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Educação Física, Esporte e

Corpo\e

PRÁTICAS COMUNICATIVAS E CRIATIVAS


O QUE VAMOS ESTUDAR?
O componente Práticas Comunicativas e Criativas objetiva implementar e fomentar o
processo comunicativo e criativo como parte essencial do desenvolvimento do estudante.
Propõe-se o uso de metodologias ativas e o aprimoramento de técnicas e elementos
presentes nas linguagens e códigos comunicativos, que favoreçam uma formação no âmbito
social, artístico, cultural, físico, mental, científico e profissional, a fim de que o estudante seja
capaz de expandir sua interação, comunicação e criatividade, dentro e fora do ambiente
escolar.

Organização do Trabalho Pedagógico na Temática Saúde Integral


O componente curricular Práticas Comunicativas e Criativas para o 1º ano abordará
como temática a Saúde Integral, pois trata-se de um Tema Contemporâneo Transversal
previsto na Base Nacional Comum Curricular bem como no Currículo Referência de Minas
Gerais, o que poderá instrumentalizar os estudantes para um maior entendimento da saúde
pública na sociedade em que vivem.

o 1º Bimestre: Redes de atenção à saúde do Sistema Único de Saúde – SUS.


o 2º Bimestre: Programa Saúde na Escola: as 12 ações do PSE.
o 3º Bimestre: Alimentação Saudável e Atividade Física.
o 4º Bimestre: Qualidade de vida: uma abordagem física, mental e emocional.

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1º BIMESTRE

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE


Seção I – Aspectos Iniciais

AFINAL, O QUE É SAÚDE?


Pode parecer óbvio dizer que uma pessoa está saudável quando não está doente.
Essa ideia não está totalmente errada, mas o conceito de saúde pode ser ainda mais amplo.
Principalmente levando em consideração o que pode provocar o surgimento das doenças.

Seguindo essa linha mais abrangente, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em


1946, definiu saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não
apenas como a ausência de doença ou enfermidade.

A percepção do conceito de qualidade de vida também tem muitos pontos em comum


com a definição de saúde. Desse modo, percebe-se a necessidade de analisar o corpo, a
mente e até mesmo o contexto social no qual o indivíduo está inserido para conceituar
melhor o estado de saúde.

Fonte: https://ifrs.edu.br/o-que-significa-ter
saude/#:~:text=Pode%20parecer%20%C3%B3bvio%20dizer%20que,provocar%20o%20surgimento%20das
%20doen%C3%A7as.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Agora que você sabe a real definição de saúde, responda: como anda sua saúde? Justifique
sua resposta.
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Seção II – O que é o SUS?

VOCÊ CONHECE O SUS?


Marque abaixo as alternativas onde você acredita que o SUS está presente.

( ) Nos restaurantes e lanchonetes.

( ) Nas UPAs.

( ) Na água que você consome.

( ) No postinho de saúde.

( ) Nos hospitais.

( ) Nos supermercados.

( ) Nas farmácias.

( ) Quando você se vacina.

( ) Quando você vacina seus animais.

( ) Nos aeroportos.

(pois bem, o SUS está presente em todos esses locais)

VAMOS CONHECER MELHOR O SUS?

Sistema Único de Saúde (SUS) é a denominação do sistema público de saúde


brasileiro criado pela Constituição Federal de 1988 pelo texto elaborado durante a
Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988 na sua 267º sessão no dia 17 de maio de
1988. Entre os países com mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil é o único que possui
um sistema de saúde pública universal totalmente financiado pelo Estado.

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O SUS realiza desde atendimentos primários até procedimentos complexos e oferece


atendimento de emergência para pessoas que sofrem acidentes pelo Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O sistema de saúde brasileiro também fornece
vacinas e remédios gratuitamente para pessoas com diversas doenças (como diabetes,
pressão alta, asma, HIV e Alzheimer), financia pesquisas na área de epidemiologia e
fiscaliza a qualidade dos alimentos oferecidos em estabelecimentos comercias por meio da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O SUS nasceu por meio da pressão dos movimentos sociais que entenderam que a
saúde é um direito de todos, uma vez que, anteriormente à Constituição Federal de 1988, a
saúde pública estava ligada a previdência social e a filantropia. Assim, o SUS foi instituído
pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, como forma de efetivar o mandamento
constitucional do direito à saúde como um “direito de todos” e “dever do Estado” e está
regulado pela Lei nº. 8.080/1990, a qual operacionaliza o atendimento público da saúde.

Com o advento do SUS, toda a população brasileira passou a ter direito à saúde
universal e gratuita, financiada com recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, conforme rege o artigo 195 da Constituição.
Fazem parte do Sistema Único de Saúde, os centros e postos de saúde, os hospitais
públicos - incluindo os universitários, os laboratórios e hemocentros (bancos de sangue), os
serviços de vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, vigilância ambiental, além de
fundações e institutos de pesquisa acadêmica e científica, como a Fundação Oswaldo Cruz
(FIOCRUZ) e o Instituto Vital Brazil.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_%C3%9Anico_de_Sa%C3%BAde

PARA FIXAR O APRENDIZADO


Você já ouviu falar bem do SUS?

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VAMOS CONHECER UM POUCO DA HISTÓRIA DO SUS?


A Lei 8.080 de 1990 instituiu e formalizou o SUS, que vinha sendo idealizado e
discutido desde as definições sobre Saúde na Constituição Federal de 1988. No artigo 196
da Constituição consta: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos
e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação”. Antes de existir o SUS, a saúde pública era responsabilidade do Instituto
Nacional de Assistência Médica e Previdência Social, o Inamps.

Criado em 1977, o Inamps era ligado ao Ministério da Previdência e Assistência


Social, e fornecia atendimento com uma ressalva: somente era atendida a população
formada por aqueles que trabalhavam em empregos formais e contribuíam com a
Previdência Social (ou seja, aqueles que tinham a popular “carteira assinada”). Pessoas que
não estavam em empregos formais não tinham acesso a serviços de saúde como temos
hoje, por meio do SUS. Para se ter uma ideia, pessoas desempregadas representavam 7,1%
da população economicamente ativa em 1984, segundo dados do IBGE. Essa parcela era
obrigada a recorrer ao sistema privado ou aos poucos serviços municipais, estaduais e de
instituições assistencialistas, como Santas Casas de Misericórdia ou hospitais universitários.

Segundo Hêider Aurélio Pinto, médico sanitarista e mestre em Saúde Coletiva, essa
saúde “exclusiva” para os trabalhadores surgiu de uma pressão de indústrias e grandes
empresas do País para que seus funcionários não perdessem dias de trabalho e que, caso

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doentes, pudessem retornar ao serviço com mais agilidade. Ou seja, era uma política com
viés econômico, e não pelo bem-estar do cidadão. O Inamps dividia os gastos com saúde
entre o empregador, o governo e a população. “Saúde não era considerada um direito, era
um problema individual”, afirma o médico. Já o que era de “interesse pessoal” – como
doenças não transmissíveis ou uma perna quebrada, por exemplo – era, simplesmente,
problema de cada um.

O Inamps entra em declínio no final dos anos 1980, por pressão de movimentos por
uma reforma sanitarista no País, e por constituir um sistema cuja conta não fechava: a
arrecadação não cobria os gastos. De acordo com a professora Lígia Bahia, a corrupção
teve papel fundamental. “Houve inúmeros escândalos relacionados a fraudes de prestadores
privados. Secundariamente, mas também importante, situa-se a democratização do acesso
aos serviços públicos e a compreensão de que todos pagamos impostos, mesmo aqueles
que não têm carteira de trabalho e que sempre representaram um contingente muito
expressivo de trabalhadores no Brasil.”

Em 1993, o Inamps foi extinto com a Lei n° 8.689, em meio a um processo gradual de
implementação da saúde pública integral e universal que vinha sendo construída antes
mesmo da criação do SUS, por meio de uma série de projetos que culminaram no sistema
que conhecemos hoje. “Com a criação do SUS, a Saúde deixa de ser um problema individual
e se torna um bem público”, reforça Hêider.

Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/saude-publica/antes-do-sus/

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PARA FIXAR O APRENDIZADO


Conheça melhor a história do SUS?

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Converse com algum familiar (pais, avôs, tios, etc.) e pergunte como eram os serviços de
saúde antes da criação do SUS e liste os principais pontos da conversa.
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ANTES E DEPOIS DO SUS


Antes de 1988
• O sistema público de saúde atendia a quem contribuía para a Previdência Social.
Quem não tinha dinheiro dependia da caridade e da filantropia.
• Centralizado e de responsabilidade federal, sem a participação dos usuários.
• Assistência médico-hospitalar.
• Saúde é ausência de doenças.
• 30 milhões de pessoas com acesso aos serviços hospitalares.

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Depois de 1988
• O sistema público de saúde é para todos, sem discriminação. Desde a gestação e por
toda a vida a atenção integral à saude é um direito.
• Descentralizado, municipalizado e participativo com 100 mil conselheiros de saúde.
• Promoção, proteção, recuperação e reabilitação.
• Saúde é qualidade de vida.
• 152 milhões de pessoas têm no SUS o seu único acesso aos serviços de saúde.

Fonte: http://www.ccs.saude.gov.br/sus/antes-depois.php

PRINCÍPIOS DO SUS
Conforme já vimos, antes de 1946 a saúde era encarada apenas como a ausência de
doenças, o que nos legou um quadro repleto não só das próprias doenças, como
desigualdade, insatisfação dos usuário, exclusão, baixa qualidade e falta de
comprometimento profissional. No entanto, este conceito foi ampliado, ao serem definidos
os elementos condicionantes da saúde, que são:

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o Meio físico (condições geográficas, água, alimentação, habitação, etc).


o Meio sócio-econômico e cultural (emprego, renda, educação, hábitos, etc).
o Garantia de acesso aos serviços de saúde responsáveis pela promoção, proteção e
recuperação da saúde.

Juntamente com o conceito ampliado de saúde, o SUS traz consigo dois outros
conceitos importantes: o de sistema e a idéia de unicidade. Em todo o país, o SUS deve ter
a mesma doutrina e a mesma forma de organização, sendo que é definido como único na
Constituição um conjunto de elementos doutrinários e de organização do sistema de saúde:
os princípios da universalização, da equidade, da integralidade, da descentralização, da
regionalização e da participação popular.

Universalização
A saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar
este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas,
independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais.

Equidade
O objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas
possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades
distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais,
investindo mais onde a carência é maior.

Intregalidade
Este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas
necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da
saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o principio de
integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para
assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na
saúde e qualidade de vida dos indivíduos.

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Descentralização

Decentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo.


Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e
garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela
saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao município
condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. Para
que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando
único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades,
respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade.

Regionalização

Os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade,


circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios
epidemiológicos, e com definição e conhecimento da população a ser atendida. A
regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o
comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de
atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida
pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região.

Participação social

A sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os
Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar
a execução da política de saúde.

Fonte: http://www.conselhodesaude.rj.gov.br/noticias/577-conheca-o-sus-e-seus-principios-
fundamentais.html#:~:text=Em%20todo%20o%20pa%C3%ADs%2C%20o,descentraliza%C3%A7%C3%A3o
%20e%20da%20participa%C3%A7%C3%A3o%20popular.

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PARA FIXAR O APRENDIZADO


Conheça melhor os princípios do SUS

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Quais princípios do SUS te chamaram mais atenção? Justifique sua resposta.
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ORGANIZAÇÃO DO SUS
São três os níveis de atenção à saúde pública no Brasil: primário, secundário e
terciário. Eles foram adotados para organizar os tratamentos oferecidos pelo SUS a partir
de parâmetros determinados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Sua finalidade é
proteger, restaurar e manter a saúde dos cidadãos.

Atenção Primária ou Atenção Básica

Porta de entrada para o SUS, o nível primário é constituído pelas Unidades Básicas
de Saúde (UBS), Unidades Saúde da Família (USF), pela Estratégia Saúde da Família
(ESF) e pelo Núcleo Ampliado de Apoio à Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-
AB). As ações da atenção primária são voltadas à redução do risco de doenças e à proteção
da saúde. Isso quer dizer que apresenta também um caráter preventivo.

Nas UBSs, deve ser possível que os pacientes realizem exames e consultas
rotineiros, contando com profissionais de medicina geral e familiar. Estes têm que garantir
uma atenção integral à saúde e considerar o paciente inserido em sua família e comunidade.
Precisam valorizar, portanto, a pessoa atendida como um ser único e diferente de qualquer
outro.

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Neste nível, os profissionais se articulam para atuar não apenas nas unidades de
saúde, como também em espaços públicos da comunidade. Realizam ainda visitas
domiciliares às famílias.

A ideia é, mais do que prover assistência médica, estar perto das pessoas e promover
a saúde e a qualidade de vida localmente. Tal tipo de trabalho, de prevenção e
conscientização, é importante até mesmo para otimizar a alocação de recursos utilizados
em internações e tratamentos de doenças que poderiam ter sido evitadas.

Atenção Secundária

A atenção secundária é composta pelos serviços especializados encontrados em


hospitais e ambulatórios. Este nível envolve atendimento direcionado para áreas como
pediatria, cardiologia, neurologia, ortopedia, psiquiatria, ginecologia e outras especialidades
médicas. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) se encaixam aqui. É geralmente o
acolhimento na atenção primária que encaminha os pacientes para o nível secundário,
quando necessário.

São encontrados nos hospitais e centros de atendimento desta categoria


equipamentos para exames mais avançados, como ecocardiogramas e endoscopias. Além
disso, os profissionais de saúde que atuam na atenção secundária são preparados para
realizar tratamentos de complexidade média, como é o caso dos que envolvem doenças
crônicas ou agudas.

Atenção Terciária

Por fim, o nível terciário de atenção à saúde fornece atendimento de alta


complexidade, sendo formado por hospitais de grande porte. Também envolve
procedimentos que demandam tecnologia de ponta e custos maiores, como os oncológicos,
transplantes e partos de alto risco.

Os especialistas da categoria estão aptos para tratarem casos que não puderam ser
atendidos na atenção secundária por serem mais singulares ou complexos. Há ainda
assistência a cirurgias reparadoras, processos de reprodução assistida, distúrbios genéticos
e hereditários, entre outros tipos de cuidados para processos menos corriqueiros.

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Conheça os níveis do SUS

Integração Entre os Níveis

Coordenadora do Programa de Residência Médica de Medicina da Família, na


secretaria da Saúde de São Bernardo do Campo, a médica de família e comunidade Denize
Ornelas falou sobre a correlação entre os níveis de atenção do SUS em participação no
podcast jornalístico Mamilos.

Segundo ela, a atenção básica é primordial em um sistema de saúde organizado e


deveria atuar a partir de atributos essenciais e derivados. Os primeiros incluiriam a
possibilidade de atendimento contínuo; fácil acesso; proximidade das pessoas; e
integralidade, ou seja, o olhar para o paciente levando-se em conta toda a sua complexidade.
Quanto aos atributos derivados, haveria a necessidade de contextualizar o histórico do
paciente a partir de seu contexto familiar e comunitário, bem como de se levar em
consideração os seus valores, crenças e expectativas.

É papel da atenção primária, segundo ela, a coordenação do cuidado, que dependeria


substancialmente de uma boa relação com as atenções secundária e terciária. Contudo, a
médica chama a atenção para o fato de a carência de profissionais especializados em
número suficiente no nível secundário ser um gargalo encontrado no SUS, gerando
sobrecarga ao primário.

“A atenção primária tem como característica poder resolver até 80% dos problemas
de saúde que as pessoas procuram, e eu só vou encaminhar [para a atenção secundária],
teoricamente, 20% ou menos [dos casos]. Mas, para eu ser resolutiva nisso, eu preciso que

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os outros 20% não estejam comigo. Eles realmente precisariam estar na atenção
especializada”, ponderou.

Para Denize, um fator agravante neste aspecto é o fato de municípios de pequeno


porte possuírem recursos escassos até para a contratação dos médicos de família, da
atenção primária. Isso dificulta ainda mais a admissão de especialistas para as outras
categorias de atendimento, de acordo com a médica.

Ela destacou ainda a necessidade de haver um diálogo direto entre os níveis primário
e terciário, para encaminhamento médico, decisão sobre procedimentos e acompanhamento
de pacientes. Exemplificou que, ao receber alta após um tratamento clínico ou cirúrgico, uma
pessoa não receberia cuidados domiciliares do especialista que a operou. O processo seria
realizado pelo médico de família, da atenção básica.

“O diálogo entre as partes do sistema é fundamental para que a gente entenda que
não adianta só investir na atenção primária, secundária ou terciária. A gente precisa ter
essas pontes bem feitas”, refletiu.

Diferença Entre Ubs, Upa e Hospital

Como você já sabe, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são utilizadas para a
atenção primária; as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), para a secundária; e os
hospitais, para o acolhimento no nível terciário.

Nas UBSs, são realizados processos rotineiros, como consultas com clínico geral,
vacinação, cuidados relacionados ao pré-natal e atendimento odontológico. Dependendo de
seu porte e localização, estas unidades podem apresentar de uma equipe de saúde da
família a quatro grupos de atenção básica.

Já as UPAs realizam medidas de emergência, funcionando 24 horas por dia. Os casos


tratados incluem traumas, fraturas, infartos, derrames etc. Podem acolher de 150 a 450
pacientes por dia, conforme a quantidade de leitos apresentada.

Por sua vez, os hospitais providenciam assistência médica de média e alta


complexidade e têm diferentes perfis. Há, por exemplo, hospitais gerais, especializados, de
urgência, universitários, clínicas básicas e unidades de ensino e pesquisa. Os

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estabelecimentos de pequeno porte possuem até 50 leitos, enquanto os maiores podem


apresentar até 500.

Fonte: https://blog.hygia.com.br/niveis-de-atencao-a-saude/#:~:text=ter%20sido%20evitadas.-
,Secund%C3%A1rio,ginecologia%20e%20outras%20especialidades%20m%C3%A9dicas.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Em sua opinião, qual dos níveis (primário, secundário e terciário) é o mais importante para
o melhor funcionamento do nosso sistema de saúde? Justifique sua resposta.
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QUEM PAGA O SUS?


A grande maioria dos brasileiros, mesmo os que têm planos de saúde, irá fazer uso
do SUS pelo menos uma vez na vida, seja pelo Programa Nacional de Imunização ou para
obter acesso ao tratamento de aids, em centrais de transplantes ou hemocentros. O Brasil
é o único país com mais de 200 milhões de habitantes que tem um sistema de saúde público
e gratuito, e mesmo quem o utiliza com mais frequência muitas vezes desconhece seu
funcionamento. O orçamento do SUS conta com menos de R$ 25,00 reais mensais por
pessoa. É dez vezes menos do que o destinado pelos sistemas de saúde dos países
desenvolvidos e bem abaixo do valor de qualquer mensalidade de um plano de saúde.

Então, como é possível mantê-lo funcionando? Quais as responsabilidades de


governos municipais, estaduais e federais?

Parte do dinheiro utilizado para financiar o SUS vem de contribuições sociais de


patrões e empregados, como o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Outra parte vem

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do pagamento de impostos embutidos no preço de produtos e serviços (Imposto sobre


Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS), IPI (Imposto de Produtos
Industrializados), impostos sobre o lucro (Cofins), sobre os automóveis (IPVA) e sobre a
moradia (IPTU). Ou seja, você também é responsável pela manutenção do sistema.

De acordo com a Constituição Federal, os municípios são obrigados a destinar NO


MÍNIMO 15% do que arrecadam em ações de saúde. Para os governos estaduais, esse
percentual é de 12%. Já o Governo Federal tem um cálculo um pouco mais complexo: tem
que contabilizar o que foi gasto no ano anterior, mais a variação nominal do Produto Interno
Bruto (PIB). Então essa variação é somada ao que se gastou no ano anterior para se definir
qual o valor da aplicação mínima naquele ano.

Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/saude-publica/como-funciona-o-sus/
https://www.saude.mg.gov.br/sus

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De onde vem o dinheiro do SUS?

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Seção III – Atenção Básica à Saúde

O QUE É A ATENÇÃO BÁSICA


A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas
que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação,
redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de
práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e
dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem
responsabilidade sanitária.

A atenção básica é conhecida como a “porta de entrada” dos usuários nos sistemas
de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial. Seu objetivo é orientar sobre a prevenção de
doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis
de atendimento superiores em complexidade.

A atenção básica funciona, portanto, como um filtro capaz de organizar o fluxo dos
serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais complexos.

A atenção básica possui um modelo assistencial que busca entender as necessidades


da população e a complexidade dos territórios. Isso para que os indivíduos consigam a
assistência de saúde necessária apenas nesse nível.

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Os centros de saúde primário que prestam ações e serviços de Atenção Básica podem
ser dois:

o Unidades Básicas de Saúde (UBS).


o Unidades de Saúde da Família (USF).

PRINCÍPIOS DA ATENÇÃO BÁSICA


o Universalidade: o acesso aos serviços da Atenção Primária deve ser fácil e para
todos.

o Equidade: as equipes devem atuar prestando a assistência necessária para cada


usuário, respeitando a individualidade e a diversidade. Sem fazer distinções.

o Integralidade: os serviços de saúde devem prestar assistência a população de


maneira integral, atendendo as necessidades dos seguintes campos: cuidado,
promoção e manutenção da saúde, prevenção de doenças e agravos, cura,
reabilitação, redução de danos e dos cuidados paliativos.

DIRETRIZES DA ATENÇÃO BÁSICA


o Regionalização e hierarquização: das redes de atenção à saúde. As localidades
são divididas em regiões de saúde, sendo essa uma maneira estratégica de
planejamento, organização e gestão de redes de ações e serviços de saúde.

o Territorialização e adscrição: todas as ações de saúde pública devem ser


planejadas levando em conta os condicionantes e os determinantes de saúde de um
dado território. Isso significa dizer que elas são personalizadas para a população de
cada território.

o População Adscrita: essa diretriz fala a respeito do estímulo do vínculo e da


responsabilização entre a equipe e a população atendida na unidade de saúde, para
garantir a continuidade das ações de saúde e que o paciente seja atendido por um
bom tempo (longitudinalidade do cuidado).

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o Cuidado Centrado na Pessoa: a APS deve auxiliar os indivíduos a gerir e tomar as


suas próprias decisões sobre a saúde. Para isso, é preciso auxiliá-los a
desenvolverem conhecimentos, aptidões, competências e confiança.

o Resolutividade: à Atenção Primária deve ser resolutiva, capaz de resolver a maioria


dos problemas de saúde da população.

o Longitudinalidade do cuidado: o atendimento de saúde deve se prolongar por muito


tempo, de modo que a equipe de saúde e a população criem um vínculo permanente
e consistente.

o Coordenar o cuidado: a Atenção Básica deve atuar como um “centro de


comunicação entre os diversos pontos de atenção” à saúde.

o Ordenar as redes: é função da APS identificar as necessidades de saúde da


população e organizá-las em relação aos outros pontos de atenção à saúde.

o Participação da comunidade: deve ser estimulada a participação da população e as


ações de saúde devem ser realizadas para a comunidade, de tal forma que o indivíduo
seja capaz de tomar os próprios cuidados com a saúde, ampliando assim a sua
autonomia.

QUAIS OS SERVIÇOS DA ATENÇÃO BÁSICA?


Os serviços de saúde oferecidos pela Atenção Primária são inúmeros e todos eles
giram em torno da prevenção, promoção, proteção da saúde e da vigilância em saúde. Então
são realizadas:

o Consultas, exames, orientações para uma alimentação adequada, planejamento


familiar e radiografias.
o Campanhas de imunização, o tratamento de doenças agudas e infecciosas, cuidados
paliativos e reabilitação.

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o Tratamento da água e saneamento, a prevenção e controle de doenças endêmicas,


o tratamento de doenças e lesões comuns e o fornecimento de medicamentos
essenciais.
o Controle de doenças crônicas é um outro serviço oferecido. Então é feita a aferição
da pressão arterial e a medição da glicemia capilar, seja na UBS ou durante a visita
domiciliar.
o Práticas corporais e a atividade física; a vigilância, controle e prevenção de doenças
transmissíveis e a vigilância das violências e acidentes.
o Campanhas de conscientização para incentivar a população a tomar as vacinas ou
prevenir hipertensão arterial e o diabetes, por exemplo.

Esses são apenas alguns dos serviços que podem ser oferecidos à população no
geral ou a populações específicas: População Ribeirinha da Amazônia Legal e Pantaneira,
pessoas em situação de rua ou com características análogas em determinado território e
pessoas privadas de liberdade.

QUAL É A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO BÁSICA?


Por ser a porta de entrada do SUS, a Atenção Primária é essencial, pois aumenta o
acesso da população aos cuidados básicos de saúde. Ela evita muitos processos de
adoecimento, como o aumento exponencial de doenças não transmissíveis, como as
cardiovasculares, ajudando a desafogar os estabelecimentos de saúde voltados,
prioritariamente, para a recuperação e reabilitação da saúde. Não só isso, a medicina
preventiva e curativa utilizada neste nível de atenção à saúde também é benéfica
economicamente falando. Isso porque, evita gastos posteriores com procedimentos mais
complexos. Além disso, como uma das diretrizes da Atenção Básica é funcionar como um
centro de comunicação, organizando o fluxo de atendimento entre as redes de atenção à
saúde, isso impede o gasto desnecessário de recursos financeiros. E mais, como seus
serviços de saúde devem oferecer alta resolutividade, é importante também porque evita
que os indivíduos sejam submetidos a procedimentos e deslocamentos desnecessários.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

ONDE POSSO SER ATENDIDO PELA ATENÇÃO BÁSICA?


Conforme já vimos, os centros de saúde primário que prestam ações e serviços de
Atenção Básica podem ser dois:

o Unidades Básicas de Saúde (UBS): estabelecimentos de saúde formados por


EQUIPES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA (eAP).
o Unidades de Saúde da Família (USF): estabelecimentos de saúde formados por
pelo menos uma EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA (eSF).

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE – UBS


As Unidades Básicas de Saúde juntamente com Unidade Saúde da Família (que
falaremos posteriormente) são as portas de entrada preferenciais do SUS. O objetivo desses
postos é atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a
necessidade de encaminhamento para outros serviços, como emergências e hospitais.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Uma Unidade Básica de Saúde (UBS) conta com uma EQUIPE DE ATENÇÃO A
PRIMÁRIA (eAP) que formada por:

o Médicos especialistas (clínico geral, pediatra e ginecologista).


o Enfermeiro.
o Técnicos ou auxiliares de enfermagem.
o Cirurgião-dentista.
o Técnico ou auxiliar em saúde bucal.

Quais Serviços Prestados na UBS?

Consultas médicas.

Inalações.

Injeções.

Curativos.

Vacinas.

Coleta de exames laboratoriais.

Tratamento odontológico.

Encaminhamentos para especialidades e Fornecimento de medicação básica.

Exemplos De Algumas Situações Em Que Você Deve Procurar Uma UBS

Consultas médicas.

Retirada de preservativos.

Realização de vacinas.

Grupos de educação em saúde (diabéticos, hipertensos, obesos e gestantes).

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Cuidados preventivos de câncer do colo do útero.

Bebês chorando sem razão aparente.

Febre de adultos e bebês abaixo dos 39ºC.

Sintomas de resfriados, gripes e dores de cabeça.

Encaminhamento: Quando Houver Necessidade

Após o atendimento na UBS, o cidadão será encaminhado pelos médicos da rede,


para os outros serviços de maior complexidade, se for necessário.

FONTE: https://www.saude.df.gov.br/atendimento-ubs/
https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/conheca-os-servicos-oferecidos-na-ubs-do-seu-
bairro/

PARA FIXAR O APRENDIZADO


O que é uma UBS?

Quando procurar uma UBS?

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Descreva com suas palavras o que é a ATENÇÃO BÁSICA em saúde.
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Qual é o principal objetivo da ATENÇÃO BÁSICA?


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Onde podemos ser atendidos pela ATENÇÃO BÁSICA?


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Quais serviços de saúde encontramos na ATENÇÃO BÁSICA?


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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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UNIDADE SAÚDE DA FAMÍLIA – USF


As Unidades Saúde Família juntamente com Unidade Básica de Saúde (que já
discutimos) são as portas de entrada preferenciais do SUS. O objetivo desses postos é
atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de
encaminhamento para outros serviços, como emergências e hospitais.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Uma Unidade Saúde da Família (USF) conta com a EQUIPE SAÚDE DA FAMILIA
(ESF) que formada por:

o Médicos especialistas da família.


o Enfermeiro da família.
OBRIGATÓRIO
o Técnico ou auxiliar de enfermagem.
o Agente comunitário de Saúde (ACS).

o Cirurgião-dentista.
o Técnico ou auxiliar em saúde bucal. OPCIONAL
o Agente de combate a endemias.

A USF oferta básicamente os mesmos serviços da UBS, a diferença é que na USF


não existe atendimento por médicos especialistas (pediatra, ginecologista, etc).

É na USF é que temos a execução do PROGRAMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA


FAMÍLIA que vamos conhecer melhor agora.

Estratégia Saúde Da Família

A Estratégia de Saúde da Família (ESF) é o pilar central em que se alicerça a


expansão, consolidação da Atenção Básica, cujos princípios são: promoção, prevenção,

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e


vigilância em saúde.

A Equipe de Saúde da Família (ESF), conforme já vimos e vale a pena repetir, é


multiprofissional, composta por:

o Médicos especialistas da família.


o Enfermeiro da família.
OBRIGATÓRIO
o Técnico ou auxiliar de enfermagem.
o Agente comunitário de Saúde (ACS).

o Cirurgião-dentista.
o Técnico ou auxiliar em saúde bucal. OPCIONAL
o Agente de combate a endemias.

Cada Equipe Saúde da Família deve ser responsável por uma população adscrita de
2.000 a 3.500 pessoas, localizada dentro do seu território, garantindo os princípios e
diretrizes da Atenção Básica. Além dessa faixa populacional, podem existir outros arranjos
de adscrição, conforme vulnerabilidades, riscos e dinâmica comunitária.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Todas as equipes deverão ter responsabilidade sanitária por um território de


referência e o processo de trabalho de cada uma deve ser organizado de modo que garanta
o maior acesso possível, o vínculo entre usuários e profissionais de saúde, a continuidade,
a coordenação e a longitudinalidade do cuidado.

Quais Serviços Prestados Pela Estratégia Saúde da Família?

A (s) equipe (s) Saúde da Família (s) são responsáveis pelas ações de promoção,
prevenção, tratamento e recuperação relacionadas a temas como:

Saúde da criança e do adolescente.

Saúde da mulher.

Saúde do homem.

Saúde do adulto.

Saúde do idoso.

Pré-natal.

Planejamento familiar.

Prevenção do câncer.

Ações de saúde mental.

Cuidado de doenças crônicas como diabetes e hipertensão e vacinação.

Administração de medicamentos.

Nebulizações/inalações.

Coleta de amostras para realização de exames de laboratório.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Acompanhamento dos usuários do Bolsa Família.

Curativos, retirada de pontos e troca de sondas.

Entrega de resultados dos exames realizados.

Saúde bucal.

Nas USFs são realizados, ainda, encaminhamentos para especialidades, de acordo


com a necessidade do usuário; fornecimento de medicação básica e medicamentos sujeitos
a controle especial; fornecimento, a usuários cadastrados, de materiais e kits
complementares para curativos e fraldas para pacientes acamados e confecção do cartão
do SUS, entre outras ações e serviços, de acordo com as necessidades da população da
área de abrangência da unidade básica de saúde.

FONTE: https://www.saude.df.gov.br/atendimento-ubs/
https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2021/10/11/econheca-os-servicos-ofertados-pela-atencao-
primaria-a-populacao/
PARA FIXAR O APRENDIZADO
O que é a Estratégia Saúde da Família?

Conheça Melhor a Estratégia Saúde da Família (animação)

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Estratégia Saúde da Família: Uma Ação de Sucesso

Qual é o Papel de Cada Membro da Equipe Saúde da Família?

MÉDICO

O médico é um profissional que se ocupa da saúde humana, promovendo saúde,


prevenindo, diagnosticando e tratando doenças, com competência e resolutividade,
responsabilizando-se pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário. Para que
possa atender à demanda dos indivíduos sob sua responsabilidade, deve realizar
atividades programadas e de atenção à demanda espontânea, de forma compartilhada,
consultas clínicas e pequenos procedimentos cirúrgicos, quando indicado na Unidade de
Saúde, no domicílio ou em espaços comunitários, responsabilizando-se pela internação
hospitalar ou domiciliar e pelo acompanhamento do usuário. Além disso, o médico deve,
em um trabalho conjunto com o enfermeiro, realizar e fazer parte das atividades de
educação permanente dos membros da equipe e participar do gerenciamento dos
insumos.

ENFERMEIRO

O enfermeiro é o profissional que exerce privativamente a direção dos órgãos de


enfermagem e integra a estrutura básica de instituições de saúde, pública ou privada, e a
chefia de serviço de enfermagem, coordenando a atuação do auxiliar e do técnico.
Ao enfermeiro cabe atender a saúde dos indivíduos e famílias cadastradas, realizando
consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e, conforme protocolos,

32
Educação Física, Esporte e
Corpo\e

solicitar exames complementares, prescrever medicações e gerenciar insumos e


encaminhar usuários a outros serviços. Cabem a ele também as atividades de educação
permanente da equipe de enfermagem, bem como o gerenciamento e a avaliação das
atividades da equipe, de maneira particular do agente comunitário de saúde (ACS), que
ocupa na ESF papel fundamental para a manutenção do vínculo entre os usuários e a
Unidade de Saúde.

TÉCNICO E AUXILAR DE ENFERMAGEM

Ao técnico e auxiliar de enfermagem cabe, sob a supervisão do enfermeiro, realizar


procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão tanto na Unidade de Saúde
quanto em domicílio e outros espaços da comunidade, educação em saúde e educação
Permanente.

AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

O agente comunitário de saúde (ACS) exerce o papel de “elo” entre a equipe e a


comunidade, devendo residir na área de atuação da equipe, vivenciando o cotidiano das
famílias/indivíduo/comunidade com mais intensidade em relação aos outros profissionais.
É capacitado para reunir informações de saúde sobre a comunidade e deve ter condição
de dedicar oito horas por dia ao seu trabalho. Realiza visitas domiciliares na área adscrita,
produzindo dados capazes de dimensionar os principais problemas de saúde de sua
comunidade.
A esses profissionais cabe cadastrar todas as pessoas do território, mantendo esses
cadastros sempre atualizados, orientando as famílias quanto à utilização dos serviços de
saúde disponíveis. Devem acompanhá-las, por meio de visitas domiciliarias e ações
educativas individuais e coletivas, buscando sempre a integração entre a equipe de saúde
e a população adscrita à UBS.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

CIRURGIÃO-DENTISTA

O cirurgião-dentista é o profissional de saúde capacitado na área de odontologia, devendo


desenvolver com os demais membros da equipe atividades referentes à saúde bucal,
integrando ações de saúde de forma multidisciplinar.
A ele cabe, em ação conjunta com o técnico em saúde bucal (TSB), definir o perfil
epidemiológico da população para o planejamento e a programação em saúde bucal, a fim
de oferecer atenção individual e atenção coletiva voltadas à promoção da saúde e à
prevenção de doenças bucais, de forma integral e resolutiva.

TÉCNICO OU AUXILIAR EM SAÚDE BUCAL

Ao técnico ou auxiliar em saúde bucal cabe, sob a supervisão do cirurgião-dentista, o


acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal, a manutenção e a conservação dos
equipamentos odontológicos, a remoção do biofilme e as fotografias e tomadas de uso
odontológicos a limpeza e a antissepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos,
e as medidas de biossegurança de produtos e resíduos odontológicos.

FONTE: https://www.saude.df.gov.br/atendimento-ubs/
https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2021/10/11/econheca-os-servicos-ofertados-pela-atencao-
primaria-a-populacao/

PARA FIXAR O APRENDIZADO


Agentes Comunitários em Saúde: Os Olhos da Saúde

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Qual é a diferença entre UBS, USF e UPA?
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A equipe Estratégia da Saúde da Família já visitou sua casa? Conte como foi essa
experiência.
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Núcleo Ampliado De Saúde na Família e Atenção Básica (Nasf-Ab)

O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) foi criado pelo
Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Básica
no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade,
a abrangência e o alvo das ações.

Os Núcleos têm como objetivo principal oferecer apoio às ações desenvolvidas pelas
eSFs (Estratégia Saúde da Família), além de ampliar a abrangência dessas ações segundo
os princípios da territorialização e da regionalização. Outro objetivo é o de contribuir para a
melhoria da resolutividade dos casos atendidos pela atenção primária, qualificando as ações
e fortalecendo a rede de cuidados em saúde. Espera-se, com a implantação do NASF-AB,
concretizar o cuidado integral à população e diminuir os encaminhamentos aos outros níveis
de atenção.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Na composição dos Núcleos, estão previstas equipes formadas por trabalhadores de


diferentes categorias profissionais, tais como: professores de educação física,
fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais,
médicos, entre outros.

As atribuições dos profissionais do NASF-AB compreendem: conhecer e articular os


serviços de saúde e sociais existentes no território; conhecer a realidade socioeconômica e
epidemiológica das famílias residentes na área adstrita; identificar, em conjunto com a
comunidade e as eSF, o público prioritário para o desenvolvimento das ações, além do tipo
de abordagem a ser adotada; atuar na prevenção e na promoção da saúde por meio de
ações educativas; promover ações interdisciplinares com as eSF, a partir de discussões de
caso realizadas periodicamente, além de apoiar as equipes de AB para populações
específica.

As ações do NASF estão organizadas a partir de nove áreas temáticas. São elas:

1. Atividade física/práticas corporais.


2. Práticas integrativas e complementares/ acupuntura e homeopatia.
3. Reabilitação.
4. Alimentação e nutrição.
5. Saúde mental.
6. Serviço social.
7. Saúde da criança e do adolescente.
8. Saúde da mulher.
9. Assistência farmacêutica.

36
Educação Física, Esporte e
Corpo\e

O NASF-AB não se configura como porta de entrada do sistema de saúde. Dessa


forma, deve atuar de forma integrada às eSFs, ou seja, priorizar as demandas identificadas
e acordadas entre as duas equipes. Os processos de trabalho devem constituir-se a partir
de ações compartilhadas entre ambas as equipes: discussões de casos de sujeitos ou de
demandas do território, atendimento e grupos.

O NASF-AB não tem sede própria, para exercer suas atividades, as equipes NASF
devem ocupar o espaço físico das unidades às quais estão vinculadas, ou ainda outros
espaços disponíveis no território, como o espaço das academias da saúde, escolas,
parques, dentro outros.

FONTE: https://www.scielo.br/j/rbso/a/mNVPBPGdkVY9GKnrH78Q5nf/?format=pdf&lang=pt
https://aps.saude.gov.br/ape/nasf
PARA FIXAR O APRENDIZADO
Conheça o NASF-AB

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Procure saber se em Piedade de Caratinga existe o Núcleo Ampliado De Saúde na Família
e Atenção Básica (NASF-AB). Se sim, descreva os principais serviços prestados pela
equipe.
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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE: FOCO DA ATENÇÃO BÁSICA


Você sabe a diferença que existe entre a promoção e prevenção de saúde? Se a
resposta for não, saiba que, a promoção da saúde tem o intuito de educar as pessoas para
conseguirem fazer suas escolhas de forma saudável. Já a prevenção está relacionada aos
esforços feitos para tentar diminuir o desenvolvimento de doenças, bem como sua
gravidade.

Promoção da Saúde
A promoção da saúde assenta em dois pilares basilares, sendo que um diz respeito
aos nossos comportamentos quotidianos e o outro, às circunstâncias em que nós vivemos.
Ambos possuem um grande impacto na vida e saúde, ou seja, a saúde do homem é
fortemente influenciada por estes dois fatores.

A promoção da saúde pretende oferecer-nos uma visão holística, ou seja, olhar para
as pessoas como um todo, de uma forma abrangente, pois ser-se saudável é muito mais
do que a inexistência de doença.

A definição da promoção de saúde conduz-nos antes de mais a um conceito muito


importante que é o conceito de saúde. Para melhor percebermos o seu conceito, olhemos
para a definição dada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta define saúde, como
“o bem-estar físico, mental e social, mais do que a mera ausência de doença…”. Esta
definição vai, por isso, contra os conceitos de saúde, muitas vezes, enraizados nos
indivíduos, que assumem que estar saudável é apenas não apresentar qualquer doença.
Neste sentido, a promoção de saúde deve ser encarada de uma forma ampla. Ou seja,
promover a saúde é muito mais que efetuar a mera prevenção de doenças. Promover a
saúde é não só melhorar a nossa condição de saúde, mas também melhorar a nossa
qualidade de vida e o nosso bem-estar.

Prevenção da Saúde
A palavra “prevenção” surge no contexto da promoção da saúde, como um conjunto
de atitudes que devemos tomar por antecipação, de modo a evitar determinados
acontecimentos. Ou seja, surge no sentido de “precaução” ou de evitar determinados riscos.
Neste sentido, a prevenção e promoção de saúde surgem também associadas à mudança
de atitudes de modo a efetuar uma eficaz prevenção de doenças.

38
Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Notemos o seguinte exemplo: determinado indivíduo efetua uma alimentação rica e


equilibrada, efetua exercício físico de forma regular e procura tomar atitudes assertivas,
procurando levar uma vida saudável. Este individuo tem uma atitude correta que lhe permite
efetuar prevenção de doenças. A probabilidade deste indivíduo vir a sofrer de hipertensão
arterial ou diabetes, por exemplo, é reduzida. Outro indivíduo, pelo contrário, tem uma
alimentação desregrada e leva uma vida sedentária. A probabilidade deste indivíduo vir a
padecer de hipertensão arterial ou diabetes é consideravelmente superior. Na presença da
doença, este individuo vai ver aumentado o seu risco de morte prematura, vai ter custos
acrescidos com a medicação e outros tratamentos médicos, vai ver reduzida a sua qualidade
de vida, etc. A aposta na prevenção do primeiro indivíduo tem claramente múltiplos
benefícios.

A promoção e a prevenção da saúde são parte da Política Nacional do SUS (2002),


e são feitas por meio das ações do Ministério da Saúde. Entre as atividades de promoção
da saúde podemos citar as seguintes:

• Políticas e intervenções sobre tabaco, álcool, atividade física e dieta.


• Intervenção dietética e nutricional para combater de forma adequada a desnutrição.
• Políticas intersetoriais e intervenções de serviços de saúde para falar sobre saúde
mental e abuso de substâncias.
• Elaborar estratégias para promoção da saúde sexual e reprodutiva, inclusive por meio
de educação em saúde e maior acesso à saúde sexual e reprodutiva e serviços de
planejamento familiar.
• Estratégias para enfrentar a violência doméstica, incluindo campanhas de
conscientização pública; tratamento e proteção das vítimas; e ligação com a aplicação
da lei e serviços sociais.

39
Educação Física, Esporte e
Corpo\e

• Mecanismos de apoio à promoção da saúde e prevenção de doenças.


• Parcerias multissetoriais para promoção da saúde e prevenção de doenças.
• Atividades educativas e de comunicação social que visam a promoção de condições,
estilos de vida, comportamentos e ambientes saudáveis.
• Reorientação dos serviços de saúde para desenvolver modelos de atenção que
estimulem a prevenção de doenças e a promoção da saúde.
• Comunicação de risco.

Educação Para Saúde


A promoção da saúde enfatiza que os indivíduos devem possuir um papel ativo,
atribuindo-lhes mais controle sobre as condições que afetam a sua saúde. Vários estudos
demonstram que os indivíduos capazes de exercer um maior controle e tomada de decisão
sobre a sua saúde, se sentem mais saudáveis.
Neste sentido, o fortalecimento do conhecimento por parte dos indivíduos, de forma
a serem tomadas medidas mais assertivas é de primordial importância. A educação para a
saúde pretende aumentar os conhecimentos dos indivíduos, dotando-os de ferramentas que
lhes permitam uma melhor aprendizagem, ampliando os seus conhecimentos e
desenvolvendo competências que permitam melhorar a saúde individual e da comunidade
envolvente.
O princípio é de que indivíduos com mais e melhores conhecimentos, tendem a gerir
de uma forma mais assertiva a sua saúde e consequentemente a melhorar a sua qualidade
de vida.
FONTE: https://www.saudebemestar.pt/pt/blog-saude/promocao-da-saude/
https://www.conexasaude.com.br/blog/promocao-e-prevencao-de-saude/

PARA FIXAR O APRENDIZADO


Prevenção e promoção da saúde: qual a diferença?

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

2º BIMESTRE

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

SAÚDE DO ADOLESCENTE E DO JOVEM


Seção I – Saúde do Adolescente e do Jovem

SAÚDE NA ADOLESCÊNCIA
A adolescência é etapa evolutiva caracterizada pelo desenvolvimento biopsicossocial
e delimitada pela faixa etária entre 10 e 19 anos. Ela inicia-se com a puberdade e termina
com a inserção social, profissional e econômica do indivíduo.

As mudanças sofridas pelos adolescentes são intensas. Eles constituem grupo


heterogêneo com características individuais, não cobertas pelos critérios técnicos. A
adolescência é, portanto, fase de importantes transformações biológicas e mentais,
articuladas ao redimensionamento de papéis sociais, como mudanças na relação com a
família e escolha de projeto de vida. Percebe-se o quanto essa fase deve ser valorizada,
constituindo-se em período de muita vulnerabilidade e exposição a fatores de risco.

O enfoque dado a esses fatores são relevantes, uma vez que se constata, com
preocupação, aumento do sedentarismo, o aumento do número de gravidez na
adolescência, do consumo de drogas lícitas e ilícitas e de casos de ISTs/AIDS, associados
a significativo número de óbitos relacionados às causas externas, destacando-se os
acidentes de trânsito, a violência e o suicídio.

Nesta perspectiva, verificou-se que as principais causas de problemas de saúde dos


adolescentes estão diretamente relacionadas a problemas que podem ser prevenidos em
nível primário. Deve-se, portanto, buscar estratégias que atendam às necessidades dessa
população, que melhorem a qualidade da assistência prestada e reduzam o número de
óbitos e agravos.

FONTE: http://rmmg.org/artigo/detalhes/357

PROGRAMA DE SAÚDE DO ADOLESCENTE


O Programa de Saúde do Adolescente (PROSAD) elegeu como áreas prioritárias de
atuação o crescimento e o desenvolvimento, a sexualidade, a saúde bucal, a saúde mental,
a saúde reprodutiva, a saúde do escolar adolescente e a prevenção de acidentes,
fundamentadas nos princípios da integralidade, multidisciplinaridade e intersetorialidade,

42
Educação Física, Esporte e
Corpo\e

associada a uma política de promoção da saúde, desenvolvimento de práticas educativas,


identificação de grupos de riscos, detecção precoce dos agravos, tratamento e reabilitação.

Mesmo com a implantação do PROSAD, ainda são encontradas grandes dificuldades


para a atenção primária. Neste contexto, destaca-se que a atenção integral, a adequação
dos serviços de saúde, a criação de vínculos e o fortalecimento da relação com a família e
a comunidade e a inserção dos adolescentes nas atividades realizadas são elementos
essenciais para a melhoria da sua qualidade da assistência. Assim, a necessidade da
existência de serviços de saúde organizados tem sido indicada como um dos grandes
desafios para o alcance de melhores condições de saúde e vida dos adolescentes e jovens
brasileiros.

Cabe destacar que a organização de programas voltados para a saúde do


adolescente requer abordagem interdisciplinar, envolvendo aspectos que interagem no
cotidiano dos adolescentes e no contexto em que estão inseridos, procurando adaptar os
conteúdos desses programas às diferentes modalidades de demanda individual e coletiva.

A organização dos serviços de saúde também é fator importante para garantir o


acesso dos adolescentes às ações de promoção à saúde, de prevenção de agravos e
doenças, bem como a reabilitação. Para essa organização, alguns elementos importantes
devem ser destacados, como a formação e a educação permanente dos recursos humanos,
a estrutura física, os equipamentos e materiais que devem ser fornecidos de acordo com a
realidade e a necessidade de cada serviço.

Em face desse contexto, deve-se ressaltar que a Estratégia Saúde da Família (ESF),
política de saúde considerada novo modelo de assistência à saúde da população brasileira,
fundamentada em novas práticas profissionais, contribui significativamente para a melhoria
da assistência prestada aos adolescentes, redirecionando as ações prestadas com foco na
realidade sociocultural e na família em que o indivíduo está inserido, promovendo a atenção
integral ao adolescente e a prevenção das situações de riscos a que estão expostos.

FONTE: http://rmmg.org/artigo/detalhes/357

43
Educação Física, Esporte e
Corpo\e

PARA FIXAR O APRENDIZADO


Saúde do adolescente

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Na sua cidade existe alguma ação voltada para a saúde do adolescente? Se sim: descreva
sobre ela. Se não: quais ações você acredita poderiam melhorar a saúde e qualidade de
vida dos adolescentes?
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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Seção II – Programa Saúde na Escola

O QUE É O PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA?


O Programa Saúde na Escola (PSE) é uma política intersetorial dos Ministérios da
Saúde e da Educação, voltada a crianças, adolescentes, jovens e adultos da rede pública
de ensino.

A articulação entre as equipes de saúde e as escolas do território


(interdisciplinaridade e intersetorialidade) é a base do Programa Saúde na Escola e
preconiza o desenvolvimento de 12 ações ou mais, mediante práticas de promoção da
saúde, prevenção de doenças e acompanhamento das condições clinicas do educandos.

Fonte: https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/carga20190747/09084757-10-manualorientacoes-pse-ciclo-
2019-2020.pdf

DESDE QUANDO EXISTE?

O PSE, da forma como é desenvolvido hoje, foi instituído em 2007, pelo DECRETO
Nº 6.286, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2007.

Fonte: https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/carga20190747/09084757-10-manualorientacoes-pse-ciclo-
2019-2020.pdf

PARA FIXAR O APRENDIZADO


Conheça o programa saúde na escola

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

QUAIS AS 12 AÇÕES DO PROGRAMA SAÚDE DA ESCOLA?


As 12 ações preconizadas pelo PSE, cuja realização deve ser planejada em conjunto
pelas equipes da unidade de saúde e da escola, são:

1. Ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.


2. Promoção das práticas corporais, da atividade física e do lazer nas escolas.
3. Prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas.
4. Promoção da cultura de paz, cidadania e direitos humanos.
5. Prevenção das violências e dos acidentes.
6. Identificação de educandos com possíveis sinais de agravos de doença sem
eliminação.
7. Promoção e avaliação de saúde bucal e aplicação tópica de flúor.
8. Verificação e atualização da situação vacinal.
9. Promoção da alimentação saudável e prevenção da obesidade infantil.
10. Promoção da saúde auditiva e identificação de educandos com possíveis sinais de
alteração.
11. Direito sexual e reprodutivo e prevenção de IST/AIDS.
12. Promoção da saúde ocular e identificação de educandos com possíveis sinais de
alteração.

QUAL AÇÃO VAMOS ESCOLHER?


AÇÃO 3
Prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas

CONCEITOS E DISCUSSÕES

• O que são drogas.


• Tipos de drogas.
• Incidência do uso de drogas entre adolescentes.
• Malefícios do uso de drogas.

PROJETOS

• Roda de debate.
• Conhecendo as drogas e suas ações no organismo. (documentário).

46
Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Seção III – Prevenção ao Uso de Álcool, Tabaco, Crack e Outras Drogas

O QUE SÃO DROGAS


Droga, segundo definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), é qualquer
substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais
de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento.
Uma droga não é por si só boa ou má. Existem substâncias que são usadas com a
finalidade de produzir efeitos benéficos como o tratamento de doenças e são consideradas
medicamentos. Mas também existem substâncias que provocam malefícios à saúde, os
venenos ou tóxicos. É interessante que a mesma substância pode funcionar como
medicamento em algumas situações e como tóxico em outras.
As principais drogas são drogas usadas para alterar o funcionamento cerebral,
causando modificações no estado mental, no psiquismo, são conhecidas também como
substâncias psicoativas. Nem todas as substâncias psicoativas têm a capacidade de
provocar dependência. No entanto, há substâncias aparentemente inofensivas e presentes
em muitos produtos de uso doméstico que podem causar dependência.
Fonte:
http://www.fai.com.br/portal/pibid/adm/atividades_anexo/74df176f30bca479a211a121bfbc6a40.pdf

CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS

Do ponto de vista legal as drogas podem ser classificadas como drogas lícitas e
ilícitas.

47
Educação Física, Esporte e
Corpo\e

• Drogas lícitas: as que podem ser livremente comercializadas e as que estão


submetidas a certas restrições. Por exemplo, bebidas alcoólicas e tabaco não podem
ser comercializados para crianças e adolescentes. No caso de medicamentos, alguns
só podem ser adquiridos por meio de prescrição médica especial.
• Drogas ilícitas: as que são proibidas por lei.

As substâncias listadas na Classificação Internacional de Doenças, 10ª Revisão (CID-


10), em seu capítulo V (Transtornos Mentais e de Comportamento) incluem:
✓ Àlcool.
✓ Opioides: morfina, heroína, codeína e diversas substâncias sintéticas.
✓ Canabinoides: maconha.
✓ Sedativos ou hipnóticos: barbitúricos e benzodiazepínicos.
✓ Cocaína.
✓ Anfetaminas.
✓ Alucinógenos.
✓ Tabaco.
✓ Solventes voláteis.

De acordo as ações aparentes das drogas sobre o Sistema Nervoso Central (SNC),
conforme as modificações observáveis na atividade mental ou no comportamento da pessoa
que utiliza a substância, as drogas podem ser classificadas em:

• Drogas DEPRESSORAS da atividade mental.


• Drogas ESTIMULANTES da atividade mental.
• Drogas PERTURBADORAS da atividade mental.
Fonte:
http://www.fai.com.br/portal/pibid/adm/atividades_anexo/74df176f30bca479a211a121bfbc6a40.pdf

DROGAS DEPRESSORAS DA ATIVIDADE MENTAL


Essa categoria inclui uma grande variedade de substâncias que diferem
acentuadamente em suas propriedades físicas e químicas, mas que apresentam a
característica comum de causar uma diminuição da atividade global ou de certos sistemas
específicos do SNC. Como consequência dessa ação, há uma tendência de ocorrer uma

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

diminuição da atividade motora, da reatividade à dor e da ansiedade e é comum um efeito


euforizante inicial e, posteriormente, um aumento da sonolência.
Fonte:
http://www.fai.com.br/portal/pibid/adm/atividades_anexo/74df176f30bca479a211a121bfbc6a40.pdf

Álcool
O álcool etílico é um produto da fermentação de carboidratos (açúcares) presentes
em vegetais.
Suas propriedades euforizantes e intoxicantes são conhecidas desde tempos pré-
históricos e praticamente todas as culturas têm ou tiveram alguma experiência com sua
utilização. É seguramente a droga psicotrópica de uso e abuso mais amplamente
disseminada em grande número e diversidade de países na atualidade.
A fermentação produz bebidas com concentração de álcool de até 10% (proporção
do volume de álcool puro no total da bebida). São obtidas concentrações maiores por meio
de destilação.
Em doses baixas, é utilizado, sobretudo, por causa de sua ação euforizante e da
capacidade de diminuir as inibições, o que facilita a interação social.
Há uma relação entre os efeitos do álcool e os níveis da substância no sangue, que
variam em razão do tipo de bebida utilizada, da velocidade do consumo, da presença de
alimentos no estômago e de possíveis alterações no metabolismo droga por diversas
situações – por exemplo, na insuficiência hepática, em que a degradação da substância é
mais lenta.
Nível de álcool no sangue:
• Baixo: desinibição do comportamento, certo grau de incoordenação motora, prejuízo
das funções sensoriais.
• Médio: maior incoordenação motora (ataxia, a fala torna-se pastosa, há dificuldade
de marcha e aumento importante do tempo de resposta (reflexos mais lentos),
aumento da sonolência, com prejuízo das capacidades de raciocínio e concentração.
• Alto: podem surgir náuseas e vômitos, visão dupla (diplopia), acentuação da ataxia
e da sonolência (até o coma), pode ocorrer hipotermia e morte por parada respiratória.
O álcool induz tolerância (necessidade de quantidades progressivamente maiores da
substância para se produzir o mesmo efeito desejado ou intoxicação) e síndrome de
abstinência (sintomas desagradáveis que ocorrem com a redução ou com a interrupção do

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

consumo da substância).

Opioides
Grupo que inclui drogas “naturais”, derivadas da papoula do oriente (Papaver
somniferum), sintéticas e semissintéticas, obtidas a partir de modificações químicas em
substâncias naturais.
As drogas mais conhecidas deste grupo são a morfina, a heroína e a codeína, além de
diversas substâncias totalmente sintetizadas em laboratório.
Sua ação decorre da sua capacidade de imitar o funcionamento de diversas substâncias
naturalmente produzidas pelo organismo, como as endorfinas e encefalinas. A endorfina é
um neurotransmissor liberado pelo organismo durante a atividade física e produz sensação
de bem-estar e euforia. A liberação do neurotransmissor encefalina, por sua vez, está
associada à sensação de alívio de dor.
Em linhas gerais os opinoides são drogas depressoras da atividade mental, mas
possuem ações mais específicas, como de analgesia e de inibição do reflexo da tosse.

EFEITOS DO USO
✓ Contração pupilar importante.
✓ Diminuição da motilidade do trato gastrointestinal.
✓ Efeito sedativo, que prejudica a capacidade de concentração.
✓ Torpor e sonolência.

EFEITOS DA ABSTINÊNCIA
✓ Náuseas.
✓ Cólicas intestinais.

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Educação Física, Esporte e
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✓ Lacrimejamento.
✓ Corrimento nasal.
✓ Câimbra.
✓ Vômitos.
✓ Diarreia.

USO CLÍNICO
✓ Os medicamentos à base de opioides são usados para controlar a tosse, a diarreia e
como analgésicos potentes. (Exemplos: morfina, heroína, codeína e meperidina).

Solventes ou inalantes
Este grupo de substâncias, entre os depressores, não possui nenhuma utilização
clínica, com exceção do éter etílico e do clorofórmio, que já foram largamente empregados
como anestésicos gerais.
Podem tanto ser inalados involuntariamente por trabalhadores ou quando utilizados
como drogas de abuso, por exemplo, a cola de sapateiro. Alguns exemplos são o tolueno, o
xilol, o n-hexano, o acetato de etila, o tricloroetileno, além dos já citados éter e clorofórmio,
cuja mistura é chamada frequentemente de “lança-perfume”, “cheirinho” ou “loló”.
Os efeitos têm início bastante rápido após a inalação, de segundos a minutos, e
também têm curta duração, o que predispõe o usuário a inalações repetidas, com
consequências às vezes desastrosas.

EFEITOS DO USO
✓ Primeira fase: euforia, com diminuição da inibição de comportamento.
✓ Segunda fase: predomínio da depressão do SNC, o indivíduo torna-se confuso,
desorientado; podem também ocorrer alucinações auditivas e visuais.

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✓ Terceira fase: a depressão se aprofunda, com redução acentuada do estado de


alerta; falta de coordenação ocular e motora (marcha vacilante, fala pastosa, reflexos
bastante diminuídos); as alucinações tornam-se mais evidentes.
✓ Quarta fase: depressão tardia; ocorre inconsciência; pode haver convulsões, coma
e morte.
O uso crônico dessas substâncias pode levar à destruição de neurônios causando danos
irreversíveis ao cérebro, assim como lesões no fígado, rins, nervos periféricos e medula
óssea.
Outro efeito ainda pouco esclarecido dessas substâncias (particularmente dos
compostos halogenados, como o clorofórmio) é sua interação com a adrenalina, pois
aumenta sua capacidade de causar arritmias cardíacas, o que pode provocar morte súbita.
Embora haja tolerância, até hoje não há uma descrição característica da síndrome de
abstinência relacionada a esse grupo de substâncias.

Fonte:
http://www.fai.com.br/portal/pibid/adm/atividades_anexo/74df176f30bca479a211a121bfbc6a40.pdf

DROGAS ESTIMULANTES DA ATIVIDADE MENTAL


São incluídas neste grupo as drogas capazes de aumentar a atividade de
determinados sistemas neuronais, o que traz como consequências um estado de alerta
exagerado, insônia e aceleração dos processos psíquicos.

Anfetaminas
São substâncias sintéticas. Muitas vezes, essa denominação “anfetaminas” é
utilizada para designar todo o grupo de drogas que apresentam ações semelhantes à
anfetamina, a primeira delas produzida em laboratório. Dessa forma, são exemplos de
drogas “anfetamínicas”: o fenproporex, o metilfenidato, o manzidol, a metanfetamina e a
dietilpropiona.

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Educação Física, Esporte e
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EFEITOS DO USO
✓ Diminuição do sono e do apetite.
✓ Sensação de maior energia e menor fadiga, mesmo quando realiza esforços
excessivos, o que pode ser prejudicial.
✓ Rapidez na fala.
✓ Dilatação da pupila.
✓ Taquicardia.
✓ Elevação da pressão arterial.

DOSES TÓXICAS
✓ Com doses tóxicas, acentuam-se esses efeitos anteriores, o indivíduo tende a ficar
mais irritável e agressivo, pode considerar-se como vítima de perseguição inexistente
(delírios persecutórios), ter alucinações e convulsões.

TOLERÂNCIA E ABSTINÊNCIA
✓ O consumo dessas drogas induz tolerância. Não se sabe com certeza se ocorre uma
verdadeira síndrome de abstinência. São frequentes os relatos de sintomas
depressivos: falta de energia, desânimo, perda de motivação, por vezes, esses
sintomas são bastante intensos, quando há interrupção do uso dessas substâncias.

USO CLÍNICO
✓ Entre outros usos, destaca-se sua utilização como moderadores do apetite (remédios
para emagrecer).

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Educação Física, Esporte e
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Cocaína
É uma substância extraída de uma planta existente na América do Sul, popularmente
conhecida como coca (Erythroxylon coca).
Pode ser consumida na forma de um pó (cloridrato de cocaína), aspirado ou dissolvido
em água e injetado na corrente sanguínea, ou sob a forma de uma base, que é fumada, o
crack. Existe ainda a pasta de coca, um produto menos purificado, que também pode ser
fumado, conhecido como merla.
Seu mecanismo de ação no SNC é muito semelhante ao das anfetaminas, mas a
cocaína atua ainda sobre um terceiro neurotransmissor, a serotonina, além da noradrenalina
e da dopamina.
A cocaína apresenta também propriedades de anestésico local que independem de
sua atuação no cérebro. Essa era no passado uma das indicações de uso médico da
substância, hoje obsoleta.
Seus efeitos têm início rápido e duração breve. No entanto, são mais intensos e
fugazes quando a via de utilização é a intravenosa ou quando o indivíduo utiliza o crack.

EFEITOS DO USO
✓ Sensação intensa de euforia e poder.
✓ Estado de excitação.
✓ Hiperatividade.
✓ Insônia.
✓ Falta de apetite.
✓ Perda da sensação de cansaço.

TOLERÂNCIA E ABSTINÊNCIA

✓ Apesar de não serem descritas nem tolerância, nem síndrome de abstinência


inequívoca, observa-se frequentemente o aumento progressivo das doses
consumidas.
✓ Particularmente no caso do crack, os indivíduos desenvolvem dependência severa
rapidamente, muitas vezes em poucos meses ou mesmo algumas semanas de uso.
✓ Com doses maiores, observam-se outros efeitos como irritabilidade, agressividade e
até delírios e alucinações, que caracterizam um verdadeiro estado psicótico, a

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Educação Física, Esporte e
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psicose cocaínica. Também podem ser observados aumento da temperatura e


convulsões, frequentemente de difícil tratamento, que podem levar à morte se esses
sintomas forem prolongados. Ocorrem ainda dilatação pupilar, elevação da pressão
arterial e taquicardia (os efeitos podem levar até a parada cardíaca por fibrilação
ventricular, uma das possíveis causas de morte por superdosagem).

FATOR DE RISCO DE INFARTO E ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)

✓ Mais recentemente e de modo cada vez mais frequente, têm-se verificado alterações
persistentes na circulação cerebral em indivíduos dependentes de cocaína. Existem
evidências de que a cocaína seja um fator de risco para o desenvolvimento de infartos
do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais – (AVCs) em indivíduos relativamente
jovens. Um processo de degeneração irreversível da musculatura (rabdomíolise) em
usuários crônicos de cocaína também já foi descrito.

DROGAS PERTURBADORAS DA ATIVIDADE MENTAL


Neste grupo de drogas, classificamos diversas substâncias cujo efeito principal é
provocar alterações no funcionamento cerebral, que resultam em vários fenômenos
psíquicos anormais, entre os quais, destacamos os delírios e as alucinações. Por essa
razão, essas drogas receberam a denominação de alucinógenos.
Em linhas gerais, podemos definir alucinação como uma percepção sem objeto, ou
seja, a pessoa vê, ouve ou sente algo que realmente não existe. Delírio, por sua vez, pode
ser definido como um falso juízo da realidade, ou seja, o indivíduo passa a atribuir
significados anormais aos eventos que ocorrem à sua volta, por exemplo, no caso do delírio
persecutório, percebe, em toda parte, indícios claros – embora irreais – de uma perseguição

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Educação Física, Esporte e
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contra a sua pessoa. Esse tipo de fenômeno ocorre de modo espontâneo em certas doenças
mentais denominadas psicoses, razão pela qual essas drogas também são chamadas
psicotomiméticos.

Maconha
É o nome dado no Brasil à Cannabis sativa. Suas folhas e inflorescências secas
podem ser fumadas ou ingeridas. Há também o haxixe, pasta semissólida obtida por meio
de grande pressão nas inflorescências, preparação com maiores concentrações de THC
(tetra-hidrocanabinol), uma das diversas substâncias produzidas pela planta, principal
responsável pelos seus efeitos psíquicos.
Há uma grande variação na quantidade de THC produzida pela planta conforme as
condições de solo, clima e tempo decorrido entre a colheita e o uso, bem como na
sensibilidade das pessoas à sua ação, o que explica a capacidade de a maconha produzir
efeitos mais ou menos intensos.

EFEITOS PSÍQUICOS
Agudos
✓ Esses efeitos podem ser descritos, em alguns casos, como uma sensação de bem-
estar, acompanhada de calma e relaxamento, menos fadiga e hilaridade, enquanto,
em outros casos, podem ser descritos como angústia, atordoamento, ansiedade e
medo de perder o autocontrole, com tremores e sudorese.
Crônicos
✓ O uso continuado interfere na capacidade de aprendizagem e memorização. Pode
induzir um estado de diminuição da motivação, que pode chegar à síndrome
amotivacional, ou seja, a pessoa não sente vontade de fazer mais nada, tudo parece
ficar sem graça, perder a importância.

EFEITOS FÍSICOS
Agudos
✓ Hiperemia conjuntival (olhos ficam avermelhados).
✓ Diminuição da produção da saliva (sensação de secura na boca).
✓ Taquicardia com a frequência de 140 batimentos por minuto ou mais.

Crônicos

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✓ Problemas respiratórios são comuns, uma vez que a fumaça produzida pela maconha
é muito irritante, além de conter alto teor de alcatrão (maior que no caso do tabaco) e
nele existir uma substância chamada benzopireno, um conhecido agente
cancerígeno.

Alucinógenos
Designação dada a diversas drogas que possuem a propriedade de provocar uma
série de distorções do funcionamento normal do cérebro, que trazem como consequência
uma variada gama de alterações psíquicas, entre as quais, alucinações e delírios, sem que
haja uma estimulação ou depressão da atividade cerebral.
Alucinógenos propriamente ditos ou alucinógenos primários: São os alucinógenos
capazes de produzir seus efeitos psíquicos em doses que praticamente não alteram outra
função no organismo.
Alucinógenos secundários como os anticolinérgicos: São capazes de induzir efeitos
alucinógenos em doses que afetam de maneira importante diversas outras funções.
Plantas com propriedades alucinógenas: Diversas plantas possuem propriedades
alucinógenas como, por exemplo, alguns cogumelos (Psylocibe mexicana, que produz a
psilocibina), a jurema (Mimosa hostilis) e outras plantas eventualmente utilizadas na forma
de chás e beberagens alucinógenas.

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LSD
É uma das substâncias mais potentes com ação psicotrópica que se conhece. As
doses de 20 a 50 milionésimos de grama produzem efeitos com duração de 4 a 12 horas.
Seus efeitos dependem muito da sensibilidade da pessoa às ações da droga, de seu
estado de espírito no momento da utilização e também do ambiente em que se deu a
experiência.

EFEITOS DO USO
✓ Distorções perceptivas (cores, formas e contornos alterados).
✓ Fusão de sentidos (por exemplo, a impressão de que os sons adquirem forma ou cor).
✓ Perda da discriminação de tempo e espaço (minutos parecem horas ou metros
assemelham-se a quilômetros).
✓ Alucinações (visuais ou auditivas) podem ser vivenciadas como sensações
agradáveis, mas também podem deixar o usuário extremamente amedrontado.
✓ Estados de exaltação (coexistem com muita ansiedade, angústia e pânico e são
relatados como boas ou más “viagens”).
✓ Outra repercussão psíquica da ação do LSD sobre o cérebro são os delírios, ou seja,
falsos juízos da realidade: há uma realidade, um fato qualquer, mas a pessoa
delirante não é capaz de fazer avaliações corretas a seu respeito.

DELÍRIOS EXEMPLOS DOS DELÍRIOS


O indivíduo se julga com capacidades ou forças
extraordinárias. Por exemplo, capacidade de
atirar-se de janelas, acreditando que pode voar,
Delírios de grandiosidade de avançar mar adentro, crendo que pode
caminhar sobre a água, de ficar parado em
frente a um carro estrada, julgando ter força
mental suficiente para pará-Io.
O indivíduo acredita ver à sua volta indícios de
uma conspiração contra si e pode até agredir
Delírios persecutórios
outras pessoas numa tentativa de defender-se
da “perseguição”.

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EFEITOS TÓXICOS
✓ Há descrições de pessoas que experimentam sensações de ansiedade muito intensa,
depressão e até quadros psicóticos por longos períodos após o consumo do LSD.
✓ Uma variante desse efeito é o flashback, quando após semanas ou meses depois de
uma experiência com LSD, o indivíduo volta a apresentar repentinamente todos os
efeitos psíquicos da experiência anterior, sem ter voltado a consumir a droga
novamente, com consequências imprevisíveis, uma vez que tais efeitos não estavam
sendo procurados ou esperados e podem surgir em ocasiões bastante impróprias.

TOLERÂNCIA E ABSTINÊNCIA
✓ O fenômeno da tolerância desenvolve-se muito rapidamente com o LSD, mas também
há um desaparecimento rápido com a interrupção do uso da substância. Não há
descrição de uma síndrome de abstinência se um usuário crônico deixa de consumir
a substância, mas, ainda assim, pode ocorrer a dependência quando, por exemplo,
as experiências com o LSD ou outras drogas perturbadoras do SNC são encaradas
como “respostas aos problemas da vida” ou “formas de encontrar-se”, que fazem com
que a pessoa tenha dificuldades em deixar de consumir a substância, frequentemente
ficando à deriva no dia a dia, sem destino ou objetivos que venham enriquecer sua
vida pessoal.

Ecstasy (3,4-metileno-dioxi-metanfetamina ou MDMA)


É uma substância alucinógena que guarda relação química com as anfetaminas e
apresenta também propriedades estimulantes. Seu uso é frequentemente associado a certas
culturas, como alguns grupos de jovens frequentadores de danceterias ou boates.

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Há relatos de casos de morte por hipertermia maligna, em que a participação da droga


não é completamente esclarecida. Possivelmente, a droga induza a um quadro tóxico
específico, uma vez que com o aumento da temperatura do corpo, a ingestão de água torna-
se uma necessidade, porém o ecstasy dificulta a eliminação de líquidos, gerando o acúmulo
de água e drogas no corpo.
Também existem suspeitas de que a substância seja tóxica para um grupo específico
de neurônios produtores de serotonina.
Fonte:
http://www.fai.com.br/portal/pibid/adm/atividades_anexo/74df176f30bca479a211a121bfbc6a40.pdf

OUTRAS DROGAS
Tabaco
Um dos maiores problemas de saúde pública em diversos países do mundo, o cigarro
é uma das principais causas potencialmente evitáveis de doenças e morte.

EFEITOS
✓ Doenças cardiovasculares: infarto, AVC e morte súbita.
✓ Doenças respiratórias: enfisema, asma, bronquite crônica, doença pulmonar
obstrutiva crônica.
✓ Diversas formas de câncer: pulmão, boca, faringe, laringe, esôfago, estômago,
pâncreas, rim, bexiga e útero.

FUMANTES PASSIVOS
✓ Existem evidências de que os não fumantes expostos à fumaça de cigarro do
ambiente (fumantes passivos) têm um risco maior com relação a várias das patologias
que podem afetar os fumantes.
✓ A nicotina é a substância presente no tabaco que provoca a dependência, mas não
está associada a todos os problemas de saúde provocados pelo cigarro.
✓ A nicotina não parece ser cancerígena, embora esteja implicada nas doenças
cardiocirculatórias.

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AÇÕES PSÍQUICAS DA NICOTINA


✓ São complexas, com uma mistura de efeitos estimulantes e depressores. Menciona-
se o aumento da concentração e da atenção, a redução do apetite e a redução da
ansiedade.

TOLERÂNCIA E ABSTINÊNCIA
✓ A nicotina induz tolerância e se associa a uma síndrome de abstinência com
alterações do sono, irritabilidade, diminuição da concentração e ansiedade.

Cafeína
É estimulante do SNC menos potente que a cocaína e as anfetaminas. O seu
potencial de induzir dependência vem sendo bastante discutido nos últimos anos. Surgiu até
o termo cafeinismo para designar uma síndrome clínica associada ao consumo importante
(agudo ou crônico) de cafeína, caracterizada por ansiedade, alterações psicomotoras,
distúrbios do sono e alterações do humor.

Esteroides anabolizantes
Embora sejam descritos efeitos euforizantes por alguns usuários dessas substâncias,
essa não é, geralmente, a principal razão de sua utilização. Muitos indivíduos que consomem
essas drogas são fisiculturistas, atletas de diversas modalidades ou indivíduos que procuram
aumentar sua massa muscular e podem desenvolver um padrão de consumo que se
assemelha ao de dependência.

EFEITOS
✓ Diversas doenças cardiovasculares.
✓ Alterações no fígado, até câncer.
✓ Alterações musculoesqueléticas indesejáveis (ruptura de tendões, interrupção
precoce do crescimento).
✓ Essas substâncias, quando utilizadas por mulheres, podem provocar masculinização
(crescimento de pelos pelo corpo, a voz torna-se mais grave, aumento do volume do
clitóris). Em homens, pode haver atrofia dos testículos.
Fonte:
http://www.fai.com.br/portal/pibid/adm/atividades_anexo/74df176f30bca479a211a121bfbc6a40.pdf

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CRACK
O consumo de álcool, tabaco e de outras drogas agrava os problemas sociais, traz
sofrimento para indivíduos e famílias e tem consequências econômicas importantes.
Nesse contexto, o surgimento e o aumento rápido do consumo do crack desde a
década de 1990, incrementam a gravidade dos problemas, ampliam e agravam as condições
de vulnerabilidade, especialmente para a camada social mais carente da população.
No Brasil, o consumo cresceu, principalmente, entre crianças, adolescentes e adultos
que vivem na rua, motivando pressões diversas sobre os atores sociais pela necessidade
de ações que deem aos usuários de crack oportunidades de viverem de forma digna e com
saúde.
O enfoque aqui traz uma compreensão de que o consumo e os problemas com o
crack devem ser entendidos como determinados por múltiplos aspectos da existência
humana, inclusive as dimensões biológicas, psíquicas e socioculturais tanto na origem dos
problemas como nas propostas de sua abordagem.

O que é crack?
O crack é uma mistura de cloridrato de cocaína (cocaína em pó), bicarbonato de sódio
ou amônia e água destilada, que resulta em pequeninos grãos, fumados em cachimbos
(improvisados ou não).

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Educação Física, Esporte e
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O nome crack é derivado do ruído característico que é produzido pelas pedras quando
são decompostas pelo fumo. O crack é, portanto, uma droga que leva a molécula de cocaína
ao cérebro.
Vejamos, então, como isso ocorre:
• Após os processos químicos utilizados para extrair a cocaína da folha da coca,
produz-se um pó branco (cloridrato de cocaína) que é utilizado por usuários de
cocaína, seja mediante inalação nasal ou dissolvida em água para injeção nas veias.
• As diversas formas de administração da cocaína (inalada, injetada ou fumada) têm
efeitos distintos no indivíduo. Quando a droga é fumada, faz com que uma grande
quantidade de moléculas de cocaína atinja o cérebro quase imediatamente e produza
um efeito explosivo, descrito pelas pessoas que o usam como uma sensação de
prazer intenso. A droga é, então, velozmente eliminada do organismo e produz uma
súbita interrupção da sensação de bemestar, seguida, imediatamente, por imenso
desprazer e enorme vontade de reutilizar a droga. Essa sequência é vivida pelos
usuários, que adquirem um comportamento compulsivo, pois, com frequência,
sentem necessidade de procurar meios de usar a droga novamente e, cada vez mais,
a vontade se alterna rapidamente.

Epidemiologia: estudos e pesquisas sobre o crack


Quando analisamos como os diversos tipos de drogas são distribuídos na população
brasileira, percebemos que o uso do crack é muito raro, considerando a população como um
todo. No entanto, quando se enfoca determinadas parcelas específicas da população,
encontramos um consumo cada vez maior.
Por exemplo, de acordo com o II Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas
Psicotrópicas no Brasil, realizado pela SENAD em parceria com o Centro Brasileiro de
Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), nas 108 maiores cidades do país, 0,7%
da população adulta relataram já ter feito uso de crack pelo menos uma vez na vida, o que
significa um contingente de mais de trezentos e oitenta mil pessoas.
A maior porcentagem de uso de crack foi encontrada entre homens, na faixa etária de
25 a 34 anos, que corresponde a 3,2% da população adulta ou cerca de cento e noventa e
três mil pessoas. Além disso, a comparação dos resultados do I Levantamento, realizado em
2001, e o II, realizado em 2005, mostrou que houve aumento estatisticamente significativo
daqueles que relataram o uso de crack no mês da pesquisa. Embora usuários de crack se

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Educação Física, Esporte e
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encontrem em todas as regiões do País, as regiões Sul e Sudeste concentram a maior parte
dos usuários identificados na pesquisa.
Os estudos que enfocaram estudantes do ensino fundamental e médio, conduzidos
entre 1987 e 2004, em São Paulo, e depois no Brasil, encontraram um crescimento do
consumo de cocaína nas cidades da região Nordeste (Salvador, Recife e Fortaleza), além
de Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Vários estudos foram feitos com estudantes em várias
cidades do Brasil encontrando taxas de uso de cocaína, pelo menos uma vez na vida,
sempre menores que 3,6%. No entanto, no I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool,
Tabaco e outras Drogas entre universitários das 27 Capitais Brasileiras, se somados os
percentuais de uso na vida de cocaína, merla e crack, a prevalência é de 9,7%.
Quando a SENAD, em parceria com o CEBRID, estudou o uso de drogas por meninos
e meninas que vivem em situação de rua, encontrou taxas bem maiores: o estudo apontou
o uso de cocaína em 45% de crianças e adolescentes no Rio de Janeiro, 31% em São Paulo,
e 20% em Recife. O uso frequente de crack foi mencionado em quase todos os Estados,
sendo maior em São Paulo, Recife, Curitiba e Vitória, com variação de 15 a 26%.
Toda essa realidade nos impulsiona a compreender mais e mais as razões de
crescimento do uso dessa droga e sua ação maléfica no organismo.

Como o crack atua no organismo


SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Quando a cocaína é fumada em forma de crack, o vapor aspirado é rapidamente absorvido
pelos pulmões e alcança o cérebro em 6 a 8 segundos.
Quando a droga é injetada nas veias demora de 16 a 20 segundos e, quando cheirada,
demora de 3 a 5 minutos para atingir o mesmo efeito. Fumar crack é a via mais rápida de
fazer com que a droga chegue ao cérebro e, provavelmente, essa é a razão para a rápida
progressão da dependência.
Quando o crack atinge o cérebro, produz sensação de prazer e satisfação. A área do cérebro
estimulada pela droga é a mesma que é ativada quando os instintos de sobrevivência e
reprodução são satisfeitos, como, por exemplo, quando a pessoa tem satisfação sexual ou
quando bebe água para saciar a sede. Esta é uma das principais regiões envolvidas com os
quadros de dependência. Com o uso de crack, a região cerebral pode ser estimulada
enormemente, pois causa sensações de prazer que excedem àquelas experimentadas em
situações normais.

64
Educação Física, Esporte e
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A região do cérebro também inclui importantes centros de memória, que ajudam a lembrar
o que foi feito e o que levou ao estado de prazer. Quando a pessoa faz uso de crack, essas
regiões registram memória de pessoas, lugares, objetos e situações que levaram àquela
sensação. Assim, diversos estímulos associados a essas memórias podem ativar o desejo
de voltar a experimentar aquela situação prazerosa. Este é o mesmo fenômeno que ocorre
quando o indivíduo sente o cheiro de uma comida e seu organismo sofre reações antes
mesmo de ele se alimentar.
Outra região do cérebro atingida pelo crack é responsável por atividades relacionadas à
solução de problemas, à flexibilidade mental, ao julgamento moral e à velocidade de
processamento de informações. É onde o cérebro integra as informações e avalia as
diversas decisões que pode tomar. Assim, é possível que antes de se tornar dependente, o
indivíduo consiga suprimir a urgência originada nas áreas relacionadas à satisfação e à
memória do prazer, e escolher se quer ou não usar a droga. Mas uma vez dependente, sua
capacidade de julgamento fica prejudicada, tornando-se mais propenso a seguir os
estímulos de urgência que levam ao uso da droga.

DANOS FÍSICOS E PSÍQUICOS


FATORES DESCRIÇÃO
Os efeitos do crack aparecem quase
imediatamente depois de uma única dose.
Esses efeitos incluem aceleração do coração,
aumento da pressão arterial, agitação
psicomotora, dilatação das pupilas, aumento da
temperatura do corpo, sudorese, tremor
Intoxicação muscular. A ação no cérebro provoca sensação
de euforia, aumento da autoestima, indiferença
à dor e ao cansaço, sensação de estar alerta
especialmente a estímulos visuais, auditivos e
ao toque. Os usuários também podem
apresentar tonturas e ideias de perseguição
(síndrome paranoide).
A dependência é uma complicação que pode
ocorrer entre usuários de cocaína e crack. A
Dependência
dependência estimada é de 5% a 12% dos que
experimentam a droga, se relaciona a

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

problemas pessoais, familiares e sociais


bastante graves. Comparando o uso de crack
com outras formas de uso da cocaína, há uma
proporção maior de uso intenso e de aumento
da fissura.
Os sintomas de abstinência começam a
aparecer de 5 a 10 minutos após o uso. Os
sintomas principais são fadiga, desgaste físico,
prostração, tristeza, depressão intensa,
Abstinência inquietação, ansiedade, irritabilidade, sonhos
vívidos e desagradáveis e intensa vontade de
usar a droga (fissura). O auge da abstinência
ocorre em 2 a 4 dias. As alterações do humor
podem durar meses.
O pulmão é o principal órgão exposto aos
produtos da queima do crack. Os sintomas
respiratórios agudos mais comuns são: tosse
com produção de escarro enegrecido, dor no
Vias aéreas peito com ou sem falta de ar, presença de
sangue no escarro e piora de asma. O escarro
escuro é característico do uso e é atribuído à
inalação de resíduos de carbono de materiais
utilizados para acender o crack.
O uso do crack provoca o aumento da
frequência cardíaca e da pressão arterial;
podem ocorrer isquemias e infartos agudos do
coração. A ocorrência de isquemia não está
Coração
relacionada à quantidade consumida, à via de
administração ou à frequência de uso. Há ainda
risco de arritmias cardíacas e problemas no
músculo cardíaco.
O uso de crack pode resultar em uma variedade
de manifestações neurológicas, inclusive
Sistema Nervoso
acidente vascular cerebral (derrames
cerebrais), dor de cabeça, tonturas, inflamações

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

dos vasos cerebrais, atrofia cerebral e


convulsões.
O uso do crack provoca o risco de infecções
oculares e de lesões na córnea. Alguns fatores
predispõem a esse quadro: a fumaça tem efeito
tóxico direto sobre a córnea (parte externa do
Olhos
olho), as propriedades anestésicas reduzem o
reflexo de piscar e a exposição repetida à
fumaça da droga pode provocar queimaduras
químicas.
O consumo de crack e cocaína tem sido
associado diretamente à infecção pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV) e outras
doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Os comportamentos de risco mais
frequentemente observados são o número
elevado de parceiros sexuais, o uso irregular de
camisinha e troca de sexo por droga ou por
dinheiro para compra de droga. As mulheres
usuárias de crack têm mais relações sexuais em
Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS troca de dinheiro ou droga em relação a
usuárias de outras drogas e se expõem a riscos
com maior frequência. Deve ser considerada a
vulnerabilidade social a que muitas delas estão
expostas. Vale ressaltar que existe
possibilidade de transmissão de HIV por meio
de lesões orais e labiais causadas pelos
cachimbos. O uso de crack também tem sido
associado diretamente a outras doenças
sexualmente transmissíveis, como gonorreia,
sífilis e HTLV1, entre outras.
O uso de crack pode diminuir temporariamente
a necessidade de comer e dormir. Muitas vezes,
Fome, sono e sexo
os usuários saem em “jornadas” em que
consomem a droga durante dias seguidos.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Frequentemente, a alimentação e o sono ficam


prejudicados, e ocorre processo de
emagrecimento e esgotamento físico. Os
hábitos básicos de higiene também podem ficar
comprometidos. O crack pode aumentar o
desejo sexual no início, porém, com o uso
continuado da droga, o interesse e a potência
sexual diminuem.
Se o crack for fumado associado ao consumo
de bebidas alcoólicas, as duas substâncias
podem se combinar formando a cocaetileno.
Associação com bebidas alcoólicas
Essa substância tóxica produz um efeito mais
intenso que o crack e aumenta o risco de
complicações fatais.
Quando o consumo de crack é feito em latas,
além do vapor da droga, o alumínio se
desprende com o metal facilita da lata aquecida
Intoxicação por metal e também é aspirado. O alumínio é um metal
que se espalha pela corrente sanguínea e é
capaz de causar danos ao organismo
decorrentes da intoxicação pelo alumínio.

Fonte:
http://www.fai.com.br/portal/pibid/adm/atividades_anexo/74df176f30bca479a211a121bfbc6a40.pdf

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
De acordo com a OMS, qual é a definição de droga?
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Educação Física, Esporte e
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De acordo as ações das drogas sobre o Sistema Nervoso Central (SNC), elas podem ser
classificadas em:
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O álcool e o tabaco são drogas lícitas, ou seja, sua comercialização é regulamentada. Em


sua opinião, essas duas drogas são perigosas assim como as drogas ilícitas? Justifique sua
resposta.
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De acordo com o texto, por que o CRACK é uma droga tão viciante?
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O QUE É DEPENDÊNCIA?
O uso abusivo não significa necessariamente a dependência. Caracteriza-se a
dependência pela dificuldade de a pessoa parar ou diminuir o consumo pela simples decisão
própria, sem o recurso de ajuda externa, seja de um especialista, de um medicamento ou de
outras pessoas.
A dependência inclui fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos e leva o
indivíduo a dar prioridade ao uso da droga em detrimento de outros comportamentos que
antes tinham maior valor. Uma das características centrais da dependência é a “fissura” ou
o desejo irresistível de consumir a substância.
A pessoa não se torna dependente de uma hora para outra. Existe um processo entre
os diferentes níveis de consumo, no qual é possível transitar de um lado para o outro, voltar
a níveis anteriores, estacionar em algum, recair, retroceder e avançar.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Muitas vezes, ao serem apontados ao adolescente os riscos que corre em razão do


uso de alguma droga, ele reage afirmando que “não tem problema porque não é
dependente”.
De fato, a grande maioria dos adolescentes e mesmo dos adultos que consomem
alguma substância psicotrópica não é dependente dela. Isso não significa, no entanto, que
esse uso não esteja causando problemas para a sua saúde física ou mental ou para a sua
vida em sociedade.
A identificação da dependência está atrelada a uma gama de fatores que se revela
mediante alguns comportamentos a serem observados em seu conjunto. Por essa razão,
em vez de se falar da dependência de drogas como uma doença, adotamos a referência à
“síndrome de dependência”, ou seja, um conjunto de fenômenos comportamentais,
cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o repetido consumo de uma substância
psicoativa.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, considera-se dependente de uma
droga a pessoa que apresenta três ou mais das seguintes manifestações:
• Forte desejo de consumir a droga.
• Dificuldade de controlar o consumo (por exemplo, quanto à hora em que começa ou
para de fazê-lo, quanto à quantidade etc.).
• Utilização persistente da droga apesar das suas consequências prejudiciais.
• Maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades ou
obrigações.
• Aumento da tolerância à droga (necessidade de doses cada vez maiores para obter
o mesmo efeito).
• Síndrome de abstinência (sintomas corporais como dores, tremores ou outros, que
ocorrem quando o consumo da droga é interrompido ou diminuído).
Durante muito tempo, a dependência de álcool ou de outras drogas foi considerada
dentro de uma visão moralista segundo a qual a pessoa se tornava dependente por falta de
caráter.
Hoje, admite-se que o desenvolvimento da dependência inclui fatores biológicos,
psicológicos, comportamentais, culturais, sociais, enfim, passou-se a perceber o caráter
multidisciplinar e complexo da síndrome de dependência.
Com base nessa concepção, o dependente pode ser visto como alguém que necessita
de ajuda e a quem deve ser disponibilizada uma rede de serviços que proporcionem sua

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

recuperação e sua reinserção social, caso esteja se afastando de suas relações sociais
significativas.
Fonte:
http://www.fai.com.br/portal/pibid/adm/atividades_anexo/74df176f30bca479a211a121bfbc6a40.pdf

USO DE DROGAS E O CONTEXTO SOCIAL


Os fatores de risco e de proteção do uso indevido de drogas estão presentes em todos
esses ambientes e, por isso, o dependente de drogas ou o usuário que está encontrando
problemas deve ser visto na sua interação com eles e o seu tratamento deve buscar a
formação de uma rede de apoio que coloque diferentes profissionais em conexão.
O uso de drogas não é um fenômeno individual, nem uma decisão pessoal isolada de
um contexto social. Ao longo da história da humanidade, o uso de substâncias que alteram
a consciência esteve e está presente praticamente em todas as sociedades.
Além dos fatores sociais amplos, as decisões individuais também são influenciadas
por fatores internos e experiências relacionais com a família, com os pares, com a escola e
com a comunidade mais próxima.
Numa dimensão mais ampla, as condições sociais como o desemprego, a
discriminação, o empobrecimento, a violência, assim como a disponibilidade de acesso às
drogas são fatores importantes na configuração do abuso de drogas.
Fonte:
http://www.fai.com.br/portal/pibid/adm/atividades_anexo/74df176f30bca479a211a121bfbc6a40.pdf

VULNERABILIDADE DO ADOLESCENTE
Existem aspectos pessoais e vivenciais que tornam o adolescente mais vulnerável a
envolver-se em comportamentos de risco:
• Baixa autoestima.
• Falta de autoconfiança.
• Dificuldade de tomar decisões.
• Fatores biológicos.
• Conflitos familiares e violência doméstica.
• Fracasso ou exclusão escolar.
• Regras e sanções ambíguas ou inconsistentes na família ou na escola.
• Falta de vínculos afetivos com a comunidade.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

• Falta de consciência dos efeitos das drogas.


• Ausência de participação social e de um projeto de vida.

Muitas crianças e adolescentes sofrem discriminações, violências diversas, exclusão


escolar, incompreensão e abandono. Isso pode ocorrer em qualquer situação
socioeconômica em que eles se encontrem.
O que leva alguém a enfrentar essas situações de uma forma mais destrutiva ou
construtiva, muitas vezes, está em pequenas (ou grandes) coisas que fazem a diferença.

Fonte:
http://www.fai.com.br/portal/pibid/adm/atividades_anexo/74df176f30bca479a211a121bfbc6a40.pdf

PARA FIXAR O APRENDIZADO


Conheça os efeitos das drogas no organismo

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
De acordo com o texto, o que caracteriza a dependência?
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde, considera-se dependente de uma droga


a pessoa que apresenta três ou mais das seguintes manifestações:

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Quais fatores tornam o adolescente mais vulnerável a envolver-se com as drogas?

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3º BIMESTRE

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ATIVIDADE FÍSICA E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL


Seção I – Conceitos iniciais

PRÁTICAS CORPORAIS
As práticas corporais, que cada dia mais aparecem na literatura científica
relacionadas à saúde, são as práticas historicamente desenvolvidas e sistematizadas pela
humanidade. São aquelas que possuem sentido e significados históricos e que conferem
identidade a povos, culturas e países ao longo desse tempo. São os jogos, a dança, a
ginástica, as lutas, o esporte, incluindo o de aventura, e as práticas orientais, como Tai chi
chuan, Lian Gong, Yoga, etc. São abordadas e desenvolvidas como conteúdo das aulas de
Educação Física escolar.
Fonte: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/ssaude/pdf/programas046.pdf

ATIVIDADE FÍSICA X EXERCÍCIO FÍSICO

Você pode estar se perguntando se existem diferenças entre atividade física e


exercício físico. Seria a mesma coisa? Para começar, é preciso entender que todo exercício
físico é uma atividade física, mas nem toda atividade física é um exercício físico.
Atividade física é qualquer movimento corporal que promove um gasto energético maior do
que se estivesse em repouso. São exemplos de atividade física: limpar a casa, subir
escadas, ir caminhando para escola, cortar o gramado, etc. Já o exercício físico é uma
atividade física planejada, estruturada e repetitiva cujo objetivo é adquirir, manter ou

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

melhorar um ou mais componentes da forma física, como por exemplo, força, velocidade,
flexibilidade, resistência, etc.
Fonte: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/ssaude/pdf/programas046.pdf

LAZER

O lazer caracteriza-se por concentrar dimensões sociais e culturais. É o ‘fazer o que


gosta’, sem obrigação de fazê-lo. Para discutir lazer é importante levar em conta autonomia
e condições de escolha, tempo livre ou liberado das obrigações – trabalho, tarefas
domésticas, por exemplo - e o prazer. Pode ser uma prática despretensiosa, assim como
pode ter um forte componente educativo.
Fonte: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/ssaude/pdf/programas046.pdf

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Com suas palavras defina: atividade física, exercício físico e lazer.
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Qual é a diferença entre atividade física e exercício físico?


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SEDENTARISMO
O que é sedentarismo?

Sedentarismo é um comportamento diário que se caracteriza por uma quantidade


elevada de tempo gasto com atividades que não promovem um gasto energético significativo
em relação aos níveis de repouso ou atividades de baixo gasto energético. Sendo assim,
diferentemente do que muitos pensam, trata-se de um conceito que não se relaciona apenas
à falta de atividades físicas, uma vez que uma pessoa que faz atividades físicas pode ser
sedentária quando não as pratica de forma regular ou as pratica de forma insuficiente.
Comportamento sedentário se refere à realização de atividades que levam a um baixo
gasto energético, um gasto que não se eleva acima dos níveis de repouso. Assistir televisão,
ficar muito tempo trabalhando ou estudando sentado, jogar videogame, passar longos
períodos no telefone, tablet ou computador e outros hábitos são considerados
comportamentos sedentários. É importante destacar que mesmo que um indivíduo pratique
atividades físicas, se seu dia apresentar grandes períodos voltados ao comportamento
sedentário, há o risco aumentado de desenvolvimento de problemas de saúde.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

A Organização Mundial da Saúde considera sedentários os indivíduos que não


gastam pelo menos 2200 quilocalorias (kcal) em qualquer tipo de atividade física ao longo
de uma semana.
O sedentarismo é considerado fator de risco para desenvolvimento de graves
problemas de saúde, tais como a obesidade, doenças cardiovasculares, hipertensão,
diabetes mellitus tipo 2, osteoporose e alguns tipos de câncer. A inatividade física relaciona-
se ainda com problemas como depressão, ansiedade, alterações nos níveis de lipídeos no
sangue e comprometimento do sono.
Por estar relacionado com o surgimento de doenças crônico-degenerativas, as quais
levam várias pessoas à morte todos os anos, o sedentarismo é visto como um grave
problema de saúde pública na atualidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), até cinco milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população fosse
mais ativa. Portanto, é fundamental combater o sedentarismo.
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/sedentarismo.htm

Sedentarismo e adolescentes

O primeiro estudo comparativo mundial sobre a prática de atividade física x


sedentarismo entre as crianças e os adolescentes, lançado recentemente pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), traz dados preocupantes. Oito em cada dez crianças e
adolescentes de 11 a 17 anos não realizam atividade física suficiente. No Brasil, o índice é
ainda maior: 84% dos adolescentes nessa faixa etária são menos ativos do que deveriam.
A pesquisa mostra ainda que não ocorreu nenhuma melhora significativa nesses níveis nos
últimos 15 anos.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Os dados são de 2016, com a análise de 1,6 milhões de jovens em 146 países. Para
a entidade internacional, o ideal é que jovens nessa faixa etária pratiquem, no mínimo, 60
minutos de atividade física moderada cinco vezes por semana.

O documento destacou a diferença nos níveis de atividade física de meninas e


meninos no país. Na opinião da analista da OMS, Leanne Riley, co-autora do estudo, é
necessário estimular nas meninas o interesse pelas atividades físicas e também investir na
criação de espaços onde elas se sintam seguras para praticar esportes. Enquanto 78% dos
meninos brasileiros praticam menos exercícios físicos do que o recomendável, o índice é de
89% entre as meninas. Apenas um em cada três países pesquisados registra diferença de
mais de 10% entre os sexos.

“Esse estudo é interessante porque mostra muitas coisas que já vemos na prática. As
crianças e os jovens, de um modo geral, estão fazendo cada vez menos atividades físicas.
Há várias diretrizes médicas que recomendam que crianças de 5 a 10 anos devam praticar
de 30 a 60 minutos de atividade física por dia, ou seja, brincar, correr ou andar de bicicleta”,
diz o fisiatra Marcus Yu Bin Pai, especialista em dor e acupuntura, e colunista da PebMed.

“A falta de exercícios é um problema não somente a curto, mas a longo prazo,


pensando em aspectos cardiológicos, neurológicos, prevenção de doenças e melhora da
qualidade de vida. É preciso envolver a família inteira pelo gosto da prática de esportes para
motivar a criança, como levá-la ao parque para brincar, correr, ao clube para nadar”, ressalta
Marcus Yu Bin Pai.

Fonte: https://pebmed.com.br/sedentarismo-somente-15-dos-adolescentes-se-exercitam-o-
suficiente/#:~:text=Oito%20em%20cada%20dez%20crian%C3%A7as,n%C3%ADveis%20nos%20
%C3%BAltimos%2015%20anos.

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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
De acordo com a OMS, qual é a definição de sedentarismo?
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De acordo com o texto, o nível de sedentarismo é maior entre as meninas (89%) quando
comparadas com os meninos (78%). Em sua opinião, quais fatores explicam essa
disparidade?
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O PREÇO DA AUTOMATIZAÇÃO PARA A SAÚDE


Podemos dizer que o vilão do comodismo atual é um elemento de grande utilidade
para a produtividade e de enorme prejuízo para a saúde do ser humano: o botão! O botão
do automatismo, a tecla ou dispositivo que acionam os mecanismos automáticos, elétricos
e eletrônicos que, pouco a pouco, vão substituindo o trabalho físico por máquinas,
engrenagens ou chips. Sinal dos tempos? Evolução tecnológica? Progresso? Claro que sim,
afinal estamos na era da internet, da globalização, e não teria nenhum sentido negar que os
recursos que permitem ao homem evoluir nas comunicações, na produtividade, na
criatividade, no conhecimento.
Entretanto, não podemos desprezar o impacto de tal fenômeno sobre a saúde do ser
humano. Nosso organismo está, há milhares de anos, adaptado para interagir com meio
ambiente de forma ativa. A sobrevivência do ser humano sempre dependeu de atividades
físicas associadas a um gasto energético significativo. Todo o raciocínio que estrutura o
conhecimento da saúde humana considera que um indivíduo deva gastar por dia cerca de
2000 a 3000 calorias, dependendo da sua massa corporal. Contudo, esse valor se torna
cada vez mais distante da realidade. Estamos acrescentando mais e mais recursos para
economizar energia. Quem é o responsável? O botão!

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Para que você não pense que estamos apenas brincando, aqui vai uma
recomendação séria: reaja aos botões! Isso não significa deixar de apertá-los, mas sim
responder ao conforto que proporcionam com uma iniciativa indispensável à saúde:
desenvolvendo um programa de exercícios. Acrescente 30 minutos por dia de exercício
físico a sua vida.

Como reduzir os comportamentos sedentários?


Quando passamos grandes períodos sendo sedentários, favorecemos a ocorrência
de diferentes problemas de saúde, mesmo que pratiquemos atividades físicas. Sendo assim,
para a garantia de uma vida mais saudável e maior qualidade de vida, veja a seguir algumas
dicas para reduzir o sedentarismo:
• Interrompa seu estado de repouso: É importante evitar permanecer por longos
períodos sentado ou deitado. Atualmente, é muito comum que as pessoas passem
muitas horas estudando ou trabalhando sentadas, sendo fundamental que, de tempos
em tempos, esse estado de repouso seja interrompido. Levantar-se para beber água
ou ir ao banheiro a cada hora pode ajudar no aumento da movimentação.
• Inclua tarefas no seu dia a dia que movimentem seu corpo: Se você passa longos
períodos sentado ou deitado, os alterne com atividades do dia a dia que exijam maior
movimentação. Brincar com o pet, limpar a casa e cuidar das plantas são atitudes
simples que te ajudam a diminuir o comportamento sedentário.
• Reduza o tempo de tela: Muitas pessoas exageram no tempo que gastam na frente
da televisão ou celular, sendo fundamental a redução desse tempo de tela. Substitua
essa atividade por outra que leve a um maior gasto de energia. No caso das crianças,

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Educação Física, Esporte e
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é fundamental encorajá-las a deixar os aparelhos um pouco de lado e buscar outras


formas de diversão, como brincadeiras ao livre e com outras crianças.
• Aumente o número de passos que você dá durante o dia: Para isso, você pode
optar por trocar o carro por caminhar até o trabalho ou escola, adicionar uma
caminhada à sua rotina e utilizar escadas em vez de elevador.
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/sedentarismo.htm

Recomendações da OMS sobre a realização de atividades físicas


A OMS recomenda que todas as pessoas, independentemente de idade, realizem
atividades físicas como forma de melhorar sua qualidade de vida e prevenir o
desenvolvimento de várias doenças, melhorando até mesmo sua saúde mental e cognitiva.
As recomendações da OMS apresentadas nas Diretrizes Para Atividade Física e
Comportamento Sedentário são:
• Crianças e adolescentes (5 a 17 anos): Realizar pelo menos 60 minutos por dia de
atividade física de moderada a vigorosa intensidade, sendo a maior parte dessa
atividade aeróbica. Recomenda-se também que em pelo menos três dias da semana
sejam incorporadas atividades aeróbicas de moderada a vigorosa intensidade, assim
como aquelas que fortalecem os músculos e ossos. Crianças e adolescentes com
deficiência também devem realizar atividades físicas, entretanto, deve-se procurar um
médico para que o tipo de atividade e sua quantidade sejam ajustados para cada
caso.
• Adultos (18–64 anos): Realizar pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física
aeróbica de moderada intensidade ou pelo menos 75 a 150 minutos de atividade física
aeróbica de vigorosa intensidade ao longo da semana. Pode-se também combinar
atividades moderadas e vigorosas. Para benefícios adicionais à saúde, recomenda-
se que sejam realizadas atividades de fortalecimento muscular de moderada
intensidade ou maior em pelo menos dois dias da semana. Adultos com deficiência
precisam consultar um profissional da saúde para que o melhor tipo de atividade seja
recomendado.
• Idosos (65 anos ou mais): Realizar durante a semana pelo menos 150 a 300
minutos de atividade física aeróbica de moderada intensidade ou pelo menos 75 a
150 minutos de atividade física aeróbica de vigorosa intensidade. Combinações de
atividades moderadas e vigorosas podem ser feitas ao longo da semana. Para
conseguir benefícios adicionais à saúde, idosos também devem realizar atividades de

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Educação Física, Esporte e
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fortalecimento muscular em pelo menos dois dias da semana e atividades que


enfatizam o equilíbrio funcional e o treinamento de força em pelo menos três dias da
semana.
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/sedentarismo.htm

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Você se considera uma pessoa sedentária? Por quê?
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Quais as recomendações da OMS em relação a prática de atividades físicas na


adolescência?

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Como reduzir os comportamentos sedentários?


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Seção II – Alimentação saudável

O QUE SÃO ALIMENTOS


Alimentos são todas as substâncias sólidas e líquidas que, levadas ao tubo digestivo,
são degradadas e depois usadas para formar e/ou manter os tecidos do corpo, regular
processos orgânicos e fornecer energia. Mas devemos tomar cuidado com definições
genéricas. Um exemplo: não existem alimentos perfeitos, ou seja , nenhum alimento possui
todos os nutrientes responsáveis por regular, construir ou manter os tecidos e fornecer
energia. Também existem alimentos que só nos fornecem calorias vazias, ou seja, são
concentrados em certas substâncias que se transformam apenas em energia após a
digestão, como é o caso das bebidas álcoólicas e refrigerantes.

Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/alimentacao_saudavel.pdf

O QUE SÃO NUTRIENTES?


Nutrientes são substâncias presentes nos alimentos que são importantes para o
funcionamento do nosso organismo. Nosso corpo adquire-os por meio do processo de
digestão, que garante a quebra dos alimentos em partículas menores que podem ser
absorvidas pelo corpo.

Tipos de alimentos apresentam uma quantidade específica de nutrientes, sendo


fundamental saber combiná-los para obter-se uma dieta saudável. A seguir exploraremos
mais a respeito dessas substâncias e sua importância.

Os nutrientes são classificados em dois grandes grupos:

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

o Macronutrientes.
o Micronutrientes.

Macronutrientes são aqueles que nosso corpo necessita em maior quantidade pois
fornecem energia, sendo encontrados abundantemente nos alimentos. Proteínas,
carboidratos e lipídios. Micronutrientes, por sua vez, são aqueles necessários em
pequenas doses para que haja um bom funcionamento do organismo e não fornecem
energia, sendo encontrados em baixa quantidade nos alimentos. Vitaminas e minerais são
exemplos deles.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/nutrientes.htm

MACRONUTRIENTES

Os macronutrientes podem ser definidos como os elementos que fornecem grande


parte da força e do vigor físico necessário para o nosso corpo se manter ativo. Por reporem
as energias gastas durante o dia a dia, são considerados indispensáveis para uma vivência
saudável.

Como estão presentes em quase todos os itens básicos de nosso cardápio, os


macronutrientes formam a base de toda a cadeia alimentar. Ao lado dos micronutrientes,
eles constituem a nutrição completa do organismo, porém, devemos ingeri-los em maior
quantidade para um melhor funcionamento das funções vitais do nosso corpo.

Os macronutrientes integram os carboidratos, proteínas e lipídios — isto é, as


gorduras.

Como são formados por grandes estruturas, precisamos quebrá-los em partes


menores para que sejam absorvidos de maneira plena pelo organismo.

Responsáveis por fornecer 100% de nossa energia, sua ingestão diária é fundamental
para a conquista de um corpo saudável, equilibrado e bem-disposto.

Para entender melhor a sua importância em nossa alimentação, é necessário


compreender a função de cada um dos elementos desse grupo. A seguir, confira mais sobre
os tipos de nutrientes.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

CARBOITRADOS

Conhecidos como a principal fonte de energia do ser humano, os carboidratos são


responsáveis por diversas funções de nosso metabolismo. Por atuarem como combustível
para o corpo, seu baixo consumo pode causar diversos prejuízos — principalmente ao
sistema nervoso central.

Sem os carboidratos, não conseguiríamos realizar nenhuma atividade, afinal, são eles
que fornecem energia para as células do organismo. Além disso, sua carência pode resultar
em dificuldades de concentração, falta de ânimo, fraqueza, cansaço, tonturas e dores de
cabeça.

Os carboidratos se classificam da seguinte forma:

o Monossacarídeos: dos quais fazem parte a glicose, frutose e galactose;


o Dissacarídeos: que compreendem a sacarose, lactose e maltose;
o Polissacarídeos: grupo em que estão agrupados o amido, glicogênio, dextrina e
celulose.

Esses macronutrientes são encontrados em abundância na maior parte dos grãos,


vegetais e açúcares, e suas principais fontes são massas, pães, frutas, batatas e demais
tubérculos — como batata-doce e mandioca.

Embora muitas dietas restritivas busquem a eliminação dos carboidratos, seu consumo
é essencial para a manutenção de um corpo saudável. Por isso, o ideal é selecionar

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

alimentos desse grupo que contribuam para uma melhor qualidade de vida, como as versões
integrais.

LIPÍDIOS

Também conhecidos como gorduras, os lipídios têm diversas funções no organismo.


Importantes isolantes térmicos, eles compõem nossas estruturas celulares e conferem maior
palatabilidade aos alimentos.

Assim como os carboidratos, eles são fontes de energia e força para o nosso corpo,
já que atuam no transporte de nutrientes. Apesar de muitas dietas restringirem o uso de
gorduras, seu consumo é essencial, afinal, elas são responsáveis pela produção de
hormônios.

No entanto, é importante ter equilíbrio no consumo desse macronutriente — em


excesso, pode causar problemas de saúde como obesidade e diabetes. Alimentos como
manteiga, óleos, queijos, carnes, gema de ovo, creme de leite, abacate e oleaginosas
(nozes, castanha, amendoim) são as principais fontes de lipídios.

PROTEÍNAS

Enquanto os carboidratos fornecem energia para o nosso corpo, as proteínas têm


diversas funções, como a produção de hormônios, enzimas e anticorpos. Essenciais para
uma vida ativa e saudável, elas atuam na restauração de proteínas corpóreas e contribuem
com diversos fluidos, como muco, leite materno e esperma.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Além disso, as proteínas auxiliam na construção de tecidos como pele e músculo e,


ainda, ajudam na formação da estrutura do organismo. Estão em alimentos de origem
vegetal e animal e se classificam em 3 grupos, sendo:

o Proteínas de alto valor biológico: que apresentam aminoácidos essenciais em


proporções adequadas — é o caso dos ovos, peixes e carnes vermelhas;
o Proteínas de baixo valor biológico: seus aminoácidos essenciais não estão
presentes nas proporções ideais, caso das leguminosas e cereais integrais;
o Proteínas de referência: neste grupo, estão presentes os alimentos com
aminoácidos essenciais em quantidades elevadas, como o leite e os ovos.

As proteínas podem ser encontradas nos mais variados tipos de alimentos, como ovos,
leite e derivados, carne branca e vermelha, peixes, oleaginosas e leguminosas — como
grão-de-bico e soja.

MICRONUTRIENTES

Sabe os minerais e as vitaminas? Então, esses são os micronutrientes. São


essenciais para a facilitação das reações químicas que ocorrem em nosso corpo. Ajudam
no bom funcionamento do metabolismo e na regulação da função celular. Podemos
encontrar os micronutrientes em verduras, cereais, legumes, frutas, leguminosas e carnes.
São essenciais para o nosso corpo, porém a demanda de nosso organismo é menor.

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Corpo\e

SAIS MINERAIS

Sais minerais: são nutrientes inorgânicos necessários em pequenas quantidades no


nosso organismo. Dentre os principais sais minerais necessários ao funcionamento do nosso
organismo, podemos citar: cálcio, fósforo, potássio, cloro, sódio, ferro e flúor. Cada sal
mineral atua de forma diferente no corpo, por exemplo: o cálcio relaciona-se com a formação
de ossos e dentes e o ferro atua como componente da hemoglobina.

VITAMINAS

São moléculas orgânicas extremamente importantes para nosso organismo,


entretanto, são necessárias em pequenas quantidades. As vitaminas podem ser
classificadas em hidrossolúveis e lipossolúveis. No grupo das vitaminas hidrossolúveis estão
a vitamina B e a vitamina C. Já no grupo das vitaminas lipossolúveis encontramos vitamina
A, vitamina D, vitamina E e vitamina K.

Elas exercem variadas funções no organismo: a vitamina A, por exemplo, é


componente de pigmentos visuais e atuam na manutenção dos tecidos epiteliais; a vitamina
K atua no processo de coagulação; e a vitamina C é importante na síntese do colágeno."

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/nutrientes.htm

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Defina: ALIMENTOS e NUTRIENTES!
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Qual é a principal função dos MACRONUTRIENTES?


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Qual é a principal função dos MICRONUTRIENTES?


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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
A alimentação saudável é aquela que oferece ao corpo os nutrientes necessários para
o seu bom funcionamento, permitindo que o indivíduo tenha uma saúde equilibrada e uma
boa qualidade de vida. No entanto, não basta consumir saladas e evitar gorduras. Uma
alimentação saudável existe quando há uma ingestão balanceada de nutrientes e vitaminas,
considerando uma correta proporção de consumo de proteínas, gorduras, carboidratos,
fibras, entre outros.

A alimentação saudável é representada graficamente através da pirâmide alimentar.


Você já ouviu sobre o conceito da pirâmide alimentar? A pirâmide é uma forma gráfica de
orientar às pessoas em relação à construção de uma dieta adequada para uma alimentação
saudável. Nela, é possível entender as proporções recomendadas de cada grupo de
alimentos, garantindo que o nosso corpo receba os nutrientes de que necessita.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Base da pirâmide
Na base da pirâmide, estão os carboidratos. Eles são os responsáveis por fornecer
energia. Portanto, quase todos os carboidratos acabam virando açúcar. Isso faz com que
estes alimentos sejam, muitas vezes, encarados como vilões no processo de
emagrecimento.

O segredo, porém, para conseguir uma alimentação saudável é consumir os


carboidratos em suas versões integrais, que além de energia são ótimos fornecedores de
fibras, vitaminas e minerais. Por não serem tão processados quanto suas versões brancas
ou refinadas (como o arroz branco, por exemplo), são mais saudáveis para o organismo,
além de auxiliarem para uma absorção mais lenta - mantendo a fome sob controle.

No segundo nível da base, estão os legumes e verduras, que oferecem uma boa
ingestão de fibras e outros nutrientes responsáveis pelo funcionamento do organismo e
crescimento do corpo.

Se consumidos nas suas versões cruas, antes das refeições, auxiliam no


funcionamento do intestino e ajudam a regular a fome na hora da refeição principal.

Neste grupo, também, incluem-se as frutas. No entanto, como as frutas contêm


açúcar, é importante que o consumo seja moderado.

Variar os pratos, consumido verduras, legumes e frutas diferentes, é essencial para


garantir a ingestão de vitaminas e minerais variados. Isso porque cada alimento tem
nutrientes diferentes, em proporções diferentes. Aquela história de “quanto mais colorido o
prato, melhor” é a afirmação mais verdadeira que você já ouviu.

Meio da pirâmide
Carnes, ovos e leguminosas fazem parte do próximo nível da pirâmide, como fontes
de proteínas e responsáveis pela construção e reparação de tecidos. As proteínas de origem
animal, como carnes vermelhas e brancas (aves e peixes), também são fontes de vitaminas
do complexo B e minerais.

Além das proteínas de origem animal, existem as proteínas vegetais. Quem optar por
seguir uma dieta vegetariana ou vegana deve cuidar para fazer as trocas corretas,

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Educação Física, Esporte e
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garantindo que o consumo de proteína seja o suficiente. Alguns exemplos são: feijão (todos
os tipos), lentilha, grão de bico, ervilha e soja.

Ainda neste nível da pirâmide, estão os queijos, leites e derivados. Ricos em cálcio,
proteínas e vitaminas A e D. Evite, no entanto, as versões mais gordurosas, com queijo
cheddar. Uma dica: quanto mais amarelo o queijo, mais gordura ele tem.

Topo da pirâmide
No topo da pirâmide, ou seja, o que deve ser consumido menos, estão as gorduras e
os açúcares. Manteiga, maionese, óleos, azeites são exemplos de alimentos que devem ser
consumidos com moderação. Menos de 10% das gorduras transformam-se em açúcar, ou
seja, energia, sendo o resto depositado como gordura no corpo. Produtos industrializados
como biscoitos, salgadinhos e afins possuem uma quantidade muito maior de gordura do
que o recomendado.

A IMPORTÂNCIA DE TER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL


Uma alimentação saudável é fundamental para o funcionamento correto do nosso
organismo. A importância de ter uma alimentação saudável não deve ser uma novidade para
você. Imagine que você tem um carro. Para o carro andar, precisa de gasolina. Mas se você
colocar uma gasolina adulterada, por exemplo, terá problemas com o motor. Certo?

O nosso corpo funciona com a mesma lógica. Para ele funcionar, precisa dos seus
combustíveis. Proteínas, carboidratos, fibras, minerais, vitaminas são alguns exemplos.

Cada grupo alimentar tem sua função específica, e entender a correta proporção
necessária para o bom funcionamento do organismo é fundamental. Caso contrário, o corpo
sofre panes. Doenças como obesidade, diabetes, hipertensão, gastrite, osteoporose,
enxaqueca, gota, anemia e muitas outras podem ter como origem uma alimentação
desequilibrada.

Alguns benefícios de ter uma alimentação saudável são:

• Manutenção de um peso saudável.


• Bom funcionamento do intestino.

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• Prevenção de doenças cardiovasculares.


• Controle de doenças como diabetes e hipertensão.
• Prevenção do câncer.
• Combate contra doenças mentais, como depressão.
• Melhora as funções de aprendizado e de memória.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
O que é a PIRÂMIDE ALIMENTAR?
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Você considera ter uma boa alimentação? Em sua opinião, quais pontos podem ser
melhorados?
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Qual é a importância de se ter uma boa alimentação?


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Seção III – Perfil Alimentar

QUESTIONÁRIO
1) Quantos copos de água você bebe por dia?

a) Não bebo muita água;

b) Menos de quatro copos;

c) Mais de cinco copos.

2) Quantas vezes por dia você come? (conte também os lanches da manhã e da tarde).

a) Uma ou duas vezes por dia;

b) De três a quatro vezes por dia;

c) Mais de cinco vezes por dia.

3) Como costuma ser seu café da manhã?

a) Café preto e no máximo um biscoitinho;

b) Café com leite, pão branco, margarina, queijo e presunto;

c) Frutas e sucos naturais, cereais integrais, tapioca, pão integral.

4) Qual é, em média, a quantidade de frutas que você consome por dia?

a) Não como frutas nem bebo suco natural de frutas todos os dias;

b) Três unidades;

c) Duas ou menos unidades.

5) O que você leva de lanche para a escola?

a) Não levo nenhum tipo de lanche;

b) Chocolates, pães, bolachas recheadas, salgadinhos, refrigerante;

c) Frutas, iogurte, barrinha de cereal, sanduíche de pão integral.

6) Você consome algum tipo de verdura ou legume todos os dias:

a) Não consumo verdura nem legumes;

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b) Duas ou menos vezes por semana;

c) Todos os dias.

7) Quantas vezes por semana você come carne vermelha?

a) Todos os dias;

b) Não consumo carne vermelha;

c) Duas vezes ou mais.

8) Quantas vezes por semana você pratica atividades físicas?

a) Todos os dias;

b) Duas vezes ou mais;

c) Não pratico nenhuma atividade física.

9) Qual tipo de gordura é mais utilizado na sua casa para cozinhar os alimentos?

a) Gordura animal ou manteiga;

b) Óleos vegetais (óleo de soja, girassol, algodão, canola);

c) Margarina ou gordura vegetal.

10) Você costuma tomar refrigerantes com qual frequência?

a) Não tomo refrigerantes;

b) Três ou menos vezes por semana;

c) Todos os dias.

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→ De 0 a 10 pontos

Reflita seus hábitos alimentares, e lembre-se sempre que uma alimentação desregulada
pode levar à obesidade, diabetes, hipertensão, problemas no coração, desnutrição, entre
outros. Reveja sua dieta alimentar e tente melhorar, seu corpo e sua saúde agradecem.

→ De 11 a 20 pontos

Sua alimentação está boa, mas ainda não é a ideal. Analise seus hábitos alimentares e
verifique o que pode mudar.

→ De 21 a 30 pontos

Parabéns, você mostrou que sabe cuidar de sua saúde fazendo escolhas inteligentes e
equilibradas.

Fonte: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/teste-alimentacao-seus-alunos.htm

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Você ficou surpreso (a) com o resultado? Justifique sua resposta.
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ÍNDICE DE MASSA CORPORAL


O IMC é um cálculo simples que permite avaliar se a pessoa está dentro do peso que
é considerado ideal para a sua altura. Também conhecido como Índice de Massa Corporal,
o IMC é uma fórmula utilizada por vários profissionais de saúde, incluindo médicos,
enfermeiros e nutricionistas, para saber, de uma forma rápida, se a pessoa precisa ganhar
ou perder peso.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

COMO CALCULAR?

IMC é determinado pela divisão da massa do indivíduo pelo quadrado de sua altura,
em que a massa está em quilogramas e a altura em metros.

Após o cálculo do índice, a OMS adota uma tabela que indica os graus de obesidade:

IMC EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

As crianças naturalmente começam a vida com um alto índice de gordura corpórea,


mas vão ficando mais magras conforme envelhecem. Além disso, também há diferenças
entre a composição corporal de meninos e meninas. E foi para poder levar todas essas
diferenças em consideração que os cientistas criaram um IMC especialmente para as
crianças .

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Os médicos e demais profissionais nutricionistas usam um conjunto de gráficos de


crescimento para seguir o desenvolvimento de crianças e jovens adultos dos dois aos 20
anos de idade. O IMC por idade utiliza a altura, peso e idade de uma criança para determinar
quanta gordura corporal ele ou ela tem e compara os resultados com os de outras crianças
da mesma idade e gênero. Ele pode ajudar a prever se as crianças terão risco de ficar acima
do peso quando estiverem mais velhas.

Cada gráfico contém um conjunto de curvas que indica o percentil da criança. Por
exemplo, se um garoto de 15 anos de idade está no percentil 75, isso significa que 75% dos
garotos da mesma idade têm um IMC mais baixo. Ele tem o peso normal e, embora seu IMC
mude durante seu crescimento, ele pode se manter nas proximidades do mesmo percentil e
permanecer com um peso normal.

A faixa de IMC normal pode ficar mais alta para as meninas conforme elas vão
amadurecendo, já que as adolescentes normalmente têm mais gordura corporal do que os
adolescentes. Um garoto e uma garota da mesma idade podem ter o mesmo IMC, mas a
garota pode estar no peso normal enquanto o garoto pode estar correndo risco de ficar acima
do peso.

Os médicos dizem ser mais importante acompanhar o IMC das crianças ao longo do
tempo do que olhar um número individual, pois elas podem passar por estirões de
crescimento.

A tabela com os valores do IMC para Adolescentes entre 10 e 19, conforme fora
anteriormente citado é baseado em percentis:

o Baixo Peso = Percentil menor que 5.


o Peso Normal (Eutrófico) = Percentil igual a 5 e menor que 85.
o Sobrepeso = Percentil igual ou maior que 85.

CALCULE SEU IMC

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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Você ficou surpreso (a) com o resultado? Justifique sua resposta.
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BALANÇO CALÓRICO
Balanço Calórico é o equilíbrio entre a quantidade de calorias ingeridas (através de
alimentos) e a quantidade de calorias gastas através da taxa de metabolismo basal + calorias
gastas com atividades. (Taxa de metabolismo basal é a quantidade de calorias mínimas que
o corpo consome em repouso).
Quando a ingestáo calórica é igual ao gasto, o peso se mantém, pois náo há
necessidade de "buscar" calorias armazenadas nas reservas e nem há caloria não-utilizada
para ser armazenada. Significa que o balanço calórico está em equilíbrio (neutro). Quando
a ingestáo calórica é maior do que o gasto, o peso aumenta. Neste caso, o organismo utiliza
a quantidade necessária de calorias e o restante é armazenado como gordura corporal.
Significa que o balanço calórico está positivo. Finalmente, quando a ingestáo calórica é
menor do que o gasto, o peso diminui. Pois as calorias obtidas na alimentaçáo náo sáo
suficientes para suprir o gasto, entáo o organismo recorre às calorias armazenadas na
gordura corporal. Significa que balanço calórico está negativo. Sabendo disso, uma pequena
equaçáo é formulada:

Balanço Calórico = lngestào Calórica - Gasto Calórico

Se o balanço calórico for maior que zero, é positivo, se for menor que zero, negativo.
E se for igual a zero, ele está em equilíbrio (neutro).
Uma pessoa que quer ganhar peso para aumentar a massa muscular, deve ter um
balanço calórico positivo. Enquanto alguém que quer perder peso emagrecendo, deve ter
um balanço calórico negativo. Porém, é importante lembrar que ganhar ou perder peso náo
é o mesmo que engordar ou emagrecer. 0 peso perdido pode ser de gordura ou de massa
magra (composta por músculos, ossos, órgáos internos). O tipo de exercício e a qualidade

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da sua dieta é que váo definir isto. É importante saber o quê, quando e quanto comer para
conseguir direcionar esse aumento ou diminuiçáo de peso.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_de_massa_corporal
https://www.tuasaude.com/imc/
https://www.treinocorreto.com/baIanco-caIorico/

PARA FIXAR O APRENDIZADO


O Que é Gasto Calórico? Como Calcular o Gasto Calórico?

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Analise a afirmativa abaixo e assinale a alternativa correta: “Um indivíduo que tem um TBM
de 2500 kcal, ingeriu cerca de 3000 kcal em alimentos diversos durante o dia, e gastou
outras 1000 Kcal em atividades e exercícios físicos como lavar carros e jogar Futebol“.

Ao final do dia, podemos afirmar que:

a) 0 balanço calórico foi positivo 1500 kcal.

b) 0 balanço calórico foi negativo em 500 kcal.

c) 0 balanço calórico foi neutro.

d) 0 balanço calórico foi positivo em 500 kcal.

e) 0 balanço calórico foi negativo 1500 kcal.

Visando perder peso rapidamente, um indivíduo fez uma dieta durante 15 dias, representada
na tabela abaixo.

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Educação Física, Esporte e
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Ao observar a tabela, qual(is) dia(s) podemos afirmar que houve balanço calórico:

Positivo: _________________________________________________________________

Negativo: ________________________________________________________________

Neutro: __________________________________________________________________

Sabendo que cada 8 kcal a menos representam aproximadamente 1g de gordura


metabolizada. Podemos afirmar que este indivíduo perdeu aproximadamente quantos
gramas de gordura ao final dos 15 dias de dieta?

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Seção IV – Exercício Físico

DICAS PARA UMA PRÁTICA SEGURA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS


A HORA IDEAL
Escolha a hora do dia em que sentir maior disposição para a prática de exercícios. Na
realidade, a hora ideal varia de pessoa para pessoa, dependendo do relógio biológico
individual. Algumas pessoas acordam com enorme disposição física, caracterizando o início
da manhã como o melhor momento para fazer exercícios. Outras pessoas ficam sonolentas
no período da manhã e só vão sentir disposição física para fazer exercícios à tarde ou a
noite. Se possível, escolha seu momento de maior disposição. Também não existe a
necessidade de fazer exercício sempre no mesmo horário. Não haverá nenhum problema
se você tiver de optar por horários diferentes em dias diferentes.

ALIMENTAÇÃO PRÉVIA
Está recomendação é muito importante: não faça exercícios em jejum! Fazer uma sessão
de uma hora de exercícios em jejum pode provocar um grande mal-estar e mesmo a perda
de consciência em decorrência de uma hipoglicemia (queda de glicose no sangue).

ALONGAMENTO
A prática do alongamento é essencial para absorver, transmitir e armazenas energia
para o movimento, evitando assim a tensão excessiva sobre os tendões com aumento da
tensão no músculo total. Alguns benefícios do alongamento:

Melhora da aptidão física.

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Educação Física, Esporte e
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Relaxamento mental e físico.

Aumento da consciência corporal.

Redução de risco de lesões no sistema musculoesquelético.

Aumento da capacidade de contração dos músculos.

Redução das dores musculares pós-exercícios.

Redução da tensão muscular.

Diminuição de cólicas menstruais.

AQUECIMENTO
É importante incorporar a sessão de exercícios uma rotina breve porém básica de
aquecimento, com exercícios de alongamento apropriados que desenvolvem e mantêm a
flexibilidade, assim como preparam os músculos, articulações e ligamentos para o estresse
causado pelo exercício. Objetivos do aquecimento:

Aumento da temperatura corporal.

Melhora do transporte de oxigênio.

Aumento da frequência cardíaca.

Prevenção de lesões.

Melhora da coordenação inter e intramuscular.

Movimentos iniciais: realize rotações articulares (girar os braços, punhos, pés,


pescoço em
movimentos suaves), flexão dos joelhos, cotovelos e etc. Aquecimento dinâmico geral:
atividades aeróbicas (correr, pedalar, saltar), atividades realizadas em uma baixa
intensidade.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

4º BIMESTRE

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

QUALIDADE DE VIDA
Seção I – Qualidade de vida: uma abordagem física, mental e emocional

O QUE É QUALIDADE DE VIDA?


Apesar de ser um conceito difícil de explicar, a maioria das pessoas percebe
intuitivamente o que é qualidade de vida. Ou seja, embora o significado de qualidade de vida
não seja, por vezes, óbvio para algumas pessoas, a sua noção é clara para toda a gente. A
maioria das pessoas relaciona a qualidade de vida com o “sentir-se bem”. De facto, esta
noção de qualidade de vida vai de encontro aos principais fatores que a influenciam, como
veremos adiante, que são a saúde, o trabalho e o meio ambiente.

O conceito de qualidade de vida é muito abrangente, compreende não só a saúde


física como o estado psicológico, o nível de independência, as relações sociais em casa, na
escola e no trabalho e até a sua relação com o meio ambiente. De facto, existem
naturalmente outros fatores que a influenciam, mas comecemos por ver o que significa
qualidade de vida, para a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O conceito de qualidade de vida está diretamente associado à auto-estima e ao bem-


estar pessoal e compreende vários aspetos, nomeadamente, a capacidade funcional, o nível
socio-económico, o estado emocional, a interação social, a atividade intelectual, o
autocuidado, o suporte familiar, o estado de saúde, os valores culturais, éticos e religiosos,
o estilo de vida, a satisfação com o emprego e/ou com atividades diárias e o ambiente em
que se vive.

Para a OMS, a definição de qualidade de vida é a “a percepção que um indivíduo tem


sobre a sua posição na vida, dentro do contexto dos sistemas de cultura e valores nos quais
está inserido e em relação aos seus objectivos, expectativas, padrões e preocupações”.
Trata-se de uma definição que contempla a influência da saúde física e psicológica, nível de
independência, relações sociais, crenças pessoais e das suas relações com características
inerentes ao respetivo meio na avaliação subjectiva da qualidade de vida individual. Neste
sentido, poderemos afirmar que a qualidade de vida é definida como a “satisfação do
indivíduo no que diz respeito à sua vida quotidiana”. Não devemos confundir qualidade de
vida com padrão de vida. Muitas pessoas têm uma errada noção de qualidade de vida,
confundindo os termos. Padrão de vida é uma medida que calcula a qualidade e quantidade
de bens e serviços disponíveis.

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Educação Física, Esporte e
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Qualidade de vida e saúde física


A saúde física afeta, obviamente, a nossa qualidade de vida. Por exemplo, existe uma
relação entre atividade física, a melhoria da condição de saúde e a qualidade de vida. Da
mesma forma, existe uma relação ente uma correta alimentação e a qualidade de vida. A
qualidade de vida e alimentação saudável são conceitos que estão estritamente
relacionados. Ter uma alimentação saudável e equilibrada é fundamental para o bem-estar
do indivíduo. Quando o organismo recebe as quantidades ideais de nutrientes e vitaminas
de que precisa, a sua saúde física melhora e consequentemente aumenta a qualidade de
vida.

Em resumo, se conseguirmos melhorar a nossa condição de saúde física rumo a uma


vida mais saudável, através de uma correta promoção da saúde, então conseguiremos
melhorar a nossa qualidade de vida.

Qualidade de vida e saúde mental


O conceito de qualidade de vida tem vindo a ganhar, cada vez mais, uma importância
crescente no domínio da saúde mental e dos cuidados de saúde, aumentando a sua
importância no discurso e prática médica.

Não é por acaso que a definição dada pela OMS para saúde é ampla. Ela define-a
como “o estado de completo bem-estar físico e mental”. Muitas vezes, algumas pessoas ao
pensar em saúde e qualidade de vida deixam de lado a saúde mental.

Contudo, a saúde mental possui, hoje, uma enorme importância. Assistimos ao


aumento dos casos de stress crónico e burnout, ansiedade e depressão para além de tantos
outros problemas psicológicos e emocionais.

Uma pessoa com a saúde mental debilitada, deprimida, por exemplo, tem grande
dificuldade em manter relacionamentos amorosos, desempenhar as funções no trabalho e
até mesmo educar os filhos. Uma pessoa com problemas emocionais pode influenciar todos
os membros da família. Uma pessoa com a saúde mental afetada está mais propensa à
dependência de drogas e de álcool, a contrair doenças infeciosas, desenvolver alergias,
doenças auto-imunes, etc. Existem, no entanto, muitas outras consequências nefastas
quando descuramos a saúde e o bem-estar mental e emocional.

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Educação Física, Esporte e
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Cuidar da saúde mental é muito mais simples do que parece, basta manter boas
relações com as pessoas que nos rodeiam, ter uma vida amorosa satisfatória, não remoer
problemas passados, não ser demasiado exigente consigo mesmo, perdoar-se e perdoar o
próximo, rir sempre que puder, chorar quando precisar e amar. Se sentir dificuldades em
fazer isto, é melhor procurar ajuda de um profissional.

Estar com boa saúde mental é estar em equilíbrio com o seu mundo interior e com o
mundo que o rodeia, é estar em paz consigo mesmo e com os outros.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
De acordo com a OMS, o que é qualidade de vida?
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Você considera ter uma boa qualidade de vida? Justifique sua resposta.
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Em sua opinião, o que seria necessário para que todas as pessoas de Piedade de Caratinga
tivessem uma boa qualidade vida?
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Seção II – Exercício Físico: A Chave Para Saúde

O QUE PRECISAMOS SABER SOBRE O EXERCÍCIO FÍSICO


EXERCÍCIO FÍSICO: SAÚDE OU ESTÉTICA?
A busca de um ideal estético, tão cultivada nos dias de hoje, talvez seja um dos
grandes problemas em questão. Resultados estéticos rápidos geralmente são obtidos à
custa de grandes agressões ao organismo. Investimentos com resultados a longo prazo são
o caminho para atingir os objetivos propostos.
Modificações graduais, que trazem resultados lentos porém definitivos, constituem a
melhor proposta a ser adotada. Os primeiros benefícios – tais como, REDUÇÃO DO
COLESTEROL, CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL EM NÍVEIS NORMAIS, E
REDUÇÃO DAS PLACAS DE GORDURAS NAS ARTÉRIAS – não chegam a ser visíveis,
pois a prioridade de tais tratamentos é a SAÚDE, e não a estética. O resultado estético tende
também a aparecer, porém é mais lento.

FAÇO MAIS EXERCÍCIOS QUE OS OUTROS. POR QUE ELES OBTÊM MELHORES QUE
RESULTADOS QUE EU?
Como se explicam as diferenças individuais nas respostas aos programas de
atividade física e reeducação alimentar?
Na prática, constamos, que por mais que o indivíduo se dedique a este programa,
nem sempre os objetivos são atingidos e a evolução temporal é, muitas vezes, mais lenta
que o esperado. Em muitos casos, verifica-se uma certa frustação e desestímulo quando se
observa que outras pessoas conseguem uma resposta mais rápida e eficaz ao mesmo
programa. Podemos classificar as respostas aos exercícios em quatro categorias:
1. Rápidas e intensas: Indivíduos que apresentam respostas rápidas e desenvolvem
grandes modificações funcionais e estéticas quando realizam um programa de
exercícios.
2. Rápidas e moderadas: Indivíduos que respondem rápido, porém apresentam
pequenas modificações no decorrer do tempo.
3. Lentas e intensas: Indivíduos que respondem lentamente, mas conseguem grandes
modificações.
4. Lentas e moderadas: Indivíduos que respondem lentamente e só obtêm pequenas
modificações.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

A explicação para essas diferenças tem origem fundamentalmente na herança


genética de cada um, ou seja, herdamos de nossos pais as características que nos
classificam em um dos quatro grupos.
Aqueles que fazem parte do grupo de respostas lentas e moderadas são os que mais
frequentemente se frustram com os resultados dos programas de exercícios, em ponto de
vista estético. Nesse casso, deve-se aceitar a limitação genética e valorizar os “benefícios
invisíveis” da prática de exercícios, que certamente serão colhidos em forma de qualidade
de vida e saúde.

EXERCÍCIOS AERÓBIOS (QUEIMA DE GORDURA) OU ANAERÓBICOS (GANHO DE MASSA


MUSCULAR) QUAL É DIFERENÇA?
Quando realizamos qualquer tipo de exercício físico, nosso corpo é submetido a uma
série de adaptações e ajustes, que dependem da natureza, intensidade e duração dos
exercícios.
Quando os músculos se contraem, ocorre transformação de energia química neles
armazenada em energia mecânica (trabalho = movimento).
Assim a realização de uma atividade física representa uma constante utilização de
energia química dos músculos. Para sustentar o exercício, é necessário um contínuo
suprimento dessa energia, que é gerado por duas fontes diferentes:
1. ANAERÓBICO
Energia obtida de mecanismos independentes de da utilização de oxigênio.
(Exercícios de alta intensidade e curta duração).

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

2. AERÓBICO
Energia produzida pela utilização do oxigênio na “queima” de substratos enérgicos,
especialmente das gorduras e dos carboidratos. (Exercícios de baixa intensidade e
longa duração).

Para a execução de exercícios de alta intensidade e curta duração, a energia é obtida


principalmente pelo primeiro sistema, ou seja, sem a participação do oxigênio. Esses são
chamados exercícios anaeróbicos e compreendem atividades como levantar peso, subir
escadas rapidamente, correr para subir no ônibus, lavar as roupas, correr em alta
velocidade. As adaptações ocorrem nos músculos propiciam os chamados efeitos
localizados. Esse é omodelo típico com exercícios com pesos (musculação).

Quando o exercícios é moderado, ou seja, de baixa intensidade e de longa duração, a


energia vai ser obtida principalmente pela utilização de oxigênio, caracterizando tais
exercícios como aeróbicos. Andar, pedalar, dançar, correr em velocidade moderada são
exemplos de atividades aeróbicas. Nesse caso, as adaptações solicitam o envolvimento dos
pulmões, do coração e da circulação sanguínea para conduzir o oxigênio aos músculos. Os
benefícios são, portanto, mais de natureza cardiorrespiratória.

Em resumo, os exercícios anaeróbicos são aqueles que exercem efeito mais localizado
nos músculos, enquanto os exercícios aeróbicos beneficiam sobretudo a saúde do sistema
cardiorrespiratório.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

COMBUSTÍVEIS PARA OS EXERCÍCIOS


Existem dois diferentes tipos de combustível energético que os músculos utilizam
durante aatividade física: os carboidratos e as gorduras. Quando realizamos qualquer
exercício, os músculos utilizam uma mistura dos dois combustíveis para produzir a energia
que é transformada em trabalho físico.
A mistura dos dois combustíveis varia de acordo a intensidade e duração dos
exercícios. Nos exercícios de intensidade elevada e duração mais curta (anaeróbicos),
predominam os CARBOIDRATOS como combustível energético. Por outro lado, quando o
exercício é de baixa intensidade e de longa duração (aeróbico), o predomínio são das
GORDURAS.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Em sua opinião, as pessoas praticam exercícios físicos visando à saúde ou os aspectos
estéticos? Justifique sua resposta.
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De acordo com texto, quais são os combustíveis energéticos que os músculos utilizam
durante a atividade física?
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PERGUNTAS E RESPOSTAS
1- Quantas vezes por semana devo fazer exercícios para manter a forma?
R. No mínimo três vezes. E isso vale até mesmo para quem está apenas começando, pois
os músculos necessitam ser trabalhados frequentemente, para evitar a sobrecarga na
musculatura, os desgastes e as lesões. Para entrar em forma, o ideal é iniciar com exercícios
leves em dias alternados em vez de duas horas em só dia.

2- E para emagrecer?
R. No mínimo três vezes por semana. Dê preferência aos exercícios aeróbicos (como
correr,caminhar, nadar, etc), que são mais eficientes. Mas você também precisa rever seus
hábitos alimentares para o programa ser eficaz.

3- Qual é o melhor calçado para fazer exercícios?


R. Cada tipo de exercício exige um tipo de calçado. De uma maneira geral, ele deve ser
flexível, leve, com solado de borracha sintética e camadas de ar, que absorvem o impacto e
dão impulsão e estabilidade. Ele deve ser do número do seu pé, nem folgado nem apertado,
e ainda deve ser usado com meias, que facilitam a transpiração, preserva higiene e
aumentam sua durabilidade.

4- A ginástica localizada emagrece?


R. Não. Seu gasto energético é muito pouco significativo, sendo também ineficaz para
remover as gordurinhas localizadas. Porém, auxilia no combate à flacidez, deixando o corpo
mais durinho e definido. O ideal seria combinar atividades aeróbicas com a ginástica
localizada.

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Corpo\e

5- Posso fazer ginástica na gravidez?


R. Sim, desde que devidamente orientada pelo obstetra e pelo fisioterapeuta antes de
começar qualquer atividade física. Os melhores exercícios são aqueles que não provocam
muito impacto, como a hidroginástica e caminhada.

6- É preciso suar para emagrecer?


R. Não. Na realidade a sudorese caracteriza uma situação de luta contra o calor, e o suor
perdido representa apenas líquidos e sais minerais e não tem nada a ver com as gordurinhas
a mais. Além disso, toda água perdida pelo suor deve ser reposta logo após o exercício.

7- Musculação engorda?
R. Não. No caso da musculação, pode até haver um pequeno aumento de peso, relacionado
com o aumento da massa muscular e não o acumulo de gordura no corpo. Geralmente a
pessoa ganha um pouco de peso, mas perde medidas e melhora na estética.

8- Qual é o melhor exercício para acabar com a flacidez abdominal?


R. Abdominais, pois eles ajudam a fortalecer a musculatura abdominal. Entretanto, para
resolver o problema, você precisa cuidar também da sua alimentação.

9- Dançar emagrece?
R. Sim. Pois é uma atividade aeróbica. Mas, para que dê mais resultados, o ritmo deve ser
constante e intenso durante pelo menos 45 minutos, no mínimo 3 vezes por semana.

10- Existe algum exercício para diminuir medidas só das pernas e do bumbum?
R. Não. Se o problema for o excesso de peso, uma dieta e exercícios aeróbicos reduzem as
medidas do corpo todo.

11- O que fazer pra aumentar as pernas e o bumbum?


R. Musculação. Existem aparelhos específicos para essas partes do corpo e os
agachamentos também são eficientes, mas é preciso tomar cuidado com a postura, evitando
sobrecarregar os
joelhos.

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12- Fazer musculação deixa a mulher com corpo de homem?


R. Não. É muito difícil para uma mulher aumentar demais o volume dos músculos. Isso só
acontece com halterofilistas e fisiculturistas, que treinam com esse objetivo e muitas vezes
fazem o uso de drogas. Se você fizer exercícios de musculação bem orientados para manter
a forma, não existe a menor possibilidade de ficar com aparência musculosa.

13- Qual é o melhor horário pra fazer exercícios?


R. Você deve escolher o horário em que sente a maior disposição, respeitando alguns
limites. No verão, evite as horas mais quentes (o exercício torna-se mais desgastantes sem,
no entanto, trazer maiores benefícios).

14- Depois de emagrecer, posso parar com a ginástica?


R. Não. Se você continuar consumindo o mesmo número de calorias, vai engordar de novo.
Só exercícios associados a uma alimentação balanceada podem deixar você em forma e
evitar a flacidez.

15- Quando paramos de fazer ginástica os músculos viram gorduras?


R. Não. Músculos e gorduras são duas coisas completamente distintas. O que pode
acontecer quando você parar de fazer exercícios é perder massa muscular e aumentar os
depósitos de gordura.

16- O alongamento prejudica a força e a definição dos músculos?


R. Não. O alongamento propicia uma maior flexibilidade, ajuda a prevenir lesões e melhora
a postura. Um músculo bem alongado é um músculo saudável.

17- Existe algum exercício para engordar?


R. Não. Nenhum exercício aumenta o nível de gordura do corpo. Pode-se entretanto
aumentar o peso corporal em função do aumento da massa muscular.

18- Se fizer apenas musculação vou entrar em forma mais rápido?


R. Não. A musculação pode trazer resultados mais rápidos que outros exercícios, mas só
contempla os músculos solicitados, não melhorando a condição cardiorrespiratória. Procure
alterná-la com exercícios aeróbicos.

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19- A ginástica só funciona quando sentimos dor muscular depois?


R. Muito pelo contrário. A dor é um aviso do corpo que você foi além dos seus limites e os
músculos não estavam preparados para tanto esforço. Se isso tem acontecido com
frequência, cuidado: você corre risco de se machucar.

20- Alongamento faz mal para coluna?


R. Não. O alongamento é um exercícios suave que, quando bem orientado, não oferece
risco. Os problemas (na coluna, articulações ou músculos) só aparecem se você
desobedecer seus limites. Por isso, faça os exercícios lentamente e pare quando sentir dor.

21- Qual é a melhor opção para quem está parado?


R. Caminhada e outros exercícios leves no início. Evite o uso de pesos e atividades muito
intensas, como a aeróbia de alto impacto e as corridas. Se sentir qualquer tipo de
desconforto pare imediatamente. Se sentir dor no dia seguinte, diminua a dose. Com o
tempo, você pode ir aumentando o tempo e intensidade dos exercícios.

22- Como evitar problemas nos joelhos, tornozelos e na coluna?


R. Respeitando seus limites nos exercícios e com uma boa postura não apenas durante a
atividade física mas também no dia-a-dia. Para quem está apenas começando, siga as
orientações para evitar estressar os músculos ou sobrecarregar as articulações.

23- Por que tenho cãibras?


R. Por excesso de esforço, desidratação, perda excessiva de sódio e potássio ou ainda por
outras causas.

24- Quando e o que devo comer antes de fazer exercícios?


R. Alimentos leves e água ou sucos naturais. Prefira saladas, frutas e iogurtes. Esqueça os
refrigerantes e as comidas gordurosas. O ideal é deixar um intervalo de no mínimo três horas
entre uma refeição completa e a ginástica. No caso de um lanche leve, espere pelo menos
30 minutos.

25- O que devo comer depois dos exercícios?


R. Carboidratos. Para repor as energias, você precisa de massas, cereais, pães e doces.
Mas se seu objetivo é perder peso, reduza a quantidade e evite as gorduras.

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26- Boa postura. O que é isso?


R. Uma boa postura é a posição em que o indivíduo permanece com a menor quantidade de
esforço muscular, protegendo o sistema musculoesquelético conta traumas.

27- O que é hiperlordose?


R. É o aumento da lordose lombar, curva normal na região inferior das costas, próxima à
cintura, ou cervical, região do pescoço. A dor geralmente aparece em atividades como ficar
em pé ou caminhar por muito tempo, o que acarreta uma acentuação da lordose, e diminui
quando a pessoa senta ou deita. Alguns fatores de risco lombar são a musculatura
abdominal fraca e a protução do abdome.

28- O que é hipercifose?


R. É o aumento anormal da concavidade na região na torácica (2/3 superiores das costas)
e pode surgir em qualquer nível, acima, próximo ou abaixo dos ombros. A pessoa torna-se
corcunda devido à má postura e à fraqueza muscular, um mau condicionamento físico ou
algumas doenças, como a osteocondrose.

29- O que é escoliose?


R. É o desvio da coluna vertebral e pode aparecer em qualquer nível da coluna, tanto para
direita como para a esquerda. Há dois tipos de escoliose e progressão do desvio depende
de vários fatores, como o período de surgimento e a magnitude do ângulo da curvatura.

30- Como voltar à forma depois da gravidez?


R. Com os mesmo exercícios que você fazia antes de engravidar. Em geral, os médicos
recomenda o retorno à atividade física 40 dias após o parto (se não houver complicações).
Para resultados mais rápidos, combine a ginástica localizada (que trabalhe a barriga, coxas
e bumbum) com alguma atividade aeróbica.

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BENEFÍCIOS DA PRÁTICA REGULAR DE EXERCÍCIOS FÍSICOS


BENEFÍCIOS FÍSIOLOGICOS

Redução da pressão arterial

Controle do peso corporal

Melhora da mobilidade articular

Aumento da força muscular

EFEITOS NA COMPOSIÇÃO CORPORAL

Diminuição do tamanho das


células adiposas

Aumento do peso corporal magro


(músculos)

Elevação do metabolismo

Manutenção do peso corporal

BENEFÍCIOS PSICOSSOCIAIS

Aumento da autoestima

Manutenção da autonomia

Alívio do estresse

Melhora da autoimagem

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Seção III – Saúde Mental

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PERIGOS À SAÚDE MENTAL DOS JOVENS NA


ATUALIDADE?
A adolescência é um momento único, complexo e formativo. O período que
compreende essa fase da vida inicia aos 10 anos e vai até os 19. Diferentes mudanças no
aspecto físico, emocional e social influenciam o comportamento e podem afetar a saúde
mental. É possível que essas alterações comportamentais gerem dilemas que exigem
atenção profissional especializada para reduzir os impactos resultantes dos problemas
típicos dessa etapa da vida.

Nessa perspectiva, vamos abordar as principais questões que tornam os


adolescentes mais vulneráveis aos problemas que comprometem a saúde mental. Veja,
neste material preparado com a colaboração do Dr. Marcel Vella Nunes, psiquiatra do
Hospital Santa Mônica, como evitar os riscos que prejudicam o desenvolvimento e ameaçam
a estabilidade na vida adulta. Confira, ainda, quais as melhores alternativas para a promoção
do equilíbrio psicológico e da proteção da saúde física e mental dos adolescentes e jovens
na atualidade.

Fatores que influenciam a saúde mental dos jovens

A adolescência é uma fase crucial para o aprendizado, o desenvolvimento e a


manutenção de grande parte dos hábitos sociais e emocionais mais importantes para a
estabilidade mental. Nesse sentido, a adoção de padrões de sono saudáveis, a realização

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regular de exercício físico e o desenvolvimento de habilidades que possibilitam o


gerenciamento de dificuldades figuram na lista das ações mais relevantes para uma
juventude saudável.

Diante disso, aprender formas de resolução de problemas interpessoais é essencial


para gerenciar emoções e conseguir lidar melhor com as adversidades da vida, sobretudo
quanto às eventuais frustrações que podem ocorrer. Assim, os ambientes como a família, a
escola e a comunidade são vistos como suporte de proteção — ou de risco — no que se
refere à adequação do comportamento dos jovens no âmbito social.

Listamos algumas questões determinantes e que podem elevar as chances de


desordens mentais nos mais jovens. Veja quais são:

• Desemprego.
• Conflitos familiares.
• Desejo de maior autonomia.
• Maior exposição ao estresse.
• Exploração da identidade sexual.
• Falta de qualidade de vida doméstica.
• Envolvimento precoce com drogas e álcool.
• Pressão para integrar-se a certos grupos ou comportamentos.
• Problemas de relacionamento com pais, professores ou colegas.
• Maior acesso, mais disponibilidade de recursos e uso da tecnologia.
• Vítimas de bullying ou exposição à violência, incluindo pais agressivos.

Além desses, há também outras questões que expõem os adolescentes ao maior


risco de distúrbios mentais. As condições socioeconômicas, a exposição aos estigmas e aos
preconceitos, a discriminação social e de gênero, a exclusão ou a ausência de serviços e de
suporte de qualidade, também contribuem para elevar as complicações mentais e
emocionais.

Os adolescentes e os jovens que vivem em ambientes mais frágeis se tornam mais


vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos mentais. Doença crônica, transtorno do
espectro autista, deficiência intelectual, gravidez indesejada, pais adolescentes e
envolvimento em casamentos prematuros ou forçados também são considerados como
fatores de risco para o desenvolvimento de doenças de ordem emocional ou mental.

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Educação Física, Esporte e
Corpo\e

Dados sobre a saúde mental dos jovens

Os dados sobre a saúde mental dos jovens na atualidade no Brasil e no mundo


precisam ser vistos como instrumentos de alerta para que os pais, os professores e os
responsáveis se posicionem quanto à necessidade de buscar ajuda especializada antes que
certas situações se tornem irreversíveis.

A ausência de tratamento de saúde mental durante a juventude tem grande impacto


no desempenho educacional, pessoal e profissional, o que aumenta o risco de abuso de
álcool, de drogas e de comportamento violento.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já anunciou que a maioria dos transtornos


mentais que afetam adolescentes e jovens não é diagnosticada e nem tratada. Essa é uma
realidade que desafia os gestores de saúde pública nos países desenvolvidos, em
desenvolvimento e subdesenvolvidos.

No Brasil, os números chamam a atenção para a intrínseca relação entre os casos


confirmados de distúrbios mentais e a evolução para o suicídio nesse grupo. Segundo a
Organização Pan Americana de Saúde, o suicídio já está classificado em terceiro lugar como
a principal causa de morte em jovens de 15 a 19 anos.

Em caráter global, a OMS destaca alguns dados que sugerem intervenções urgentes
com vistas à redução dos impactos dos transtornos de ordem psíquica sobre a saúde de
adolescentes e de jovens. Veja quais são:

• As doenças mentais afetam um em cada seis indivíduos com idade entre 10 e 19


anos.
• As condições de saúde mental representam 16% de toda a incidência global de
doenças e de lesões na faixa etária de 10 a 19 anos.
• A maioria dos adolescentes e dos jovens com doença mental não recebe nenhum tipo
de assistência ou tratamento.
• A depressão é uma das principais causas de transtornos e de incapacidades entre os
adolescentes e jovens.

a maioria das doenças mentais perdura até a vida adulta e compromete a estabilidade
mental e física do indivíduo que não recebeu tratamento.

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Educação Física, Esporte e
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Os sinais e os sintomas característicos dos transtornos mentais nos jovens são


semelhantes aos apresentados pelos adultos, mas são muito mais difíceis de serem
reconhecidos. As manifestações que indicam suspeita do problema e que justificam a busca
de ajuda profissional são:

• Insônia.
• Ideação suicida.
• Tristeza ou humor deprimido.
• Afastamento de amigos e familiares.
• Queda brusca no desempenho escolar.
• Irritabilidade e agressividade sem causa aparente.
• Falta de motivação pela vida ou desinteresse pelo futuro.

Depressão e ansiedade

Grande parte dos transtornos mentais surgem, geralmente, durante a adolescência.


Segundo a OMS, metade de todos os problemas de saúde mental começa aos 14 anos.
Problemas como a depressão e a ansiedade podem levar os adolescentes ao
desenvolvimento de quadros clínicos que geram sintomas frequentes de irritabilidade, de
frustração ou episódios de raiva excessivos e de difícil controle.

Conforme uma pesquisa divulgada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados
Unidos, um em cada três adolescentes de 13 a 18 anos passará por um transtorno de
ansiedade ao menos uma vez nesse ciclo da vida. Vale destacar que os transtornos gerados
pela dificuldade em gerir as emoções podem ser profundamente incapacitantes e trazer
sérios danos ao adolescente, visto que afetam o seu estado geral de saúde e, com isso,
podem reduzir a frequência escolar.

Muitos processos influenciam o estado mental dos jovens que são mais susceptíveis
aos eventos de ansiedade e de depressão. Além da questão genética, da química que
determina o padrão cerebral, da personalidade e dos eventos da vida, ainda há outros
elementos que tornam a juventude menos resistente a esses distúrbios.

Muitos vivem apavorados com as cobranças sociais ou mesmo com os familiares que
fazem altas expectativas e pressão para alcançar o sucesso pessoal e profissional. Devido

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à natural competitividade cada vez mais acirrada em todos os campos profissionais, os


jovens de hoje sofrem muito mais pressão para ter sucesso que as gerações anteriores.

Tais fatores contribuem para aumentar as crises de ansiedade e tornar a juventude muito
mais propensa ao desencadeamento de doenças emocionais como a depressão e a
ansiedade patológica.

O padrão cerebral de resposta negativo e a adoção de comportamentos muito


inseguros em relação às expectativas futuras são os aspectos que mais influenciam o
surgimento desses transtornos mentais nos adolescentes e nos jovens.

Uso excessivo de eletrônicos

Além de entender os perigos que o uso excessivo de eletrônicos pode oferecer aos
jovens, é preciso aprender a identificar alguns sinais e comportamentos que podem indicar
que esse uso se tornou excessivo e prejudicial.

Como fruto de uma mudança comportamental muito presente na sociedade


contemporânea, a juventude tem um relacionamento muito complexo com a tecnologia. O
grupo com idade inferior a 20 anos já nasceu com essa tendência ao uso constante e
desenfreado de insumos eletrônicos.

Em alguns casos, o uso dos smartphones está relacionado a atividades recreativas e


pode servir para aliviar o estresse. Porém, quando esse uso gera situações e problemas de
relacionamento social ou familiar, os pais precisam tomar providências urgentes a fim de
evitar que a situação evolua para quadros mais graves e de ordem patológica.

Observe, agora, as estatísticas divulgadas recentemente pela Pew Research Center,


dos EUA, sobre o uso excessivo de eletrônicos:

• 50% dos adolescentes estão viciados em dispositivos móveis.


• 59% dos pais concordam que seus filhos são realmente viciados.
• Pais e filhos se mostraram preocupados com os efeitos que o uso de dispositivos
móveis exerce em suas vidas diárias.
• 72% dos adolescentes e 48% dos pais entrevistados sentem a necessidade de
responder, imediatamente, às mensagens de redes sociais e a outras notificações.

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Educação Física, Esporte e
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• 69% dos pais e 78% dos adolescentes verificam seus dispositivos pelo menos uma
vez a cada 60 minutos.

Diante dos dados, enumeramos alguns sinais que podem indicar vício em mídias digitais,
jogos ou mau uso dos equipamentos eletrônicos. Para facilitar a identificação do problema,
experimente refletir sobre as seguintes perguntas:

• Meu filho fica irritado, ansioso ou até mesmo violento quando o celular é retirado ou
não pode ser utilizado?
• Meu adolescente evita eventos sociais ou atividades extracurriculares somente para
ficar em casa e usar o smartphone?
• Os cuidados pessoais do meu filho (inclusive higiene pessoal) estão sendo
negligenciados ultimamente?
• Houve afastamento das amizades e dos relacionamentos familiares ou desinteresse
pelo trabalho escolar?
• O uso do smartphone compromete a rotina normal do sono do meu filho?
• Houve alguma mudança importante nos hábitos alimentares do meu filho que, de
outra forma, não pode ser explicada?
• Ultimamente, houve alguma alteração importante no humor de meu filho?

O psiquiatra Marcel Vella Nunes, destaca que “a dependência digital não é definida pelo
tempo que a pessoa permanece conectada durante o dia ou a noite. O que exige intervenção
profissional é o nível de perda de controle sobre o uso e o quanto isso afeta a qualidade de
vida dos jovens.”

Suicídio

Para o dr. Marcel, “As ideações suicidas exigem atenção especial, pois estão entre
as questões mais preocupantes no que se refere à estabilidade mental dos jovens. Há, pois,
um risco muito alto de suicídio nesse grupo, já que essa prática está associada a todos os
tipos de transtornos mentais. Devido à variação do modo de assimilação do problema
emocional em cada indivíduo, as doenças mentais podem se manifestar de diferentes formas
e se sobrepor em mais de um transtorno.”

Isso eleva as chances de mudanças rápidas no humor e de alterações


comportamentais que cursam com explosões emocionais, e que podem alimentar ideações

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suicidas. Dados da OMS alertam que, no planeta, quase 800 mil pessoas cometem suicídio
a cada ano. Segundo essa instituição, a incidência é muito maior nos países
subdesenvolvidos que naqueles com maior estrutura social e econômica.

No Brasil, o suicídio entre jovens aumentou muito nas últimas décadas: o Jornal da
USP divulgou um estudo afirmando que o suicídio é a quarta causa de morte entre os jovens
brasileiros. Esses dados sugerem a necessidade de buscar alternativas mais eficazes e que
amenize o impacto desse problema na saúde mental na juventude.

Importância da ajuda profissional

Os jovens são muito mais vulneráveis aos sofrimentos de ordem psíquica e


emocional. Por conseguinte, eles se tornam mais susceptíveis ao desenvolvimento de
diferentes transtornos mentais. Nessa etapa da vida, as influências sociais, midiáticas e
culturais geram muita expectativa e insegurança nesse grupo em relação ao futuro.

Além disso, muitos adolescentes e jovens são submetidos a decisões importantes


que precisam ser tomadas cada vez mais cedo. Porém, como eles ainda não apresentam
habilidades bem desenvolvidas nesse campo e nem experiência compatível com a pressão
exercida sobre eles, tais situações resultam em frustrações que podem perdurar por toda a
vida.

Logo, a busca de alternativas para atenuar os impactos desses transtornos sobre a


juventude é de inteira responsabilidade dos seus pais. É preciso, pois, contar com um
suporte profissional de uma equipe especializada em reabilitação da saúde mental. Esse é
o caminho mais seguro para amenizar o efeito das doenças mentais na vida dos
adolescentes e dos jovens e resgatar o seu bem-estar e a sua qualidade de vida.

Fonte: https://hospitalsantamonica.com.br/quais-sao-os-principais-perigos-a-saude-mental-
dos-jovens-na-atualidade/

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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
De acordo com o texto, quais fatores influenciam a saúde mental dos jovens?
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De acordo com texto, quais manifestações indicam problemas mentais?


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Faça uma autoavaliação e descreva como está sua saúde mental. Você acredita que precisa
de ajuda profissional? Se a resposta for sim: não perca tempo. Saúde mental é coisa séria.
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• https://www.saude.df.gov.br/atendimento-ubs/
• https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/conheca-os-servicos-oferecidos-na-ubs-
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• https://www.saude.df.gov.br/atendimento-ubs/
• https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2021/10/11/econheca-os-servicos-ofertados-
pela-atencao-primaria-a-populacao/
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