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INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA

Índice

I PARTE. 3
Introdução. 4
Intervenção Comunitária. 5
Princípios da Intervenção Comunitária. 6
Etapas de um projeto de intervenção comunitária. 7
Trabalho de Equipe. 8
Projeto “Dinamização Comunitária”. 9
Etapas do Projeto. 10
II PARTE. 11
Projeto” PREVENIR INTEGRANDO “. 122
Intervenção com idosos. 14
Conclusão. 17
Bibliografia. 18
I PARTE

1. INTRODUÇÃO
Intervenção Comunitária é o tema do Resultado de Aprendizagem 3
inserido no Envolvimento e Responsabilização na Construção de Projetos
Coletivos, da área de Cidadania e Profissionalidade.
O trabalho que nos foi pedido tem de ser elaborado em duas
vertentes, em que a primeira está relacionada com um caso prático de
Intervenção Comunitário e a segunda com agentes promotores a nível
governamental/institucional e outra a nível de sociedade civil, onde teremos de
mostrar um trabalho comunitário destes agentes, à nossa escolha.
Este trabalho foi apresentado pelo Professor Luís Rocha, que utilizou
um PowerPoint de apresentação do tema, um documento da Fundação para a
Zona Histórica do Porto e uma ficha de trabalho.

2. INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA

A intervenção comunitária é o trabalho social realizado com as


populações, tendo como objetivo a resolução de problemas e a promoção das
potencialidades de uma comunidade através de uma ação concertada entre
vários agentes e a própria comunidade local.
Este trabalho procura ajudar as pessoas a compreenderem o seu
meio, social, económico, político, jurídico e cultural, fazendo com que tome
consciência da existência de problemas.
Tem como princípios o despertar a consciência crítica das pessoas,
fazendo com se supere a passividade, ao mesmo tempo que se promove o
associativismo, se descobrem as capacidades das pessoas, se fomenta a
ocupação dos tempos livres fazendo e proporcionando a educação social, bem
como a procura de meios e das vontades no sentido da resolução dos problemas
existentes.
Nunca uma intervenção deve ser um ato isolado ou espontâneo, mas
sim um trabalho de grupo, que obedece a princípios teóricos e estando também
sujeito a normas.
2.1. Princípios da Intervenção Comunitária

A intervenção comunitária tem princípios subjacentes, com que se


devem pautar os projetos, sendo que o primeiro se prende com a abordagem
integrada e de longo prazo, ou seja, é necessário que as comunidades sejam
participantes ativos no projeto, bem como instituições públicas ou privadas da
zona, com o objetivo da sua viabilidade a longo prazo.
Num projeto de intervenção comunitária terão de estar também
subjacentes os princípios do empowerment, ou seja, fomentar-se um trabalho de
Equipe, envolvendo-se todos, técnicos, comunidade, empresas, etc., na
elaboração e discussão do projeto, haver confiança nas pessoas, e todos os
problemas e todas as questões que surjam sejam tratados com abertura e
sinceridade por todo o grupo. Se os princípios do empowerment estiverem
presentes, é um passo importante para a sustentabilidade do projeto de
intervenção comunitária, tendo como consequência a sua concretização.
Como já referi atrás, a participação de todos é importante para o
sucesso do projeto, até porque, terá de ser feito durante a execução do projeto
a monitorização e a avaliação do mesmo, para que se tenha em atenção se
existem falhas ou se é necessário alterar alguma coisa, ou fazer alguns ajustes
ao projeto se cada uma tiver a sua função será uma melhor forma de fazer esta
monitorização e avaliação.

2.2. Etapas de um projeto de intervenção comunitária

Um projeto de intervenção comunitária para ser posto em execução


compreende várias etapas, começando estas pelo diagnóstico da situação, que
irá fazer com que se detectem e analisem os problemas existentes numa
comunidade, esta fase é elaborada pelo grupo ou pela instituição que irá elaborar
o projeto.
Depois do diagnóstico feito, este grupo ou instituição, terá de decidir
quais as prioridades de ação, fazendo uma hierarquização dos problemas com
base em critérios bem definidos.
Com base no diagnóstico e depois de elaboradas as prioridades da
ação, o grupo irá proceder à fixação dos objetivos. Será depois da fixação destes
objetivos que serão definidas as estratégias em que será decidida a forma de
levar por diante o projeto, ou seja, que atividades se vão realizar.
A elaboração de programas e de projetos é a etapa que precede a
preparação da execução do projeto, em que serão distribuídos pelos vários
membros as tarefas que foram decididas em grupo, seguindo-se depois a
preparação da execução do projeto. Aqui vão se alinhavar tudo o que atrás foi
discutido e decidido pelo grupo, sendo o fim do planeamento do projeto.
Finalmente é posto em execução o projeto, e poderá existir nesta fase
pequenas alterações, pois com a execução do projeto no terreno é que se terá
uma percepção real se tudo estará a correr como o projetado.
No fim de todo este processo entra-se na fase da avaliação. O grupo
terá que ver o que funcionou ou o que falhou em todo o processo, e terá se
necessário, voltar ao início, ou seja, ao início do planeamento.

2.3. Trabalho de Equipe

O trabalho de Equipe é por si só em qualquer situação a melhor forma


de se trabalhar. Em tudo na vida estamos rodeados de pessoas, e quer
queiramos, quer não, no nosso dia-a-dia as pessoas fazem parte dele, quer
profissionalmente quer no privado.
Na intervenção comunitária a Equipe é fundamental, não só na
discussão dos problemas, mas também no diálogo que se constrói, e se quer
competente e esclarecedor. Este trabalho de Equipe ajuda que a intervenção
comunitária seja um sucesso, no sentido em que as diferentes, ideias, opiniões
vão fazer com se tenha várias perspectivas que podem e deverão ser colocadas
à discussão sem temer o conflito, sendo que é importante o saber ceder e o
discordar construtivamente. Podemos aqui pôr em prática os princípios do
empowerment, pois ele concede às pessoas a oportunidade de participarem
ativamente nos processos e escolhas organizacionais. Só assim o processo de
planeamento da intervenção será construído com base nos diferentes
intervenientes do processo, suas opiniões e sugestões, tendo como finalidade
atingir o objetivo do trabalho delineado.
2.4. Projeto “Dinamização Comunitária”

Relativamente ao projeto “Dinamização Comunitária”, consta-se que


na elaboração do mesmo foram observados os princípios que um projeto deve
ter. Este projeto faz uma abordagem dos problemas existentes na zona histórica
do Porto, sendo dirigido não só às crianças, mas também a todos quantos ali
moram. Este projeto quer promover e facilitar o contacto das crianças e jovens
aos bens culturais, fazendo com que deixem de ser uns simples consumidores
de produtos, passando a envolver-se mais diretamente na realização de
iniciativas e projetos, desenvolvendo ao mesmo tempo o gosto pela cultura com
o objetivo de valorizarem a sua própria identidade cultural.
Este projeto não só promove a educação e a formação, fazendo com
que haja uma ocupação dos tempos livres destes jovens, mas também permite
o desenvolvimento e facilitem a integração na escola e o sucesso escolar e
educativo.
Está também presente neste projeto a vertente da cidadania para que
se preparem as crianças e os jovens para o futuro, fazendo com que pensem
hajam como cidadãos conscientes, participantes e atentos aos problemas que
também lhes dizem respeito.
Por tudo isto, este projeto de “Dinamização Comunitária” contempla
os princípios com que se devem observar numa intervenção comunitária.
Este projeto tem uma abordagem integrada e de longo prazo, pois
para além de procurar envolver não só as crianças e jovens no projeto, procura
envolver também a população no geral, bem como tem uma vertente de
cooperação com instituições locais a nível da informação/formação em várias
áreas como através da assessoria técnica.
Está também subjacente neste projeto, os princípios do
empowerment, no sentido em que é integrado no projeto a colaboração de
instituições e associações locais, bem como a comunidade em geral, para que
seja feito um trabalho em Equipe com todos responsabilizando todos para os
problemas existentes no centro histórico do Porto, estando assim patente neste
projeto e na sequência desta colaboração das instituições e associações locais
e o seu envolvimento a própria sustentabilidade do projeto, e o princípio de
participação que se quer que seja de todos e não só da Fundação.
No que diz respeito à monitorização e avaliação, penso que, apesar
de não estar muito visível no texto, penso que, pela forma como está descrito o
projeto, e a preocupação de ter a participação de todos, deduzo que esta
monitorização e avaliação estejam a ser feita.

3. ETAPAS DO PROJETO

Para a construção deste projeto os dinamizadores devem ter feito


inicialmente um diagnóstico dos problemas existentes na zona histórica do Porto
e da população ali residente, nomeadamente das crianças e jovens. Depois de
detectados os problemas o grupo delineou e definiu as prioridades com que a
ação se iria desenvolver, quais os objetivos a alcançar, e quais as estratégias
que iriam utilizar para que as crianças e os jovens se envolvessem diretamente
nos projetos de reabilitação de espaço e Equipementos da zona onde habitam.
Elaboraram depois os planos e os programas, contactando
instituições e associações locais no sentido de contribuírem e apoiarem este
projeto, dando a conhecer o que é a Dinamização Comunitária, a que se destina
e qual o objetivo.
No que diz respeito aos planos e programas a desenvolver incluem-
se neste projeto de intervenção comunitária as Oficinas de multimídia e iniciação
à informática; educação e expressão musical; cinema de animação; a
reabilitação das instalações do Grupo Desportivo e Cultural dos Guindais, entre
outros.
II PARTE

4. PROJETO” PREVENIR INTEGRANDO “

Entidade Promotora
• Associação de Moradores de Vila D’Este
Áreas de Intervenção:
• Prevenção na Família;
• Prevenção em Meio Escolar;
• Prevenção em Espaços de Lazer e Desportivos;
• Prevenção Junto de Jovens em Situação de Abandono Escolar.
Zona de Intervenção
• Urbanização de Vila D’Este e Bairro do Balteiro.
População Alvo
• Crianças dos 6/10 anos;
• Crianças dos 11/15 anos;
• Famílias com crianças até 10 anos;
• Famílias com adolescente/jovens;
• Técnicos;
• Auxiliares de ação educativa.
Objetivos
• Prevenir comportamentos aditivos, transgressivos e desviantes,
promovendo a socialização;
• Motivar, aumentando a autoestima e confiança;
• Estimular capacidades criativas e de iniciativa;
• Promover competências relacionais em detrimento de conflitos
interpessoais;
• Sensibilizar a família para o importante papel que tem como agente
de prevenção da toxicodependência.
Conteúdo Ação 1
• Sessões de esclarecimento e sensibilização;
• Cursos Práticos de Formação para Aquisição e Treino de
Competências;
• Dinâmicas de Grupo para desenvolvimento pessoal e social.
Ação 2
• Criação de Ateliers Artísticos (ambiental, tecnológico, expressão
plástica, cerâmica, expressão corporal);
Ação 3
• Criação de um Gabinete de Atendimento Psicossocial para
atendimento, encaminhamento e acompanhamento de situações
individuais;
• Psicoterapia de Grupo.
Ação 4
• Realização de Atividades Desportivas (futsal, voleibol, basquetebol,
handebol, badmington, ténis, natação, hidroginástica e aeróbica).
Parcerias
• Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho;
• Gaianima, E. M;
• Escola EB1 de Vila D’Este;
• Escola EB1 da Serpente;
• Escola EB1 de Balteiro;
• Escola EB 2/3 de Vila D’Este

Este projeto demonstra a preocupação de um grupo de cidadãos, que


é a associação de moradores da Vila D’Este para com os seus próprios filhos.
Querem estes cidadãos com este projeto não só prevenir no sentido de que os
jovens não ingressem por “maus caminhos”, fazendo ao mesmo tempo que
tomem o gosto pela escola, pelo desporto, pela cultura e pela própria família. É
também um projeto destinado às famílias destas crianças para que tomem
conhecimento e sejam ativos na vida dos seus filhos, no sentido de lhes mostrar
o papel importante que têm na prevenção de comportamentos de risco.
Este tipo de iniciativa vem demonstrar que também os pais estão
preocupados com o bem-estar e com o futuro das suas crianças, sendo que com
os perigos que hoje existem e com a facilidade com que elas são colocadas no
mundo da criminalidade e da droga, é sempre bom saber que muitos são aqueles
que estão atentos e prontos a ajudar a que isso não aconteça, promovendo
iniciativas para que se tenham as crianças ocupadas e mostrando-lhes que a
vida não é assim tão ruim e que todos juntos podemos superar os problemas
existentes. Assim haja vontade para os resolver.

4.1. Intervenção com idosos

O tempo disponível após o termo da atividade profissional não deve ser


sinónimo de inutilidade ou inatividade, antes pelo contrário, deve proporcionar
ao indivíduo períodos de repouso e de relaxamento, mas também de
valorização pessoal e social. Esta fase da vida é a ideal para a realização de
atividades que antes não eram possíveis realizar, na medida em que as rotinas
e os afazeres do dia-a-dia não o permitiam.
“Desporto é vida… e não tem idade”
Programa de atividade física destinada à população do concelho com idade
igual ou superior a 60 anos, visando motivar os idosos a adoptar e manter um
estilo de vida saudável através da prática de atividade física regular e
orientada.
Esta iniciativa contempla a realização de duas sessões semanais.
Para frequentar a atividade, é obrigatória a inscrição prévia na Câmara
Municipal (Turismo), com a apresentação de Bilhete de Identidade, Cartão de
Utente do Sistema Nacional de Saúde e Atestado Médico comprovativo da
capacidade para participar nas atividades.
Espaço Internet Sénior
Com esta iniciativa pretende-se facilitar e promover o acesso às novas
tecnologias de informação e comunicação, como uma forma alternativa e
inovadora de ocupação dos tempos livres, fomentando em cada participante e
no grupo um autoconceito positivo. Tem como destinatária a população com
60 e mais anos e decorre às segundas-feiras no Espaço Internet.
Os participantes na atividade, que é eminentemente prática, possibilitando que
cada um desenvolva descobertas por si próprio, têm o apoio dos monitores do
espaço que procuram tornar acessível a utilização dos computadores e a
navegação na Internet.
Passeio Sénior
Todos os anos, a população com 60 ou mais anos, junta-se num grande
passeio com destino diversificado.
Além do convívio que este tipo de iniciativa proporciona, os participantes
conhecem outros locais, incentivando-se o conhecimento da sua história e
cultura.
Praia Sénior
Tem período marcado, todos os anos em plena época balnear, com a principal
finalidade de promover o bem-estar e a qualidade de vida da população com
mais de 60 anos nos seus tempos livres.
Dia Internacional da Terceira Idade
Anualmente, a Câmara Municipal de Vizela assinala com um grande convívio,
aberto a toda a população idosa do concelho, a data que marca o Dia
Internacional da Terceira Idade, a 28 de Outubro.
Dia dos Avós
No dia de Santa Ana e São Joaquim, avós de Jesus, 26 de Julho, avós e netos
têm encontro marcado.
A comemoração deste dia pretende promover o convívio entre avós e netos,
valorizar os afetos, proporcionando momentos de bem-estar e de lazer.

A intervenção comunitária aqui mostrada insere-se num projeto da


Câmara Municipal de Vizela, sendo que a população alvo deste projeto são os
idosos. Aqui pretende-se ocupar a vida destas pessoas após os sessenta anos
de idade, proporcionando bem-estar, uma vida saudável, ao mesmo tempo que
os fazem estar ocupados para não pensarem que são uns inúteis e um peso
para a sociedade. Estimular estas pessoas, é uma maneira de os fazer sentir
gente e pensarem que ainda podem fazer coisas, que ao longo da vida o não
fizeram pelas mais diversas razões.
A vida não acaba só porque atingimos uma certa idade, ou já nos
reformámos, ela continua e continuará até ao dia em que deixamos o mundo dos
vivos. Quantas vezes os idosos são abandonados em lares ou nas suas próprias
casas pelas famílias que acham que eles são um estorvo? Que já não fazem
falta? Que já viveram o que tinham de viver?
A estas pessoas que assim pensam eu digo, os idosos fazem falta,
são gente, já nos ensinaram e ainda nos podem ensinar. Foram eles que nos
prepararam para a vida, nos ensinaram e nos ajudaram a preparar para o nosso
futuro.
Por isso, iniciativas como estas que promovem a terceira idade lhes
dão ânimo, lhes mostram que eles não são um estorvo nem acabaram. Estão
vivos e podem fazer e aprender mais ainda. A estas iniciativas eu dou uma nota
máxima, pois elas nos mostram o quanto muitas vezes somos injustos para
quem nos deu tanto ao longo da vida.
5. CONCLUSÃO

A vida hoje em dia oferece às nossas crianças e jovens demasiados


perigos, com que facilmente poderão ser levados. A instabilidade nas famílias
motivadas pelo desemprego, consumo de álcool ou droga ou a própria
desestruturação familiar, leva a que o caminho da criminalidade e da droga, ou
até mesmo da prostituição, seja cada vez mais uma procura e um caminho, que
pensam ser o mais fácil para obter o que se precisa.
A juntar a esta problemática temos o abandono das crianças e dos
idosos, pois não se tem uma estrutura económica estável para os manter em
família.
É neste contexto que têm surgido várias intervenções comunitárias
com o objetivo de colocar um travão a estes problemas, trazendo de volta para
uma comunidade ou até para a família, todos os quanto foram abandonados ou
pelas várias razões abandonaram as suas famílias e os seus lares.
Estas intervenções são também uma forma de ocuparem os
habitantes de uma comunidade no sentido de os responsabilizar para os
problemas existentes, para que em conjunto possam não só os resolver, mas ao
mesmo tempo fazer com que as crianças e jovens tenham outras ocupações, se
interessem pelos estudos e pela formação e para que venham a ser cidadãos
responsáveis e que se integrem na sociedade que também fazem falta.
Dar um sentido à vida das pessoas, mostrando-lhes que o futuro pode
não ser tão negro quanto parece, é o principal objetivo das intervenções
comunitárias.

6. BIBLIOGRAFIA
http://www.cm-vizela.pt/index.php?/accao-social/i62-intervenaao-com-idosos
http://www.cm-
gaia.pt/gaia/portal/user/anon/page/_CMG_0000.psml?categoryOID=4D818080
809E80GC&contentid=E981808880CO&nl=pt
http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-
82311997000300001&lng=en&nrm=iso
http://www.fpce.up.pt/ciie/textos/matos_ice7.pdf

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