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Iracelma Emídio

Ivan Abel
Lucinia da Carla
Mateus Massasse Vilanculo

Licenciatura em ensino de Biologia com Habilitações à Gestão de Laboratório


Historial da promoção de saúde e políticas nacionais de promoção de saúde.

Universidade Púnguè
Chimoio
2021

Iracelma Emídio
Ivan Abel
Lucinia da Carla
Mateus Massasse Vilanculo

Historial da promoção de saúde e políticas nacionais de promoção de saúde.

Trabalho de pesquisa Científica a ser


apresentado no departamento de ciências
Naturais e Matemática, no curso de Biologia, 3º
ano, na cadeira de Educação ambiental e saúde
pública sob orientação da docente: Cândida
Mariza das Dores

Universidade Púnguè
Chimoio
2021

Índice
CAPITULO I................................................................................................................................4
1.Introdução.................................................................................................................................4
1.1.Objectivos..............................................................................................................................4
1.1.1.Objectivo especifico............................................................................................................4
1.1.2.Objectivo geral....................................................................................................................4
1.2.Metodologia...........................................................................................................................4
CAPITULO II..............................................................................................................................4
2.Evolução histórica do conceito de saúde..................................................................................4
2.1.Marcos históricos relevantes para a promoção da saúde.......................................................5
2.2.A salutogénese – o paradigma da promoção da saúde...........................................................6
2.3.Dimensões da promoção de saúde.........................................................................................7
2.4.Porque promover a saúde.......................................................................................................7
2.5.Políticas nacionais de promoção de saúde.............................................................................8
2.6.Conceptualização de políticas nacionais de promoção de saúde...........................................8
2.6.1.Objectivo de promoção de saúde........................................................................................8
2.7.Moçambique...........................................................................................................................8
2.8.Estratégias de promoção de saúde.........................................................................................9
2.9.Diretrizes da política nacional de promoção da saúde...........................................................9
2.9.1.De acordo com o Decreto Presidencial nr.11/95, é tarefa do Ministério da Saúde............9
CAPITULO III...........................................................................................................................10
3.Conclusão................................................................................................................................10
Bibliografia................................................................................................................................10
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CAPITULO I
1.Introdução
Durante a década de 1960, vários países realizaram debate sobre a determinação econômica e
social da saúde, processo que contribuiu na perspectiva de uma abordagem positiva da saúde,
cujo objetivo era superar a orientação predominantemente centrada no controle da enfermidade.
Um dos movimentos históricos que contribuiu para a reorientação da abordagem à saúde foi o
movimento de Promoção à Saúde. A ‘promoção da saúde’ é uma proposta de política pública
mundial, contemporânea na saúde pública e disseminada pela Organização Mundial da Saúde a
partir de 1984. Portanto, as actuais definições de saúde, valorizam o homem, não como um
elemento isolado mas como um ser social que vive em sociedade, influenciando-a e fazendo
parte dela ao mesmo tempo que dela recebe as suas influências e a ela se adapta. O conceito de
promoção da saúde assente, no paradigma salutogénico, valoriza os factores que interferem
positivamente na saúde.

1.1.Objectivos
 Estudar a história da promoção de saúde e as políticas nacionais de promoção de saúde.

1.1.1.Objectivo especifico
 Classificar as políticas nacionais de promoção de saúde,
 Mencionar as diretrizes da política nacional de promoção da saúde
 Descrever a evolução histórica do conceito de saúde.

1.1.2.Objectivo geral
1.2.Metodologia
Para a realização do presente trabalho recorreu-se a consultas bibliográficas citadas no mesmo
trabalho em estudo, e ainda recorreu-se a consultas de materiais nas páginas de web (internet).
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CAPITULO II
2.Evolução histórica do conceito de saúde
O homem primitivo atribuía o processo de saúde/doença à punição ou à recompensa de entidades
sobrenaturais. Esta interpretação, limitada ao conceito teológico, ainda prevalece atualmente. Da
interpretação sobrenatural evolui-se nas civilizações antigas (grega, romana, egípcia), para uma
interpretação natural, isto é física. Nesta perspectiva as causas que determinam o processo de
saúde/doença têm origem no corpo; daí que, a saúde seja definida por um bem-estar físico.
Pertence a Hipócrates, 460 anos antes de Cristo, a primeira interpretação natural do binómio
saúde/doença, substituindo a causalidade divina pela causalidade física. Hipócrates, explica as
origens da doença a partir de um desequilíbrio entre as forças da natureza que estão dentro e fora
da pessoa. Durante longo período de tempo e até meados de século XVI, dominaram estas duas
interpretações.

Com o evoluir dos tempos, foram-se identificando factores ambientais como causa de doença.
Surgiu a teoria dos Miasmas, a qual atribuía o aparecimento da doença ao efeito do meio
ambiente. Esta teoria foi aceite pelos pensadores e cientistas da época e mais tarde confirmada,
especialmente a partir do século XVII, devido ao aparecimento de meios que permitiram a
identificação de microorganismos causadores de doença. Foi neste período, que se deu início ao
conhecimento científico sobre a saúde.

Passou a considerar-se que toda a doença corresponderia a uma causa, presumivelmente à ação
de um organismo já conhecido ou a descobrir. Foi já no século XIX, com o desenvolvimento das
ciências bacteriológicas, que se conheceu a natureza das doenças transmissíveis. No século XX o
conceito de saúde modificou – se e com o passar dos anos foi adquirindo um significado mais
amplo e completo. O conhecimento dos múltiplos factores que influenciam a saúde do homem
trouxe-nos uma nova perspectiva de saúde.

É nos EUA que surge, em meados dos anos 60, um novo modelo etiológico ou teoria explicativa
da saúde/doença, o lifestyle-risk factor (Human Population Laboratory, 1966; Belloc, 1972;
Berkam, 1983), citado por (GRAÇA 1999: 135)
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2.1.Marcos históricos relevantes para a promoção da saúde


Após a criação da Organização Mundial de Saúde (OMS) (1945), a saúde passou a ser
considerada “um dos direitos fundamentais de todo o ser humano sem distinção de raça, religião,
opiniões políticas e condições económicas e sociais” e foi aceite o princípio da ajuda mútua entre
os países. Daqui para a frente, as preocupações com a saúde dos povos foram sendo cada vez
mais sentidas, reunindo sucessivamente responsáveis pela saúde de vários países, no sentido de
refletirem sobre a saúde, os factores que a determinam e a forma de os controlar.

Apesar de ainda persistirem controvérsias na definição da promoção de saúde e confusões


relativas a seus limites conceituais com a prevenção, desde a década de 1980 muitos autores vêm
procurando desenvolver, clarificar e disseminar o discurso da promoção

Definindo os sete princípios da promoção de saúde A OMS caracteriza como iniciativas de


promoção de saúde os programas, as políticas e as atividades planejadas e executadas de acordo
com os seguintes princípios: concepção holística, intersetorialidade, empoderamento,
participação social, equidade, ações multi-estratégicas e sustentabilidade (WHO, 1998).

A concepção holística determina que as iniciativas de promoção fomentem a saúde física,


mental, social e espiritual (WHO, 1998) e pressupõe a compreensão ampliada de saúde assumida
pela Organização. No documento produzido em 1984, a OMS (WHO, 1984, p.20) declara que “a
promoção de saúde envolve a população como um todo no contexto do seu dia-a-dia, ao invés de
enfocar grupos de risco para doenças.

A Declaração de Alma-Ata constituiu um marco importante no movimento da "Saúde para


todos". Baseada no reconhecimento de que a saúde é um objectivo social de primeira
importância. O espírito de Alma-Ata teve o seu desenvolvimento na Carta de promoção da
saúde, que foi adoptada em Ottawa, em 1986.

Saúde

Atualmente a saúde é entendida como uma situação de equilíbrio entre o nível físico, psíquico e
sócio – ambiental, ou seja é o bem estar físico, mental e social e não apenas a usenca de doenças
(OMS).

Saúde é um conceito complexo e que foi amplamente modificado ao longo do tempo.


Atualmente de saúde vai além da ausência de dores
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2.2.A salutogénese – o paradigma da promoção da saúde


Salutogénese designa as razoes que levam alguém a estar saudável, A promoção da saúde, tem
origem no paradigma salutogénico. A preocupação com os problemas de saúde das populações,
não é recente e está, naturalmente, relacionada com a evolução do conceito de saúde ao longo
dos tempos.

2.3.Dimensões da promoção de saúde


A promoção de saúde envolve, segundo Cerqueira (1997), duas dimensões: Conceitual e
metodológica

A conceitual, princípios, premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoção de saúde


e a,

Metodológica que se refere às práticas, planos de ação, estratégias, formas de intervenção e


instrumental metodológico.

2.4.Porque promover a saúde?

A 51 Assembléia Mundial da Saúde, ocorrida em 2000, aponta o desafio de saúde para todos no
século XXI, reafirma o compromisso da saúde ser um direito fundamental dos seres humanos e
enfatiza a relação entre saúde e os preceitos éticos de equidade, solidariedade e justiça social.
Nela, os países assumiram um compromisso de abordar os determinantes básicos e os pré-
requisitos para a saúde e reconheceram que a saúde é fruto de um trabalho interdependente de
todas as nações, comunidades, famílias e indivíduos (MORIN, 2001).

A promoção da saúde enfrenta esta realidade sanitária na medida em que oferece condições e
instrumentos para uma ação integrada e multidisciplinar que inclui as diferentes dimensões da
experiência humana a subjetiva, a social, a política, a econômica e a cultural e coloca a serviço
da saúde, os saberes e ações produzidos nos diferentes campos do conhecimento e das atividades.

Promover saúde também é aceitar o imenso desafio de desencadear um processo amplo que
inclui a articulação de parcerias, atuações intersetoriais e participação popular, que otimize os
recursos disponíveis e garanta sua aplicação em políticas que respondam mais efetiva e
integralmente às necessidades da sociedade. E para responsabilizar no nível da legislação e
execução com políticas que favoreçam a vida em todas suas dimensões (HADDAD, 2000).
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2.5.Políticas nacionais de promoção de saúde


A OMS (2017) afirma que as escolas, são as formas mais eficientes de atingir um grande número
de pessoas e promover comportamentos saudáveis. Os fundamentos de uma escola que promove
a saúde são: projetos actividade, programas de promoção de saúde para funcionários, educação
física e recreação, programas de aconselhamento, apoio social.

O Ministério da Saúde propõe um movimento indutor para definição da Política Nacional de


Promoção da Saúde – PNPS,

2.6.Conceptualização de políticas nacionais de promoção de saúde


Políticas nacionais de promoção de saúde é um conjunto de estratégias e formas de produzir
saúde, no âmbito individual e colectivo.

Políticas nacionais de promoção de saúde é um esforço para o enfrentamento dos desafios de


produção da saúde num cenário sócio - histórico cada vez mais complexo.

2.6.1.Objectivo de promoção de saúde


O objectivo de promoção de saúde é de promover uma gestão compartilhada entre usuários,
trabalhadores do sector sanitário, de outros sectores e movimentos sociais.

2.7.Moçambique
Moçambique adoptou o conceito e os princípios de promoção da saúde desde a Declaração de
Alma Ata sobre cuidados de saúde primária em 1978. Os princípios incluem o reforço do sistema
de saúde, fortalecimento da ação comunitária, abordagem intersectorial, parcerias, prestação de
serviços de prevenção, promoção e tratamento, políticas de saúde pública, sustentabilidade e uso
de tecnologia apropriada e eficaz (OMS, 1978).

O Ministério da Saúde de Moçambique (MISAU) desenvolveu um plano estratégico de sector da


saúde que inclui a implementação do programa de promoção da saúde. O principal objectivo
deste programa é contribuir para a redução do fardo da doença, por meio da adopção de estilos
de vida saudáveis e redução de comportamentos que representam um risco para a saúde.

De acordo com a OMS (2017), o país enfrenta carência de profissionais qualificados para a
promoção da saúde, especialmente para planeamento estratégico, monitoramento e avaliação,
gerando o aumento da prevalência de casos de malária, tuberculose, infecções respiratórias e
sexualmente transmissíveis e doenças crônicas. Os jovens estão cada vez mais expostos ao
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trauma, álcool, tabaco e abuso de substâncias ilícitas (Boletim da República de Moçambique,


2015).

2.8.Estratégias de promoção de saúde


 Prevenção de doenças
 Destacar o papel dos profissionais de saúde
 Otimizar a utilização de recursos existentes.

2.9.Diretrizes da política nacional de promoção da saúde


 Promover a qualidade de vida;
 Reduzir a vulnerabilidade e riscos a saúde relacionado aos seus determinantes;
 Modos de viver;
 Condições de trabalho;
 Habitação;
 Ambiente;
 Educação;
 Lazer;
 Cultura e,
 Acesso a bens e serviços essenciais.

2.9.1.De acordo com o Decreto Presidencial nr.11/95, é tarefa do Ministério da Saúde:

 Prestar cuidados de saúde à população através do sector público,


 Promover e apoiar o sector privado com fins não lucrativos,
 Supervisar o sistema comunitário de prestação de cuidados de saúde,
 Formular política farmacêutica e dirigir a sua execução de acordo com as orientações
gerais traçadas pelo Governo,
 Promover e orientar a formação técnico profissional do pessoal de saúde, e
 Desenvolver e promover investigações de tecnologias apropriadas para o sistema de
saúde a diferentes níveis de atenção para garantir uma melhor definição da política de
saúde e gestão de programas.
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CAPITULO III
3.Conclusão
Como já mencionado, a “ promoção de saúde” se propõe a enfocar os determinantes gerais, isto
é, os sócio-ambientais e econômicos, atuando sobre as condições de vida cotidianas e sendo
direcionada ao coletivo e à defesa dos direitos sociais. Trata-se, portanto, de um processo de
fomento ao compromisso político (dos gestores e sociedade civil) e de impulsão às mudanças
sociais. No entanto, Em Moçambique, a inovação na promoção da saúde está sendo concebida e
implementada, apesar dos desafios para a sua implantação. Ambientes favoráveis estão sendo
criados para permitir que as comunidades façam escolhas saudáveis. Existem políticas de saúde
pública fortes para proteger os indivíduos onde trabalham, vivem e se divertem. O Ministério da
Saúde de Moçambique (MISAU) desenvolveu um plano estratégico de sector da saúde que inclui
a implementação do programa de promoção da saúde e o seu principal objectivo é contribuir para
a redução do fardo da doença, por meio da adopção de estilos de vida saudáveis e redução de
comportamentos que representam um risco para a saúde.
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Bibliografia

BOLETIM DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. Plano Quinquenal do Governo, 2015.


CERQUEIRA, M T. Promoción de la salud y educación para la salud: retos y perspectivas. In:
ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Genebra: Editorial de La Universidadade Puerto
Rico, Portugal, 1997.
CONFERENCE ON HEALTH PROMOTION: The Move Towards a New Public Health, Canada,
1986.
GRAÇA, L. Promoção da Saúde no Trabalho: A Nova Saúde Ocupacional ? Lisboa: Sociedade
Portuguesa de Medicina do Trabalho, Portugal, 1999.
HADDAD, S. Participação e cidadania na promoção da saúde. v.2, São Paulo, 2000.
WHO, Health Promoting School: an effective approach for early action on NCD risk factors.
Recuperado. 2017).
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Ottawa Charter for Health Promotion: An International
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Health Promotion: a discussion document on
the concept and principles. Copenhagen: WHO Regional Office for Europe, Portugal, 1984.
MORIN, Edgar, A Religação dos Saberes, Ed. Bertran, Brasil, 2001.

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