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PSICOLOGIA

DA SAÚDE
IMPORTANTE!
A psicologia da saúde está voltada a forma que se
experencia o estado de saúde e doença, seja do sujeito
consigo mesmo, ou com a comunidade.
O QUE É A PS?
É o agrupamento de atividades realizadas nos campos da
saúde tanto no formato de pesquisa quanto de assistência e
ensino. A finalidade principal da Psicologia da Saúde é
compreender como é possível, através de intervenções
psicológicas, contribuir para a melhoria do bem-estar dos
indivíduos e das comunidades (Teixeira, 2004). Centrados na
promoção da saúde e prevenção de doença, trabalhando com
os fatores psicológicos que fortalecem a saúde e que reduzem
o risco de adoecer, podem ainda, estar envolvidos em pesquisa
e investigação, no ensino e formação (Teixeira, 2004).
UM POUCO DA HISTÓRIA
Surge na década de 70 a partir de um grupo de trabalho da
APA (American Psychological Association);
Em 1978 nasce a divisão 38 que passa a ter como objetivo
estudar a psicologia demonstrando a saude e a doença
através de pesquisas e integra-la com a biomedicina.
O primeiro encontro de profissionais da área da saúde
ocorreu em 1984, em Cuba, reuniu cerca de 1000
psicólogos interessados e foi um marco propulsor para o
avanço e o reconhecimento da área (Remor, 1999)
ALAPSA
A partir desses encontros, constitui-se a ALAPSA, (2003), uma
associação que reúne diversos países latino-americanos.
Vinculados à ALAPSA, alguns países latino-americanos possuem
também sua própria associação de Psicologia da Saúde, como, por
exemplo, Colômbia, Cuba, México, Venezuela e Brasil. Psicologia
da Saúde na América Latina teve um rápido crescimento em
recursos humanos, é a que mais absorveu psicólogos nos últimos 15
anos, no Brasil e em outros países latino-americanos,
principalmente na Argentina, mas a produção científica continua
escassa.
PRODUÇÃO CIENTÍFICA
Em nível mundial, as pesquisas em Psicologia da
Saúde estão sendo incrementadas, e 90% delas
correspondem aos países europeus, Estados Unidos,
Japão e Austrália
Psicologia Hospitalar atua em instituições de saúde,
participando da prestação de serviços de nível secundário e
terciário da atenção à saúde, realizando atividades como:
atendimento psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos;
grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e
unidade de terapia intensiva; pronto atendimento;
enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto
hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico;
consultoria e interconsultoria.
ATUAÇÃO
A Psicologia da Saúde não está interessada diretamente pela
situação, que cabe ao foro médico. Mas sim como sujeito
vive e experimenta o seu estado de saúde ou de doença, na
sua relação consigo mesmo, com os outros e com o mundo.
P.S. é o conjunto de contribuições educacionais, científicas e
profissionais específicas da Psicologia, utilizadas para a
promoção e manutenção da saúde, prevenção e tratamento das
doenças, identificação da etiologia e diagnóstico
Atuação do Psicólogo da Saúde
A finalidade principal da Psicologia da Saúde é compreender como é
possível, através de intervenções psicológicas, contribuir para a
melhoria do bem-estar dos indivíduos e das comunidades (Teixeira,
2004)
As funções dos profissionais de Psicologia da Saúde estão se expandindo
à medida que o campo amadurece. A maioria dos psicólogos da saúde
trabalham em hospitais, clínicas e departamentos acadêmicos de
faculdades e universidades onde eles podem fornecer ajuda direta e
indireta aos pacientes.
Na atuação clínica, podem fornecer atendimento para pacientes com
dificuldades de ajustamento à condição de doente, como por exemplo,
na redução de sentimentos de depressão no paciente internado.

Os campos de atuação clínica podem ser: prestação de cuidados de


saúde na atenção básica e de média complexidade, unidades de
internação hospitalar (alta complexidade), serviços de saúde mental,
unidades de dor, oncologia, serviços de saúde pública, serviços de
saúde ocupacional, consultas desupressão do tabagismo, serviços de
reabilitação, entre outros (Teixeira, 2004)
RAPS - REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Foi instituída pela Portaria MS/GM nº 3.088, de 23/12/2011 e
prevê a criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à
saúde para pessoas com transtorno mental e com necessidades
decorrente do uso de drogas no âmbito do SUS.

LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001.


A Lei Nº 10.216, dispõe sobre a proteção e os direitos dos
indivíduos portadores de transtornos mentais e redireciona o
modelo assistencial à saúde mental.
A RAPS se organiza nos principais componentes: Atenção Básica em
saúde, Unidade básica de saúde, Núcleo ampliado de saúde da família,
Consultórios nas ruas; centros de convivência e cultura; centros de
atenção psicossocial (nas suas diferentes modalidades); equipes
multiprofissionais de atenção especializadas em saúde mental; SAMU
192; UPA 24 horas; unidades de acolhimento; serviço de atenção
hospitalar em regime residencial; salas de estabilização; programas de
reabilitação psicossocial; unidades especializadas em hospital geral;
serviços residenciais terapêuticos e iniciativas de geração de trabalho e
renda.
O Movimento Antimanicomial na sua origem está ligado à reforma
sanitária brasileira, da qual consequentemente resultou na criação do
Sistema único de saúde e está ligado diretamente à
desinstitucionalização da Psiquiatria desenvolvidas em Gorizia por
Franco Basaglia em meados dos anos 60.
A RAPS (Rede de Atenção Psicossocial), foi instituída pela Portaria
MS/GM nº 3.088, de 23/12/2011 e prevê a criação, ampliação e
articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com transtorno
mental e com necessidades decorrente do uso de drogas no âmbito do
SUS (Sistema único de Saúde)
Descrição dos equipamentos substitutivos
CAPS (AD, Adulto Infantil) - Os centros de Atenção Psicossocial são
portas de entrada que trabalham para o atendimento público na área da
Saúde Mental, a rede conta com atendimentos específicos para usuários
de álcool e drogas, infanto juvenil e adulto.
A maioria dos CAPS funciona em regime de porta aberta, ou seja, sem
necessidade de agendamento ou encaminhamento. Uma equipe
composta por psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas
ocupacionais e enfermeiros realizam e acompanham o quadro do
usuário indicando o tratamento adequado para cada caso, sendo de
situações de dependência química ou de intenso sofrimento psíquico.
SRT ou Serviço Residencial Terapêutico são casas que estão espalhadas
pela cidade, com o intuito de responderem às necessidades de moradia de
indivíduos portadores de transtornos mentais graves. O número de
usuários do serviço varia de uma pessoa e no máximo oito, que vão contar
com o suporte profissional especializado às necessidades de cada um e
não só no coletivo. O acompanhamento aos moradores deve prosseguir,
mesmo que ele mude de endereço ou seja hospitalizado. Esse processo de
reabilitação e inserção no meio social é feito de modo que o morador seja
aos poucos inserido na comunidade e no mercado de trabalho, sendo
assim o serviço residencial terapêutico é o início do processo de
reabilitação que deverá buscar a inclusão social do morador.
CECCO - Centros de Convivência e Cooperativa, tratam-se de
equipamentos voltados a todas as pessoas e principalmente as que
portam transtornos mentais, deficiências e idosos, adolescentes e
crianças em situações de vulnerabilidade social e de saúde, tendo como
objetivo principal a reinserção social e integração no mercado de
trabalho. As ações e atividades são desenvolvidas através da convivência
e interação com a cultura, diversidade, educação e esportes, visando
sempre a harmonia com o território no qual a comunidade está inserida.
Os CECCOs estão sempre alocados em espaços públicos em sua
maioria perto de centros esportivos e parques.
LEITOS - Nos hospitais gerais, existem as enfermarias especializadas para
acolhimento às pessoas com transtornos mentais ou com dependência
química. O cuidado na enfermaria especializada em hospital geral é
articulado com o Projeto terapêutico individual, desenvolvido pelo serviço
de referência do usuário, sendo que a internação deve ser de curta duração
até a estabilidade.
O acesso aos leitos na enfermaria especializada é regulado com base nos
critérios clínicos e pela gestão do CAPS, sendo que quando o usuário
acessa os leitos pelo CAPS, é providenciado seu vínculo ao Centro de
Atenção Psicossocial, que assumirá o caso durante a hospitalização e após
o tratamento.
Apesar dos incontestáveis avanços desde a reforma psiquiátrica,
muitas fragilidades se encontram nos instrumentos de acolhimento a
saúde mental, algumas remanescentes e outras que se afloraram com
a criação da RAPS, sendo elas: deficiência estrutural dos serviços
comunitários, precarização dos vínculos profissionais, a própria
ausência dos mecanismos de monitoramento e avaliação da RAPS e da
política pública de saúde mental.
Fazendo com que a cobertura seja pouco clara e efetiva, mantendo
dificuldade de enfrentar a vulnerabilidade social dos indivíduos no
território onde circulam e vivem.
A psicologia Hospitalar
Simonetti (2004) "A psicologia Hospitalar é o campo
de entendimento e tratamento dos aspectos
psicológicos em torno do adoecimento.”

E em todo aspecto psicológico da doença se


encontra subjetividade. - Diante da doença, o ser
humano manifesta subjetividade, como desejos
pensamentos, medos, fantasias, sonhos, conflitos,
sentimentos comportamentos etc
O setting terapêutico
O setting terapêutico é bastante peculiar, pois o psicólogo deve
se adaptar as condições hospitalares. Ou seja, pode ser
interrompido pela equipe de médicos e enfermeiros devido as
suas funções, medicamentos ou urgências, o atendimento pode
ser em meio a outros pacientes, impossibilitando um sigilo.
Então deve haver flexibilidade e reconhecer que seu trabalho
pode ser interrompido, cancelado ou adiantado. Acompanhar a
evolução do paciente quanto aos aspectos emocionais que a
doença traz é o principal objetivo
A ASSISTENCIA PSICOLOGICA NAS UNIDADES
HOSPITALARES
AMBULATÓRIO CLÍNICO - Investigação especializada e explicativa,
tratamentos e se necessário, indicação de internação
EMERGÊNCIA OU PRONTO SOCORRO - Prontidão de conhecimentos
porque sempre está esperando o desconhecido. O tratamento nessa
unidade deve ser pontual, tendo início, meio e fim. Deve haver
habilidades de rapidez, raciocínio e perícia em ações por conta da crise,
deve também contar com apoio dos recursos da comunidade para
encaminhamentos que estejam prontamente disponíveis para atender
esse paciente
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) - Pacientes estado
em grave com possibilidade de recuperação, com assistência
médica e de enfermagem permanentes, além da necessidade de
equipamentos. Aqui as ações são diuturnas, rápidas e precisas,
exigindo desempenho máximo da equipe, além de conter o
limite da vida e da morte, normalmente são áreas restritas a
circulação, com pouco ou nenhum acesso de familiares. A
atenção do psicólogo nesta unidade é na tríade constituída pelo
paciente-família e equipe de saúde
Há 2 sistemas de funcionamento dos serviços de psicologia em um
hospital geral: O Sistema de Consultoria, onde o psicólogo avalia,
indica ou realiza um tratamento ao paciente. Sua presença é
episódica, respondendo a solicitação de outro profissional.

O outro é o sistema de ligação, onde o psicólogo é inserido na equipe


que cuida do paciente. O psicólogo tem contato continuo com os
departamentos do Hospital Geral por ser um membro efetivo,
atendendo pacientes, participando de reuniões e lidando com os
aspectos da relação estabeleci das entre as equipes, pacientes e
familiares
CONCLUSÃO
A psicologia em saúde é a área da Psicologia que
estuda o comportamento humano no contexto da
saúde e da doença, buscando compreender o papel das
variáveis psicológicas sobre a manutenção de saúde, o
desenvolvimento de doenças e comportamentos
associados a doença. A atuação do psicólogo pode ser
centrada na promoção de saúde e prevenção de
doenças, nos serviços clínicos e em pesquisa e ensino.
Referencial teórico
A prática da psicologia da saúde - http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1516-08582011000200012

Psicologia da saúde x psicologia hospitalar: definições e possibilidades de inserção


profissional
https://doi.org/10.1590/S1414-98932004000300007

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