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Com base na leitura da Politica Nacional de Resíduos

Sólidos (PNRS) e as resoluções conama relacionadas aos


resíduos de construção, responda:
1. Como devem ser classificados os resíduos de tintas da construção, de acordo com a
resolução CONAMA e suas alterações?

Embalagens vazias de Tintas (contendo filmes secos aderidos nos metais) são
considerados resíduos classe B, recicláveis em como sucata metálica em siderúrgicas
(resolução conama 469 que altera a resolução 307).

Resolução Conama 348 menciona algumas tintas e solventes como resíduos perigosos. De
fato, solventes e tintas (que incluem solventes em sua composição) podem ser inflamáveis,
conter substâncias tóxicas e cancerígenas; e, por isso, tintas (a base de solventes) e
solventes podem ser classificadas como resíduos perigosos.

Uma bibliografia da associação americana de pinturas que mostra uma proposta de gestão
mais complexa (mais aparentemente mais adequada) para os resíduos de tintas.

2. Como são classificados os resíduos sólidos na PNRS?

Os resíduos sólidos podem ser classificados quanto à origem (os resíduos sólidos urbanos
não incluem mais os resíduos de construção dentro da sua categoria, embora seja gerado
dentro das cidades, destaque também aos resíduos das atividades de mineração, por
exemplo, finos de pedreiras que também são gerados próximos a cidades na operação
mineral, etc):

a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências


urbanas;

b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias


públicas e outros serviços de limpeza urbana;

c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;

d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados


nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”;

e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades,


excetuados os referidos na alínea “c”;

f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;

g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido


em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;

h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e


demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação
de terrenos para obras civis;

i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais,


incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais
alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;

k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou


beneficiamento de minérios;

Tem ainda a classificação quanto à periculosidade, sendo perigosos ou naão-perigosos. A


norma ABNT 10004 abre a classificação dos resíduos não perigosos, em inertes e não
inertes. Mas está caindo em desuso, pois a diferença estaria na quantidade de substâncias
lixiviáveis; o inerte, atenderia critérios de potabilidade de água e uso agrícola do solo.
Raramente se encontra resíduos efetivamente inertes (por exemplo, vidro); a maioria dos
resíduos perto das cidades (inclusive solos naturais tropicais) podem ser considerados não
inertes.

3. Explique como foi prevista a implantação dos planos de gestão na PNRS.

Essa lei estabelece que os planos devem ser elaborados e atendidos em diferente escalas
de organização: nacional, estadual e municipais, surgindo de forma mais evidente a
importância do estabelecimento de consórcios intermunicipais, dada a difícil realidade de
gestão de resíduos sólidos no Brasil, em que a maioria dos municípios são de pequeno
porte, e raramente dispõe de recursos financeiros e humanos especializados capazes de
implementar aterros sanitários ou planos de reciclagem com resultados efetivos .

Um ponto importante nos planos está na lógica de não geração, redução da geração,
raramente abordadas nos planos de gestão até então, estabelecimento de metas
progressivas (não adianta elaborar um plano, e não monitorar o seu progresso, evolução).
Talvez aqui esteja a principal diferença entre ação meramente política ou de marketing, em
comparação a resultados efetivos de melhorias de gestão e reciclagem de resíduos sólidos
nos municípios brasileiros.

É claro que a lei implementa gestão integrada, e não fragmentada quando se considera os
principais resíduos sólidos. Outros tipos de ações de gestão como logística reversa,
responsabilidade estendida das indústrias, etc são incentivados.

4. Cite um exemplo real de logística reversa de resíduo da construção. Para fazer essa
análise, use o conceito definido pela PNRS.

Um caso a ser citado pode ser o aproveitamento e reciclagem de placas de gesso


acartonado (fruto de conceitos de construção seca/industrializada). Grandes empresas
oferecem serviços de retorno do resíduo ao fabricante para reciclar novas placas. Isso
pode ser um exemplo de responsabilidade estendida, pois o fabricante está preocupado
com o resíduo dentro do ciclo de vida, evitando que o mesmo vá para aterros, ou deixe na
mão de terceiros, o processo de reciclagem de seus produtos. Embora não seja totalmente
contínua a operação, e não há evidência de claras estatísticas do sucesso da ação, serve
como exemplo. Uma cartilha que orienta o descarte e gestão de resíduos de gesso foi
adicionada no moodle como fonte bibliográfica.

Outros exemplos existem, como captação de resíduos de blocos de concreto em


construtoras, e transporte, reciclagem no fabricante do bloco.
5. Na sua opinião, existe algum tipo de resíduo de construção que deveria ser enquadrado
na política de logística reversa? Justifique o motivo para tal decisão.

No geral, os produtos que a política obriga a implementação de logística reversa são resíduos
perigosos, cuja gestão é crítica e pode impactar significativamente a qualidade ambiental em
aterros, etc.

Neste cenário, sim, todos os possíveis resíduos perigosos presentes na construção, tais como
madeiras tratadas, cimento amianto, tintas contendo solventes.

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