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Revisão de

Psicologia 2021
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Foucault

História da loucura foi a tese de doutorado de Foucault, defendida em 1961!

O Poder Psiquiátrico é uma continuidade do livro da História da Loucura.

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Experiência de Questões

A tese defendida por Foucault, conhecida como História da Loucura na Idade


Clássica, demonstrou como a loucura foi transformada numa experiência sem sujeito
e sem verdade a partir da emergência histórica do cogito cartesiano e da construção
dos hospitais gerais. Nesse campo de discussão, ele faz críticas à psicanálise, mas
reconhece que Freud confere positividade ao discurso da loucura como sendo
marcado pela produção de obra e de verdade.

“Desde a criação do hospital moderno (Foucault, 1977*) instalou-se a hegemonia médica e


movimentos de resistência a esta hegemonia com a instalação de corporativismos vários. O
hospital se organiza em serviços ou departamentos que preservam as identidades,
aprisionam os pro issionais em modelos e salas que acabam por serem verdadeiros
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mausoléus.”

O internamento tem o mesmo sentido em toda a Europa do século XVII, se for considerado
em suas origens.
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Foco Foucaultiano Contar a história do surgimento da psiquiatria até o momento da antipsiquiatria

O tratamento disciplinar surge na Europa no início do século 19, o tratamento moral surge
especi icamente na Inglaterra e na França. Os dois se juntam depois.
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O louco se defende através da simulação, que funciona como um contrapoder.

O poder psiquiátrico se modi ica no asilo e fora dele a partir dos anos 1850 60

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-

Os dispositivos disciplinares se disseminam para a escola, o exército e as fábricas (no asilo, pelo
menos havia a desculpa da cura).

A psiquiatrização da infância (generalização do poder psiquiátrico)

A PROVA PSIQUIÁTRICA: conjunto de saberes exercidos sob o pode da psiquiatria que


determina quem irá entrar e voltar depois ao hospital psiquiátrico.

Lembre-se: A cura psiquiátrica não se valia de teorias cientí icas, nem do discurso da

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observação e da classi icação das doenças, tampouco enunciava a verdade retirada a partir da
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anatomia patológica da doença mental

O propósito das instituições (escolas, igrejas, prisões, manicômios etc) é sequestrar os corpos e
docilizá-los, quando não se consegue é preciso corrigi-los. 
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Foco Foucaultiano Controle dos corpos


Sociedade

Periculosidade Fabricação de indivíduos


disciplinar

Técnicas de Vigilância

século XVII
A grande
Internação
Asilos com
Leprosários Hospital Geral valor
1656
terapêutico

Fins do Século XVIII e início do Século XIX

Loucura = alienação mental

Pinel

Do século XII ao XIV o grande mal foi a lepra, os leprosários ficaram lotados, No século XV a loucura perdia seu caráter cósmico, divino, e
depois que a lepra desaparece fica um vazio simbólico, e a loucura é que vai passa a ser objeto de preocupação social, continuam as
preencher esse vazio simbólico, passando a ser o grande medo, pois a loucura práticas de internamento e exclusão, todas as pessoas que
era algo fora do controle, não tinha tratamento nem cura e era imponderável, estavam fora dos padrões de comportamento social eram
a loucura era excluída da sociedade. No século XVII aparece as doenças consideradas loucas, a loucura não tinha ainda o estatuto de
venéreas, mas estas eram tratáveis, a lepra era só física, mas as doenças patologia, a loucura é tudo que não se encaixava nos
venéreas e a loucura assumiram também o caráter moral. Só no século XIX é AMOSTRA GRÁTIS
padrões, tudo o que era indomável, não se sabia exatamente
que o louco passa a ser objeto de pesquisa e entra em cena a psiquiatria, a Professor Alyson Barros
Instagram: @psicologianova o que era a loucura, ela só passa a ter estatuto científico no
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psicologia e a psicanálise.  5
século XIX. 
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Hospital Geral
O Hospital Geral de Paris

“O Hospital Geral não é um estabelecimento médico. É antes uma estrutura


semijurídica, uma espécie de entidade administrativa que, ao lado dos poderes já
constituídos, além dos tribunais, decide, julga e executa”. (Foucault, História da
Loucura, p. 57)

Criado pelo Rei da França, Luís XIII, em 1656;

No primeiro momento sendo um local de filantropia, destinado aos miseráveis,


desabrigados e enfermos;

Num segundo momento o Hospital Geral muda o foco e sua atuação passa para
um viés político e social;

A figura do diretor funda-se um terceiro poder, ao lado da polícia e da justiça, que


tinham a responsabilidade em decidir quem seria levado à internação.

Aos poucos a medicina se apropriou do hospital, que passou a ser lugar de


tratamento;

As regras do hospital faziam por si só uma instituição terapêutica— foi este


pensamento que embasou o surgimento do tratamento moral;

Contexto Histórico da Criação do Hospital Geral


Período de Transição da Idade Média para a Idade Moderna ( séc. XV ao XVIII)

Aumento do Desemprego

Crise no Sistema Feudal


Mudança no modo de trabalho AMOSTRA GRÁTIS


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TIMELINE FOUCAULTIANA

O problema era orgânico (dé icit permanente)

Loucura era, em alguns casos, idolatrada

Não era perigosa

O perigo era desígnio dos deuses.

Final da idade antiga

Possível doença para explicar a loucura


IDADE

Humores
ANTIGA

Hipócrates

Até 476 d.c. Loucura era doença episódica

Toda loucura é tratável


Galeano

Não há loucura episódica


Loucura ocorre por lesões permanentes (dé icit orgânico)


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Atribuir periculosidade a alguém n o seria compreensível naquele tempo



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Com o fim da lepra, os leprosários ficarão estigmatizados eternamente como um local de

TIMELINE FOUCAULTIANA exclusão

Os acometidos de lepra, doenças venéreas e loucura deveriam rapidamente ser banidos

do convívio social e retirado da visibilidade das pessoas.

O problema era moral/religioso.

O “Mal” moral.

Loucura é uma crise contra a moral social

O louco ainda pode ser ouvido, ainda pode trazer revelações (Ex. Dom Quixote)

Santo Agostinho

O mal é um desvio da substância suprema, que é Deus A Nau dos Loucos (Séc. XV)

O mal é sem substância, apenas um desvio simboliza a busca da razão,


da purificação pela água.

IDADE Corrige-se o mal através dos sacrifícios

MÉDIA As pessoas não eram perigosas, mas pecadoras

Surgimento dos primeiros grandes hospícios como aparato do Estado

Entre 476 e 1453 São Tomás de Aquino


O mal está nas coisas e é algo permanente

Pecados são irremissíveis


Indivíduos não são perigosos, mas possuídos por demônios.

Fundamento da Santa Inquisição

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TIMELINE FOUCAULTIANA

Época da revolução industrial

O louco passa formalmente a ser visto como doente

A loucura é individual e cabe ao médico tratar desses doentes (saber médico)

Substituímos as correntes pela medicação

A psicanálise emerge

O louco deve ser estudado, ainda con inado

O médico/psiquiatra representa o poder da razão sobre a loucura.


Século XVIII

Há um monólogo da razão (médico) sobre quem é considerado louco

Não há diálogo

a proteção e o evitamento da depredação das novas formas de acúmulo de riqueza


na modernidade izeram proliferar uma tecnologia de vigilância e controle, que se
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instalou no século XVIII e caracteriza nossa sociedade até os dias de hoje. Tal
tecnologia corresponde ao panoptismo.

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Experiência de Questões

A loucura tem sido uma companheira inseparável do homem ao longo de todo o seu trajeto conhecido pela história. As
referências a loucos são encontradas desde o Velho Testamento até os estudos etnográ icos das sociedades chamadas de

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primitivas. Não existe cultura que deixe de ser sensível àquilo que escapa à sua norma, de inindo incessantemente as fronteiras

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entre a loucura e a normalidade, voltando seu olhar para a presença dos “loucos” no convívio com as pessoas “normais” e
produzindo estratégias para enfrentar os produtos dessa divisão. Como já foi demonstrado no clássico História da Loucura, de
Michel Foucault, a partir do século XIX, a tarefa de vigiar a fronteira entre a razão e a loucura e montar guarda em sua cancela foi
destinada à medicina.

A medida de quali icação da saúde e da doença em termos de normal e patológico é característica da


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medicina moderna, conforme os estudos de Foucault (1963/1994). “De um modo geral, pode-se dizer
que até o inal do século XVIII a medicina referiu-se muito mais à saúde do que à normalidade; não se
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apoiava na análise de um funcionamento regular do organismo para procurar onde se desviou o que
lhe causa distúrbio, como se pode restabelecê-lo; referia-se mais a qualidades de vigor, lexibilidade e

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luidez que a doença faria perder e que se deveria restaurar.”
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PINEL E ESQUIROL

Pinel e Esquirol defendem a contenção física (uma forma de violência, não é humanismo)

A família já não mais adianta, é preciso substituir pelo aparato estatal (institucionalizar)
Esquirol: O que cura em um hospital psiquiátrico? (não sei). O que cura é o
próprio hospital! Organização, rotinas, pessoas circulando, pessoas observando...

Foderé (1817) Deve isolar o louco para obter disciplina e ordem, as quais penetram nos gestos, nos
corpos e até mesmo no cérebro

A ordem disciplinar cura e, ao mesmo tempo, reproduz o poder do médico.

Os requisitos disciplinares vieram antes da construção de um saber médico

Os serviçais devem ingir que aceitam o jogo da loucura e fornecer relatórios aos
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serviçais que fazem a vigilância e aos médicos

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TIMELINE FOUCAULTIANA

Loucura está associada ao crime

Parceria do direito com a psiquiatria em função da entrada


excepcional da demência nos códigos penais

A demência anulava o crime

Monomania homicida (loucos homicidas)

Sinônimo de crime louco

Século XIX Período I (1810 a 1835)


Esquirol

monomania homicida, um dé icit moral intrínseco, visível apenas no crime mesmo, faculdade intelectual intacta,
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loucura raciocinante, mas sem freio moral.

Aplica-se o tratamento moral pineliano. Esses casos saem da esfera da Justiça e vão para a psiquiatria.

Período II (1840 a 1870)


Dementes são perigosos


Estado deve proteger a sociedade


Classi icar os degenerados pelos seus graus de perigo


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Período III (1876 a 1910)


Lombroso

Busca de uma patologia intrínseca


Não havia mais diferença entre demência e delinquência

o delinquente é um doente que precisaria Professor


mais
AMOSTRA de médicos do que do direito penal.
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Os aparatos disciplinares saem da mão da religião e passam para o


estado.

Os aparatos disciplinares estão presentes desde os modelos de


colonização até na organização do direito da sociedade.

Panopticon

Panóptico signi ica duas coisas. Tudo é visto o tempo todo. O poder é exercido apenas sob uma

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óptica (que nem sempre está presente). O poder não tem materialidade!
Aparatos Disciplinares

A família é um dispositivo, a sociedade é um aparelho.


e Instituições Asilares Os dispositivos fazem parte dos aparelhos de poder.

O asilo isola da família, é uma ruptura que não existia na antiguidade.

O asilo é uma forma de constituição de discurso da verdade.

Primeiramente foi uma reclusão e hoje em dia é uma reclusão/interdição

Família e asilos se acusam e se apoiam mutuamente.

Técnicas do asilo

Distração: um louco não deve pensar em sua loucura para curar-se

Chacot irá mudar isso como método de associação livre

A culpa da família: se a família não é a causa do problema, é, ao menos, a


oportunidade da alienação.

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É preciso ter uma visibilidade permanente por um pro issional da

f
medicina

Bentham: vigilância piramidal dos olhares (de cima para baixo na


hierarquia dos pro issionais) - Panóptico

Aparatos Corporais exerciam três funções simultâneas:

curar

arrancar a verdade
Aparatos Disciplinares

exercer o poder

e Instituições Asilares O princípio ortopédico (Foucault) se assemelha ao da visibilidade


absoluta (Bentham)

O isolamento não serve para impedir que um paciente perceba o outro, e


sim para reforçar a disciplina e a punição

Nos hospitais psiquiátricos, não se fazia análise nem diagnóstico da


doença.

Para curar, era usado o jogo da disciplina

Os maníacos e os dementes se prestam melhor para cuidar do gado

Os imbecis e idiotas para a limpeza

As mulheres delirantes para lavação de roupa

O trabalho não tem função terapêutica. 


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O começo da Mudança

por volta de 1930 a 1940 começam a surgir as primeiras grandes críticas às instituições
psiquiátricas

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