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Nutricional
Profª. Cristina Henschel de Matos
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Profª. Cristina Henschel de Matos
M433e
ISBN 978-65-5663-463-0
ISBN Digital 978-65-5663-464-7
CDD 610
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático Educação
Alimentar e Nutricional, que tem como propósito auxiliar o seu processo de
aprendizagem sobre a ciência da Nutrição, que envolve diferentes conceitos
e práticas.
Este livro servirá como guia para você, futuro nutricionista, saber
como planejar e executar ações de Educação Alimentar e Nutricional em
unidades de ensino e saúde, no consultório, no hospital, em unidades de
alimentação e nutrição e nos demais locais em que o nutricionista pode
atuar. Para tanto, os conhecimentos abordados permitirão uma melhor
compreensão do comportamento e das escolhas alimentares dos indivíduos,
bem como os métodos e as técnicas para a execução de Programas de
Educação Alimentar e Nutricional.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
COMPORTAMENTO E MUDANÇAS
ALIMENTARES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Para conhecer o conceito de comportamento alimentar, quais são as
definições que envolvem o ato de comer e perceber a complexidade que envolve
a avaliação das práticas alimentares, é interessante compreendermos as bases
do comportamento alimentar, necessárias para o desenvolvimento das ações
e atividades de Educação Alimentar e Nutricional (EAN), bem como para a
sua atuação na prática profissional. Além disso, veremos como funciona o
comportamento alimentar de um indivíduo, que, embora seja fundamental, é
extremamente complexo, pois envolve muitas variáveis; portanto, abordaremos
alguns temas pertinentes ao assunto.
2 CONCEITO E DEFINIÇÕES
O comportamento alimentar é determinado por uma série de fatores:
3
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
NOTA
4
TÓPICO 1 — BASES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Conceito Definição
Alimentação Criação histórico-cultural, ligada às relações humanas
mediadas pela comida
Nutrição Ciência da modernidade com foco no estudo dos
nutrientes
Alimento Funções destinadas à formação, ao desenvolvimento
e à manutenção do organismo
Comida Funções nutricionais, mas também culturais e
simbólicas
Fome Necessidade fisiológica de comer sem relação com
um alimento específico, nunca é emocional
Fome hedônica ou Desejo de comer um alimento ou grupo de alimentos
apetite em particular para obter satisfação e prazer
Saciedade Sensação de plenitude gástrica, sem sensação de fome
e com sensação de bem-estar
Práticas alimentares Forma como os indivíduos se alimentam em
diferentes esferas
Motivação alimentar Causa que impulsiona nossa ação de escolher comer
ou não determinado alimento/comida
Escolha alimentar Ato dinâmico que determina o consumo alimentar
Consumo alimentar Ingestão de alimentos
Consumo nutricional Ingestão de energia e nutrientes
Padrão alimentar Análises estatísticas ou matemáticas dos alimentos
como eles são verdadeiramente consumidos
Estrutura alimentar Tipos, horários e regularidade das refeições
Atitude alimentar Crenças, pensamentos, sentimentos, comportamentos
e relacionamentos com os alimentos
Comportamento Ações em relação ao ato de se alimentar, como,
alimentar quando e de que forma comemos
Hábito alimentar Comportamentos aprendidos e repetidos de forma
automática
Tomada alimentar Toda a ingestão de produtos sólidos e líquidos que
têm valor energético
FONTE: Adaptado de Alvarenga et al. (2019)
5
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
E
IMPORTANT
6
TÓPICO 1 — BASES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
7
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
8
TÓPICO 1 — BASES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
3.2.1 Questionário
Provavelmente, um dos instrumentos de coleta de dados mais utilizados
nas pesquisas de comportamento e práticas alimentares, os questionários podem
ser administrados de três formas distintas, como sugere Poulain e Proença (2003):
9
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
10
TÓPICO 1 — BASES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
11
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
DICAS
12
TÓPICO 1 — BASES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
13
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
individuais
objetivadas
observadas
declaradas
Símbolos
Opiniões
Atitudes
Normas
Práticas
Práticas
Práticas
Práticas
Valores
Observação + + + + + +
participante
Observação armada + + +
Questionário +- + + + + + +-
autoadministrado
Questionário por + + + + + + +
entrevista
Entrevistas +- + + + + + +
semiestruturadas
História de vida +- + + + + + +
Tratamento de + + + +
dados secundários
FONTE: Poulain; Proença (2003, p. 374)
14
TÓPICO 1 — BASES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
DICAS
15
Vias de Níveis de observação
entrada Práticas Práticas objetivadas Práticas Práticas Normas Opiniões Atitudes Valores Símbolos
observadas reconstruídas declaradas individuais
As compras Observação Análise dos itens O que você O que você O que O que você Escala de Valores Símbolos
etnográfica do que compõem um comprou na compra? deve ser pensa de atitudes positivos ou associados
ato de compra, carrinho de compras semana passada? comprado? alguém que relativas a negativos às compras
eventualmente num supermercado. compra este práticas de associados alimentares
assistida pelo Análise de alimento? compras às práticas ou aos locais
sistema de vídeo fluxo micro ou de compras de compra
macroeconômico
As práticas Observação Equipamentos O que você Como você Quem deve Cozinhar é? Escalas de Valores Símbolos
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
domésticas etnográfica domésticos. preparou nas X cozinha cozinhar? atitudes positivos ou associados
das práticas Alimentos últimas refeições? determinado relativas negativos às técnicas e
16
domésticas, comprados alimento? a práticas associados aos objetos
eventualmente ou estocados. Onde você domésticas às práticas culinários
assistidas pelo Práticas culinárias compra os domésticas
sistema de vídeo observadas alimentos?
As práticas Observação Análise de restos Desenvolvimento O que você O que Comer entre Escalas de Valores Símbolos
alimentares etnográfica alimentares. do dia alimentar comeu ontem é uma as refeições atitudes positivos ou associados ao
17
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
18
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
19
quem compra um determinado alimento, ou ainda as atitudes relacionadas
com as compras; as práticas domésticas – nessa abordagem, as práticas de
compra, a autoprodução, a preparação e o consumo alimentar, como o que o
indivíduo preparou nas últimas refeições, como ele cozinha um determinado
alimento, o que, para ele, é cozinhar, suas atitudes em relação às práticas
domésticas, seus valores (positivos e negativos) e os símbolos associados às
técnicas e aos objetos culinários; as práticas alimentares de incorporação – com
destaque para o comportamento alimentar, que está associado às práticas à
mesa e suas representações, analisando restos de alimentos, desenvolvimento
do dia alimentar, o que o indivíduo comeu em um determinado período, o
que, para ele, é uma verdadeira refeição, o que é comer entre as refeições,
valores positivos e negativos associados às práticas alimentares e os símbolos
associados ao princípio de incorporação.
20
AUTOATIVIDADE
I- Práticas alimentares.
II- Hábito alimentar.
III- Estrutura alimentar.
IV- Consumo alimentar.
a) ( ) Práticas reconstruídas.
b) ( ) Práticas observadas.
c) ( ) Práticas declaradas espontaneamente.
d) ( ) Opiniões.
e) ( ) Normas e modelos coletivos.
a) Discorra sobre três conceitos relacionados ao ato comer que são capazes de
justificar essa frase.
b) Dê um exemplo da vida cotidiana que representa a frase dita pelo historiador.
22
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Como visto no tópico anteriormente, os conceitos relacionados ao ato de
comer, bem como o seu diagnóstico, envolvem inúmeros fatores. Por isso, existem
vários descritores do comportamento alimentar, categorizados em dimensões
para ajudar a entendermos melhor as práticas alimentares.
23
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
Dimensões
Temporal Momento do dia • Período: manhã
• Período: meio-dia
• Período: noite
Duração Número de minutos
Estrutural Fora das refeições • Número de tomadas
• Tipos de alimentos
Nas refeições • Número de tomadas
• Estruturas: prato principal, salada, arroz,
feijão etc.
Espacial Em local público • Restaurante coletivo
• Restaurante comercial
• Local de trabalho
• Local de estudo
Em uma casa • Pessoal
• De um parente
• De um amigo
Lógica de Pessoal • Oferta fechada
escolha • Oferta aberta
Delegada • A alguém próximo
• A um profissional de cozinha
• A um profissional de saúde
Meio Ausente Sozinho
ambiente Natureza • Amigos
social • Colegas de trabalho
• Parentes
Número • Dupla
• Grupo
• Grande grupo
Posição Em pé • Móvel
corporal • Imóvel
Sentado • Agachado
• Em uma cadeira
• No chão, de pernas cruzadas
Deitado • Com mobilidade
• Sem mobilidade
Maneiras à Modo de pegar o • Dedos
mesa alimento • Talheres
• Outro alimento (pão, folha de alface etc.)
Forma de divisão • Alimento inteiro
• Em pequenos pedaços moídos
Papel de gênero e • Homem, mulher
de idade • Criança, adolescente, adulto, idoso
FONTE: Adaptado de Poulain; Proença (2003)
24
TÓPICO 2 — DIMENSÕES DO COMPORTAMENTO E DAS PRÁTICAS ALIMENTARES
3 ATITUDES ALIMENTARES
NOTA
25
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
3.1.1 Família
Para as crianças, o ato de comer é um evento social, uma vez que elas
dependem da ajuda de pais, irmãos ou parentes para preparar os alimentos. Dessa
forma, a atitude alimentar dos membros da família é um importante preditor
de preferências e aversões alimentares das crianças (DIEZ-GARCIA; CERVATO-
MANCUSO, 2012). Para Lucas (2002), as companhias que frequentemente
26
TÓPICO 2 — DIMENSÕES DO COMPORTAMENTO E DAS PRÁTICAS ALIMENTARES
fazem parte de refeições e lanches tendem a servir como modelo, bem como
seu comportamento e suas reações aos alimentos. Por isso, sempre deve-se
levar em conta o papel da família nesse processo, já que ela é responsável pelo
desenvolvimento, pela educação, pela afetividade, pelo bem-estar, pela proteção
e segurança da criança. A família tem um papel vital na formação de cada sujeito,
e é um elo fundamental entre a criança e a sociedade (MORAES; DIAS, 2012)
3.1.2 Escola
Atualmente, devido à mudança no estilo de vida, a maioria das crianças
passa seus dias em creches e escolas, e, dependendo do tempo que elas permanecem
no estabelecimento de ensino, chegam a fazer cerca de quatro refeições diárias no
local. O Brasil mantém políticas, como o Programa de Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE; BRASIL, 2013a), que abrangem a escola pública, garantindo a
alimentação escolar de acordo com determinados critérios nutricionais, no que
diz respeito à variedade e à qualidade da alimentação. Nesse contexto, a escola
também participa da formação do comportamento alimentar infantil, na medida
em que a criança também molda seu comportamento espelhando-se em amigos e
professores (LUCAS, 2002; VITOLO, 2003).
3.1.3 Mídia
Sabe-se que um dos principais fatores que tem induzido famílias e, em
especial, as crianças e os adolescentes a realizarem mudanças no comportamento
alimentar são a mídia, as propagandas e o número de horas que as famílias
passam em frente à televisão (MORAES; DIAS, 2012; MOMM; HOFELMANN,
2014). Ao longo do tempo, toda a exposição da criança aos meios de comunicação
acaba influenciando no consumo de alimentos, que nem sempre são saudáveis
– além disso, o tempo excessivo de exposição contribui para o sedentarismo e
para a alteração do estado nutricional. Para Diez-Garcia e Cervato-Mancuso
(2012), outro aspecto importante que envolve os meios de comunicação e o
27
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
28
TÓPICO 2 — DIMENSÕES DO COMPORTAMENTO E DAS PRÁTICAS ALIMENTARES
Categoria Fatores
Relacionados ao alimento Sabor, aparência, valor nutricional,
qualidade e higiene, cheiro, textura,
variedade, preço, origem, familiaridade
Relacionados Fatores físicos Odor, iluminação, conforto, limpeza,
ao ambiente localização, opções disponíveis,
presença de pessoas conhecidas e
distrações do ambiente
Fatores socioculturais Família, pares, mídia e cultura local
Relacionados Biológicos Fisiológicos, patológicos, genéticos,
ao comedor preferências alimentares, idade, sexo
e estado nutricional
Socioeconômicos Renda familiar, escolaridade e preço
Antropológicos e Crenças, emoções, expectativas e
psicológicos experiências positivas ou negativas
FONTE: Alvarenga et al. (2019, p. 40)
30
TÓPICO 2 — DIMENSÕES DO COMPORTAMENTO E DAS PRÁTICAS ALIMENTARES
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UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
32
TÓPICO 2 — DIMENSÕES DO COMPORTAMENTO E DAS PRÁTICAS ALIMENTARES
E
IMPORTANT
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UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
DICAS
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
35
AUTOATIVIDADE
Joana tem 23 anos, é solteira e mora com os pais em uma pequena cidade do
interior de Santa Catarina. Joana trabalha como secretária de um consultório
odontológico durante o dia e estuda Direito à noite. Sua rotina pode ser
resumida em: ela acorda 6h30min da manhã, se arruma e vai para o consultório,
às 10h toma café com leite e come um pão com margarina; durante toda a
manhã, tem o hábito de chupar balas; às 12h30min, ela sai para almoçar, por
30 minutos, com as amigas no restaurante por quilo em frente ao consultório;
Joana volta para o trabalho e fica até às 17h30min; ao sair, vai direto para casa,
janta com seus pais e, às 18h45min, pega o ônibus para a faculdade; na hora
do intervalo, Joana e seus amigos comem um lanche na cantina; ela volta para
casa às 22h30min, toma um copo de leite e vai dormir.
MUDANÇAS ALIMENTARES
1 INTRODUÇÃO
Tomando como base a forma como a população mudou nas últimas
décadas e o quanto a tecnologia avançou, da mesma maneira que aumentou a
expectativa de vida e o acesso aos alimentos, também aumentou o número de
doenças crônicas e sedentarismo. Muitos acreditam que essas mudanças têm
relação com a saúde da população.
39
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
DICAS
DICAS
40
TÓPICO 3 — MUDANÇAS ALIMENTARES
3 CONTEXTO SOCIAL
A condição socioeconômica e o nível de escolaridade da população têm
relação direta com o seu consumo e explica as atuais mudanças alimentares da
população brasileira.
41
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
10
9
8
7
6
5
42
TÓPICO 3 — MUDANÇAS ALIMENTARES
DICAS
Maia et al. (2017) argumentam que estudos realizados nos últimos anos
mostram que os alimentos anunciados na mídia apresentam baixa qualidade
nutricional, geralmente de alto valor calórico e contendo elevada quantidade de
gorduras, açúcares e sódio, bem como a utilização de estratégias publicitárias
destinadas a explorar populações mais vulneráveis, como o uso de personagens
de desenhos animados e anúncios destinados ao público infantil.
DICAS
44
TÓPICO 3 — MUDANÇAS ALIMENTARES
DICAS
45
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
DICAS
Embora ainda não haja muitos estudos sobre o tema, atualmente, a internet,
representada pelas mídias e redes sociais, tornou-se um importante disseminador
de conteúdo. Os influenciadores digitais e “youtubers mirins” (vlogueiros) estão
cada vez mais populares no Brasil, principalmente entre crianças e adolescentes.
Esse fenômeno é tão ou mais preocupante que a influência das publicidades
“formais” no consumo alimentar dessa população, uma vez que esses indivíduos
passam o dia mostrando sua rotina, viagens, passeios e compras, estimulando
desejo e hiperconsumo, na maioria das vezes, sem nenhum tipo de controle por
partes dos pais.
46
TÓPICO 3 — MUDANÇAS ALIMENTARES
47
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
alimentos, o que pode repercutir na escolha por uma alimentação mais prática
e com maior participação de alimentos ultraprocessados (CLARO et al., 2016;
DIEZ-GARCIA; CERVATO-MANCUSO, 2012).
DICAS
48
TÓPICO 3 — MUDANÇAS ALIMENTARES
49
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
DICAS
DICAS
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TÓPICO 3 — MUDANÇAS ALIMENTARES
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UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
52
TÓPICO 3 — MUDANÇAS ALIMENTARES
LEITURA COMPLEMENTAR
53
UNIDADE 1 — COMPORTAMENTO E MUDANÇAS ALIMENTARES
54
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
55
• As transformações sociais resultaram em mudanças no padrão de saúde e
no estado nutricional da população brasileira. Segundo dados da Vigitel, em
2019, os percentuais de obesidade passaram de 11,8%, em 2006, para 20,3%,
em 2019, e os percentuais de excesso de peso estão em 55,4%. Por outro lado,
uma reação aos resultados encontrados nos últimos anos é ocorrência de um
deslocamento de foco para a mudança de estilo de vida, já que a má alimentação
e o aumento do sedentarismo contribuem significativamente para o aumento
da morbidade, da mortalidade e da incapacidade da população brasileira.
Diante desse quadro, reforça-se a importância do nutricionista como promotor
de saúde, fortalecendo a educação alimentar e nutricional como instrumentos
de mudança.
CHAMADA
56
AUTOATIVIDADE
57
FONTE: <https://www.reportercapixaba.com.br/comer-fora-de-casa-consome-um-terco-
-das-despesas-das-familias-com-alimentacao/>. Acesso em: 19 mar. 2021.
58
4 A agricultura familiar é aquela em que a propriedade, a gestão e a maior
parte do trabalho são compartilhadas por pessoas que mantêm vínculos de
parentesco. Representa a maior parte dos estabelecimentos agropecuários
do Brasil, respondendo por parte importante da oferta de alimentos e
apresentando enorme potencial de oferecer qualidade e diversidade. O
fenômeno da urbanização, ocorrido nos últimos anos, põe em risco esse
tipo de agricultura, que recebe cada vez menos estímulos do governo
quando comparado com o agronegócio (INSTITUTO IBIRAPITANGA,
2018). Assinale a alternativa que melhor representa a consequência deste
contexto.
59
60
REFERÊNCIAS
ABREU, E. S. et al. Alimentação mundial – uma reflexão sobre a história. Saúde
e Sociedade, v. 10, n. 2, p. 3-14, 2001.
61
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia Alimentar
para a População Brasileira: promovendo a alimentação saudável. Ministério da
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014b.
62
FISBERG, M. R. et al. Inquéritos alimentares – Métodos e Bases Científicos. São
Paulo: Manole, 2005.
63
INSTITUTO IBIRAPITANGA. 10 questões sobre alimentação no Brasil de
hoje. Petrópolis: Instituto IBIRAPITANGA, 2018. Disponível em: https://
www.ibirapitanga.org.br/wp-content/uploads/2019/06/Ibi_Relat%C3%B3rio_
alimenta%C3%A7%C3%A3o_online%C6%92.pdf. Acesso em: 24 out. 2020.
64
OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Dieta, Nutricion y
prevención de enfermidades crónicas. Genebra: OMS; 1990. n. 797. 228p. Série
de Informes Técnicos.
65
SILVEIRA, C. L. N. W.; HENN, R. L.; GONÇALVES, T. R. Alimentação saudável
na infância: representações sociais de famílias e crianças em idade escolar.
Aletheia, v. 52, n. 2, p. 80-96, 2019.
66
UNIDADE 2 —
FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO
E EDUCAÇÃO ALIMENTAR
NUTRICIONAL (EAN) E
PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE
NORTEIAM A EAN
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
67
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
68
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
NOTA
Por fim, veremos os três tipos de planejamento que tornam o ensino mais
eficiente: plano de curso, plano de unidades didáticas e plano de aula. Ainda nesse
contexto, serão apresentados exemplos de planejamentos com seus respectivos
elementos para ajudar na compreensão de como aplicá-los nas atividades práticas.
2 ELEMENTOS DIDÁTICOS
“A educação é inerente à vida e assim o é também a educação alimentar”
(BOOG, 2013, p. 23). Segundo Nereci (1971, apud TURANO; ALMEIDA, 1999a,
p. 79), “[...] a educação é um processo que visa capacitar o indivíduo para agir
conscientemente diante de situações novas da vida, com o aproveitamento
de experiência anterior, segundo as necessidades de cada um, a fim de serem
atendidos, integralmente, o indivíduo e a coletividade”.
69
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
70
TÓPICO 1 — CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE EDUCAÇÃO
A didática pode ser dividida em duas áreas distintas: a didática geral, que
estuda os princípios, as técnicas e as normas que regulamentam qualquer tipo de
ensino, para qualquer tipo de aluno; e a didática especial, que estuda a aplicação
dos princípios da didática geral no ensino de diversas disciplinas, bem como nos
diferentes níveis de ensino (PILETTI, 2004).
71
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
DICAS
3 MOMENTOS DIDÁTICOS
A ação didática do processo de ensino é composta por etapas/momentos
distintos, que representam a dinâmica para o funcionamento dos elementos
didáticos: planejamento, execução e verificação da aprendizagem.
3.1 PLANEJAMENTO
Para Libâneo (2017), o planejamento é uma atividade essencial para
orientar a tomada de decisão do educador em relação às situações de ensino-
aprendizagem, tendo em vista alcançar melhores resultados. Para tanto, é
73
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
74
TÓPICO 1 — CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE EDUCAÇÃO
3.2 EXECUÇÃO
É a dinâmica propriamente dita do ensino, compreende a motivação e
a direção da aprendizagem, a elaboração e a apresentação do conteúdo. Como
elementos fundamentais da execução, temos a linguagem didática, os métodos e
as técnicas de ensino e o material didático. É o caso mais dinâmico do ensino, pois
logo passa ser refletido e elaborado pelo educando, havendo compartilhamento
de conhecimento entre educador e educando, e impactando no processo de
ensino-aprendizagem (TURANO; ALMEIDA, 1999b). Para Turano e Almeida
(1999b), a execução didática passa por quatro etapas:
75
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
76
TÓPICO 1 — CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE EDUCAÇÃO
77
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
Segundo Conceição et al. (2019, p. 8), “[...] para que um plano de aula
seja considerado adequado deve seguir alguns princípios, como: Coerência e
unidade; Continuidade e sequência; Flexibilidade; Objetividade e funcionalidade
e a Precisão”. Como o planejamento requer que se pense no futuro, é formado,
78
TÓPICO 1 — CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE EDUCAÇÃO
Turano e Almeida (1999b) sugerem alguns tipos de aula que podem ser
utilizadas como estratégias na execução da didática e devem ser colocadas no
planejamento:
79
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
80
TÓPICO 1 — CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE EDUCAÇÃO
DICAS
81
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A didática nada mais é que uma agenda de trabalho que deve fazer parte do
dia a dia dos profissionais, e que o ser didático organiza suas ações. Quando a
ação cotidiana se transforma em uma ação educativa, ela exige planejamento.
Os elementos e momentos didáticos fazem parte dessa ação.
82
• O plano de curso é dividido em dois momentos, vertical (objetivo carga
horária e avaliação final) e horizontal, sendo que este último está relacionado
às unidades. O plano de unidades envolve as seguintes partes: preparação/
apresentação (sistematização, desenvolvimento, concretização dos objetivos),
desenvolvimento (ação do aluno e do professor) e integração (revisão para
observar se o processo está integrado).
83
AUTOATIVIDADE
I- Sentido psicológico.
II- Sentido lógico.
III- Evidenciar o fundamental.
IV- Ritmo.
V- Participação e discussão.
VI- Fontes de informação.
85
5 A avaliação de aprendizagem é parte fundamental do processo de ensino-
aprendizagem e, na maioria das vezes, exige técnicas e instrumentos que
possam melhor avaliar se os objetivos da ação educativa realmente foram
alcançados, motivar os educandos e auxiliá-los a fixar o conteúdo e melhorar
a aprendizagem. Diante desse contexto, discorra sobre duas formas de
avaliação que podem ser utilizadas em uma ação educativa voltada para
gestantes em um curso pré-natal.
86
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, conheceremos a história da Educação Alimentar e Nutricional
(EAN) no Brasil, como seu conceito foi construído e sua evolução no decorrer das
décadas.
2 CONCEITO
No Brasil, a adoção de um conceito de EAN precisou considerar a evolução
histórica, social e política da nutrição, bem como os diferentes campos de saberes
que a envolvem. Nesse sentido, o Marco de Referência de EAN para Políticas
Públicas, instituído em 2012, estabeleceu o seguinte conceito:
87
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
88
TÓPICO 2 — A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO BRASIL
89
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
DICAS
90
TÓPICO 2 — A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO BRASIL
“Em 1954, no Programa de ajuda alimentar ‘Food for peace’, foi incluído o
tabaco para ser distribuído aos países em vias de desenvolvimento. O Ministério
da Agricultura dos EUA expedia, anualmente, dez milhões de dólares de tabaco
como quota destinada aos países que sofriam fome” (BOOG, 2012, p. 69, apud
COSTA, 1963).
91
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
DICAS
92
TÓPICO 2 — A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO BRASIL
No início dos anos 2000, foi implementado o Programa Fome Zero (PFZ),
uma política pública de combate à fome, instituída no governo de Luiz Inácio Lula
da Silva, com o objetivo de promover a segurança alimentar dos brasileiros. Para
tanto, tinha como proposta atuar em três frentes: a elaboração de um conjunto
de políticas públicas; a construção participativa de uma Política Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional; e a realização de um grande mutirão contra
a fome (RIBEIRO, 2006).
93
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
94
TÓPICO 2 — A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO BRASIL
95
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
DICAS
96
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Na história da EAN no Brasil, desde quando ela surgiu como um dos pilares de
programas governamentais de proteção ao trabalhador, nos anos de 1940, passando
pelas décadas de 1950 e 1960, quando suas ações eram voltadas a estimular o
consumo de alimentos excedentes, principalmente dos Estados Unidos, pela década
de 1960, quando houve a redução de publicações e a substituição do paradigma
social pelo paradigma técnico; já em 1970, com os resultados do Estudo Nacional
de Despesa Familiar (ENDEF), o binômio alimentação/educação é substituído pelo
binômio alimentação/renda, a EAN é acusada de ser uma estratégia para ensinar
pobres a “apertar o cinto sem doer”, sofrendo rejeição e passando cerca de duas
décadas ausente de programas de saúde pública.
I- Educação nutricional.
II- Orientação nutricional.
99
5 O interesse pela EAN surgiu na década de 1940, como um dos pilares de
Programas da Saúde do Trabalhador, com o intuito de levar melhorias
significativas. Nas duas décadas seguintes, teve como principal função
atender aos interesses econômicos do mercado nacional e internacional,
mas, a partir da década de 1970, passou por grandes modificações e foi
esquecida como área e chegando, inclusive, a sofrer preconceito. Cite e
comente o motivo que levou a educação nutricional a permanecer ausente
dos programas de saúde pública durante duas décadas.
100
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, conheceremos mais sobre a história do principal instrumento
da EAN no Brasil, o Guia Alimentar para a População Brasileira (GAPB) e como as
políticas públicas atuais influenciam e são influenciadas pela EAN.
2 GUIAS ALIMENTARES
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e
a Agricultura (FAO, 2007), os Guias Alimentares Baseados em Alimentos (GABA)
são instrumentos que expressam os princípios da alimentação e da nutrição por
mensagens práticas, com o intuito de informar e educar a população, bem como
guiar as políticas públicas de alimentação e nutrição, saúde e agricultura.
101
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
DICAS
Para conhecer melhor os guias alimentares dos diferentes países, acesse o site
da FAO: http://www.fao.org/nutrition/education/food-dietary-guidelines/regions/en/.
102
TÓPICO 3 — POLÍTICAS PÚBLICAS QUE NORTEIAM A EUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL (EAN) NO BRASIL
103
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
DICAS
104
TÓPICO 3 — POLÍTICAS PÚBLICAS QUE NORTEIAM A EUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL (EAN) NO BRASIL
DICAS
Para conhecer o ícone proposto por Geraldi et al. (2017), acesse: https://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732017000100137.
105
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
DICAS
106
TÓPICO 3 — POLÍTICAS PÚBLICAS QUE NORTEIAM A EUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL (EAN) NO BRASIL
107
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
108
TÓPICO 3 — POLÍTICAS PÚBLICAS QUE NORTEIAM A EUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL (EAN) NO BRASIL
VIII- Intersetorialidade
Compreende-se intersetorialidade como uma articulação dos distintos
setores governamentais, de forma que se corresponsabilizem pela garantia
da alimentação adequada e saudável. O processo de construção de ações
intersetoriais implica a troca e a construção coletiva de saberes, linguagens e
109
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
práticas entre os diversos setores envolvidos com o tema, de modo que nele se
torna possível produzir soluções inovadoras quanto à melhoria da qualidade da
alimentação e vida. Nesse processo, cada setor poderá ampliar sua capacidade
de analisar e de transformar seu modo de operar, a partir do convívio com a
perspectiva dos outros setores, abrindo caminho para que os esforços de todos
sejam mais efetivos e eficazes.
110
TÓPICO 3 — POLÍTICAS PÚBLICAS QUE NORTEIAM A EUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL (EAN) NO BRASIL
Diante desse contexto, nota-se que as ações de EAN são parte integrante
das políticas públicas atuais e dão suporte para a produção de instrumentos e
materiais educativos que fomentem escolhas alimentares mais saudáveis, bem
como para os processos educativos desenvolvidos nos serviços e espaços públicos
(HENRIQUES et al., 2018).
• Setor público:
ᵒ federal;
ᵒ estadual;
ᵒ municipal;
ᵒ local;
ᵒ regional.
• Áreas:
ᵒ saúde;
ᵒ assistência social;
ᵒ segurança alimentar e nutricional;
ᵒ educação;
ᵒ agricultura;
ᵒ desenvolvimento agrário;
ᵒ abastecimento;
ᵒ meio ambiente;
ᵒ esporte e lazer;
ᵒ trabalho;
ᵒ cultura.
• Equipamentos públicos:
ᵒ saúde: pontos da Rede de Atenção à Saúde, como Unidades Básicas de
Saúde, que contam com Equipes de Atenção Básica (Saúde da Família ou
tradicional, NASFs), academias da saúde, ambulatórios, hospitais, unidades
de vigilância em saúde;
ᵒ assistência social: CRAS, CREAS, Centros de Convivência, Acolhimento
Institucional de Criança e Adolescentes, Acolhimento Institucional de
População de Rua, Plantão Social, Centro Comunitário, Conselho Tutelar,
instituição de longa permanência de idosos, entre outros;
ᵒ SAN: restaurantes populares, bancos de alimentos, cozinhas comunitárias,
Central de Abastecimento Municipal, feiras, Centros de Referência em SAN;
ᵒ educação: escolas, creches, universidades, restaurantes universitários;
ᵒ esporte e lazer: centros desportivos e de recreação, áreas de lazer e clubes;
ᵒ trabalho: empresas do Programa de Alimentação do Trabalhador e centros
de formação;
ᵒ ciência e tecnologia: centros vocacionais tecnológicos;
ᵒ abastecimento: Ceasas, feiras, mercados e sacolões;
ᵒ cultura: pontos de cultura e outras formas de fomento às atividades culturais.
111
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
• Sociedade:
ᵒ entidades e organizações: comunitárias, profissionais, religiosas,
socioassistenciais, associações e cooperativas de produtores rurais,
associações de consumidores, bombeiros e polícia militar;
ᵒ instituições de ensino e formação: escolas técnicas e tecnológicas e
universidades;
ᵒ sistema S: SESC, SESI, SENAI e SENAC.
• Setor privado:
ᵒ meios de comunicação;
ᵒ setor publicitário;
ᵒ setor varejista de alimentos;
ᵒ setor de alimentação fora de casa;
ᵒ indústrias;
ᵒ empresas produtoras de refeições coletivas e suas associações;
ᵒ empresas participantes do Programa de Alimentação do Trabalhador;
ᵒ associações de restaurantes, bares, hotéis;
ᵒ associações da indústria de alimentos;
ᵒ unidades de alimentação e nutrição.
112
TÓPICO 3 — POLÍTICAS PÚBLICAS QUE NORTEIAM A EUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL (EAN) NO BRASIL
LEITURA COMPLEMENTAR
113
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO E ED. ALIM. NUTRI. (EAN) E PROGRAMAS E POLÍTICAS QUE NORTEIAM A EAN
114
TÓPICO 3 — POLÍTICAS PÚBLICAS QUE NORTEIAM A EUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL (EAN) NO BRASIL
115
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
116
diferentes naturezas; a comida e o alimento como referências: valorização da
culinária enquanto prática emancipatória; a promoção do autocuidado e da
autonomia; educação enquanto processo permanente e gerador de autonomia
e participação ativa e informada dos sujeitos; a diversidade dos cenários de
prática; intersetorialidade; planejamento, avalição e monitoramento das ações.
CHAMADA
117
AUTOATIVIDADE
118
a) ( ) Optar por empresas e indústrias que tenham grande poder financeiro
para realizar as ações de EAN, para que elas sejam bem estruturadas e
abranjam grande parte da população.
b) ( ) Estabelecer parcerias com organizações que tenham suas atividades
pautadas pelos princípios do Marco de Referência, além de ética e
moralidade.
c) ( ) Obter o apoio de empresas que, mesmo que possuam interesses
comerciais, tenham ações com origem prática e atendam aos princípios
definidos pelas políticas públicas.
d) ( ) O desenvolvimento das ações deve ser coordenado por um nutricionista
que tenha vínculo com o governo do Estado ou do município.
e) ( ) Os vínculos estabelecidos com empresas e indústrias, para a realização
das ações de EAN junto à sociedade civil, devem ser supervisionadas pelo
governo federal e por entidades de classe.
119
120
REFERÊNCIAS
AHMED, S.; DOWNS, S.; FANZO, J. Advancing an Integrative Framework to
Evaluate Sustainability in National Dietary Guidelines. Front. Sustain. Food
Syst., v. 3, n. 76, p. 1-20, 2019.
121
BRASIL. Regulando os conflitos de interesses públicos e comerciais em
nutrição e saúde coletiva. World Nutrition Rio 2012: Relatório de atividades do
Grupo de Trabalho. Rio de Janeiro, 2012b.
122
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática docente. 19.
ed. São Paulo: Paz e Terra; 1996.
PILETTI, C. Didática Geral. 23. ed. São Paulo: Editora Ática; 2004.
123
SOUZA, J. G. Dimensões contextuais na atuação da política: Marco de
Referência da Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas.
2018, 110 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação
em Educação, Centro de Ciências da Educação, Artes e Letras, Universidade
Regional de Blumenau, Blumenau, 2018.
124
UNIDADE 3 —
PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO
DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO
ALIMENTAR E NUTRICIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
125
126
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Com o conhecimento a respeito dos conceitos de educação, dos elementos
e dos momentos didáticos, é hora de aplicá-lo para elaborar uma ação ou projeto
de Educação Alimentar e Nutricional (EAN). Para tanto, alguns conceitos gerais de
educação e didática serão resgatados e, em seguida, adaptados e complementados
para a EAN.
2 PLANEJAMENTO
É comum a percepção de que todos têm sempre algo a falar sobre
alimentação, seja em casa, na rua, na academia ou no consultório; há sempre uma
nova receita, uma dieta milagrosa ou várias dúvidas sobre o assunto. Situações
como essas geram inúmeras oportunidades para promover a alimentação
saudável, mas, para tanto, é fundamental conhecer o papel que o ato de comer tem
127
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
128
TÓPICO 1 — CONCEPÇÃO DE UM PROJETO DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
129
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
E
IMPORTANT
130
TÓPICO 1 — CONCEPÇÃO DE UM PROJETO DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
• Objetivo geral: indica o propósito de uma atividade mais ampla (consultar lista
de verbos da Unidade 2). É redigido em termos de quem pretende a mudança
e não em termos de população-alvo. Ele é amplo, complexo e atingido a longo
prazo. Exemplo: Incentivar as nutrizes a adotarem práticas de amamentação
exclusiva adequadamente.
• Objetivo específico: indica o propósito da atividade da maneira mais precisa
possível. O cumprimento dos objetivos específicos leva ao objetivo geral – para
tanto, convém que um plano ou programa de EAN contenha:
ᵒ Inclusão de um comportamento – por exemplo, ingerir, listar, explicar,
elaborar, entre outros.
ᵒ Referência há um objeto ou conteúdo – por exemplo, “citar... o quê?”/“ingerir...
o quê?”.
ᵒ Demonstração, sempre que possível, da situação e adequação do
comportamento desejado – por exemplo, citar pelo menos três vantagens do
aleitamento materno.
ᵒ Para cada situação desejada, redigir pelo menos um objetivo específico para
cada nível de mudança do comportamento: cognitivo, habilidade e atitude
– por exemplo, citar três vantagens do aleitamento materno (cognitivo);
elaborar cartazes indicando a posição correta para amamentar (habilidade);
amamentar seu filho exclusivamente com leite materno até o 6º mês de vida.
• objetivos propostos;
• interesses e necessidades da população-alvo;
• nível de conhecimento da população-alvo;
• temas abordados:
ᵒ relevantes – despertar a conscientização, incentivar a organização social, a
linguagem participativa e facilitar o desenvolvimento de práticas saudáveis;
ᵒ motivacionais – apresentar as vantagens dos objetivos propostos;
ᵒ informativos – noções de nutrição contidas em referenciais teóricos como o
Guia Alimentar para a População Brasileira;
• conhecimento do educador.
131
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
• Recursos humanos:
ᵒ professor – a maior fonte de estímulo para o aluno; deve apresentar
conhecimento, habilidade para ensinar, sociabilidade e liderança;
ᵒ alunos – muitas atividades são em equipe, o que exige a colaboração e a
união de todos, havendo a intervenção direta ou indireta dos alunos, como
em debates e seminários;
ᵒ comunidade – pais, profissionais e autoridades podem tornar-se fonte de
conhecimento e auxiliar o professor no processo de ensino-aprendizagem.
• Recursos materiais:
ᵒ naturais – natureza e os alimentos (frutas, hortaliças, cereais);
ᵒ ambiente – visuais e auditivos (tudo que está disponível para a realização da
atividade no local escolhido);
ᵒ comunidade – biblioteca, exposições e supermercados.
• custo;
• acessibilidade;
• facilidade e praticidade de uso;
• credibilidade;
• participação da comunidade;
• difusão da mensagem no tempo;
• relação com os objetivos de intervenção.
132
TÓPICO 1 — CONCEPÇÃO DE UM PROJETO DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
133
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
134
TÓPICO 1 — CONCEPÇÃO DE UM PROJETO DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
3 IMPLEMENTAÇÃO
Fase que corresponde à produção de materiais, ao treinamento dos
agentes de execução e à execução da intervenção propriamente dita. É nela que
os materiais de apoio serão elaborados e confeccionados em pequena e grande
escala. É muito importante que, antes de colocar as mensagens em prática, elas
sejam cuidadosamente avaliadas, considerando cinco características: atenção,
compreensão, credibilidade, pertinência e aceitabilidade; caso seja necessário,
elas podem ser redefinidas (CERVATO-MANCUSO, 2012).
135
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
DICAS
4 AVALIAÇÃO
A avaliação é a análise crítica, objetiva e sistemática dos resultados do
projeto, que pode ter caráter participativo, isto é, terá participação ativa dos
principais envolvidos na intervenção: os promotores, os comunicadores e a
própria população. Em todo o programa de educação nutricional, é importante
que as avaliações sejam realizadas sistematicamente, mesmo que de maneira
simples (CERVATO-MANCUSO, 2012).
NOTA
Para que uma atividade educativa tenha mais chance de sucesso, é preciso
seguir uma sequência lógica, por isso todas as etapas são importantes, desde o levantamento
das necessidades do educando, planejamento das atividades, implementação e avaliação.
137
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Metodologia
O material se apresentava fixado ao quadro escolar e se constituía de três
cartazes de papel escolar carmim coloridos, das cores verde, amarelo e
vermelho, fazendo alusão ao semáforo e seus significados, com dimensões de
48 cm e 66 cm. O cartaz verde continha imagens de alimentos saudáveis, isto é,
frutas, verduras e legumes, comparando-os à cor verde do semáforo em que se
tem liberdade de acesso, ilustrando aos alunos e enfatizando que tais alimentos
devem ser consumidos todos os dias em quantidade adequada, destacando sua
importância e seus benefícios para o desenvolvimento e saúde das crianças.
O cartaz amarelo continha ilustrações de alimentos com os quais, como no
semáforo, deve-se ter atenção, destacando que eles podem ser consumidos com
moderação e os fatores que fazem com que se enquadrarem nessa categoria. Tais
alimentos são pães, massas, laticínios e carnes vermelhas. O cartaz vermelho
continha ilustrações de alimentos que, como comparado a cor do semáforo,
precisam ser evitados por conta dos malefícios que eles podem causar, embora
o consumo não seja proibido. Tais alimentos são os produtos industrializados,
138
TÓPICO 1 — CONCEPÇÃO DE UM PROJETO DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
doces e fast food. Após a explicação, foram entregues, aos alunos, ilustrações dos
alimentos elucidados durante a apresentação, sendo solicitado que colorissem
cada alimento de acordo com a categoria correspondente. Nesse momento,
foram identificadas e sanadas suas dúvidas.
Resultados e discussão
Os universitários iniciaram sua apresentação aos alunos e explicaram o
objetivo da visita e a atividade a ser realizada, buscando vínculo e desinibição.
A atividade empregou linguagem acessível ao público, apoderando-se de
materiais visuais, com perfil lúdico e atrativo. Utilizando a metodologia do
semáforo, explicando às crianças a correlação entre suas cores, a frequência
do consumo e o quão saudável são determinados alimentos, foi perceptível
uma rápida assimilação, compreendendo o princípio básico da atividade. Os
alunos demonstraram grande interesse na atividade e concentração para fixar
o conteúdo e repetição com as acadêmicas sobre o assunto abordado quando
questionados.
Durante a realização da ação, buscou-se promover diálogo a partir de
perguntas, proporcionando a percepção dos hábitos alimentares dos alunos,
ocasionando, assim, comparações quanto ao conteúdo explanado e suas
práticas, o que resultou na reflexão individual sobre o assunto. A atividade
foi finalizada com perguntas de fixação e avaliação do conteúdo adquirido,
como: “Quais alimentos podem se enquadrar no semáforo verde, amarelo e
vermelho?”, “Quais devem ser consumidos em maior quantidade?”, “Quais
devem ser consumidos com atenção?”, “Quais devem ser consumidos com
maior moderação?”, “Quais benefícios temos ao consumir os alimentos que
estão no semáforo verde?”, entre outras.
DICAS
139
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
140
contribuir para a ampliação do repertório de informações, desenvolvimento de
habilidades e a autonomia para escolhas conscientes; exercitar a escuta ativa;
evitar falas preconceituosas e abordagens normativas e autoritárias e procurar
garantir a sustentabilidade das ações.
141
AUTOATIVIDADE
143
144
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, conheceremos as diferentes técnicas de abordagem para
realização de uma ação de EAN, divididas em ações individuais ou em grupo,
bem como os principais recursos didáticos que podem ser utilizados.
145
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
• Fazer observações, e não avaliações: limitar nossas descrições ao que pode ser
percebido (visão audição, sabor, cheiro, toque), observação da comunicação
não verbal. Procurar não julgar ou criticar – por exemplo, em vez de dizer
“Você errou em não comer mais vegetais essa semana” (julgamento/avaliação),
deve-se afirmar “Você só comeu vegetais em duas refeições essa semana”
(observação).
• Expressar sentimentos, e não pensamentos: alguns pensamentos mascarados
de sentimentos não são úteis na expressão da empatia, como: “Eu sinto que
isto é inadequado” – o “sentir”, nesse caso, foi empregado com uma conotação
de pensamento.
• Identificar necessidades, e não estratégias. A diferença entre necessidades
humanas e as estratégias para encontrar essas necessidades é crucial na
CNV – por exemplo, as seguintes frases não são necessidades: “eu preciso
que você pare no supermercado” e “eu preciso treinar todos os dias”, mas
sim, estratégias para as necessidades.
• Fazer pedidos, e não demandas: ao ter clareza das necessidades, é importante
confirmar sua compreensão ou concordar com uma ação, por exemplo: “Você
pode me contar o que me ouviu falar?”.
146
TÓPICO 2 — TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
De acordo com Knapp et al. (2013, apud ALVARENGA et al., 2019, p. 180),
a comunicação não verbal usada pelo nutricionista durante o aconselhamento
nutricional ou dietético também pode expressar muito sobre como o profissional
conduz a consulta, podendo ser dividida em:
147
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
UNI
2.1.2.1 Perguntar
Normalmente, o atendimento nutricional começa com uma pergunta de
motivação, que irá direcionar a conduta, portanto, ela deve ser clara e objetiva. É
muito importante que se avalie a forma como essa questão será abordada, pois
pode servir de motivação ou dificultar a mudança de comportamento. Existem
dois tipos de perguntas: as abertas e as fechadas. As fechadas dão possibilidades
de respostas ilimitadas e, em sua maioria, são respondidas com sim ou não,
ou ainda com apenas uma palavra – por exemplo: “Quantas frutas você come
por dia?” e “Já fez alguma dieta?”. Nas perguntas abertas, dá-se ao paciente a
oportunidade de contar um pouco da experiência e percepção – por exemplo:
“O que o fez perceber que algo não ia bem com sua alimentação?” e “Como você
começou a se incomodar com seu peso?”.
148
TÓPICO 2 — TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Para Alvarenga et al. (2019), não existe pergunta certa ou errada, mas a
maioria dos profissionais de saúde opta por perguntas fechadas, o que dificulta
o processo de vínculo e motivação do paciente. Outro aspecto importante nas
perguntas abertas é utilizar menos “por que”, que implica julgamento, e mais
“como” e “o que”. O Quadro 2 apresenta as diferenças na forma de elaborar as
perguntas abertas.
2.1.2.2 Escutar
Escutar não é o mesmo que ouvir. Seu significado, no dicionário, é ouvir
prestando atenção ou prestar atenção ou dar atenção a algo; resumindo, todos os
três significados têm relação com atenção. Alguns outros termos são utilizados,
como escuta ativa e escuta terapêutica, escuta compreensiva e escuta qualificada
(ALVARENGA et al., 2019). A escuta terapêutica é um método que visa a
incentivar uma melhor comunicação e compreensão das preocupações pessoais,
é ativo e dinâmico, exigindo esforço por parte do ouvinte, que busca identificar os
aspectos verbais e não verbais da comunicação (MESQUITA; CARVALHO, 2014).
149
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
2.1.2.3 Responder
Outro aspecto importante do atendimento nutricional é a resposta, que
também pode influenciar nas percepções e nos dados do nutricionista. Alguns
profissionais ouvem mais que perguntam, enquanto outros mais perguntam
que informam; essas características refletem o tipo de informação, que, segundo
Rollnick, Miller e Butler (2009, apud ALVARENGA et al., 2019, p. 189), se dividem
em três estilos:
150
TÓPICO 2 — TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
2.1.2.4 Informar
O foco do informar não deve ser somente transmitir informações, mas
precisa interagir e a linguagem, o teor e o tipo de informação devem ser ajustados
de acordo com a conversa com o paciente. Existem várias maneiras de informar:
pedindo permissão, oferecendo opções e conversando sobre o que os outros
fazem; o Quadro 4 mostra alguns exemplos que podem ajudar principalmente no
caso de pacientes mais resistentes a mudanças (ALVARENGA et al., 2019).
151
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
DICAS
152
TÓPICO 2 — TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
• Preparação para a ação: estágio que pode causar certa ansiedade no cliente
que não está acostumado a aventar estratégias próprias para solucionar seus
problemas. Algumas barreiras devem ser rompidas, a fim de que o cliente
tome decisões quanto a como realizar os objetivos e as ações. A existência de
um feedback autêntico, por meio de elogios, pode ser um elemento constitutivo
da boa relação cliente-conselheiro. Como resultado final do aconselhamento, o
cliente fará planos para corrigir o problema, lembrando que as duas primeiras
fases foram interrogativas para ele. Esta etapa de formulação da solução pode
exigir tempo, disciplina e paciência. É importante ressaltar a necessidade
de uma avaliação conjunta, pelo nutricionista e pelo cliente, das estratégias
selecionadas para enfrentar os problemas, dos resultados obtidos e das
mudanças conjunturais.
2.2 DEMONSTRAÇÃO
Técnica que pode ser apresentada de forma individual ou em grupo, e
consiste na apresentação pelo nutricionista de um objeto ou de um processo, para
que o educando conheça as características ou aprenda a realizar as etapas que
compõem a tarefa. Para tanto, é necessário:
153
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
3.1 BRAINSTORMING
A técnica do brainstorming também é conhecida como tempestade de
ideias, é realizada em grupo e tem por objetivo coletar ideias dos participantes,
sem críticas ou julgamentos. Metodologicamente, o processo de brainstorming
segue as seguintes fases (NÓBREGA; LOPES-NETO; SANTOS, 1997):
154
TÓPICO 2 — TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
DICAS
3.3 DISCUSSÃO
Consiste na apresentação de informações sobre um determinado tema
previamente estudado pelo grupo, ou sobre o qual haja um desejo comum de
resolver o problema, buscar informações ou tomar decisões. O grupo escolhe: um
líder (que coordena a discussão e orienta o objetivo); um secretário (que registra
pontos importantes e elabora o relatório); um perito (que apresenta os fatos
técnicos – no caso, o nutricionista) (TURANO; ALMEIDA, 1999). Como exemplo
podemos citar a capacitação de agentes de saúde para lidar um problema ou
dificuldade que a comunidade tenha em relação a alimentação. As formas de
aplicar esta técnica pode apresentar variações.
155
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
FONTE: A autora
156
TÓPICO 2 — TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
3.5 DRAMATIZAÇÃO
Consiste na apresentação teatral de uma situação. Nesse caso, os atores
encenam a situação orientada pelo dinamizador (nutricionista). Essa técnica é
muito utilizada com crianças (TURANO; ALMEIDA, 1999).
157
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Para que essas técnicas sejam eficazes, os autores listaram uma série de
fatores que devem ser considerados ao realizar as intervenções educativas, de
acordo com a faixa etária como mostra a Quadro 5.
158
TÓPICO 2 — TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
159
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
160
TÓPICO 2 — TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
161
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
UNI
Para conhecer mais sobre estratégias que podem ser utilizadas para grupos,
consulte o Instrutivo – metodologia de trabalho em grupos para ações de alimentação
e nutrição na atenção básica, publicado pelo Ministério da Saúde e Universidade Federal
de Minas Gerais, disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/instrutivo_
metodologia_trabalho_alimentacao_nutricao_atencao_basica.pdf.
162
TÓPICO 2 — TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
• Vantagens:
ᵒ comunicam informações para um grande número de pessoas;
ᵒ ajudam a difundir ideia;
ᵒ fazem parte da vida da maioria dos indivíduos;
ᵒ podem ser recursos auxiliares para outros métodos de ensino;
• Desvantagens:
ᵒ proporcionam poucos detalhes sobre um fato;
ᵒ não respondem perguntas imediatas;
ᵒ o conteúdo das informações sofre limitações pelas diferenças do público;
ᵒ sua utilização está quase sempre relacionada a interesses comerciais.
163
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
4.2 ENTREVISTA
Consiste em entrevistar, diante das câmeras (televisão) ou por “lives”
(Instagram®), um especialista em nutrição.
4.3 PAINEL
Reúne um grupo de especialistas em nutrição que irá discutir, diante de
uma plateia, um determinado assunto proposto pelo coordenador. Esse evento
pode ser transmitido via TV ou redes sociais (Instagram®, Youtube®, podcasts).
4.4 DOCUMENTÁRIO
Consiste em registrar cenas, fatos ou acontecimentos reais e depois
apresentá-los em televisão, canal de streaming ou Youtube® de forma comentada.
DICAS
164
TÓPICO 2 — TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
5 RECURSOS DIDÁTICOS
A utilização de materiais didáticos diversificados como recursos educativos
é fundamental para dinamizar o processo de ensino-aprendizagem, fazendo com
que o educando tenha mais interesse e consiga absorver o conteúdo de forma
produtiva e significativa. Os recursos didáticos são mediadores do processo de
ensino-aprendizagem e, quando utilizados de forma adequada, proporcionam
qualidade (COSTA, 2019; RAMOS, 2012).
• Humanos:
ᵒ educador;
ᵒ educando;
ᵒ pessoal de apoio administrativo;
ᵒ pessoas da comunidade;
ᵒ pais ou responsáveis ou família.
165
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
• Materiais:
ᵒ ambiente;
natural – alimentos, água, folhas, pedras.
escolar – quadro, giz, cartazes.
• Comunidade:
ᵒ biblioteca;
ᵒ feiras;
ᵒ indústria de alimentos;
ᵒ supermercados.
• Visuais:
ᵒ projeções;
ᵒ cartazes;
ᵒ gravuras.
• Auditivos:
ᵒ rádio;
ᵒ podcast.
• Audiovisuais:
ᵒ cinema;
ᵒ televisão;
ᵒ internet.
166
TÓPICO 2 — TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
167
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
5.3.3 Flanelógrafo
Confeccionado com feltro, tecido ou papel, todos com velcro no verso,
esse recurso facilita o transporte e permite a participação ativa do educando.
Para utilizar o flanelógrafo, é necessário um bom planejamento do educador;
as ilustrações devem ser arrumadas na sequência em que serão utilizadas, para
evitar interrupções (PARRA; BONATO, 2014; TURANO; ALMEIDA, 1999).
168
TÓPICO 2 — TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
5.3.6 Projeções
As projeções são um recurso importante que podem aproximar o
educando de uma realidade distante ou de difícil apreensão e estão sob total
controle do educador, podendo apresentá-las, suspendê-las ou repeti-las
conforme conveniência e necessidade do processo de ensino-aprendizagem
(TURANO; ALMEIDA, 1999). Proporcionam uma visão conjunta, que concentra
a atenção do grupo (PARRA; BONATO, 2014) e podem ser realizadas por meio de
um projetor multimídia (data show) ou televisão (smart TV), porém, nem todos os
locais possuem esses equipamentos, o que limita o uso do recurso.
5.3.7 Jogos
Os jogos podem ser um importante recurso didático, devendo ser
selecionados conforme o número de indivíduos, faixa etária e capacidade de
abstração. Podem ser selecionados de livros, programas e sites interativos. Nesse
caso, o nutricionista deve certificar-se de que a escola tenha os equipamentos
necessários para a inclusão do jogo como recurso didáticos (PARRA; BONATO,
2014). Outra forma de acessar os jogos são os aplicativos disponíveis nos celulares,
porém deve-se conhecer o conteúdo, verificar sua gratuidade e a disponibilidade
de celular ou tablete, bem como o acesso à internet.
DICAS
DICAS
169
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
5.4.1 Cores
As cores são fatores importantes no recurso audiovisual pelo poder
de despertar atenção e exercer influência nos componentes físicos, mentais
e emocionais. Além disso, definem um contexto com significados variados
(STAMATO; STAFA; VON ZEIDLER, 2013).
• Cores análoga: apresentam uma cor primária em comum, mas são pouco
usadas em cartazes porque são harmônicas e se tornam monótonas.
• Cores complementares: ficam diametralmente opostas, provocam impacto e
geram contraste; são as mais utilizadas nos recursos audiovisuais.
• Trio harmônico: formado por três cores equidistantes; são muito utilizadas em
cartazes e murais.
• Escala monocromática: a mesma cor é utilizada em diversas intensidades,
intercalando-se o branco, o preto ou o cinza para evitar monotonia.
170
TÓPICO 2 — TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
5.4.2 Letras
As letras são elementos importantes que fazem parte do texto e realçam
as ilustrações, estando presentes na maioria dos recursos didáticos e podendo ser
feitas à mão ou utilizando computador ou de forma gráfica.
• O tamanho da letra deve ser adequado a distância de onde deverá ser lido. Por
exemplo: distância até 5 metros – letras de 1 cm; até 10 metros – letras com 2,5
cm; até 20 metros – letras com 5 centímetros de altura.
• O espaçamento entre as letras, as palavras e as linhas facilita a visualização.
171
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
o texto, quando centralizado, por exemplo, fica com uma característica clássica e
formal, mas pode ser interpretado como estático e tedioso; quando justificado, o
texto deixa a página limpa e organizada, porém alguns vazios irregulares surgem
quando esse é forçado a caber em determinadas colunas de mesmo comprimento
(LUPTON, 2006, apud ALVES, 2014, p. 64).
172
TÓPICO 2 — TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
173
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
174
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
175
• Os métodos aplicados ao público em geral apresentam vantagens e
desvantagens, tendo grande importância como complemento de uma ação
educativa. Nesse caso, pode-se utilizar as novas tecnologias, a exemplo da
internet (redes sociais, streaming, podcast) e dos aplicativos de celular e que,
quando bem utilizados, podem motivar e aproximar o educando da realidade.
176
AUTOATIVIDADE
177
I- A técnica de preleção consiste na leitura comentada de textos relacionados
com o assunto em estudo.
II- Para aplicação da técnica de discussão o grupo escolhe: um líder, um
secretário e um perito (nutricionista).
III- A técnica de entrevista é ideal para ser aplicada com crianças de 2 a 4 anos.
IV- A técnica do estudo de caso pode ser utilizada para a discussão de
uma situação-problema, podendo utilizar fotos e figuras como recurso
audiovisual.
178
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, veremos um pouco mais sobre como as atividades de EAN
podem ser implementadas em diferentes situações e com públicos distintos,
conhecendo quem são os participantes, o uso de várias técnicas no mesmo
programa, como e quais recursos são utilizados, o número de encontros, a
implementação e a forma de avaliação.
179
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
DICAS
180
TÓPICO 3 — RELATO DE EXPERIÊNCIAS DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
DICAS
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UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
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TÓPICO 3 — RELATO DE EXPERIÊNCIAS DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
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UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
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TÓPICO 3 — RELATO DE EXPERIÊNCIAS DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
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UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
UNI
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TÓPICO 3 — RELATO DE EXPERIÊNCIAS DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
187
UNIDADE 3 — PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Brasil
Ministério da Educação
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
Segundo Valla (2000), essa falta de diálogo possui duas razões centrais:
188
TÓPICO 3 — RELATO DE EXPERIÊNCIAS DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
189
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
190
• A partir das experiências abordadas, é importante entender a importância do
planejamento, bem como a flexibilidade e a capacidade de lidar com imprevistos
no momento da implementação e avaliação.
CHAMADA
191
AUTOATIVIDADE
( ) 2 a 4 anos.
( ) 6 a 8 anos.
( ) 8 a 10 anos.
( ) 10 a 14 anos.
192
a) ( ) Balões, lápis, caneta e cartazes são recursos utilizados apenas para
crianças e adolescentes.
b) ( ) Para o público da experiência citada (portadores de diabetes melito),
somente o uso do recurso visual (folheto) é suficiente.
c) ( ) Independentemente do público, quanto maior o tempo destinado a cada
encontro, maior é o aprendizado.
d) ( ) A diversidade dos recursos visuais (oral, visual) aumenta a eficácia do
processo de ensino-aprendizagem.
e) ( ) Aula expositiva ou preleção são recursos didáticos adequados a qualquer
público.
193
194
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, E. E. A. Como a imagem contribui para o processo de ensino-
aprendizagem nas aulas de geografia em turmas do ensino fundamental.
Giramundo, v. 3, n. 6, p. 63-71, 2016.
195
ESPERANÇA, L. M. B.; GALISA, M. S. Programa de educação alimentar e
nutricional: diagnóstico, objetivos, conteúdo e avaliação. In: GALISA, M. S. et al.
(Orgs.). Educação Alimentar e Nutricional da Teoria à Prática. São Paulo: Roca;
2014. p. 219-218.
196
SALGUEIRO, M. M. H. A. O.; CERVATO-MANCUSO, A. N. Programa de
educação nutricional para idosos com constipação intestinal funcional. In: DIEZ-
GARCIA, R. W.; CERVATO-MANCUSO, A. N. (Orgs.). Mudanças alimentares e
educação nutricional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2012. p. 263-268.
197