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INTRODUÇÃO

Existe uma variedade de opções ao escolher um tipo de contraceptivo.


Algumas dessas opções contêm hormônios e outras não. Cada método
contraceptivo tem riscos e benefícios. É melhor escolher um método que você
vai conseguir usar corretamente e consistentemente. As pessoas tomam
contraceptivos por uma série de motivos, incluindo gerenciar menstruações
irregulares, reduzir as cólicas menstruais ou até deixar de menstruar. Neste
trabalho especificamente vamos tratar sobre métodos permanentes.
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS PERMANENTES
Os métodos anticoncepcionais permanentes são aqueles que têm como
objetivo esterilizar o homem ou a mulher, tornando-os inférteis de forma
definitiva. As duas formas de esterilização disponíveis, seja no homem ou
na mulher, são através de cirurgia.

Este método só deve ser utilizado em último caso, pois a sua reversão,
apesar de possível em algumas situações, é difícil de ser realizada com
sucesso. A esterilização só deve ser feita em pessoas mais velhas, que já
tenham tido todos os filhos que desejam ter. Nas pessoas jovens, mesmo
que já tenham 3 ou 4 filhos, o ideal é optar por um método de contracepção
prolongado, pois a vida dá muitas voltas, e o que é certeza aos 25 anos,
pode torna-se arrependimento aos 35.

Nenhum dos dois métodos fornece proteção contra as doenças


sexualmente transmissíveis.

Vasectomia
A vasectomia é uma cirurgia que resulta em esterilização permanente do
homem por impedir a liberação de espermatozoides no líquido ejaculado.
Esta é forma mais efetiva de contracepção masculina.

A vasectomia é um procedimento cirúrgico simples, que não precisa ser


feito dentro de um centro cirúrgico hospitalar. O urologista, médico indicado
para este tipo de cirurgia, faz uma pequena anestesia local na pele da bolsa
escrotal e com um pequeno corte é possível chegar até o ducto deferente,
canal que transporta os espermatozoides. A partir daí, basta cortar o ducto
e depois suturar cada uma das pontas. A cirurgia dura cerca de 15-20
minutos e interrompe de forma definitiva a saída de espermatozoides no
esperma ejaculado.

A vasectomia não diminui a libido, não interfere na ejaculação e não causa


impotência.
Se você quiser saber detalhes sobre a vasectomia, leia o seguinte
artigo: VASECTOMIA – Cirurgia e reversão.

Ligadura tubária
A laqueadura tubária, também chamada de ligadura das trompas, é um
procedimento de esterilização que tem como objetivo impedir que a mulher
consiga engravidar. Assim como a vasectomia no homem, a laqueadura é o
procedimento contraceptivo definitivo na mulher.

A laqueadura tubária funciona como método anticoncepcional definitivo


porque é um procedimento que causa interrupção no trajeto de ambas as
trompas, impedido que os espermatozoides cheguem ao óvulo liberado por
qualquer um dos ovários. O procedimento pode ser feito cirurgicamente ou
por endoscópica.

A ligadura das trompas não impede a ovulação nem interfere no ciclo


hormonal feminino, não causando, portanto, nenhuma alteração no ciclo
menstrual.

Métodos alternativos
Os 15 métodos descritos até agora têm o comum o fato de utilizarem um
procedimento médico ou um dispositivo artificial para prevenir a gravidez.
Existem, porém, formas alternativas de contracepção. As formas
alternativas descritas a seguir são gratuitas e naturais, ou seja, não
necessitam de nenhum medicamento ou dispositivo médico para
“funcionar”.

A palavra funcionar acima foi colocada entre aspas porque esses métodos
são as formas com maior incidência de falhas. Alguns desses métodos até
poderiam ser bastante efetivos se fossem feitos de forma correta. O
problema é que na prática, eles são difíceis de serem executados de forma
segura.
Coito interrompido (coitus interruptus)
O coito interrompido é o método contraceptivo mais antigo da humanidade,
havendo relatos da sua utilização no Egito antigo, há mais de 4000 anos.

O método consiste na interrupção da penetração antes do parceiro ejacular,


impedindo assim que o esperma ejaculado seja introduzido no canal
vaginal. Há dois grandes problemas que tornam esse método pouco efetivo:
o primeiro é erro na hora certa de retirar o pênis, e o segundo é o fato do
líquido pré-ejaculatório conter pequenas quantidades de espermatozoides.

O coito interrompido, portanto, não é método seguro de contracepção.

TABELINHA

A tabelinha é um método para estimar o período fértil. Ela pode ser utilizada
tanto para quem quer otimizar as chances de engravidar, quanto para quem
quer minimizá-las.

A lógica por trás deste método é a seguinte: como o espermatozoide tem


uma vida média de 5 dias dentro do aparelho reprodutor feminino, e como
óvulo só sobrevive por 24 horas, os cinco dias que antecedem a ovulação e
as 24 horas a seguir são o período com maior risco da mulher engravidar. O
pico do risco ocorre nas 48 horas antes da ovulação. Qualquer outro
momento do ciclo feminino que não inclua esse curto intervalo pré e pós-
ovulatório não há risco de gravidez.

Em 95% dos ciclos menstruais, a ovulação ocorre nos quatro dias antes ou
depois do meio do ciclo (em um ciclo de 30 dias, a ovulação ocorre 4 dias
antes ou depois do 15º dia). Em cerca de 30% dos ciclos, a ovulação ocorre
exatamente no meio do ciclo (por exemplo, no 14º dia num ciclo de 28 dias
ou no 15º dia num ciclo de 30 dias).

Nas mulheres que têm ciclo menstrual muito regular, a ovulação é um


evento bastante previsível. Basta não ter relações no período mais crítico
para não engravidar. Esse método, entretanto, tem dois problemas: o
primeiro é o grande número de dias perigosos, pois o risco começa 9 dias
antes do meio do ciclo e termina 5 dias depois. Mas o maior problema é o
fato de muitas mulheres não terem ciclos regulares. Se a mulher não
menstrua em intervalos regulares, é impossível saber antecipadamente
quando será o seu meio do ciclo, informação essencial para calcular os dias
de risco.

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