes e jovens
adultos.

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• A PROMOÇÃO DA SAÚDE é uma estratégia que


proporciona visibilidade aos fatores de risco e aos
agravos à saúde da população, tendo como foco o
atendimento do indivíduo (coletivo e ambiente) e
elaborando mecanismos que reduzem as situações de
vulnerabilidade.

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• As origens e concepções da promoção da saúde tiveram


início com o advento da educação em saúde, no início
do século XX, a partir da observação da alteração dos
índices de adoecimento decorrentes de práticas
educativas realizadas pelos médicos sanitaristas (ou
"higienistas“) da época.

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• Naquele período, o significado da promoção da saúde


era atribuído a ações de educação em saúde, visando à
melhoria da qualidade de vida.

• Embora a educação em saúde possua caráter mais


amplo, ela é considerada um dos principais dispositivos
para a viabilização da promoção da saúde,
especialmente na atenção primária à saúde, auxiliando
no desenvolvimento da responsabilidade individual e na
prevenção de doenças.

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• Nesse sentido, a educação possui importância inegável


para a promoção da saúde, sendo utilizada como veículo
transformador de práticas e comportamentos individuais,
e no desenvolvimento da autonomia e da qualidade de
vida do usuário.

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• Esses conceitos, associados a outras políticas públicas,


foram devidamente ajustados às demandas
populacionais e inseridos na Política Nacional de
Promoção da Saúde (PNPS).
• A PNPS tem por objetivo a promoção da qualidade de
vida através da intervenção em diversos segmentos
sociais condicionantes de saúde, como trabalho,
habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a
bens e serviços essenciais.

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• Tais condicionantes estão inegavelmente relacionados à


qualidade de vida, oportunizados através de práticas
promocionais e educacionais em saúde.

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• Assim, a prática da educação em saúde preconiza


desenvolver nas pessoas juízo crítico e capacidade de
intervenção sobre suas vidas e sobre o ambiente com o
qual interagem.
• As informações e orientações devem ser expressas de
maneira clara e sem restrições, de forma a garantir boa
compreensão pelos sujeitos para que os objetivos e metas
sejam alcançados.

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• De forma mais específica, a educação em saúde consiste


basicamente no planejamento e na execução de
atividades que visam prevenir doenças e suprimir
carências das populações, como práticas inadequadas
de higiene, que ignoram a importância de cuidados
básicos para prevenção e controle de epidemias.

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• Como a educação em saúde depende de um conjunto


de saberes e práticas inerentes aos profissionais da saúde
e de algumas áreas da educação, são esses os agentes
responsáveis pela orientação da população para
adoção de hábitos considerados saudáveis, tais como
higiene pessoal e ambiental, alimentação adequada,
abandono do sedentarismo, do tabagismo etc.

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• Por exemplo, as doenças cardiovasculares e crônicas


como hipertensão, diabetes e obesidade constituem um
importante problema de saúde pública e a principal
causa de morte da população adulta.
• A educação em saúde é, portanto, imprescindível, pois
não é possível o controle adequado dessas doenças se o
paciente não for instruído a seguir os princípios em que se
fundamentam seu tratamento.

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• A participação ativa do indivíduo é a única solução


eficaz no controle dessas doenças e na prevenção de
suas complicações.

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• No Brasil, a saúde é um direito social, estabelecido na


Constituição Federal de 1988, que também instituiu o
Sistema Único de Saúde, como meio de concretizar esse
direito.
• Mesmo com essa lei, a saúde pública não contribui
adequadamente com as classes menos favorecidas, pois
não oferece condições apropriadas para o
desenvolvimento de políticas educacionais eficientes a
essa população.

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• A carência de centros médicos, profissionais,


aparelhamento, medicamentos e de maior atenção dos
profissionais de saúde para com esses indivíduos promove
déficits no controle e no tratamento das doenças.
• A educação em saúde representa uma estratégia
promissora para enfrentar os múltiplos problemas de
saúde que afetam as populações humanas, partindo de
uma concepção ampla do processo saúde-doença e de
seus determinantes.

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• Porém essa estratégia pode não ser suficiente para a


correta orientação de pacientes, Já que os profissionais
da área de saúde, que supostamente são os mais aptos
para exercerem essa atividade, nem sempre sabem a
melhor maneira de repassar seu conhecimento à
população por terem carências didáticas em sua
formação.

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE


E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

• Portanto, é necessário que haja uma valorização das


atividades relacionadas ao ensino por parte das
universidades e das escolas de saúde pública,
frequentemente encaradas como secundárias em
relação à pesquisa.
• Neste sentido, dar atenção à educação como objeto de
estudo deveria ser preocupação de todo
pesquisador/professor da área de saúde.

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O ASPECTO BIOPSICOLÓGICO E
SOCIOLÓGICO DA EDUCAÇÃO

• Como a educação trata-se de um fenômeno que tem o


seu princípio e o seu fim voltados para a pessoa humana, a
educação só pode ser verdadeiramente compreendida e
analisada sob enfoques que definem o próprio ser
humano, em particular o biopsicológico e o sociológico.

O ASPECTO BIOPSICOLÓGICO E
SOCIOLÓGICO DA EDUCAÇÃO

• Do ponto de vista biopsicológico, a educação tem por


objetivo levar o indivíduo a realizar suas possibilidades
intrínsecas, com vistas a formação e ao desenvolvimento
de sua personalidade.
• Sociologicamente, a educação é um processo que tem
por fim conservar e transmitir cultura, atuando como
importante instrumento e técnica social.

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O ASPECTO BIOPSICOLÓGICO E
SOCIOLÓGICO DA EDUCAÇÃO

• Em termos gerais, em relação às necessidades individuais a


educação visa:
1. Desenvolvimento harmônico do corpo e do espírito;
2. Desenvolvimento emocional;
3. Formação do espírito crítico;
4. Desenvolvimento da capacidade criativa;
5. Desenvolvimento do espírito de iniciativa;

O ASPECTO BIOPSICOLÓGICO E
SOCIOLÓGICO DA EDUCAÇÃO

6. Formação estética;
7 Formação ética;
8. Formação moral;
9. Desenvolvimento das peculiaridades de cada
educando; e
10. Assimilação dos valores e técnicas fundamentais da
cultura a que pertence o educando.

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O ASPECTO BIOPSICOLÓGICO E
SOCIOLÓGICO DA EDUCAÇÃO

• No plano das necessidades sociais, os objetivos da


educação são:
1. Conservação e transmissão cultural;
2. Desenvolvimento do senso de responsabilidade social
do educando;
3. Instrumentalização do educando para que participe
conscientemente das transformações e do progresso
social;

O ASPECTO BIOPSICOLÓGICO E
SOCIOLÓGICO DA EDUCAÇÃO

4. Formação política para o pleno exercício da cidadania;


5. Formação econômica;
6. Formação para as parcerias e solidariedade; e
7. Integração social.

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O ASPECTO BIOPSICOLÓGICO E
SOCIOLÓGICO DA EDUCAÇÃO

• Como a educação é um processo representado por toda


e qualquer influência sofrida pelo indivíduo, capaz de
modificar lhe o comportamento, distinguem-se dois tipos
de educação pelos quais essas influências são exercidas e
sentidas pelo educando:
A heteroeducação;
A autoeducação.

O ASPECTO BIOPSICOLÓGICO E
SOCIOLÓGICO DA EDUCAÇÃO

• A heteroeducação é quando as influências incidem sobre o


indivíduo independentemente de sua vontade.
• É aquela em que não há a participação deliberada e
intencional do próprio sujeito da educação, embora ele seja
levado inconscientemente a participar do processo.

• Na autoeducação, ao contrário, existe a participação


intencional do educando em procurar influências capazes
de lhe modificar o comportamento e submeter-se a elas.

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O ASPECTO BIOPSICOLÓGICO E
SOCIOLÓGICO DA EDUCAÇÃO

• Mesmo considerando que a heteroeducação tem um papel


objetivo importantíssimo, a aspiração do trabalho a ser
desenvolvido na área de educação em saúde está voltada
para a autoeducação, pois exprime a tomada de
consciência por parte do indivíduo acerca da importância
do processo educativo para sua formação e
desenvolvimento.

O ASPECTO BIOPSICOLÓGICO E
SOCIOLÓGICO DA EDUCAÇÃO

• Finalizando este tópico, as funções educativas podem ser


representadas por cinco atividades, e que estarão
integralmente contidas nas ações de educação em saúde:
a) estimulativa, que busca atrair o indivíduo para participar
do processo educativo;

b) exercitativa, condição para aquisição e formação de


hábitos, assim como para a assimilação, construção e
reconstrução de experiências;

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O ASPECTO BIOPSICOLÓGICO E
SOCIOLÓGICO DA EDUCAÇÃO

c) orientadora, que enfoca os aspectos de liberdade,


autoridade, autonomia e independência;
d) didática, que se responsabiliza pela transmissão e
veiculação dos conhecimentos e
e) terapêutica, que permite retificar os eventuais
descaminhos do processo educativo.

OBRIGADA!

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