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Minicurso

Atuação do
Psicólogo na
Atenção
Básica

Cynthia Meireles
Psicóloga Especialista em Saúde
Histórico

A Estratégia Saúde da Família (ESF) iniciou-se como


um programa, em 1994, que depois afirmou-se como
estratégia do Ministério da Saúde, visando fortalecer o
SUS e reordenar a AP, reafirmando os princípios
organizativos e ideológicos do Sistema: universalidade,
descentralização, integralidade, equidade,
hierarquização regionalizada e participação social. Esse
Programa Saúde da Família (PSF) se constituía
inicialmente pelas chamadas equipes de Saúde da
Família (SF) compostas por médico, enfermeiro,
técnicos de enfermagem, agentes comunitários de
saúde e, em alguns casos, por cirurgiões dentistas e
auxiliares de consultório dentário, responsáveis por até
quatro mil pessoas em áreas adscritas.
Histórico
Foram criadas duas modalidades de NASF: o NASF 1,
vinculado a de oito a vinte equipes de SF, deve ser composto
por no mínimo cinco das seguintes profissões, psicólogo,
assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta,
fonoaudiólogo, profissional de educação física, nutricionista,
terapeuta ocupacional, médico ginecologista, médico
homeopata, médico acupunturista, médico pediatra e
médico psiquiatra. O NASF 2, implantado em municípios de
menor porte, deverá contar com, ao menos, três desses
profissionais vinculados a, no mínimo, três equipes de SF. A
Portaria 154 reconhece a importância estratégica das ações
em saúde mental, o que fica claro em seu capítulo IV,
Parágrafo 2º, que coloca que “tendo em vista a magnitude
epidemiológica dos transtornos mentais, recomenda-se
que cada Núcleo de Apoio à Saúde da Família conte com
pelo menos 1 (um) profissional da área de saúde mental”.
Histórico
O psicólogo expressa os ensinamentos
profissionais em seu pensar e agir, cujas formas
permitirão à equipe com que trabalha e á população
que atende conhecer essa ciência e profissão. A
maneira atual de formar, apontam Costa e Olivo
(2010), tem como consequência que “a atuação dos
psicólogos, ao iniciarem sua prática e inserção nos
serviços de atenção básica à saúde, ainda
permanece vinculada ao atendimento individual,
em ‘consultórios particulares’, onde predomina o
modelo de atendimento clínico, importado da
graduação e aplicado aos usuários de uma maneira
geral
Psicólogo

Qual é então o perfil desejável do psicólogo


trabalhando na AP? Para Moré e Macedo (2006)
este profissional não deverá selecionar a escuta
dos problemas da demanda de acordo com sua
especialidade - crianças, adultos, adolescentes,
clínica, escolar, organizacional, social.
Especializar o atendimento é reproduzir
esquemas considerados ineficazes,
determinando-se o que poderia ser escutado e
atendido e o que não poderia ser acolhido por
não pertencerem à especialidade do
profissional.
Psicólogo

Seu agir deverá, desta forma, apontar para


temáticas, problemas e questões relacionados à
realidade cotidiana das pessoas da
comunidade, vivenciados nas famílias, em
pequenos grupos ou em grupos mais
organizados. Esta atuação deve, além de
atender à demanda clínica local, visar a
promoção da saúde e, em consequência, a
melhora da qualidade de vida das pessoas e de
sua condição de cidadãos.
Psicólogo

Algumas contribuições da Psicologia nos


processos de trabalho das equipes de Saúde da
Família passam, dessa forma, por fomentar a
interdisciplinaridade, fortalecer ações de
promoção de saúde e prevenção de doenças e
auxiliar no desenvolvimento de grupos e
estratégias. A efetivação destas contribuições
aponta para a importância da territorialização do
psicólogo (com área adscrita sob sua
responsabilidade) para que, próximo de sua
comunidade, possa atuar dentro do modelo de
saúde pública, evitando, assim, a
“ambuatorização” do atendimento.
Atividades do Psicólogo

(1) Elaboração conjunta com a equipe de SF de


programas de prevenção de doenças e
promoção da saúde;

(2) realização de atividades psicodiagnósticas e


acompanhamento das diferentes demandas em
saúde mental;

(3) priorização do atendimento grupal (nível


operativo ou pedagógico) através de grupos de
familiares, de casais, crianças, adolescentes,
adultos e idosos;

(4) atendimentos comunitário-domiciliares para


acompanhamento de famílias e pessoas da
comunidade;
Atividades do Psicólogo

(5) Intervenção de rede, ou seja, o trabalho feito


com uma pessoa ou família, contextualizado no
grupo de pessoas significativas, objetivando
instrumentalizar tal rede para fornecer suporte
ou apoio específico;

(6) atendimento e acompanhamento dos


pacientes psiquiátricos da comunidade,
potencializando a rede familiar e institucional
como parâmetros de referência para o paciente.
Atividades do Psicólogo

Um dos espaços de troca e como


organização que possibilita a reestruturação
de modelos e a incorporação da
complexidade na atenção básica. Esta
oportunidade apresenta-se mesmo
enquanto o NASF não garanta que o
psicólogo possa inserir-se na AP da forma
esperada, ou seja, de maneira
territorializadas, fazendo parte das equipes
de referência e não apenas como retaguarda
especializada.

Atividades do Psicólogo

Capacitação dos técnicos e profissionais


da saúde em geral

(agentes comunitários, enfermeiros,


médicos, dentistas e demais funcionários) da
Rede Pública de Saúde do Município.
Reuniões de capacitação para a comunidade
em geral;

Atuação junto ao portador de sofrimento


mental e suas famílias

com o objetivo de aproximá-los dos serviços


de saúde, atividade desenvolvida por meio de
encontros semanais, promoção de
discussão geral em grupo, produção de
artesanato, organização de passeios,
comemorações, teatro informativo, canto
coral, etc. Todas as atividades já
desenvolvidas neste item foram registradas
Atividades do Psicólogo
Participação da avaliação diagnóstica

por meio de informações e


acompanhamento contínuo do usuário e de
seus familiares. Essa atividade tem o objetivo
de orientar e apoiar a pessoa em sofrimento
mental bem como sua família quanto ao uso
de medicação, cuidados com a saúde e
eventuais encaminhamentos a outras
especialidades, como, por exemplo,
psicoterapia, oftalmologia, odontologia, etc.

Atendimento individual

quando for indicado, além de todos os


registros efetuados durante os
atendimentos.
Atividades do Psicólogo
Visitas domiciliares às famílias de
pessoas em sofrimento mental

sejam eles desconhecidos ou já


acompanhados pelo serviço, com o objetivo
de favorecer o estreitamento dos vínculos
entre os novos usuários dos serviços
públicos de saúde e os profissionais ou
consolidar os já existentes. Essa ação, além
de possibilitar o conhecimento e o
acompanhamento da demanda reprimida do
Município, possibilita também a organização
de um quadro situacional dos usuários das
unidades de saúde envolvidas. As visitas são
estimuladas pelos agentes comunitários de
saúde/ACS ou pela ausência continuada da
pessoa em sofrimento mental ou de seus
familiares.
Atividades do Psicólogo

Clínica Ampliada

Projeto Terapêutico Singular

Atendimento Individual
Atividade Compartilhada
Visita Domiciliar
Atividade de Grupo
Educação Permanente
Reuniões de Matriciamento
Atividade Administrativa
Reunião de Equipe
Atividades do Psicólogo

PRODUTIVIDADE DOS PSICÓLOGOS DA APS

Atendimento individual - 12h/semana


Atendimento individual realizado por
profissional psicólogo de forma presencial ou
remota.

Atividade compartilhada - 8h/semana


Atendimentos, visitas e/ou ações realizadas em
conjunto com outros profissionais da equipe de
Saúde da Família (ex: visita compartilhada,
atendimento compartilhado, discussão de caso)

Visita domiciliar - 2:30h/semana


Visitas domiciliares realizadas às pessoas com
transtornos mentais e/ou às pessoas com
necessidades decorrentes do uso de crack,
álcool e outras drogas (ou a familiares, contatos,
serviço, escola desses pacientes ou ações
intersetoriais do caso).
Atividades do Psicólogo

PRODUTIVIDADE DOS PSICÓLOGOS DA APS

Atividade de grupo - 2h/semana


Atividades coletivas realizadas com grupos
prioritários (ex.: oficinas terapêuticas, grupo de
convivência, grupo de gestante, planejamento
familiar, Hiperdia, etc.).

Educação permanente - 2h/mês


Atividade de capacitação de eSF ou pontos
intersetoriais (escolas, associações, comércio,
outros serviços de saúde) conduzida pelo
profissional psicólogo. O psicólogo deverá fazer
no mínimo 2 atividades de educação
permanente no mês (1h de duração cada).

Atividade administrativa - 2h/semana


Carga horária destinada para demandas
administrativas, tais como alimentação de
sistemas de informação, respostas aos emails,
participação em reuniões da SMS, etc.
Atividades do Psicólogo

PRODUTIVIDADE DOS PSICÓLOGOS DA APS

Reunião de matriciamento - ex: 1h/semana.


Reunião realizada por matriciadores para
discussão de casos, construção de PTS e
condutas com os profissionais da atenção
básica.

No decorrer do mês deverão ser destinadas x


horas para realização dessa atividade, sendo
que os encontros de matriciamento poderão ser
distribuídos da seguinte forma:
-ex: 01 reunião no mês com duração de 4 horas;
ou 02 reuniões no mês com duração de 2 horas
cada; ou 04 reuniões no mês com duração de 1
hora cada.
Atividades do Psicólogo

PRODUTIVIDADE DOS PSICÓLOGOS DA APS

Reuniões de Equipe - ex: 2h/semana


Carga horária destinada para reuniões de equipe
com pautas que tratam da organização do
serviço, repasse de informações e fluxos,
reunião para fechamento mensal da
produtividade das equipes de saúde da família.
Gestão do Psicólogo.

Parâmetro da Atividade/duração programada


Atendimento individual: ex: até média de 40 min.
Atividade compartilhada: ex: até média de 60
min.
Visita domiciliar: ex: até média de 40 min. +
20min. de deslocamento
Atividade de grupo: ex: até média de 2 hrs
Educação Permanente: ex: até média de 60min.
Reunião de Equipe: ex: até média de 2hrs.
Reunião de Matriciamento: ex: até média de
4hrs
Atividades do Psicólogo
CAPACITAÇÃO COM OS AGENTES
COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

Reuniões com os agentes consistem em


elencar juntamente com eles os temas que
tenham interesse em saber, a proposta pode ser
educação permanente em modalidades de
grupos de forma diferente, ocorrendo 1x no mês
na data sugerida por eles e fixada.
Ex: Toda primeira Quarta de cada mês.
Atividades do Psicólogo

RESOLUÇÃO Nº 17, DE 19 DE JULHO DE 2022


Dispõe acerca de parâmetros para
práticas psicológicas em contextos de
atenção básica, secundária e terciária
de saúde.
Para fins desta Resolução,
Hora-Assistencial é a
unidade de medida relativa ao tempo médio
estimado para a realização das práticas
psicológicas em saúde nos diferentes níveis de
atenção, e considera:
I - o planejamento de atividades, inclusive leitura
de prontuário, escolha, preparo, guarda e descarte
de materiais;
II - a realização de intervenções, procedimentos e
técnicas psicológicas;
III - as ações compartilhadas, multi e
interprofissionais, territoriais e comunitárias;
IV - a supervisão, discussão de casos e reuniões de
equipe;
V - o encaminhamento e direcionamento de
demandas a outros profissionais; e
VI - a evolução em prontuário, elaboração de
documentos, preenchimento de instrumentais de
produtividade, notificação e vigilância, e demais
rotinas administrativas.
Atividades do Psicólogo
DA ATENÇÃO BÁSICA

Art. 5º A atuação da psicóloga e do psicólogo na


Atenção Básica deverá estar pautada nos
atributos desse nível de atenção à saúde,
especialmente no que se refere à equidade, à
integralidade, à universalidade de acesso, à
longitudinalidade, à atenção no primeiro contato
e à coordenação do cuidado.

Parágrafo único. Serão considerados atributos


derivados a orientação familiar e comunitária e a
competência cultural.
Atividades do Psicólogo
DA ATENÇÃO BÁSICA

Art. 6º As psicólogas e os psicólogos inseridos


na Atenção Básica deverão atuar nas diferentes
equipes e dispositivos descritos nas portarias
ministeriais, que apresentam sua tipificação e
parametrização. São eles:

I - Núcleo Ampliado de Saúde da Família e


Atenção Básica (Nasf-AB);
II - Equipe de Consultório na Rua (eCR);
III - Centro de Convivência e Cultura;
IV - Equipes de Atenção Primária Prisional
(eAPP)
V - Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde de Adolescente em Conflito com a Lei
(PNAISARI); e
VI - demais equipes e dispositivos vigentes,
conforme normativas do Ministério da Saúde.
Atividades do Psicólogo
DA ATENÇÃO BÁSICA

Art. 7º O dimensionamento do quadro de


psicólogas e psicólogos por equipes e
dispositivos de Atenção Básica deve respeitar
as normativas vigentes e considerar o
quantitativo populacional, assim como as
especificidades territoriais, as vulnerabilidades
sociais e as necessidades de saúde específicas,
para garantia da equidade em saúde.

Parágrafo único. Em áreas de grande dispersão


territorial, áreas de risco e de vulnerabilidade
social, deverá ser alocado, proporcionalmente,
um maior quantitativo de psicólogas e
psicólogos por habitantes.
Atividades do Psicólogo
DA ATENÇÃO BÁSICA

Art. 8º A Agenda-Padrão da Atenção Básica é


composta por quatro eixos (Anexo I):
I - Atendimento Específico;
II - Ações Compartilhadas;
III - Ações no Território; e
IV - Outras Ações.

Art. 9º A Hora-Assistencial da psicóloga e do


psicólogo na Atenção Básica deve ser
dimensionada de acordo com as
especificidades de cada equipe e com o
respectivo campo de atuação profissional.

Parágrafo único. No dimensionamento da


equipe, deve-se respeitar a proporção da carga
horária a ser destinada a cada ação, de forma a
organizar os processos de trabalho nos quatro
eixos da Agenda Padrão da Atenção Básica.
Atividades do Psicólogo
DA ATENÇÃO BÁSICA

Art. 10. A carga horária (Hora-Assistencial) e a


distribuição de atividades (Agenda-Padrão) das
psicólogas e dos psicólogos que atuam na
Atenção Básica, a serem realizadas mensal,
semanal ou diariamente, devem se pautar pela
parametrização abaixo:

§ 1º Quanto ao Atendimento Específico, a


psicóloga e o psicólogo realizarão:

I - atendimentos individuais e ações de


acolhimento, com duração de 30 a 45 minutos
cada, compondo de 5% a 15% de sua carga
horária mensal; e

II - ações de educação permanente, com


duração de 90 a 120 minutos, compondo de 5%
a 10% de sua carga horária mensal.
Atividades do Psicólogo
DA ATENÇÃO BÁSICA

2º Quanto às Ações Compartilhadas, a


psicóloga e o psicólogo realizarão:

I - ações de atendimento compartilhado ou


interconsulta, com duração de 30 a 45 minutos,
compondo de 5% a 15% de sua carga horária
mensal;

II - ações de práticas grupais, com duração de


60 a 90 minutos, compondo de 5% a 15% de sua
carga horária mensal;

III - ações de discussão de casos e elaboração


de Projetos Terapêuticos Singulares, com
duração de 90 a 120 minutos, e reuniões de
equipe, com duração de 90 a 180 minutos,
distribuídas de modo a compor de 25% a 35%
de sua carga horária mensal; e
Atividades do Psicólogo
DA ATENÇÃO BÁSICA

IV - ações de atenção a familiares, com duração


de 60 a 90 minutos, compondo cerca de 5% de
sua carga horária mensal.

3º Quanto às Ações no Território, a psicóloga e o


psicólogo realizarão:

I - ações de articulação de Rede Intra e


Intersetorial, com duração de 120 a 240
minutos, e ações de visita institucional, com
duração de 90 a 120 minutos, compondo de 5%
a 15% de sua carga horária mensal; e

II - ações de visita domiciliar, com duração de


90 a 120 minutos, compondo de 5% a 15% de
sua carga horária mensal.
Atividades do Psicólogo
DA ATENÇÃO BÁSICA

4º Quanto às Outras Ações, a psicóloga e o


psicólogo:

I - realizarão ações de evolução do prontuário,


elaboração de declaração e atestado, com
duração de 10 a 15 minutos, e elaboração de
demais documentos, com duração de 90 a 120
minutos por documento, distribuídas de modo a
compor cerca de 5% de sua carga horária
mensal; e

II - poderão realizar ações de formação, tais


como: supervisão, tutoria, preceptoria,
participação e orientação de trabalhos,
pesquisas, monografias e artigos, com duração
de 90 a 120 minutos, distribuídas de modo a
compor de 5% a 10% de sua carga horária
mensal.
Referências
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) apresenta à categoria e à sociedade o
documento “Referências Técnicas para atuação de psicólogas(os) na Atenção
Básica à Saúde”, produzido no âmbito do Centro de Referência Técnica em
Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP).

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política


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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da


Política Nacional de Humanização. (2007a). Clínica ampliada, equipe de referência
e projeto terapêutico singular (2a ed.). Brasília, DF: Autor. (Série B. Textos Básicos
de Saúde)

Brasil. Ministério da Saúde. (2008). Portaria nº 154 de 25 de janeiro de 2008. Cria


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Dimenstein, M. (1998). O psicólogo nas unidades básicas de saúde: desafios para


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