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Saúde Coletiva
Material Teórico
Introdução à Saúde Coletiva
Revisão Textual:
Profa. Ms. Sandra Regina F. Moreira
Introdução à Saúde Coletiva
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Compreender sobre a saúde coletiva, histórico, conceitos básicos, bem
como sua inter-relação com a saúde bucal, levando em consideração
os determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais de saúde
das populações.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
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Em Síntese Importante!
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Conceituação de Odontologia
em Saúde Coletiva
A odontologia em saúde coletiva pode ser conceituada como uma esfera de
conhecimentos e ações que compõem um grupo mais amplo, denominado saúde
coletiva, integrando também a área da odontologia. A saúde bucal coletiva defende
que a saúde bucal do indivíduo ou coletividade não depende apenas de práticas
odontológicas, mas também de concepções e práticas sociais.
Importante! Importante!
A saúde bucal coletiva tem como pretensão a substituição de atitudes tecnicistas muito
presentes na área odontológica, elaborando a reestruturação teórica, de modo vinculado
à concepção e práticas relacionadas à saúde coletiva, intensificando o comprometimento
com a promoção da saúde e qualidade de vida da população.
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Importante! Importante!
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Historicamente, antes da Segunda Guerra Mundial e formação da Organização
das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial da Saúde (OMS), não havia
uma concepção geral relacionada à saúde. Somente em abril de 1948, com a
publicação da carta de princípios da OMS, esta foi estabelecida como sendo: o
completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não meramente ausência
de doença ou enfermidade, o que implicou no reconhecimento do direito à saúde
e a obrigação do estado na promoção e proteção da saúde.
Dispor de saúde não implica apenas em ausência de doenças, indo além até
mesmo do conceito proposto pela Organização Mundial da Saúde. Faz-se necessário
atribuir a concepção proposta pela promoção da saúde como estratégia de
reorientação do modelo de saúde, introduzindo o indivíduo e coletividade conforme
suas necessidades, determinantes e condicionantes em saúde e, seu modo de viver.
Em Síntese Importante!
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Como forma de determinar o acesso universal à saúde, a OMS promove várias atividades,
por intermédio da cooperação técnica concomitantemente com seus membros,
direcionadas para melhorias relacionadas às seguintes temáticas:
- Saneamento básico;
- Saúde familiar;
- Capacitação de trabalhadores na área de saúde;
- Fortalecimento dos serviços médicos;
- Formulação de políticas sobre medicamentos e pesquisas biomédicas;
- Luta contra as doenças.
A OMS conta com cerca de 8.500 pessoas trabalhando em diversos setores, representando
Explor
mais de 150 nacionalidades que trabalham em 147 países. Dispõe de seis escritórios
regionais, onde são reunidos os Estados-Membros, e uma sede localizada em Genebra,
Suíça. Cada região tem um escritório regional: Américas, África, Sudeste da Ásia, Europa,
Mediterrâneo Oriental e o Pacífico Ocidental. O Secretariado é constituído por volta de 8000
especialistas em saúde e em outras áreas. A Organização é liderada pelo Diretor-Geral, que
é indicado pela Assembleia Mundial da Saúde.
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A Assembleia Mundial da Saúde é o órgão supremo de decisões da OMS. Em
geral, as reuniões ocorrem no mês de maio, na sede em Genebra, com a participação
de comissões dos 194 Estados-Membros. Sua função essencial é definir as políticas
do órgão e supervisionar as políticas financeiras.
Os Estados-Membros da Constituição da Organização Mundial da Saúde decla-
ram, em concordância com a Carta das Nações Unidas, uma lista de fundamentos
que são essenciais para o bem-estar de todos os povos, para as suas relações har-
moniosas e segurança. Nesse contexto, a OMS, tem como principais atribuições:
• Intervir como autoridade e conduzir trabalhos internacionais no âmbito da saúde;
• Envolver-se em parcerias nas quais a ação conjunta será significativa;
• Incentivar o desenvolvimento, tradução e divulgação de conhecimentos.
E os objetivos são:
• Determinar normas, promovendo e acompanhando a sua implementação;
• Articular opções políticas éticas e científicas de base;
• Fornecer apoio técnico, estimulando transformações e promovendo capacita-
ção institucional sustentável;
• Acompanhar a situação de saúde e avaliar as suas tendências.
Importante! Importante!
A OMS tem como metas promover, em conjunto com outros órgãos especializados, a mel-
horia da alimentação, habitação, saneamento, condições econômicas e de trabalho dos
povos, além de outros fatores como: o cuidado com o meio ambiente, a assistência para os
grupos científicos e profissionais que contribuem para a evolução da saúde e o desenvolvi-
mento das normas de ensino e de formação prática dos profissionais da saúde.
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Tabela 1
Fatores Determinantes da Saúde
Meio físico
Meio psíquico
Fatores sociais
Política
Economia
Cultura
Meio ambiente
Figura 1
Fonte: Whitehead & Dahlgren, 2006
Tabela 2
Fatores Condicionantes da Saúde
Características pessoais
Herança genética Idade
Sexo
Condições geográficas
Características da ocupação humana
Meio físico Fontes de água para consumo
Disponibilidade e qualidade dos alimentos
Condições de habitação
Níveis de ocupação e renda
Acesso à educação formal
Acesso ao lazer
Liberdade
Meio socioeconômico e cultural
Hábitos e formas de relacionamento interpessoal
Possibilidade de acesso aos serviços voltados para a promoção
e recuperação da saúde
Qualidade da atenção nos serviços prestados
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Compreende-se que, para promover saúde, é necessário que o indivíduo tenha
acesso à educação, adote estilos de vida mais saudáveis, desenvolva habilidades
individuais, produza um ambiente saudável e, essas medidas estão diretamente
associadas às políticas públicas que objetivam possibilitar uma modificação positiva
nos fatores determinantes e condicionantes de saúde, com enfoque na melhoria da
qualidade de vida dos cidadãos.
Devido ao seu objetivo amplo, compreende-se que apesar dos avanços científicos
e culturais da área, a atuação profissional ainda é carente de suporte estrutural e
humano para o desenvolvimento das ações e práticas preconizadas pela política
de promoção da saúde. Nesse sentido, se faz necessária a participação de outros
setores da sociedade, estimulando a participação social, educação e saúde.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Conceito de Saúde
https://youtu.be/kgomz8tiw3g
Leitura
Conceitos de Saúde e Doença ao Longo da História Sob o Olhar Epidemiológico e Antropológico
https://goo.gl/FKz2S3
Abordagens Contemporâneas do Conceito de Saúde
https://goo.gl/sWQk81
Organização Mundial da Saúde
https://goo.gl/gsG3iG
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Referências
ALMEIDA, M. A. B.; GUTIERREZ, G. L.; MARQUES, R. Qualidade de vida:
definição, conceitos e interfaces com outras áreas, de pesquisa. São Paulo: Escola
de artes, ciências e humanidades–EACH/USP, 2012.
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