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INTRODUÇÃO

No presente trabalho iremos abordar sobre um tema excentricamente


delineados na noção de estatuto e papel social, nele iremos abordar exaustivamente
sobre o estatuto e papel social e faremos uma breve incursão em alguns subtemas
subordinados a eles, tais como a atitude, as crenças e falaremos principalmente da
religião como refúgio.

Em todo o mundo observam-se situações do género, pessoas correndo por


trás de religiões para dar respostas aos seus mais perturbadores problemas que vão
desde questões de saúde, social, familiar e até mesmo a nível espiritual.

O homem religioso é um ser com uma fé apurada, ele acredita nas coisas que
não vê acredita simplesmente por ouvir. Tendo em conta este facto todo o religioso
acredita em uma entidade suprema, uma divindade em um ser superior
omnipresente, omnisciente e omnipotente por isso quando alguém com essa crença
vê sua vida em uma situação de crise ou colapso, acredita que já não há solução
possível neste caso recorrem ao ser supremo, é a partir daí que o homem começa a
ter a religião como refúgio para seus tormentos.  
A RELIGIÃO
Definição

Religião é um conjunto de crenças sobre as causas, natureza e finalidade da


vida e do universo, especialmente quando considerada como a criação de um
agente sobrenatural ou a relação dos seres humanos ao que eles consideram como
santo, sagrado, espiritual ou divino. Muitas religiões têm narrativas, símbolos,
tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida. Elas tendem a
derivar em moralidade, ética, leis religiosas ou em um estilo de vida preferido de
suas ideias sobre o cosmos e a natureza humana.

A palavra religião é por vezes usada como sinónimo de fé ou crença, mas a


religião difere da crença pessoal na medida em que tem um aspecto público. A
maioria das religiões têm comportamentos organizados, incluindo as congregações
para a oração, hierarquias sacerdotais, lugares sagrados, e/ou escrituras.

Em filosofia, mais especificamente em epistemologia, crença é uma condição


psicológica que se define pela sensação de convicção relativa a uma determinada
ideia a despeito de sua procedência ou possibilidade de verificação objectiva. Logo
pode não ser fidedigna à realidade e representa o elemento subjectivo do
conhecimento. Pode também ser entendida como sinónimo de fé e, assim como
qualquer manifestação de convicção, acompanha absoluta abstinência à dúvida pelo
antagonismo inerente à natureza destes fenómenos psicológicos e lógica conceitual.
Ou seja, é ser convicto, e sendo a fé/crença uma forma de convicção, é impossível
duvidar e crer ao mesmo tempo.

Apesar de linguisticamente consensual, a definição de tal expressão têm


sofrido mudanças substanciais ao longo dos séculos tendo sido definida de formas
diferentes em diferentes períodos, ora como convicção dissidente da razão, ora
como convicção racionalmente fundada. Platão, iniciador da tradição epistemológica,
opôs a crença (ou opinião - "doxa", em grego) ao conceito de conhecimento como
modelo de explanação contrário às premissas relativistas sugeridas pelos sofistas
que abordavam as crenças/opiniões e o conhecimento de forma indiscriminada
reduzindo a verdade à conjectura de interesse individual.

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A CRENÇA RELIGIOSA COMO REFUSIO

A religião pode ser um refúgio contra a falta de esperança ou fuga da


realidade.  Refúgio contra a dor emocional ou fuga dos compromissos com a
verdade ou com os bons relacionamentos.  Refúgio contra a finitude humana ou fuga
da responsabilidade social. Ponto de apoio para construir amizades ou fuga das
amizades.  Busca de superação ou uma forma de esconder a mediocridade.  

A religião,  para uns é liberdade. Liberta dos preconceitos, alarga a mente,


facilita os relacionamentos, eleva a auto-estima  e dá forças para superar a dor. Para
outros é uma prisão. Produz preconceitos, cauteriza a consciência,   dificulta o
estabelecimento de novas amizades, estimula a exigência e a  incompreensão,
estreita a mente e ainda pode produzir a falsa de segurança de que se está com a
verdade. Para outros ainda ela é um esconderijo, um lugar de fuga. Usam-na para
fugir de servir ao exército, para não participar da vida pública, para desculpar a falta
de sucesso, para buscar culpados, para não prestar socorro (o levita e o sacerdote
Lc 10: 25-37) e assim por diante.

Ainda hoje há muitos que usam a religião para desculpar a falta de tacto para
lidar com o cônjuge ou com os filhos, para não cumprir determinados deveres
escolares, etc. Um biógrafo de Nelson Mandela (STENGEL,   2010)   nos conta que
tão logo o biografado se casou ele se envolveu com a luta contra o regime do
apartheid e que sua esposa não o acompanhou. Ao invés disso, ela se refugiou na
religião. Uma religião que prega a não participação. O casamento se desfez.

Não realidade na nossa perspectiva a ex-esposa de Mandela ela não buscou


refúgio na religião. Ela fugiu para a religião. Fugiu de apoiar o marido, fugiu de
incentivar outros à luta e assim por diante.

Quem busca refúgio não foge à luta, apenas quer reforço, maior segurança,
um ponto de apoio. Foi assim com o salmista.

O jornalista John Pomfret, em Caminhos da China, Ed. Landiscape relata que


os jovens universitários chineses na década de 1980 desconfiavam de qualquer tipo
de fé: eles estavam saindo de uma doutrinação radical cujo culto fora a Revolução
Cultural. Mas depois da abertura pós-Deng Xiaoping, seguida por nova e dura
repressão após 4 de junho de 1989 (Tiananmen), já não sabiam em que acreditar.

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O PAPEL SOCIAL DA RELIGIÃO

Indivíduos religiosos diferem daqueles que não são por uma série de razões,
que podem tanto ser negativas como positivas. Um estudo realizado em 2018
observou que as pessoas que seguiam alguma religião na China, um país
majoritariamente ateu, eram mais felizes que aquelas que não seguiam
nenhuma religião. Segundo esse estudo, religiões como o judaísmo, o cristianismo
e o islamismo aproximam seus fiéis, o que fazem com esses tenham mais
interações sociais e desenvolvam amizades baseadas nos valores morais em
comum. 

O impacto disso sobre a população mundial é, como Feinian Chein, coautor


do estudo, contou ao The Academic Times, que “a religião claramente importa na
China de um modo que ficamos bastante surpresos pelo tamanho do efeito que
descobrimos”.

A religião também influencia positivamente a vida das pessoas de uma


maneira mais intrínseca, pois muitas religiões incluem a prática da meditação, que
auxilia no bem-estar do indivíduo. Além disso, a religião pode ajudar pessoas de
classes económicas mais baixas, pelo seu efeito de percepção de “cura” nas
situações de dificuldade que enfrentam. Há também o conforto oferecido pela ideia
de vida após a morte que algumas religiões oferecem.

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CONCLUSÃO

Depois de um amplo estudo podemos concluir o seguinte; O estatuto dá ao


indivíduo a definição de si próprio. Ele incorpora-se na consciência de si. Na noção
de estatuto há certamente uma ideia de hierarquia. Isto é evidente no domínio
económico mas é também verdade nos domínios familiar, religioso, político ou
intelectual. Há portanto estatutos inferiores e superiores. Os superiores exaltam a
estima de si próprio e os inferiores diminuem-na ou oprimem-na.

O papel social define o conjunto de normas, direitos, deveres e explicativas que


condicionam o comportamento dos indivíduos junto a um grupo ou dentro de uma
instituição. Os papéis sociais, que podem ser atribuídos ou conquistados, surgem da
interacção social, sendo sempre resultado de um processo de socialização.

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REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

 STENGEL, Richards.  Os caminhos de Mandela: lições de vida, amor e


coragem. São Paulo: Globo, 2010.
  Naomi Doy. Refugio nas Religiões

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