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POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO

EM SAÚDE E ENFERMAGEM

Profª. Natália
VOS DA AULA
OBJETI
Analisar as Políticas de Educação em Saúde e Enfermagem

Conhecer conceitos e aspectos históricos das Políticas de Educação em


1 Saúde e Enfermagem no Brasil;
Descrever as principais regulamentações de educação em saúde e
2 Enfermagem;

3 Discutir a evolução dos currículos dos cursos de enfermagem no Brasil;

4 Discutir os desafios na formação do enfermeiro no Brasil.


CONCEITOS
Política
Conjunto dos fenômenos e das práticas relativos ao Estado ou a sociedade; arte ou
ciência de bem governar, de cuidar dos negócios públicos;
Público
Relativo, pertencente ou destinado ao povo, à coletividade, ou que está aberto ou
acessível a quaisquer pessoas

Políticas Públicas
São diretrizes, princípios norteadores de ação do poder público que se apresenta através dos
programas , ações e atividades desenvolvidas pelo governo (nacionais, estadual ou municipais)
com a participação direta ou indireta, dos entes públicos ou privados, para garantir direito de
cidadania.
Ex: As políticas públicas de educação e saúde.
Como são formuladas as Políticas Públicas?

por que são alteradas?

Depende do grau de empoderamento da sociedade;

Nível de organização social dos atores sociais


interessados
Quais os instrumentos que compõe as
Políticas Públicas ?

Planos
Programas
Ações
Atividades
ASPECTOS HISTÓRICOS

Europa (1850), segunda Estados Unidos (1919)- Brasil (1920), século


metade do século XIX Health Education XIX até meados do
século XX
ASPECTOS HISTÓRICOS NO BRASIL

1940 1970-1980 2004-2020

Criação da Fundação SESP -Serviços Paulo Freire / SUS 2004 - Instituída a Política
Especiais de Saúde Pública Influências das ideias e concepções Nacional de Educação Permanente
Envolver os indivíduos no processo de Paulo Freire sobre a participação em Saúde (PNEPS)
educativo da população no processo educativo PNEPS representa um marco para
Grande influência na ideologia e Participação popular em consonância a formação e trabalho em saúde
desenvolvimento da comunidade. com os princípios do SUS, instituído no país
Educação de grupos em 80

Década 20- Educação Sanitária Advento da Medicina Comunitária Surge a proposta de criação de uma
Urbanização crescente Participação da comunidade na articulação nacional entre os movimentos
Problemas de saúde solução de problemas de saúde de educação popular em saúde, a qual foi
Atuação do Estado sobre a nela vivenciados aprofundada 1996 e criada 2003,
população denominada Articulação Nacional de
Polícia sanitária ( Osvaldo Cruz) Movimentos e Práticas de Educação e
Saúde (ANEPS).

1921 1960 1991-1996-2003


POLÍTICAS DE DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
A consolidação do SUS no Brasil suscita novas e
importantes questões diante da necessidade de
oferecer atenção integral, resolutiva e de qualidade
em todos os níveis.

Por essa razão, o debate sobre formação e


desenvolvimento dos profissionais de saúde vem
ganhando importância, já que o descompasso
entre o perfil dos profissionais e as orientações do
sistema de saúde é indicado como fator crítico
para construção desses objetivos.
POLÍTICAS DE DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Principais regulamentações sobre Educação em Saúde
Criação do Programa Saúde na Escola (PSE): PORTARIA Nº 204/2007
Recursos federais - Ações e os serviços de saúde
Diversas ações educativas
- Saúde bucal
- Saúde ocular
- Saúde auditiva
- Prevenção de gravidez
- Alimentação saudável
- Vacinação
- Educação ambiental etc.
EVOLUÇÃO DOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE
ENFERMAGEM NO BRASIL
A formação na enfermagem, no Brasil, iniciou-se com a Escola Profissional de
1890 Enfermeiros e Enfermeiras em 1890, pelo Decreto n.º 791, de 27 de setembro de 1890,
criada por médicos à luz do modelo francês;

O currículo incluía: Noções práticas de propedêutica clínica; noções gerais de


anatomia; fisiologia; higiene Hospitalar; curativos; pequena cirurgia; cuidados
especiais a certas categorias de enfermos e aplicações balneoterápicas ou
tratamento através de banhos; administração interna e escrituração do serviço
sanitário e econômico das enfermarias;
EVOLUÇÃO DOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE
ENFERMAGEM NO BRASIL

1923 Escola de Enfermeiras, pelo Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP);

A profissionalização da enfermeira era no modelo hospitalar de atenção


individual e curativa e não para a saúde pública (das 35 disciplinas ministradas
apenas 4 eram voltadas para saúde pública);

Após análise, o currículo da DNSP, estabelecido pelo Decreto n.º 16.300/23, de


31 de dezembro de 1923, passa a ser composto de uma parte geral, com
dezesseis matérias e de uma parte especializada, com oito matérias.
EVOLUÇÃO DOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE
ENFERMAGEM NO BRASIL

1949 Em 5 de agosto de 1949, surgiu Lei n.º 775/49 que uniformizou o ensino de
enfermagem no Brasil, apresentando o curso de enfermagem, com 36 meses, e o
curso de auxiliar em enfermagem, com 18 meses.

Decreto n.º 27.426/49, de 14 de novembro de 1949, direcionou o currículo para a


formação do enfermeiro, distribuindo as matérias em três séries.

Pouco inovador relacionado ao programa inicial, prevalecia a ênfase no fazer,


mais do que no pensar, na repetição de técnicas que tolhiam a criatividade das
alunas e com a centralização no estado da doença e não do doente"
EVOLUÇÃO DOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE
ENFERMAGEM NO BRASIL
Currículo de enfermagem incide sobre as clínicas especializadas, de caráter
1962 curativo;
Reformulado o currículo de enfermagem pelo Parecer n.º 271/62, de 19 de
outubro de 1962, que estabeleceu um curso geral e duas alternativas para
especialização;
Para o curso geral, o currículo era dado em três anos. As duas especializações
eram ministradas em mais um ano, cada uma, após aqueles três anos do curso
geral;
Suprimem-se as disciplinas básicas, tais como: anatomia, fisiologia e as
disciplinas de cultura geral, como a sociologia;
Carga horária de 2.430 horas para o curso geral e 3.240 horas com a
especialização, obrigando a computar só 10% das horas fixadas para o curso
como estágios.
EVOLUÇÃO DOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE
ENFERMAGEM NO BRASIL
O Parecer CFE n.163/72, reformulou o currículo mínimo de enfermagem- Saúde
1972 Pública, Enfermagem Médico-cirúrgica e Obstetrícia (OPTATIVAS);

A especialização dava-se durante a graduação, prejudicando a formação mais


geral;

Parecer n.º 163/72, aprovado em 27 de janeiro de 1972, e a Resolução n.º 4, de 25


de fevereiro do mesmo ano -Reforma Universitária;

Currículo passa a compreender três partes: Pré-profissional, Tronco profissional


comum, habilitações.
EVOLUÇÃO DOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE
ENFERMAGEM NO BRASIL
Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn)- Nova proposta curricular,
1994 oficializada pela Portaria nº 1721/94;
Formação da enfermeira em quatro áreas: assistência, gerência, ensino e
pesquisa;
Os currículos plenos dos cursos de graduação em enfermagem deveriam conter
disciplinas relativas às Ciências Biológicas e Humanas e quatro áreas temáticas,
tal como se segue: "Bases Biológicas e Sociais da Enfermagem, Fundamentos da
Enfermagem, Assistência de Enfermagem e Administração em Enfermagem".
Os conteúdos relativos à Saúde Pública, excluídos do currículo mínimo anterior,
retornaram sob a designação de Saúde Coletiva.
EVOLUÇÃO DOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE
ENFERMAGEM NO BRASIL
Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn)- Nova proposta curricular,
1994 oficializada pela Portaria nº 1721/94;
Formação da enfermeira em quatro áreas: assistência, gerência, ensino e
pesquisa;
Os currículos plenos dos cursos de graduação em enfermagem deveriam conter
disciplinas relativas às Ciências Biológicas e Humanas e quatro áreas temáticas,
tal como se segue: "Bases Biológicas e Sociais da Enfermagem, Fundamentos da
Enfermagem, Assistência de Enfermagem e Administração em Enfermagem".
Os conteúdos relativos à Saúde Pública, excluídos do currículo mínimo anterior,
retornaram sob a designação de Saúde Coletiva.
ABEn-Seminários Nacionais de Diretrizes para a Educação em Enfermagem
(SENADEns).
EVOLUÇÃO DOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE
ENFERMAGEM NO BRASIL

1996
PERSPECTIVAS PARA NOVA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 3 , 07/11/2001


Institui as DCENF- Diretrizes Curriculares
Nacionais do Curso de Graduação em
Enfermagem

PORTARIA MS/GM Nº 1996,


RESOLUÇÃO CNS Nº350, 9/06/2005 20/08/2007
Critérios para abertura e Dispõe sobre as diretrizes para a
reconhecimento de cursos de implementação da Política
graduação Nacional de Educação Permanente
em Saúde.
PERSPECTIVAS PARA NOVA FORMAÇÃO PROFISSIONAL
RESOLUÇÃO CNE/ CES Nº 4, 06/04/2009
Dispõe sobre carga horária mínima e
procedimentos relativos à integralização e
duração dos cursos de graduação
bacharelados, na modalidade presencial

RESOLUÇÃO CNS Nº573, 31/01/2018


RESOLUÇÃO CNS Nº515, 7/10/2016 Aprovar o Parecer Técnico nº 28/2018
Posicionar-se contrário à autorização de contendo recomendações do Conselho
todo e qualquer curso de graduação da Nacional de Saúde (CNS) à proposta de
área da saúde, ministrado totalmente na Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para
modalidade Educação a Distância (EaD). o curso de graduação Bacharelado em
Enfermagem.
PERSPECTIVAS PARA NOVA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Aprender SUS
Ensina SUS

Projeto
Programa de
POLÍTICA NACIONAL DE Vivências e
Educação pelo
REORIENTAÇÃO DA Estágios na
Trabalho para
FORMAÇÃO PROFISSIONAL Realidade do
a Saúde
EM SAÚDE SUS
PET- Saúde
VER- SUS

Programa Nacional
de Reorientação da
Formação
Profissional em
Saúde
Pró-Saúde
DESAFIOS NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO NO BRASIL

Formação capaz de empregar


transformações nos modelos de atenção
à saúde;

Considerar o contexto social e ser


orientada pelos problemas da realidade
concreta;

Conciliar inovações tecnológicas;


DESAFIOS NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO NO BRASIL

Mudanças nos serviços de saúde;

Perfil epidemiológico, nutricional e


demográfico da população;

Contexto de elevadas jornadas de trabalho,


baixa remuneração, vínculos precários;
REFERÊNCIAS
COURA, Kelciane Rodrigues Andrade, SILVA, Kênia Lara Silva, SENA, Roseni Rosângela de. A formação do
enfermeiro em relação às políticas de saúde na expansão do ensino superior. Rev enferm. UFPE on line, v. 9, n. 5.

DA ROCHA AFONSO, Shirley; NEVES, Vanessa Ribeiro; PADILHA, Maria Itayra. A educação e prática assistencial
da enfermagem brasileira–onde estamos e para onde vamos. Rev.Enferm UFPI. v.10, p.784, 2021.

DUARTE, Ana Paula Ramos da Silva. O processo de Curricularização da enfermagem no Brasil. Dissertação.
Maceió: UFAL, 2015.
FALKENBERG, Mirian Benites et al. Educação em saúde e educação na saúde: conceitos e implicações para a
saúde coletiva. Ciência & saúde coletiva, v. 19, p. 847-852, 2014.

FERREIRA, Sandra Lúcia; CONDORI, Raul Claudio Choquehuanca; SOUZA, Fernanda Evellin Camarço. Políticas
Públicas para Saúde e Educação: conceito de humanização na formação de enfermeiros. Revista
@mbienteeducação. São Paulo: Universidade Cidade de São Paulo, v.12, n.3,p.154-169 set/de 2019.

GONÇALVES M.C et al. Educação permanente em saúde: dispositivo para a qualificação da Estratégia Saúde da
família. Belém: UFPA, 2008.
REFERÊNCIAS
MACIEL, Marjorie Ester Dias. Educação em saúde: conceitos e propósitos. Cogitare Enfermagem, v. 14, n. 4,
2009.

RENOVATO, Rogério Dias; BAGNATO, Maria Helena Salgado. Da educação sanitária para a educação em saúde
(1980-1992): discursos e práticas. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 14, n. 1, p. 77-85, 2012.

REIS, Tatiana Carvalho et al. Educação em saúde: aspectos históricos no Brasil. J Health Sci Inst, v. 31, n. 2, p.
219-23, 2013.

SANTOS, Emilly Caroline Silva dos et al. A participação do enfermeiro na condução das políticas públicas em
saúde: perspectiva x realidade. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1. p. 3434-3444 jan./feb. 2021.

STEYER, Maria Raquel Pilar. Militância e políticas de educação em saúde: uma análise a partir da CIES (Comissão
de Integração Ensino-Serviço) na Região 28 de Saúde-RS. Dissertação. Santa Cruz do Sul: UNISC, 2016.

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