Você está na página 1de 3

a) Contatos iniciais, inserção na comunidade e análise das necessidades:

Os contatos iniciais referem-se ao primeiro estágio de interação entre os agentes


externos (AE) e os agentes internos (AI) da comunidade. Esses contatos são
fundamentais para estabelecer um vínculo inicial, compreender as dinâmicas da
comunidade e iniciar o processo de inserção e interação psicossocial. Contatos
iniciais são descritos como:

● Ligação inicial entre AE e AI, estabelecendo uma conexão .


● Conversas iniciais com abertura, cordialidade e disponibilidade para o
diálogo.
● Esclarecimento preliminar sobre as atividades dos AE e as queixas e
demandas explícitas dos AI.
● Negociação e estabelecimento de acordos sobre como serão as primeiras
interações entre AE e AI.
● Lidar com a angústia, inquietude e falta de clareza sobre demandas,
temporalidades e possibilidades de interação psicossocial nesse primeiro
momento.

Esses contatos iniciais são essenciais para estabelecer uma base sólida para
a interação psicossocial e para compreender as necessidades e dinâmicas
da comunidade.

o contato inicial ele está associado a você pesquisar antes de chegar na


comunidade, ou seja, ele já se inicia previamente à sua chegada na
comunidade.
conhecer o contexto social, Institucional, político, pesquisar sobre a
comunidade
Os tipos de inserção na comunidade:
Eles procuraram ou você os procurou, vinculação, estar aberto ao outro, saber lidar com
aangústia em relação às diferenças.

1. Inserção em que os objetivos são definidos a posteriori, com participação ativa


da comunidade no processo decisório, em coerência com os princípios da Psicologia
Social Comunitária.
2. Inserção que busca contribuir para a compreensão da comunidade e para a busca
de alternativas de ação em conjunto com a população, visando construir formas
mais dignas, éticas e humanas de convivência comunitária.
3. Inserção que se baseia em uma dada visão ontológica e epistemológica, com
clareza e definição sobre o que será feito, ou seja, com objetivos claramente
definidos a priori.
4. Inserção que busca a produção de conhecimentos, sem necessariamente
envolver-se e implicar-se com a mudança da vida da comunidade.

O que é análise de necessidades e como fazê-la?

A análise de necessidades é um processo que visa identificar as necessidades e


demandas da comunidade, a fim de orientar a intervenção do psicólogo comunitário.
Para realizar a análise de necessidades, é necessário que o psicólogo comunitário
se sintonize com a comunidade, levantando, descrevendo e caracterizando suas
necessidades e dinâmicas de vida. É importante que o profissional adote uma postura de
preservação e respeito à dinâmica e significado das informações obtidas, enfrentando o
desafio de produzir um conhecimento que tenha força e seriedade para entrar nos espaços
acadêmicos, sem se tornar neutro, asséptico e distorcivo com relação à realidade que o
engendrou.
A análise de necessidades pode ser feita por meio de instrumentos de análise
qualitativa, como entrevistas, grupos focais, observação participante, entre outros, que
permitem a compreensão das necessidades e demandas da comunidade a partir de sua
própria perspectiva.
Além disso, é importante que a comunidade participe ativamente desse processo
decisório, discutindo conjuntamente as alternativas e decidindo sobre aquelas a serem
adotadas, assim como sobre as estratégias para sua viabilização. A avaliação contínua e a
reformulação dos caminhos adotados também são fundamentais para garantir a efetividade
da intervenção.

B) Como elaborar um plano de ação:

O que é um plano de ação?


O plano de ação é um conjunto de ações educativas dirigidas à
construção de uma cultura de respeito dos direitos humanos em um determinado contexto
social - cujas problemáticas demandam estratégias de resolução.

Passos para elaboração:

1. Justificativa: Apresentar as razões e motivações que fundamentam a necessidade


do plano de ação, destacando a relevância social e científica do projeto.
2. Contexto: Descrever o ambiente e as circunstâncias em que o plano de ação será
implementado, considerando as características e demandas da comunidade ou
grupo social envolvido.
3. Objetivos: Definir de forma clara e concisa os resultados esperados com a
execução do plano de ação, estabelecendo metas alcançáveis e mensuráveis.
4. Destinatários: Identificar o público-alvo ou beneficiários diretos do plano de ação,
compreendendo suas necessidades e particularidades.
5. Metas de ação e atividades: Estabelecer as etapas e ações específicas que serão
realizadas para atingir os objetivos propostos, detalhando as atividades a serem
desenvolvidas.
6. Metodologias: Selecionar as abordagens e técnicas que serão utilizadas para a
execução das atividades, considerando a fundamentação teórica e prática
necessária.
7. Recursos: Indicar os recursos humanos, materiais e financeiros necessários para a
realização das atividades, garantindo a coerência com os objetivos do plano de
ação.
8. Cronograma: Estabelecer um planejamento temporal das atividades, distribuindo-as
de forma organizada ao longo do tempo previsto para a implementação do plano de
ação.
9. Impactos: Avaliar e prever os efeitos e consequências das ações propostas,
considerando os benefícios coletivos e a extensão das melhorias para a comunidade
envolvida.
10. Avaliação e monitoramento: Definir os critérios e instrumentos que serão utilizados
para acompanhar e avaliar o desenvolvimento e os resultados do plano de ação ao
longo de sua implementação.
11. Quadros e referências: Incluir referências teóricas e práticas que embasam o plano
de ação, fornecendo suporte e fundamentação para as decisões e propostas
apresentadas.
12. Importância social: Considerar e destacar a relevância do plano de ação no
contexto social, enfatizando as contribuições e impactos que visam promover
mudanças positivas e a melhoria da qualidade de vida das pessoas e comunidades
envolvidas.

→ Ou quatro etapas

c) Quais são as tensões para o fortalecimento comunitário?

● Diferentes ritmos de trabalho e de tempo entre agentes internos e agentes


externos.Há um tempo da comunidade, diferente do tempo acadêmico ou
institucional dos agentes externos.
● Diferentes ritmos de trabalho e diferentes abordagens às ações entre os diferentes
grupos organizados que trabalham na comunidade.
● Diferentes concepções e conceitualizações de processos.
● Diversidade de critérios entre AE e AI (conceituais, “teóricos”, práticos). Falta de
concordância entre critérios, objetivos, concepção de ação e métodos empregados
por parte de instituições - AE.
● Contradição entre a “ideia de comunidade” e a comunidade específica e concreta a
qual se trabalha.

d) Processos psicoflorestais e pesquisa em comunidades ribeirinhas:

Esses processos fogem da visão tradicional científica, são levados em consideração outras
formas de saberes, visão de mundo, ambientes, entendimento do que é a floresta

Atividades, fenômenos e relacionamentos concretos, sentidos ou pensados da


pessoa (corpo vivo) consigo mesma, com os seres humanos e não humanos visíveis e
invisíveis do presente e passado, e com todos os elementos materiais criados pelos
humanos e existentes na natureza nas múltiplas dimensões existenciais do universo
amazônico.

Você também pode gostar