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Saúde

Coletiva EM
MAPAS
MENTAIS
Título: Saúde Coletiva em Mapas Mentais
Editora: Scarlett Martins
Diagramação: Carlos Augusto Machado
Capa: Natalie Nascimento
Copidesque: Juliana Marinho
Conselho Editorial: Caio Vinícius Menezes Nunes
Itaciara Larroza Nunes
Paulo Costa Lima
Sandra de Quadros Uzêda
Silvio José Albergaria da Silva

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Tuxped Serviços Editoriais (São Paulo-SP)
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes - CRB-8 8846
______________________________________________________________________________________________________________________
B277s Barros, Ítalo Sabino.

Saúde Coletiva em Mapas Mentais / Ítalo Sabino Barros. - 1. ed. - Salvador, BA : Editora Sanar, 2022.
240 p.; 16 x 23 cm.

Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-5462-452-1.

1. Mapas. 2. Saúde Pública. 3. SUS. I. Título. II. Assunto. III. Autor.


CDD 614
CDU 614
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ÍNDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO
1. Medicina: Saúde pública.
2. Saúde pública.
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SAÚDE COLETIVA EM MAPAS MENTAIS


BARROS, Ítalo Sabino. Saúde Coletiva em Mapas Mentais. 1. ed. Salvador, BA: Editora Sanar, 2022.
APRESENTAÇÃO DO LIVRO

Este livro em formato de mapas mentais originou-se da necessidade de


sintetizar, de forma simples e didática, o conteúdo de saúde coletiva, e é ideal
para todos os estudantes e profissionais da área da saúde.
Acreditamos que o formato de resumo em mapas mentais é o mais inte-
ressante para a aprendizagem de forma fácil e rápida.
Perseguindo este objetivo e considerando que este seria o primeiro con-
tato dos alunos com esta disciplina, procuramos dispor os conteúdos numa
sequência que julgamos clara e direta, adotando, para tanto, ilustrações com
o conteúdo esquematizado seguidas da explicação no formato de texto.
Aproveite este livro feito com muito carinho!

Érika Pedreira

COORDENADORA PEDAGÓGICA
APRESENTAÇÃO
DO AUTOR

Ítalo Sabino

Biomédico, Formado em 2016 pelo Centro Universitário Uninassau. Atua


em laboratório de análises clínicas, presta assessoria científica para empre-
sas de Bioquímica, Hematologia, Microbiologia e afins. Fundador da página
de resumos @amo.resumos que conta com + de 100 mil seguidores e é apai-
xonado por transformar livros em resumos e mapas mentais.
SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – Marco Histórico da Saúde Coletiva.......................................... 11

CAPÍTULO 2 – Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)........................ 31

CAPÍTULO 3 – Equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e


Atenção Básica (NASF-AB)........................................................125

CAPÍTULO 4 – Política Nacional de Humanização (PNH)...........................135

CAPÍTULO 5 – Redes de Atenção à Saúde no SUS –


Portaria no 4.279/10.................................................................... 147

CAPÍTULO 6 – Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS)............. 177

CAPÍTULO 7 – Programa Saúde na Hora - Portaria no 397/20................... 207

CAPÍTULO 8 – Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da


Qualidade da Atenção Básica (PMAQ)..................................219
CAPÍ T UL O 1

MARCO
HISTÓRICO DA
SAÚDE
COLETIVA
no mundo
Século XIX - movimentos
sanitaristas -reformas médicas POLÍCIA MÉDICA ARITMÉTICA POLÍTICA

Programa realizado no final Willian Petty (1687) - sistematização


do século XVIII na Alemanha. de informações populacionais sobre
natalidade e mortalidade.
Esses movimentos trouxeram o
debate sobre a importância do papel
dos fatores sociais para o
entendimento dos problemas em
saúde, além de correlacionar a
medicina com assuntos públicos.

Saúde coletiva - campo multiprofissional

da saúde coletiva
Houve a instituição da
reforma sanitária.

NO BRASIL ENSINO MÉDICO


Houve
Houve a instituição
a instituição da
da reforma Movimentos da reforma da
reforma sanitária.
sanitária. medicina (1950-1960) originados
nos Estados Unidos
A crise econômica atingiu fortemente
MEDICINA INTEGRAL / PREVENTIVA
o setor da Saúde Pública.

Investigação tanto do
1970
corpo quanto da mente.

1° encontro nacional Visam ao cuidado


dos cursos de pós-
global do paciente,
graduação brasileiros.
além de evitar a
crise na medicina
1979 MEDICINA COMUNITÁRIA

Logo após, houve a Sucedeu a Medicina Integral


criação do ABRASCO.

Associação Brasileira
de Saúde Coletiva
A
Saúde Coletiva é um campo multiprofissional voltado para a promoção, a
proteção e a recuperação da saúde, envolvendo questões epidemiológicas,
socioeconômicas, ambientais, demográficas e culturais1. O pensamento de
uma saúde voltada para a sociedade teve origem nos movimentos sanitaristas e nas
reformas médicas ocorridos na Europa durante o século XIX, trazendo o debate sobre
a importância do papel dos fatores sociais para o entendimento dos problemas em
saúde, além de correlacionar a medicina com assuntos públicos.

A Aritmética Política surgiu na Inglaterra com William Petty, em 1687, sistematizan-


do informações populacionais sobre natalidade e mortalidade e instâncias organiza-
tivas na área da saúde. Houve a criação do Conselho de Saúde em Londres e de um
hospital para isolamento de pacientes com peste.

A Política Médica teve como objetivo registrar os fenômenos epidêmicos ou endê-


micos, observando a morbidade, a regulamentação da supervisão médica e a super-
visão de farmácias e hospitais. A medicina integral/preventiva, disciplina do ensino
médico, possibilitava a investigação tanto do corpo quanto da mente do paciente, com
o intuito de melhorar os resultados e os tratamentos. Além disso, houve enfoque na
prevenção de doenças e na redução dos impactos das enfermidades. Já a Medicina Co-
munitária era focada tanto nas práticas de prevenção quanto na diminuição dos gastos
com a assistência médica, proporcionando um acesso mais fácil para toda a população.
As práticas da formação médica se expandem para as comunidades e periferias dos
locais mais carentes.

A institucionalização da Saúde Coletiva no Brasil ocorreu em meio a uma Reforma


Sanitária, com a participação de professores, pesquisadores e profissionais da área da
saúde pela diminuição do crescimento econômico da época – ditadura. Em 1970, o ter-
mo “Saúde Coletiva” foi utilizado no 1° encontro nacional dos cursos de pós-graduação
brasileiros, abrangendo a Medicina Social, a Medicina Preventiva, a Saúde comunitária
e a Saúde Púbica. Com a criação da ABRASCO, foram criadas as graduações e as pós-
-graduações em Saúde Coletiva, os congressos na área e a publicação de livros, revistas
e boletins, gerando discussões sobre políticas de saúde.

13
PRIMEIRO pnacs
MOMENTO Antes dos
Agentes, haviam
Chegada de
assistência à Expandiu as ações dos
Expandiu as ações dos Agentes do
as Visitadoras saúde em locais Agentes do Ceará para
Ocorreu
Ocorreu no Ceará,
no Ceará, em 1987,em 1987,
abrigando Sanitárias (1942).
Ceará para todo o país.
sem acesso. todo o país.
famílias atingidas
abrigando pelaatingidas
famílias seca na
região.
pela seca na região.

Unificou as ações que já


1991 1992 existiam sob uma única
Priorizaram as ações orientação.
materno-infantil.
PNACS PACS

Teve o intuito de melhorar as condições de saúde da


comunidade, por meio da criação dos Agentes
Comunitários de Saúde.

Programa de Agentes
Comunitários de Saúde
pacs AGENTES
Auxilia no acesso à atenção COMUNITÁRIOS
primária pelo princípio da
Os Agentes Comunitários
Os Agentes Comunitários dede Saúde
Saúde
integralidade.
(ACS)
(ACS) devem
devem ser daser da comunidade
mesma mesma
comunidadeque irão
queatuar.
irão atuar.

Atende às
necessidades da
população no cuidado.
Regulamentado em
2002 com a Lei 10.501
1997
Desenvolvem atividades de prevenção
Foi instituído e regulamentado de doenças e promoção à saúde.
após a descentralização de
recursos.
Requisitos:

Reorganiza os serviços Maior de 18 anos


municipais e integra as ações Alfabetizado
profissionais. Residir na comunidade
Ter disponibilidade
I
nicialmente denominado como Programa Nacional de Agentes Comunitários de
Saúde (PNACS) em 1991, o PACS - Programa do Agente Comunitário de Saúde
foi criado com o intuito de melhorar as condições de saúde da comunidade,
por meio da criação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) - nova categoria de
trabalhadores.

As bases para o surgimento do programa ocorreram no Ceará, em 1987, com o ob-


jetivo de realizar um plano emergencial para abrigar famílias atingidas pela seca na
região, havendo uma promoção à saúde, com o auxílio da própria população – davam
preferência as ações materno-infantis. Antes dos ACS, havia as Visitadoras Sanitárias
(1942) que realizavam visitas domiciliares, atividades de promoção à saúde, prevenção
de doenças, vigilância sanitária, etc.

O PNACS foi criado em 1991, pelo Ministério da Saúde, expandindo as ações dos
Agentes do Ceará para todo o território Nacional, o que resultou na unificação das
várias ações que já existiam espalhadas pelo País sob uma única orientação - após um
ano o PNACS se transformou em PACS.

O PACS2 tem como objetivo reorientar os serviços de saúde, auxiliando no acesso


à atenção primária para a população, além de consolidar e garantir o princípio da in-
tegralidade previsto na lei 8080/90. Foi efetivamente instituído e regulamentado em
1997, após o processo de descentralização de recursos no âmbito do SUS por meio da
assistência ambulatorial e domiciliar. Tem como meta auxiliar na reorganização dos
serviços municipais de saúde, além de realizar a integração das ações de outros pro-
fissionais.

O principal veículo para a realização desse programa é por meio da atividade dos
ACS2, que devem ser pessoas escolhidas dentro da mesma comunidade, que irão atuar
atendendo entre 400 a 750 pessoas, dependendo da necessidade local – foram regu-
lamentados em 2002 pela lei 10.501. Devem desenvolver atividades de prevenção de
doenças e promoção à saúde através de ações educativas nos domicílios e comunida-
des, sendo acompanhadas por um enfermeiro da unidade.

15
Encaminhar situações de
Pesar e medir cada
risco aos setores
criança menor que 2 anos.
responsáveis.

Realizar visitas Incentivar o


mensais à cada família. aleitamento materno.

AÇÕES DO ACS

Programa de Agentes
Comunitários de Saúde

Métodos de
Acompanhar a vacinação
planejamento familiar e
das crianças.
prevenção a AIDS.

Identificar gestantes Orientar sobre uso de


e encaminhá-las para soro de reidratação.
o pré-natal.
Monitorar parasitoses e
dermatoses em crianças

Prevenção e cuidados em Prevenção do câncer do


situação de endemia. colo do útero e de mama.

AÇÕES DO ACS
PARTE
2

Programa de Agentes
Comunitários de Saúde

Nutrição da família e da Auxiliar pessoas


sociedade, além de portadoras de
orientação à saúde bucal. doenças psicofísicas.

Supervisionar pessoas em Promoção da saúde aos


tratamento domiciliar e idosos e orientação ao
doenças crônicas. climatério.

17
O
s ACS2 devem atender entre 400 a 750 pessoas, dependendo das necessi-
dades do território, desenvolvendo atividades de prevenção de doenças e
promoção da saúde, são essas ações:

y Visitar mensalmente cada família.


y Identificar situações de risco e encaminhar para responsáveis.
y Pesar e medir mensalmente crianças menores de 2 anos.
y Incentivar o aleitamento materno.
y Acompanhar a vacinação das crianças pelo cartão de vacina.
y Orientar famílias sobre uso de soro de reidratação oral.
y Identificar gestantes e encaminhá-las ao pré-natal.
y Orientar sobre métodos de planejamento familiar e prevenção da AIDS.
y Orientar sobre prevenção e cuidados em situações de endemias.
y Monitorar dermatose e parasitoses em crianças.
y Prevenção do câncer de útero e de mama.
y Ações educativas referentes ao climatério.
y Atividades de educação em saúde bucal.
y Supervisionar tratamento domiciliar dos pacientes com tuberculose, hanseníase, hi-
pertensão, diabetes, etc.
y Ações voltadas para a saúde dos idosos e a prevenção de doenças.
y Identificar portadores de deficiência psicofísica e orientar os familiares.

18
Definir
normas e
diretrizes
para o
programa
Garantir o
Estimular a
financiamento
adoção dos ACS
tripartide por
pelos serviços
recursos
municipais.
federais.
Responsabilidades do

Ministério da saúde

Programa de Agentes
Comunitários de Saúde

Prestar
Alocação de
assessoria
recursos
técnica aos
federais para o
estados e
programa
municípios.

Definir
Regulamentar o
prioridades no
cadastro dos
momento da
ACS e dos
alocação dos
enfermeiros.
recursos.
Viabilizar
parceria com
órgãos
internacionais
de apoio.

Disponibilizar
instrumentos Disponibilizar
para facilitar a o SIAB ou o
capacitação dos SISPAC.
profissionais.
Responsabilidades do

Ministério da saúde

Programa de Agentes
Comunitários de Saúde

PARTE
2

Analisar os Promover
dados obtidos intercâmbio de
pelo sistema e experiências e
divulgar os viabilizar
resultados. parcerias.

Fazer o
controle do
preenchimento
dos sistemas de
informação.
Compreende-se que2:

y Auxiliar na reorientação do modelo assistencial na adoção da estratégia de ACS


pelos serviços de saúde.
y Definir normas e diretrizes para a implementação do programa;
y Recursos federais para o financiamento tripartite.
y Definir alocação de recursos federais para implementar o programa.
y Definir prioridades para a destinação dos recursos.
y Regulamentar e regular o cadastro dos ACS e dos enfermeiros no SIA/SUS.
y Realizar assessoria técnica aos estados e aos municípios.
y Disponibilizar instrumentos para facilitar o processo de capacitação e educação
permanente.
y Aplicar o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) ou o Sistema de Informa-
ção do PACS (SISPACS) para monitorar ações dos ACS.
y Assessorar estados e municípios em relação ao Sistema de Informações.
y Consolidar e analisar os dados do sistema que sejam de interesse nacional.
y Analisar o preenchimento do banco de dados do sistema de informação.
y Identificar os recursos técnicos e científicos para analisar os impactos da PACS.
y Realizar intercâmbio de experiências na atenção primária à saúde.
y Identificar e viabilizar parcerias com organismos de apoio e organizações de ação
privada.

21
Auxiliar no Definir os critérios de
estabelecimento de prioridade para a
normas e diretrizes implantação do programa.

Estimular a adoção Aloca recursos do teto


dos ACS pelos serviços financeiro do estado para
municipais. o programa

Responsabilidades das

SECRETARIAS ESTADUAIS

Programa de Agentes
Comunitários de Saúde

Pactuar com o Conselho


Estadual de Saúde e a Prestar assessoria
Comissão de técnica aos municípios.
Intergestores Bipartites.

Garantir recursos estaduais


Regular o cadastramento
para o financiamento do
dos ACS e de enfermeiros.
programa - tripartide.
Capacitar e garantir o Auxiliar na
processo de educação implementação do SIAB e
dos enfermeiros. SIPACS nos municípios.

Disponibiliza Identificar recursos


instrumentos técnicos técnicos para
e pedagógicos. resultados do PACS.

Responsabilidades das

SECRETARIAS ESTADUAIS

PARTE
2

Programa de Agentes
Comunitários de Saúde

Analisar os dados de Identificar possíveis


interesse do estado, parcerias com organismos
divulgando os resultados. internacionais e
organizações .

Controlar o cumprimento Promover intercâmbio


do preenchimento do de experiências entre
sistema de Informação. municípios.
Em resumo2:

y Auxiliar na reorientação do modelo assistencial pelo estímulo à adoção da estraté-


gia de ACS pelos serviços municipais.
y Estabelecer normas e diretrizes do programa.
y Definir prioridades de municípios para implementar o programa.
y Garantir as fontes de recursos estaduais para financiamento tripartite do programa.
y Definir alocação de recursos para implantar o programa.
y Definir prioridades para a alocação de recursos estaduais ao programa.
y Pactuar com o Conselho Estadual de Saúde e com a Comissão de Intergestores Bi-
partites a implementação do programa.
y Regular o cadastro dos ACS e dos enfermeiros no SIIA/SUS.
y Prestar assessoria técnica aos municípios em relação ao programa.
y Disponibilizar aos municípios instrumentos para o processo de formação e educa-
ção permanente dos ACS.
y Capacitar e assegurar processos de educação permanente aos enfermeiros.
y Assessorar os municípios para a implementação do SIAB ou transitoriamente do
SIPACS.
y Analisar os dados do sistema de interesse estadual e divulgar os resultados obtidos.
y Controlar e conferir o cumprimento da alimentação do banco de dados do sistema
pelos municípios.
y Identificar recursos técnicos e científicos para analisar as ações da PACS.
y Promover a troca de experiências entre os municípios visando à melhoria do aten-
dimento primário à saúde.
y Identificar e viabilizar parcerias com organismos de apoio e organizações de ação
privada.

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