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Segundo a OMS, saúde é o resultado do bem-estar e harmonia dos campos

sociais, culturais, emocionais, mentais, físicos e espirituais, com isso, a concepção


de saúde não está ligada apenas a sintomas físicos, mas também à um olhar
cuidadoso que engloba toda a vida do paciente. Realizar tratamentos apenas com a
utilização de medicamentos, é como negligenciar diversas esferas da concepção de
saúde e nunca alcançar a integração para um bem-estar total.
Diante deste cenário, desde a década de 70, já existiam abordagens no
Brasil sobre Práticas Integrativas que baseavam-se na Medicina Tradicional
Chinesa, portanto a sua implantação se deu desde a criação do Sistema Único de
Saúde (SUS) e em 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) foi, de fato, aprovada e institucionalizada no SUS por
meio da Portaria GM/MS nº 971 de 3 de maio de 2006 e o Decreto nº 5.813, de 22
de junho de 2006.

ps: Achei interessante fazer no slide um cronograma como esse (não usem
esse, pois não tem a fonte!!)
De acordo com o Ministério da Saúde, a Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares (PNPIC) é “um conjunto de normativas e diretrizes
que visam incorporar e implementar as práticas integrativas e complementares
(PICS) no SUS” e seus objetivos visam a promoção e recuperação da saúde, com
ressalta na atenção básica, voltada para o cuidado contínuo, humanizado e integral
em saúde, além de, proporcionar a racionalidade nas áreas da saúde, através de
meios alternativos e inovadores, que promovem o bem-estar da comunidade e o
encorajamento da participação social, tanto dos usuários como também dos
próprios funcionários relacionados à essas práticas, para que, assim, ocorra uma
melhor execução das políticas públicas.
A utilização das PICS na área da saúde se enquadra em todos os níveis
hierárquicos de atenção primária, secundária e terciária e estão disponíveis em
9.350 estabelecimentos de saúde no Brasil que ofertam 56% dos atendimentos
individuais e coletivos em Práticas Integrativas e Complementares nos municípios
brasileiros, sendo 8.239 (19%) dos estabelecimentos de Atenção Básica e que
estão distribuídos em 3.173 municípios do país.

(fazer um gráfico…ou em tópicos ilustrativos…desta parte


nos slides)
esses outros tópicos dá para colocar nos slides para
a complementação e finalização do parágrafo anterior, também em forma de tópicos
ilustrativos (mas o mais importante é sobre a distribuição de PICS por nível de
complexidade).

O SUS oferta 29 modalidades de Práticas Integrativas e Complementares, as


quais são:
✓ Apiterapia - antroposófica/antroposofia
✓ Aromaterapia - aplicada à saúde
✓ Arteterapia ✓Medicina Tradicional Chinesa
✓ Ayurveda acupuntura
✓ Biodança ✓ Meditação
✓ Bioenergética ✓ Musicoterapia
✓ Naturopatia
✓ Constelação familiar ✓ Osteopatia
✓ Cromoterapia ✓ Ozonioterapia
✓ Dança circular ✓ Plantas medicinais - fitoterapia
✓ Geoterapia ✓ Quiropraxia
✓ Hipnoterapia ✓ Reflexoterapia
✓ Homeopatia ✓ Reiki
✓ Imposição de mãos ✓ Shantala
✓ Medicina ✓ Terapia Comunitária Integrativa
✓ Terapia de florais ✓ Yoga
✓ Termalismo social/crenoterapia

As Práticas Integrativas e Complementares como a homeopatia, acupuntura,


aromaterapia e diversas outras, consistem em tratamentos terapêuticos de modos
tradicionais para prevenir e tratar doenças como a depressão, hipertensão e até
algumas doenças crônicas.
Sobre a atuação dos profissionais, diversos profissionais da área da saúde
podem aplicar Práticas Integrativas e Complementares, possuindo uma abordagem
médico-terapêutica e visando realizar um cuidado e atenção organizada de maneira
multidisciplinar na busca pela saúde de maneira integral.
É indicado que o profissional da área da saúde se especialize na modalidade
para ofertar a PICS, mas dependendo da prática e do tipo de conhecimento, é
necessário apenas uma certificação naquela prática. Tanto Biomédicos como
Farmacêuticos podem oferecer esse tipo de cuidado.
Desde a implantação da Política Nacional de Tratamento, o farmacêutico
conquistou seu lugar na equipe de saúde, pois pode estar mais próximo do paciente
e também desenvolver seu tratamento, ajustando seu foco para seguir a marcha da
medicina integrada com uma seleção diferenciada de terapias não medicamentosas
e trazê-las para o paciente e não para a doença.
Os farmacêuticos capacitados para isso podem oferecer essa nova forma de
tratar seus pacientes, indo além do acolhimento e acompanhamento das pessoas,
oferecendo um tratamento complementar integral, trabalhando pela saúde não só
por meio do acompanhamento farmacoterapêutico, mas também do energético,
emocional, mental, aspectos espirituais e sociais do indivíduo.
Por meio das resoluções nº 572 de 2013 e nº 611 de 2015, o Conselho
Federal reconhece seis práticas como especialidades do farmacêutico, sendo elas:
Acupuntura/MTC; Homeopatia; Floralterapia; Ozonioterapia; Plantas medicinais e
Fitoterápicos. Já a Portaria nº 1.988 de 2018 atualiza a tabela de procedimentos do
SUS para procedimentos de prática integrada e complementar e serviços especiais
Medicamentos Próteses Ortopédicas e Materiais Especiais, conferindo ao
profissional médico um protagonismo em quase todas as práticas políticas
nacionais.
Se forem fazer um slide só com as
áreas que o farmacêutico pode atuar é legal colocar as resoluções e leis nos quais
estão inseridos.

Já na área de Biomedicina, de acordo com a Resolução Nº 327/2020, o


biomédico poderá prestar atendimento em todas as especialidades das Práticas
Integrativas e Complementares, assumir cargos de supervisão e de chefia e compor
serviços de equipes de saúde em universidades públicas ou privadas e em unidades
de atendimento do SUS em todos os níveis de complexidade. Para isso, o
Biomédico poderá exercer as práticas nas quais apresentar ao Conselho Regional
de sua jurisdição certificado de curso de capacitação específica reconhecido com a
quantidade de horas necessárias para se obter a habilitação junto ao Conselho
Federal de Biomedicina na Normativa 02/2020.

A inovação e a adaptabilidade são características fundamentais para todas


as profissões atuais e a versatilidade e inclusão dos profissionais da área da
Biomedicina e Farmácia à diversas práticas garante a permanência enquanto bons
profissionais do passado, presente e futuro. A mudança faz parte do ciclo das coisas
e é nosso trabalho implementá-la com segurança, responsabilidade e
profissionalismo. Somos solicitados a olhar mais profundamente para o paciente
além de seus regimes, interações medicamentosas e polifarmácia para reconhecê-
lo como organismos complexos que não podem mais ser separados em
especialidades médicas porque seus fatores emocionais, sociais, mentais e
espirituais também interferem em seu funcionamento. . relação com a medicação e
o processo de cicatrização.
As problemáticas que podem envolver as Práticas Integrativas e
Complementares são as crenças de que as PICS são pseudociências, por se
tratarem de Medicina Tradicional Chinesa, o que dificulta a chegada de um
atendimento integral aos usuários do SUS. Nesse ponto, a demonstração de
evidências científicas é de extrema importância para mostrar a cientificidade das
práticas e a importância da inclusão destas terapias no tratamento do ser humano
em sua forma integral.
Graças aos meios digitais, temos acesso à diversas informações e,
atualmente, as PICS estão se popularizando e trazendo aos indivíduos uma noção
de saúde que engloba princípios integrais do ser humano e, diminuindo cada vez
mais a visão das PICS como uma pseudociência. A adoção de meios comunicativos
dentro dos próprios ambientes do SUS (como nas UBS´s) que informem a
população sobre a oferta das Práticas Integrativas e Complementares no SUS,
facilitaria a dispersão da informação e conscientizaria os pacientes diante do olhar
integrado e cuidadoso para o âmbito da saúde pessoal e coletiva.
Uma outra ação para o melhor desenvolvimento das Práticas Nacionais
Integrativas e Complementares seria o incentivo e a realização de estudos da
farmacovigilância, que é “a ciência e atividades relativas à identificação, avaliação,
compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer problemas
relacionados ao uso de medicamentos”. Neste caso, medicamentos para
tratamentos dentro da medicina tradicional.

Referências
https://www.saude.sc.gov.br/index.php/informacoes-gerais-documentos/atencao-
basica/nucleos/nucleo-de-atencao-as-pessoas-com-doencas-cronicas/pics/guia-de-
praticas-integrativas-e-complementares-em-saude-para-os-gestores-do-sus/17736-
livreto-1-contexto-historico-da-institucionalizacao-das-praticas-integrativas-e-
complementares-em-saude-no-sus/file#:~:text=A%20institucionaliza
%C3%A7%C3%A3o%20das%20PICS%20no%20pa%C3%ADs%20se%20deu%20j
%C3%A1%20em,Acupuntura%2C%20Termalismo%2C%20T%C3%A9cnicas
%20Alternativas%20de

http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/
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Pseudociência: da cloroquina às PICs - Jornalismo Júnior

https://crfrn.org.br/noticias_crfrn/conheca-mais-sobre-as-pics-e-saiba-como-o-
farmaceutico-pode-atuar-nessa-area/

https://www.diariofarma.com.br/saiba-mais-sobre-o-farmaceuticos-e-as-praticas-
integrativas-e-complementares-em-saude/#:~:text=Entre%20as%20Pr%C3%A1ticas
%20Integrativas%20que,Ozonioterapia%20e%20a%20Terapia%20Floral.

https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/politica-estadual-de-praticas-integrativas-
ecomplementares

https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/pnpic
https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/pnpic/
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http://www.ideiasus.fiocruz.br/portal/acervos-pics/83-legislacao/358-pnpic-e-
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https://www.saude.ba.gov.br/atencao-a-saude/saude-de-todos-nos/praticas-
integrativascomplementares/ Política nacional de práticas integrativas e
complementares no SUS : atitude de ampliação de acesso / Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – 2. Ed. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2015.

Savaris, L. E., Böger, B., Savian, A. C., Jansen, A. S., & da Silva, M. Z. (2019).
Práticas integrativas e complementares – análise documental e o olhar de
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https://doi.org/10.5020/18061230.2019.9439
Silva, Gisléa Kândida Ferreira da et al. Política Nacional de Práticas Integrativas e
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481–488. https://doi.org/10.17267/2238- 2704rpf.v7i4.1577

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/p/pics

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