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Universidade Federal da Paraíba

Centro de Ciências da Saúde


Departamento de Fonoaudiologia
Saúde Coletiva Aplicada à Fonoaudiologia
Discente: Natália de Farias Lira

PESQUISA E ESCREVER UM TEXTO SOBRE AS FERRAMENTAS DO NASF


O Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) foi criado em 2008, com o
objetivo de aumentar a resolutividade e capacidade de respostas das equipes de
saúde da família aos problemas da população, ou seja, são equipes
multiprofissionais, compostas por profissionais de diferentes profissões ou
especialidades, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais
das equipes de Saúde da Família e das equipes de Atenção Básica para
populações específicas (Consultórios na Rua, equipes ribeirinhas e fluviais),
compartilhando experiências e informações em saúde com as equipes de
referência apoiadas, buscando auxiliá-las no manejo ou resolução de problemas
clínicos e sanitários, bem como agregando práticas, na atenção básica, que
ampliem o seus objetivos. Divide-se em 3 modalidades: NASF 1 – Deve realizar suas
atividades vinculado a, no mínimo, 05 e no máximo 09 equipes Saúde da Família e/ou
equipes de Atenção Básica para populações específicas (consultórios na rua, equipes
ribeirinhas e fluviais). NASF 2 – Deve realizar suas atividades vinculado a, no mínimo,
3 e no máximo 4 equipes Saúde da Família e/ou equipes de Atenção Básica para
populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais). NASF 3 –
Deve realizar suas atividades vinculado a, no mínimo, 1 e no máximo 2 equipes Saúde
da Família e/ou equipes de Atenção Básica para populações específicas (consultórios
na rua, equipes ribeirinhas e fluviais), agregando-se de modo específico ao processo
de trabalho das mesmas, configurando-se como uma equipe ampliada. Como ações
temos os Atendimentos compartilhados com as equipes de saúde da família na
Unidade Básica de Saúde (UBS) e em visitas domiciliares, as Atividades de grupo e
oficinas, como também, a Participação em reuniões de equipes de saúde da família
para melhoria do diagnóstico e dos tratamentos aos usuários, bem como na reflexão
sobre as mudanças necessárias para melhor organização do seu processo de
trabalho. Para a implantação do NASF, é necessário seguir diretrizes e utilizar
algumas ferramentas para embasar o trabalho que irá ser feito, algumas dessas
ferramentas são: Clínica ampliada, Apoio matricial, Projeto terapêutico singular
(PTS), Projeto de saúde no território (PST).

A clínica ampliada busca, através da interação entre a equipe, constituir como um


instrumento para enxergar e atuar na clínica para além dos pedaços fragmentados,
sem deixar de reconhecer e utilizar o potencial das diferentes experiencias.
Valorizando a escuta atenta e qualificada na atenção básica, ampliando o
entendimento sobre o processo saúde-doença, levando em consideração a
necessidade de cada caso específico. Já o Apoio Matricial, é a principal ferramenta no
trabalho do NASF por apresentar tanto, ações assistenciais diretas, quanto ações
técnico-pedagógicas, como a elaboração de materiais de apoio, a discussão de casos,
os atendimentos conjuntos, dentre outros. Ao realizar matriciamento, a equipe do
NASF utiliza as informações da equipe da ESF, buscando sua qualificação para a
oferta de apoio às equipes vinculadas. Outra ferramenta é o Projeto terapêutico
singular (PTS) que inicia o processo de implantação do NASF na Atenção Básica de
um município. É uma estratégia das equipes de referência (Equipe de Saúde da
Família) e de apoio (NASF) que visa desenvolver ações na produção da saúde no
território articulando os serviços de saúde com outros serviços e políticas no território.
Através do diagnóstico inicial das condições de saúde da comunidade, há um
investimento na qualidade de vida e na autonomia de sujeitos e comunidades em seu
território, o PST também auxilia no fortalecimento da integralidade. Periodicamente, o
grupo responsável pela gestão do PST, ou seja, os profissionais da ESF e do NASF e
os representantes dos usuários, além dos parceiros de outros setores, deve se reunir
para realizar a avaliação e a reflexão sobre os resultados, corrigindo eventuais
distorções, mantendo ações ou modificando o curso do PST, onde a principal
finalidade é a produção de saúde integral à comunidade, que se refletirá no perfil de
morbimortalidade. Por fim, temos o Projeto de saúde no território (PST) que é um
conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas para um indivíduo, uma
família ou um grupo que resulta da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar
com Apoio Matricial, quando for necessário. Pode ser utilizado como uma ferramenta
do processo de integração entre NASF e equipes vinculadas, permitindo que, mesmo
em situações em que seja necessária uma intervenção específica do profissional do
NASF, a equipe de referência possa manter a coordenação do cuidado. O PST se
divide em diagnóstico, definição de metas, divisão de responsabilidade e a
reavaliação.

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