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In(formação) em Práticas Integrativas Complementares

A construção da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único


de Saúde se deve, inicialmente, ao atendimento às recomendações da Organização Mundial de
Saúde (OMS) que incentiva os Estados-Membros a formularem e implementarem políticas
públicas para o uso da Medicina Tradicional, entendida como:
Los términos “medicina complementaria” o “medicina alternativa” aluden a un amplio conjunto de
prácticas de atención de salud que no forman parte de la tradición ni de la medicina convencional de un
país dado ni están totalmente integradas en el sistema de salud predominante. En algunos países, esos
términos se utilizan indistintamente para referirse a la medicina tradicional. (OMS, 2013, p.15).

Além disso, várias conferências nacionais de saúde recomendaram a instituição dessa política.
A 8ª Conferência Nacional de Saúde, que antecedeu a criação do SUS, é considerada um marco,
visto que no seu relatório final propôs a introdução de práticas alternativas no âmbito dos
serviços de saúde, de tal maneira que o usuário tivesse a possibilidade de escolher a terapêutica
preferida. (Portaria n.º 971, 2006).
Em 2003, representantes de diversas associações nacionais de Fitoterapia, Homeopatia,
Acupuntura e Medicina Antroposófica formaram grupos de trabalho, coordenados pelo
Departamento de Atenção Básica, da Secretaria de Atenção à Saúde, para discutir e
implementar ações, com o objetivo de elaborar uma política nacional. (Brasil, 2006).

Assim, a partir dessas recomendações, foi implementada a portaria 971, do


Ministério da Saúde, que aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PICs) no Sistema Único de Saúde. (Saint-Martin, 2010).
A Portaria considera o estímulo que a Organização Mundial da Saúde (OMS)
vem sugerindo para o uso da Medicina Tradicional/Medicina Complementar/Alternativa
nos sistemas de saúde, de forma integrada às técnicas da medicina ocidental moderna.
Nessa Portaria, o Ministério da Saúde entende que abordagens tais como
acupuntura, homeopatia e fitoterapia melhoram os serviços de saúde, apresentando
resolução dos problemas, configurando-se assim como uma prioridade, que torna
possíveis ações de cunho preventivo e terapêutico aos usuários do Sistema Único de
Saúde.
Nesse sentido, o texto legal recomenda aos Estados e Municípios a
implementação das Práticas Integrativas e Complementares. Esse campo contempla
sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos.
Tais sistemas e recursos envolvem abordagens que buscam estimular os
mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por
meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no
desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com
o meio ambiente e a sociedade. Outros pontos compartilhados pelas diversas
abordagens envolvidas nesse campo são a visão ampliada do processo saúde-
doença e a promoção global do cuidado humano, especialmente do
autocuidado. (Brasil, 2006, p. 20).
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares teve sua edição
revisada e ampliada em 2015. Seus objetivos são descritos, de tal maneira à:
implementar as PICs no SUS, principalmente na atenção básica, enfatizando o cuidado
humanizado e integral; contribuir para o aumento da resolubilidade do sistema;
promover a racionalização das ações de saúde, por meio de alternativas inovadoras que
favoreçam o desenvolvimento sustentável das comunidades; estimular ações que
promovam o controle/participação social nas políticas públicas de saúde. (Brasil, 2015).
No decorrer do tempo várias práticas foram sendo incorporadas ao Sistema Único de Saúde: Em
2006: Acupuntura, Homeopatia, Fitoterapia, Antroposofia e Termalismo. Em 2017: Arteterapia,
Ayurverda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia,
Quiropraxia, Reflexoterapia, Reike, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Yoga. Em 2018:
Apiterapia, Aromaterapia, Bioenergética, Constelação Familiar, Cromoterapia, Geoterapia,
Hipnoterapia, Imposição de mãos, Ozonioterapia e Terapia de Florais. (Minas Gerais, 2019).
Segundo o Ministério da Saúde (2020) o Brasil é referência mundial na área de práticas
integrativas e complementares na atenção básica. A distribuição dos serviços das PICs se dá
de forma decrescente nos níveis de atenção básica, média e alta. Mais da metade dos
municípios brasileiros contam com essas práticas, que já são ofertadas em todas as capitais
brasileiras.
No estado do Espírito Santo, enfocada nessa pesquisa, 40 municípios ofertam práticas
integrativas na Atenção Básica, aos usuários do Sistema Único de Saúde. (Brasil, 2018).
O estado do Espírito Santo institucionalizou a Política das Práticas Integrativas desde 2008,
contemplando especialmente a homeopatia, acupuntura e fitoterapia. (Azevedo & Pelicioni,
2011), demonstrando experiências exitosas e diversas em PICs. (Sacramento, 2017).
Em Vitória, capital do estado, todas as 29 unidades de saúde ofertam acupuntura, fitoterapia e
homeopatia, envolvendo 213 profissionais, sendo que 150 atuam em fitoterapia, com prescrição
de medicamentos das próprias unidades; sendo considerado um programa de referência
nacional, que conta com a produção e distribuição de mudas, incentivando o cultivo e o
conhecimento sobre preparo e uso de fitoterápicos, em 45% das Unidades Básicas de Saúde.
(Observapics, 2019).
Revisão integrativa realizada por Reis, Esteves e Greco (2018), sobre os avanços e desafios para
a implementação das práticas integrativas e complementares no Brasil, identificou que a região
sudeste é a que se destaca como polo científico da área. Entretanto, a maior parte dos estudos
realizados não possui nível de evidência significativo. Segundo as autoras, as concepções
arraigadas na medicina alopática, a má gestão e a pouca formação profissional, são os entraves
para ampliação das PICs no país.
O desafio da formação, em relação às PICs, diz respeito a todos os profissionais da área da
saúde com destaque, nesse estudo, para os profissionais da Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia,
Nutrição e Psicologia.
Como visto, o grande desafio para o avanço das Práticas Integrativas, no SUS, é a formação
profissional. Segundo Tesser, Sousa e Nascimento (2018), a efetivação dessas práticas, no
cotidiano da Atenção Primária em Saúde, requer ações político educacionais que favoreçam a
formação profissional da graduação à pós-graduação, associada à pesquisa nessa área. Para os
autores, fazem-se necessárias ações conjuntas dos Ministérios da Saúde e da Educação para a
inserção oficial das PICs como conteúdo obrigatório nos cursos de graduação da área da saúde,
principalmente naqueles que formam profissionais que, provavelmente, atuarão na Atenção
Primária à Saúde.
A formação em serviço é ofertada pelo Ministério da Saúde, em sua maioria por meio de cursos
à distância, em ambiente virtual de aprendizagem (AVASUS), tais como: antroposofia aplicada
à saúde, medicina tradicional chinesa, práticas corporais e mentais da medicina tradicional,
gestão das PICs e uso de plantas medicinais e fitoterápicos.
Sobre a oferta dessa formação em universidades públicas, pesquisa realizada por Nascimento,
Romano, Chazan e Quaresma (2018) identificou como desafios: a ampliação da oferta, com um
enfoque transversal no decorrer dos cursos, enfatizando as possibilidades de complementaridade
entre diferentes conhecimentos e práticas de saúde. Os resultados dessa pesquisa mostraram que
os módulos de formação aconteciam principalmente por meio de matérias optativas com perfil
informativo. A formação se concentrou em cursos de Medicina, Farmácia e Enfermagem,
seguidos da Terapia Ocupacional, Educação Física, Psicologia e Saúde Coletiva.
Segundo as autoras, os subtemas de Práticas Integrativas e Complementares eram voltados para
o estudo da Homeopatia, Meditação, Práticas Corporais, Vitalismo/Holismo, Plantas
Medicinais/Fitoterapia, Acupuntura/MTC, Medicina Antroposófica e Terapia Expressiva, tendo
prevalências diferentes, conforme o Curso da área da saúde.
Observa-se que essas iniciativas são tímidas, visto que a Psicologia, Enfermagem, Nutrição,
Fisioterapia e Farmácia, dialogam histórica, filosófica e terapeuticamente com várias das
práticas integrativas complementares, a saber: Homeopatia (Correa e Quintas (1997);
Acupuntura (CFP, 2002, CRP06, 2015); Antroposofia (Rennó, 2010); Arteterapia (Reis, 2014);
Biodança (Ribeiro, 2008); Dança Circular (Roth & Volpi, 2018); Meditação (Menezes &
Dell'Aglio, 2009); Musicoterapia (Anjos, et al., 2017); Shantala (Vale, 2014); Terapia
Comunitária Integrativa (Carvalho, Dias, Miranda, & Ferreira Filha. (2013); Bioenergética
(Nascimento, 2012); Hipnoterapia (CFP, 2002a); Imposição de mãos (Motta & Barros, 2015),
entre outras.

Esse diálogo é atravessado por marcos legais e dilemas normativos; tanto em


nível dos Conselhos Regionais e Federais desses Cursos, como na interação com outros
conselhos e instâncias jurídicas que normatizam os fazeres profissionais da área da
saúde.
Ao questionar sobre a legitimidade das terapias alternativas, na década de 1990,
no âmbito do saber psicológico, Tavares (2003) identificou a reação "denunciativa" e
punitiva do Conselho Federal de Psicologia, diante da aceitação crescente das
terapêuticas alternativas por setores da sociedade, revelando ambiguidades na percepção
e representação dessas terapias, entre os psicólogos.
Considera-se que, atualmente, esse não seja mais o posicionamento oficial dos
órgãos representativos da Psicologia. Isso pode ser observado nas referências técnicas
do CREPOP - Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Política Públicas, e
também nos boletins informativos. Por meio desses, percebe-se que os Conselhos estão
promovendo e participando das discussões sobre o lugar da Psicologia na interface com
as Práticas Integrativas Complementares.
Dentre as práticas, duas foram reconhecidas pelo Conselho Federal de Psicologia: acupuntura e
hipnose.
Entretanto, em 2013, o Supremo Tribunal Federal anulou a Resolução, visto que não existe, no
Brasil, uma legislação sobre a prática da acupuntura. Desde então, mesmo a favor da prática
pelos psicólogos, o Conselho Federal sugere que o psicólogo não vincule sua prática de
acupunturista à profissão. (CRP, 2015).

De maneira geral, duas Resoluções do Conselho Federal de Psicologia regem a


orientação sobre as práticas integrativas complementares: a que “estabelece critérios
para divulgação, a publicidade e o exercício profissional do psicólogo, associados a
práticas que não estejam de acordo como os critérios científicos estabelecidos no campo
da Psicologia” (nº 010/1997) e a que “dispõe sobre a realização de pesquisas com
métodos e técnicas não reconhecidas pela Psicologia” (nº 011/1997). A primeira sugere
aos profissionais que divulguem ou associem o título de psicólogo somente à práticas
reconhecidas, que estejam de acordo com os critérios científicos estabelecidos no campo
da Psicologia. A segunda Resolução orienta os psicólogos para a realização de pesquisa
na área, desde que tenham protocolo aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa,
reconhecido pelo Conselho Nacional de Saúde. (CRP05, 2016).
Diversamente, o Conselho Federal de Enfermagem, por meio da Resolução 197/97, estabeleceu
as terapias alternativas como especialidade da enfermagem, desde que o profissional possua
qualificação adequada e reconhecimento de órgãos regulamentadores. Desse modo, os
enfermeiros passaram a ter amparo legal para o exercício das práticas integrativas, tais como:
Acupuntura, Fitoterapia, Reflexologia, Quiropraxia. (COFEN, 1997).
Panorama delineado por Azevedo et al (2019), sobre a utilização das PICs pela enfermagem,
identificou que nas instituições públicas brasileiras de ensino apenas 26,1% ofertavam
disciplinas relacionadas às referidas Práticas e que, nessas instituições, menos da metade o
faziam no formato obrigatório.
Segundo as autoras, dentre as práticas integrativas executadas por enfermeiros, e remuneradas
pelo SUS, estão a Medicina Tradicional Chinesa e Antroposófica, inclusas na Tabela de
Serviços/classificações do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Outras
práticas que não estão descritas nessa tabela, como fitoterapia e termalismo, dentre outras,
também podem ser implementadas pelos enfermeiros, no SUS e no serviço de saúde privado.
De outro modo, em relação às PICs na formação do nutricionista, a Resolução
do Conselho Federal de Nutrição (2013) focou a prática da fitoterapia como uma das
competências desse profissional, desde que curse e certifique a pós-graduação, latu
sensu, nessa área. A Resolução recomenda, ainda, que os cursos de graduação em
Nutrição incluam na matriz curricular conteúdos, com carga horária compatível, para
formação em prescrição de plantas medicinais e drogas vegetais.
Além dessa prática, a discussão de modelos alimentares associa a nutrição a outras
racionalidades médicas, como a medicina tradicional chinesa, ayurveda e medicina
antroposófica. Segundo Navolar et al (2012) essas racionalidades podem vir a se tornar novas
referências para o campo da Nutrição, como objeto da atividade profissional e da produção de
conhecimentos, desde que contem com o reconhecimento institucional e social.
Prosseguindo nessa descrição sobre a regulamentação das PICs, em cursos da área da saúde, o
Conselho Federal de Fisioterapia (2010), por meio da Resolução 380, estabeleceu como
atribuição do fisioterapeuta práticas relativas à fitoterapia, medicina chinesa, terapia floral,
medicina antroposófica, termalismo, hipnose.
Segundo Vieira et al (2017) esse processo de regulamentação se estendeu, de tal maneira a
incluir normas relativas à prescrição de substâncias livres, pelos fisioterapeutas, como
fitoterápicos, homeopatia e medicamentos antroposóficos.
Os autores enfatizam a importância da sensibilização dos alunos para as PICs durante a
graduação em fisioterapia, e descrevem a experiência de um grupo de estudos sobre fitoterapia,
culminando em trabalhos de conclusão de curso, que tiveram esse tema como objeto de
pesquisa. Eles ressaltam ainda o valor dessa sensibilização para o trabalho com as PICs, como
um conhecimento significativo na formação do fisioterapeuta, em prol de uma atenção integral à
saúde.
Finalmente, dentre as regulamentações dos cursos abordados nesse estudo, ressalta-se que
somente as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Farmácia (MEC, 2017) fazem
menção às Práticas Integrativas Complementares. Como competência do farmacêutico figura:
“prescrição, aplicação e acompanhamento das práticas integrativas e complementares, de acordo
com as políticas públicas de saúde e a legislação vigente.” (p. 3). Ainda, descreve que a
formação em Farmácia requer conhecimentos, competências e habilidades que abrangem outras
ciências, de forma interdisciplinar, tais como: “saúde coletiva, (...), políticas de saúde,
legislação sanitária, bem como epidemiologia, comunicação, educação em saúde, práticas
integrativas e complementares, que considerem a determinação social do processo saúde-
doença;” (p. 5).

De modo geral, pode-se pensar que os desafios dessas profissões da área da


saúde (farmácia, fisioterapia, nutrição, enfermagem e psicologia), no trabalho “com” e
“nas” Práticas Integrativas, passam principalmente pela formação; tema desse estudo,
que tem como objetivo: descrever a formação universitária no estado do Espírito Santo,
no campo das Práticas Integrativas e Complementares.

2. Metodologia
Este é um estudo descritivo, exploratório, da oferta de disciplinas, cursos, e
outras experiências acadêmicas, em Práticas Integrativas e Complementares, nível de
graduação e pós-graduação, em 5 subáreas da saúde: Enfermagem, Farmácia,
Fisioterapia, Nutrição e Psicologia; presentes em 03 Instituições de Ensino Superior no
Estado do Espírito Santo: uma Universidade (3 campus), um Centro Universitário e uma
Faculdade.
A escolha dessas instituições se deveu ao fato de serem aquelas que
disponibilizavam os projetos políticos pedagógicos, nas páginas institucionais. Os
cursos escolhidos foram aqueles comuns entre o Centro Universitário e a Universidade,
visto que somente nessas instituições se encontraram elementos formativos das Práticas
Integrativas e Complementares.
A coleta de dados aconteceu entre maio e junho de 2020, por meio do acesso
aos sites dessas instituições.
Os dados foram classificados segundo as variáveis: Instituição de Ensino
Superior e nível do ensino: graduação e pós-graduação; formato: obrigatório ou
optativo; subáreas da saúde; e Práticas Integrativas Complementares.

3. Resultados
A distribuição da oferta do ensino, pesquisa, extensão e outras atividades
acadêmicas, em Práticas Integrativas Complementares, entre as Instituições de Ensino
Superior, apontou que o Centro Universitário ofertou 11 disciplinas, 1 estágio, 1 projeto
de extensão, 2 eventos acadêmicos e 1 curso de pós-graduação.
A Universidade, por sua vez, ofertou 9 disciplinas, 3 projetos de pesquisa, 3
projetos de extensão, 1 evento acadêmico e 1 blog, produzido por um grupo de pesquisa
em PICs. Houve também a oferta de uma disciplina em um Curso de Mestrado.
Do formato das disciplinas ofertadas na graduação, no Centro Universitário,
identificou-se que 7 eram obrigatórias e 4 optativas; enquanto na Universidade, 7 eram
obrigatórias e 2 optativas.
Salienta-se que a disciplina ofertada no Curso de Mestrado e as disciplinas da
Pós Graduação lato sensu não foram selecionadas para análise.
Das subáreas da saúde, presentes nas Instituições de Ensino Superior estudadas,
a oferta de experiências acadêmicas, relativas às práticas integrativas complementares,
foi liderada pela farmácia (14), seguida da enfermagem (7), fisioterapia (5), psicologia
(4), e nutrição (3).
Das Práticas Integrativas Complementares, nas instituições de ensino superior, o
destaque ficou para a Fitoterapia, presente em 11 situações de ensino/aprendizagem
identificadas, seguida da Homeopatia (8), práticas integrativas sem especificação (7),
Medicina Chinesa (5), Arteterapia (2) e Bionergética (2).

Discussão
Os resultados indicaram que no Centro Universitário e Universidade foram
ofertadas experiências de formação em Práticas Integrativas Complementares, conforme
a característica de cada Instituição de Ensino Superior, a saber: no Centro Universitário,
ensino, estágio, extensão e pós-graduação latu sensu; e na Universidade, ensino,
pesquisa, extensão e Mestrado.
Em se tratando do estado do Espírito Santo, uma questão que se coloca é: se essa
formação é quantitativamente adequada para atender a demanda do serviço em saúde
pública, visto que 40 municípios ofertam práticas integrativas na Atenção Básica, aos
usuários do Sistema Único de Saúde. (Brasil, 2018).
Sobre essa questão, conforme Nascimento, Romano, Chazan e Quaresma (2018),
não há uma correlação linear entre a demanda de atendimento em PICs e a oferta de
ensino. Mesmo havendo pontos de contato e influência entre essas, as mesmas são
regidas por lógicas diferentes.
No Brasil, de maneira geral, a formação em PICs ainda é insuficiente. (Tesser,
Sousa e Nascimento, 2018). Segundo esses autores ela se concentra no ensino privado,
principalmente em cursos latu sensu. Observa-se, porém, que nas universidades
públicas há uma inserção gradual do ensino de PICs nos cursos de graduação da área da
saúde.
Os resultados desta pesquisa, de certo modo, contrariam essa caracterização
nacional, já que as duas instituições: privada e pública, ofertaram a formação na pós-
graduação, e mais enfaticamente na graduação.
Nascimento, Romano, Chazan e Quaresma (2018) apontam ainda que a
formação de recursos humanos para o exercício das PICs se mostra limitada não
somente em relação à oferta, mas também na qualidade.
Daí que outra pergunta se coloca: se, qualitativamente, a formação evidenciada
nos dados dessa pesquisa atende as necessidades da Atenção Primária, do Sistema
Único de Saúde, uma vez que, de modo geral, ela pode se constituir, como assinala
Tesser, Sousa e Nascimento (2018), em uma reprodução de um modelo de formação
adequado à prática da saúde privada.
Em relação a essa questão, Azevedo, Pelicioni e Focesi (2011) advertem que a
formação nessa área não passa somente pela criação de cursos mas, necessariamente,
pelo diálogo das práticas com os princípios da saúde coletiva e promoção da saúde.
Assim, sugerem que todos os cursos da área da saúde que se dispuserem à formação em
PICs, devem fazê-lo sem deixar de inserir conteúdos relativos ao SUS e saúde coletiva,
de tal modo que se possa fortalecer a Política Nacional de Práticas Integrativas
Complementares.
Se não houver essa aproximação, os autores alertam para o risco de que essas
práticas venham a ter o mesmo formato intervencionista e curativo da medicina
biologicista, sendo esvaziadas de seus objetivos relativos ao autocuidado e autonomia,
em uma perspectiva humanizada e integrativa.
A seguir, sobre o formato das disciplinas ofertadas, pontua-se que no Brasil, de
maneira geral, o ensino das Práticas Integrativas Complementares acontece como se
fosse um anexo do conhecimento em saúde (Nascimento, Romano, Chazan e Quaresma,
2018); o que transparece no fato das disciplinas serem predominantemente ofertadas
como optativas e em caráter informativo. (Tesser, Sousa e Nascimento, 2018).
Segundo esses autores, as disciplinas optativas sobre PICs estão presentes em
várias universidades brasileiras, mas não se percebem avanços para sua incorporação
nos currículos formais.
Essa caracterização nacional não se presentificou nos dados desta pesquisa, visto
que a maioria das disciplinas do Centro Universitário e Universidade eram obrigatórias,
em detrimento das optativas.
A predominância das disciplinas optativas, na oferta do ensino em PICs, é uma
tendência também no exterior (Nascimento, Romano, Chazan e Quaresma, 2018). Isso
permite identificar aspectos mais informativos do que formativos, o que indica
necessidade de reformulação; já esboçada nos dados dessa pesquisa, pelo fato da oferta
predominante das disciplinas serem em formato obrigatório, o que colabora para
responder a demanda pelo cuidado da saúde, com segurança e eficácia.
Em relação à distribuição das disciplinas, em Práticas Integrativas
Complementares, essa se presentificou em todas as subáreas da saúde, principalmente
na farmácia, seguida da enfermagem, fisioterapia, psicologia e nutrição.
Como já descrito, a farmácia é o único curso, dentre esses, que em suas
diretrizes curriculares (2017) fazem menção às práticas integrativas complementares.
Entretanto, no nosso entender, o fato que explica essa liderança é histórico, visto que a
fitoterapia e homeopatia fazem parte do arsenal básico dessa área. As plantas medicinais
fornecem matéria prima para a produção de medicamentos, de forma sintética,
industrializada, ou artesanal, em forma de chás. Em relação à homeopatia, conforme
Correa e Quintas (1997), é importante frisar que já em 1966 a inclusão da
Farmacotécnica Homeopática foi decretada como obrigatória, em todas as faculdades de
Farmácia do Brasil.
A enfermagem, por sua vez, desde 1997, ou seja, quase uma década antes da
implementação da Política Nacional de Práticas Integrativas (2006), estabeleceu e
reconheceu essas práticas, denominadas até então de terapias alternativas, como
especialidade e/ou qualificação do profissional da enfermagem.
Segundo Azevedo et al (2019) o destaque dos enfermeiros na implementação das
PICs se relaciona com os princípios de formação que estão alinhados aos paradigmas da
enfermagem e com o respaldo legal que tem para atuarem nos serviços públicos e
privados de saúde, por meio das Práticas.
A seguir, a fisioterapia, como já descrito, teve várias práticas aprovadas para o
exercício profissional (COFFITO, 2010), com inclusão em 2017, até da prescrição de
medicamentos (Vieira et al, 2017). Mas, em relação aos dados desta pesquisa, observou-
se que, basicamente, os princípios mais recorrentes foram os da medicina chinesa.
Depois, o curso de Psicologia compareceu a partir de abordagens corporais e arteterapia.
Ressalta-se que a formação em Psicologia dialoga terapeuticamente com várias das práticas
integrativas complementares; entretanto o Conselho Federal publicou resoluções somente sobre
a acupuntura e hipnose, sendo que dessas permanece válida apenas a última, como atribuição do
psicólogo.
Finalmente, o curso de Nutrição foi representado exclusivamente pela fitoterapia.
Provavelmente, isso se deve à Resolução do Conselho Federal de Nutrição (2013) que
regulamentou a prática da fitoterapia como uma das competências do nutricionista,
especialmente em nível de pós-graduação, recomendando também que os cursos de graduação
contemplem na matriz curricular conteúdos para formação em prescrição de plantas medicinais.
Percebeu-se, no entanto, a ausência de outras racionalidades como a medicina chinesa,
antroposófica e ayurveda que contribuem com modelos alimentares, dietéticos, para o campo da
nutrição, mas que carecem ainda de reconhecimento institucional e social, conforme apontado
por Navolar et al (2012), para se tornarem referências no trabalho do nutricionista.
Das Práticas Integrativas Complementares, nas instituições de ensino superior, o
destaque ficou para a Fitoterapia, seguida da Homeopatia, práticas integrativas sem
especificação, Medicina Chinesa, Arteterapia e Bionergética.
Essa resultado contempla a realidade de Vitória, capital do Espírito Santo, que
institucionalizou a Política das Práticas Integrativas, privilegiando o exercício da
fitoterapia, homeopatia e acupuntura (Azevedo & Pelicioni, 2011), ofertando essas
práticas em todas as unidades de saúde, com mais da metade dos profissionais atuando
em fitoterapia, por meio de um programa de referência nacional. (Observapics, 2019).
A arteterapia e bioenergética igualmente fazem parte dos serviços de saúde da
capital. A partir do ano de 2009 a arteterapia começou a ser ofertada por profissionais
graduados e concursados e foi inserida em Centros de Atenção Psicossocial
(Sacramento, 2017), onde acontecem também experiências de trabalho com a análise
bioenergética.

Referências

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