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República de Angola

Instituto Médio Industrial de Luanda

Tema: Os fins e os meios: que ética para a vida humana

Subtema: Conflitos Religiosos

Adelmar Guimarães de Oliveira Nº 2

Grupo Nº 1

Turma CC11A

11ª Classe

Curso: Técnico de Obras de Construção Civil

Disciplina: F.A.I

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O professor
Índice

Introdução
Valores são conjunto de ideias, próprias da cultura de cada grupo ou de cada sociedade,
que definem o que é considerado importante, significativo ou desejável.

São relativos pois variam no tempo e no espaço (diversidade cultural) mas contudo dão
sentido às acções dos indivíduos nas suas várias dimensões; ética, estética e religiosa.

Ética é a ciência da conduta, que pode ser vista de dois modos diferentes. A primeira
concepção apresenta a ética como a ciência que aponta a finalidade da conduta do
homem, mostrando então como se deve agir para atingir este objectivo. Já na segunda
concepção a ética é vista como a ciência das possibilidades da conduta dos humanos,
que pretende determinar os movimentos possíveis de uma forma que oriente sua acção.

Logo automaticamente a ética nos mostra os meios correctos para a obtenção dos nossos
fins.

Considerando que ética é necessariamente, um conjunto de regras, durante muito tempo


se acreditou que as leis oferecidas pela religião – sobretudo, as judaica e cristã – eram a
mesma coisa que conduta ética, válidas para todos em qualquer situação. Isto quer dizer
que seguir as normas de uma religião, ou dizer-se religioso, significava ser uma pessoa
ética, confiável. E ainda hoje é assim para muitos, dai a sua relação.

Porém, observando a multiplicação dos modos como a religião acontece e é vivida hoje
é necessário por em causa o conflito entre elas, que fazem questionar se há realmente
essa equivalência entre ética, moral e religião.

E consequente este será o objecto de estudo do meu trabalho, os conflitos religiosos.

Conflitos Religiosos
Antes de falar sobre os conflitos religiosos é importante saber o que são conflitos e o
que é a religião.

O conflito é todo aquele que surge quando há a necessidade de escolha entre situações
que podem ser consideradas incompatíveis, resumindo oposição de interesses,
sentimentos, ideias ou ainda luta, disputa, desentendimento.

E a religião é um conjunto de princípios, crenças e práticas de doutrinas religiosas,


baseadas em livros sagrados, que unem seus seguidores numa mesma comunidade
moral, chamada Igreja.

Logo são conflitos religiosos aqueles que têm origem na diferença ou oposição de
crenças religiosas.

Actualmente a maior causa de guerras e conflitos são por causa do assunto religioso. A
cada dia isso vem tomando conta dos assuntos da mídia, livros e até filmes, professores
têm sido procurados pela mídia para esclarecer os conflitos religiosos, mesmo sendo um
tema de grande debate pouco sabe-se o real deles.

Quando tocamos nesse tema o que mais sabe-se e os mais conhecidos pelo mundo são:

- Cristianismo x Judaísmo

- Cristianismo x Paganismo

- Catolicismo x Protestantismo

- Islamismo x Cristianismo

E muitos deles citados dessa forma pouco se reconhece e pouco se sabe, mais se
citarmos alguns factos mais recentes e marcantes como as guerras mundiais, guerra na
Nigéria, atentado de 11 Setembro e outros, e desta forma já passamos a ter uma noção
básica do tema que mais afrente debruçaremos.

Uma das acusações mais comuns feitas às religiões é que elas causam mais violência do
que paz. Por essa óptica, o mundo seria um lugar melhor sem elas e suas rixas. Há
alguma verdade nisso. As divisões religiosas atravessam continentes, épocas e ainda
hoje influenciam a política, a economia e as comunidades.

A violência, contudo, não vem apenas do lado da religião. Nos últimos 100 anos, as
principais religiões foram mais perseguidas do que em qualquer outro período histórico.
E, na maioria dos casos, trata-se não de religião perseguindo religião, mas de ideologia
perseguindo religião.

É o caso dos conflitos actuais que, por todo o mundo, fazem com que inocentes sejam
alvos de insurreições que não se permitem mitigar.

O maior conflito religioso existente é entre os árabes e os judeus; este originou-se a


partir do livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão, onde os israelitas são considerados
elementos sem importância e não confiáveis, pelo que necessitam, obrigatoriamente, de
ficar sobre o domínio muçulmano.

Alguns resultados e conflitos religiosos

- Holocausto

- 11 de Setembro

- Conflito entre cristãos e muçulmanos Nigéria

Mas contudo, se parte da religião os conflitos religiosos então mas vale se aprofundar
sobre a mesma.

Existem centenas de religiões pelo mundo a fora dividas e 2 grandes grupos as religiões
abraâmicas que são aquelas monoteístas cuja a origem é reconhecida em Abraão e as
Não abraâmicas que não são reconhecidas em Abraão.

As monoteístas são aquelas que têm as suas crenças em um único Deus, já as politeístas
são aquelas que têm as suas crenças em mais de uma divindade, de género
indeterminado e ainda as não teístas que são aquelas que não acreditam numa deidade.

Existem ainda o Panteísmo e o Animismo.

Os Panteísmo é um sistema religioso que acredita que tudo e todos compõem e têm um
Deus.

E o Animismo é um sistema de crenças criado para alguns povos tribais indígenas.

Existem várias religiões Abraâmicas, dentre elas destacam-se:

 O Cristianismo
 O Adventismo
 O Catolicismo ( vertente do cristianismo )
 O Judaísmo
 O Islamismo

E dentre as não Abraâmicas, destacam-se:

 Os Wicca
 Xamanismo
 Budismo

Religião é algo que não se discute, devemos sempre respeitar a crença de um povo.
Existem várias espalhadas pelo mundo, pelo que algumas tem mais membros que
outras.

As 10 maiores religiões do mundo são :


10° Wicca e Neopaganismo – De 12 a 19 Milhões de Adeptos

9° Espiritismo – Cerca de 13 Milhões de Adeptos

8° Judaísmo – De 14 a 18 Milhões de Adeptos

7° Sikhismo – Cerca de 20 Milhões de Adeptos

6° Xintoísmo – De 27 a 65 Milhões de Adeptos

5° Budismo – Cerca de 376 Milhões de Adeptos

4° Religião Tradicional Chinesa – Cerca de 400 Milhões de Adeptos

3° Hinduísmo – Cerca de 900 Milhões de Adeptos

2° Islamismo – Cerca de 1,6 Bilhões de Adeptos

1° Cristianismo – Cerca de 2,2 Bilhões de Adeptos

Apesar do crescimento de várias religiões, o cristianismo é líder nesta seleção, das 10


maiores religiões do mundo. Mas, os seguidores desta doutrina apresentam mudança em
perfil. Dois terços dos adeptos estavam pela Europa, há um século. Atualmente, os
europeus são somente um quarto dos cristãos.

A África Subsaariana é região em que mais o Cristianismo cresceu pelo último século.
A informação interessante é que de 1910 para dias atuais, os cristãos dessa região
saltaram de 9 para 516 milhões de seguidores.

Mas apesar de tudo a religião mais antiga de todas é o Hinduísmo.

Os primeiros textos sagrados do Hinduísmo, os Vedas, foram escritos há mais de 3 500


anos. As origens da religião, porém, têm raízes na pré-história. O Hinduísmo não teve
um fundador determinado, como o Islamismo de Maomé, e admite total liberdade de
crença, reunindo seitas que cultuam um grande número de deuses e divindades - os mais
importantes são Brahma (que representa o princípio criador), Vishnu (deus do sol) e
Shiva (das tempestades).

Mas porque tantas religiões?

Romanos 1:19-21 contém a explicação bíblica para a existência de tantas religiões. A


verdade de Deus é vista e conhecida por todos os seres humanos porque Deus fez com
que fosse assim. Em vez de aceitar a verdade sobre Deus e se submeter a ela, a maioria
dos seres humanos a rejeita e procura a sua própria forma de compreender a Deus.
Entretanto, isso não causa o esclarecimento sobre Deus, mas à futilidade de
pensamento. Aqui é onde encontramos a base das "muitas religiões".
Muitas pessoas não querem acreditar em um Deus que exija retidão e moralidade, por
isso acabam inventando um "deus" que não tenha essas exigências. Muitas pessoas não
querem acreditar em um Deus que declare ser impossível merecer ir ao céu através de
boas obras. Por isso inventam um "deus" que permita que certas pessoas entrem no céu
se seguirem certos passos, certas regras e/ou obedecerem a certas leis, pelo menos da
melhor forma possível. Muitas pessoas não querem um relacionamento com um Deus
soberano e omnipotente, por isso imaginam Deus como sendo uma força mística, ao
invés de uma autoridade pessoal e soberana.

Religião em Angola

Em Angola existem actualmente cerca de 1000 religiões organizadas em igrejas ou


formas análogas . Dados fiáveis quanto aos números dos fiéis não existem, mas a grande
maioria dos angolanos adere a uma religião cristã ou inspirada pelo cristianismo . Cerca
da metade da população está ligada à Igreja Católica, cerca da quarta parte a uma das
igrejas protestantes introduzidas durante o período colonial: as baptistas, enraizadas
principalmente entre os bakongo, as metodistas, concentradas na área dos a mbundu, e
as congregacionais, implantadas entre os ovimbundu, para além de comunidades mais
reduzidas de protestantes reformados e luteranos. A estes há de acrescentar
os adventistas, os neo-apostólicos e um grande número de igrejas pentecostais, algumas
das quais com forte influência brasileira . Há, finalmente, duas igrejas do tipo sincrético,
os kimbanguistas com origem no Congo-Kinshasa , e os tocoistas que se constituíram
em Angola , ambas com comunidades de dimensão bastante limitada. É significativa,
mas não passível de quantificação, a proporção de pessoas sem religião.
Os praticantes de religiões tradicionais africanas constituem uma pequena minoria, de
carácter residual, mas entre os cristãos encontram-se com alguma frequência crenças e
costumes herdados daquelas religiões. Há apenas 1 a 2% de muçulmanos, quase todos
imigrados de outros países (p.ex. da África Ocidental), cuja diversidade não permite que
constituam uma comunidade, apesar de serem todos sunitas. Uma parte crescente da
população urbana não tem ou não pratica qualquer religião, o que se deve menos à
influência do Marxismo-Leninismo oficialmente professado nas primeira fase pós-
colonial, e mais à tendência internacional no sentido de uma secularização. Em
contrapartida, a experiência com a Guerra Civil Angolana e com a pobreza acentuada
levaram muitas pessoas a uma maior intensidade da sua fé e prática religiosa, ou então a
uma adesão a igrejas novas onde o fervor religioso é maior. A Igreja Católica, as igrejas
protestantes tradicionais e uma ou outra das igrejas pentecostais têm obras sociais de
alguma importância, destinadas a colmatar deficiências quer da sociedade, quer do
Estado. Tanto a Igreja Católica como as igrejas protestantes tradicionais pronunciam-se
ocasionalmente sobre problemas de ordem política .

Conflitos Religiosos: Causas e Consequências


Claramente os conflitos religiosos são causados pela oposição ou diferença de crenças
religiosas e as suas consequências são inúmeras desde guerras, perseguições religiosas,
imigração, mortes e etc.

Contributos para resolução e formas de prevenção


No conturbado cenário das últimas décadas, há um claro reconhecimento, por parte da
sociedade internacional, de que homens e mulheres de fé, pertencentes a diferentes
credos e comunidades religiosas, vêm dando uma importante contribuição para os
esforços em favor da justiça e da paz mundiais.

Nas últimas décadas do século passado, ao mesmo tempo em que se multiplicavam os


conflitos e guerras no terceiro mundo, surgiram pessoas e organizações que se tornaram
construtores de paz, sob inspiração de sua fé religiosa.

Múltiplas organizações que visavam unificar e aumentar a convivência em harmonia


entre religiões foram criadas e vários indivíduos trabalharam em prol deste mesmo
objectivo.

Mas cada indivíduo também tem seu papel nesse processo, que cada um respeite e
aceito o outro e sua religião como são, sem compararem-se pois não existe o certo.

É verdade que é mais difícil manter a paz do que acabar com uma guerra mas vale a
pena tentar.

Conclusão
Podemos ver com todos estes testemunhos representando correntes e movimentos
teológicos e políticos, nas várias religiões, que a busca da paz, da compaixão, do perdão
e da solidariedade forma uma sólida e antiga tradição espiritual e ética. Entre muitas
dessas religiões tem havido um diálogo consistente, aberto também a correntes
humanistas inclusive agnósticas ou ateias, para superar preconceitos atávicos,
ignorâncias mútuas e estabelecer plataformas de cooperação e respeito, para o bem da
humanidade.

A violência, contudo, não vem apenas do lado da religião. Nos últimos 100 anos, as
principais religiões foram mais perseguidas do que em qualquer outro período histórico.
E, na maioria dos casos, trata-se não de religião perseguindo religião, mas de ideologia
perseguindo religião.

Não é de se admirar que conflitos são inevitáveis quando existe algum tipo de escassez,
seja ela de recursos naturais, de recursos humanos ou a falta de pura e simples sensatez
(o que evidencia um atributo preocupante da actualidade: tudo pode ser pretexto para se
iniciar um achaque -incluindo-se, aqui, as desculpas mais simplórias).

É o caso dos conflitos actuais que, por todo o mundo, fazem com que inocentes sejam
alvos de insurreições que não se permitem mitigar. São verdadeiras disputas religiosas
como as insurgências islâmicas no Magrebe, na Nigéria, nas Filipinas, no Oriente
Médio, como a violência declarada entre xiitas e sunitas no Paquistão, como as
agitações muçulmanas no sul da Tailândia.

Com o colapso daquelas ideologias e a recuperação de muitas religiões em várias partes


do mundo, tem ocorrido um grande aumento da violência, dos ataques e das guerras de
motivação religiosa.

Não importa de que cor, religião, estereotipo, sexualidade e entre outros temos que
respeitar pois somos todos iguais e também somos todos diferente. E nunca devemos
nos esquecer que a liberdade religiosa começa por entendermos que o mundo e plural

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