Você está na página 1de 26

Vídeo

Vídeo Institucional - Papel do psicólogo em todos os lugares


■ https://www.youtube.com/watch?v=Oc1vjYVT5ak
Psicologia em Defesa do SUS - História e
Memória da Psicologia na Garantia de Direitos

■ https://www.youtube.com/watch?v=K8GmFrjjAqI
A PSICOLOGIA EM DIÁLOGO COM O
SUS

Disciplina: Epidemiologia e Saúde Coletiva


Professora: Aline Almeida Martins
Material: Profª Ana Paula Dias Pereira
Nem sempre a Psicologia fez interface
com a saúde pública como faz hoje
✓ No Brasil, o atendimento psicológico faz parte dos serviços públicos há pelo menos três
décadas. Muita coisa mudou neste período, tanto a oferta como a demanda.

Década de 1970
• Atuação em hospitais;
• Atenção ambulatorial, caracterizava-se como um serviço público de especialidades ligado ao INAMPS, sendo seus usuários
apenas os trabalhadores celetistas.
Década de 1980
•Foi desencadeada a atenção integral à saúde, resultado da pressão do movimento dos profissionais de saúde e da crise
financeira do INAMPS.
•Começaram a surgir as equipes mínimas de saúde mental nas UBS, compostas por psicólogo, psiquiatra e assistente social.
•Foram criados também os ambulatórios de saúde mental, estaduais e municipais, bem como as unidades de hospital dia.
Década de 1990
•Caracterizou-se pela afirmação da Saúde como direito de todo cidadão, traduzido na implantação do SUS.
•Esta é, também, a década de um forte movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira, que se desenvolve paralelamente à
Reforma Sanitária, a Psicologia inicia o processo de transformação do seu saber-fazer.
O que fazer no território dos

Desafios da década 90 conflitos, onde as crises


acontecem e onde as pessoas
se inserem para trabalhar,
morar e se divertir?

✓ Durante a década de 90 estava muito claro que


o fazer psicológico não estava mais contido
apenas às paredes dos consultórios
particulares. Como trabalhar e ouvir o sujeito
inserido e não mais apartado da
✓ As práticas psicológicas contemporâneas foram realidade sócio-familiar, isolado em
profundamente afetadas pelo ingresso do fazer um consultório com sua verdade
psicológico nas políticas públicas de modo geral, única?
especialmente no contexto da saúde.
✓ Psicologia brasileira, que tem sua prática inicial
voltada para o atendimento individual, no
consultório privado, disponível apenas para uma
pequena parcela da população, se vê diante de
um grande desafio: como ingressar nessa nova
lógica de cuidado à saúde proposta pela política
pública?
Atuação do Psicólogo (a) no SUS
■ As políticas públicas passaram a contratar um número expressivo de psicólogos no Brasil, a prática
profissional que antes era majoritariamente formada por uma legião de profissionais liberais, passa a ser
expressivamente composta por profissionais contratados em cargos públicos.

■ Em 2006, o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) contabilizava 14.407 psicólogas(os)


atuando no SUS, o que correspondia a 10 % das(os) psicólogas(os) registradas(os) no Sistema Conselho de
Psicologia. Em 2015, o número subiu para 49.412, com 19,53 % das(os) psicólogas(os) registradas(os).

Vocês sabem quais são os serviços do SUS que as (os) Psicólogas (os) atuam?

(Crepop, 2019)
Atuação do Psicólogo (a) no SUS
Baixa Complexidade: Atenção Primária à Saúde:

•Unidade Básica de Saúde;


•Núcleo de Apoio da Saúde da Família;
•Consultório de Rua (CR).

Média Complexidade: Atenção Secundária à Saúde:

•Centros de Atenção Psicossocial (CAPS);


•Hospital Dia;
•Centros de Reabilitação Física;
•Centros de Referência à Saúde do Trabalhador;
•Centros de Apoio e Orientação sobre IST/AIDS;
•Equipes de Atenção a Presidiários.

Alta Complexidade: Atenção Terciária:

•Hospitais.

Serviços internos do SUS:

•Centros de Formação e Educação do Trabalhador de Saúde;


•Apoio técnico aos programas da mulher, idoso, criança e adolescente, saúde mental;
•Pesquisas;
•Serviços de epidemiologia, de práticas alternativas em saúde e outros de acordo com a organização da gestão local.
Vídeos

■ Consultório na rua
https://www.youtube.com/watch?v=HDJxu0kRMZY
Consultório de Rua
■ https://www.youtube.com/watch?v=ag6jxDDRUvU
Consultório na Rua
■ https://www.youtube.com/watch?v=laLwcfdqULU
Atuação do Psicólogo (a) no SUS

✓ O SUS foi se consolidando e a Psicologia foi Psicologia iniciou o


adentrado cada vez mais neste universo, processo de
ocupando os três níveis de atenção transformação do
(primário, secundário e terciário), assim foi seu saber-fazer
fundamental para a consolidação de práticas
de cuidado acessíveis à população e, com
isso, popularizou o entendimento sobre a
importância da Psicologia no dia a dia das
pessoas.
Transformação das
✓ A utilização de ferramentas importantes grades curriculares
como o trabalho em grupo facilitou a nos cursos de
intervenção e aproximou o fazer da formação
Psicologia da população. Deixando de ser
uma intervenção apenas no nível da
assistência e passando a estruturar práticas
nos campos da prevenção e promoção da
saúde.
Prática clínica fora
dos consultórios
privados.
CREPOP - Centro de Referência Técnica em
Psicologia e Políticas Públicas

O objetivo do CREPOP é promover a qualificação da


prática profissional de psicólogos que atuam em políticas
públicas, por meio de pesquisas e da sistematização e
divulgação de informações acerca da prática profissional
da categoria nestas políticas.

2008 2008 / 2019 2013 2019 2019

http://crepop.pol.org.br/cat/publicacoes/referencias-tecnicas
Níveis de atenção à Saúde

Primeiro contato com


Primária
o sistema de saúde

Níveis de atenção à Saúde


Pediatria

Serviços
Secundária Cardiologia
especializados
- SUS

Obstetrícia

Nível Hospitalar

Serviços altamente
Terciária Cirurgia
especializados

Transplantes
Atenção Primária à Saúde
■ As ações de saúde desenvolvidas na atenção
primária à saúde representam um esforço
para que a proposta do Sistema de Saúde
brasileiro se consolide e se torne mais
eficiente, no sentido de fortalecer os vínculos
entre profissionais e usuários, assim como
efetivar o acesso universal, integralidade no
cuidado e assistência à população.

■ É neste cenário complexo de possibilidades e


desafios da Atenção Primária à Saúde que o
Psicólogo vem contribuindo com seu saber e
fazer, tanto na organização como no
acolhimento das ações de saúde.

Brasil, 2012
Atenção Primária à Saúde

“o psicólogo é um profissional promotor do


vínculo, por excelência, e seu trabalho e sua
respectiva efetividade terão uma relação direta
com a construção desse vínculo, seja com os
usuários, famílias, grupos, comunidade ou com a
própria equipe de saúde da qual faz parte (Moré
et al. 2007).”

UBS ESF

NASF
Brasil, 2012
Psicologia na Atenção Primária à Saúde

Considerando a Atenção Primária como o conjunto de ações em saúde, tanto no âmbito


individual como no coletivo, que visa a desenvolver uma atenção integral que impacte
positivamente nas necessidades de saúde das coletividades e que busca, assim,
minimizar as condições de vulnerabilidade da população, delineia, portanto, o papel
imprescindível da(o) psicóloga(o) nesses espaços de atuação, como afirma um dos
princípios fundamentais do Código de Ética do Psicólogo: “O psicólogo trabalhará
visando a promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e
contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão”.

Atuar na Atenção Primária à Saúde convoca o profissional a reafirmar na sua prática a


máxima garantida na Constituição Federal de 1988 de que “A saúde é direito de todos e
dever do Estado”.

(Crepop, 2019. pg.6)


Ações da psicóloga na atenção básica,
presentes nos princípios do SUS
Consultas
■ Integralidade da atenção; médicas
■ Planejamento local de saúde junto com a
participação popular;
Farmácia Curativos
■ Promoção de saúde e inserção na área
da abrangência;
■ Interdisciplinaridade;
■ Ações coletivas entre equipe e
comunidade. Coleta de
Tratamento
exames
odontológico
laboratoriais

Vacinas
Possibilidades de ações concretas da
psicóloga na atenção básica

■ Participação nos programas de promoção/prevenção;


■ Atividades de psicodiagnósticos e acompanhamento dos
diferentes distúrbios da personalidade;
■ Acompanhamento psicológico grupal, familiar, de casal,
crianças, adolescentes, adultos e idosos;
■ Atendimento grupal operativo ou pedagógico-informativo;
■ Atendimentos comunitário-domiciliares;
■ Intervenção de rede, ou seja, trabalho junto ao grupo de
pessoas significativas para suporte a pessoas ou famílias em
crise;
■ Referência como atendimento e acompanhamento dos
pacientes psiquiátricos da comunidade e às suas famílias
e/ou às instituições.
Interdisciplinaridade

■ O conhecimento geral sobre o fazer do psicólogo e o reconhecimento de sua


importância nas equipes de saúde potencializam o trabalho interdisciplinar.
■ É imprescindível aos profissionais da Psicologia mostrar-se ao outro, divulgar seu
modo de trabalhar, compartilhar com as equipes as leituras que faz do que observa,
assim como as dificuldades que encontra.

UBS ESF

NASF
Núcleo de Apoio à Saúde da Família

médico psiquiatra médico

profissional/professor
psicólogo
de educação física

fonoaudiólogo farmacêutico

fisioterapeuta
Núcleo de Apoio à Saúde da Família
Número de psicólogas (os) atuando na APS
■ Se hoje, ao nos referirmos à atuação 12.000
10.721
de psicólogas(os) no âmbito da APS
do SUS, quase que automaticamente 10.000

Número de Profissionais
estamos nos referindo à inserção
8.000
desses profissionais no NASF, apesar
desta inserção não ser homogênea
6.000
no território nacional, o número de 4.704
profissionais da Psicologia ofertando 4.000
apoio às Estratégias de Saúde da
Família (ESF) vem crescendo 2.000
substancialmente e se consolidando
como uma das principais portas de 0
entrada das(os) psicólogas(os) no 2007 2018
SUS. Ano
Fonte: DATASUS

(Crepop, 2019)
Psicologia na Atenção Secundária à Saúde

■ O Psicólogo na atenção secundária atua nos seguintes serviços oferecidos pelo SUS:

Centros de referência da saúde do trabalhador (CEREST)

Centro de Referência em IST/AIDS;

Serviços de reabilitação;

Centro de Referência à Saúde do Idoso;

Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).


Saúde do Trabalhador no Âmbito da Saúde
Pública: Atuação do psicólogos
■ A atual estratégia de institucionalização e fortalecimento da Saúde do Trabalhador do
Ministério da Saúde criou a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador
(RENAST), com o objetivo de “integrar a rede de serviços do SUS, voltados para a
assistência e a vigilância, para o desenvolvimento das ações de Saúde do Trabalhador”
(Ministério da Saúde, 2002).
■ Essa estratégia deu-se, principalmente, por meio de incentivo financeiro aos municípios
e estados para a criação de Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs),
que devem desempenhar a função de suporte técnico, de coordenação de projetos e de
educação em saúde para a rede do SUS da sua área de abrangência.
■ O psicólogo não tem inserção obrigatória nessas equipes, mas está entre os
profissionais de saúde que podem integrá-las. No entanto, o que se tem observado na
prática é que a maioria dos CERESTs implantados tem optado pela inclusão do psicólogo
em suas equipes.

CREPOP, 2008
Saúde do Trabalhador no Âmbito da Saúde
Pública: Atuação do psicólogos
■ A área de atenção à saúde dos trabalhadores insere-se no campo das práticas em
saúde coletiva, e o psicólogo poderá deparar-se com as questões do processo
saúde-doença em sua relação com o trabalho.
■ A saúde do trabalhador solicita um olhar que busque formas de atuação que
possibilitem operacionalizar a noção de atenção à saúde – o que inclui ações de
prevenção primária, assistência e promoção da saúde.
■ A Saúde do Trabalhador configura um campo de saber e de práticas que
demandam da Psicologia uma atuação sobre o trabalho e sobre as estruturas e
processos que o organizam, a partir do locus dos serviços públicos de saúde.

CREPOP, 2008
Vídeo

Referências técnicas para atuação do psicólogo no âmbito da saúde pública – Saúde


do trabalhador
■ https://www.youtube.com/watch?v=aGizywfyVIM
Psicologia na Atenção Terciária à Saúde

■ A atenção á saúde de nível terciário


designa um conjunto de
procedimentos que envolvem alta Atuação
do
tecnologia e alto custo, objetivando Psicólogo
propiciar a população acesso a
serviços mais qualificados. Psicologia
■ As principais áreas que compõem Hospitalar
este nível de atenção são os Atenção
procedimentos cirúrgicos em geral Terciária
à Saúde
e assistência a pacientes
portadores de doenças crônicas.
Vídeos

#SampaContraAids: Sistema de Informação DST/Aids


■ https://www.youtube.com/watch?v=c4GlQmFEIM4

SampaContraAids: Projetos de Prevenção DST/Aids


■ https://www.youtube.com/watch?v=gb-FqxR69WA

CRT oferece atenção integral à população em DSTs, HIV e Aids


■ https://www.youtube.com/watch?v=87EHb8YhITA
Referências Bibliográficas

Conselho Federal de Psicologia (Brasil). Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) na atenção básica à saúde /
Conselho Federal de Psicologia, Conselhos Regionais de Psicologia e Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas
Públicas: 2. ed. Brasília : CFP, 2019. 87 p
CAMPOS, FCB; GUARIDO, EL. O psicólogo no SUS: suas práticas e as necessidades de quem o procura. In: Spink, MJP (Org). A
psicologia em diálogo com o SUS: prática profissional e produção acadêmica. São Paulo : Casa do Psicólogo. 2010. p. 81-
104.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção
Básica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da
Saúde, 2012. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf

Você também pode gostar