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Tema:
1. Intervenção participada com individuo, grupo e comunidade
.1.1 Organização em parceria ou partenariado;
1.2 Intervenção em rede.
:
VIº Grupo
Discentes :
1. Armando Pedro Jonas
2. António Marcos Matica
3. Eduardo Lázaro
4. Marta Suburane
Maputo,Julho de 2022
Instituto Superior de Ciências de Saúde de Maputo
Licenciatura em Serviço Social 3ª Edição 2022
1º Semestre, do 2º Ano
Tema:
1. Intervenção participada com individuo, grupo e comunidade;
.1.1 Organização em parceria ou partenariado;
1.2 Intervenção em rede.
Maputo,Julho de 2022
Indíce
Introdução ....................................................................................................................................... 4
1 Objectivos trabalho .................................................................................................................. 5
1.1 Objectivo geral: ................................................................................................................ 5
1.2 Objectivos especificos: ..................................................................................................... 5
2 Metodologia ............................................................................................................................. 5
3 Intervenção social participada com individuo, grupo e comunidade. ..................................... 5
3.1 Conceitos Básicos ............................................................................................................ 5
4 Intervenção participada com comunidade. .............................................................................. 7
5 Tabela 1: Tipos de intervençao participada (Arnstein, 1969). ................................................. 8
6 As dimensões da intervenção social participacipada. .............................................................. 9
7 Organização em Parceria ou partenariado ............................................................................. 10
8 Pressupostos para a organização em parceria ou partenariado. ............................................. 11
9 A intervenção em rede ........................................................................................................... 13
9.1 Modelo de intervenção de rede de Bélanger & Rousseau. ............................................. 15
9.2 Fases da intervenção em rede ....................................................................................... 15
10 A intervenção em Rede no Serviço Social ......................................................................... 16
10.1 Princípios da intervenção em Rede no Serviço Social ................................................... 17
10.1.1 O princípio de integração: ....................................................................................... 17
10.1.2 O princípio de articulação: ...................................................................................... 17
10.1.3 O princípio de participação: .................................................................................... 17
10.1.4 O princípio de subsidiariedade: .............................................................................. 17
10.1.5 O princípio de inovação: ......................................................................................... 17
11 Funções de sistema interventor na intervenção em rede .................................................... 18
Conclusão...................................................................................................................................... 19
Referencias bibliograficas ............................................................................................................. 20
Introdução
O presente trabalho tem como tema a intervenção social participada com individuo, grupo e
comunidade, parceria e partenariado e a intervenção social em redes,ao longo do capítulo pretende-
se enquadrar a intervenção social enquanto estratégia de desenvolvimento de mecanismos de
participação cidadã no processo de resposta a necessidades sentidas.
Primeiramente vai ser desenvolvido o tema da intervenção social com individuo e, seguindo-se do
aprofundamento da intervenção comunitária como estratégia de promoção da participação cidadã
e por último a promoção da participação cidadã como uma prática de empowerment.
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1 Objectivos trabalho
1.1 Objectivo geral:
Compreender a pratica da intervenção participada com os individuos, grupos e comunidades.
2 Metodologia
Para a realização do trabalho , foi usado a metodologia de pesquisa bibliográfica com vista a
alcançar os objectos pré-estabelecidos . Pesquisa bibliografica é desenvolvida a partir de material
já elaborado, constituido principalmente de livros, artigos ciêntifico (Gil, 2008).
Individuo : consiste num ser individual, conhecido pela sua existencia única e indivisível. Em
termos técnicos simboliza tudo aquilo que não pode ser dividido.
Grupo a palavra grupo deriva do conceito italiano que grupoo e refere apluralidade de seres ou ou
coisas que formam um subconjunto de cultura ou de sociedades com valores, principios e
intereeses comum.
Comunidade : a palavra comunidade tem origem no termo latim communitas, . Pode-se dizer que
uma comunidade é um grupo de seres humanos que partilham elementos em comu, como o idioma,
os costumes, a localização geografica limitada (Carmo, 2015).
É uma interação entre o sistema-cliente e sistema interventor num dado ambiente, que proporciona
as condições favoráveis ou desfavoráveis ao desenvolvimento da acção.
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O sistema-cliente é construído por um indivíduo ou grupo de pessoas que têm um conjunto de
necessidades e o sistema-interventor é o recurso que vai responder às necessidades do sistema-
cliente. Desta forma, o sistema-interventor pode ser considerado como um recurso social para
responder às necessidades sociais do sistema-cliente, potenciando estímulos à mudança social
(Carmo, 2015).
A intervenção participada pode ter significados diferentes, mas essencialmente está relacionada
com o envolvimento de vários atores em processos de decisão, na implementação desses processos
e na sua monitorização.
Através da participação, os atores com interesse nesses processos partilham poder e o controlo
sobre esses processos, e têm ainda a capacidade de influenciar as decisões e os recursos que os
afetam (Warburton, 1997).
Outros autores enfatizam ainda o carácter educativo da intervenção participada, uma vez que, ao
confiar a responsabilidade do indivíduo,grupo e comunidade para definirem o seu próprio
caminho, a participação atua como um processo empoderador em que os próprios actores do
processo são ao mesmo tempo os agentes da mudança sobre os assuntos que afetam as suas vidas
(Jennings, 2000).
Esta perspectiva mais humana sobre a intervenção participada com indivíduo , grupo e
comunidade é também partilhada por Oakley (1991), citado por Warburton (1997), que refere que
“a participação preocupa-se com o desenvolvimento humano e aumenta o sentimento de controlo
das pessoas sobre os assuntos que afetam as suas vidas” (Warburton, 1997).
Rui Marques (2017), define a intervenção participada como um processo colaborativo e universal,
onde as várias partes interessadas (parceiros e beneficiários) são aprendizes e construtores de
soluções conjuntas. Nesta perspetiva a participação é indissociável da colaboração.
A intervenção social surge neste contexto como uma estratégia de mudança que deve ter em conta
os princípios e valores fundamentais como: a justiça social e os direitos humanos.
Segundo Malcolm Payne (2014), a intervenção participada com individuo, grupo e comunidade,
pode ser fundamentada na perspetiva do empowerment, na perspetiva da mudança social e na
perspetiva da resolução de problemas:
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I. A perspetiva do empowerment: nesta perspetiva a intervenção social tem como objetivo
melhorar a qualidade de vida dos indivíduos, grupos ou comunidades, através do
desenvolvimento das suas competências e consequente o controlo sobre as suas vidas.
II. A perspetiva da mudança social: de acordo com esta perspetiva a intervenção social foca-
se na ideia da cooperação e apoio mútuo na sociedade, na justiça social e na igualdade.
Pode ser considerada uma abordagem emancipatória que, que liberta as pessoas oprimidas
e implica uma transformação da sociedade.
III. A perspetiva da resolução de problemas: tal como a perspetiva do emporwerment, é
centrada no indivíduo e procura responder às necessidades sentidas, a fim de ultrapassar as
situações de instabilidade, ajudando os indivíduos a adaptarem-se à forma de organização
da sociedade para manter a ordem social.
O conceito de empowerment foi abordado pela primeira vez nos anos de 1970 por Barbara
Solomon no livro Black empowerment: social work in oppressed communities, e desde então tem
estado cada vez mais presente na área das ciências sociais (Esgaio, Pinto e Carmo, 2015; Pinto,
1998).
O facto de ser um conceito “atractivo, intuitivo e positivo” é usado com muita frequência na prática
da intervenção social, através de “técnicas de auto-ajuda, assistência mútua e participação no
planeamento e gestão de serviços, bem como a participação dos clientes e seus cuidadores na
tomada de decisões que os afectam” (Payne, 2014).
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Por outras palavras, Carla Pinto (1998) define o conceito de empowerment como: Um processo de
reconhecimento, criação e utilização de recursos e de instrumentos pelos indivíduos, grupos e
comunidades, em si mesmos e no meio envolvente, que se traduz num acréscimo de poder –
psicológico, sociocultural, político e económico – que permite a estes sujeitos aumentar a eficácia
do exercício da sua cidadania.
Almeida (2000), refere que a participação indica uma prática emancipatória, que envolve a
partilha de saberes, a cooperação e a valorização da cidadania. A participação enquanto dimensão
do empowerment de uma comunidade implica valorizar a própria comunidade, o trabalho em
equipa e a negociação e a discussão conjunta sobre um determinado problema.
Almeida (2000), defende que “um processo de mudança nunca é inequívoco ou unidirecional”,
pressupõe a participação de toda a comunidade e o reconhecimento da participação cidadã como
um processo de cidadania. Através da promoção da participação é possível construir redes sociais
com consciência política capazes de desenvolver ações para melhorar a sua qualidade de vida.
Uma estratégia de intervenção social promotora da participação cidadã numa comunidade deve ser
enquadrada em práticas emancipatórias. Assim, defende-se que a partir da prática do empowerment
é possível promover um processo de mudança que envolva a comunidade, ou seja, que seja
fundamentada nas reais necessidades e interesses da comunidade.
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Conciliação/ As pessoas selecionadas podem aconselhar e planear, mas o poder de decisão
Intervenção apaziguamento recai sobre os power holders( detentores de poder).
participada
simbólica O objetivo é ouvir as inquietações e ideias das pessoas, mas não é garantido
Diagnostico que sejam tidas em conta no processo de decisão.
Nota : Todos os niveis de intervenção são importantes para o exercício da participação de forma
efetiva no processo de intervençao ao individuo, grupo e comunidade. Efetivamente, os primeiros
dois niveis não promovem a participação das pessoas no processo de intervenção social , mas têm
benefícios para o desenvolvimento e bem-estar individual, do grpo e da comunidade.
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Dimensão da Caraterização
participação
Participação real;
Não existe simulação de participação;
Participação efetiva
Existe colaboração entre as partes envolvidas;
Responsabilização das organizações.
Contributos dos membros da rede colaborativa para a resolução do
Participação eficaz
problema/necessidade.
Gestão eficiente de recursos.
Combater o desperdício e otimizar a sua utilização;
Participação eficiente Potenciar sinergias;
Partilha de recursos.
Promover a apropriação afetiva do processo participativo;
Participação afectiva
Afastamento da frieza burocrática;
Resultados mais significativos e sustentáveis.
Assume-se que, tal como foi referido por Marques (2017), para que a participação seja efetiva,
eficaz, eficiente e afetiva a colaboração entre as partes, ou seja, entre o sistema interventor e o
sistema é fundamental.
Uma parceria e urn processo de construção de relaçõs entre pessoas que expressam a sua vontade,
disponibilidade e empenho para encetar transformações nas formas de actuar na intervenção social;
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nas formas de organizar a resposta a violencia dos seus direitos; e na abordagem ao problema
social valorizando a etica da intervenção social na promoção e na condução de mudança social.
Na pática, com as parcerias formam-se sistemas de ambito comunitário entre organizações de
vários sectores (envolvendo principalmente o sector público e o sector privado com fins não
lucrativos e muito raramente o sector lucrativa ou os actores sociais no mercado nesta área dos
serviços sociais) e entre os profissionais dessas organizações que lidam com os problemas sociais
de forma directa ou indirecta, prestando serviços sociais e humanos e de proximidade assentes
numa dinamica de interacção relacional. Representam um tipo de resposta compreensiva
(envolvendo todos os interessados) e coerentes (com respostas articuladas entre si) transformando-
a num sistema, o qual é usado ao nivel comunitário, dedicado a um ambito de acção local (Mauret
2003).
A meta consiste em estabelecer uma rede de apoio que esteja disponivel e seja acessivel a vitimas
directas e as suas familias (com destaque para as crianças); que aproveite o sistema legal na sua
maxima capacidade de proteção; que reforce a intolerância social na comunidade em relação a
violência doméstica (Pence e Shepard, 1999).
As parcerias correspondem a uma forma de organizar a resposta a problemas sociais. Este tipo de
resposta normalmente tem inicio corn uma identificação de falta de coordenação nos sistemas e
que investe na reuniao e na conjugação de esforços dos diversos interessados, os quais na maior
parte das situações já estão envolvidos e empenhados na promoção de respostas.
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A implementação desta estratégia configura diferentes formatos e arranjos inter- institucionais que
são considerados como modelos de implementação da estratégia e situados ao nivel das práticas
de intervenção.
Um dos objectivos das parcerias é estabelecer uma estrutura, que se traduz em diferentes arranjos
organizacionais, através da qual se pretende facilitar mudanças directas no sistema de respostas as
necessidades e problemas dos cidadãos e indirectas ao nivel social sobre a concepção dominante
de determinado problema social.
Enquanto estratégia de intervenção, a parceria pode ter diversas origens. As Naçõees Unidas, com
base num critério de classificação de ambito territorial, distinguem as parcerias quanto a iniciativa
considerando:
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ii. A acção de grupos interorganizacionais, que tendem a ser intersectoriais também,
desenvolvendo trocas no ambito regional; e
iii. A acção governamental, originando coordenação ao nivel nacional.
A coordenação de base comunitária (com origem e integrada por grupos e/ou organizações
situados na comunidade) é identificada com o reconhecimento da dimensão pública do fenómeno,
implicando o Estado no combate ao problema.
É desta forma que os actores sociais institucionalmente organizados e implementados nas
comunidades são considerados.
9 A intervenção em rede
A intervenção em rede consiste em mobilizar os recursos da rede primária de um individuo a fim
de que a dificuldade que ele apresenta, objecto da acção e do recurso ao assistente social, possa
ser solucionado na totalidade ou em parte pelas pessoas que compõem essa rede primaria”. Este e
um modelo centrado na situacao-problema apresentado por um sujeito e baseia-se na expectativa
da sua superação através da mobilização dos recursos proprios da sua rede, isto é, parte do
postulado de que o sujeito que procura ajuda não se encontra sem recursos, mas que apresenta
dificuldades em mobiliza-las, (Guadalupe, 2016).
Claude Brodeur (1984), parte da contextualização das grandes tendências politicos ideologicas na
sociedade contemporanea para enquadrar o seu “projecto de acção socio-politica”. O autor situa
as “práticas de redes” nos movimentos culturais que se ocupam da qualidade de vida, considera
ser fundamental que qualquer tipo de projecto de acçâo social esteja inscrito num projecto global
de sociedade, sendo que a sua matriz ideologica nos remete para o Socialismo na sua concepcao
originaria. Considera que estas praticas tem por objectivos libertar as pessoas da alienacao
associada ao sistema de producao de bens e servicos, inscrevendo-as na sua dimensão colectiva,
sendo o seu objecto as “pequenas comunidades humanas que constituem a base e o alicerce da
nossa sociedade.
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Nesta óptica, Brodeur concebe o interventor como um agente comunitário que transforma “as
solicitaões, inicialmente alienadas, de individuos junto dos serviços em projectos de existencia
absolutamente livres e auténticos. Para tal, o interventor tem de cumprir uma dupla tarefa:
I. Em primeiro lugar deve compreender e desmontar a dimensão colectiva da solicitação;
II. Em segundo, inscrever esta solicitação “num processo de autonomização radical perante
o sistema económico de produção e distribuição de serviços.
No primeiro eixo, reflecte-se a solicitação de ajuda a uma instituição que é, quase sempre,
formulada a titulo individual. As instituições, por seu lado, respondem de forma análoga através
de respostas centradas no individuo, tido como paciente identificado. No entanto, encontramos
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tambem uma vertente de respostas comunitárias nestas redes secundárias, abrindo distintas
possibilidades de intervenção social. Os proprio individuos (e redes primárias que integram) que
vivenciam os problemas tem destes, geralmente, um concepção meramente individual, sendo
fundamental que a intervencao faca o seu reenquadramento num quadro de problema que extravasa
esta dimensão para uma dimensão colectiva, da mesma forma como é proposto pelo modelo de
Mony Elkaim 1995).
No segundo eixo, inscreve-se a tendência contraditória verificada nas instituições que se revela
na forma como estruturam e implementam a oferta dos seus serviços. O poder de responder as
necessidades identificadas pode ser utilizado de forma distinta, por um lado, pode favorecer a
criação de dependência do utente face a instituição, e por outro, pode potenciar a autonomia dos
sujeitos e das suas redes sociais se apostar em reforçar as competencias existentes no seu seio de
forma a fazer emergir um conjunto de saberes e competencias, reforcando, assim, a sua autónomia.
Sintetizando, Brodeur (1984) afirma que “o projecto de uma intervenção em rede consiste em
devolver a rede primaria a sua dimensão colectiva e o seu poder de conhecer e regular os seus
proprios problemas” havendo a necessidade de uma postura por parte dos interventores que
favoreça, no processo de intervenção social, uma metamorfose da procura de bens e serviços
inscrita na sua dimensão colectiva e autónoma.
Belanger e Rousseau (1984) amplamente influenciados por Brodeur (1984), também inscrevem a
pratica de intervenção em redes nos eixos do individual versus o colectivo e da dependência versus
autonómia. Os autores apresentam uma intervenção faseada que pretende implementar um
processo de acção susceptivel de favorecer um movimento espontaneo no seio das redes primarias
(Belanger & Rousseau, 1984).
1. A fase de introdução;
2. A Fase de transição;
3. A fase de consciencialização e ;
4. A fase de acção.
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A fase da introdução: Inicia-se com o primeiro contacto do interventor com a pessoa que faz o
pedido de ajuda, no qual se estabelece uma dinamica relacional baseada numa escuta activa com
abertura a dimenção colectiva do problema.
Esta é uma fase exploratória caracterizada pela escuta e recolha de informação e contém uma certa
euforia (de curta duracao) que os autores associam a possibilidade de verbalização da solicitação
de forma muito completa e a exploração que se faz do meio social, interpretada como uma
intensificação da escuta, (Guadalupe, 2016).
A fase de transição: Nesta fase, verifica-se uma certa resistência, já que a proposta de
intervenção não é a tradicional e esperada pelo utente, a rede acede a proposta do interventor,
inicia-se um periodo de mobilização. Este é um periodo determinante para que a rede assuma o
“projecto colectivo para resolver os seus problemas, assumindo o que os autores apelidam de um
“discurso do meio”, enquanto produção colectiva que resulta das interacções entre os membros da
rede. Este discurso é entendido como um “produto cultural contendo uma interpretação dos
problemas, uma análise e hipóteses de soluções e reflecte uma tomada de consciência das suas
tensões internas e o reconhecimento dos seus processos, (Guadalupe, 2016).
A intervenção em rede no serviço social é uma forma de pensar e de fazer ,que consiste em observar
os problemas da sociedade como problemas gerados pelas relações sociais e aspira a resolvê-los
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não sobre os factores puramente individuais ou pelo contrário puramente colectivos ou estruturais,
mas através de novas relações sociais e de novas organizações destas relações”, (Guadalupe,
2016).
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circulação de informação (através da criação de um sistema de comunicação fácil e acessível a
todos os serviços e cidadãos), e formas de atuação que motivem a participação das comunidades
locais.
Assim, os autores defendem que estabelecer uma relação de ajuda com o cliente, privilegiando a
mobilização dos seus próprios recursos, a partir de uma activação da sua rede primária e
eventualmente de uma rede secundária náo formal em detrimento de uma intervenção mais classica
escorada a partir da rede secundária formal, implica que o profissional balize a intervenção em 3
eixos basicos: no saber ser, no saber estar e no saber fazer.
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Conclusão
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Referencias bibliograficas
ORNELAS, Jose e MoNIZ, Maria Joao Vargas (2007), Parcerias comunitarias e intervcnt;:ao
Preventiva, Analise Psicol6gica, nY 1, vol. XXV, p. 153-158.
Intervenção em rede 2.ª edição 2016: serviço social, sistémica e redes de suporte social
Autor(es): Guadalupe, Sónia
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