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Cenários de prática i

APS no Brasil: conceitos e PNAB 2017

Política nacional de atenção básica ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE NO


BRASIL - APS
 Estratégia de organização da atenção à saúde  Declaração de Astana, em 2018. – Fazer
que responda de forma regionalizada, escolhas políticas ousadas para a saúde em
contínua, e sistematizada às demandas da todos os setores.
população. Integrando ações preventivas e  1924 – Centros de saúde que apesar de
curativas, bem como a atenção a indivíduos e manterem a divisão entre ações curativas e
comunidades. preventivas, organizam-se a partir de uma base
 A APS incorpora os princípios da Reforma populacional e trabalhavam com educação
Sanitária, levando o SUS a adotar a sanitária.
designação Atenção Básica à Saúde para  1942 – Serviço Especial da Saúde Pública
enfatizar a reorientação do modelo (SESP) que realizou ações curativas e
assistencial, a partir de um sistema universal e preventivas, restritas às doenças infecciosas e
integrado de atenção à saúde. carenciais. Inicialmente limitada às áreas de
 Pensar em promoção, prevenção, recuperação. relevância econômica, como as de extração.
Não adianta o sistema diagnosticar uma  1970 – Programa de Interiorização das Ações
criança com autismo, um câncer, se não tiver de Saúde e Saneamento (PIASS) visou a
os tratamentos e terapias necessárias. intensificação e expansão de serviços básicos
 Modelo curativo fundado no reducionismo de saúde e saneamento para o período 1980-
biológico e na atenção individual e organizou 1985.
o modelo de atenção em centros de saúde  1978 – INAMPS
primárias, serviços domiciliares, serviços  1991 – PACS → família como unidade de
suplementares e hospitais de ensino – ação programática; redução dos alarmantes
hierarquização dos níveis de de atenção à indicadores de morbimortalidade infantil e
saúde. materna, inicialmente no Nordeste do Brasil.
 Conceitos apresentados no Relatório Dawson,
como território, Programa de aGENTES comunitários DE
 Conferência da Alma-Ata – perspectiva SAÚDE (pacs)
interdisciplinar.
 Antes o acompanhamento se dava de forma
 Desenvolvimento social – políticas de saúde e individual, agora se dá a partir do Programa de
de educação. Saúde à Família; acaba gerando sobrecarga
 Muitos processos da atenção básica dependem nos agentes.
do funcionamento de organização e serviços  Origem em movimentos populares de saúde,
ofertados na atenção primária, e isso vai articulados a projetos de democratização e
impactar no processo de saúde da população. transformação das políticas de saúde e de
 Muito importante a participação da construção de uma sociedade mais justa e
comunidade a partir do controle social. igualitária;
 As pessoas precisam ter acesso à informação e  Atendimento dos indivíduos na sua residência,
estar ciente dos seus direitos; promover levando informações e reorganizando os
educação em saúde é crucial para que haja processos de trabalho dos profissionais dos
reivindicação desses direitos, que é diferente demais níveis de atenção à saúde;
de reclamação.  Articulação entre os serviços de saúde e a vida
no território, a partir da compreensão dos
determinantes sociais do processo saúde-  Não definir na política qual seria o
doença e da necessidade de conjugar ações de financiamento.
cuidado, prevenção e promoção da saúde;  Teto de gastos – PEC 95
 Grande diferencial de prevenção em saúde de  Relativização da cobertura
base comunitária, e faz do Programa brasileiro  Segmentação do cuidado como uma forma de
um dos maiores do mundo; fragilizar o Sistema, deixando a UBS com
 Elo entre a comunidade e as unidades locais serviços muito seletivos. Se a população não
do SUS; por ser morador da comunidade, consegue acessar os serviços básicos na
conhece as necessidades comunitárias, pois unidade, ele não vai conseguir ser
compartilha seu ambiente cultural; encaminhado.
 Necessidade de formação e capacitação;  Preocupantes as consequências do possível
descompromisso dos gestores com a oferta
Programa de saúde da família (psf) universal dos serviços de AB; a segmentação
 Ampliação e maior resolutividade das ações, do acesso ao cuidado; a desvinculação das
com formação das primeiras equipes de Saúde equipes dos territórios; e a desqualificação do
da Família, às quais os ACS foram trabalho de ACS e ACE, acentuando o caráter
incorporados. utilitarista de suas atividades e o reforço à
 Reorganização da atenção básica como eixo de privatização.
reorientação do modelo assistencial →  Desassistir frações da classe trabalhadora com
concepção de saúde centrada na promoção da alguma capacidade de comprar serviços de
qualidade de vida e intervenção nos fatores saúde – como parece ser o horizonte
que a colocam em risco pela incorporação de desenhado pela PNAB 2017 – significa que o
ações abrangentes e intersetoriais. Estado brasileiro atua, mais uma vez, em favor
 Indissociabilidade entre os trabalhos clínicos e da ampliação da participação do setor privado
a promoção da saúde. na saúde, em detrimento de um sistema que
 Transformado na Estratégia Saúde da Família, nunca pôde ser inteiramente público.
enunciada na Política Nacional de Atenção
Básica (PNAB) em 2006 (uma das dimensões
prioritárias do Pacto pela Vida), que foi
revisada em 2011 e 2017.

Estratégias de saúde à família (esf)


 Estratégia prioritária de expansão, qualificação
e consolidação da atenção básica por favorecer
uma reorientação do processo de trabalho,
ampliar a resolutividade e impacto na situação
de saúde das pessoas e coletividades, além de
propiciar uma importante relação custo-
efetividade. Meio de expansão do acesso e de
realização do direito à saúde.

A pnab de 2017
Artigo: Política Nacional de Atenção Básica
2017: retrocessos e riscos para o Sistema Único de
Saúde.
 Em 1994, a criação do Programa Saúde da
Família (PSF) permitiu ampliar a cobertura em
saúde, em um movimento inicialmente voltado
apenas para a parte da população brasileira em
situação social mais vulnerável.

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