Você está na página 1de 15

INSTITUTO SUPERIOR TECNICO DE ANGOLA ISTA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS


CURSO DE PSICOLOGIA

TRABALHO DE SOCIOLOGIA DA COMUNICAÇÃO

A REDE DE INTERAÇÃO SOCIAL

Docente
______________________
Drº. Damárcio Dos Santos

LUANDA-VIANA

2022/2023
1
TRABALHO DE SOCIOLOGIA DA COMUNICAÇÃO

A REDE DE INTERAÇÃO SOCIAL

2º Ano
Cadeira: Psicopatologia
Curso: Comunicação Social
Turno: Manhã
Sala: 28

Integrantes do grupo
 Telma Monteiro
 Jacira António
 Luzia Francisco
 Francisca Luciano
 Erica Jamba
 Xureni Manuela
 Thais Lugoji
 Victória Afonso

LUANDA-VIANA

2022/2023

2
Epigrafe

Há três tipos de empresas: Empresas que tentam levar os


seus clientes onde eles não querem ir; empresas que
ouvem os seus clientes e depois respondem às suas
necessidades; e empresas que levam os seus clientes
aonde eles ainda não sabem que querem ir.”
(Gary Hamel)

3
Agradecimento
Agradecemos primeiramente a Deus por nos dá vida e saúde, aos nossos pais que nos
deram apoio para a realização deste trabalho, ao nosso por nos dá esse tema e o
conhecimento, pôr fim aos nossos colegas que nos momentos difíceis nos apoiaram.

Sumário
4
Introdução....................................................................................................................................1
1. Problemática............................................................................................................................2
1.1. Objectivo...............................................................................................................................2
1.1. Objectivo Geral......................................................................................................................2
1.2. Objectivos Específicos...........................................................................................................2
Hipóteses.....................................................................................................................................3
1.4 Justificativa.............................................................................................................................3
1.5 Delimitação do Estudo...........................................................................................................3
Fundamentação teórica...............................................................................................................4
Sites de Redes Sociais...................................................................................................................4
As Redes Sociais e a Interação Social em Rede............................................................................6
A Ciência das Redes......................................................................................................................7
Grupos, Agrupamentos e Comunidades.......................................................................................7
Topologias das Redes...................................................................................................................7
METODOLOGIA............................................................................................................................8
3. METODOLOGIA DA PESQUISA..................................................................................................8
3.1 Tipo De Estudo.......................................................................................................................8
3.2 População e Amostra.............................................................................................................8
3.3 Técnicas e Instrumentos de Colecta De Dados.......................................................................8
3.4 Tratamento dos Dados...........................................................................................................8
3.5 Procedimento Metodológico..................................................................................................8
Considerações Finais....................................................................................................................9
Referencias Bibliograficas..........................................................................................................10

5
Introdução
A nossa questão de pesquisa convida a refletirmos sobre uma Educação em Rede
a partir da compreensão de como as interações sociais em rede podem contribuir
para uma Educação em tempos de abundância de informações e de
compartilhamentos. Para pensarmos sobre as interações sociais em rede, analisamos se
há padrões de interação social em rede e como estes padrões se constituem, o que estes
padrões informam sobre a comunicação social em rede. Para pesquisarmos os padrões
de interação social em rede, identificamos e analisamos os tipos de interação social, as
temáticas das postagens, os tipos de suportes tecnológicos utilizados, a participação, o
engajamento e o sentimento de pertencimento das pessoas na rede.

Dessa forma, esta tese fala de redes, redes sociais e da interação nas redes
sociais na internet. Analisamos as interações sociais que acontecem em grupos
acadêmicos no site de rede social Facebook e organizamos esta tese em seis capítulos
que fornecem os subsídios teórico metodológicos para a compreensão desta pesquisa.

1
1. Problemática
Para Lakatos & Marconi (1992), é a parte do trabalho que apresenta respostas à questão
do porquê da realização da pesquisa. É de suma importância para conseguir
financiamento para a pesquisa e para demonstrar a relevância da mesma.
A problematização é a apresentação do objecto de estudo de forma problematizada.
É um conjunto de perguntas que podem dar respostas ao problema. Antes de ser
apresentado foi analisado sobre a seguinte valoração: viabilidade, relevância. Deste
modo a problemática levantada será a seguinte:
Como os procedimentos de Gestão de Enfermaria podem promover uma gestão de
qualidade nas organizações?

1.1. Objectivo
O objectivo refere-se a uma visão global e abrangente do tema de pesquisa. Ele
está relacionado com o conteúdo intrínseco dos fenômenos, dos eventos ou das ideais
estudadas (LAKATOS & MARCONI, 1992). Cervo & Bervian (2002, p. 83)
complementam afirmam que, no objetivo geral, “[...] procura-se determinar com clareza
e objetividade, o propósito do estudante com a realização da pesquisa”.

1.1. Objectivo Geral


O objectivo geral deste trabalho é de analisar impotência dos procedimentos da Rede de
interação para um aproveito de qualidade nas organizações e na sociedade.

1.2. Objectivos Específicos


Os objetivos específicos apresentam um caráter mais concreto. A sua função é
intermediária e instrumental porque auxilia no alcance do objetivo geral e, ainda,
permite aplicá-lo em situações particulares. Definir objetivos específicos significa
aprofundar as intenções expressas nos objetivos gerais, as quais podem ser: mostrar
novas relações para o mesmo problema e identificar novos aspectos ou utilizar os
conhecimentos adquiridos para intervir em determinada realidade.
 Identificar a relevância dos procedimentos e normas das redes de interação
social para uma gestão de qualidade organizacional a nível mundial;
 Especificar as vantagens da implementação da Gestão interna e seus
procedimentos nas organizações.

2
Hipóteses
Hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de explicar o que se desconhece. Esta
suposição tem por característica o fato de ser provisória, devendo, portanto, ser testada
para a verificação de sua validade. Tratasse de antecipar um conhecimento na
expectativa de que possa ser comprovado.
H1: Com a implementação de técnicas de informação e modelos baseados na
Rede de interação social, poderá haver resultados satisfatórios.

H2: Com aplicação de testes e normas da Rede de interação social pode haver
melhorias na gestão dos sistemas e da tecnologias avançadas mundialmente.

1.4 Justificativa
A justificativa compreende a apresentação de forma clara e objetiva das razões de
ordem teórica e ou prática que fundamentam a pesquisa. Justificam-se a escolha do
tema, a delimitação realizada e a relação que o pesquisador possui com ele. “Procura-se
aqui demonstrar a legitimidade, a pertinência, o interesse e a capacidade do aluno em
lidar com o referido tema” (CERVO & BERVIAN, 2002, p.127).
Assim, pretende-se pôr em evidência elementos que podem ser considerados a
Rede de interação e seus procedimentos na sociedade.

1.5 Delimitação do Estudo


A delimitação do tema pode ser feita pela sua decomposição em partes. Essa
decomposição possibilita definir a compreensão dos termos, o que implica na
explicação dos conceitos. Ela também poder ser feita por meio da definição das
circunstâncias, de tempo e de espaço. Além disso, o pesquisador pode definir sob o
ponto de vista irá focalizá-lo. “Um mesmo tema pode receber diversos tratamentos, tais
como psicológicas sociológicas, histórico, filosófico, estatístico, etc.”
Delimitar um tema é escolher entre vários aspectos anteriormente levantados
aquele que merece estudo e investigação, abandonando-se os demais mesmo que seja
interessante. No trabalho de pesquisa, o pesquisador não pode retracta um assunto de
uma forma tão vasta. Assim sendo o tema estará a ser delimitado na perspectiva
principal de mostrar as vantagens do procedimentos da Rede de interação social.

3
Fundamentação teórica
As interações sociais em rede são analisadas nesta tese, que são os grupos no
site de rede social Facebook. Fazemos esta apresentação a partir do conceito de grupo
e seguimos com os conceitos de agrupamentos e comunidades apresentados à luz das
teorizações de David E. Zimerman, Zygmunt Bauman e Barry Wellman. O conceito de
comunidades virtuais, de Howard Rheingold, e comunidades de prática, de Etienne
Wenger, também, são apresentados para compreendermos o contexto da nossa pesquisa
e das interações sociais em rede. Danah Boyd, Nicole Ellison, Lúcia Santaella, André
Lemos e Raquel Recuero apresentam o conceito de websites de redes sociais, também
chamados de redes sociais na internet. Refletir sobre estes conceitos é muito importante
para a nossa pesquisa porque precisamos compreender o lugar onde as interações
sociais em rede foram analisadas. Olhamos e analisamos as interações sociais em rede
em grupos no site de rede social Facebook, e por isso, compreender o que são os sites de
rede sociais, o que é um grupo, um agrupamento, uma comunidade, uma comunidade
virtual e uma comunidade de prática é essencial para compreender a nossa pesquisa e
como cada organização interfere, ou não, nas interações sociais em rede.

Sites de Redes Sociais


O surgimento da Web 2.0 nos proporciona uma infinidade de possibilidades
comunicativas que até então não tínhamos conhecimento. Lemos (2010) já dizia que a
Web 2.0 proporciona que os sujeitos deixem de ser apenas passivos diante de uma
notícia, e passem a ser ativos, comentando, compartilhando, interagindo e publicando as
suas ideias. Essa possibilidade de comunicação advinda dos recursos da Web 2.0 altera
significativamente as interações sociais entre as pessoas simplesmente pelo fato de que
deixamos de apenas consumir informações, passamos a produzi-las e a compartilhá-las.
Os sites de rede social, também chamados de redes sociais na internet
(RECUERO, 2009), são sites disponíveis na internet que possibilitam ao usuário criar
um perfil, com login e senha pessoal, encontrar amigos, conhecidos e adicioná-los às
suas relações de amizade neste site. Os sites disponibilizam a visualização do que as
pessoas compartilham, bem como a relação de todas as pessoas com as quais o usuário
tem uma relação, também chamado de link ou ligação. Os usuários podem compartilhar
mensagens, e todas as pessoas, com as quais se mantêm uma relação no site,
visualizarão estas mensagens.
Recuero (2009) explica que “os sites de redes sociais são os espaços utilizados
para a expressão das redes sociais na internet” simplesmente porque é a partir destes
sites que conseguimos visualizar a representação da nossa própria rede social.
Boyd e Ellison (2007) afirmam que os sites de redes sociais “são serviços
baseados na web que permitem aos indivíduos construir um perfil ou página pessoal e
públicos; articular uma lista de outros usuários com quem partilham uma mesma
conexão; e visualizar a rede social de outros usuários e a sua própria rede social”. Isto é,
a partir do momento em que criamos um perfil em um site de rede social,
disponibilizamos a nossa própria rede social a qualquer outro usuário do site, bem
como, podemos visualizar a rede social dos usuários com os quais mantemos alguma

4
relação social. Qualquer usuário do site pode visualizar o nosso perfil, quem são os
nossos amigos, os amigos que temos em comum e os amigos dos nossos amigos.
Alguns sites oferecem opções de configurações de privacidade em que podemos limitar
esta visualização, no entanto, o padrão é que estas informações estejam disponíveis para
todos os usuários do site.
“Sites de redes sociais”, “websites de redes sociais” ou “redes sociais na
internet”, são denominações adotadas na literatura que referem-se a um mesmo objeto
que são os sites na internet para organização de redes sociais, e nesta pesquisa adotamos
a nomenclatura “sites de redes sociais” para nos referirmos aos sites que organizam
redes sociais na internet.
Os sites de redes sociais permitem que os usuários articulem as suas redes
sociais e as tornem visíveis a todos os outros usuários. Isso pode resultar em conexões
entre indivíduos que de outra forma não seriam feitas. Muitas vezes, os usuários de um
site de rede social não têm necessariamente o objetivo de fazer novas conexões, mas de
manter a comunicação com pessoas que já fazem parte da sua rede social.
O perfil de um usuário em um site de rede social é uma página exclusiva daquele
usuário, onde depois de criar o seu perfil, o usuário é convidado a informar alguns
dados pessoais como nome, idade, localização, interesses e uma descrição pessoal. A
maioria dos sites também incentiva os usuários a fazer o upload de uma foto de perfil.
Por padrão, os perfis de um usuário são rastreados pelos motores de busca, do Google,
por exemplo, tornando-os visíveis para qualquer pessoa, independentemente de quem
pesquisa ter ou não um perfil no site, o perfil do usuário pesquisado aparece nas buscas
do Google.
O site Linkedin disponibiliza informações adicionais aos usuários que pagam um
valor mensal para ter acesso a informações que não são visíveis aos usuários não
pagantes. O site Facebook permite a visualização de todas as informações dos usuários
com os quais temos uma relação de “amizade”. No entanto, é possível configurar
algumas opções de privacidade onde escolhemos quais informações pessoais podem ser
públicas ou não.
Depois de aderir a um site de rede social, os usuários são solicitados a identificar
parentes, amigos e conhecidos que também têm perfil no site e são incentivados a
convidá-los a criar uma relação social no site. Esta relação social é identificada de
diversas formas nos sites, como por exemplo, “amigos”, “contatos”, “fãs”, “seguidores”.
A maioria dos sites exigem a confirmação do outro usuário referente ao convite para
estabelecer a relação social. Neste caso, a relação social é bidirecional, isto quer dizer
que se um usuário aceitou o convite de outro usuário, os dois usuários passam a manter
uma relação social nas duas direções, tanto de um quanto do outro. Em outros sites a
confirmação não é solicitada e esta relação, mesmo que estabelecida, é uma relação
social unidirecional, isto é, apenas um usuário tem relação social com o outro. A
exibição pública das relações sociais entre os usuários e os recursos que permitem o
envio de mensagens privadas, são características importantes deste tipo de site (BOYD
e ELLISON, 2007).

5
Sabemos que há uma variedade de sites de redes sociais, com diferentes recursos
tecnológicos que atendem a objetivos diferentes, como por exemplo, os Blogs ,
YouTube20, Orkut , MySpace22, Facebook , Twitter , GooglePlus , Linkedin , Pinterest
, Instagram , Tumblr , Snapchat , Periscope31. Estes sites possuem finalidades comuns,
mas há sites com finalidades bem diferentes, como por exemplo, o Linkedin que trata de
ser uma rede exclusiva para manter contatos profissionais através da divulgação de
vagas de trabalho, e o Twitter que é uma rede social para comunicação de mensagens
curtas e que direcionam a leitura para outros sites. A cada instante, um novo site é
disponibilizado na internet como mais um espaço virtual para a expressão de opiniões,
ideias, compartilhamento de notícias e disseminação de informações.

As Redes Sociais e a Interação Social em Rede


Hoje, cada vez mais reconhecemos que nada ocorre isoladamente. Muitos
eventos e fenômenos se acham conectados, são causados por uma gama de outras partes
de um complexo quebra-cabeça universal e com elas interagem. Começamos a perceber
que vivemos em um mundo pequeno, em que tudo se encadeia a tudo. [...] Começamos
a perceber a importância das redes.
Este capítulo divide-se em três partes fundamentais que embasam teoricamente a
nossa pesquisa. Primeiro, apresentamos a ciência das redes, a partir do conceito de rede
desde a origem dos estudos com as formulações matemáticas de Leonard Euler (1736);
as teorizações sobre as topologias de redes, redes aleatórias e igualitárias de Paul Erdós
e Alfréd Rényi; as pesquisas sobre as redes sem escala e leis de potência de Albert-
László Barabasi (2002); até chegarmos às teorizações sobre a sociedade em rede de
Manuel Castells (1999, 2003, 2013a, 2013b). Segundo, a partir do conceito de rede,
apresentamos os conceitos de redes sociais à luz das pesquisas de Alain Degenne e
Michel Forsé (1999) e de Stanley Wasserman e Katherine Faust (1994), e redes sociais
on-line a partir das reflexões de Barry Wellman (1988, 1996, 1997, 2001, 2001 e 2003),
Lúcia Santaella (2013), André Lemos (2002) e Raquel Recuero (2006 e 2009);
apresentamos, também, que uma rede social é composta por atores e suas conexões; que
uma conexão pode ser constituída a partir de relações sociais, interações sociais ou laços
sociais; e terceiro, a partir dos conceitos de redes e redes sociais, apresentamos o que
compreendemos como interação social em rede e nas redes.
Dentre os sites de redes sociais disponíveis, escolhemos o Facebook para ser o
contexto das análises das interações sociais em rede da nossa pesquisa. O site de rede
social Facebook foi lançado em 2004, e em 2015 atingiu o número de 1,49 bilhões de
usuários ativos, sendo que, em média, mais de 300 mil pessoas cadastram-se
diariamente desde a data da sua criação. Como todos os sites de redes sociais, os
usuários criam um perfil pessoal a partir de um endereço de e-mail, nome e localização.
O Facebook disponibiliza diversos recursos aos usuários, dentre os quais, o
espaço chamado de Grupos os quais são objeto de estudo da nossa pesquisa. Os usuários
podem criar, manter, administrar e fazer parte de vários grupos ao mesmo tempo. Para
participar de grupos que já existem, o usuário precisa solicitar a sua entrada ao
administrador, que pode ser aprovada, ou não. Há, também, a possibilidade de fazer
parte de grupos nos quais o administrador não restringe a entrada de novos usuários. No
Facebook, o compartilhamento das informações é feito a partir de diversos suportes
6
tecnológicos, como textos, imagens, vídeos, áudios, arquivos e links para outros sites.
Além disso, o Facebook possui uma política de privacidade para todos os usuários e
para os grupos que pode ser controlada pelo próprio usuário, e pelo administrador do
grupo, respectivamente.
Ao criar um grupo no Facebook, o usuário pode escolher entre três opções de
privacidade para o grupo. O grupo pode ser um grupo aberto, fechado ou secreto. Um
grupo aberto, qualquer pessoa pode ver o grupo, quem são as pessoas que estão nesse
grupo e o que estas pessoas publicam. Em um grupo fechado, qualquer pessoa pode ver
o grupo, quem são as pessoas que estão nesse grupo, mas somente membros do grupo
poderão ver as publicações. E, em um grupo secreto, somente os membros do grupo
poderão ver o grupo, quem são as pessoas que estão neste grupo e o que estas pessoas
publicam.

A Ciência das Redes


Para iniciar esta seção, retomamos a nossa questão de pesquisa que pretende refletir
sobre uma Educação em Rede a partir da compreensão de como as interações sociais em
rede podem contribuir para uma Educação em tempos de abundância de informações e
de compartilhamentos. Para pensarmos sobre as interações sociais em rede, precisamos
interpretar o conceito central desta pesquisa que é a interação social em rede e nas redes
e iniciamos pelo conceito de rede.
O que está apresentado, a seguir, forma uma linha do tempo que mostra a origem dos
estudos sobre redes, desde o ano de 1736, até o que tem sido descoberto nos dias atuais.
Compreender a topologia de uma rede; compreender se uma rede é aleatória ou não;
compreender se uma rede constitui-se de “mundos pequenos” e o que esses “mundos
pequenos” significam para analisarmos os padrões de interação social em rede sob o
olhar da Educação, são fundamentos teóricos muito importantes para a nossa pesquisa
porque os diferentes tipos de topologias que uma rede pode apresentar têm influência
direta na dinâmica das interações sociais em rede, e consequentemente, influenciam os
padrões de interação social em rede nos grupos acadêmicos.

Grupos, Agrupamentos e Comunidades


A chegada das tecnologias da informação e comunicação (TICs) e das
tecnologias digitais de rede (TDR) afetaram toda uma sociedade, influenciando a vida
das pessoas e a ideia que tínhamos sobre o que era uma “comunidade”. O conceito de
"comunidade" era denominado para grupos de pessoas com alguma relação social, como
a família, o bairro, a igreja, o centro rural, passando a integrar um maior conjunto de
grupos humanos com o passar do tempo.
Palácios (1998) já afirmava que as mudanças sociais que ocorreram nas últimas
décadas e a popularização da internet modificaram o conceito de “comunidade” para as
pessoas que estão em interação na internet, e por consequência, em interação em sites de
redes sociais.

7
Topologias das Redes
Inicialmente, é importante compreendermos a estrutura de uma rede, a chamada
topologia. Esse conceito é importante para a nossa pesquisa porque a topologia da rede
é a representação gráfica das redes, e também, porque a topologia informa sobre a
dinâmica e sobre o comportamento das redes.

METODOLOGIA
3. METODOLOGIA DA PESQUISA
Neste estudo será utilizado o método de pesquisa quantitativo, que de acordo
com (VERGARA, 2000), se inicia com um estudo de certo número, quantifica os
factores segundo um estudo típico, servindo-se frequentemente de dados estatísticos.
Adoptamos o modelo quantitativo para medir de forma objectiva a compreensão do
tema em estudo.

3.1 Tipo De Estudo


A presente pesquisa enquadra-se no paradigma quantitativo pois objectiva-se
conhecer de forma clara, objectiva e aprofundada sob a Manutenção em Grupos
Geradores. Aplicamos o tipo de estudo descritivo e em quanto a sua natureza é aplicado.
É neste sentido que Gil (Apud IOKILEVITC, 2008) considera que as pesquisas
descritivas têm como objectivo principal “a descrição das características de determinada
população ou fenómeno ou então, o estabelecimento de relações entre variáveis”.

3.2 População e Amostra.


Para Marconi e Lakatos (2005, p.225): População é o total do universo, conjunto
de elementos, ou pessoas que é objecto de estudo de uma pesquisa.
Amostra: é o subconjunto finito da população em estudo, representando pelo menos
uma característica comum.

3.3 Técnicas e Instrumentos de Colecta De Dados:


Para colecta de dados no campo de pesquisa aplicaremos um questionário
estruturado de por perguntas fechadas, o questionário segundo (VERGARA, 2000), é
um instrumento de recolha de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas.
Ainda de acordo com (VERGARA, 2000), o questionário caracteriza-se por uma série
de questões apresentadas ao respondente por escrito. O questionário será elaborado
pelo autor do trabalho a ajustado a luz da organização e as variáveis a serem medidas
apontam-se: idade, sexo.

3.4 Tratamento dos Dados:


Os dados serão tratados por via do programa informático N vivo 10, programa
estatístico especializado para o tratamento de dados de natureza quantitativa e com os
auxílios dos programas Microsoft word e o Excel para elaboração das tabelas e gráficos.
8
3.5 Procedimento Metodológico
Os procedimentos terão início com um pedido de autorização ao orientador sobre o
tema, a que se seguiu o pedido de autorização à direcção geral da organização em
estudo para aplicar o mesmo, à amostra seleccionada, tendo-se assegurado a
confidencialidade e o anonimato dos indivíduos no estudo e obtido o consentimento
informado dos mesmos.

Considerações Finais
O distanciamento entre aquilo que se propõe no nível do discurso acadêmico e
político sobre a gestão democrática e participativa da escola e a realidade social
concreta da vida organizacional das escolas públicas brasileiras tem incomodado
estudiosos e profissionais da área que muitas vezes buscam identificar fatores que
geram tal distanciamento. A tentativa de tentar compreender por que esse fenômeno
ocorre e como o mesmo pode ser superado é uma questão que mobilizam muitos
estudiosos e profissionais da educação com a consequente proposição de modelos e
estratégias visando superar essa dificuldade e consolidar novas práticas organizacionais
na escola pública com resultados mais efetivos.
Com base no conceito de rede de interação social delineado com base nos
estudos de Norbert Elias, buscamos encontrar inspiração para encontrar caminhos para
lidar com a problemática sinalizada acima. A discussão a partir de Elias traz o seu
debate central para a concepção do que o autor denomina de processo civilizador que se
configuram por meio da internalização das regras sociais e do autocontrole dos
indivíduos frente ao controle externo.
Esse conceito nos parece útil para pensar as possibilidades e limites para
implementar um modelo de gestão democrática e participativa da escola, principalmente
quando encontramos no autor elementos que tratam dos longos períodos necessários
para que os processos de internalização de novas regras e práticas sociais e de
autocontrole dos sujeitos construídos mediante redes de interação sociais sinalizem para
novos contornos civilizatórios. Se tomarmos a história brasileira marcada pelo
autoritarismo que configurou nosso processo civilizatório, não podemos esperar que
práticas democráticas se concretizem rapidamente.
Nesse sentido, concluímos que a formação de redes de interação social
colaborativa, na medida em que contribuam para a troca de experiências entre grupos de
escolas que possam se auto-avaliar e colocar suas vivências organizacionais em
discussão pode vir a favorecer efetivamente a internalização de novas práticas sociais
que possam contribuir para a escola cumprir de forma efetiva a sua função social e
melhorar a qualidade de seus processos.

9
Referencias Bibliograficas
ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1994a
ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1994b
BOLIVAR, Antônio.
Como melhorar as escolas: estratégias e dinâmicas de melhoria das
práticas educativas. Tradução José Carlos Eufrásio. Porto: Edições ASA, 2003.
Tradução de: Como mejorar los centros educativos. LIBÂNEO, José Carlos;
OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirz Seabra. Educação escolar: políticas,
estrutura e Organização.
São Paulo: Cortez, 2003. (Coleção Docência em formação) PARO, Vitor Henrique.
Gestão democrática da escola pública. 3. ed. São Paulo: Ática, 2004.

10

Você também pode gostar