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A INSTITUCIONALIZAÇÃO

DAS PRÁTICAS
INTEGRATIVAS E
COMPLEMENTARES (PICS)
NO BRASIL
Conceito de Práticas Integrativas e Complementares

As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são


tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em
conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas
doenças como depressão e hipertensão. Em alguns casos,
também podem ser usadas como tratamentos paliativos em
algumas doenças crônicas.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, de


forma integral e gratuita, 29 procedimentos de Práticas
Integrativas e Complementares (PICS) à população. Os
atendimentos começam na Atenção Básica, principal porta de
entrada para o SUS.
Práticas Integrativas e Complementares

Baseadas em conhecimentos milenares da medicina tradicional,


as práticas integrativas promovem a melhoria da qualidade de
vida dos pacientes. Além de serem práticas não invasivas e
econômicas, não vão contra o bem estar da população e do
povo. São práticas que vieram do povo, então nada mais justo
do que elas estarem a serviço do povo e reconhecidas pelas
instituições científicas, como o Ministério da Saúde e o Sistema
Único de Saúde”, afirma Edinaldo Correia Novaes, do Coletivo
Nacional de Saúde do Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra (MST).
Práticas Integrativas e Complementares

Heleno Corrêa Filho, médico sanitarista e professor aposentado


da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), lembra que
as técnicas integrativas são milenares e mais velhas que a
própria medicina moderna. Por isso, ele defende que o
atendimento dessas práticas não se limite à classe médica.
Práticas Integrativas e Complementares (PICs)

Em um encontro sobre medicina complementar que atraiu cerca de 5 mil


pessoas em 2018, a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde
(Opas), Carissa Étienne, elogiou o sistema de saúde brasileiro,
considerando-o um modelo que “causa inveja ao mundo”, por ser baseado
nos direitos humanos e no acesso de toda a população.

Sobre as terapias integrativas, Carissa ressaltou a necessidade de


preservar tais conhecimentos, que são passados de geração em geração.
“Devemos reconhecer as pessoas que fazem com que essas práticas de
saúde permaneçam vivas e que passem de geração para geração", disse
a representante da Opas. Os recursos necessários para garantir uma vida
saudável e produtiva existem, acrescentou Carissa. "É nossa
responsabilidade descobrir como presentear todos os nossos irmãos e
irmãs com esse conhecimento.”
Histórico das Práticas Integrativas e Complementares

1978 - ALMA-ATA

- A OMS começou a incentivar a prática da Medicina Tradicional e


Complementar/Alternativa com foco na Atenção Primária à Saúde.

- Havia dificuldade de criação de serviços e pouco reconhecimento das


Instituições de Ensino Superior sobre esta prática.
Histórico das Práticas Integrativas e Complementares

1985 – Início da Institucionalização da assistência

- Celebração de convênio entre o INAMPS - Instituto Nacional de


Assistência Médica da Previdência Social, Fiocruz, a Universidade Estadual
do Rio de Janeiro e o Instituto Hahnemaniano do Brasil, com o intuito de
institucionalizar a assistência homeopática na rede de saúde;
Histórico das Práticas Integrativas e Complementares

1986 - 8ª Conferência Nacional de Saúde (Marco Legal)

- participação popular
- Pauta: saúde como direito; reformulação do Sistema Nacional de Saúde;
financiamento do setor.
- Desfecho: implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde
(SUDS); convênio entre o INAMPS e os governos estaduais; formação das
bases para a seção “Da Saúde” da Constituição Brasileira de 5 de
outubro de 1988.
- Manifestação popular de inclusão da Acupuntura, Homeopatia e
Fitoterapia em algum sistema de saúde.
Histórico das Práticas Integrativas e Complementares

1988 – Constituição Brasileira

- “Saúde é um dever do Estado e um direito de todos”.

- Criação da CIPLAN - Comissão Interministerial de Planejamento e


Coordenação.
Resoluções CIPLAN nº 4/5/6/7/8 03/1988 SUS – CONSTITUIÇÃO DE
1988. Estabelece normas e diretrizes para o atendimento em
homeopatia, acupuntura, termalismo, técnicas alternativas de saúde
mental e fitoterapia;
Histórico das Práticas Integrativas e Complementares

1996 - 10ª Conferência Nacional de Saúde

- - Em seu relatório final, aprovou a incorporação de práticas de


saúde como a Fitoterapia, Acupuntura e Homeopatia,
contemplando as terapias alternativas e práticas populares, no
SUS.

1999 – Tabela de Procedimentos

- Homeopatia e Acupuntura na tabela de procedimentos do


SIA/SUS (Portaria nº 1230/GM de outubro de 1999);
Histórico das Práticas Integrativas e Complementares

2003 - Constituição de Grupo de Trabalho no Ministério


da Saúde

- Elaborar a Política Nacional de Medicina Natural e Práticas


Complementares (PMNPC ou apenas MNPC) no SUS.

2003 – 12ª Conferência Nacional de Saúde

- Delibera pela efetiva inclusão da Medicina Natural e Práticas


Complementares (PMPC) no SUS (Atual Práticas Integrativas e
Complementares).
Histórico
HISTÓRICOdasDE
Práticas Integrativas
FORMULAÇÃO DO eSUS
Complementares

2006 – Publicação da Portaria 971, 03 de Março.

2017 - Criação de novos procedimentos


- Monitoramento. Portaria SAS nº 145, de 11 de janeiro de
2017;

2017 - Ampliação da PNPIC


- Homologada pelo Ministro de Estado da Saúde, através
da Portaria nº 849/GM/MS, de 27 de março de 2017.
AMPLIAÇÃO DA PNPIC
Portaria nº 849/GM/MS, de 27 de março de 2017.

✓ Arteterapia
✓ Ayurveda
✓ Biodança
✓ Dança Circular
✓ Meditação
✓ Musicoterapia
✓ Naturopatia
✓ Osteopatia
✓ Quiropraxia
✓ Reflexoterapia
✓ Reiki
✓ Shantala
✓ Terapia Comunitária
Integrativa
✓ Yoga
AMPLIAÇÃO DA PNPIC
Portaria nº 849/GM/MS, de 27 de março de 2017.

Inclui na Política Nacional de Práticas Integrativas e


Complementares -PNPIC, instituída pela portaria 971/GM/MS, de 3 de
maio de 2006, as seguintes práticas: Arteterapia, Ayurveda,
Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia,
Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia
Comunitária Integrativa e Yoga.

Define que as práticas citadas nesta Portaria atendem as diretrizes da


Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS.
SUS incorpora dez novas práticas de medicina
alternativa e complementar (2018)

O Ministério da Saúde anunciou, em 12 de março de 2018, a


inclusão de dez novas práticas de medicina integrativa e
complementar no Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, o
governo passa a oferecer, ao todo, 29 procedimentos
terapêuticos à população.

Os tratamentos utilizam recursos terapêuticos, baseados


em conhecimentos tradicionais, voltados para curar e
prevenir diversas doenças, como depressão e hipertensão.
Entre as novas terapias estão: apiterapia, aromaterapia,
bioenergética, constelação familiar, cromoterapia,
geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos,
ozonioterapia e terapia de florais.
SUS incorpora dez novas práticas de medicina
alternativa e complementar

Desde 2006, quando foi criada a Política Nacional de Práticas


Integrativas e Complementares (PNPIC), já eram oferecidos
pelo SUS cinco procedimentos: acupuntura, homeopatia,
fitoterapia, antroposofia e termalismo. No ano passado, o
ministério ampliou o quadro, oferecendo mais 14 práticas.

De acordo com o ministério, as terapias estão presentes em


9.350 estabelecimentos e em 3.173 municípios, sendo que
88% são oferecidas na Atenção Básica. Em 2017, foram
registrados 1,4 milhão de atendimentos individuais em
práticas integrativas e complementares. Somando as
atividades coletivas, a estimativa é que cerca de 5 milhões de
pessoas por ano participem dessas práticas no SUS.
SUS incorpora dez novas práticas de medicina
alternativa e complementar

Atualmente, a acupuntura é a mais praticada, com 707 mil


atendimentos e 277 mil consultas individuais. Em segundo
lugar, estão as práticas de Medicina Tradicional Chinesa, com
151 mil sessões, tai chi chuan e lian gong. Em seguida
aparece a auriculoterapia, com 142 mil procedimentos.
Também foram registradas 35 mil sessões de yoga, 23 mil de
dança circular/biodança e 23 mil de terapia comunitária.

As práticas integrativas e complementares são ações de


cuidado transversais, podendo ser realizadas na atenção
básica, na média e alta complexidade. Não existe uma
adesão à PNPIC: a política traz diretrizes gerais para a
incorporação das práticas nos diversos serviços.
Técnicas não são aceitas pelos médicos

Apesar dos benefícios comprovados cientificamente, o Conselho Federal


de Medicina (CFM) reconhece apenas duas das 19 práticas
complementares incluídas pelo SUS: a acupuntura e a homeopatia.

Associação Médica Brasileira soltou um posicionamento oficial contra o


desvio das verbas de saúde pública para esse tipo de terapia. Para a
AMB, " é ultrajante que os recursos do SUS sejam direcionados a tais
práticas, enquanto a cada ano se investe menos em saúde. Vemos o uso
do orçamento da união, ou seja, o dinheiro da população, que deveria
estar sendo aplicado em áreas da saúde negligenciadas, sendo gastos em
'terapias' com a total falta de reconhecimento científico".
Link para a nota completa no site oficial da
AMB.https://amb.org.br/noticias/recursos-da-saude-publica-desviados-
para-terapias-alternativas/
Reflexoterapia

Reflexologia é uma prática de terapêutica alternativa que


consiste na aplicação de pressão nos pés e nas mãos de
forma a produzir em efeito noutra parte do corpo. A
pressão é aplicada com o polegar, dedos e mãos segundo
técnicas específicas e sem a utilização de óleos ou loções.

A reflexologia é uma pseudociência que se baseia na


crença de que cada órgão ou parte do corpo está
representado ou refletido nas plantas das mãos e dos pés,
e que exercer pressão nestes locais provoca alterações
físicas no resto do corpo. Não há evidências científicas de
que a reflexologia seja eficaz no tratamento de qualquer
doença ou condição médica.
Reflexoterapia
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Reflexoterapia
Reflexoterapia
Reflexoterapia
Aula De Educação Física: Cultura e Corpo
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