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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACOL (UNIFACOL)

COORDENAÇÃO DE ODONTOLOGIA

SAÚDE BUCAL DAS CRIANÇAS EM RELAÇÃO AO MEDO DE IR AO DENTISTA:


DESAFIOS ENFRENTADOS NA ODONTOPEDIATRIA

Camila Ordônio De Sena


Ellen Juliana Nepomuceno Gomes
Omar dos Santos Silva

RESUMO

O artigo tem como principal objetivo, relatar os diversos problemas que


são enfrentados pelos profissionais especializados em odontopediatria. Muitos
desafios são enfrentados devido ao fato de crianças possuírem medo de dentista,
tornando o atendimento mais difícil. Prejudicando a saúde bucal e o estilo de vida da
criança. A melhor forma de combater esse medo é realizando um trabalho em
equipe, sendo necessária a colaboração de todos os envolvidos: paciente,
profissional e responsáveis.

PALAVRA CHAVE

Medo, desafios, odontopediatria.

ABSTRCT

The main objective of the article is to report the various problems faced by
professionals specializing in pediatric dentistry. Many challenges are faced due to the
fact that children are afraid of the dentist, making care more difficult. Impairing the
child's oral health and lifestyle. The best way to fight this fear is to work as a team,
requiring the collaboration of everyone involved: patient, professional and
responsible.

KEYWORD

Fear, challenges, pediatric dentistry.


1. INTRODUÇÃO
Sabe-se que para atender um paciente com êxito é necessário manter
uma boa relação com o mesmo. Na odontopediatria não é diferente, uma vez que a
chave para conquistar confiança é a conversa e a boa relação com o paciente e o
seu responsável. Além do preparo emocional dado as crianças antes da consulta
pelos pais ou responsáveis, é necessário que o profissional de odontologia tenha
manejo e saiba lidar bem com os diferentes tipos de comportamentos das crianças.
O medo é um dos grandes desafios enfrentados tanto pelos pacientes
como pelo dentista. Podendo causar problemas como o aumento das incidências de
cárie e outras doenças como a periodontite o que permite a hipótese de prejudicar a
saúde bucal das crianças. Esse trabalho tem como objetivo identificar e mostrar a
melhor forma de lidar com os desafios que o dentista enfrenta para atender uma
criança. Os odontopediatras contribuem diretamente na importância que as crianças
irão dar para a saúde bucal, assim como os responsáveis, que juntos devem se unir
para cultivar sorrisos saudáveis e consultas agradáveis.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Atuação da odontologia durante a gestação

Durante a gestação é de extrema importância que a mãe possua


atendimento odontológico adequado, mantendo a saúde bucal da gestante e do
bebê. O papel do dentista é orientar, prevenir e tratar possíveis doenças orais. No
entanto, o pré-natal odontológico nem sempre acontece, pois a maioria das pessoas
ainda não possuem consciência da necessidade do trabalho que o dentista tem na
gestação.
Podendo acarretar uma série de problemas uma vez que, durante a
gestação há um favorecimento no surgimento das cáries e gengivite por conta das
alterações hormonais e em casos extremos, as bactérias podem chegar no sistema
circulatório se fixando a placenta provocando perda do peso fetal e partos
prematuros.
Dessa forma, é de extrema importância tomar a medida preventiva de ir
ao dentista durante a gestação, para que o profissional dentista previna e oriente a
mãe sobre os cuidados que devem ser tomados por exemplo com a amamentação e
toda a saúde bucal da criança.

2.2. Cárie precoce na infância

A cárie é uma das doenças mais comuns no mundo e ocorre quando


bactérias específicas acidificam o dente corroendo o esmalte, dentina e em casos
extremos a polpa dentária. Na infância, a cárie é ainda mais comum devido à falta
dos cuidados específicos e a má alimentação como excesso de açúcar que reagindo
com as bactérias, produzem substâncias ácidas que dissolvem o esmalte protetor
dos dentes. Essa doença, acarreta diversas consequências para a criança. Causa
dores, desconforto ao mastigar (dificultando na alimentação), infecções graves,
perdas dentárias que prejudicam a formação da Arcádia dental e entre outros.
Um bom hábito dos pais influencia a saúde bucal dos seus filhos logo,
crianças que não são educadas desde cedo a ter hábitos saudáveis, são mais
propensas a desenvolver cárie precoce. Além da falta de conhecimento das pessoas
de baixa renda que não foram instruídas da forma correta sobre como ter uma boa
saúde bucal. Dessa forma, é essencial o fornecimento de informações adequadas a
população sobre como ter bons hábitos e influenciar as crianças a terem uma saúde
bucal prevenindo a incidência de cárie precoce.
A melhor forma de prevenir a carie precoce na infância, é tardar o uso de
açúcar o máximo possível sendo indicado o seu consumo após os 2 anos. Evitando
o uso de mamadeiras e chupetas. Tendo principalmente uma rotina de cuidado
bucal correta com o creme dental indicado e visitas regulares ao cirurgião dentista.

2.3. Desafios do odontopediatra

Ser um odontopediatra vai muita além de um diagnóstico e prática dos


procedimentos, uma vez que, é necessário ter conhecimento desde a psicologia até
desenhos animados e musicas infantis. É necessário um preparo para acolher a
criança de uma forma que ela se sinta totalmente à vontade para confiar no
profissional de odontologia. Para ser um profissional de destaque na odontopediatria
é necessário ter paciência, dom e vocação para essa área visto que é algo que
exige muito trabalho e atenção dobrada.
Um dos grandes desafios enfrentados é conseguir conscientizar os pais
ou responsáveis da saúde bucal dos dentes decíduos que estão por vir. Uma vez
que, em algumas situações de cáries profundas ou traumas dentários é necessário
um tratamento mais “severo” com o intuito de eliminar toda e qualquer infecção e
preservar a cavidade dentária. Porem, muitos pais não entendem o porquê agir de
tal forma por ser apenas um dente de leite. Prejudicando a saúde bucal da criança e
dificultando sua alimentação e estilo de vida.

2.4. Saúde bucal de crianças autistas

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio caracterizado por


déficits de comunicação, padrões de comportamentos repetitivos e dificuldade de
interagir socialmente. Com a criança autista no consultório também existem vários
desafios, visto que são mais sensíveis em relação a tudo, profissionalismo e
paciência são fatores de extrema importância para um atendimento de sucesso.
Devido à dificuldade de comunicação das crianças portadoras de autismo, o
tratamento odontológico fica comprometido.
As ações do profissional são muito invasivas ao paciente, que
normalmente apresentam aversão ao ambiente e ao tratamento. Nos portadores de
autismo os problemas periodontais são muito comuns, sendo necessário fazer
raspagens ou até mesmo cirurgia. Os autistas são pessoas hipersensíveis, nesse
sentido, é de extrema importância que o profissional esteja devidamente qualificado.
É necessário manter um ambiente seguro e o paciente calmo, a colaboração dos
pais e responsáveis também é muito importante. Com um acompanhamento iniciado
desde cedo torna-se mais fácil para todas as partes, criando um ambiente mais
seguro e confortável para os pequenos.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em vista dos argumentos apresentados, é notório que há desafios a


serem enfrentados diariamente pelo cirurgião dentista pediatra. Começando com a
ida das gestantes ao dentista uma vez que, o papel do odontologista na gestação é
de extrema importância e em casos mais sérios, há infecções que podem causar a
perda do bebê. Outro desafio, é ter manejo necessário para manter uma boa relação
com o paciente e seu responsável conquistando a sua confiança. Sendo, o medo um
dos maiores desafios causando, problemas como a cárie precoce por ser na infância
ainda mais comum devido à ausência de cuidados e uma alimentação rica em
açúcar que prejudicam o esmalte dental. Dessa forma, é muito importante que os
pais e responsáveis pratiquem hábitos saudáveis que induzam e ensinem seus filhos
ao mesmo. Sendo necessário, fornecer informações que incentivem toda a
população a ter hábitos corretos de saúde bucal. Outro grande desafio, é
diagnosticar e proceder com crianças autistas, por serem crianças extremamente
sensíveis e por terem dificuldade de se comunicar e interagir socialmente. É
necessário que o profissional dentista tenha muita paciência e profissionalismo
mantendo um ambiente seguro e o paciente calmo com a ajuda dos responsáveis.
Sendo muito importante o acompanhamento desde cedo, criando um ambiente
confortável para os pequenos.

4. REFERENCIAS

CASTILHO AR. INFLUENCY OF FAMILY ENVIROMENTON CHILDREN´S ORAL HEALTH: A SYSTEMATIC


REVIEW, Jornal do pediatra(Rio de Janeiro) 2013

PAULETO A, PEREIRA M, CYRINO E. SAUDE BUCAL: UMA REVISÃO CRÍTICA SOBRE PROGRAMAÇÕES
EDUCATIVAS PARA ESCOLAS, 2003

NÓBREGA M, BARBOSA C, BRUM S. IMPLICAÇÕES DA PERDA PRECOCE EM ODONTOPEDIATRIA,


2018

HENRIQUES L, MORAIS N, CARVALHO C. DESAFIOS EMOCIONAISLIGADOS AO ATENDIMENTO


ODONTOLÓGICO DO PACIENTE COM NECESSIDADES ESPECIAIS – RELATO DE CASO

ANGELUS. ODONTOPEDRIATRIA: UM MUNDO DESAFIADOR, MAS ENCANTADOR, 2020. Disponível


em: https://blog.angelus.ind.br/odontopediatria/ acessado em 29 de novembro de 2021.

BORBA P. ODONTOPEDIATRIA: CUIDANDO DA SAUDE BUCAL DOS PEQUENOS, Atualizado em 2021.


Disponível em: https://blog.odontoclinic.com.br/odontopediatria/odontopediatria-cuidando-da-
saude-bucal-dos-pequenos/ acessado em 29 de novembro de 2021.

FONSECA T, SAUDE INTEGRAL DESAFIOS DA ODONTOPEDIATRIA, 2016. Disponível em:


https://www.eusemfronteiras.com.br/desafios-da-odontopediatria/ acessado em 29 de novembro
de 2021.

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