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Material Teórico
Políticas de Saúde, SUS – Princípios, Diretrizes
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Políticas de Saúde, SUS –
Princípios, Diretrizes
• A Saúde
• Políticas Públicas de Saúde
• SUS – Princípios, Diretrizes
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Aprender um pouco sobre os conceitos de saúde, o que são e como
são determinadas as políticas públicas de saúde, além de conhecer
um pouco sobre o Sistema Único de saúde (SUS).
· Permitir a você saber um pouco mais sobre questões relacionadas
a saúde e entender um pouco do que é ter saúde, além disso
compreender como são pensadas e traçadas as políticas públicas de
saúde e em que se fundamentam, por último você terá uma visão do
que é o Sistema único de Saúde.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Políticas de Saúde, SUS – Princípios, Diretrizes
A Saúde
A atual definição de saúde da Organização Mundial da Saúde, diz respeito
a uma “situação de completo bem-estar físico, mental e social, e não
simplesmente à ausência de doença ou enfermidade”. (OMS, 1998)
EVANS, R.G.; STODDART G.L. Consuming research, producing policy? American Journal of Public Health; 93(3):371-379, 2003.
Dentro deste conceito, o Brasil, promulga a Lei n. 8.080 (BRASIL, 1990), por
onde instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS), esta, em seu Artigo 3º diz que
“A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros,
a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente,
o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos
bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a
organização social e econômica do País.” (BRASIL, 1990).
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A Conferência de Alma-Ata, no final dos anos 70, e as atividades inspiradas no lema “Saúde
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para todos no ano 2000” recolocam em destaque o tema dos determinantes sociais.
https://youtu.be/Eq0arxXfOiA
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BRÊTAS, A.C.P.; GAMBA, M.A. Enfermagem e saúde do adulto. Barueri: Manole, 2006.
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Figura 2 – Estruturação do IDH global, segundo Fukuda-Parr, 2004
Fukuda-Parr, 2004
Uma análise de forma mais ampla, podemos abordar qualidade de vida como
uma representação social criada a partir de parâmetros subjetivos (bem-estar,
felicidade, amor, prazer, realização pessoal) e também objetivos, cujas referências
são a satisfação das necessidades básicas e das necessidades criadas pelo grau
de desenvolvimento econômico e social de determinada sociedade. Diferentes
aspectos que definem a qualidade de vida são apresentados na literatura, como,
por exemplo, poder aproveitar as possibilidades da vida, de escolher, de decidir e
ter controle de sua vida (PEREIRA, 2012).
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Explor
Apesar da grande relevância social, o tema qualidade de vida apresenta imprecisões teórico/
metodológicas o que dificulta a investigação, o diálogo entre as diferentes áreas que trabal-
ham com o tema e, principalmente, a aplicação do conhecimento produzido na melhoria da
qualidade de vida da população. Buscando contribuir para a clarificação do conceito este es-
tudo teve como objetivo, a partir da leitura, discussão e análise da literatura especializada,
apresentar as principais abordagens, conceitos e propostas de classificação e avaliação da
qualidade de vida. Verificou-se que as abordagens e conceitualizações sobre a qualidade de
vida se apresentam na literatura de forma diversificada, e, por vezes, divergentes. A falta
de consenso teórico leva muitas pesquisas a utilizarem conceitos como saúde, bem estar e
estilo de vida como sinônimos de qualidade de vida. Novas abordagens epistemológicas no
estudo do tema são necessárias bem como estudos que analisem a qualidade de vida em
situações de intervenção.
PEREIRA, Érico Felden; TEIXEIRA, Clarissa Stefani; SANTOS, Anderlei dos. Qualidade de vida: abordagens,
conceitos e avaliação. Rev. bras. educ. fís. esporte, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 241-250, Junho 2012.
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‘Promover’ significa “dar impulso a; fazer com que se execute; que se ponha
em prática; propor; fomentar; desenvolver; causar: originar; gerar”, assim a
promoção da saúde é bem mais ampla que a prevenção, pois relaciona-se com
medidas mais abrangentes, e não se limita apenas a uma determinada doença ou
desordem, mas visa a melhor da saúde e o bem-estar da comunidade. Baseia-se em
estratégias em que se enfatiza a transformação das condições de vida e de trabalho
em conformidade aos problemas de saúde
Para saber mais sobre a legislação a respeito das políticas públicas de saúde no Brasil, acesse:
Explor
https://goo.gl/1OIuWC
https://goo.gl/U45eOp
https://goo.gl/nYBHoy
Explor
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Já o Artigo 4º refere-se “ao conjunto de ações e serviços de saúde, prestados
por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração
direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema
Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 1990).
Desta maneira, fica claro que o Sistema Único de Saúde ou somente SUS é
uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços
e ações de saúde estabelecida pela Constituição de1988. Portanto o SUS não
é um serviço ou uma instituição, mas um Sistema que significa um conjunto de
unidades, de serviços e ações voltadas para um fim comum, as políticas públicas de
saúde, ou seja os elementos integrantes do sistema, referem-se ao mesmo tempo,
às atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Serie sus:
Explor
https://youtu.be/C2YRU_lvW4Y
https://youtu.be/wV_SPOJfqgk
https://youtu.be/PzVxQkNyqLs
Saúde - SUS, que permite a compreensão de suas doutrinas e seus princípios, inspirados na
Constituição e na Lei Orgânica da Saúde.
https://goo.gl/vvlsof
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acerto. Assim, o que é abrangência de um município deve ser de responsabilidade
do governo municipal; o que abrange um estado ou uma região estadual deve estar
sob responsabilidade do governo estadual, e, o que for de abrangência nacional
será de responsabilidade federal. (BRASIL,1990a)
Rolim (2013) destaca que a ênfase ao controle refere-se às ações em que os ci-
dadãos exercem para monitorar, fiscalizar, avaliar, interferir na gestão estatal e não
o inverso, a organização e mobilização popular é garantia do acesso aos direitos a
saúde, surge, então, a perspectiva de um controle da sociedade civil sobre o Estado.
E como fica a gestão do SUS? Os gestores são encarregados de fazer com que o
SUS seja implantado e funcione adequadamente dentro das diretrizes doutrinárias e
organizacionais. Haverá gestores nas três esferas do Governo, no nível municipal,
estadual e federal. (BRASIL,1990a)
Outra questão importante é saber de onde vem o dinheiro para pagar tudo isso.
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Os recursos, geridos pelo Ministério da Saúde, são divididos em duas partes: uma
é retida para o investimento e custeio das ações federais; e a outra é repassada às
secretarias de saúde, estaduais e municipais, de acordo com critérios previamente
definidos em função da população, necessidades de saúde e rede assistencial. Em
cada estado, os recursos repassados pelo Ministério da Saúde são somados aos
alocados pelo próprio governo estadual, de suas receitas, e geridos pela respectiva
secretaria de saúde, através de um fundo estadual de saúde. Desse montante, uma
parte fica retida para as ações e os serviços estaduais, enquanto outra parte é
repassada aos municípios, de acordo também com critérios específicos. Finamente,
cabe aos próprio municípios destinar parte adequada de seu próprio Orçamento
para as ações e serviços de saúde de sua população. (BRASIL, 1990a)
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Promoção à Saúde: Trajetória Histórica de suas Concepções
Este artigo aborda uma revisão da literatura das cartas e declarações sobre a estratégia
da promoção à saúde a partir da Carta de Ottawa, em 1986, e busca um resgate
histórico das suas correntes e concepções a fim de trazer subsídios para compreendê-
la no momento atual. Conclui-se que a Carta de Ottawa ainda permanece como peça
central de direcionamento da estratégia de promoção à saúde em todo o mundo. Ela
tem orientado as demais conferências, principalmente quando enfatiza a dimensão
social e a importância de cinco estratégias fundamentais para se alcançar plena saúde:
política pública, ambiente saudável, reforço da ação comunitária, criação de habilidades
pessoais e reorientação do serviço de saúde.
HEIDMANN, Ivonete T.S. Buss et al. Promoção à saúde: trajetória histórica de suas
concepções. Texto contexto-enferm. Florianópolis, v.15, n.2, p. 352-358, June 2006.
https://goo.gl/7KropK
Qualidade de Vida e Saúde: Aspectos Conceituais e Metodológicos
Na área da saúde, o interesse pelo conceito Qualidade de Vida é relativamente recente e
decorre, em parte, dos novos paradigmas que têm influenciado as políticas e as práticas
do setor nas últimas décadas. Os determinantes e condicionantes do processo saúde-
-doença são multifatoriais e complexos. Assim, saúde e doença configuram processos
compreendidos como um continuum, relacionados aos aspectos econômicos, sociocul-
turais, à experiência pessoal e estilos de vida. Consoante essa mudança de paradigma, a
melhoria da QV passou a ser um dos resultados esperados, tanto das práticas assisten-
ciais quanto das políticas públicas para o setor nos campos da promoção da saúde e da
prevenção de doenças.
SEIDL, Eliane Maria Fleury; ZANNON, Célia Maria Lana da Costa. Qualidade de vida e
saúde: aspectos conceituais e metodológicos. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.
20, n. 2, p. 580-588,Apr.2004.
https://goo.gl/kgj6Nm
Processo de Revisão da Política Nacional de Promoção da Saúde: Múltiplos Movimentos Simultâneos
A política pública pode ser compreendida como a tradução de propósitos de governos
e de anseios da sociedade. Impulsionados pelos avanços e desafios das transformações
sociais, pela necessidade de articulação de agendas e a pequena participação social na
elaboração da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), de 2006, o Ministério
da Saúde e o Grupo Temático de Promoção da Saúde/Abrasco propuseram a revisão
desta. Este artigo descreve os movimentos deste processo. Trata-se de uma análise
de política, realizada por revisão de literatura e análise documental na perspectiva da
“triangulação interna”
ROCHA, Dais Gonçalves et al. Processo de revisão da Política Nacional de Promoção
da Saúde: múltiplos movimentos simultâneos. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.
19, n. 11, p. 4313-4322, Nov. 2014.
https://goo.gl/S9wUVj
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Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
Brasil.16 ed. Organização de Alexandre de Moraes. São Paulo: Atlas, 2000.
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