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RELATÓRIO DE PROGRESSO
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO 2
ACTIVIDADES DO GTES 9
Reunião de 11 de Maio de 2006 9
Deslocações às regiões 10
Principais resultados 11
Conclusões 12
EDUCAÇÃO SEXUAL:
- CONTEÚDOS MÍNIMOS 13
ACTIVIDADES EM CURSO 15
RECOMENDAÇÕES 16
PROPOSTA 17
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RELATÓRIO DE PROGRESSO
Introdução
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f) Promover a publicação de textos/manuais que possam servir de referencial
teórico/prático para o trabalho nas escolas;
g) Continuar a sensibilização das famílias dos alunos para a importância do
trabalho na área de Educação para a Saúde, promovendo a participação
crescente das Associações de Pais nos projectos das escolas;
h) Iniciar a preparação dos instrumentos que servirão de base para uma
avaliação criteriosa dos projectos em curso nas escolas, de modo a consolidar
a proposta de trabalho do GTES, enunciada no Relatório Preliminar.
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CONCEITO ABRANGENTE DE SAÚDE - ASPECTOS
FENOMENOLÓGICOS E SÓCIO–CULTURAIS
Sobretudo depois da Conferência de Ottawa (OMS, 1986), a saúde começou a ser cada
vez mais encarada não como a ausência de sintomas físicos ou psicológicos nem mesmo
como um “estado de bem-estar”, para passar a ser considerada como um processo, uma
direcção, uma dinâmica, em que o cidadão é chamado a participar de modo activo, na
procura individual e na construção dinâmica desse bem-estar .
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Promoção da saúde –bem estar
O relatório Reduzindo riscos e promovendo uma vida saudável (OMS, 2002) sublinha a
importância da promoção dos comportamento ligados à saúde (assumindo uma
definição abrangente) e a importância da identificação e prevenção de factores de risco.
Neste relatório, a OMS aponta dez factores (evitáveis e ligados ao comportamento
individual e interpessoal) que contribuem para o risco na Saúde Global e que são
responsáveis por um terço de mortes no mundo. Incluem o sexo não protegido, o
consumo de substâncias, e a obesidade, situações estas muitas vezes associadas a
acidentes, violência (social e doméstica), abusos de carácter sexual (sobre pares e sobre
menores), o suicídio e outras agressões auto-infligidas, a alienação escolar, profissional
e social.
Desde o final dos anos 70 até ao presente, este alargamento do conceito e âmbito da
Saúde ajudou ao desenvolvimento e ao robustecimento do foco na promoção e na
protecção da saúde, em especial no que diz respeito exactamente a comportamentos
como os consumos (álcool, tabaco e drogas), a actividade física e a alimentação.
Posteriormente surgiu o interesse por comportamentos interpessoais relacionados com a
violência, a sexualidade, o stress laboral e escolar, o estabelecimento de redes de apoio
interpessoal, o lazer, e suas possíveis associações com a promoção e protecção da saúde.
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Todos estes contributos tiveram um valor acrescentado na promoção da
saúde/bem-estar através de:
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Educação para a saúde e sexualidade
A escola tem sido vista como um local de eleição para o estabelecimento de hábitos de
vida saudáveis. A promoção e educação para a saúde é um processo de capacitação,
participação e responsabilização que inclui como objectivos levar as pessoas, neste caso
os jovens, a sentirem-se competentes, felizes e valorizadas, ao adoptar e manter estilos
de vida saudáveis.
A educação para a saúde não se pode limitar a adoptar uma abordagem sanitarista e
específica da doença nem privilegiar apenas a sua informação ou as suas características
instrumentais. Implica além disso uma resposta organizada do sistema, no sentido de
permitir que esta educação para a saúde tenha repercussão na vida das pessoas, no seu
quotidiano. Poderemos então, falar de valorização pessoal, participação social,
equidade, felicidade e bem-estar pessoal.
A presente opção pela inclusão da sexualidade na área da saúde não pretende reduzir
esta a uma visão mecanicista, biológica e sanitarista, mas, pelo contrário sublinhar o
carácter fenomenológico, holístico e cultural de um conceito abrangente de saúde, tal
como tem vindo a ser apresentado e é proposto pela OMS.
A Educação Sexual procura não só atenuar os comportamentos de risco, tais como a
gravidez não desejada e as doenças sexualmente transmissíveis, mas também promover
a qualidade das relações interpessoais, a qualidade da vivência da intimidade e a
contextualização destas na sua raiz cultural e socio-histórica.
O início precoce de uma actividade sexual tem sido identificado como um factor de
risco para a saúde, e está associado a um estilo de vida, que inclui também o consumo
de substâncias e que tem raízes em idênticos determinantes sócio-culturais.
A própria noção de “precocidade” e a sua tradução em termos de uma idade concreta,
não pode ser vista fora de um contexto histórico e de um significado cultural (veja-se
por exemplo, como em alguns grupos culturais, as noções de maternidade e paternidade
aparecem associadas à emancipação psicossocial, mesmo quando acarretam
continuidades em termos de fraca escolaridade e baixo estatuto socio-económico.
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Em termos meramente biológicos, há um risco acrescido de patologia do colo do útero,
no caso de haver relações sexuais sem preservativo e durante os primeiros 12 a 18
meses, após a primeira menstruação. Este risco é devido ao contacto directo do esperma,
com ou sem agentes virais (ex: HPV, HIV), com um colo do útero cujos tecidos estão
imaturos e mais vulneráveis. Do ponto de vista médico, há ainda o risco da gravidez não
desejada e ISTs (mesmo a desejada acompanha-se mais frequentemente de situações de
alto risco obstétrico).
No entanto, vários estudos comprovam que educação sexual promove a opção por uma
sexualidade responsável, estando mesmo associada a um adiamento do início da
actividade sexual “coital” e não à sua antecipação como é crença enraízada em alguns
sectores sócio-culturais.
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De facto, a posição do GTES nesta matéria, é a de que, a Educação Sexual deve ser
abordada numa perspectiva mais abrangente de Educação para a Saúde.
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ACTIVIDADES DO GTES
A 11 de Maio, teve lugar, em Lisboa, a primeira reunião nacional com o conjunto dos
Agrupamentos/escolas concorrentes. Essa reunião teve dois momentos:
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Sexualidade/Violência), tendo contado com a participação de entidades de referência em
cada uma das áreas;
- Um segundo momento de trabalho na modalidade “workshop”, onde através da
constituição de grupos, as escolas se pronunciaram sobre as principais forças e
fraquezas do trabalho desenvolvido, assim como eventuais ameaças.
Deslocações às regiões:
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O 2º momento ocorreu no início do ano lectivo 2006/07, durante os meses de
Novembro-Dezembro, com o objectivo de se detectar as principais Boas Práticas,
Problemas e Sugestões1.
É de salientar que, para estas reuniões, o convite também foi dirigido às escolas que,
ainda que não tenham concorrido ao Edital, desenvolviam e desenvolvem um longo de
trabalho na área da Educação para a Saúde.
Com esta medida, pretendeu-se dar cumprimento a um dos objectivos do GTES, que é
precisamente o de “procurar estender os projectos de Educação para a saúde ao maior
número de escolas” (cf. Introdução).
Principais resultados:
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-Cf Grelha em anexo.
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• As “Boas Práticas” revelam um trabalho “persistente” e continuado por parte do
Agrupamento/Escola, pois muitas vezes os responsáveis salientam o “esforço”
necessário para manter equipas dinamizadas e motivadas para trabalhar na
área;
• As parcerias são consideradas Boa Prática e constata-se que se concretizam na
maior parte das regiões, verificando-se uma tendência para estabelecer parcerias
com outras instituições relevantes da comunidade, para além das do Ministério
da Saúde;
Os principais problemas evocados prendem-se com a falta de tempo de todos os
intervenientes no processo (alunos, pais e professores), pelo que grande parte das
sugestões apontadas vão no sentido de:
• “atribuir horas da componente lectiva ao Coordenador de Projecto”,
• “reorganizar o horário dos alunos de forma a haver mais espaços para a
Educação para a Saúde”,
• “implementar actividades de Promoção da Saúde nas aulas de substituição”,
• “formar professores”,
• “inventar/criar novas metodologias de envolvimento de pais”,
• “criar uma plataforma virtual, onde as escolas possam divulgar os seus
projectos”.
Conclusões:
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Esta reflexão, inicialmente centrada sobre as ditas escolas do Edital, tem tido um efeito
desmultiplicador, pois constata-se um número crescente de escolas que se sentem
motivadas pela abordagem do tema e que compareceram nas últimas reuniões realizadas
em Novembro.
Pode pois inferir-se que este processo vai progressivamente integrando a prática
quotidiana da totalidade dos agrupamentos.
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EDUCAÇÃO SEXUAL: CONTEÚDOS MÍNIMOS
2. De acordo com:
• As conclusões do Relatório Preliminar de 31 de Outubro de 2005 do GTES
• O Despacho nº 25995/2005 (2ª série) da Ministra da Educação,
• O Despacho do SEE de 27 de Setembro
• Os programas em vigor,
• A actual reorganização curricular, que inclui as áreas curriculares não
disciplinares (ACND),
as escolas deverão:
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- VPH2/Vírus do Papiloma Humano - e suas consequências) bem como os
métodos de prevenção.
3.6 Conhecer as taxas e tendências de maternidade na adolescência e
compreender o respectivo significado.
3.7 Conhecer as taxas e tendências das interrupções voluntárias de gravidez,
suas sequelas e respectivo significado.
4. Do ponto de vista qualitativo, estes objectivos não devem constituir uma abordagem
excessivamente preventiva, abstracta e sanitarista, desligada da realidade nacional
concreta e da reflexão sobre atitudes e comportamentos sexuais nas e nos adolescentes.
Importa, pois, que estes conteúdos abordem, nas e nos adolescentes portugueses,
tendências na idade de início das relações sexuais, métodos contraceptivos disponíveis e
utilizados, razões do seu falhanço e não uso, evolução e consequência nas taxas de
gravidez e aborto (entre nós e na EU), aspectos relacionados com a incidência e
sequelas das DTS (com infecção por VIH e HPV e suas consequências).
No que se refere à fisiologia da reprodução humana deve ser dado ênfase à compreensão
e determinação do ciclo menstrual em geral, com particular atenção à identificação,
quando possível, do período ovulatório, em função das características dos ciclos
menstruais.
É essencial que a avaliação obrigatória, de forma específica, não exclua esta área
elementar.
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-Vírus sexualmente transmitido de que algumas estirpes são responsáveis por lesões no colo do útero,
incluindo cancro
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5. O professor – coordenador desta área temática deve zelar por este cumprimento,
arquivando anualmente os resultados detalhados da avaliação efectuada, eventuais
dificuldades encontradas e sugestões que entender oportunas.
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ACTIVIDADES EM CURSO
Esta comissão deverá fornecer até Maio uma bibliografia comentada na área da
Educação Sexual/Saúde.
2. Após reunião com a actual Presidente da Confap, Drª Maria José Viseu, foi
proposta uma maior implicação das Associações de pais no desenvolvimento de
acções de Educação para a Saúde.
3. Na sequência do Protocolo assinado a 7 de Fevereiro de 2006, entre o Ministério
da Educação e o Ministério da Saúde, as estruturas centrais do Ministério da
Saúde têm acompanhado as actividades desenvolvidas pelo GTES, o que reforça a
parceria institucionalizada.
4. Durante 2007, prosseguir-se-á com a publicação de referenciais nas áreas
consideradas prioritárias: consumos/violência/sexualidade.
5. Está em elaboração uma grelha de avaliação para avaliar projectos das escolas na
área da Educação para a Saúde.
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RECOMENDAÇÕES
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PROPOSTA
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AVALIAÇÃO INTERMÉDIA
DRES
PAIS ESCOLA / MEIO ALUNOS
1. 1. 1.
BOAS PRÁTICAS
2. 2. 2.
3. 3. 3.
1. 1. 1.
PROBLEMAS
2. 2. 2.
3. 3. 3.
1. 1. 1.
SUGESTÕES
2. 2. 2.
3. 3. 3.
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