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CONFLITOS RELIGIOSOS
IDEOLOGIAS X RELIGIÃO
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último século, quando a religião passou a ser violentamente perseguida por
ideologias temporais.
O Comunismo, fascismo, socialismo e nacionalismo encararam a religião
como a maior ameaça ao projeto de criar novas sociedades. Em muitos casos,
a religião era um importante acessório do regime que os revolucionários
desejavam derrubar. A partir disso, teve início uma investida sem precedentes
contra edifícios religiosos, clérigos e fiéis.
Com o colapso das ideologias e a recuperação de muitas religiões em
várias partes do mundo, houve um grande aumento na violência, ataques e
guerras por motivação religiosa. O marxismo afirma que, com o advento do
socialismo e do comunismo, “a religião definharia e morreria”. Na realidade, o
que ocorreu foi o inverso: as ideologias definharam, ainda que ao custo de
dezenas de milhões de vidas. A religião sobreviveu e constituiu a inspiração
para muitos movimentos de resistência que ajudaram a derrubar tais
ideologias.
Da Igreja Católica na Polônia aos budistas no Camboja, passando por
muçulmanos na Ásia Central e luteranos na Alemanha Oriental, a religião
permaneceu mesmo após a queda de regimes coercitivos. Em muitos países,
embora não tenha mais o mesmo papel que antes da perseguição e mudanças
sociais, a religião voltou ao centro do palco para tentar desempenhar
novamente um papel na construção e manutenção das nações, povos e
culturas.
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Infelizmente, as zonas de tensão se mantêm. A medida que as religiões
se recuperam da perseguição, alguns reiniciam suas próprias perseguições.
Entretanto, o tempo e a vivência dos últimos 100 anos somados ao impacto
dos movimentos ecumênicos e multiconfessionais, deram início a mudança em
muitos grupos religiosos. Nesses casos, as velhas divisões e inimizades
acabaram.
Divisões históricas, várias delas com séculos de existência, criadas por
diferenças na crença e prática religiosa, são a origem de muitas tensões e
conflitos religiosos atuais. A tensa linha divisória entre o islã e o cristianismo na
Europa Oriental e Cáucaso é ilustrada pela controversa candidatura turca à
União Europeia. E a cisão entre católicos, luteranos e russo-ortodoxos ainda
repercute na Europa e na Rússia.
Algumas linhas divisórias, como o litoral suaíli (África Oriental), se
tornaram mais regiões de diferença cultural que fontes de tensão. Já outros
choques, muito antigos, como entre cristãos, hindus e muçulmanos na
Indonésia, ressurgiram onde, poucos anos atrás, essas comunidades viviam
lado a lado.
Afeganistão
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Mesmo após a retirada das tropas americanas do solo iraquiano, os
conflitos internos do país não cessaram. As organizações se dividem entre
xiitas e sunitas, que são seitas distintas dentro do Islamismo. Os conflitos
armados das milícias do país matam centenas de pessoas anualmente.
Israel – Palestina
O conflito religioso mais emblemático do mundo acontece entre Israel e
Palestina. A guerra é fruto da disputa pela Terra Prometida, onde hoje é
Jerusalém. Nenhum dos dois Estados abre mão de ter o controle sobre o
território. Acontece que a guerra, além de religiosa, movimenta muito dinheiro e
está estritamente relacionada a interesses geopolíticos de nações do mundo
todo.
Sudão
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Além disso, essas são gerações que estão lidando com perdas
frequentemente. São incontáveis vidas perdidas diariamente. Famílias
destruídas e amizades interrompidas são realidades, infelizmente, comuns.
AUMENTO DA INTOLERÂNCIA
CONCLUSÃO
Realizada a pesquisa baseando-se ao tema que nos foi orientado, concluímos
que os conflitos religiosos atravessam continentes, e ainda hoje influenciam a
política, a economia e as comunidades. As diferenças culturais, raciais e
étnicas também influenciam muito no desenrolar desses conflitos. A dificuldade
de conviver e de respeitar os costumes e tradições de outros povos acaba
endossando o movimento de intolerância religiosa. Assim, o que fica claro é
que esses conflitos fazem parte de um jogo geopolítico que envolve interesses
políticos e econômicos mundiais, assim como uma dificuldade humana muito
grande em tolerar e respeitar as diferenças. É importante lembrar que a maioria
das religiões estão assentadas em dogmas e preceitos que prezam pelo
aprimoramento de cada um e de toda a sociedade. A fé deveria, portanto, ser
utilizada como forma de desenvolvimento harmônico da humanidade e não
como pretexto de acabar com o outro.
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REFERÊNCIAS
↑ «Why Did the Nazis Discriminate Against the Jews?». History Hit (em inglês).
Consultado em 24 de fevereiro de 2020 ↑ Syria’s Crumbling Pluralism The New
York Times, Kapil Komireddi, 3 de agosto de 2012