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- Escravidão e colonialismo não são paralelos em contextos diferentes e não são, por si sós,
alvos da mobilização política.
=> O capítulo se propõe a mostra o relacionamento dialético de uma das lutas mais recentes,
entre Costa do Marfim e França, nos anos após a Segunda Guerra. O debate na França e na
África francesa sobre o trabalho forçado entre 1944 e 1946; discussão sobre política
trabalhista.
- O capítulo fala sobre o arcabouço teórico relativo ao trabalho livre, que surgiu na Inglaterra
no final do século XVIII.
=> A mão de obra livre torna-se um conceito vital para distinguir o colonizador progressista do
início do século XX dos saqueadores, bandidos, sequestradores e compradores de carne
humane, que durante séculos representaram a Europa no ultramar.
- David Livingstone – O comércio de escravos foi uma barreira insuperável ao progresso moral
e comercial.
- A presença britânica mudou as relações de poder, mão de obra livre. Deixou de levar em
conta a complexidade do sistema social africano.
- As novas formas de trabalho impostas pela colonização alteraram a dinâmica das relações
sociais de trabalho, antes escravistas.
=> A condenação da prática da escravidão não continha preocupação com o bem estar dos
escravizados. O compromisso era com uma noção europeia de progressismo. Levar o progresso
a povos atrasados.
- Conflitos locais determinavam a forma com que os ingleses agiam, mudando relações de
trabalho e com a terra.
=> Permitir que a mudança acontecesse dentro dos limites da cultura africana tornou-se a
razão de ser do regime colonial.
- Relações matrilineares foram atingidas pela escravidão (p.235). Elemento cultural alterado
pelo fim da escravidão. Incremento do poder às mulheres.
=> Em várias regiões da África, a revolução que se seguiu à emancipação não foi pretendida.
Em vez disso, provocou uma transformação nas relações de poder e gênero, tratada no
discurso oficial como manutenção da tradição. (p.238)
- Os estados europeus vigiavam uns aos outros, transformando em exemplos os membros mais
fracos da comunidade colonizadora, no sentido de determinar o estilo de colonização mais
aceitável.
- Domínio sutil e indireto das relações de poder, com os chefes locais, no intuito de controla-
los e não expor as relações de trabalho escravo, colocando as verdadeiras interações às
ocultas.
- A Liga das Nações e a Convenção do trabalho forçado de 1930 da OIT delimitaram o conceito
de “trabalho forçado”. (p.244)
- A Segunda Guerra fez com que a situação se degenerasse. Aumentando, principalmente apís
a derrota em 1940.
- O trabalho forçado teve fim em 1946, com uma grande greve. (p.252).
- A pressão dos africanos pela extinção dos trabalhos forçados consistia no argumento do
“ideal civilizatório” do imperialismo, defendido pela França. A incoerência presente nesse
paradoxo hipócrita foi a base da argumentação dos opositores criticando a prática.
=> Houve uma mudança na forma e na qualidade do trabalho ofertado. Condições melhores
foram oferecidas, com mais autonomia sobre o ritmo do trabalho, aumentando o interesse dos
trabalhadores.
- A Greve Geral de 1945 e a luta pelo fim da distinção entre súditos e cidadãos.
=> Os cidadãos coloniais começaram a usar o arcabouço da cidadania para questionar todo
tipo de desigualdade no que já fora o império francês. Agora, união francesa.