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E NUTRICIONAL NO
CONTEXTO ESCOLAR
UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
ISBN 978-85-7141-292-7
CDD 371.716
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO...........................................................................05
CAPÍTULO 1
Compreensão da Aplicabilidade da
Educação Alimentar e Nutricional..............................................7
CAPÍTULO 2
Educação Alimentar e Nutricional
Como Promotora da Saúde.........................................................47
CAPÍTULO 3
Sucesso nas Ações de Educação
Alimentar e Nutricional na Educação Básica...........................87
APRESENTAÇÃO
Caro estudante, a disciplina de Educação Alimentar e Nutricional no Contexto
Escolar tem a intenção de oferecer a você meios que permitam o desenvolvimento
e a aplicação de ações de promoção da saúde, focada na alimentação e nutrição,
aos estudantes da educação básica.
Ainda é nesta fase que o indivíduo sai do convívio familiar e entra no contexto
escolar, onde sofrerá influências do seu grupo social e dos estímulos presentes
no sistema educacional, estando aberto a novas experiências e experimentações,
como o contato com novos alimentos.
O terceiro e último capítulo vai permitir que você monte suas próprias
ações em Educação Alimentar e Nutricional, pois irá trazer os marcos teóricos
para o desenvolvimento das intervenções e a melhor maneira de dialogar com a
população. Além disso, será abordada a importância da educação permanente
dos profissionais que atuam nesta área.
Esperamos que este livro sirva como base para a sua formação, mas que
também desperte o seu lado questionador e faça você querer se aprofundar neste
tema a ponto de buscar mais informações além das que se encontram nessas
páginas, que ele também o motive no uso de sua criatividade para que você
desenvolva atividades tão marcantes a ponto de transformar para sempre a vida
de muitas crianças.
C APÍTULO 1
Compreensão da Aplicabilidade da
Educação Alimentar e Nutricional
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
1 Contextualização
A nossa saúde está diretamente relacionada a uma alimentação de qualidade
e em quantidade suficientemente capaz de suprir as necessidades nutricionais de
nosso organismo. Por isso, as ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN)
representam um importante instrumento para a garantia da segurança alimentar,
nutricional e do direito humano à alimentação adequada.
Dessa forma, este capítulo possibilitará que você compreenda a EAN como
importante aliada para melhorar a saúde da população, desde a faixa etária
infantil, e consiga determinar qual metodologia de aplicação da EAN responde ao
objetivo que quer atingir nas suas ações.
2 Conceito E Princípios Da
Educação Alimentar E Nutricional
A educação é um direito fundamental que impacta todas as áreas de nossas
vidas, é através dela que o indivíduo e a sociedade se desenvolvem. Só o
conhecimento nos permite saber sobre o direito à saúde, às condições adequadas
de trabalho e a ter uma alimentação de qualidade. É por meio da educação que
aprendemos a nos preparar para a vida.
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
FONTE: A autora
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
Nas práticas de EAN, mesmo quando o preparo efetivo de alimentos não for
viável, é necessário que seja realizada uma reflexão sobre a importância e valor
da culinária para a alimentação saudável (DAMATTA, 1987).
Para a faixa etária infantil parece que o autocuidado não é tão importante
assim porque as crianças ainda são cuidadas pelos pais ou responsáveis. Mas
isso não é verdade, principalmente quando a criança entra na escola e seus
hábitos passam a ser influenciados pelos colegas e pelos próprios educadores.
Outro fator que influencia nas escolhas das crianças e requer que elas
tenham conhecimento e autonomia é a mídia. Os profissionais do marketing e da
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
2.2.8 Intersetorialidade
Não se pode pensar Não se pode pensar em construção de políticas públicas sem
em construção de considerar a relevância da interação e integração dos diversos órgãos
políticas públicas e instituições no compromisso comum da efetivação de direitos
sem considerar
(CUSTÓDIO; SILVA, 2015). Essa corresponsabilidade em garantir os
a relevância
da interação e direitos à população é a intersetorialidade. Ela tem sido considerada
integração dos um dos mais importantes meios de trabalho no âmbito das políticas
diversos órgãos de saúde com o objetivo de ampliar o aceso a direitos sociais, como
e instituições no o da alimentação adequada. Quando o governo trata os problemas
compromisso do cidadão de maneira fragmentada, ou seja, cada setor com suas
comum da
demandas, a população se sente insatisfeita, pois não consegue
efetivação
de direitos enxergar que suas necessidades foram atendidas (CUSTÓDIO; SILVA,
(CUSTÓDIO; SILVA, 2015).
2015).
Assim, a intersetorialidade garante o desenvolvimento de ações
conjuntas destinadas à proteção social, envolve articulação de diferentes setores
em torno de objetivos comuns e enfrenta as questões da população de maneira
mais efetiva, considerando-os na sua totalidade.
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
A avaliação é uma etapa importante a ser realizada nas ações de EAN, porém
ela é deixada para o final e, muitas vezes, negligenciada. É com a avaliação que
conseguimos analisar os prós e contras do conteúdo proposto para determinada
faixa etária e classe social. As avaliações devem ter papel inclusivo e diagnóstico
que leva à reflexão de tudo o que pode ser melhorado para as demais ações, uma
vez que a EAN tem caráter construtivista e permanente.
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
3 Perspectiva Histórica Da
Educação Alimentar E Nutricional
Não precisaria existir educação em alimentação e nutrição se o alimento
não fosse necessário para nossa sobrevivência. Uma alimentação balanceada
iniciada desde a primeira infância, no momento da introdução alimentar, garante o
crescimento e desenvolvimento adequado do indivíduo, estimula a capacidade de
aprender e previne doenças que podem se manifestar desde a infância até a vida
adulta (VITOLO, 2015).
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
• 1930
• Década de 1970
• Década de 1990
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
Assim, a promoção de tais hábitos voltou a fazer parte dos programas oficiais
do governo e, no final da década de 1990, foi implantada a Política Nacional
de Alimentação e Nutrição (PNAN), que incentiva as ações em alimentação e
nutrição (BRASIL, 2013b). Também neste período o termo “promoção de práticas
alimentares saudáveis” começou a aparecer nos documentos oficiais e a EAN
começou a ser apresentada com foco de atuação no sujeito e nos seus aspectos
culturais (LIMA; OLIVEIRA; GOMES, 2003; CAMOSSA et al., 2005).
• Década de 2000
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Capítulo 1
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• Década de 2010
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
EAN aparece em
Além do marco, a PNAN foi atualizada em 2012 e mostra uma todas as diretrizes
evolução na compreensão da EAN que aparece em todas as diretrizes da política como
da política como importante para a promoção, prevenção e o tratamento importante para
de doenças. Além disso, a política determina que os processos sejam a promoção,
participativos e permanentes, e prioriza a elaboração de uma agenda prevenção e o
tratamento de
intersetorial (BRASIL, 2012b).
doenças.
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
Existem muitas orientações teóricas sobre a Teoria dos Grupos (Kurt Lewin,
Pichon-Riviére, Bion, Foulkes e Paulo Freire), mas a sua essência é a mesma, a
interdependência entre seus membros. O que determina a diferença entre eles
é o objetivo para o qual ele foi criado. Nesse material, o Grupo Operativo (GO)
vai receber destaque por ser uma teoria legitimada na área da saúde, pois visa
de fato transformar o conhecimento em atitude a partir das necessidades e da
realidade dos participantes (VINCHA; SANTOS; CERVATO-MANCUSO, 2017).
• Grupos Operativos
Grupo representa
A teoria de GO foi desenvolvida na década de 1940 pelo psiquiatra um conjunto de
e psicanalista Pichon-Rivière (1907-1977). Segundo ele, um grupo pessoas ligadas
representa um conjunto de pessoas ligadas pelo vínculo social, movidas pelo vínculo
por necessidades semelhantes e que se reúnem para desempenhar social, movidas
por necessidades
uma tarefa em comum (PICHON-RIVIÈRE, 2009; BERSTEIN, 1986).
semelhantes e que
se reúnem para
Um aspecto importante é que cada indivíduo pertencente a um desempenhar uma
grupo traz consigo componentes internos como emoções, medos, tarefa em comum
fantasias, ansiedades, toda a sua história de vida; e esses componentes (PICHON-RIVIÈRE,
podem influenciar diretamente o processo grupal onde ele está inserido. 2009; BERSTEIN,
1986).
Assim, é instalada uma resistência no grupo que requer a elaboração
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Capítulo 1
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
• Ambiente Escolar
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
mais influenciado apenas pela família, mas também por seus amigos, educadores
e pelo marketing. E essa influência externa ao convívio familiar é tão significativa
que políticas públicas foram desenvolvidas para influenciar na construção desse
hábito nos escolares, entre elas o Programa Nacional de Alimentação Escolar
(PNAE) e Programa Saúde na Escola (PSE).
• Metodologia
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
Para que a oficina não se torne muito genérica e sem foco, seus objetivos
devem ser muito claros. E antes de aplicar o conhecimento aprendido é importante
que ela tenha uma base teórica com definição da problematização que precisa ser
solucionada com a ajuda de todos os participantes. Essa reflexão do tema deve
buscar refletir a realidade e suas relações com o nível individual e coletivo. Para
se programar uma oficina bem-sucedida devem ser considerados os seguintes
pontos:
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
O objetivo deve ser bem claro, introduzir novo conceito, avaliar assunto
aprendido, demonstrar técnica eficiente, entre outros temas. Com foco, é possível
planejar e executar uma proposta mais efetiva.
5 Como finalizar?
Ao chegar ao fim de uma oficina, o participante deve refletir sobre o antes e
depois do momento de aprendizagem e conseguir comparar sua prática anterior e
o que pretende fazer de novo.
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
Algumas Considerações
Nesse capítulo você teve acesso ao conceito e princípios da Educação
Alimentar e Nutricional, assimilando que a promoção de hábitos alimentares
saudáveis vai além de repassar para o próximo informações sobre os nutrientes
necessários para cada faixa etária. Além disso, pôde conhecer várias técnicas
metodológicas para construção de atividades que visem criar autonomia ao
indivíduo para escolhas alimentares conscientes.
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
Referências
ABDALA, Mônica Chaves. Saberes e sabores: tradições culturais populares do
interior de Minas Gerais e de Goiás. História: Questões & Debates, Curitiba, v.
54, n. 1, p. 125-158, 2011.
BOYLAND, Emma; WHALEN, Rosa. Food advertising to children and its effects
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Capítulo 1
mentar e Nutricional
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
BRIGGS, Marilyn et al. Position of the American Dietetic Association, Society for
Nutrition Education, and American School Food Service Association - Nutrition
services: an essential component of comprehensive school health programs.
Journal of the American Dietetic Association. United States, v. 103, n. 4,
p.505-514, 2003.
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
JAIME, Patricia Constante; LOCK, Karen. Do school based food and nutrition
policies improve diet and reduce obesity? Preventive Medicine. United States, v.
48, n. 1, p.45-53, 2009.
MELLO FILHO, Julio de. Grupo e corpo: psicoterapia de grupo com pacientes
somáticos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011.
OREM, Dorothea. Nursing: concepts of practice. St. Louis: Mosby (6th ed.), 2001.
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Compreensão da Aplicabilidade da Educação Ali-
Capítulo 1
mentar e Nutricional
OSÓRIO, Luiz Carlos. Grupoterapia Hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
YOKOTA, Renata Tiene de Carvalho et al. Projeto "a escola promovendo hábitos
alimentares saudáveis": comparação de duas estratégias de educação nutricional
no Distrito Federal, Brasil. Revista de Nutrição. Campinas, v. 23, n. 1, p. 37-47,
2010.
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C APÍTULO 2
Educação Alimentar e Nutricional
Como Promotora da Saúde
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Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
1 Contextualização
Nos últimos anos tem se observado uma evolução da transição demográfica
no Brasil, com diminuição na taxa de fecundidade e mortalidade, fazendo com que
a população brasileira esteja envelhecendo. Concomitantemente, o estilo de vida
está se modificando com o aumento no consumo de alimentos ultraprocessados,
ricos em gordura, açúcares, além do sedentarismo.
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Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
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Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
Como as DCNT
Como as DCNT normalmente não apresentam cura, a população normalmente
acometida acaba utilizando mais os serviços de saúde em comparação não apresentam
aos indivíduos que não apresentam tais doenças. A ocorrência de cura, a população
internação nos últimos 12 meses para os doentes crônicos aumenta acometida acaba
em 1,7 vezes (IC95% 1,53–1,9) em relação aos que não apresentam utilizando mais os
serviços de saúde
doenças de caráter crônico, a prevalência de consulta médica nos
em comparação
últimos 12 meses é 1,26 vezes maior (IC95% 1,24–1,28) e deixar de aos indivíduos que
realizar atividades habituais nas duas últimas semanas por motivo de não apresentam tais
saúde é 3,1 vezes maior (IC95% 2,78–3,46) (MALTA et al., 2017a). doenças.
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Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
de atividade física.
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Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
Estima-se que o colesterol elevado cause 2,6 milhões de mortes a cada ano
(WHO, 2009). De acordo com a PNS realizada no ano de 2013, 12,5% da população
brasileira com mais de 18 anos obtiveram diagnóstico médico de colesterol alto,
sendo 15,1% em mulheres e 9,7% em homens (IBGE, 2014).
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Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
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Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
Dados da OMS indicam que em todo o mundo “23% dos adultos e 81% dos
adolescentes (11–17 anos) não atendem às recomendações globais da OMS sobre
atividade física para a saúde” (WHO, 2018, p. 15). Notavelmente, a prevalência de
inatividade varia consideravelmente dentro e entre países e pode chegar a 80% em
algumas subpopulações adultas (WHO, 2018).
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
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Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
Apesar do rápido crescimento, o impacto das DCNT pode ser revertido por
meio de intervenções amplas de promoção de saúde para redução de seus fatores
de risco, além de melhoria da atenção à saúde, detecção precoce e tratamento
oportuno. Pensando nisso, o governo brasileiro lançou em 2011 um plano de
ação para o enfrentamento das DCNT no Brasil a ser executado até 2022 com o
objetivo de promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas
efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção
e o controle destas doenças e seus fatores de risco e fortalecer os serviços de
saúde voltados para a atenção aos portadores delas (BRASIL, 2011).
Ao se realizar o monitoramento das metas do plano até 2015 o país foi
colocado em destaque global. A OMS o reconheceu, ao lado da Costa Rica,
como sendo um dos mais promissores países no monitoramento das DCNT por
conseguir reportar 14 metas e compromissos (WHO, 2015).
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
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Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
• Escolaridade e renda
Os níveis de instrução e renda são diretamente relacionados ao consumo
de frutas e hortaliças, grãos integrais e carnes magras. Quanto maior o poder
aquisitivo da família, maior a chance de a ingestão alimentar satisfazer as
necessidades energéticas (VAZ; BENNEMANN, 2014).
• Mídia
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
• Imagem corporal
• Cultura
O indivíduo aprende o significado cultural e social dos alimentos desde
muito cedo. Sendo assim, para compreender seu comportamento alimentar é
necessário conhecer e considerar os diferentes usos e costumes socioculturais
(VAZ; BENNEMANN, 2014).
• Fatores psicológicos
A autoconfiança garante a segurança necessária para se fazer escolhas
alimentares adequadas em um ambiente que motiva o contrário, principalmente
quando se está na presença dos amigos (VAZ; BENNEMANN, 2014).
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Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
O indivíduo, em algumas situações, pode não estar pronto para realizar uma
mudança de atitude em algum comportamento, então, a fim de identificar seu grau
de motivação para modificar suas atitudes alimentares, o Modelo Transteórico se
torna um importante aliado para a efetividade das ações em EAN. Esse modelo
foi proposto por Prochaska e DiClemente (1992) e aborda diferentes estágios de
mudança, são eles: (1) pré-contemplação, quando não há reconhecimento do
problema, sem consideração de mudança; (2) contemplação, quando reconhece
o problema, mas ainda tem diversas barreiras para modificá-las; (3) preparação,
quando é tomada a decisão de alterar a atitude; (4) ação, quando há alterações
de fato no comportamento. Esta fase exige grande dedicação e disposição para
se evitar recaídas; e (5) manutenção, quando se mantém os ganhos obtidos na
fase de ação (TORAL; SLATER, 2007).
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
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QUADRO 2 - RESUMO DE ESTUDOS NACIONAIS REALIZADOS A PARTIR DE AÇÕES EM EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO
AMBIENTE ESCOLAR PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES CONDUZIDOS ENTRE OS ANOS DE 2008 E 2017
Autor, ano.
Metodologia Avaliação Resultados
Local/público-alvo
- Questionário sobre o consumo de alimentos no
período de permanência na escola: os alimentos
- GABRIEL; SANTOS; VASCONCE- - Sete encontros (um por semana). mais adquiridos nas cantinas; os alimentos que, de
- Escola privada: redução significativa nos percentuais de
LOS, 2008. - Duração: não informada. acordo com a preferência dos escolares, deveriam
bolachas recheadas trazidas de casa pelos meninos.
- Florianópolis, SC. - Uso de: jogos, montagem de cardápio e ser comercializados nas cantinas; os alimentos mais
- Escola pública: aumento no consumo da merenda
- 178 escolares no 3º e 4º ano do outras atividades não especificadas com trazidos de casa; o consumo ou não da merenda
escolar e aceitação por frutas.
Ensino Fundamental. clareza. escolar; os alimentos preferidos na merenda escolar,
e os alimentos que deveriam ser oferecidos pelo
Capítulo 2
PNAE.
- FERNANDES et al., 2009.
- Florianópolis, SC. - Oito encontros quinzenais. - Com intervenção: diminuição no consumo de suco
- 135 escolares: - Duração: 50 minutos. artificial (p = 0,013).
55 no grupo com intervenção - Uso de: jogos, teatro de fantoches, - Registro alimentar de três dias. - Sem intervenção: aumento no consumo de salgadinho
(8,2±0,76 anos). cartazes, brincadeiras, músicas e histórias (p = 0,021).
80 no grupo sem intervenção infantis. Aumento no consumo de refrigerante (p = 0,031).
(8,1±0,48 anos)
- Sete semanas.
- Duração: não informada. - Questionário de conhecimento em nutrição no mo-
- 76% das questões avaliadas foram respondidas correta-
- COSTA et al., 2009. - Uso de: palestras, teatro de fantoches, mento inicial e final com 23 questões referentes ao
mente após a intervenção.
- Araçatuba, SP. dinâmicas de grupo, arte culinária, conteúdo das aulas. Os alunos tinham três alternati-
- Aumento na frequência de consumo de cereais, frutas,
- 34 escolares de 7 a 10 anos. informativos com o conteúdo da respectiva vas de respostas, sendo apenas uma correta.
hortaliças, carnes, ovos, leguminosas e leite (p<0,05).
Como Promotora da Saúde
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- Cinco encontros.
- Duração: não informada.
- Uso de: histórias, atividades em sala de - Grande interesse dos alunos porque a maquete refletia o
- BOOG, 2010.
aula (preparo dos elementos da maquete seu cotidiano e valorizava o trabalho e a história de suas
- Circuito das Frutas, SP
usando materiais como papel crepom, pa- - Qualitativa (interesse dos alunos e receptividade famílias.
Zona Rural.
litos, esponjas pintadas com tinta guache, do programa). - Pais orgulhosos e gratificados ao perceberem o seu
- 155 alunos do 1º ao 7º ano do
caixas de fósforo e outros), montagem da cotidiano como elemento central do trabalho escolar.
Ensino Fundamental.
maquete, degustação de alimentos. - Atividade divulgada pela mídia local falada e escrita.
Maquete do bairro representando estra-
das, escola, moradias e plantações.
- Número de encontros não informado. - Avaliação do conhecimento por dois instrumentos
- YOKOTA et al., 2010.
- Duração: não informada. construídos para o projeto: Instrumento sobre a pirâ-
- Brasília, DF. - A média final de acertos entre os grupos foi similar nos
- Intervenção A: palestras aplicadas por mide dos alimentos (avaliados os grupos das frutas,
- Escolares de 5 a 10 anos: 180 na dois tipos de intervenção para o instrumento sobre a pirâmi-
nutricionistas. carnes e ovos, hortaliças e cereais, pães e massas)
intervenção A e 129 na intervenção de (p=0,37) e higiene das mãos (p=0,10).
- Intervenção B: palestras aplicadas por e sobre a higiene das mãos antes da realização de
B.
professores previamente capacitados. refeições.
- Alta satisfação em relação às oficinas: 85,8% (expressão
- Quatro encontros com intervalo de três facial mais feliz).
- Avaliações verbais breves ao fim da atividade
semanas. - Respostas ao questionário: as oficinas apresentaram um
sobre o assunto abordado.
- Duração: 1 hora e meia. impacto positivo, as respostas às atividades corresponde-
- BOTELHO et al., 2010. - Aceitação por meio de uma escala hedônica
- Uso de: teatro de fantoches; dominó; ram ao esperado.
- Belo Horizonte, MG. adequada à faixa etária.
jogo da memória; atividade de colorir e - Apresentaram grande interesse em expor as opiniões
- 48 escolares de 6 a 10 anos. - Três meses após a finalização:
desenhar; “batata-quente”, bate-papo; acerca das oficinas, recordando os pontos-chave das
entrevista semiestruturada contemplando as princi-
montagem da pirâmide; colagem; monta- atividades.
pais temáticas abordadas na intervenção.
gem de massinha. - As atividades de colorir e pintura com cola foram as que
EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
menos agradaram.
- Questionário de práticas alimentares autoaplicável
com questões fechadas, antes e após a intervenção: - Aumento da proporção de estudantes que relataram não
- VARGAS et al., 2011. - Sete encontros.
hábito de consumir frutas, verduras e legumes; consumir lanches vendidos por ambulantes (de 36,7%
- Niterói, RJ. - Duração: não informada.
frequência semanal de consumo de fast food; vs 50,6%; p = 0,02); não substituir almoço (de 44,5% vs
- 272 escolares de 11 a 17 anos: - Uso de: concurso de música e frase, di-
frequência semanal de substituição de refeições 65,2%; p < 0,01) e jantar (de 38,4% vs 54,3%; p < 0,01)
166 no grupo intervenção e 106 no nâmica, vídeo, discussão, oficina dietética,
(almoço e jantar) por lanches; consumo de refri- por lanches; redução na frequência de consumo de fast
grupo controle. filme, elaboração de jornal.
gerantes; origem e consumo de lanches durante o food (72,7% vs 54,4%; p = 0,001).
intervalo escolar.
- Onze encontros. - Questionário com questões relativas ao consumo
- PRADO et al., 2012. - Duração: 60 minutos. de alimentos na merenda escolar, cantina escolar, - Efeito positivo para:
- Cuiabá (MT). - Uso de: aulas expositivas e dialogadas: venda perto da escola e trazidos de casa para o frequência semanal de alimentos trazidos de casa
- Escolares de 8 a 14 anos: 49 no 20 minutos. ambiente escolar. (p=0,023); preferência por frutas e salada de frutas ofere-
Capítulo 2
grupo intervenção e 35 no grupo Material de apoio: - Reavaliação das informações do diagnóstico: efeito cidas pela merenda escolar (p=0,048); aquisição de balas,
controle. pôsteres, vídeos, jogos e atividades de positivo se a reposta se mantinha certa ou ia de pirulitos e chicletes na cantina escolar (p=0,043).
recorte e colagem. errada para certa.
- Nove meses, uma vez por mês.
- Duração: 1 h.
- Uso de: jogos, encenação de teatro,
filmes e espetáculos de marionetes,
- CUNHA et al., 2013. - Redução na frequência de consumo diário de biscoitos
concursos de redação e desenho.
- Duque de Caxias, RJ. - Questionário de Frequência Alimentar. recheados e refrigerantes no grupo de intervenção.
Para reforçar a mensagem: conjunto
- 574 escolares: 281 no grupo con- - Recordatório 24 horas. - Aumento da frequência de consumo de frutas no grupo
de mensagens enviadas às famílias na
trole e 293 no grupo intervenção. de intervenção.
forma de folhetos e receitas ilustradas. Os
professores foram encorajados a trabalhar
com as crianças nos tópicos abordados
em cada sessão de intervenção.
Como Promotora da Saúde
71
72
- Em todos os encontros: grande interesse em expressar
- Dezesseis meses, quatro encontros por suas vontades, hábitos, gostos pessoais e preferências
mês. - As impressões sobre a aceitação e o impacto das alimentares, interagindo espontaneamente, por meio
- SILVA; NEVES; NETTO, 2016. - Duração média: 30 minutos. dinâmicas foram limitados aos relatos dos próprios das exposições de suas vivências e de questionamentos
- Juiz de Fora, MG. - Uso de: histórias com música, teatro de pesquisadores que ministraram as ações e das frequentes.
- 150 alunos de 2 a 5 anos. fantoches, jogo da memória, quebra-ca- profissionais que se relacionavam pessoalmente - Segundo comentários das educadoras/ cuidadoras:
beça, colagem, jogo de tabuleiro, jogo dos com as classes. ótimo impacto sobre a aceitação dos alimentos; as
sete erros. crianças passaram a se portar mais calmamente diante
das refeições.
- PEREIRA, T.; PEREIRA, R; ANGE-
- Aplicação de questionário antes e uma semana
LIS-PEREIRA, 2017. - Um encontro, duas turmas. - Tanto a aplicação do jogo quanto a palestra se mostra-
depois da atividade: 30 questões: conceitos de
- Lavras, MG - Duração: 50 minutos. ram eficientes para aumentar o grau de conhecimento dos
nutrição como ciência e o papel do nutricionista; a
- 59 adolescentes de 13 a 16 - Uso de: intervenção 1: palestra e inter- adolescentes e, quando comparados, os métodos não se
importância da alimentação saudável e a classifica-
anos: 31 na intervenção 1 e 28 na venção 2: jogo tipo Quiz. mostraram diferentes.
ção e a função dos nutrientes.
intervenção 2.
FONTE: A autora
EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
A criação de
A criação de novos hábitos se dá através da repetição da oferta,
novos hábitos
se dá através da do contexto social e das consequências fisiológicas da ingestão.
repetição da oferta, As crianças mais novas acabam os adquirindo ao observar outras
do contexto social e crianças e costumam apreciar alimentos que são oferecidos com maior
das consequências frequência. Normalmente elas rejeitam alimentos que consomem
fisiológicas da pela primeira vez, entretanto, quando uma criança com predileções
ingestão.
preestabelecidas é colocada diante de outras, após alguns dias, ela
passa a eleger os alimentos preferidos pelo grupo, modificando suas opções
iniciais (VIANA; SANTOS; GUIMARÃES, 2008). Portanto, as ações em EAN
74
Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
devem levar isso em consideração para a criação de ações que sejam efetivas
em criar e/ou modificar hábitos alimentares.
Algumas Considerações
Nesse capítulo você teve acesso às principais características que envolvem
o desenvolvimento de doenças crônicas e percebeu que a prevalência delas
ainda está em ascensão. Além disso, refletiu sobre as particularidades do público-
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
Referências
ABESO – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome
Metabólica. Diretrizes brasileiras de obesidade 2016 / ABESO - Associação
Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 4. ed. São
Paulo, SP, 2016.
76
Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
BAZZANO, Lydia A.; SERDULA, Mary K.; LIU, Simin. Dietary intake of fruits
and vegetables and risk of cardiovascular disease. Current Atherosclerosis
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BENTO, Gisele Graziele et al. Revisão sistemática sobre nível de atividade física
e estado nutricional de crianças brasileiras. Revista de Salud Pública, Bogotá,
n. 18, v. 4, p. 630-642, 2016.
BOYLAND, Emma Jane; WHALEN, Rosa. Food advertising to children and its
effects on diet: review of recent prevalence and impact data. Pediatric Diabetes,
Denmark, n. 16, v. 5, p. 331-337, 2015.
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
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Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
79
EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
GBD 2015 - GLOBAL BURDEN OF DISEASE STUDY 2015 et al. Health Effects
of Overweight and Obesity in 195 Countries over 25 Years. The new England
Journal of Medicine, England, v. 377, n. 1, p. 13-27, 2017.
HU, Frank B. et al. Dietary fat intake and the risk of coronary heart disease in
women. New England Journal of Medicine, England, v. 337, n. 21, p. 1491-
1499, 1997.
80
Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
LOCK, Karen et al. The global burden of disease attributable to low consumption
of fruit and vegetables: implications for the global strategy on diet. Bull World
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______. Deborah Carvalho et al. Trend of the risk and protective factors of
chronic diseases in adolescents, National Adolescent School-based Health
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
MOURA, Erly Catarina et al. Perfil lipídico em escolares de Campinas, SP, Brasil.
Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 34, n. 5, p. 499-505, 2000.
PEARSON, Natalie, BIDDLE, Stuart J.; GORELY, Trish. Family correlates of fruit
and vegetable consumption in children and adolescents: a systematic review.
Public Health Nutrition, England, v. 12, n. 2, p. 267- 283, 2009.
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Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
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Educação Alimentar e Nutricional
Capítulo 2
Como Promotora da Saúde
YOKOTA, Renata Tiene de Carvalho et al. Projeto "a escola promovendo hábitos
alimentares saudáveis": comparação de duas estratégias de educação nutricional
no Distrito Federal, Brasil. Revista de Nutrição. Campinas, v. 23, n. 1, p. 37-47,
2010.
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
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C APÍTULO 3
Sucesso nas Ações de Educação
Alimentar e Nutricional na
Educação Básica
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Sucesso nas Ações de Educação Alimentar e
Capítulo 3 Nutricional na Educação Básica
1 Contextualização
Após refletirmos sobre conceitos importantes para as práticas em EAN é a
hora de aprender acerca dos materiais técnicos disponíveis para a construção
das atividades. Tais materiais foram construídos em parceria com o Governo
Federal e trazem diretrizes e princípios para a construção de práticas alimentares
adequadas.
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
Segundo Bezerra (2018, p. 30-31), ele se destaca por ser uma “publicação
profundamente instigante, envolvente, primorosa e esteticamente belíssima.
Instigante não somente para o leitor especializado e profissionais das áreas de
Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e Educação Alimentar e Nutricional
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Sucesso nas Ações de Educação Alimentar e
Capítulo 3 Nutricional na Educação Básica
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Sucesso nas Ações de Educação Alimentar e
Capítulo 3 Nutricional na Educação Básica
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
Para uma Não há regras ou receitas, mas uma reflexão sobre os alimentos
alimentação
presentes no dia a dia da população com adequada forma de preparo,
adequada são
necessários combinações e substituições de produtos e ingredientes. Destaca-se
cuidados com a que, para uma alimentação adequada são necessários cuidados com a
higienização dos higienização dos alimentos, com os utensílios utilizados assim como do
alimentos, com os próprio indivíduo que o manipula.
utensílios utilizados
assim como do
Em seguida, ele discute sobre o prazer e a comensalidade
próprio indivíduo
que o manipula. apresentando como orientação comer com regularidade e atenção, em
ambiente apropriado e em companhia. Nesse momento, o Guia imprime
maior destaque à relação entre as dimensões social e cultural da alimentação e o
ato de comer.
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Sucesso nas Ações de Educação Alimentar e
Capítulo 3 Nutricional na Educação Básica
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
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PUBLICIDADE DE ALIMENTOS
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Capítulo 3 Nutricional na Educação Básica
O Brasil é um país muito grande, com variedade de solos capazes O Brasil é um país
de desenvolver uma diversidade de frutas e hortaliças que merecem muito grande,
ser melhor aproveitadas na mesa do brasileiro. Por isso “Na Cozinha com variedade de
com as Frutas, Legumes e Verduras” foi elaborada. Ela é resultado do solos capazes de
trabalho conjunto da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição desenvolver uma
diversidade de frutas
do Ministério da Saúde (CGAN/DAB/SAS/MS) em parceria com a
e hortaliças que
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com o apoio da merecem ser melhor
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/Brasil).Traz informações aproveitadas na
sobre características nutricionais e benefícios à saúde, formas de mesa do brasileiro.
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
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Sucesso nas Ações de Educação Alimentar e
Capítulo 3 Nutricional na Educação Básica
Com isso, os autores esperam que a publicação sirva “para apoiar e estimular
práticas alimentares adequadas e saudáveis no âmbito individual e coletivo, além
de qualificar as ações de educação alimentar e nutricional desenvolvidas nos
serviços de saúde” (BRASIL, 2016a, p. 5).
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
FONTE: <http://www.jovemcientista.org.br/webaulas/
webaula2.html>. Acesso em: 18 jan. 2019.
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Capítulo 3 Nutricional na Educação Básica
2
Construa uma atividade em EAN baseada no
processamento dos alimentos.
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FONTE: A autora
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Justificativa:
( )
Para que os processos comunicativos se deem de forma
transformadora, a formação dos profissionais da área não deve
ultrapassar a simples aquisição de técnicas e instrumentos rígidos
apenas, mas respeitar a cultura e os saberes dos indivíduos que
irão receber aquelas informações já é suficiente.
Justificativa:
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
4 Educação Alimentar E
Nutricional No Currículo Escolar
E Formação Permanente
Como já foi visto, a escola é um ambiente privilegiado para o desenvolvimento
de ações em EAN, uma vez que ela possui a função social de formar cidadãos
críticos sobre diversos assuntos relacionados à vida e à sociedade, dentre eles, à
alimentação e nutrição.
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Capítulo 3 Nutricional na Educação Básica
Algumas Considerações
Nesse capítulo você teve acesso aos marcos teóricos propostos pelo Governo
Federal para servir de base ao desenvolvimento de ações em EAN, mesmo sem
a descrição dos conceitos de todos os temas propostos. Também refletiu sobre
comunicação efetiva e a relevância dela para as ações em EAN, que agora é
tema transversal no currículo da educação básica, representando um avanço para
a área da nutrição e principalmente para a saúde e o futuro das crianças.
Referências
AZEVEDO, Paula Schmidt; PEREIRA, Filipe Welson Leal; PAIVA, Sergio Alberto
Rupp. Água, hidratação e saúde. Sociedade Brasileira de Alimentação e
Nutrição (SBAN). 2016. Disponível em: <http://sban.cloudpainel.com.br/source/
Agua-HidrataAAo-e-SaAde_Nestle_.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2018.
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
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Capítulo 3 Nutricional na Educação Básica
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
MARINHO, Julio Cesar Bresolin; SILVA, João Alberta da; FERREIRA, Maira.
A educação em saúde como proposta transversal: analisando os Parâmetros
Curriculares Nacionais e algumas concepções docentes. História, Ciências,
Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, p. 429-443, 2015.
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