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Psicologia e Saúde

Professora Rosemary Calazans Cypriano


Universidade Veiga de Almeida / Campus Cabo Frio
XVIII PLENÁRIO DO CONSELHO
FEDERAL DE PSICOLOGIA

CFP realiza primeira reunião do XVIII Plenário.


 Alínea “c” do art. 6º da Lei nº 5.766, de 20 de dezembro de
1971, e pelo Decreto nº79.822, de 17 de junho de 1977: Lei
nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, que dispõe sobre os
cursos de formação em psicologia e regulamenta a profissão
de psicólogo.
 Normatização da atuação das psicólogas e dos psicólogos
nos diversos níveis de atenção à saúde.
Resoluções e Portarias (SUS)

 Resolução CFP nº 10, de 27 de agosto de 2005, que aprova


o Código de Ética Profissional do Psicólogo;
 Resolução do Conselho Nacional de Saúde CNS nº 287, de 8
de outubro de 1998, que reconhece a Psicologia como uma
das categorias profissionais de nível superior da área da
saúde;
 Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010, que
estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção
à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);
 Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011, que institui a Rede
de Atenção Psicossocial, cuja finalidade é a criação, ampliação e
articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com
sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes
do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS);
 Portaria nº 336, de 19 de fevereiro de 2002, que estabelece que os
Centros de Atenção Psicossocial poderão constituir-se nas
seguintes modalidades de serviços: CAPS I, CAPS II e CAPS III,
definidos por ordem crescente de porte, complexidade e
abrangência populacional;
 Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, que aprova a
Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão
de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);
 Portaria nº 122, de 25 de janeiro de 2011, que define as
diretrizes de organização e funcionamento das Equipes de
Consultório na Rua;
 Portaria nº 1.082, de 23 de maio de 2014, que redefine as
diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de
Adolescentes em Conflito com a lei, em Regime de
Internação e Internação Provisória (PNAISARI);
 Portaria Interministerial nº 1, de 2 de janeiro de 2014, que
institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
(PNAISP), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
ART 1º

 Parâmetros para o exercício profissional de psicólogas(o)s


em contextos de ATENÇÃO BÁSICA, SECUNDÁRIA e
TERCIÁRIA DE SAÚDE.
 Parâmetros – normas técnicas mínimas de referência para
orientar profissionais, responsáveis técnicos e gestores nos
serviços de saúde.
 Planejamento de atribuições;
 Redefinição do quantitativo de profissionais necessários à
execução das atividades de psicologia.
 Hora-Assistencial – tempo médio (nortear a prática e
distribuição mínima de pessoal).
 Trabalho Multi e/ou Interdisciplinar – serviços substitutivos em
saúde mental, nos três níveis de atenção (princípios da
reforma psiquiátrica antimanicomial).
 Tempo de atendimento – previsto nas especificidades do
Projeto Terapêutico Singular (PTS) de cada usuário.
Art. 4º

 Instituições de saúde que ofertarem serviços psicológicos


deverão ser registradas ou cadastradas no Conselho
Regional de Psicologia e ter, ao menos, um Responsável
Técnico por sede, agência, filial ou sucursal.
 Parágrafo único. Nas unidades em que haja apenas um
profissional de psicologia, esse deverá ser habilitado pela
instituição como Responsável Técnico.
Conceito de saúde
 Em relação a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as
definições de saúde, pode-se afirmar que não havia nenhum
conceito global, de modo que mesmo com o surgimento da
Liga das Nações Unidas, organizada após a Primeira Guerra
Mundial, não se conseguiu grandes avanços.
 Contudo, os movimentos sociais pós-guerra associados ao fim
do colonialismo e ascensão do socialismo, culminaram na
criação da Organização das Nações Unidas (ONU) e,
consequentemente, da Organização Mundial da Saúde
(OMS), sendo proposto em sua Carta Magna, no ano de 1948.
 “SAÚDE COMO SENDO O BEM-ESTAR FÍSICO, MENTAL E
SOCIAL E NÃO APENAS A AUSÊNCIA DE AFECÇÃO OU
DOENÇA”.
Organização Mundial de Saúde (OMS)

 1948: “Saúde é um estado de completo bem-estar físico,


mental e social e não apenas ausência de doença ou
enfermidade”.

 O que é bem-estar?
 Bem-estar mental – existência sem angústias e desafios.
 Bem-estar social – projeto normativo (‘tipo ideal’).
Atuação de Psicólogos na Saúde Coletiva

 Consonância aos princípios do SUS: INTEGRALIDADE,


EQUIDADE, UNIVERSALIDADE
 Rede de serviços integrada, regionalizada e hierarquizada.
 Atenção Primária: cuidados preventivos à saúde: pré-natal,
vacinações, exames laboratoriais de rotina.
 Atenção Secundária: tratamentos curativos: doenças de
tratamento ambulatorial, internações, cirurgias.
 Atenção Terciária: tratamentos de sequelas: fisioterapia,
reabilitação, fonoaudiologia, próteses e órteses.
Atuação na Atenção Primária
 PSF (1993) e atual ESF: Porta de entrada do sistema.
 NASF (2008): Psicologia na Atenção Básica.
 Portaria nº 154 (Ministério da Saúde) prevê um profissional de Saúde
Mental em cada NASF como condicional ao seu funcionamento devido à
magnitude epidemiológica dos transtornos mentais.
 Assistencial: produzir ação clínica direta com os usuários.
 Técnico-pedagógica: produzir ação de apoio educativo com e para a
equipe.
 Fortalecimento dos vínculos por meio da escuta;
 Criação de espaços de apoio e suporte para os profissionais das equipes
de Saúde da Família;
 Humanização das relações entre os membros da própria equipe.
Atuação na Atenção Secundária e Terciária

 Bem estar físico e emocional do paciente, familiares e equipe.


 Avaliação e acompanhamento de intercorrências psíquicas
dos pacientes/promoção e recuperação da saúde.
 Relação médico-paciente, paciente-família, paciente-paciente
e paciente-adoecimento.
 Hospitalização e repercussões emocionais.
 Formação, aperfeiçoamento e especialização de outros
profissionais de saúde de nível médio ou superior.
 Pacientes em atendimento clínico ou cirúrgico, nas diferentes
especialidades médicas: Ambulatório, UTI, Pronto Atendimento,
Enfermaria.
 Grupos psicoterapêuticos;
 Grupos de psicoprofilaxia;
 Psicomotricidade no contexto hospitalar;
 Avaliação diagnóstica. (CFP, 2007)
 Na equipe multidisciplinar
 Decisões em relação à conduta a ser adotada pela equipe,
promovendo apoio e segurança ao paciente e à família e
contribuindo para manejo de dificuldades operacionais e/ou
subjetivas dos membros da equipe.
Saúde?

 Saúde é a resultante das condições de alimentação,


educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte,
emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra, acesso a
serviços de saúde.... resultado de formas de organização
social de produção, as quais podem gerar profundas
desigualdades no níveis de saúde.
Organização Panamericana da Saúde OPAS

 Segundo a OPAS (1983):


 Cerca de 30 % dos pacientes que procuram serviços de
saúde vêm com problemas psicossociais, o que mostra a
necessidade de um profissional de Psicologia na Saúde
Pública, não apenas por uma questão de assistência e
qualidade nesta, mas também por uma questão econômica.
Condições de saúde e doença não acontecem ao acaso nem
por acaso

 É determinado por um  Tem distribuição


processo permanente e diferenciada dos eventos
dinâmico com interação de relacionados com saúde e
diversos fatores doença em grupos
relacionados com a populacionais.
qualidade de vida.
O que é doença?
O que é processo?
O que é processo saúde/doença?

OPAS lança relatório apontando importância de atenção


primária de saúde no Brasil (Publicado em 29/11/2018).

Esse modelo apresenta melhores resultados quanto à


ampliação do acesso ao sistema de saúde e em indicadores
como diminuição de internações e redução da mortalidade
infantil, materna e por causas preveníveis.
Processo Saúde-Doença

 SAÚDE: diz respeito à potência e à criatividade.

 DOENÇA está relacionada à limitação e à


impotência diante de um mundo no qual alguém,
anteriormente, sentia-se à vontade.
 Doença é compreendida como “sentimento de vida
contrariada”: diante de certo obstáculo seria preciso lançar
mão da invenção de novos modos de estar no mundo.

 Caráter relativo da saúde e da doença.


 O conceito de doença deve ser considerado a partir de
questões sociais econômicas, políticas e culturais, sendo que
a partir desta perspectiva, a saúde não representa a mesma
coisa para todas as pessoas no mundo.
 Cada povo, nação, imerso em determinada cultura, apresenta
uma concepção de saúde/doença a partir das percepções
que constrói sobre as mesmas. Assim, podemos dizer que as
pessoas consideram a doença a partir das suas concepções
individuais, científicas, filosóficas e religiosas.
 Desde muito tempo e, ainda, nos dias de hoje,
relacionamos a doença com alguma desobediência
divina.
 Quem nunca se questionou em relação a origem de
um câncer, e encontrou nos processos divinos a
causa para as angústias frente a este tipo de
adoecimento?
Referências Bibliográficas

 BRASIL. Referências técnicas para atuação de


psicólogas(os) na atenção básica à saúde. 2. ed. Brasília:
CFP, 2019.
 SPINK, MJP. (Org.). A psicologia em diálogo com o SUS: a
prática profissional e produção acadêmica. São Paulo: Casa
do psicólogo, 2010 (Cap. 1: p. 25-51).
 SPINK, MJP. Psicologia social e saúde: práticas, saberes e
sentidos. Rio de Janeiro: Vozes, 2003 (Cap. 1: p. 29-39).

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