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História e evolução das

políticas de saúde no Brasil


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Introdução

[…] a evolução histórica das políticas de saúde está relacionada


diretamente à evolução político-social e econômica da sociedade
brasileira, não sendo possível dissociá-los; a lógica do processo
evolutivo sempre obedeceu à ótica do avanço do capitalismo na
sociedade brasileira, sofrendo forte determinação do capitalismo a
nível internacional; a saúde nunca ocupou lugar central dentro da
política do estado brasileiro, sendo sempre deixada na periferia do
sistema, como uma moldura de um quadro, tanto no que diz respeito
à solução dos grandes problemas de saúde que afligem a
população, quanto na destinação de recursos direcionados ao setor.

Somente nos momentos em que determinadas endemias ou


epidemias se apresentam como importantes em termos de
repercussão econômica ou social dentro do modelo capitalista
proposto é que passam a ser alvo de uma maior atenção por parte
do governo, transformando-se pelo menos em discurso institucional,
até serem novamente destinadas a um plano secundário, quando
deixam de ter importância. AMOSTRA GRÁTIS
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Introdução

Vamos começar com uma breve compilação,


bem breve mesmo, sobre a evolução do SUS
da década de 1940 até aqui. Tomei como base
a cartilha do Ministério da Saúde chamada
SUS – A Saúde no Brasil (2011).

Farei algumas atualizações necessárias nesta


timeline.

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TIMELINE DO SUS (RESUMIDA)
1941

Evolução da Saúde Pública no Brasil 1ª Conferência Nacional de Saúde:


Defesa sanitária, assistência social, proteção da maternidade, infância e
adolescência.

1950

2ª Conferência Nacional de Saúde: Higiene e segurança do trabalho e


prevenção da saúde a trabalhadores e gestantes.

1953

Foi criado o Ministério da Saúde

1961

É instituído o Código Nacional de Saúde.


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1980

7ª Conferência Nacional de Saúde: Implantação e desenvolvimento de


serviços básicos de saúde – PrevSaúde. Extensão das ações de saúde por
meio dos serviços básicos.

1986

8ª Conferência Nacional de Saúde: Marco da Reforma Sanitária. a Saúde


com Direito; Reformulação do Sistema Nacional de Saúde e Financiamento
Setorial.

1988

A Constituição Federal define: Saúde é direito de todos e dever do Estado.

1989

Registro do último caso de poliomielite no Brasil.


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1990

É regulamentado o Sistema Único de Saúde – SUS.

1991

Estruturação da rede de atenção básica em saúde com o Programa de


Agentes Comunitários de Saúde.

1992

9ª Conferência Nacional de Saúde: descentralizando e democratizando o


conhecimento. Municipalização é o caminho.

1992

Aprovação da Norma Operacional Básica (NOB 01/1992). Programa de


Reorganização dos Serviços de Saúde. AMOSTRA GRÁTIS
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1997

Criação do Piso de Atenção Básica (PAB) – repasse de recursos ao gestor


municipal, por pessoa, para o atendimento à Saúde. Criação do Disque Saúde.

1998

Sistema Nacional de Transplantes. Plano Estratégico de Mobilização Comunitária


para o Combate à Dengue.

1999

Criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – uma nova etapa no


registro e fiscalização de medicamentos e alimentos. Política Nacional dos
Medicamentos Genéricos.

2000

Criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar – Regulamentação do setor


privado de saúde. AMOSTRA GRÁTIS
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Antes de 1988 HOJE
O sistema público de saúde atendia a quem O sistema público de saúde é para todos, sem
contribuía para a Previdência Social. discriminação.

Quem não tinha dinheiro dependia da caridade e Desde a gestação, e por toda a vida, a atenção
da filantropia. integral à saúde é um direito.

Centralizado e de responsabilidade federal, sem a Descentralizado, municipalizado e participativo,


participação dos usuários.

com 100 mil conselheiros de saúde.

Assistência médico-hospitalar. Saúde é ausência Promoção, proteção, recuperação e reabilitação.

de doenças. Saúde é qualidade de vida.


30 milhões de pessoas com acesso aos serviços 152 milhões de pessoas têm no SUS o seu único
hospitalares. acesso aos serviços de saúde.

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100% público 20% privado e 80% público

Vigilância em saúde, sanitária e ambiental Os serviços de atendimento hospitalar público

Registro e fiscalização de medicamentos contam com mais de 6.528 hospitais

Assistência farmacêutica credenciados (públicos, privados e


Atenção básica filantrópicos) e 38 mil unidades básicas de


Distribuição de medicamentos essenciais e saúde.

antirretrovirais Os planos de saúde e atendimento privado


Regulação da saúde atendem 46,6 milhões de pessoas, mas é o SUS


Bancos de sangue e muito mais... que realiza 75% dos procedimentos de alta
complexidade no País.

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Modelos organizativos dos serviços de saúde no Brasil

Os modelos de políticas públicas adotados


retratam o modo como o governo, em suas
diferentes instâncias, articula suas ações
para a saúde. O modelo adotado pode Modelos Assistenciais: modo como são
adquirir, dependendo do momento histórico, produzidas as ações de saúde e a maneira
ênfase em uma perspectiva curativa, como os serviços de saúde e o Estado se
preventiva, comunitária, sanitarista, organizam para produzi-las e distribuí-las
flexneriana, de promoção de saúde, Campos (1989).
campanhista, médico-assistencial
privatista, etc. Esses modelos são
perspectivas ideológicas, acima de tudo, e,
em sua operacionalização, podem se excluir
assim como se complementar.
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Modelos organizativos dos serviços de saúde no Brasil

Modelo Contexto Brasileiro


Sanitarismo - Economia agro-exportadora (Café)

Campanhista - Necessidade de um sistema de saúde e uma política de saneamento dos


espaços de circulação das mercadorias exportáveis (portos)

- Necessidade de erradicar ou controlar doenças que poderiam afetar a


exportação.

- Visão Militarista de combate às doenças de massa, concentração de


decisões, e um estilo repressivo de intervenção sobre os corpos individual
e social.

- Modelo não hegemônico que colocou o estado como responsável pelas


ações coletivas e campanhas.
Liberal Privatista, ou - Começou com o surgimento da Assistência Médica Previdenciária
médico assistencial (década de 20), sob a influência da Medicina Liberal.

privatista - Necessidade de assistência aos trabalhadores urbanos e industriais.


Medicina Comunitária - Modelo americano do início da década de 1960 e que começou a ser
produzida no Brasil na década de 1970, pela
Organização Pan Americana de Saúde (OPS).
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Modelos organizativos dos serviços de saúde no Brasil
Cada um desses modelos teve um papel social e
político importante antes do surgimento do Sistema
Único de Saúde. Eles ainda coexistem na realidade
da saúde brasileira e, de alguma forma, contribuíram
com as discussões que levaram à estrutura e às
concepções que estudaremos nos próximos tópicos. Modelo Sanitarista

Sobre o Modelo Sanitarista Campanhista, é


importante destacar que ainda na atualidade o =

Ministério da Saúde adota esse modelo de


assistência à saúde, entre outros, através de seus Modelo Campanhista

inúmeros programas centralizados, que dispõem de


uma administração única e vertical, constituindo um 1º Modelo na construção das políticas
conjunto de normas e pressupostos definidos públicas de saúde no Brasil
centralmente, gerando pequena ou nenhuma
integração com as demais ações assistenciais. Todo
o esforço de democratização e descentralização após
a criação do SUS não conseguiu reverter esse AMOSTRA GRÁTIS

formato (Merhy et al., sd).


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Modelos organizativos dos serviços de saúde no Brasil
Em resumo, temos o seguinte:

Modelo da Medicina Comunitária: O foco é a saúde dos


grupos populacionais de determinadas regiões. Apesar
disso, não enfatiza contextos sócias mais amplos. Enfatiza
ações preventivas e curativas e a universalidade de
atendimento todos. Preconiza a estruturação dos serviços
de saúde de forma hierarquizada e os   serviços   de  
atenção   primária,   de
natureza simplificada, funcionam como porta
de entrada do sistema público de saúde. A participação da
comunidade é incentivada na gestão do sistema de saúde.
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A BREVE HISTÓRIA DA SAÚDE NO BRASIL

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Descobrimento ao Império (1500-1889)

Não é possível falar em práticas de saúde consolidadas ou políticas


públicas no estado fragmentado da época. Se um escravo adoecesse,
restava-lhe a fé e o curandeirismo para se salvar de uma possível
tuberculose ou um braço quebrado. O curandeirismo, muitas vezes Família pobre em casa, Debret, 1827.
herdado das religiosidades africanas e da tradição portuguesa, também
era utilizado pelo senhor de engenho e por sua família. As ervas e os
passes mágicos, assim como as cantorias e os rituais, eram utilizados
tanto para maus olhados quanto para recuperar esposa que só tinha
filha e não varão.

A expectativa de vida no mundo era de 35 anos (Maddison, 2003), e os


navios negreiros estavam infestados de doenças como o máculo,
tracoma, febre tifóide, a varíola e a lepra, cujas terapêuticas adotadas
para saná-las baseavam-se nas experiências dos médicos portugueses e
dos jesuítas, assim como dos indígenas e dos próprios negros (Camargo,
1998).
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Descobrimento ao Império (1500-1889)
Porém, é apenas em 1829 que ocorre a implantação da medicina social
no Brasil, com a criação da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de
Janeiro. Ela irá apresentar um amplo programa que se estende desde a
higiene à medicina legal; educação física das crianças; a questão dos
enterros nas igrejas; denunciará a carência de hospitais; estabelecerá
regulamentos sobre as farmácias; medidas para melhorar a assistência
aos doentes mentais; denunciará também as casas insalubres e repletas
de pessoas; e dará destaque ao saneamento. (Nunes, 2000). Este
processo tornou-se conhecido como “ordem-moral-saúde”, em que a
medicalização de instituições urbanas, como hospitais, escolas, fábricas
e quartéis, tornou-se regra (Berbel e Rigolin, 2011).

Atenção: O foco no Brasil Império era o controle sanitário dos navios e


dos portos. Essa atribuição sanitária ocorria através das juntas
municipais. Esse foco, quase que exclusivo sobre os portos, se estendeu
praticamente até a república velha. AMOSTRA GRÁTIS
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Descobrimento ao Império (1500-1889)

As práticas médicas da época estavam a cargo das Santas Casas de


Misericórdias, hospitais militares e os denominados físicos, os cirurgiões-
barbeiros, barbeiros sangradores, boticários curandeiros e parteiras.

Boticários: aos boticários cabia a manipulação das fórmulas


prescritas pelos médicos, mas a verdade é que eles próprios tomavam a
iniciativa de indicá-los, fato comuníssimo até hoje. Não dispondo de um
aprendizado acadêmico, o processo de habilitação na função consistia
tão somente em acompanhar um serviço de uma botica já estabelecida
durante um certo período de tempo, ao fim do qual prestavam exame
perante a fisicatura e se aprovado, o candidato recebia a “carta de
habilitação”, e estava apto a instalar sua própria botica. (Salles, 1971).
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República Velha (1889 – 1930)

Em 1920, com a saída de Oswaldo Cruz do comando das


ações sanitaristas, foi chamando o médico Carlos Chagas para
organizar o Departamento Nacional de Saúde – ligado ao
Ministério da Justiça na época. Assim, o problema de cunho
sanitarista deixou de ser um “caso de polícia” para adquirir um
caráter de “questão social” (Maurício, 2012). Carlos Chagas
introduziu a propaganda e a educação sanitária na técnica
rotineira de ação. Criaram-se órgãos especializados na luta
contra a tuberculose, a lepra e as doenças venéreas. A
assistência hospitalar, infantil e a higiene industrial se
destacaram como problemas individualizados. Expandiram-se
as atividades de saneamento para outros estados, além do Rio
de Janeiro e criou-se a Escola de Enfermagem Anna Nery
(Polignano, 2012).
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- Em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública, com desintegração das
atividades do Departamento Nacional de Saúde Pública (vinculado ao Ministério da
Justiça), e a pulverização de ações de saúde a outro diversos setores como: iscalização

f
de produtos de origem animal que passa para o Ministério da Agricultura (1934); higiene
e segurança do trabalho (1942) que vincula-se ao Ministério do Trabalho.

- Em 1941, instituiu-se a reforma Barros Barreto, em que se destacam as seguintes ações:

a) instituição de órgãos normativos e supletivos destinados a orientar a assistência


sanitária e hospitalar;

b) criação de órgãos executivos de ação direta contra as endemias mais importantes


(malária, febre amarela, peste);

c) fortalecimento do Instituto Oswaldo Cruz, como referência nacional; descentralização


das atividades normativas e executivas por 8 regiões sanitárias;

d) destaque aos programas de abastecimento de água e construção de esgotos, no


âmbito da saúde pública;

e) atenção aos problemas das doenças degenerativas e mentais com a criação de


serviços especializados de âmbito nacional (Instituto Nacional do Câncer).

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A era Vargas (1930 – 1945)

"(...)compreendendo a conjuntura de ascendência e


hegemonia do Estado populista, observamos a criação dos
Getúlio Vargas suspendeu as institutos de seguridade social (Institutos de Aposentadorias e
aposentadorias das CAPs durante Pensões, IAPs), organizados por categorias profissionais. Tais
seis meses e promoveu uma institutos foram criados por Getúlio Vargas ao longo dos anos
reestruturação que acabou por 30, favorecendo as camadas de trabalhadores urbanos mais
substituí-las por seis Institutos de aguerridas em seus sindicatos e mais fundamentais para a
Aposentadorias e Pensões (IAPs). economia agroexportadora até então dominante.
Ferroviários, empregados do comércio, bancários, marítimos,
Isso ocorreu mais precisamente em
estivadores e funcionários públicos foram algumas categorias
1933.
favorecidas pela criação de institutos. Todas constituíam
pontes com o mundo urbano-industrial em ascensão na
economia e na sociedade brasileira de então."
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Podemos dizer que, apesar de já se falar em saúde pública, ela ainda
A era Vargas (1930 – 1945) não se encontrava em primeiro plano. As alterações ocorridas na
sociedade brasileira, segundo Bravo (2006, p. 3), a partir da década de
1930, têm como indicadores mais visíveis o processo de industrialização,
a redefinição do papel do Estado, o surgimento das políticas sociais,
além de outras respostas às reivindicações dos trabalhadores,
ocorrendo assim, um processo de mudança e institucionalização da
previdência e assistência à saúde. Esse processo ocorre na forma de
Os IAPS surgem, da necessidade Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAP's), que eram geridas e
política do Estado estender a todas administradas por empresários e trabalhadores. E após isso, temos os
as categorias do operariado urbano Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP's), que aqui a contribuição
organizado os benefícios da passa a ser tripartite, incluindo a participação do Estado nas políticas
previdência de saúde no Brasil (SILVA, 1998, p.41). Com a criação de novos aparelhos
que contemplassem de algum modo, os assalariados urbanos, que se

Era um momento “peculiar” do


caracterizavam como sujeitos sociais importantes no cenário político

Brasil: nacional, temos a política de saúde organizada em dois subsetores: o

de saúde pública, que foi predominante até meados dos anos 1960 e
centralizou-se na criação de condições sanitárias mínimas para as
populações urbanas, restritamente, para as do campo. E na de
medicina previdenciária, que só virá sobrepujar o de saúde pública a
partir de 1966 (BRAVO, 2006, p. 4).
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Fonte: Machado e Santana (2017)


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O período de redemocratização (1945 - 1964) 

A década de 50 foi marcada por manifestações nacionalistas, que procuravam firmar o país
como potência capaz de alcançar seu próprio desenvolvimento econômico, independente das
pressões internacionais e especialmente do imperialismo norte-americano. Ao mesmo tempo,
houve um forte crescimento da entrada de capital estrangeiro na economia nacional,
favorecendo a proposta desenvolvimentista, isto é, de modernização econômica e institucional
coordenada pelo Estado (Bertolli Filho, 1996).

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Quanto a assistência médica, os principais avanços icaram por conta da luta dos

f
sindicatos para que todos os IAPs prestassem assistência médica aos seus associados.
Em 1960 é aprovada a lei que iguala os direitos de todos os trabalhadores, mas ela não é
posta em prática. O próprio movimento sindical não via com bons olhos a uni icação dos

f
institutos pois isto poderia nivelar por baixo a qualidade dos serviços. Muitos deputados
também estabeleciam seus vínculos com uma ou outra categoria, em cima da
diferenciação dos institutos. Neste período, os IAPs que possuíam recursos su icientes

f
construíram hospitais próprios. Surgiram também os primeiros serviços médicos
particulares contratados pelas empresas, insatisfeitas com o atendimento do Instituto
dos Industriários - IAPI. Tem-se aí a origem dos futuros convênios das empresas com
grupos médicos conhecidos como 'medicina de grupo', que iriam caracterizar a
previdência social posteriormente. O período caracteriza-se também pelo investimento
na assistência médica hospitalar em detrimento da atenção primária (centros de saúde),
pois aquele era compatível com o crescente desenvolvimento da indústria de
equipamentos médicos e da indústria farmacêutica.

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Ditadura Militar e redemocratização (1964 – 1988)

O primeiro efeito do golpe militar sobre o Ministério


da Saúde foi a redução das verbas destinadas à
saúde pública. Aumentadas na primeira metade da
década de 60, tais verbas decresceram até o final da
ditadura. (...) Apesar da pregação oficial de que a
saúde constituía um 'fator de produtividade, de
desenvolvimento e de investimento econômico', o
Ministério da Saúde privilegiava a saúde como
elemento individual e não como fenômeno coletivo. E
isso alterou profundamente sua linha de atuação.

Fonte: Bertolli Filho, 1996


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Ditadura Militar e redemocratização (1964 – 1988)

O aumento da complexidade do sistema induziu mudanças na estrutura, culminando com a


criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) em
1978, que ajudou na intermediação dos repasses para iniciativa privada. Um pouco antes, em
1974, os militares já haviam criado o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS),
remodelando e ampliando a rede privada de hospitais, por meio de empréstimos com juros
subsidiados.

Essa participação da área privada na promoção de saúde no Brasil refletia o modelo curativo
privatista que caracterizou a época militar. De 1969 a 1984, o número de leitos privados cresceu
cerca de 500%, de 74.543 em 1969 para 348.255 em 1984. Foram estabelecidos convênios e
contratos com a maioria dos médicos e hospitais existentes no país, pagando-se pelos serviços
produzidos (pró-labore), o que propiciou a estes grupos se capitalizarem, provocando um efeito
cascata com o aumento no consumo de medicamentos e de equipamentos médico-
hospitalares, formando um complexo sistema médico-industrial.
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Ditadura Militar e redemocratização (1964 – 1988)

Os gastos com assistência médica, que continuaram a crescer neste período, chegam a
representar mais de 30% dos gastos totais do INPS em 76. A ênfase é dada à atenção individual,
assistencialista e especializada, em detrimento das medidas de saúde pública, de caráter
preventivo e de interesse coletivo. Exemplo do descaso com as ações coletivas e de prevenção é a
diminuição do orçamento do Ministério da Saúde, que chega a representar menos de 1,0% dos
recursos da União.

Acontece uma progressiva eliminação da gestão tripartite das instituições previdenciárias, até
sua extinção em 70. Ao mesmo tempo, a 'contribuição do Estado' se restringia aos custos com a
estrutura administrativa. A criação do INPS propiciou a implementação de uma política de
saúde que levou ao desenvolvimento do complexo médico-industrial, em especial nas áreas de
medicamentos e equipamentos médicos. Ao mesmo tempo, e em nome da racionalidade
administrativa, o INPS dá prioridade a contratação de serviços de terceiros, em detrimento de
serviços próprios, decisão que acompanha a postura do governo federal como um todo.
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Ditadura Militar e redemocratização (1964 – 1988)

Esta política teve, evidentemente, uma série de efeitos e conseqüências institucionais e sociais,
entre as quais a progressiva predominância de um sistema de atenção médica 'de massa' (no
sentido de 'massificado') sobre uma proposta de medicina social e preventiva (...); o surgimento e o
rápido crescimento de um setor empresarial de serviços médicos, constituídos por proprietários de
empresas médicas centradas mais na lógica do lucro do que na da saúde ou da cura de sua
clientela (...). Assistimos também ao desenvolvimento de um ensino médico desvinculado da
realidade sanitária da população, voltado para a especialização e a sofisticação tecnológica e
dependente das industrias farmacêuticas e de equipamentos médico-hospitalares. Assistimos,
finalmente, à consolidação de uma relação autoritária, mercantilizada e tecnificada entre médico
e paciente e entre serviços de saúde e população.

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Ditadura Militar e redemocratização (1964 – 1988)

Em 1978 houve nova tentativa de racionalização da previdência com a criação do Sistema


Nacional de Previdência e Assistência Social – SINPAS. A criação do SINPAS tinha como
objetivo disciplinar a concessão e manutenção de benefícios e prestação de serviços, o custeio
de atividades e programas, a gestão administrativa, financeira e patrimonial da previdência.

Lembre-se, estávamos em período de ditadura militar. A ditadura militar no Brasil



compreendeu o período de 1964 até 1985.

O primeiro marco da Reforma Sanitária brasileira foi em 1979, no I Simpósio Nacional de


Política de Saúde, realizado pela comissão de saúde da Câmara dos Deputados. Nesse evento foi
discutido, pela primeira vez, uma proposta de reorganização do sistema de saúde. O nome
dessa proposta? Sistema Único de Saúde.

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Ditadura Militar e redemocratização (1964 – 1988)

Essa proposta contemplava diversos conceitos oriundos de experiências bem sucedidas em


outros países, como a universalização do direito à saúde, racionalização e integralidade das
ações, democratização e participação popular, bem como algumas experiências de atenção
primária e de extensão de cobertura desenvolvidas no país, como o Programa de
Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento - PIASS, em 1976, implementado em áreas
rurais do Nordeste (Vargas, 2008). Esse programa se configurou como o primeiro programa de
medicina simplificada do governo Federal e o resultado foi a expansão do atendimento na rede
pública ambulatorial. Além disso, o programa permitiu a entrada de técnicos provenientes do
“movimento sanitário” no interior do aparelho de estado.

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Ditadura Militar e redemocratização (1964 – 1988)

Este período é fortemente influenciado pela medicina comunitária. Essa visão contava com o
apoio da Organização Mundial de Saúde e da Organização Pan americana de Saúde. A medicina
comunitária propunha técnicas de medicina simplificada, a utilização de mão de obra local (os
agentes de saúde) e a participação da comunidade.

A década de 1980 foi uma efervescência histórica de movimentos sociais. O país passou por

um forte movimento de redemocratização e o Brasil dava adeus, ao final da década, à ditadura e
aos governos militares. Em 1985 era criada a Nova República, através da eleição indireta de
Tancredo Neves, o primeiro presidente não-militar desde 1964. Mesmo assim o país passava por
uma grave crise financeira legada pela crise da Previdência Social, ao final da década de 1970 e
das crises internacionais do petróleo.

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Ditadura Militar e redemocratização (1964 – 1988)

A partir do meio dos anos 70, movimentos em defesa de uma política de saúde mais
abrangente e disponível para todos vão se reestruturando. Um destes, surgido a partir de
discussões acadêmicas sobre as políticas de saúde e da reestruturação das organizações de
trabalhadores da saúde, ficou conhecido como Movimento Sanitário e teve uma atuação
marcante no destino do sistema de saúde brasileiro (Roncalli e Souza, 1998).

No Brasil, o Movimento da Reforma Sanitária foi influenciado pelas reformulações na área


da saúde ocorridas na Itália, e surgiu no início da década de 70 em defesa da democracia.

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Ditadura Militar e redemocratização (1964 – 1988)

Por outro lado, com a quebra do modelo hegemônico de financiamento da saúde proposta
pelas elites privadas, em função da crise do setor público, a área de saúde privada orientou sua
atenção para parcelas específicas da população, como a classe média e categorias de
assalariados. A partir desse ponto foi organizado um subsistema de saúde de atenção médico
supletiva composta de 5 modalidades assistenciais: medicina de grupo, cooperativas médicas,
auto-gestão, seguro-saúde e plano de administração (Polignano, 2012). É a oficialização dos
primeiros grandes planos de saúde privados brasileiros, com contribuições mensais, benefícios
pré-determinados, carência e exclusão de cobertura.

Os seus impulsionadores, dentre os quais o médico e sanitarista Sérgio Arouca, se reuniram


em um evento da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), e o seu grupo passou a ser
ofensivamente chamados de “partido sanitário”.

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Ditadura Militar e redemocratização (1964 – 1988)

O Cebes - Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, criado em 1976, motivou o debate para os
problemas sanitários, o que foi feito através de uma publicação chamada de Saúde e Debate,
que logo nos primeiros números falava sobre o direito à saúde e uma proposta de reforma
sanitária, que se tornou a premissa da reforma.

Em 1982, a OMS propôs uma nova abordagem orientando aos profissionais de saúde que se
portassem como membros da comunidade, para entenderem o conhecimento local em saúde,
suas crenças e soluções e problemas que são vivenciados. Trata-se de um modelo inspirado nas
metodologias participativas e identificadas com os princípios da abordagem conhecida por
pesquisa-ação, preceitos incorporados na Declaração de Alma-Ata, de 1978.

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Em 1986, no Canadá, ocorreu a Reunião Internacional para a Promoção da Saúde, em Ottawa.


Deste encontro, foi publicada “A Carta de Ottawa para a Promoção da Saúde”.

Na tentativa de reorganizar o sistema de saúde o início da década de 1980 viu a criação do


Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária - CONASP (1981) e do
Programa de Ações Integradas de Saúde – AIS (1983).

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8. A evolução histórica desta sociedade desigual ocorreu


quase sempre na presença de um Estado autoritário,
culminando no regime militar, que desenvolveu uma
política social mais voltada para o controle das classes
A saúde já era vista como interligada a
dominadas, impedindo o estabelecimento de canais
condicionantes ambientais e sociais, como as eficazes para as demandas sociais e a correção das
desigualdades sociais, alimentação e distorções geradas pelo modelo econômico.

educação. O princípio da Universalidade 9. Na área de saúde, verifica-se um acúmulo histórico de


também estava expresso, assim como os vicissitudes que deram origem a um sistema em que
predominam interesses de empresários da área médico-
conceitos de promoção e recuperação. hospitalar. O modelo de organização do setor público é
anárquico, pouco eficiente e eficaz, gerando descrédito
junto à população.

10. Este quadro decorre basicamente do seguinte:

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- não prioridade pelos governos anteriores do setor social,


neste incluída a saúde, privilegiando outros setores, como,
- inadequada formação de recursos humanos
por exemplo, o da energia, que contribui para a atual
tanto em nível técnico quanto nos aspectos ético e
dívida externa;
de consciência social, associada a sua utilização

- vigência de uma política de saúde implícita que se efetiva


em condições insatisfatórias de remuneração e de
ao sabor de interesses em geral não coincidentes com os
trabalho;
dos usuários dos serviços, acentuadamente influenciada

- controle do setor de medicamentos e


pela ação de grupos dedicados à mercantilização da
equipamentos pelas multinacionais;
saúde;

- privilégio na aplicação dos recursos públicos na


- debilidade de organização da sociedade civil, com


rede privada de assistência médica, como também
escassa participação popular no processo de formulação e
em programas de saneamento e habitação;
controle das políticas e dos serviços de saúde;

- interferência clientelística no que se refere à


- modelo assistencial excludente, discriminatório,
contratação de pessoal;
centralizador e corruptor;

- excessiva centralização das decisões e dos


- falta de transparência na aplicação de recursos públicos,


recursos em nível federal.
o que contribuiu para o uso dispersivo, sem atender às
reais necessidades da população; AMOSTRA GRÁTIS
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Com a oficialização do Sistema Único de Saúde na Constituição Federal de 1988, o
Brasil instituiu a maior política de inclusão social do País. Além disso, descreveu um
direito a ser assegurado pelo Estado e pautado pelos princípios de universalidade,
eqüidade, integralidade e organizado de maneira descentralizada, hierarquizada e
com participação da população.

Com a redemocratização e a criação do SUS no final da década de 1980, a redução das


informações da saúde a meras estatísticas foi substituída por uma abordagem que
destacava seu potencial para a tomada de decisões políticas das autoridades. Esse
cenário só foi possível pela reconquista da democracia e o favorecimento dos debates
sobre a política de saúde. Mesmo assim, durante muitos anos pós-constituição
sustentamos um modelo de gestão “emissor-receptor". Ou seja, um modelo
verticalizado de instituição das políticas públicas.
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Na década de 1990 é que foi criada a estrutura da saúde como conhecemos hoje no
SUS.

O arcabouço legal que define o nosso Sistema Único de Saúde tem com documento
supremo a Constituição Federal de 1988. Em vários momentos do texto constitucional
encontramos referencias acerca da saúde e do seu papel dentro da seguridade social,
responsabilidade de cada ente da federação e objetivos. É com a Constituição Federal
de 1988 que o Sistema Único de Saúde é oficialmente criado.

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Além da CF/88, temos duas grandes leis, conhecidas como Leis Orgânicas da Saúde,
que irão definir, entre outras coisas, o funcionamento do SUS e a Participação Social

Lei Federal n˚ 8.080/1990 Lei Federal n˚ 8.142/1990


Dispõe sobre as condições para a Dispõe sobre a participação da
promoção, proteção e recuperação da comunidade na gestão do Sistema Único
saúde, a organização e o funcionamento de Saúde (SUS) e sobre as transferências
dos serviços correspondentes e dá outras intergovernamentais de recursos
providências. inanceiros na área da saúde e dá outras

f
providências.

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