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16/06/2022 00:15 Sistema Único de Saúde e Política Nacional de Medicamentos

Sistema Único de

Saúde e Política

Nacional de

Medicamentos
Prof.º Eduardo Corsino

Descrição
O Sistema Único de Saúde (SUS) e sua relação com os medicamentos
por meio da Política Nacional de Assistência
Farmacêutica e da Política Nacional de Medicamentos.

Propósito
As políticas nacionais de Assistência Farmacêutica e a de
Medicamentos são essenciais para a materialização da integralidade
das diretrizes e dos princípios
do SUS, e compreendê-las é indispensável para a atuação do farmacêutico no sistema
de saúde.

Preparação
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos um
dicionário de Termos Técnicos em Saúde para entender termos
específicos da área. Como sugestão,
existe o glossário do Ministério da Saúde na Internet.

Objetivos
Módulo 1

Sistema Único de Saúde


Reconhecer o Sistema Único de Saúde.

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Módulo 2

Diretrizes do Sistema Único de Saúde e a Assistência Farmacêutica


Descrever as diretrizes do SUS e os Componentes da Assistência Farmacêutica.

Módulo 3

Política Nacional de Medicamentos (PNM): definições e aplicações


Descrever a Política Nacional de Medicamentos.

Introdução
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um sistema de saúde pública complexo, abrangendo desde
atendimentos simples
como educação em saúde até cirurgias e tratamentos avançados como
transplantes de órgãos. Esses serviços são
oferecidos para toda a população
do País de forma gratuita. Neste conteúdo, abordaremos as principais diretrizes do SUS
e a
abrangência dos serviços oferecidos pelo sistema de saúde brasileiro.

1 - Sistema Único de Saúde


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer o Sistema Único de Saúde.

O Sistema Único de Saúde (SUS) é um grande sistema


de saúde gratuito, atendendo a toda a população brasileira e oferecendo
todos os
tipos de serviços para suprir as necessidades de saúde dos cidadãos.
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A criação do SUS proporcionou mudanças em relação


às ações de saúde pública oferecidas pelo Estado brasileiro, de forma que
todos os
indivíduos no território brasileiro podem acessar o sistema e receber seus serviços,
aspecto
que o caracteriza como
sistema universal. Além disso, o sistema se caracteriza pela
integralidade, ou seja, todas as necessidades de saúde da
população devem ser
atendidas pelo sistema.

Essas e outras diretrizes, que dão norteamentos e


organização ao SUS, serão abordadas ao longo deste conteúdo.

Sistema Único De Saúde (SUS)

A Constituição Federal vigente foi promulgada em


1988. Nela, foi estabelecida a criação do nosso sistema de saúde atual,
conhecido
como SUS. A Constituição prevê um sistema gratuito, de acesso aberto a toda a
população e que
atenda a todas as
suas necessidades de saúde. Os atendimentos são divididos em:

Atenção básica
Como atendimentos ambulatoriais.

Atenção de média complexidade


Como as internações hospitalares.

Atenção de alta complexidade


Como os transplantes.

Dessa forma, criou-se um dos maiores e mais


complexos sistemas de saúde pública do mundo. Apesar de sua grandiosidade, o
sistema
de saúde brasileiro ainda enfrenta diversas dificuldades e desafios, cabendo ao
governo e à sociedade
civil, ou seja, nós
mesmos, superar os problemas de gestão e subfinanciamento a fim
de tornar o SUS uma realidade para a sociedade brasileira
conforme o que está
previsto na Constituição Federal.

Você sabia que o SUS vai muito além de hospitais, clínicas, postos de saúde e
estratégia de saúde
da família, com realização de consultas, exames e
internações?

Muita gente não sabe, mas o SUS também participa


de outras atividades como prevenção e promoção da saúde, ensino e
pesquisa,
desenvolvimento e produção de produtos para a saúde, além das vigilâncias em saúde.

Se o SUS realmente atua em tudo isso, onde podemos


encontrar essas atividades?

As ações de prevenção em saúde podem ser facilmente identificadas no programa de vacinação considerado um dos melhores
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As ações de prevenção em saúde
podem ser facilmente identificadas no programa de vacinação, considerado um dos
melhores
do mundo. Mas também são notadas, por exemplo, tanto em campanhas de
distribuição de preservativos
durante o carnaval
como na distribuição de medicamentos para a Profilaxia
Pré-Exposição ao HIV.

Já as ações de promoção da saúde,


muitas vezes, não são reconhecidas ou associadas com o sistema de saúde pela
população. Por exemplo, as academias da saúde nas praças públicas em diversos
municípios do País
também são promovidas
pelo SUS. Também são exemplos de promoção da saúde:

1. Campanhas para a redução da morbimortalidade


por acidentes de trânsito.

2. Prevenção da violência e o estímulo à cultura


da paz.

3. Promoção do desenvolvimento sustentável.

Saiba mais

Outros exemplos de ações e programas de promoção da saúde do SUS que podem


ser citados:

Banco de Leite Humano.

Cartão Nacional de Saúde.

Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência


Social (CEBAS).

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

Doação de sangue.

Força Nacional do SUS (FN-SUS).

Plano de Expansão da Radioterapia no SUS (PER/SUS).

Programa Saúde Bucal.

O SUS também desenvolve ensino e


pesquisa de qualidade, tendo diversas instituições voltadas para esse
fim, como o Instituto
Butantã e a Fiocruz, sendo esta última considerada a maior
instituição de pesquisa
da América Latina. Além de instituições de
pesquisa ligadas ao Ministério da Saúde,
o SUS também fomenta e incentiva o ensino e a pesquisa nas universidades com o
Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS), promovendo o desenvolvimento
científico e tecnológico.

Castelo da Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz.

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Prédio histórico do Instituto Butantan, hoje funciona


como biblioteca, centro de memória e laboratórios de pesquisa.

O programa já ultrapassou mais de 2.600 projetos desenvolvidos em mais de 290


instituições de pesquisa
pelo País.

O SUS também atua no desenvolvimento e


produção de produtos para a saúde, e provavelmente você já deve ter
utilizado alguns
deles. Medicamentos, vacinas, kits diagnósticos são exemplos de
produtos desenvolvidos
e produzidos pelo SUS principalmente
em instituições como Farmanguinhos e
Biomanguinhos na Fiocruz, no Rio de Janeiro; Butantã, em São Paulo; e Lafepe, em
Pernambuco.

Por fim, as vigilâncias em saúde


também marcam a presença do SUS em diversas áreas e locais que extrapolam os
serviços de
saúde.

A vigilância epidemiológica, por


exemplo, é responsável por notificar os diversos casos de uma doença e investigar
casos de
surtos, epidemias e pandemias como atuou em relação aos casos suspeitos de
ebola no
Brasil, em 2014, e mais recentemente
com a pandemia de covid-19.

Ações de controle e gestão de resíduos, bem como


as ações de prevenção de agravos em saúde nos ambientes de trabalho são
desempenhadas pela vigilância em saúde ambiental.

Já a vigilância sanitária, além


de fiscalizar serviços de saúde, também atua na fiscalização de farmácias,
supermercados,
restaurantes, estabelecimentos de estética ou qualquer outra
atividade que possa interferir
na saúde humana. Além disso, atua
em fronteiras, portos e aeroportos fiscalizando e
prevenindo a entrada de agentes causadores de doenças no nosso território.

Sim! Tudo isso é promovido pelo SUS! E como era antes do SUS?

Para que você entenda como chegamos ao sistema de


saúde atual, observe o panorama histórico da saúde no Brasil
apresentado a seguir.

1923
1932
1965
1977

Caixas de Aposentadoria
e Criação dos Institutos
de Criação do Instituto Instituto Na
Pensões (CAP) Aposentadoria e Pensões Nacional de Previdência Assistência
(IAP) Social (INPS) Previdência
Primórdio da Previdência
Social
brasileira. Dava direito Considerado uma evolução do Resultou da unificação de Importante ó
à assistência em saúde aos modelo
anterior, o IAP se todos os
IAP, em que houve governamen
trabalhadores de
uma caracterizava por uma consolidação do assistência m
determinada empresa que contribuições unificadas componente assistencial, trabalhadore

contribuia com parte de seu oriundas de parte dos salários principalmente com caracterizad
salário. de categorias profissionais. A pagamentos dos serviços compra de s
ti d l h i i t i i i d i t i i
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partir
dele, houve uma maior assistenciais privados,
mas assistenciais
acentuação da atenção ainda apenas para
médica aos trabalhadores que trabalhadores com carteira
contribuíam. assinada.

Estrutura organizacional do SUS


O SUS é composto pelo Ministério da Saúde e pelas
Secretarias de Saúde dos estados e municípios, onde ambos os órgãos
compartilham
responsabilidades. Além desses, os órgãos colegiados também são parte integrante do
SUS, e alguns
deles
contam com participação da sociedade civil.

Veja a seguir o que cabe a cada um dos órgãos que


compõem o SUS.

Ministério da Saúde (MS)


É o gestor nacional do SUS e tem o papel de
formular, normatizar, fiscalizar, monitorar e avaliar as diversas políticas e ações
em
conjunto com o Conselho Nacional de Saúde, que é uma instância colegiada com
participação da
sociedade civil. Além disso,
participa da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) na
pactuação do Plano Nacional de Saúde. Outros órgãos também fazem
parte do MS — como
a Fiocruz, a Funasa, a Anvisa, a ANS, a Hemobrás,
o Inca, o Into e oito hospitais federais, que se localizam
principalmente no Rio de
Janeiro.

Secretaria Estadual de Saúde (SES)


As Secretarias de Estado participam da elaboração
das políticas e ações de saúde, além de oferecer apoio aos municípios em
parceria
com o Conselho Estadual de Saúde, bem como participam da Comissão Intergestores
Bipartite (CIB)
na promoção e
elaboração do plano estadual de saúde.

Secretaria Municipal de Saúde (SMS)


Trata-se da instância mais
descentralizada do SUS e mais próxima da população. É responsável por
planejar, organizar, controlar,
avaliar e executar as ações e serviços de
saúde em conjunto com o Conselho Municipal de
Saúde e com a esfera estadual na
aprovação e implantação do plano municipal
de saúde.

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Conselhos de Saúde
Há Conselhos de Saúde em todos os entes
federativos (União, estado e municípios), e estes são instâncias permanentes e
deliberativas, são órgãos colegiados,
com representação do
governo, prestadores de serviço (serviços privados prestados ao
SUS), profissionais
de saúde e usuários.

Sua função está na formulação de estratégias, bem


como no controle da execução da política de saúde em seus respectivos
entes
federativos. Ainda se incluem os aspectos econômicos e financeiros, com base nos
quais as decisões
são homologadas
pelo chefe do Poder Executivo em cada esfera do governo.

Órgãos colegiados
São os conselhos, as comissões e os comitês integrantes da
estrutura do Estado com função essencial na condução e no
aprimoramento das diversas
políticas públicas.

A composição dos Conselhos segue a regra de


representatividade, organizando-se da seguinte forma:

Além desses, existem outros conselhos e comissões,


como os seguintes:

Comissão Intergestores Bipartite (CIB) expand_more

É na instância da CIB que ocorrem a


negociação e pactuação entre os governos estadual e municipais, quanto
às
questões operacionais do SUS.

Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) expand_more


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É uma instância representativa dos


secretários estaduais e do Distrito Federal na CIT para discussão de
questões de
importância para a saúde.

Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) expand_more

É uma instância que representa os


entes federativos municipais na CIT para discussão de assuntos
relevantes para a
saúde.

Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) expand_more

São as instâncias que representam os


municípios em âmbito estadual no tratamento de assuntos referentes à
saúde;
entretanto, devem ser atrelados institucionalmente ao Conasems,
conforme a disposição de seus estatutos.

Comissão Intergestores Tripartite (CIT) expand_more

Instância em que ocorrem as


negociações e pactuações entre os governos federal, estadual e
municipal, em relação aos
aspectos operacionais do SUS.

Responsabilidades dos entes federativos com o SUS


União

A administração federal do SUS é feita pelo


Ministério da Saúde. Por meio do MS, o governo federal financia a rede
pública de
saúde, sendo o principal fomentador do aporte financeiro. É comum
que o MS financie a metade
dos gastos em saúde pública
em todo o território nacional, ficando a cargo
dos estados e municípios o financiamento da outra metade.

Além disso, cabe ao Ministério da Saúde a elaboração


de políticas nacionais de saúde, entretanto não cabe a ele as ações. Para
este fim, são realizadas parcerias com estados, municípios, ONGs, fundações,
empresas etc.
Ao MS cabe ainda o planejamento,
a elaboração de normas, a avaliação e a
utilização de instrumentos de controle do SUS.

Estados e Distrito Federal

A administração estadual e do DF da saúde deve


dispor de recursos próprios, inclusive para os municípios, além de repassar
os
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recursos disponibilizados pela União. Os estados e o DF devem ser


parceiros da União na aplicação
de políticas nacionais de
saúde, mas também devem implementar suas próprias
políticas. Cabe aos estados e ao DF também o planejamento e a
coordenação do
SUS dentro dos estados, conforme a normatização federal.

Municípios

Esses entes federativos têm a responsabilidade da


execução de ações e serviços de saúde dentro de seus territórios. O gestor
municipal contribui com as ações e políticas de saúde nacional e estadual,
executa os recursos
oriundos dos entes federativos,
bem como os seus próprios. Cabe aos
municípios coordenar e planejar o SUS em seus territórios.

Regras do SUS
Você sabia que o SUS tem regras que são
conhecidas como Princípios e Diretrizes do SUS?

Sim, o SUS tem regras que afirmam os direitos do


povo brasileiro, conquistados de forma democrática. Essas regras são
chamadas de
princípios e diretrizes e determinam o funcionamento e organização do sistema de
saúde.

Você sabe qual é a diferença entre os princípios


e as diretrizes?

Princípios
São juízos fundamentais, que devem ser aplicados como alicerce de um
sistema de conceitos para a materialização de uma
realidade.

Diretrizes
São orientações, guias, rumos, que norteiam, definem e/ou
regulamentam um determinado caminho a se seguir.

Os princípios e diretrizes do SUS estão


fundamentados na legislação vigente, tais como:

Constituição Federal de 1988.

Lei Federal 8.080 de 1990.

Saiba mais

Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde,


a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras
providências. (Lei Federal 8.080 de 1990)

Lei federal 8.142 de 1990.

Saiba mais

Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de


Saúde (SUS) e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos
financeiros na área da saúde e dá outras providências. (Lei federal 8.142 de
1990)
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Você sabe quais são os princípios do SUS?

Resposta

Com base na Constituição Federal de 1988, podemos identificar três elementos


de base cognitiva, de idealização e filosófica
entendidos como princípios do
SUS, são eles:

1. Universalidade;
2. Equidade;
3. Integralidade.

O princípio da universalidade tem base na


Constituição Federal, que determina que “saúde é direito de todos e dever do
Estado”.
Em outras palavras, saúde pode ser entendida como um direito de todas as
pessoas, e não um serviço
que se tem acesso por
meio de pagamentos de qualquer natureza. Assim, todos os
brasileiros têm direito à saúde, diferentemente do que se verificava
antes do SUS,
quando na prática somente os trabalhadores com carteira assinada
tinham acesso ao serviço de saúde.

Já quando se fala de equidade, estamos falando em desfazer iniquidades históricas, sociais e


econômicas que geram
desigualdades no
acesso, na produção e na gestão da saúde. O fato é que a equidade difere da
igualdade, por ser uma forma de
tratar desigualmente o desigual.

A universalidade é o meio de se
atender às necessidades individuais e da coletividade, de forma a diminuir a
iniquidade.

Equidade
É uma forma de se adaptar uma regra existente a uma situação
específica, a fim de se alcançar a justiça.

Iniquidade
Qualidade do que é contrário à moral, à religião, à justiça, à
igualdade. Está associada à maldade, opondo-se à equidade.

Não podemos esquecer que, segundo a Constituição Federal de 1988, todos são
iguais perante a lei, o que
significa que todos são iguais no direito à saúde.

Por outro lado, também não podemos esquecer que as


diversas regiões do país são desiguais economicamente, como também
há populações,
grupos étnicos, parcelas da sociedade que são culturalmente diferentes entre si. O
fato é
que, na prática, pelas
características socioeconômicas e demográficas da população
brasileira, o acesso à saúde não se dá de forma igualitária. Por
tudo isso, o
conceito de equidade é necessário para que todos possam usufruir
de seu direito à saúde.

Quanto ao princípio da
integralidade, é preciso primeiramente entendermos seus diferentes
sentidos. De acordo com o conceito
ampliado de saúde, o princípio da
integralidade corresponde ao fato de que todo cidadão tem direito de receber
atendimento
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para todas as suas necessidades de saúde, que passam pelas


necessidades da saúde preventiva, bem como as de atenção à
saúde.
Mas para muito além das necessidades de prevenção e tratamento, a Integralidade deve
abranger todo o conceito de
saúde e prover aos indivíduos recursos para o
atendimento das necessidades promovidas pelos determinantes sociais da saúde
(DSS).

Conceito ampliado de saúde


Em uma abordagem mais abrangente, a saúde é o resultado das
condições alimentares, de moradia, de educação, da renda,
interação com o meio ambiente,
com o trabalho, o transporte, empregabilidade, o lazer, a liberdade, o acesso
e a posse da terra,
além do acesso aos serviços de saúde. Expressa-se num argumento
histórico de determinada sociedade e num dado período de
seu desenvolvimento, adquirida
pela população em suas lutas cotidianas.

Determinantes sociais da saúde (DSS)


Compreende-se como DSS as causas sociais, econômicas,
culturais, étnicas/raciais, psicológicas e comportamentais que
pronunciam o surgimento
de problemas de saúde e seus fatores de risco numa população.

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Os princípios do SUS na vida real
Neste vídeo, o especialista Eduardo Corsino
destacará exemplos reais que retratam a aplicação dos princípios do SUS. Vamos lá!

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.

Módulo 1 - Vem que eu te explico!

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)

Módulo 1 - Vem que eu te explico!

Responsabilidades dos entes federativos com o SUS

Módulo 1 - Vem que eu te explico!

As regras do SUS

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Falta pouco para atingir seus objetivos.


Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A Lei nº 8.080/1990, conhecida como Lei Orgânica do SUS, determina uma série de regras, conhecidas como Princípios e
Diretrizes do SUS. Essas regras tentam dar ao Sistema um sentido doutrinário e organizativo que deve ser seguido pelos
gestores em saúde nas três esferas de governo. Uma dessas diretrizes, descentraliza a gestão do SUS das mãos unicamente
dos governantes, de forma que as decisões são compartilhadas com instâncias representativas. Essa diretriz é denominada de:

A Participação da comunidade.

B Hierarquização e descentralização.

C Equidade.

D Igualdade.

E Integralidade.

Parabéns! A alternativa A está correta.


A ti i ã d id d SUS é di t i tid l t d l L iF d l
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A participação da comunidade no SUS, é uma diretriz garantida e regulamentada pela Lei Federal
nº 8.142/1990. Essa participação acontece a partir de instâncias representativas, num sentido de
Questão 2
proporcionar a participação da sociedade como fonte de acompanhamento e controle.
O SUS é o sistema de saúde brasileiro. Trata-se de um sistema público e gratuito, em que toda a população tem direito de
acesso, incluindo os indivíduos estrangeiros em nosso território. Além de abranger uma imensa quantidade de pessoas, o SUS
também dispõe de uma gama de procedimentos de atenção, promoção e prevenção em saúde. Devido ao volume de pessoas e
procedimentos, o SUS é considerado um dos sistemas de saúde públicos mais complexos do mundo. Para gerir tudo isso, ele
apresenta uma estrutura organizacional de gestão composta por:

A Ministério da Saúde, Secretarias de Estado de Saúde, Secretarias Municipais de Saúde e Conselhos de Saúde.

B Ministério da Saúde, Secretarias de Estado de Saúde e Secretarias Municipais de Saúde.

C Ministério da Saúde, Secretarias Municipais de Saúde e Conselhos de Saúde.

D Ministério da Saúde, Secretarias de Estado de Saúde e Conselhos de Saúde.

Ministério da Saúde, Secretarias de Estado de Saúde, Secretarias Municipais de Saúde, Conselhos de Saúde,
E
Agência Nacional de Saúde Suplementar e Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Parabéns! A alternativa A está correta.


A composição de gestores do SUS é constituída pelo Ministério da Saúde e as Secretarias de
Saúde dos Estados e Municípios, e estes apresentam responsabilidades compartilhadas. Ainda
compõem essa gestão os órgãos colegiados, representados pelos Conselhos de Saúde, de forma
a garantir a participação da sociedade civil nessa gestão.

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2 - Diretrizes do Sistema Único de Saúde e a Assistência


Farmacêutica
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever as diretrizes do SUS e os Componentes da Assistência
Farmacêutica.

O SUS é gerido pelo governo e fornece uma


diversidade de serviços de saúde gratuitos para toda a população brasileira,
incluindo residentes estrangeiros. O sistema obedece a uma forma específica de
implementar suas políticas,
a qual é norteada
pelas diretrizes previstas na Constituição Federal.

Principais diretrizes do SUS


Ao analisarmos as legislações do SUS, podemos
perceber três diretrizes que precisam se relacionar com os princípios do SUS:

1. Descentralização.

2. Regionalização e hierarquização.

3. Participação da comunidade.

Atenção!

É importante entender que é devido às diretrizes, que os princípios do SUS


têm sustentação. É por meio delas que os objetivos
do sistema de saúde podem
ser alcançados.

Agora, vamos entender um pouco mais sobre a


descentralização. Os legisladores, na hora da elaboração dessa
diretriz, tiveram
como objetivo o fortalecimento do pacto federativo, de modo que a
organização do
SUS seguiu a lógica das ações a serem
realizadas na esfera federativa mais próxima
das pessoas que necessitam da ação do Estado para a resolução de seus
problemas de
saúde. Assim, o SUS apresenta uma certa descentralização
de suas ações no âmbito político, administrativo e de
serviços, favorecendo a
chegada das ações de saúde aonde as pessoas realmente vivem, ou seja, seus
municípios.

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A diretriz da
regionalização e hierarquização diz
respeito ao caráter organizativo do SUS, dando uma direção para suas ações.
A
lógica ainda é: quanto mais próximo da população, mais
fácil é para o Sistema identificar as necessidades de saúde da
população e
realizar as ações necessárias.

Quando se fala de
regionalização, deve ser pensado o território.
Diferentemente do território geopolítico, o território de saúde
não leva em
consideração as fronteiras geográficas, mas sim as características
do perfil populacional, as características
epidemiológicas, as condições de
vida e o suporte social, para nortear as ações e os serviços de saúde
naquele território, que
muitas vezes ultrapassa os limites do município.
Assim, são necessárias pactuações intermunicipais para o estabelecimento da
rede, entrando em cena instâncias intergestoras como a CIB.

Na hierarquização, por sua vez,


tem-se a idealização de ações entre os entes federativos, que seguem de forma
hierarquizada
uma direção única. A hierarquização é concebida no contexto da
complexidade das ações,
orientando cada uma delas e criando
um fluxo necessário para o funcionamento da
rede, sempre com o objetivo da integralidade. A imagem a seguir apresenta a
hierarquização do SUS:

Hierarquização do SUS

A participação da população
também é uma diretriz do SUS que se relaciona com a organização e operacionalização
do
sistema. A regulamentação dessa participação é dada pela Lei Federal nº
8.142/1990, que determina
as instâncias de
participação da comunidade. Essa Lei formaliza e institucionaliza a
participação da sociedade como dispositivo permanente de
acompanhamento e controle.
Cada esfera de governo apresenta uma instância colegiada
com a participação social:

O Conselho Nacional de Saúde, na esfera federal.

Os Conselhos Estaduais, nas esferas estaduais de Saúde.

Os Conselhos Municipais de Saúde, nas esferas municipais.

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Esses conselhos se reúnem permanentemente para


fins deliberativos e de fiscalização das ações e políticas de saúde tanto nos
aspectos financeiros quanto nos aspectos administrativos.

O SUS ainda apresenta outras diversas diretrizes


que você pode verificar a seguir:

1. Autonomia das pessoas,


que deve ser preservada para se garantir a integridade física e moral.

2. Igualdade, de forma a
não haver qualquer tipo de discriminação e privilégios.

3. Direito à informação, as
pessoas devem ser informadas de sua saúde.

4. Divulgação de
informações, sobre os serviços oferecidos e seus potenciais.

5. Utilização da epidemiologia no
estabelecimento de estratégias, políticas e alocação de recursos.

6. Integração em nível executivo das


ações entre saúde, meio ambiente e saneamento básico.

7. Conjugação dos recursos


financeiros, tecnológicos, materiais e humanos, formação de rede entre
os entes federativos e
disponibilização compartilhada dos recursos.

8. Resolução dos serviços,


conseguir resolver os problemas de saúde em todos os níveis de complexidade.

9. Evitar duplicidade, organizar


o sistema de forma a não ofertar serviços idênticos.

Carta dos direitos dos usuários do SUS


A Carta dos Direitos dos Usuários da
Saúde é um documento que explica à população os direitos que ela possui
na hora de
receber um atendimento de saúde. Nela, estão descritos seis princípios
básicos de cidadania
com intuito de assegurar à
população um acesso digno no sistema público e no
privado. Veja a seguir os princípios da Carta:

Todas as pessoas têm direito, nos sistemas de saúde, a um acesso ordenado


e organizado;

Todas as pessoas têm direito a uma terapia adequada e efetiva para sua
necessidade de saúde.

Todas as pessoas têm direito de serem acolhidas e de ter um atendimento


humanizado e sem nenhuma discriminação.

Todas as pessoas têm direito a serem atendidas, tendo respeitados a sua


pessoa, bem como os seus valores e direitos.

Toda pessoa também é responsável em colaborar para que seu tratamento seja
adequado.

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Toda pessoa tem direito a que seus gestores da saúde mantenham


comprometimento com os princípios anteriores.

Exemplo da vida real

Regiões de Saúde e Redes de Atenção à Saúde

Governo do Estado do Rio de Janeiro, Boletim


Epidemiológico e Ambiental, 2014.

As Regiões de Saúde são


territórios contínuos constituídos por grupos de municípios com objetivo de integrar
a organização, o
planejamento e a execução das políticas, ações e serviços de saúde
e são utilizadas
para a transferência de recursos entre os
entes federativos. Essas regiões precisam
realizar ações de atenção básica, atenção psicossocial, vigilância à saúde,
urgência-
emergência, atenção ambulatorial especializada e hospitalar.

Uma ou mais regiões de saúde podem formar a


Rede de Atenção à Saúde, que é um grupo de ações e serviços de
saúde
articulados com característica de complexidade crescente, objetivando garantir
a integralidade
da assistência à saúde, por meio
do referenciamento do usuário na rede regional e/ou
interestadual, de acordo com a pactuação nas Comissões Intergestores.

As Redes de Atenção à Saúde são configurações organizativas de ações e serviços


de saúde, de
diferentes níveis de complexidade de atendimento, ordenadas para
atender à população de forma a
lhe garantir a integralidade de
serviços.

Você pode perceber essa rede funcionando quando se


depara com veículos de transportes de pacientes de cidades vizinhas,
acessando os
serviços de saúde da sua cidade, ou pacientes da sua cidade acessando serviços de
outras cidades
que
compõem a sua rede (pacientes de Maricá utilizando a rede de saúde de Niterói ou
vice-versa).

Comentário

Isso acontece porque nem todos os municípios possuem todos os serviços de


saúde que a população residente precisa.

Assim, por meio da pactuação de redes, um


município disponibiliza sua capacidade instalada de atendimento para os residentes
em cidades que compõem a rede. Em troca, a população dessas cidades acessa os
serviços de outro município.
Dessa forma, a
população não fica desassistida e é garantida a ela a integralidade
das ações em saúde.

Direito à assistência farmacêutica (AF)


O artigo 6º da Lei nº 8.080/1990 determina a
inclusão de ações no âmbito de atuação do SUS, tais como:

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Ações de vigilância sanitária.

Ações de vigilância epidemiológica.

Ações em Saúde do Trabalhador.

Assistência terapêutica integral, inclusive a


farmacêutica.

Dessa forma, os gestores do SUS tiveram de


desenvolver ações e políticas que pudessem pôr em prática o que foi determinado
pela
Lei Orgânica do SUS. Para que se materializasse, a Assistência Farmacêutica passou a
ser vista
como uma política pública.
Assim sendo, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) publicou
a Resolução nº 338/2004, que estabelece a Assistência
Farmacêutica como política
norteadora de políticas setoriais, das quais podemos citar
a Política de Medicamentos, de Ciência e
Tecnologia, Desenvolvimento Industrial e a
de Formação de Recursos Humanos, e estas podem envolver tanto o setor público
como o
privado.

A Assistência Farmacêutica nessa política tem uma


concepção abrangente, multiprofissional e
intersetorial, objetivando a
organização das atividades
relacionadas ao medicamento em todas as suas
dimensões, principalmente com relação ao
paciente e à comunidade, visando à promoção
da saúde.

Saiba mais

O CNS publicou a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) em


2004, corroborando a ideia da assistência
farmacêutica como parte do cuidado
à saúde, e o medicamento sendo o insumo essencial, entretanto utilizado de
forma
racional. Esse arcabouço
legal exemplifica a importância da Assistência Farmacêutica no SUS.

Em atendimento a essa política, o Ministério da


Saúde (MS) promove o acesso aos medicamentos e seu uso racional como
ações voltadas
à promoção, proteção e recuperação da saúde. Podemos dizer que a Assistência
Farmacêutica no
SUS
estabelece três significados importantes:

1. Política pública norteadora.

2. Conjunto de ações envolvendo a


pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, além da sua
seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, de forma a garantir a
qualidade dos produtos e serviços.

3. Incorpora a Atenção Farmacêutica, que é um


modelo de prática farmacêutica que visa à otimização da farmacoterapia.

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A estrutura da Assistência Farmacêutica no SUS


passou a ser considerada uma estratégia no sentido de aumentar e qualificar o
acesso
da população aos medicamentos essenciais. Nesse sentido, a Lei Federal nº
13.021/2014 estabeleceu
a assistência
farmacêutica obrigatória (presença do farmacêutico) nas farmácias de
qualquer natureza, incluindo as públicas. A referida Lei
também estabeleceu que a
Assistência Farmacêutica configura um conjunto de processos
relacionados ao medicamento e ao
profissional farmacêutico, nos diversos níveis de
atenção e de complexidades do SUS.

Componentes da
Assistência Farmacêutica no SUS
A Assistência Farmacêutica no SUS foi dividida em
três componentes principais:

Componentes principais da Assistência Farmacêutica no


SUS.

Dessa forma, é possível a destinação de recursos e


a organização da participação dos entes federativos em cada componente.

A gestão e o financiamento da Assistência


Farmacêutica no SUS seguem a diretriz da descentralização, de forma que sua
organização e hierarquização seguem o esquema a seguir:

Descentralização e hierarquização do SUS.

Cada ente federativo possui sua própria


responsabilidade quanto ao financiamento e às ações da Assistência Farmacêutica. A
Portaria nº 176/1999 do Ministério da Saúde é considerada o marco da organização, e
o modelo de gestão
para os
componentes da atenção básica — que tem o objetivo de adquirir medicamentos
e insumos da Assistência Farmacêutica —,
pode ser baseado na Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (RENAME) para as doenças mais
comuns no País ou na
área de programas de saúde específicos. Essa portaria
estabelece as condições para qualificar os municípios e estados ao
incentivo à
Assistência Farmacêutica Básica, além de definir os valores a serem
aportados.

Veja a seguir a organização e o modelo de gestão


para os componentes básicos:

Responsabilidades das três esferas de


governo
Financiar.

Adquirir.
Distribuir.

Dispensar.
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Financiamento e transferência de recursos


O financiamento pode ser centralizado no estado ou
descentralizado nos municípios, de forma total ou parcial, para
cada
ente.

Também pode haver a transferência de recursos do estado para os


municípios.

Condições para qualificação


Não habilitado.

Ter a gestão plena da Atenção Básica e do sistema.

Planos estaduais e municipais da AF


Os planos podem ser operacionalizados e financiados
pelos entes.

Os entes definem o elenco de medicamentos a serem distribuídos


nos respectivos planos.

Quando falamos de Componente Estratégico da


Assistência Farmacêutica, estamos falando dos medicamentos para garantir o
acesso
equitativo a medicamentos e insumos, para prevenir, diagnosticar, tratar e controlar
as doenças com
perfil endêmico, ou
de importância epidemiológica, com consequências socioeconômicas
ou as observadas em populações
vulneráveis. Esses
medicamentos podem ser acessados nos
centros de referência ou nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) municipais.

A seguir, você pode verificar as patologias atendidas pelos medicamentos do


Componente Estratégico:

Populações vulneráveis
São grupos populacionais fragilizados quanto à garantia de
seus direitos. Referem-se a uma questão multidimensional, que
abarca um conjunto de
fragilidades, como a social, econômica, ambiental, entre outras.

Controle da tuberculose.

DST/AIDS.

Endemias focais.

Sangue e hemoderivados.

Alimentação e nutrição.

Controle do tabagismo.

Influenza.

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Saúde da criança.

Doenças hematológicas.

Vacinas e soros.

Imunoglobulinas.

Ainda falando de componentes estratégicos, as


ações dos entes federativos são compartilhadas da seguinte forma:

Ministério da Saúde (MS) expand_more

Elabora os protocolos de tratamento;


realiza o planejamento e a programação dos medicamentos; realiza o
financiamento; realiza a aquisição centralizada e distribui os
medicamentos aos estados e/ou aos municípios.

Secretarias Estaduais de Saúde (SES) expand_more

Realizam a programação para a sua


população; armazenam os medicamentos recebidos do MS e distribuem às
regionais
ou aos municípios.

Secretaria Municipal de Saúde (SMS) expand_more

Realiza a programação para a sua


população; armazena os medicamentos recebidos da SES; distribui às
unidades de
saúde e realiza a dispensação.

Agora, um outro componente da Assistência


Farmacêutica é o Componente Especializado. Nesse âmbito, busca-se garantir o
acesso
aos medicamentos, com foco na integralidade do tratamento, e as linhas de cuidado
são definidas em
Protocolos

Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) pelo Ministério da Saúde. Os


medicamentos desse componente são divididos em três
grupos, obedecendo aos seguintes
critérios:
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1. Complexidade da doença.

2. Garantia de integralidade do
tratamento da doença na linha de cuidado.

3. Manutenção do equilíbrio financeiro entre


as esferas de gestão.

A seguir, podemos ver as responsabilidades para o


fornecimento de medicamentos em cada esfera de governo para o
Componente
Especializado da Assistência Farmacêutica:

Grupo 1 – União

Fornecer medicamentos em casos


de:

I – Maior complexidade da doença;

II – Refratariedade ou
intolerância aos medicamentos de 1ª e 2ª escolha;

III – Elevado impacto financeiro;

IV – Medicamento incluído em ação


de desenvolvimento produtivo do complexo industrial da saúde.

Grupo 2 – Estados

Fornecer medicamentos em casos


de:

I – Menor complexidade em relação


ao grupo 1;

II – Refratariedade ou
intolerância aos medicamentos de 1ª escolha.

Grupo 3 – Municípios

Fornecer medicamentos em casos


de:

I – Medicamentos contidos na
RENAME e indicados nos Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas;

II – Primeira linha de cuidado.

Atenção!

É importante ressaltar que a introdução, a exclusão ou até mesmo a redução


da cobertura desses medicamentos só ocorre com
a decisão do MS, assessorado
pela CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS).
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Você deve estar se perguntando: como oriento o meu paciente ou a equipe de saúde
para que se
possa adquirir um medicamento do Componente Especializado?

Veja a seguir o fluxo que deve ser seguido para a


liberação de um medicamento nesse âmbito:

1 - Solicitação
–Documento de identidade e de endereço;

– Laudo médico, exames e prescrição;

– Documentos exigidos nos PCDT.

2 - Avaliação
Todos os documentos devem ser avaliados
conforme a Portaria nº 1.554/13 do MS.

3 - Autorização
Deverá ser efetivada depois do
deferimento da requisição.

4 - Dispensação
– Somente poderá ser efetivada após
autorização;

– Processamento no sistema do SUS.

5 - Renovação – grupos 1 e 2
– Laudo médico, exames e prescrição
médica;

– Documento para monitoramento


fornecido pelo PCDT.

A dispensação dos medicamentos dos Componentes


Especializados se dá por meio das unidades dispensadoras, credenciadas
pelo gestor
estadual. Para um paciente se cadastrar é preciso seguir com a apresentação dos
documentos estabelecidos
na
Portaria 1.554/2013 do MS, os documentos exigidos em cada PCDT e estar de acordo
com as regulamentações de cada estado.
O paciente, ou seu representante legalmente
habilitado, deve comparecer a uma unidade de dispensação
com os seguintes
documentos:

Cópia do documento de identidade;

Cópia do CPF;

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Cópia de comprovante de residência;

Cópia do Cartão Nacional de Saúde;

Exames exigidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas,


conforme a doença e o medicamento;

Receita médica utilizando a Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua


falta, a Denominação Comum Internacional
(DCI);

Relatório médico com o CID 10;

Laudo de solicitação, avaliação e autorização de medicamentos


(LME);

Termo de Esclarecimento e Responsabilidade (TER) assinado pelo médico e


pelo usuário ou seu responsável, conforme a
doença e o medicamento;

Termo de autorização.

Modelo de autorização.

Modelo do Laudo de solicitação, avaliação e


autorização de medicamentos (LME).

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Componentes da Assistência Farmacêutica no SUS
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Neste vídeo, o especialista Eduardo Corsino deve


destacar os Componentes da Assistência Farmacêutica no SUS, com ênfase
na
contribuição e importância do profissional nesse âmbito. Vamos lá!

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.

Módulo 2 - Vem que eu te explico!

Principais diretrizes do SUS

Módulo 2 - Vem que eu te explico!

Direito à Assistência Farmacêutica (AF)

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Falta pouco para atingir seus objetivos.


Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A Política Nacional de Assistência Farmacêutica, conhecida como PNAF, tem um papel fundamental na garantia do cuidado
integral à saúde no SUS. O Conselho Nacional de Saúde publicou essa política em 2004, no sentido de nortear políticas setoriais
na área de medicamentos para o SUS. Um desses norteamentos é a divisão da Assistência Farmacêutica em componentes, que
orienta a organização e o financiamento das ações nessa área, por parte dos gestores, nas três esferas de governos. Como são
divididos os principais componentes da Assistência Farmacêutica?

A Básico, médio e superior.

B Básico, estratégico e especializado.

C Geral, especializado e superior.

D Estratégico, especializado e de alto custo.

E De baixo custo, médio custo e alto custo.

Parabéns! A alternativa B está correta.


A Assistência Farmacêutica apresenta três componentes principais divididos em componente
básico, componente estratégico e componente especializado, que têm a finalidade de ampliar o
Questão 2
acesso aos medicamentos nas três esferas de governo.
Podemos dizer que o SUS apresenta regras, e entre elas temos as Diretrizes, que são orientações, guias, rumos, que norteiam,
definem e/ou regulamentam um determinado caminho que o sistema de saúde deve seguir. Algumas dessas diretrizes se
relacionam com os princípios do SUS de forma a dá-los sustentação. Entre as diretrizes do SUS, podemos dizer que as que
sustentam seus princípios são:

A Descentralização; regionalização; hierarquização e participação da comunidade.

B Descentralização; autonomia das pessoas; hierarquização e participação da comunidade.

C Descentralização; regionalização; igualdade e participação da comunidade.

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D Descentralização; direito à informação; hierarquização e participação da comunidade.

E Descentralização; regionalização; divulgação de informações e participação da comunidade.

Parabéns! A alternativa A está correta.


Os princípios do SUS são valores fundamentais, que dão alicerce para a materialização do
sistema. Porém, para que eles se sustentem, precisam dos princípios de descentralização,
regionalização, hierarquização e participação da comunidade.

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3 - Política Nacional de Medicamentos (PNM): definições e


aplicações
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever a Política Nacional de Medicamentos.

A Política Nacional de Medicamentos faz parte da


Política Nacional de Saúde como elemento essencial, sendo fundamental para
garantir
a melhoria das condições da assistência à saúde das pessoas. A Lei nº 8.080/90
determina em
seu artigo 6º a
formulação da política de medicamentos como campo de atuação do SUS.

O objetivo principal é o de assegurar a segurança, eficácia e qualidade dos


medicamentos,
necessárias para a promoção do uso racional e o acesso da
sociedade aos considerados
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p p ç
essenciais.

A Política de Medicamentos, regulamentada pela


Portaria nº 3.916/1998, teve o objetivo de reorientar o modelo de Assistência
Farmacêutica no País. Ela possui como base os princípios e as diretrizes do SUS e
determina, para
a sua implementação, a
reorganização de planos, programas e atividades específicas
nas três esferas de governo.

A PNM consolida metas do Plano de Governo, agrega


os esforços para a consolidação do SUS, além de colaborar com o
desenvolvimento
social do País. Ela guia a implementação das ações e metas prioritárias determinadas
pelo Ministério
da
Saúde. Assim, podemos dizer que essa política:

1. Abrange diretrizes e determina


prioridades relacionadas à legislação;

2. Acrescenta a regulamentação para a


inspeção, o controle e a garantia da qualidade, a seleção, a aquisição e a
distribuição;

3. O uso racional de medicamentos;

4. O desenvolvimento de recursos humanos,


além do desenvolvimento científico e tecnológico.

Alguns conceitos que norteiam a PNM


A PNM foi instituída no sentido de dar completude
às ações de saúde previstas no SUS. Ela foi elaborada tendo como referência
as
Diretrizes e Princípios do SUS, dispostos na Lei nº 8.080/1990. Além disso, a
construção da Política
Nacional de
Medicamentos baseou-se em um referencial teórico de conceitos, que foram
utilizados como alicerces, conferindo-lhe
sustentação. Você verá a seguir uma
discussão dos principais conceitos que envolvem a Política
de Medicamentos brasileira.

Acesso
O acesso pode ser entendido como a liberdade e a
capacidade de alcançar alguma coisa ou dela se utilizar. Quando se trata de
medicamentos, o acesso vem acrescido da ideia de obter de forma adequada, com
finalidade específica,
na dose correta, por
período adequado, com utilização racional e resultando em
resolução das ações em saúde.

O conceito de acesso pode ser considerado bastante


complexo e se distingue entre diferentes autores na literatura. De uma
forma geral,
podemos dizer que o acesso aos medicamentos representa a adequação da relação entre
os usuários
e o sistema
de saúde, além de implicar a garantia do ingresso das pessoas ao sistema
de saúde, com obtenção desses produtos sem
nenhum impedimento físico, financeiro ou
de qualquer outra natureza.

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Comentário

Não basta apenas que os usuários dos serviços de saúde tenham uma
prescrição. Outros fatores também interferem no acesso
aos medicamentos.

Veja a seguir alguns exemplos desses fatores:

Disponibilidade
Uma reportagem, da versão eletrônica do Diário
Gaúcho, em 29/09/2021, tinha em seu título a seguinte informação:

“Pacientes com problemas renais relatam falta de medicamento em farmácias do SUS


em Porto Alegre”

Nesse caso, a indisponibilidade se deu devido ao


medicamento injetável sacarato de hidróxido férrico, que é utilizado em
pacientes
nefropatas em uso de hemodiálise, não estar sendo dispensado em algumas unidades
farmacêuticas
do SUS, e
segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o desabastecimento ocorreu por
falta de empresas fornecedoras do produto no Estado.

Um outro exemplo de falta de disponibilidade foi


relatado na reportagem do Portal G1, em 20/09/2021, com a seguinte
informação:

“Ipen suspende produção de insumos para tratamento de câncer por tempo


indefinido; já há registros de
falta de remédios”

Nesse caso, a falta de disponibilidade se deu por


motivos de falta de recursos, que deveriam ser disponibilizados pelo governo
federal
para a produção do medicamento. As unidades hospitalares começaram, então, a
cancelar os
tratamentos devido ao
desabastecimento.

Como você pode perceber, o acesso aos medicamentos


foi prejudicado, o que se desdobra, consequentemente, na não obtenção
do cuidado
integral à saúde, ficando, assim, em desacordo com o princípio do SUS da
integralidade.

Acessibilidade geográfica
Outro fator que afeta o acesso aos medicamentos é
a região geográfica na qual os serviços e medicamentos são
disponibilizados. É
notório que a grande extensão territorial brasileira, bem como as diferenças de
viabilidade de
locomoção da
população e a localização de determinados serviços e dispensação de
medicamentos, dificulta que a população consiga obter
os medicamentos que precisa.

Dica

Não podemos esquecer, ainda, que as condições socioeconômicas de diversos


brasileiros também se tornam fator impeditivo
de acessibilidade para a
obtenção de seus medicamentos.
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Um exemplo de dificuldade de acessibilidade


geográfica pode ser visto a seguir:

“Bauruenses com câncer precisam viajar até Jaú para fazer radioterapia”

Esse é o título de uma reportagem do portal de


notícias JCNET, publicada em 24/03/2021. Nessa reportagem, é retratada a
dificuldade
que a população de Bauru, no Estado de São Paulo, estava enfrentando para conseguir
o tratamento
de radioterapia,
devido à falta de disponibilidade do tratamento em sua cidade. Mais
uma vez, observamos a dificuldade de acesso ao
tratamento.

Aceitabilidade do produto
Considerada um fator importante que influencia o
acesso aos medicamentos, a aceitabilidade do produto tem relação com a
aceitação da
população a um determinado medicamento e às características do produto.

Exemplo
Um caso bastante emblemático é o comportamento da população em relação ao
tratamento precoce da covid-19 e à sua
prevenção.

Observamos em determinados grupos de pessoas


diferentes comportamentos que afetam o acesso, tanto no sentido de ampliá-
lo quanto
no sentido de rejeitá-lo. Um exemplo de aceitabilidade que impediu o acesso para
alguns grupos
da população foi a
rejeição da vacinação para covid-19 devido às características de
procedência do produto. Por outro lado, verificou-se uma
crescente busca por
hidroxicloroquina e ivermectina, fazendo com que a ANVISA
alterasse a normatização para a aquisição
desses medicamentos, de modo que eles
passaram a ser considerados medicamentos controlados na tentativa de inibir o
acesso.

Veja a seguir alguns exemplos da vida real sobre


aceitabilidade e acesso:

“Pessoas rejeitam CoronaVac e confundem cronograma em São Paulo após dia de


suspensão”

Esse é o título de uma reportagem do portal de


notícias UOL, em 23/06/2021, que retrata a rejeição de algumas pessoas à
vacina, por
ter uma origem chinesa. Já a reportagem do dia 24/07/2020, do portal Agência Brasil,
retrata
a tentativa da ANVISA
de frear o acesso indiscriminado de medicamentos para
tratamento sem comprovação científica da covid, conforme demonstra
o título a
seguir:

“Anvisa proíbe venda sem receita de cloroquina e ivermectina”

Capacidade aquisitiva
Esse fator impacta o acesso direto da população
aos medicamentos, mas também do próprio sistema de saúde em adquiri-los,
pois está
relacionado com o preço dos produtos versus a capacidade de pagamento.
Podemos perceber
a implicação desse

fator principalmente em populações de classes com poder


aquisitivo mais baixo, nas quais a inflação nos preços dos
medicamentos se pronuncia
de forma mais acentuada. Dois exemplos podem ser verificados
nas reportagens a seguir:
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“Remédios ficam 9,22% mais caros em Fortaleza na pandemia, maior alta do País”

Reportagem do Diário do Nordeste, em 24/05/2021,


que retrata a dinâmica dos preços inflacionários e seu impacto na
população de baixa
renda.

“Com dificuldade em conseguir medicamentos de alto custo, pacientes entram na


Justiça”

Reportagem do portal de notícias G1, em


18/06/2021, retratando a dificuldade de acesso aos medicamentos pela população de
Jundiaí, no estado de São Paulo, devido aos altos preços dos produtos.

Qualidade do produto
A qualidade dos medicamentos é um fator que
perpassa todos os outros fatores que afetam o acesso a esses produtos.

Comentário

Obviamente a população percebe a qualidade dos medicamentos principalmente


quando seus efeitos não são pronunciados.
Essa percepção faz com que as
pessoas deixem de usar o medicamento e busquem novas alternativas.

A obtenção de um medicamento de qualidade, no


entanto, pode influenciar na capacidade de acesso das pessoas ao produto, já
que
estão atrelados à qualidade, muitas vezes, maior preço do produto, distribuição em
determinadas
regiões do País e menor
disponibilidade deles nos serviços de saúde. Assim, para se
garantir a qualidade dos medicamentos nos serviços de saúde, a
presença do
farmacêutico é indispensável, uma vez que esse profissional
é o único com capacidade técnica e legal para realizar
a seleção e aquisição de
medicamentos com garantia de suas qualidades.

Política pública
O termo “políticas públicas” trata de um conceito
recente e bastante amplo na área da Ciência Política. Estudos acadêmicos
norte-americano e europeu analisaram o papel do Estado no que se refere ao impacto
de suas instituições
administrativas na
vida das pessoas. Assim, foi verificado que as políticas públicas
são as ações políticas e governamentais que adequam a
relação entre o Estado e a
sociedade.

A relação entre Estado e sociedade


acaba por pronunciar diversas demandas sociais. Entretanto, nem todas as
demandas se
transformam em políticas públicas. Para que isso aconteça, é
necessário que ocorram diversas etapas
no processo da
efetivação de uma dessas políticas.

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Você pode conferir no fluxo a seguir as etapas do


processo de construção de uma política pública.

1 - Identificação do problema
Há um olhar técnico do governo, sobre
uma demanda social, para identificar o problema.

2 - Agenda
São debatidos os itens que precisam ser
trabalhados com urgência.

3 - Formulação
São elaboradas diversas alternativas
para que os gestores públicos possam identificar as soluções
possíveis.

4 - Tomada de decisão
É definida a solução a ser adotada.

5 - Implementação
A política pública torna-se realidade.

6 - Monitoramento
É verificada a eficácia, eficiência e
efetividade da política.

7 - Avaliação
São realizadas análises para
identificação de novos problemas e necessidades de ajustes na
política.

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Cartão Nacional de Saúde do SUS.

As políticas públicas, de uma forma


mais abrangente, são atravessadas pelas áreas da Economia, Administração, do
Direito e
das Ciências Sociais. Elas se materializam em políticas
econômicas, políticas externas (relações
exteriores), políticas
administrativas e diversas outras como sendo uma ação
do Estado. Constantemente, as políticas públicas mais percebidas pela
população são as políticas sociais, normalmente arranjadas em políticas
públicas setoriais. A exemplo disso temos a Política
Nacional de Saúde, a
Política Nacional de Educação, a Política Nacional de Saneamento Básico, a
Política Nacional de
Medicamentos, entre outras.

As políticas públicas são elaboradas para o


benefício de toda a população. Isso se dá devido à solidificação da democracia, na
qual a responsabilidade do governante é proporcionar o bem-estar da sociedade. Essas
políticas são
ações e programas
realizados pelo Estado para viabilizar os direitos previstos na
Constituição Federal e em outras leis. E foi a partir do conceito de
política
pública que, para atingir a integralidade das ações em saúde,
elaborou-se a Política Nacional de Medicamentos.

Justificativa
Assegurar que as pessoas tenham acesso ao
medicamento, de forma a garantir os princípios de equidade e justiça social, é um
desafio. Promover o uso racional do medicamento, ofertando medicamentos seguros,
eficazes e com qualidade
é uma tarefa
árdua para qualquer gestor público. Isso muito se deve ao grande volume
de atendimentos no Sistema Único de Saúde,
mudanças no perfil epidemiológico,
prevalência de doenças degenerativas, elevação da morbimortalidade
devido à violência,
além da incidência de doenças emergentes e reemergentes. O
envelhecimento da sociedade brasileira também gera novas
demandas em saúde.

Para dar cabo, de maneira resolutiva, aos diversos


problemas de saúde apresentados ao SUS, na maioria das vezes o
medicamento se
apresenta como a única escolha terapêutica capaz de resolver as necessidades de
saúde dos usuários
do
sistema. Dito isso, é inegável a grande demanda por medicamentos no SUS. O
crescimento populacional também atua como um
fator de influência no consumo de
medicamentos, acarretando num maior custo social.

Reflexão
Observa-se, ainda, uma grande quantidade de prescrições médicas com
indicação de medicamentos não constantes na lista de
medicamentos essenciais
do SUS, como também uma forte cultura de automedicação e uso irracional de
medicamentos na
sociedade que,
além de aumentarem a demanda por medicamentos, contribuem para novos agravos
à saúde, decorrentes do
uso inadequado, gerando ainda mais demandas.
Toda essa demanda por medicamentos no País tem
colocado o Brasil entre os maiores consumidores de medicamento no
mundo. Diante
desse cenário, não é raro se verificar ações desordenadas, por parte dos gestores
públicos, em relação
à
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assistência farmacêutica, com consequentes episódios de desabastecimento. Tudo


isso envolve questões de falta de acesso,
uso irracional de medicamentos e
desarticulação político-administrativa.

Fica clara, assim, a necessidade de implementação


de uma política de medicamento que contribua com a articulação das ações
de saúde
envolvendo os medicamentos, com garantia de acesso e uso racional.

Diretrizes da PNM
As diretrizes da PNM foram estabelecidas no
sentido de organizar as ações dos gestores do SUS para a garantia do acesso aos
medicamentos seguros, eficazes e de qualidade. Assim, esses gestores devem pautar
suas ações nas seguintes
diretrizes:

Adoção de relação de medicamentos essenciais


Os medicamentos essenciais são aqueles
considerados básicos e indispensáveis para atender à maioria das necessidades de
saúde da população. Eles devem estar sempre disponíveis no sistema na sua forma
apropriada.

Os medicamentos essenciais compõem a Relação


Nacional de Medicamentos Essenciais, que serve como base para o
direcionamento da produção, do desenvolvimento e da pesquisa desses produtos no
País. Os estados e municípios
também
formulam suas listas com base na lista do ente federativo hierarquicamente
acima, levando em consideração seus perfis
epidemiológicos.

Capa do RENAME.

Essas listas devem ser constantemente atualizadas


de dois em dois anos.

Agora, fique ligado no exemplo dessa diretriz na


prática:

A revista IstoÉDinheiro publicou em 26/09/2021 a


seguinte reportagem:

“Procuradoria vai à Justiça para regularizar fornecimento de imunoglobulina no


SUS”

A imunoglobina é um medicamento usado em pacientes


com imunodeficiência e em pacientes com infecções bacterianas e
virais graves,
incluindo o coronavírus. Esse medicamento faz parte da lista de medicamentos
essenciais e deve
estar sempre
disponível para a população no SUS. Sua não observância pode acarretar
ações do Ministério Público, com consequentes
responsabilizações dos culpados pela
falta. Você como um futuro farmacêutico(a) deve se preocupar
com situações como essa,
pois a aquisição de medicamentos é uma atribuição desse
profissional.

Regulamentação sanitária de medicamentos


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A regulamentação de medicamentos é uma atribuição


do gestor federal do SUS, por meio da ANVISA, que é a responsável por
conceder
registros de medicamentos, autorizações sanitárias e até mesmo restringir a
circulação e eliminar
a comercialização
de medicamentos no território nacional com base em dados da
farmacovigilância.

Como isso pode contribuir com a política de medicamentos no SUS?

Você pode entender melhor a relação da regulação


sanitária com o propósito da PNM de fornecer medicamentos seguros,
eficazes e de
qualidade. Assim, a regulamentação sanitária contribui para que a população seja
protegida de
medicamentos que
possam trazer danos graves à saúde. A seguir, você pode conferir um
exemplo da proteção que a regulação sanitária traz à
população:

“Anvisa proíbe venda de mais dois tipos de anti-inflamatórios”

Esse é o título de uma reportagem do portal G1,


publicada em 03/10/2008. Nessa reportagem, são relatados a proibição da
venda e o
cancelamento do registro dos medicamentos Prexige 400mg e Arcoxia 120mg, devido aos
riscos de
sua utilização
serem maiores que os benefícios à saúde. Dessa forma, o SUS passou a
não fornecer mais esses medicamentos, bem como
eles deixaram de fazer parte das
listas de medicamentos essenciais.

Reorientação da Assistência Farmacêutica (AF)


A Assistência Farmacêutica foi reorientada pela
PNM de forma a promover um modelo que não dificulte a aquisição e a
distribuição dos
medicamentos, bem como fomente o seu acesso. A Política Nacional de Medicamentos
também preconiza
que
a AF seja fundamentada:

Na descentralização da gestão;

Na promoção do uso racional;

Na eficácia da distribuição;

Na redução dos preços dos produtos.

Ainda nessa diretriz, também são estipuladas:

A adoção do ciclo da Assistência Farmacêutica (seleção, programação,


aquisição, armazenamento e distribuição, controle
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da qualidade e utilização
— nesta compreendida a prescrição e a dispensação);

A adoção de critérios epidemiológicos;

A coparticipação e viabilização de financiamento;

A articulação intergestores.

Essa diretriz da PNM atribui ao profissional


farmacêutico uma participação fundamental no SUS, uma vez que é atribuição desse
profissional a participação em todas as fases do ciclo da Assistência Farmacêutica.
Isso promoveu
uma grande demanda por
farmacêuticos nos serviços de saúde pública, bem como em
instâncias ditas mais centrais, como as Secretarias e
Superintendências de
Assistência Farmacêutica nas esferas de gestão do SUS. Você pode
conferir essa demanda no exemplo
demonstrado a seguir:

“Todas as UBSs de Betim terão farmácias até o fim do ano”

Esse é o título de uma reportagem do site O Tempo


Betim, em 14/10/2021. A reportagem relata a estratégia do gestor para
ampliar o
acesso aos medicamentos, com o aumento do número de farmácias. Consequentemente,
mais postos
de trabalho
para farmacêuticos são disponibilizados.

Promoção do uso racional de medicamentos

Essa diretriz estabelece a mudança nos currículos


de formação dos profissionais de saúde, principalmente prescritores e
dispensadores
de medicamentos, com a inclusão dos conceitos de uso racional de medicamentos. Além
disso,
a orientação
para a promoção do medicamento genérico e regulamentação da propaganda
de medicamentos também são alvos dessa
diretriz.

Desenvolvimento científico e tecnológico


Essa diretriz preconiza a articulação
intersetorial e interministerial para a promoção do desenvolvimento científico e
tecnológico
em relação aos medicamentos, principalmente aqueles constantes na lista
de medicamentos essenciais
e os que tiverem como
base a fauna e a flora brasileira. Ainda faz parte dessa
diretriz a revisão permanente da farmacopeia brasileira pelo Ministério da
Saúde.

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Capa da Farmacopeia Brasileira.

Promoção da produção de medicamentos


Essa diretriz preconiza a articulação e o fomento
para a produção de medicamentos constantes na RENAME, bem como o
fortalecimento dos
laboratórios oficiais.

Garantia da segurança, eficácia e qualidade


dos medicamentos
Nessa diretriz, observa-se a intenção da PNM de
fortalecer os sistemas de fiscalização e controle, por meio das fiscalizações
sanitárias, bem como o fortalecimento e reconhecimento da Rede Brasileira de
Laboratórios Analítico-Certificadores
em Saúde
(REBLAS).

Desenvolvimento e capacitação de recursos


humanos
Essa diretriz preconiza articulação
interministerial, com principal atuação do MS na oferta adequada e oportuna de
qualificação
de profissionais atuantes na esfera do SUS.

Essa e as demais diretrizes apresentadas formam o


grupo de prioridades que conformam as bases para se alcançar o propósito
da PNM,
assim como a efetiva implementação dessa política.

video_library
As diretrizes da PNM
Neste vídeo, o especialista discutirá o acesso aos
medicamentos à luz da PNM. Vamos lá!

Prioridades
Além das diretrizes, a PNM também determina um
conjunto de prioridades a serem adotadas pelos gestores de saúde nas três
esferas
federativas. Você pode conferir as prioridades da PNM na tabela a seguir:
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PRIORIDADES DA PNM

Prioridades Ações

Coordenação realizada pelo Ministério da


Saúde, com participação da Secretaria de Vigilância
Revisão
Sanitária e
Secretaria de Assistência à Saúde, além dos gestores atuais e
municipais,
permanente da
responsáveis pela implementação
desta Política e de instituições científicas que atuam na área
RENAME
de
medicamentos.

Assistência
Descentralização e financiamento fundo a
fundo.
Farmacêutica

Promoção do uso
Campanhas educativas; registro e uso de
medicamentos genéricos; Formulário Terapêutico
racional de
Nacional;
Farmacoepidemiologia e farmacovigilância; Recursos humanos.
medicamentos

Organização das
atividades de
Reestruturação da área de vigilância
sanitária.
vigilância
sanitária
de medicamentos

Quadro: Prioridades da PNM.


Elaborado por: Eduardo Corsino.

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.

Módulo 3 - Vem que eu te explico!

Alguns conceitos que norteiam a PNM

Módulo 3 - Vem que eu te explico!

Prioridades

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Falta pouco para atingir seus objetivos.


Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1

A Política Nacional de Medicamentos (PNM) teve sua concepção na tentativa de dar sentido de integralidade às ações de saúde
previstas no SUS. A sua formulação teve como referência as Diretrizes e os Princípios do SUS contidos na Lei nº 8.080/90.
Porém, como em qualquer política de saúde desenvolvida no âmbito do SUS, a PNM teve como base alguns conceitos para a sua
estruturação. Esses conceitos são:

A Conceito de acesso e integralidade.

B Conceito de acesso e equidade.

C Conceito de política pública e igualdade.

D Conceito de acesso e política pública.

E Conceito de política pública e universalidade.

Parabéns! A alternativa D está correta.


O conceito de acesso foi utilizado na Política Nacional de Medicamentos no sentido de que não
basta apenas o sistema possuir os recursos necessários à atenção à saúde, mas principalmente

que as pessoas possam acessar esses recursos. Pois, caso isso não se materialize, a
integralidade no SUS fica comprometida. Além disso, o conceito de política pública foi
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incorporado à PNM no sentido de dar cabo a uma demanda social que entrou na agenda política e
Questão 2
de governo.
A Política Nacional de Medicamentos (PNM), aos moldes da Lei Orgânica do SUS, Lei nº 8.080/1990, adota diretrizes a serem
seguidas pelos gestores do Sistema de Saúde. Essas diretrizes foram postas no sentido de dar organização às ações dos
gestores do SUS de forma a firmar o acesso aos medicamentos de forma segura, eficaz e com qualidade. Podemos dizer que as
diretrizes da PNM são:

Adoção de relação de medicamentos essenciais; regulamentação sanitária de medicamentos; reorientação da


Assistência Farmacêutica; promoção do uso racional do medicamento; desenvolvimento científico e
A
tecnológico; promoção da produção de medicamentos, garantia da segurança, eficácia e qualidade dos
medicamentos; e desenvolvimento e capacitação de recursos humanos.

Adoção de relação de medicamentos essenciais; regulamentação sanitária de medicamentos; promoção do


B acesso ao medicamento; desenvolvimento científico e tecnológico; promoção da produção de medicamentos;
garantia da dispensação dos medicamentos; e desenvolvimento e capacitação de recursos humanos.

Adoção de relação de medicamentos essenciais; regulamentação sanitária de medicamentos; manutenção da


Assistência Farmacêutica e acesso aos medicamentos; promoção do uso racional do medicamento;
C
desenvolvimento científico e tecnológico; promoção da produção de medicamentos; garantia da segurança,
eficácia e qualidade dos medicamentos; e desenvolvimento e capacitação de recursos humanos.

Adoção de relação de medicamentos essenciais; regulamentação sanitária de medicamentos; reorientação da


Assistência Farmacêutica; promoção do uso irracional do medicamento; desenvolvimento empírico e
D
artesanal; promoção da produção de medicamentos; garantia da segurança, eficácia e qualidade dos
medicamentos; e desenvolvimento e capacitação de recursos humanos.

Adoção de relação de medicamentos extraordinários; regulamentação sanitária de medicamentos;


reorientação da Política Pública; promoção do uso racional do medicamento; desenvolvimento científico e
E
tecnológico; promoção do acesso aos medicamentos; garantia da segurança, eficácia e qualidade dos
medicamentos; e desenvolvimento e capacitação de recursos humanos.

Parabéns! A alternativa A está correta.


A PNM foi aprovada pela Portaria nº 3.916/1998, e seu objetivo foi garantir a necessária
segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso pela
sociedade àqueles ditos como essenciais. Para atingir esse objetivo, essa política estabeleceu as
seguintes diretrizes: adoção de relação de medicamentos essenciais; regulamentação sanitária
de medicamentos; reorientação da Assistência Farmacêutica; promoção do uso racional do

medicamento; desenvolvimento científico e tecnológico; promoção da produção de


medicamentos; garantia da segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos; e
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desenvolvimento e capacitação de recursos humanos.

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Considerações finais
Você pôde acompanhar neste tema os pontos mais importantes
das diretrizes do Sistema Único de Saúde. Além disso, pôde
verificar os principais pontos
dos Componentes da Assistência Farmacêutica.

Acompanhou, ainda, o objetivo, os conceitos e as


justificativas da Política Nacional de Medicamentos. Por fim, você foi
apresentado às
diretrizes e prioridades da PNM.

headset
Podcast
Agora, o especialista Eduardo Corsino
encerra o tema falando sobre os principais tópicos das diretrizes do SUS
e PNM. Vamos
lá!

Referências
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tratamento de câncer por tempo indefinido; já há registros de falta de
remédios. G1.
São Paulo. Publicado em: 20 set. 2021 – 16h40. Jornal Hoje. Consultado na Internet
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16/06/2022 00:15 Sistema Único de Saúde e Política Nacional de Medicamentos

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Leia o artigo SUS-30 anos: direito e acesso no cotidiano
da Atenção Primária à Saúde de Selma Maria da Fonseca Viegas e
colaboradores, publicado
na Revista Brasileira de Enfermagem e descubra um pouco mais sobre o direito
a saúde e seu acesso.

Aproveite para se aprofundar um pouco mais sobre o assunto,


acessando o artigo A judicialização da política de assistência
farmacêutica e seu impacto no
município de Natal/RN, de Jássio Pereira de Medeiros e Francisca
Niviane da Silva Nascimento,
publicado na Revista do Instituto de Políticas Públicas de Marília em
2020, e compreenda o impacto da judicialização em um
município.

Não deixe de ler também o artigo A importância da atenção


farmacêutica para o uso racional de medicamentos, de Antonio
Severino Duarte Júnior e
Elenilson José Dos Santos, publicado em 2021 na Revista Multidisciplinar em
Saúde, para compreender
como o profissional farmacêutico pode contribuir com uma das diretrizes da
Política Nacional de Medicamentos.

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