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Sam Crescent
#1 Lash
~2~
SINOPSE
A última coisa que Angel Marston queria era estar à mercê dos
Skulls. Eles são os motoqueiros locais e o clube ajuda a manter a
cidade segura, mas eles têm as suas próprias regras. Eles têm festas
loucas e fazem o que querem. Mas as dívidas do seu pai com o clube
significavam que Angel não tem escolha.
Lash ama o seu clube, mas ele quer uma mulher que não tenha
dormido com toda a gangue. Angel é tudo que ele está procurando. Ela
é doce, jovem... E virgem. Ele a quer mais do que tudo e já apostou na
sua reivindicação sobre ela.
Quando Lash a toca, Angel não pode evitar derreter. Ele coloca
fogo no seu corpo com as suas mãos errantes e seus lábios
pecaminosos. Ela não pode dizer não, e o quer desesperadamente.
Mas quando tudo parece ir bem para Angel e Lash, seus passados
os alcançam. Os Skulls têm inimigos que querem a cidade e as suas
mulheres. Lash deve decidir quem vem primeiro, o clube ou a sua
mulher. E Angel é forte o bastante para ficar ao seu lado quando as
coisas ficarem difíceis? E o que vai acontecer quando a tragédia e a dor
baterem à sua porta?
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A SÉRIE
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Capítulo Um
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mãe, antes de morrer, lhes deixou com um monte de pagamentos de
royalties1 pelos livros que havia publicado.
Deus, ela odiava sua vida mais do que nunca. Virando-se, ela
ignorou a música heavy metal tocando e começou a limpar as mesas.
Tudo que Angel esperava era que seu pai pagasse sua dívida para
que ela pudesse ir embora. Mas suas esperanças de que seu pai
pagasse o que devia diminuíam a cada dia. Ela teve a permissão de
fazer algumas ligações telefônicas para ele, e toda vez ele sempre dizia a
1 Royalty é uma palavra de origem inglesa que se refere a uma importância cobrada
pelo proprietário de uma patente de produto, processo de produção, marca, entre
outros, ou pelo autor de uma obra, para permitir seu uso ou comercialização.
2 Prospectos são iniciantes em um clube de motoqueiros, são a escala mais baixa da
hierarquia. Prospectos não são membros oficiais do clube até que realmente sejam
dignos de fazer parte. Então ganham seu colete com os “patches”, geralmente
marcações de tecidos costuradas, que indicam o seu MC e a posição que ele ocupa no
clube.
~6~
ela para tirar o máximo de proveito da situação e que ele era apenas
humano. Ele também tinha insinuado que ela tentasse usar seu corpo,
embora fosse grande, para lhe dar algum desconto. Que tipo de pai
pedia isso à sua filha? Houve um tempo em que ela amava estar ao
redor do seu pai. Agora, ela nem ao menos sabia se queria que ele
vivesse, pela maneira que falou com ela. Ele lhe disse que havia
destinos piores do que estar com os Skulls. Que ela deveria aprender a
fazer alguma coisa para ajudá-lo. Os insultos foram ficando piores, e ela
parou de telefonar. Ela nunca pediu para que ele mantivesse contato,
também. Olhando ao redor do clube de novo, ela soltou um suspiro. As
noitadas, o sexo, e tudo ao redor deles estava realmente começando a
lhe incomodar. Ela odiava isso.
— Você sabe, seria muito mais fácil para você, se você fosse legal
com os caras, — Mikey disse, estendendo para ela um copo com
limonada.
Não havia nada para ela dizer. Ela se sentou, tomou sua bebida e
esperou por mais trabalho a ser feito. Não acabava até que ela fosse
mandada para o quarto. Qualquer um deles poderia lhe dizer para ir
para lá. Nenhum dos homens a machucou fisicamente. Às vezes eles a
insultavam, mas ela estava acostumada com isso. Ser insultada não era
nada novo para ela. Mordendo seu lábio, ela bateu a mão no balcão,
desejando estar em qualquer lugar que não fosse esse bar.
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— Por que você a mantém por perto se ela é uma ninguém? —
uma loira de cabelo tingido sentou no bar rindo para Nash. A loira era
Kate, e Angel tinha ido para a escola com ela. Nash, um dos membros,
sentou ao lado dela.
Angel se encolheu. Ela odiava o seu nome. Sua mãe sentiu que
ela era um anjo, uma vez que os médicos achavam que ela não poderia
engravidar. Então ela decidiu lhe dar o nome de “Angel” para celebrar.
Angel deu o seu melhor para passar despercebida. Ela era uma
das poucas mulheres grandes que trabalhava dentro do clube.
Encolhendo-se devido aos pensamentos sobre seu próprio corpo, Angel
tentou apagar a conversa deles.
— Você só vai deixar que ele faça isso comigo? — Angel ouviu a
outra mulher se lamentando enquanto Nash fazia tudo que podia para
empurrá-la para longe.
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— Ele é um dos membros originais. Fecha essa boca se você não
quer causar problemas.
Ele cobriu a bochecha dela, inclinando sua cabeça para que ela
olhasse para ele. Não havia nada sexual no seu toque. Mickey parecia
lhe olhar com afeição paternal, o que ela não entendia.
— Você pode estar aqui por causa do seu pai caloteiro, mas não
deixe que ninguém faça você se sentir menos do que é. Angel, você é
uma linda jovem mulher, e se eu tivesse vinte anos a menos, eu tentaria
te conquistar. Como pode ver, eu não sou, mas não deixe que uma filha
da puta suja diminua você.
x-x-x
Ele não gostava da ideia dela sozinha no mundo sem ele. Haviam
muitos homens para manter longe dela.
~9~
— O que há com você? — Lash perguntou, voltando sua atenção
para Angel novamente. Mikey estava mantendo um olho nela e sempre
fazia isso quando ela estava trabalhando no bar.
Ele tinha sido membro dos Skulls desde que era um prospecto, e
depois de dois anos mostrando sua lealdade, ele se tornou um membro
de pleno direito. Ele era o músculo3 e trabalhava duro para manter a
proteção do seu grupo. Os Skulls protegiam a sua cidade e se
certificavam de que coisas ruins não acontecessem. Se assim fosse, o
problema estava resolvido por ele.
3 É alguém que faz o trabalho de campo do clube, que lida com questões que envolvem
o uso de força e violência muitas vezes.
~ 10 ~
Em todo esse tempo, ele fodeu muitas mulheres, e esteve com
umas duas que agora eram old ladies de alguns dos caras. Não, ele não
teria uma mulher ao seu lado que esteve com o resto do clube. Isso não
ia acontecer. Ele era do tipo egoísta e possessivo, e aceitava isso.
A última coisa que ele queria era que ela olhasse para ele com um
olhar de desgosto ou medo. Angel vinha sendo protegida pelos Skulls
por um bom tempo. Seu pai, David, era a única razão pela qual ela
estava aqui agora. O desgraçado havia gastado todo o dinheiro da mãe
dela em jogos de apostas e investimentos ruins. Pegar um empréstimo
tinha sido a melhor e a pior decisão que David já fez. Ruim para o seu
pai, mas boa para Lash quando isso lhe deu o que ele precisava, Angel
por perto.
— Tudo que você faz é ficar parado e olhar para ela. Você não teve
uma mulher em um ano. Já deve estar implorando por uma aliviada. Vá
e pegue ela. Tiny está começando a ficar irritado. Ela está no clube há
bastante tempo, e você ainda não chegou nela. Ele não vai conter o
comportamento dos caras por muito mais tempo, Lash.
Tiny era o líder do clube, e a pedido de Lash ele tinha feito com
que as festas não ficassem fora de controle.
~ 11 ~
— Ela é diferente.
— Sim, ela é uma virgem e uma civil. Claro que ela é diferente. —
Nash deixou sair um suspiro frustrado. — Você nunca vai encontrá-la
pagando boquetes para os membros do clube em um lugar público. Ela
é uma boa garota. Você sempre disse que queria uma boa garota. Ela
está bem aqui, debaixo do seu nariz, e você não está fazendo nada sobre
isso.
— Eu vou encontrar uma gostosa para essa noite. Boa sorte com
seja lá o que você tem planejado.
Ela estava fora do seu alcance, mas era a única mulher que ele
queria. Ele era Lash, o musculoso membro dos Skulls.
~ 12 ~
Capítulo Dois
Ele não fez nenhum dos dois. O homem só ficou parado atrás
dela, perto o suficiente para que sua respiração roçasse sua nuca, sem
falar nada.
~ 13 ~
— Não, você não tem. Você limpa as mesas para se manter
ocupada. Tiny lhe deu esse trabalho para mantê-la ocupada. — a mão
do homem saiu de seu braço e se estabeleceu na sua cintura. Ele se
esfregou contra o seu traseiro, e ela não era estúpida. Ela esteve na
escola e sabia que ele estava esfregando um pênis muito ereto contra a
sua bunda.
Angel não podia evitar a sua resposta. Ela ficou tensa. Nenhum
homem jamais havia chegado tão perto dela de um jeito tão descarado e
possessivo. Nem ela jamais havia se sentido tão desejada em sua vida. A
mão dele deixou a sua cintura e se moveu para a sua barriga, que era
arredondada.
Ela sabia quem ele era e o tinha visto por Fort Wills muitas vezes.
Ele era o músculo do clube e era absolutamente sexy, mesmo com a
cicatriz do lado esquerdo do rosto.
— Eu vou. Estarei por aqui com mais frequência. Você não tem
mais que se preocupar em ficar de olho.
~ 14 ~
Ela olhou para cima em tempo de ver Mikey sorrindo para ela. —
Cuide-se, doçura.
Seu coração disparou. O tom da voz dele fez com que arrepios
irrompessem pelos seus braços.
— Por quê?
Por quê?
Angel sabia que ela não era nada de especial, e ela com certeza
não era uma mulher bonita com um corpo esguio.
Quando eles chegaram ao seu quarto, ela ficou tensa. Lash abriu
a porta e ainda com uma mão ao redor da sua cintura, ele a fechou e
trancou. Eles estavam sozinhos no quarto dela. Sua roupa ainda estava
dentro da mala, que estava aberta em um canto.
— Não.
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O que mais ela deveria dizer?
Ele se moveu até a cama, a forçou a sentar e então foi até a mala.
Ela observou enquanto ele pegava suas roupas e as levava até o
armário.
— Seu pai nunca vai devolver esse dinheiro a tempo. Ele está tão
atrasado nos pagamentos que teria sorte se terminasse esse ano vivo,
muito menos livre da divida. O traseiro dele é propriedade do clube.
Viva com isso, Angel.
Ela balançou sua cabeça. O que ele estava dizendo era errado,
mesmo que ela soubesse em seu coração que era verdade. Confrontada
com a verdade por Lash, ela lutou para manter a pouca crença que
tinha em seu pai. Não havia jeito que seu pai não devolveria o dinheiro.
Ele lhe prometeu quando ela o deixou pegar o dinheiro e a deixou para
trás, então ela tinha que acreditar nele. Nenhuma vez, enquanto sua
mãe era viva, ela duvidou do seu pai, e agora esse homem enorme, sexy
e dominador estava lhe dizendo que seu pai nunca conseguiria o
dinheiro e ela nunca sairia daqui, e tudo isso era demais.
~ 16 ~
— Cuidados? Você chama isso de cuidados? — ela mordeu seu
lábio para tentar se impedir de falar. Falar fora de hora não era
permitido.
x-x-x
Lash a virou para olhar para ele. Os olhos verdes dela cortaram
um caminho direto para o seu coração. Ele não sabia o que havia nessa
mulher que o deixava doido, mas desde a primeira vez que olhou para
ela, Lash não foi capaz de parar de pensar nela.
Ver sua mala ainda cheia no canto do quarto o irritou. Agora suas
roupas estavam penduradas, e ele pretendia levá-las para o seu próprio
quarto em breve.
Angel não ia deixar o clube ou o seu lado, e logo ele a teria em sua
casa, ao seu lado, como sua esposa.
— Fale comigo.
~ 17 ~
Lash a virou de costas e lentamente soltou seu cabelo, até que ele
caiu pelos seus ombros em ondas encantadoras. Pela primeira vez, Lash
correu seus dedos pelo cabelo dela, saboreando a sensação das ondas
de seda deslizando pela sua mão.
Ele gostou do fato de que ela não discutiu. Angel fez o que ele
queria sem um comentário. Será que ela sabia quão viciante sua
resposta era para ele? Lash queria empurrá-la para ver até onde ela lhe
permitiria ir.
Ela só tinha dezenove anos, enquanto ele estava no fim dos vinte,
vinte e nove, para ser exato.
~ 18 ~
As mãos dela se moveram para o seu peito, agarrando o tecido do
seu colete. Lash moveu a sua mão que estava na sua cabeça para as
costas dela. Ele a empurrou para a cama até que seu corpo estava sob o
dele.
Lash não pressionou seu pau contra o núcleo dela. A única coisa
que o mantinha longe daquele lugar eram a calcinha dela e o jeans da
sua própria calça.
Enquanto fazia amor com a boca dela, Lash acarinhou seu corpo
da melhor maneira que podia nessa posição. As mãos dela se moveram
do seu peito para as suas costas. Suas unhas afundaram na camisa
dele. Se ele estivesse nu, ele agora teria marcas nas costas.
Ele fodeu sua boca com a língua e pressionou sua palma entre
eles. Tocando a sua boceta, ele sentiu o calor dela contra ele. Gemendo,
Lash manteve sua boca ocupada ao mesmo tempo em que empurrava o
tecido da calcinha para fora do caminho. Ele precisava tocá-la.
Ele tocou o clitóris dela, beijando sua boca e esperando que não
estivesse ferrando tudo com isso que estava acontecendo.
~ 19 ~
Olhando para o seu rosto, Lash esperou que ela abrisse os olhos.
— Você é linda, — ele disse. Sem pensar, ele trouxe os dedos até
seus próprios lábios e chupou o creme deles.
Suas palavras saíram tão fracas que ele mal ouviu. — Eu sugiro
que você se acostume com o meu toque, baby. Eu não vou a lugar
nenhum, e você vai se acostumar com o meu toque.
Ela olhou para ele por alguns minutos e então subiu na cama.
~ 20 ~
Ele acariciou o seu cabelo, beijou a sua bochecha e deixou o
quarto. Tiny estava parado do lado de fora esperando por ele. O líder do
clube tinha os braços cruzados sobre o peito.
~ 21 ~
Capítulo Três
Uma vez que ela estava vestida, sem calcinha ou sutiã, Lash deu
um passo para trás para olhar para ela.
~ 22 ~
Angel ficou envergonhada pelo calor que a consumiu com o toque
dele. Será que ela já estaria afetada por ele?
Lash esfregou a mão para frente e para trás, criando uma fricção
que quase a fez cair de joelhos. Lash sabia todos os botões certos para
pressionar, e ela o odiava por isso.
Antes que ela pudesse protestar, seus lábios estavam mais uma
vez nos dela.
Ela não odiava esse pensamento. Angel nunca foi boa em tomar
decisões ou resolver problemas. Ela era um desperdício de espaço.
— Onde diabos está Angel? Ela deveria estar fazendo essa merda,
não eu, — Fern perguntou. Ela era uma das mulheres que passava de
mão em mão entre os membros do clube. Angel a via toda noite com um
cara diferente. Pelo que ela ouviu, nenhum deles queria reivindicá-la.
~ 23 ~
Ela era uma bunda doce4 com o único propósito de abrir as pernas para
quem a quisesse.
— Ah, não. Isso não é justo. Ela nunca esteve com um membro
sequer ou passou tanto tempo fodendo como o resto de nós. O que ela
tem que nós não temos? — as mãos dela foram para os quadris, e o
olhar que Fern lançou a Lash o teria matado, se olhares pudessem fazer
isso.
— Você vai ter que esperar até que alguém realmente queira essa
sua bunda doce, baby, — Nash disse.
4 O termo “bunda doce” (sweet-ass, no original), dentro do mundo MC, significa uma
mulher que faz sexo com vários homens do clube, mas não é comprometida com
nenhum. Elas também não são exatamente prostitutas, porque não recebem para
isso.
~ 24 ~
Discutir com ele não era uma opção. Olhando ao redor da mesa,
Angel não podia ver nenhuma das cadeiras disponíveis livre.
Angel sorriu para ela, sem saber o que dizer. Tate era como ela,
maior que as outras garotas do clube. Angel uma vez ouviu que os
homens preferiam mulheres magras e odiavam old ladies que ficavam
gordas.
— Vamos lá, cara. Quando nós vamos ter uma festa do caralho
pra valer? Eu preciso pegar umas vadias de verdade, — Butch disse.
Angel viu que ele olhava para sua filha enquanto falava.
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— Desculpe.
— Porque eu disse.
Lash riu. — Vamos lá, irmão, você sabe que ela sempre consegue
o que quer.
Seu irmão saiu da sala para que Tate se sentasse perto deles. —
É arcaico fazê-la comer dos seus dedos, Lash.
~ 26 ~
x-x-x
Lash estava com seu irmão e Tiny. Eles passaram por três
prospectos até chegar ao prospecto Steven. Ele tinha vinte anos, magro,
mas podia lutar. Pelo que Lash tinha ouvido dele, era um bom garoto e
leal ao clube.
Angel olhou e ele foi pego pelos seus olhos verdes. Indo para o seu
lado, ele tirou o cabelo do seu rosto e a olhou diretamente nos olhos. —
Você vai se divertir hoje. Eu dei dinheiro a Steven, e devo estar de volta
essa tarde.
~ 27 ~
Nash ficou parado em silêncio atrás dele enquanto ele dava as
instruções a Steven. Havia poucos anos de diferença entre eles.
— Sim, ter alguém que sabe tudo sobre você deve ser uma merda.
Angel sabe a extensão da sua obsessão?
Lash olhou de volta para o clube a tempo de ver Tate falando com
Angel enquanto elas deixavam o prédio. Ela olhou na direção dele, mas
não fez nada mais. Steven entrou no carro e as duas mulheres se
sentaram atrás.
— Não, ela não tem ideia do que eu fiz para mantê-la a salvo e
comigo. — desde o momento em que ela fez dezoito anos, Lash fez tudo
que pode para mantê-la longe dos problemas que seu pai trazia para a
vida deles.
~ 28 ~
Tiny partiu para a estrada principal e todos os demais o
seguiram. Os dois prospectos restantes ficaram para trás com os
outros.
Isso uma vez tinha sido uma academia de boxe, mas quando a
recessão bateu, a academia faliu e muitas pessoas perderam seus
empregos. O clube se uniu e reivindicou o lugar. Nenhuma das old
ladies jamais visitou o armazém, e ninguém que não fosse parte do
clube podia chegar perto, nem sob decreto. Desde a morte dos pais de
Lash e Nash, Tiny fez tudo que podia para manter a cidade segura.
Nenhum dos negócios do clube acontecia perto da cidade, e nenhum
outro clube vinha a Fort Wills.
O passeio foi longo, mas permitiu a Lash tempo para clarear sua
cabeça. Havia vezes em que ele lutava para pensar quando estava bem
no meio do problema. Conduzir sua moto lhe dava a liberdade e
tranquilidade para pensar em todos os problemas.
Angel não era um problema, mas o pai dela era. Ele não estava
brincando quando lhe disse que David não estaria vivo até o fim do ano.
Os Skulls estavam tentando reagrupar suas perdas causadas por
David. Além de recuperar algum dinheiro, o resto do clube o queria
morto. Lash pediu por um pouco mais de tempo. Se eles acabassem
com David muito cedo, Lash perderia qualquer chance que tivesse com
Angel.
O tempo não estava do seu lado. Não demoraria muito até que o
clube votasse que David fosse eliminado. O velho estava protelando
demais e tornando difícil acreditar nas suas histórias. O cara era cheio
de si. A morte da mãe de Angel quebrou David de alguma forma. Seja
qual for a razão, não seria algo que o clube levaria em consideração.
~ 29 ~
— Eu sei o que você quer dizer. — dando uma longa tragada do
cigarro, Lash olhou para o céu. Era um dia claro e quente, e seus
pensamentos retornaram para Angel. Ele se perguntava se ela estaria se
divertindo. Tate era uma garota incrível.
— Sim, foi ela quem sugeriu esse lugar a Tiny. — Lash olhou para
o armazém. Como Tiny ainda mantinha isso por detrás dessas portas
estava além dele. Ele não poderia imaginar perder alguém tão precioso.
Se algo acontecesse com Angel, ele perdia o ar só de pensar em ser
deixado para viver sem ela. Não haveria nenhum jeito que ele fosse viver
sem ela.
— É por isso que você fode e aceita boquetes de mulheres que não
vai manter? — Lash perguntou.
5 O que a autora quer dizer com essa expressão é que Patrícia não pertencia
naturalmente ao mundo MC, ela era uma “civil”, como eles chamam quem não
pertence aos clubes, diferente de Tate, que embora não fosse parte do clube
oficialmente, entendia o funcionamento, a hierarquia e participava ativamente da vida
do clube.
~ 30 ~
saíam, quem ficasse para trás era trancado dentro do armazém até a
manhã seguinte.
Fechando as mãos nos seus lados, Lash sabia que não havia
nada ameaçador no que Tiny disse, mas ouvir essas palavras ainda era
algo difícil de lidar. Os civis não precisavam saber que os Skulls tinham
um código. Se Lash não a tivesse reivindicado para todos os membros,
Angel teria sido fodida desde a sua primeira semana no clube.
— Não!
O grito foi firme. David podia ser um imbecil, mas ele não queria
que nada acontecesse com a sua filha.
~ 31 ~
Capítulo Quatro
— Qual é?
— Onde você vai usar isso? É um vestido lindo, mas onde você
usaria algo assim? — Angel olhou para as mãos unidas da garota. Ela
nunca foi boa com isso. Excursões de compras mulherzinha nunca
haviam sido o seu tipo de coisa.
— Sim, eu já vi.
~ 32 ~
Angel ouviu a outra mulher falar e soube no seu coração que Tate
falava a verdade. Se as festas não tinham sido o negócio real, estava
explicado porque os homens a odiavam. Ela era a razão pela qual as
festas haviam sido rebaixadas?
— Tiny é o seu pai. O que lhe faz pensar que ele vai deixar
participar de uma coisa dessas? — Angel perguntou.
— Nós vamos pagar por isso com você nesse vestido, Tate.
— Eu preciso me trocar.
Tate não parecia com medo quando passaram pela outra gangue
no caminho. Todos pararam, com Steven parado de pé à frente.
~ 33 ~
Um homem de cabelo escuro parou e olhou para Tate. O seu
olhar percorreu o corpo dela de cima a baixo. O calor que saía dos seus
olhos não podia ser confundindo com nada mais do que predatório.
— Para as vadias dos Lions. Posso ver. Isso não deve ter lhe
custado muito. Pela aparência delas, você realmente não precisa mantê-
las vestidas.
Angel não sabia quem falou, mas Murphy e Tate mantiveram seus
olhares um no outro.
— Ela é a filha de Tiny. Tate diz o que quer e faz o que quer, —
Murphy disse, segundos depois.
Uma vez que eles estavam fora da loja, Tate se recusou a ir para
casa. Angel ficou esperando de pé enquanto Tate falava com seu pai no
celular.
~ 34 ~
— Eu não sei, mas não é da minha conta. Os Lions são uma
ameaça e meu único trabalho é manter vocês duas a salvo.
— Aquilo o quê?
— Ele foi o único que se atreveu a ter algo a ver comigo. Ele é
mais velho do que eu, mas houve um tempo em que eu achei que ele
era doce. Murphy me ensinou a não me entregar tão facilmente. Eu não
estou procurando por um namorado ou um marido, Angel. Só estou
procurando por um homem que diminua a solidão. — A cortina se
abriu, e Tate usava um vestido longo azul. — Eu sei que nós não somos
próximas e eu sou alguns anos mais velha, mas com o tempo vamos
nos conhecer. Eu quero ser sua amiga e compartilhar tudo com você.
Por agora eu não quero mais falar sobre isso, ok?
— Ok.
~ 35 ~
Angel sorriu, distraindo a outra mulher. — Eu acho que eu
pareço uma baleia. O que você acha? — ela deu uma pequena voltinha
na esperança de quebrar a tensão.
— Você não parece uma baleia, e Lash vai ficar duro quando vir
isso. Você é uma mulher tão bonita.
— Não, papai vai me levar para casa. Steven vai lhe dar uma
atualização sobre tudo o que aconteceu, e depois ele irá lhe ajudar com
as suas sacolas. Vejo você amanhã. Não vou deixar meu pai me manter
longe.
Angel olhou para trás para ver Lash saindo do edifício. Ele parou
para falar com Tiny e Steven. Todo o tempo seu olhar estava nela.
Olhando para o chão, Angel fez tudo que podia para se recompor.
~ 36 ~
— Boa sorte com ele. Ele vai dar trabalho.
— Mas e as regras?
— Não, faça o que você tem que fazer, filho, — Tiny disse.
— Sim.
x-x-x
~ 37 ~
Lash não falou mais sobre o seu pai porque eles deixaram o
homem com um olho roxo e vários hematomas pelo corpo. O filho da
puta estava planejando fazê-los de idiotas, e Lash não gostou disso. Na
hora em que Steven ligou, ele já estava pronto para matar David. Os
Lions eram seus maiores inimigos, e Murphy representava uma ameaça
tanto quanto o resto da gangue, na posição em que ele se encontrava.
Nenhum dos Skulls falava sobre Murphy. Era melhor assim.
— É onde você vai ficar essa noite. Nós vamos voltar para o clube,
mas eu precisava sair de lá antes de fazer algo que me arrependesse.
Nash vai ficar lá, então não temos que nos preocupar em sermos
incomodados.
~ 38 ~
construindo a casa sobre ele. Ele sempre quis algo que seus pais
compartilharam. Antes de morrerem, eles haviam dado a ele e Nash
uma casa perfeita. Seu pai havia sido parte dos Skulls, mas se
certificou que eles tivessem a vida de uma família normal. Ele não
conseguia se lembrar se a sua mãe odiava o estilo de vida.
Angel não disse nada, e por isso ele estava agradecido. Ele não
podia lidar com mentir para ela agora. Depois do medo de saber que os
Lions estavam perto dela, Lash estava pronto para matar.
O sol estava se ponto, mas fornecia luz suficiente para que ele
largasse as compras sobre a mesa e no chão e fosse direto para a
geladeira.
— Por que você sequer fica no clube? Esse lugar é incrível. — ela
cruzou os braços, sorrindo para o que via.
Isso era o máximo que ela já havia falado, e então ela parou e
tomou fôlego. Ele odiava vê-la esvaziar.
~ 39 ~
Ela se sentou e olhou para as suas mãos unidas.
— O seu pai nunca vai devolver o dinheiro, baby. Ele está metido
em algo sério, e nós achamos que é algo ainda mais sério. Quanto mais
tempo demorar para vermos esse dinheiro, maior o risco de você virar
um brinquedo dos membros. — o seu olhar de nojo o fez se sentir um
porco. Angel era muito inocente. Por que ele não poderia querer uma
mulher que sabia como as coisas funcionavam com ele?
~ 40 ~
— A minha virgindade é um desafio para eles? — ela deixou
escapar um som áspero. — Bem, eu sinto muito, ok. Eu sinto muito que
meu pai teve que pedir dinheiro emprestado e eu sinto muito que minha
mãe morreu e o fez fazer isso. Eu não tenho nada a ver com nada disso.
Por que você só não me deixa em paz? — ela ficou de pé e caminhou em
direção à porta.
Ele não podia deixá-la ir. Tiny o mataria, e o clube o veria com
péssimos olhos. Ele deveria domá-la ou se livrar dela. Eles eram um
clube com um código, mas o clube sempre vinha em primeiro lugar, até
mesmo para ele.
— Por que eu não posso simplesmente ir? Eu nunca fiz nada para
nenhum de vocês. — a dor na sua voz era clara.
~ 41 ~
Com a outra mão, ele puxou acima do peito o colete que havia
dado a ela, até que estava tocando seu peito nu com a palma toda. Ela
enchia a sua mão e o mamilo cutucava contra ela.
— Sim, você pode. — ele desceu uma das mãos até a calça jeans
dela e abriu o botão. Ela não lutou com ele. Sua Angel não lutou com
ele, não o impediu quando ele enfiou a mão dentro da sua calça e
através da fenda cremosa. A boceta dela estava encharcada e sua mão
ficou coberta com o creme dela.
~ 42 ~
Capítulo Cinco
Ela não lutou com ele quando ele a virou para encará-lo. Com as
costas contra a porta, ela o observou se ajoelhar em frente a ela. Lash
tirou o jeans do seu corpo, expondo-a para o seu olhar.
Seus olhos nunca deixaram o rosto dela. Ele abriu as suas coxas,
e só então seu olhar viajou pelo seu corpo. Ela queria se cobrir toda.
Suas coxas eram grossas, e ela tinha certeza que havia alguns pontos
de celulite. Lash apertou as suas coxas com força. Ele separou as
pernas dela para poder olhar.
Angel olhou para a cabeça dele e sentiu seus dedos abrirem sua
boceta.
Não havia nenhuma maneira que ela iria depilar seus pelos
pubianos. Só de pensar nisso, ela se sentiu enjoada. O enjoo foi
rapidamente substituído por uma língua muito experiente.
~ 43 ~
— Eu vou te segurar firme, baby, abra seus lábios para mim. Eu
quero que você me ofereça a sua boceta.
Ainda assim, ela desceu a mão entre os seus corpos e abriu a sua
boceta para ele devorar. Quando se tratava de Lash, ela não tinha
qualquer controle.
A sua língua era puro pecado. Ela não conseguia expressar quão
incrível era sentir essa língua no seu corpo. Ele lambeu, mordeu e
chupou o seu clitóris. Ela sentiu a língua deslizar pelos seus próprios
dedos antes de se esmagar contra o clitóris.
— Eu não posso.
~ 44 ~
rosto e ver se a cicatriz era áspera ou suave. Seu cabelo escuro era
grosso e comprido o suficiente para cair ao redor da sua cabeça,
parecendo bagunçado. Em Lash, esse cabelo ficava perfeito. Ele era tão
alto que a fazia se sentir pequena, quase delicada. Ela não estava
acostumada a ser delicada. Ser uma mulher grande sempre a fez se
sentir como uma baleia encalhada. As mãos dele eram o dobro do
tamanho das dela, e seus músculos enchiam a boca dela de água.
Ele era o extremo oposto de tudo que ela pensou que queria. Lash
era implacável, e a sensação da sua língua contra o seu clitóris era
demais.
~ 45 ~
até a clavícula. Lash não parou por aí. Ele rasgou seu colete em dois,
expondo seus seios.
— Sexy pra caralho. Eu mal posso esperar pra ver essas tetas
balançando na minha frente. — Lash beliscou um mamilo e depois o
outro.
Essa era a primeira vez que ela realmente olhava para ele. Seu
corpo era duas vezes o tamanho do dela, mas sem um traço visível de
gordura. Ela duvidava que ele tivesse um pingo de celulite.
— Eu não vou foder você assim. Mas nós podemos fazer muito
mais do que foder. Além disso, a sua primeira vez não vai ser na porra
da minha mesa de jantar. — ele chegou mais perto, acomodando-se
entre as coxas dela.
Ele brincou com a ponta do seu pênis através da fenda dela. Ela
olhou para baixo para ver a haste grossa do seu eixo se esfregar entre
os lábios da sua boceta. O seu creme cobriu o comprimento, deixando-o
escorregadio.
~ 46 ~
Lash sorriu. — Eu já fiz você gozar duas vezes. Eu acho que é a
minha vez.
— Perdão?
Ele calou a boca dela com a sua. Ela o sentiu ficar mais duro na
fenda da sua boceta. Durante o beijo, Lash começou a se mover contra
ela. Com cada impulso dos seus quadris, Lash batia no seu clitóris,
fazendo-a gritar.
Não havia nada que ela pudesse fazer a não ser balançar a sua
própria com a dele. Eles fizeram amor em cima da sua mesa de jantar
sem que ele entrasse nela nenhuma vez. Angel estava mais perto do
orgasmo a cada carícia sobre o seu clitóris.
Seu pau era grande e grosso. Ela não sabia se ele seria capaz de
caber dentro dela e estava feliz que eles não iam tentar essa noite. Ele
começou a ofegar, e a sua língua empurrou a dela, ainda mais forte e
rápido do que antes.
Ela lhe deu o que ele queria. Não havia como impedir o jeito que
ela se sentia. As emoções reprimidas eram demais. Ela alcançou o
clímax em questão de segundos. No momento seguinte, Lash se
impulsionou contra ela uma última vez, e então ela sentiu os jatos da
sua semente quando eles foram lançados sobre o seu estômago.
Angel o encarou, incerta do que fazer. Ele parecia com dor. Ela
tocou o seu braço, tentando chamar sua atenção. Seus olhos abriram, e
ela foi pega por um intenso olhar azul.
~ 47 ~
— Um cara nunca esporrou6 em você, baby. Isso é um monte de
primeiras vezes. Como você está lidando com tudo? — ele perguntou.
x-x-x
6 A autora usa a palavra “spunk”, que significa, entre outras coisas, ejacular sobre
algo ou alguém. Todavia, ela tem uma conotação extremamente vulgar, e por isso
escolhi a palavra “esporro” (que nem chega a ser um verbo de verdade, mas que é
coloquialmente usada assim) para dar a mesma conotação da autora.
7 É o processo em que duas pessoas se esfregam uma na outra totalmente nuas.
8 É o mesmo que um “wet drumping”, mas as pessoas estão vestidas ou seminuas –
~ 48 ~
Ele se afastou o suficiente para pegar uma toalha. Quando ela se
moveu para sair da mesa, Lash a impediu colocando uma mão sobre o
seu estômago.
— O quê?
Ele estava ansioso para que ela se depilasse ali. Lash poderia
lamber, chupar e mordiscar seus lábios, seu clitóris e sua boceta o dia
inteiro.
— Isso é ruim para qualquer pessoa. Você não sabe muita coisa
sobre mim. Eu tenho vinte e nove, baby. — ele jogou as cinzas no
cinzeiro e continuou olhando para a sua boceta.
~ 49 ~
Ele arriscou um olhar na sua direção para vê-la encarando o teto.
Lash odiava o fato de que ele soubesse tanto sobre ela. Seu
conhecimento sobre ela o fazia se sentir um stalker9.
Ele riu, terminou o cigarro e tirou o cinzeiro de vista. Lash foi até
a pia, lavou as mãos e caminhou de volta para o lado dela.
— Perdão?
~ 50 ~
Com as mãos fechadas em punhos nos seus lados, Lash a
encarou, sabendo que ela não tinha culpa por ouvir os rumores. — Eu
nunca machucaria você, Angel. Você tem escolha aqui. Eu não vou
forçá-la a ficar comigo.
Ela baixou a cabeça, e ele não podia suportar a ideia de que ela
pensasse nele de qualquer forma diferente.
Indo até ela, ele se ajoelhou ao seu lado e pegou o seu queixo com
as mãos. Ele a forçou a olhar para ele, encarando aqueles olhos verdes
e sabendo que faria de tudo ao seu alcance para fazê-la feliz.
— Sim.
A voz dela foi tão baixa que ele não a ouviu claramente.
— O quê?
— Sim, eu gostei de tudo que você fez comigo. Foi bom. Mais do
que bom, e eu não acho que você me obrigaria a fazer algo que eu não
fosse gostar.
~ 51 ~
As suas bochechas estavam vermelho brilhante, mas ele
acreditou nas suas palavras. Por agora, a palavra dela bastaria. Ela era
uma virgem. Ele planejava corrigir isso, mas por agora ele estava feliz
com o que eles estavam fazendo um com o outro.
— Porra, isso não vai acabar bem. O que Tiny está dizendo sobre
tudo isso?
~ 52 ~
— Eu odeio aqueles porcos do caralho.
Angel pigarreou, deixando-o saber que ela estava ali. Ela estava
nua, mas coberta pela parede. Sua cabeça estava espiando-o pelo canto
e ela sorriu para ele. Esse sorriso o acertou no coração e foi direto para
a sua virilha. Ela era charmosa e sexy pra caralho. Ele estava pronto
para perder a cabeça outra vez.
— Eu tenho que ir. Mais alguma coisa? — ele perguntou sem sair
do seu lugar.
Zero desligou.
— Venha aqui.
~ 53 ~
— Você vai estar comigo. Vai estar ao meu lado, e eu vou ser o
único a reivindicar você. Ninguém mais. — ele beijou o topo da sua
cabeça, se perguntando quando deveria contar a ela sobre o seu pai.
~ 54 ~
Capítulo Seis
Ela não queria se acostumar com um estilo de vida que talvez não
fosse capaz de manter.
Angel saiu do sofá e foi até a cozinha para ver como seu ensopado
estava ficando.
~ 55 ~
— Você não acha que está tendo uma atitude um pouco drástica?
Quer dizer, isso poderia explodir na sua cara se você não tomar
cuidado.
— Não.
~ 56 ~
— Sério? Você nunca viu pessoas se comendo ou algo assim?
Pânico se agarrou a ela. Angel estava com tanto medo de tudo que
poderia acontecer que ela nem sequer o ouviu chegar em casa. Lash
pegou o telefone da sua mão e o pôs contra a sua própria orelha.
— Eu vou contar ao seu pai sobre isso, Tate. Minha mulher está
petrificada e a culpa é toda sua. — ele ouviu por alguns segundos e
então balançou a cabeça. — Não, eu vou lidar com Angel. — ele apertou
um botão do telefone e depois o colocou sobre o balcão. — Tate não
deveria ter dito nada sobre o que vai acontecer.
~ 57 ~
cozinha ele ainda era mais alto do que ela. Isso não era justo. Ele podia
distraí-la tão facilmente e levar embora as preocupações ainda que ela
estivesse aterrorizada com o que poderia ou não acontecer.
— Eu não vou contar a você tudo que acontece porque cada festa
em que eu estive foi diferente. Sim, uma garota foi fodida por três
homens ao mesmo tempo em uma festa, mas a mesma mulher não
apareceu na próxima. Tudo é diferente. Os homens são diferentes, e
eles mudam de ideia sobre o que gostam ou não. — ele começou a
desabotoar a camisa dela até que pode puxá-la do seu corpo.
Ele a fez sentir tanto em tão pouco tempo que ela não conseguia
nem pensar direito. Ela nunca tinha feito sexo, ainda que estivesse
dividindo a cama com Lash. Ele não a deixaria dormir em nenhum
outro lugar que não fosse ao seu lado, nua. Lash também odiava
roupas. Não importava o que ela estivesse vestindo, no minuto em que
eles ficavam sozinhos, ele a deixava nua. Ela não tinha permissão de
usar roupas na sua presença, ou pelo menos era desse jeito que ele a
fazia sentir.
~ 58 ~
— Ótimo, eu vou fazer Steven, o prospecto, acompanhar vocês
duas, — Lash disse enquanto se ajoelhava na frente dela.
— Steven não vai ficar olhando. Ele vai sentar na sala de espera
como um bom pequeno prospecto.
Angel olhou para Lash, pensando nas tarefas que o pobre Steven
tinha que lidar por causa dela. — Por que ele faz isso? Por que ele aceita
toda a porcaria que você e a gangue mandam que ele faça?
— Ele faz isso para ganhar o seu lugar dentro do clube. Nós todos
ganhamos os nossos lugares fazendo todo o tipo de trabalho de merda.
Eu não vou pedir para Steven fazer algo que eu não tenha feito antes. —
ele separou as coxas dela.
x-x-x
~ 59 ~
— Desculpe. Eu não tive a intenção de ofender você, — ela disse,
mordendo o lábio.
Abrindo os lábios do seu sexo, ele viu a sua inchada fenda rosa.
Lambendo os lábios, Lash começou a acariciar seu centro doce com a
língua. Ele amava chupar Angel. O que ele mais amava era o fato de
que ela nunca havia sido manchada por qualquer outro homem. Ele
sabia que era errado pensar assim quando ele esteve com tantas
mulheres. Mas Lash não podia negar a satisfação de ser o único.
~ 60 ~
Sentindo como ela estava perto de explodir, Lash concentrou sua
atenção no clitóris dela, batendo na protuberância com a língua. Em
questão de segundos Angel se despedaçou nos braços dele. Ele chupou
e sorveu o gozo dela e gentilmente a acalmou do seu orgasmo.
— Acho que meu balcão nunca pareceu tão bom, — ele disse,
limpando os sucos dela do seu próprio queixo e levantando.
Ele bate sua boca contra a dela, tomando o controle dos seus
pensamentos somente com um beijo.
Ela esfregou sua nádega, mas não lhe disse nada de volta.
~ 61 ~
— Foi ok.
Ele não falava dos negócios do clube com ela. Ela era uma old
lady e uma civil. Tiny havia lhe ensinado quando ainda era jovem a
manter os negócios do clube para si mesmo. Quando ele perguntou por
que, Tiny olhou para Patrícia, que ainda estava viva, e lhe disse que os
clubes rivais não poderiam usar suas mulheres contra eles.
Era sabido que os Skulls não contavam seus segredos para suas
mulheres. As mulheres eram deixadas sozinhas e os homens podiam
trabalhar em paz, sem surtar cada vez que elas saiam de casa.
Enquanto essa merda toda estivesse acontecendo com os Lions, Lash
queria sua mulher segura. Ele não confiava em nenhum dos homens do
grupo rival, e até que se cuidasse do pai de Angel, ele ia ter dupla
cautela quando se tratava dela.
Ele olhou para baixo, para o seu próprio corpo, para ver do que
ela estava falando. — Sim, eu pedi por elas.
— Por quê?
~ 62 ~
Ela terminou de escovar o cabelo e foi para a cama, passando por
ele. Ela estava nua, nenhuma roupa. Ele baniu as roupas na cama. Se
ela subisse na cama dele vestida, ele espancaria a sua bunda.
Correndo as mãos para cima pelas suas coxas, ele parou cada
uma delas em uma das nádegas. Ela virou a cabeça para olhar para ele.
— Você não quer saber. — seu pai não teve permissão para
nomeá-lo. Quem escolheu seu nome foi sua mãe, que tinha estado com
um humor realmente péssimo no momento.
~ 63 ~
Deixando escapar um suspiro, ele trouxe seus dedos molhados
até o ânus dela e começou a acariciar o buraco proibido. Angel ficou
tensa, mas ele massageou a linha das suas costas, fazendo-a relaxar.
— Igualmente, Angel.
~ 64 ~
Capítulo Sete
— Achei que você não fosse fazer isso, — Tate disse, caminhando
em direção a eles. Ela carregava uma mochila preta sobre o ombro e
vestia um jeans justo e uma camiseta dos Skulls.
— Quero que você vista isso. — Lash deu a ela sua jaqueta de
couro.
— Cara, estamos indo nos depilar. Ela vai estar com a bunda de
fora a maior parte do dia. Ela não precisa da sua jaqueta, — Tate disse,
revirando os olhos. Havia um sorriso no rosto dela, e Angel entendeu
isso como um bom sinal.
~ 65 ~
Ela alcançou para Tate a sua bolsa e colocou a jaqueta por cima
do pequeno vestido que estava usando.
Lash lhe ajudou a puxar o cabelo que ficou preso para fora e a
ajeitou sobre ela.
O cheiro dele estava agarrado ao couro, e Angel sabia que ela não
ia vestir outra coisa. Ela não sabia como isso tinha acontecido, mas
estava se apaixonando por ele, completamente.
— Não importa o que você faça, mas não corte o cabelo, — ele
disse.
— Divirta-se.
Angel estava nervosa, e ela odiava esse fato. Steven manteve uma
boa distância enquanto Tate falava com a recepcionista. Elas foram
levadas para uma área de troca onde lhes pediram para tirar a roupa e
guardá-la em um armário.
~ 66 ~
Angel olhou para a outra mulher. — Eu não acho nada demais
sobre o jeito que ele está me tratando. Pensei que ele tratava todas as
mulheres assim.
— Ele odeia o nome Nigel. Ele acha que sua mãe foi totalmente
injusta lhe chamando assim.
~ 67 ~
— Isso é sério, Angel.
— Meu pai nunca mais foi o mesmo depois que minha mãe
morreu. Ele contratou uma babá, e ela está sempre por perto, mas ele
nunca mais aceitou outra mulher. Eu acho que ele fode as mulheres do
clube, mas não leva nenhuma para casa.
— Hm? O quê?
~ 68 ~
Durante toda a sessão de massagem, Angel não conseguiu ficar
confortável. Ela tencionava cada vez que o cara a tocava.
— Vendo até onde vai toda essa proteção de Lash. — o celular foi
colocado no chão.
x-x-x
~ 69 ~
— Você precisa nos contar alguma coisa, irmão? Você mudou de
lado sem nos dizer nada? — a piada de Nash fez com que alguns dos
homens rissem.
Uma vez do lado de fora do salão, ele entrou, pegou Steven pelo
braço e foi em direção à sua mulher.
~ 70 ~
— Nós apenas estávamos tentando lhes dar uma massagem, — o
cara tocando Tate disse.
Lash não estava afetado por ela. Tate era como uma irmã para
ele. No entanto, o corpo nu de Angel era outra coisa. Ele ficou duro na
hora em que a viu.
— Sim, o seu pai sabe também, e Steven agora é quem vai lhe dar
uma massagem, — Lash disse, tirando a jaqueta. Ele vestia uma
camiseta preta lisa por baixo dela. Indo em direção a sua mulher, ele
viu o olhar dela nele quando chegou mais perto.
~ 71 ~
— É bom que você não parecesse confortável com as mãos dele no
seu corpo. Eu teria que matá-lo e bater na sua bunda, — Lash disse.
Tate bufou.
— Eu não queria que ele me tocasse. Pensei que fosse ser uma
mulher. Esperava que fosse uma mulher.
— Eu não tinha ideia que ela estava escondendo todo esse corpo.
Eu teria feito a minha jogada antes que você tivesse a chance, — Nash
disse.
Lash fez uma careta. — Eu não quero saber o que você faz com os
seus pelos, Tate. Guarde isso para si.
~ 72 ~
— Tanto faz, imbecil. — Tate agarrou a mão de Angel e a levou
para fora da sala. Lash secou as mãos e seguiu Steven para o saguão
principal. Nash estava sentado em uma cadeira parecendo entediado.
Ele sentou em uma cadeira oposta ao seu irmão para poder observá-lo.
Steven sentou-se a muitos assentos de distância, dando a eles espaço
extra. Ele gostava do prospecto. Steven estava provando ser o melhor
dos três prospectos.
— Ela vai ser a minha old lady, Nash. Eu tinha que contar a ela o
meu nome. — Lash cruzou as pernas, colocando um pé sobre o joelho.
Ele olhou para a porta, se perguntando como Angel estava se saindo.
Sua mente ficava mais tranquila sabendo que Tate estaria com ela.
— Sim, o que você vai fazer quando ela descobrir sobre o seu pai e
toda a merda em que ele está metido?
— Eu vou lidar com isso. Você sabia que isso ia acontecer. Eu não
quero as Kates desse mundo.
Nash balançou a cabeça, mas não disse mais nada. Uma hora
depois Angel e Tate saíram já arrumadas do vestiário. Angel usava a
sua jaqueta, e ele se encheu de orgulho ao ver sua marca nela, mesmo
que na forma de uma jaqueta.
— Está tudo bem, Angel. Você vai ficar bem, — Tate disse.
~ 73 ~
— Claro, demore o tempo que precisar. — a voz dela estava rouca,
e ele franziu ainda mais o cenho.
Ela olhou além do ombro dele. — Essa coisa de depilação não foi
muito bem.
— Eu nunca ouvi uma mulher gritar assim. Ela não é muito boa
com a dor, eu acho.
Lash olhou para trás para ver que Angel ainda estava
perfeitamente imóvel. Se ela não conseguia lidar com a dor, como ele
iria reclamar a sua virgindade?
— Eu vou deixá-la para você. Falo com ela pela manhã. — Tate
lhe deu um abraço e partiu. Nash já estava no seu caminho de volta
para o clube. Caminhado em direção à sua mulher, ele a envolveu em
seus braços. Lágrimas estavam brilhando em seus olhos.
— Dói muito mesmo, Lash. Não achei que doesse tanto assim.
~ 74 ~
Ele gemeu quando as pernas dela se envolveram ao seu redor.
Suas mãos se acomodaram sobre o estômago dele. Lash levou um
momento para retomar o controle dos seus sentidos antes de colocar a
moto em movimento a moto e ir para casa. Ele estava ansioso para ver o
que o salão tinha feito na boceta dela. Ele já sabia que ia estar melhor
do que ele imaginava.
— Eu pedi que você fizesse isso, e agora vou olhar para o que eu
queria. — ele não quis subir as escadas até o seu quarto.
Ele foi até a sala de estar, empurrou para fora do caminho a mesa
de centro de madeira com um chute e a puxou para seu lado.
Eles não tinham tempo para mais nada. A festa iria começar logo,
e Lash queria tomar Angel antes que a merda real acontecesse. Ele a
empurrou no sofá e se acomodou entre suas coxas. Agarrando seus
joelhos, ele a puxou para a borda do sofá, abrindo bem as suas pernas.
~ 75 ~
— Eu vou olhar para a minha boceta um bom tempo. — ele
manteve o olhar no dela antes de desviar sua atenção para baixo e
parar naquela bonita boceta lisinha. Ela parecia um pouco dolorida,
mas a pomada que a mulher deu tinha parado a dor. Em algumas
horas ela estaria bem.
Ele viu a sua boceta molhar com as suas palavras. A sua mulher
queria ser fodida, lambida e amada tanto quando ele queria.
~ 76 ~
Capítulo Oito
Ela olhou para ele e o viu sorrindo, o que fez suas palavras menos
agressivas. Angel precisava se acostumar com o jeito que ele falava. Na
casa dela, quando alguém falava assim era porque estava irritado.
Ela o usou como apoio para retirar os sapatos. Lash lhe ajudou a
colocar o novo par. Ele terminou de vesti-la com a sua jaqueta de couro.
— Isso é para que todos saibam que você é a minha mulher.
10 É um top muito na moda hoje em dia, que lembra um top de ginástica, cobrindo os
seios e parte da barriga, mas deixando a maior parte de fora.
11 São sapatos de salto alto finíssimos.
~ 77 ~
responsável. — Lash puxou uma calça jeans de uma gaveta. — Coloque
isso.
Angel a pegou das mãos dele e vestiu. Elas eram largas o bastante
para ela. Quando ela terminou, Lash acenou. — É perigoso pra caralho
andar de moto de saia. Tire a calça assim que nós chegarmos lá, ok?
— Vamos lá, vamos dar o fora daqui antes que alguma coisa
aconteça na festa.
— Se você continuar puxando para baixo, ela vai acabar nos seus
joelhos. O jeans cobre tudo, — ele disse, advertindo-a.
Ela amava andar na moto dele. Havia algo livre em deixar tudo
para trás e acelerar pela estrada. Ela desejava que pudesse sentir isso
sem o capacete, mas por enquanto estava feliz em estar segura na
traseira do veículo.
Fechando os olhos, ela deixou a paz que sentia lhe invadir. Lash
talvez fosse o extremo oposto do que ela queria de um homem, mas ela
não ia dar as costas para ele por causa dos seus antigos planos.
~ 78 ~
Soltando um suspiro, Angel manteve os olhos fechados, saboreando a
sensação de estar tão perto dele.
— Estou bem.
~ 79 ~
— Ou ele está tentando me assustar. — Lash colocou a calça
sobre a sua moto.
— Além disso, acho que ele está sendo bom com você por causa
da festa. As coisas vão ficar realmente interessantes em breve. Vamos
lá, vamos nos misturar.
— Tiny está lá dentro, cara. Ele parece pronto para matar alguém,
— Butch disse.
~ 80 ~
Lash se sentou e a puxou para o seu colo. Tiny torceu o nariz
para ela antes de virar mais uma dose.
Angel não sabia muito sobre a vida pessoal de Tiny, mas ela tinha
ouvido que ele contratou uma babá para cuidar de Tate. A mulher que
ele contratou tinha dezoito anos na época, mas isso já fazia cerca de dez
anos. Angel sabia que ela deveria ter a mesma idade de Lash ou até ser
mais velha. Tate tinha vinte e três, mas Tiny ainda a tratava como um
bebê; pelo menos foi disso que Tate reclamou para Angel.
— Eva tem vinte e nove anos, Tiny. Ela quer sair e bater as asas.
Você a teve como empregada por dez anos. Ela foi leal a você. Deixe-a ir,
— Lash disse.
— Ok, certo. Então você precisa fazer algo sobre isso, homem. Eu
não posso ajudar. — Lash pegou sua cerveja, bateu nas costas de Tiny
e se afastou, levando Angel com ele.
Olhando por cima do ombro dele, ela viu para quem ele estava
olhando. Um sorriso cruzou seu rosto quando ela viu Tate deslizando
em direção a eles vestindo o seu vestido vermelho matador. Os
motoqueiros a olhavam chocados enquanto os homens babavam. Lash
ficou tenso.
~ 81 ~
— Você não deveria estar aqui. — Lash cruzou seus próprios
braços sobre o peito e a encarou.
— Não dou a mínima para o que você pensa, Nigel. Saia do meu
caminho.
— Ela não é problema seu. — Tiny forçou seu caminho até ela. Os
braços de Lash foram ao redor de Angel enquanto eles observavam pai e
filha discutir.
— Isso é uma festa, Tate. Você não deveria estar aqui vestida
desse jeito. Steven, leva-a para casa e tenha certeza que ela fique lá.
~ 82 ~
Eles se encararam, e até mesmo Angel estava tensa esperando a
resposta.
x-x-x
— Ok, acho que você está prestes a me deixar aqui e ir lidar com
Tiny, — Angel disse.
~ 83 ~
Ele o encontrou com Nash na parte de trás do bar. Essa parte
tinha uma vista que dava para uma massa de floresta e céu limpo.
Houve algumas vezes em que ele veio aqui para pensar enquanto estava
crescendo.
— Ela não deveria estar vestida desse jeito. Por que ela tenta me
testar? — Tiny perguntou, olhando para o céu.
Lash balançou a cabeça. Eva não era gorda. Ela era curvilínea em
todos os lugares certos, mas um pouco maior do que Angel. Quando ele
olhava para Eva, sempre se lembrava de uma mulher que seria uma
mãe amorosa. Ele já tinha visto ela com as crianças e sabia que tinha
um coração bom. Tiny falar coisas assim deve ter ferido seus
sentimentos.
— Tate está um pouco velha para ter uma babá. Você tem que
descobrir o que fazer com Eva. Ela tem uma vida para viver também. —
Lash tomou uma tragada profunda do seu cigarro e pensou em Angel.
Ele ia tomá-la essa noite. Olhando Hardy e Rose, ele sabia que queria
algo parecido com o que eles tinham. O comprometimento e a confiança
brilhavam entre eles.
— Ela tem sido parte da minha vida desde que Patrícia morreu.
Ela cozinha, limpa e toma conta de tudo. — Tiny balançou a cabeça,
rindo. — Eu posso correr dessa maldita cidade e deixar todos meus
motoqueiros felizes, mas o pensamento de deixar minha casa sozinha
me apavora. Patrícia amava aquela casa, e eu quero que ela fique como
está.
Lash sabia que havia mais na raiva de Tiny, e ele ia manter isso
para si.
~ 84 ~
Tiny terminou seu cigarro. — Tate não sabe sobre Murphy, sabe?
É por isso que ela está nessa festa tentando me dar um ataque do
coração. — Tiny disse.
— Ela está magoada porque ele foi embora. Eu acho que ela
estava apaixonada por ele, e ele a traiu, — Nash disse, surpreendendo
Lash.
— Eu não sei. Isso só não parece certo para mim. — Nash ficou
em silêncio por alguns segundos. — Você acha que a mãe e o pai
aprovariam quem nós somos?
— Não podemos mudar isso agora. Eu sugiro que você volte para
a sua mulher. Ela está gostosa.
Tudo sempre ficava muito pior dentro do clube. Indo até a porta,
ele parou quando viu Tate dançando em cima de uma das mesas.
Steven estava parado entre duas mesas, falando, e então ele viu Angel
sobre a outra mesa. Sua mulher estava escondida pelo corpo de Tate,
mas agora ele a via claramente.
~ 85 ~
Ela estava bebendo de uma garrafa e dançando no ritmo erótico
da musica que tocava ao fundo. As suas mulheres eram lindas e
estavam totalmente fora de lugar. Nenhuma delas estava dançando
para chamar atenção, mas pelo jeito ofegante dos homens ao seu redor,
elas estavam arrasando nos movimentos. Uma sorria para a outra, e
Angel parecia renovada enquanto Tate finalmente parecia livre.
A sua mulher se virou para ele e sorriu. Ela não estava bêbada,
mas estava um pouco embriagada. Ele viu isso pelo jeito que ela sorriu
para ele. Ainda havia uma pitada de reserva nela.
— Oi, você.
— Você está zangado comigo? — ela fez um beicinho para ele, que
achou isso incrivelmente fofo.
— Você não parece zangado. Você está com esse sorriso sexy. Eu
gosto do seu sorriso sexy. Faz coisas legais aqui embaixo. — a sua mão
foi parar entre suas próprias coxas.
~ 86 ~
— Vamos lá, você pode dançar para mim. — ele a ajudou a descer
e vários motoqueiros aplaudiram. Depois, Lash agarrou o braço de Tate
e a levou para Steven. — Mantenha-a longe de problemas. Se Tiny
descobrir, você vai ter sorte se ainda tiver um pau.
Ele levou Angel para fora para ajudá-la a ficar sóbria. Seus braços
estavam enroscados no pescoço dele, segurando-se nele.
— Eu sei o que estou falando, e quero fazer para você o que você
faz para mim, Lash. Não estou bêbada. Eu sei o que estou fazendo.
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, ela caiu de joelhos na
frente dele.
Lash a parou. Ela olhou para cima com um sorriso cativante nos
lábios. — Não posso deixar que você faça isso.
Angel puxou suas calças até as coxas, e seu pau saltou para fora.
Ele estava tão excitado pela dança e por tudo sobre ela que já estava a
ponto de explodir. Suas mãos envolveram o seu comprimento,
bombeando o eixo com um punho levemente apertado.
~ 87 ~
— Porra, baby, isso é bom. — ele olhou para ela ali embaixo,
observando as ministrações no seu pau.
Ela passou um dedo pela fenda do seu pênis, cobrindo seus dedos
com o pré-sêmen que estava vazando.
— O que é isso?
~ 88 ~
Capítulo Nove
Depois que Rose e Hardy foram para uma sala privada, várias das
bundas doces foram atrás dos homens. Ela nunca soube que quatro
homens podiam foder uma única mulher ao mesmo tempo. E ela não só
viu isso, como observou um dos homens penetrar uma mulher antes de
ir para outra que estava sendo compartilhada. Ela nunca seria capaz de
lidar com esse tipo de atenção tão rude. Lash não parecia incomodado
pelo que estava acontecendo no clube. Só quando Tiny levou uma
mulher para o seu escritório que ele ficou tenso.
Angel manteve o nariz fora disso. Sua primeira festa tinha sido
um sucesso, na sua opinião.
~ 89 ~
— Estou sóbria.
Devido a toda a quantidade de café que ele lhe deu, ela já estava
sóbria nesse momento.
~ 90 ~
— Leve-me para casa, Lash. — ela se aconchegou nele, inalando
seu cheiro masculino. Lash lhe entregou a calça jeans, observando
enquanto ela vestia.
Uma vez lá dentro, Angel ofegou quando Lash afundou uma mão
no seu cabelo e a outra agarrou sua cintura. Ele a trouxe para perto,
pressionando os lábios contra os seus. Fechando os olhos, ela abriu a
boca para receber o beijo apaixonado. A língua dele fez o desenho dos
seus lábios antes de mergulhar para dentro. Não houve hesitação no
seu toque. A mão no seu cabelo apertou ainda mais, puxando as
mechas do seu cabelo. Ela ofegou por causa da leve dor, mas não o
afastou.
— Bonita pra caralho, — ele disse, possuindo sua boca mais uma
vez.
Ela não discutiu com ele e o beijou de volta com a mesma paixão
que havia se construído dentro dela. Não havia dúvida da necessidade
que ele induziu dentro dela na última semana. Seu toque a deixava em
chamas, e ela precisava que ele finalmente apagasse esse fogo.
~ 91 ~
— Eu estou tão duro por você. — ele fez um caminho de beijos em
direção à sua mandíbula até chupar a pele do seu pescoço. Arrepios
emergiram por todo seu corpo. As mãos dele a mantiveram imóvel
enquanto ele chupava aquele maldito ponto, marcando-a. De jeito
nenhum ela não acabaria com uma marca depois disso.
Eu vou transar.
~ 92 ~
duros, apertados, ele era totalmente gostoso. Ela não sabia como tinha
tanta sorte de ter um homem sexy como esse a segurando.
Com a mão livre, ele desceu a mão pelo seu corpo, incendiando-a
com seu toque. Pela sua lateral, por cima do quadril e entre suas coxas,
onde ele a cobriu com a mão.
— Por favor, Lash, pare de me fazer esperar. Quero que você seja
o meu primeiro. — meu único. Ela acrescentou a última parte dentro da
própria cabeça. Angel não queria falar isso em voz alta, no caso dele se
afastar. Lash tinha quebrado as suas defesas e ideais, e agora tudo que
ela queria era ele. No seu futuro, em sua cabeça, havia apenas ele.
x-x-x
Lash queria dizer muito mais a ela, mas segurou as palavras com
medo da sua reação. Ele poderia lidar com a maioria das coisas que
eram atiradas nele. Nesse momento, com ela nua em seus braços, Lash
não poderia lidar com uma resposta negativa. Ele nunca se considerou
um covarde e nunca retrocedeu em uma luta, mas pela primeira vez em
sua vida ele estava recuando... Pelo menos essa noite.
~ 93 ~
— O que você está fazendo? Achei que você não pudesse... Você
sabe... Lamber? — Angel perguntou. Ele a imaginou se encolhendo
depois de fazer a pergunta e deu uma risadinha.
— Nós vamos ter que ensinar você a falar de sexo, baby. — não
hoje. Eles poderiam falar sobre linguagem para o sexo outra hora.
Lash sorriu. Olhando para a sua boceta, ele abriu os lábios para
poder ver melhor. Seu clitóris estava inchando e seu creme estava
brilhando por tudo. Seu anjo12 virgem estava pronta para ele. Ainda
assim, um pouco mais de provocação não ia matar. Pressionado um
dedo no clitóris, ele gentilmente acariciou e provocou até que ela estava
gritando seu nome.
Subindo sobre a cama, ele colocou o dedo que estava lhe tocando
na boca dela. — Prove o seu gosto.
12 Mais uma vez a autora faz uma referência ao nome da personagem, que literalmente
significa “anjo”.
~ 94 ~
— Eu poderia ficar grávida, — ela disse.
Com a mão entre seus corpos, ele guiou seu pau para a entrada
dela. Batendo com a língua em sua boca, ele a distraiu o suficiente para
alinhar sua vara com a sua boceta e estocar fundo dentro dela.
Lash rezou a Deus que ela não sentisse dor, e se sentisse, ele
rezou novamente para ter forças para parar.
~ 95 ~
Ele soltou as mãos dela e se segurou fora do seu corpo, mas
novamente voltou a se enterrar dentro.
Ela não lutou com ele ou se estendeu para tocá-lo. Ele brincou
com as pontas do seu cabelo castanho, esperando que ela falasse.
As mãos dela ficaram onde ele as deixou. Esticando uma mão, ele
secou as lágrimas do seu rosto. — Você não deveria estar chorando.
Ele esperava por Deus que ele não fodesse com tudo. A última
coisa que queria fazer era forçá-la, mas sentia que estava fazendo
exatamente isso, esperando para ver se ela ainda estava com dor.
— Não arrisque a sua vida por isso, Lash. Por favor, — ela disse,
implorando.
Angel sequer sabia que ele arriscaria sua vida por ela.
~ 96 ~
— Baby, meu pau está dentro de você agora, e você está
esperando uma conversa séria? — ele perguntou, tentando deixar as
coisas mais leves.
Ele se inclinou para baixo, roçando os lábios nos dela. Sua mão
ficou presa contra o coração dele. Ela não tinha nenhuma ideia do
quanto significava para ele. Angel foi a única mulher que já teve um
lugar real no seu coração e na sua vida. Todas que vieram antes dela
não significaram nada.
— Sim, querida.
~ 97 ~
— Tem certeza?
Ele sentiu cada apertão da sua boceta. Ela estava perto de gozar.
Angel se mexeu de encontro a ele, e juntos eles fizeram amor. Lash
sentiu que estava fazendo isso pela primeira vez. As emoções o
consumindo eram diferentes de tudo que ele já havia experimentado
antes. Deixando uma das mãos dela sobre a cabeça, ele desceu a sua e
acariciou o seu clitóris.
Ele tocou o clitóris dela e fez sua boceta se apertar ainda mais em
volta dele. Gemendo de prazer, Lash permaneceu imóvel, esperando que
Angel gozasse antes que ele se deixasse explodir sobre o limite.
Esta foi uma noite de estreias. Ele era o primeiro e último homem
de Angel, e ela era a primeira mulher com quem ele se importava o
bastante para fazer amor. Ela era todo o seu mundo, e ele não queria
deixá-la ir. Não importava o que ela pensasse dele depois que o
problema com o seu pai fosse resolvido. Ele faria com que ela o amasse.
Por alguns segundos, ele esperou que ela ficasse grávida e ele
tivesse um motivo para mantê-la perto dele pelo resto da vida.
~ 98 ~
Capítulo Dez
— Com o quê?
~ 99 ~
— Você conseguir me levantar com tanta facilidade. Não estou
acostumada com isso. — ela colocou uma mecha de cabelo atrás da
orelha e sorriu para ele. — No entanto, posso me acostumar a ficar por
cima. — escarranchando sobre a cintura dele com seu pau ainda
profundamente dentro dela, Angel se acomodou. Ela traçou seus
músculos e as linhas das suas tatuagens. Sua pele estava mais escura
pelo tempo que ele passava na rua. As mãos dela eram incrivelmente
pálidas, em comparação.
— Quando?
~ 100 ~
As mãos dele pararam nos quadris dela.
— Quê?
Ele olhou para ela por cima do ombro. — Não se engane, Angel,
eu vou te foder em cada chance que eu tiver, e estou ansioso para cada
segundo disso. E você vai me aceitar também.
~ 101 ~
— Quer dizer que se eu te quiser, você vai me aceitar. Se é nessa
casa, do lado de fora, dentro do carro, no banheiro, eu não me importo,
você vai se submeter a mim. — ele a ajudou a levantar, suas mãos
agarraram seu cabelo e ele machucou seus lábios com um beijo
punitivo. — Você é minha, Angel. Minha mulher para foder, cuidar e
acalentar.
Ela notou que ele não usou a palavra “amar”. Angel tentou não
ficar decepcionada, mas uma dorzinha afiada perfurou seu coração
devido à falta de uso dessa palavra.
~ 102 ~
Seu braço se enrolou na cintura dela. Ela cobriu a sua mão e deu
uma risadinha quando ele se esgueirou debaixo da água para acariciar
a sua boceta.
— Estou te dando prazer. Não vou foder você de novo por pelo
menos um dia, mas depois disso você é minha.
— Achei que você não fosse penetrar, — ela disse, sem fôlego.
— Não vou te penetrar com o meu pau, mas você aguenta o meu
dedo. — ele bombeou dentro dela, adicionando um segundo dedo. Seu
polegar chegou ao clitóris, fazendo-a apertar seus dedos. Não havia
como parar a necessidade queimando dentro dela. Ela precisava muito
dele.
Mas e Lash?
Abrindo os olhos, ela percebeu que ele não estava sendo tocado.
~ 103 ~
Estendendo a mão para trás, ela agarrou seu pau grande e
começou a trabalhar no eixo.
— Temos que mudar essa água, — ele disse, beijando-a outra vez.
— Por quê?
— Fechado.
x-x-x
Passando a mão pelas costas dela, ele lhe observou dormir. Ela
parecia em paz.
~ 104 ~
— O quê? — ele perguntou, atendendo a chamada.
— Achei que você ficaria feliz de ouvir sobre nós, — Tiny disse.
— Nossa fonte nos disse que eles vão se lançar sobre Tate e as
mulheres. Eles vão atacar na próxima semana, por aí. Os homens estão
levando suas mulheres para longe. — Tiny parou para amaldiçoar.
Pensar que algo poderia acontecer à sua mulher fez com que fosse
difícil para ele funcionar direito.
~ 105 ~
Era ele quem estava vendendo informações. O bastardo estúpido não
percebeu o perigo em que estava colocando sua filha e a cidade.
— Eu sei que você odeia esse plano, mas é isso que vamos fazer.
Não trazemos merda pra Fort Wills. Os Lions são nossa única ameaça, e
vamos lidar com isso fora da cidade, longe das mulheres. — Tiny soava
cansado.
— Estou bem.
~ 106 ~
— Bom dia, — ela descansou contra ele. — Quem era no telefone?
— Não, não estou com dor faz tempo. — Angel gemeu, abrindo
ainda mais suas pernas.
Ele sorriu. Com a outra mão ele agarrou seu pau dolorido e
pressionou a cabeça na entrada dela. Ele esteve sem a boceta dela por
um dia e já estava perto do limite. Quando a cabeça do seu pau
deslizou, Lash agarrou seus quadris com as suas mãos e bateu dentro
dela.
~ 107 ~
— Lash, por favor.
— Sem dor dessa vez, baby? — ele perguntou. Ele não se mexeu,
mas correu as mãos por toda a sua bunda e costas.
Ele se revezava entre olhar para o lado do rosto dela e o local onde
ele desaparecia nas suas profundidades quentes.
— Incrível.
~ 108 ~
— Diga-me que nenhum outro homem vai sentir o seu calor.
— Lash?
— Nunca vai haver outro homem. É você, Lash. Sempre vai ser
você.
Tudo que ele queria fazer era permanecer dentro do corpo dela. A
necessidade avassaladora de uni-la a ele de algum modo o aterrorizava.
Palavras não eram o suficiente. Ele desejava ter algo que lhe desse
certeza que ela sempre estaria em sua vida. Um bebê garantiria isso.
Balançando a cabeça, ele pegou uma toalha e a pressionou na sua
boceta.
— Você disse que nunca traz mulheres para cá, mas eu estou
aqui e sou uma mulher.
~ 109 ~
— Você é a minha mulher, Angel. É diferente.
Ela não disse mais nada, e ele ficou agradecido por isso. Depois
do café da manhã, ele ligou para um dos prospectos para ficar na sua
casa enquanto ele estivesse no clube.
Angel lhe sorriu quando ele saiu, e ele desejou poder lhe dizer o
que ela queria ouvir. Até que ele tivesse certeza que a ameaça dos Lions
tinha passado, não iria lhe dar esperanças.
~ 110 ~
Capítulo Onze
Ela perdeu a conta do número de vezes que ele cozinhou para ela,
não só café da manhã, mas jantar e sobremesa. Eles falavam sobre tudo
que não fosse do clube. Angel entendia que falar sobre o clube estava
fora dos limites e não se importava. Quanto menos soubesse sobre os
negócios internos dos Skulls, mais feliz ela era.
Ele também começou a brincar com a sua bunda. Ela sabia que
ele queria tomá-la ali, mas não conseguia evitar manter suas reservas
sobre isso. Sexo anal lhe aterrorizava, mesmo que tivesse procurando
na internet alguns links sobre o assunto.
~ 111 ~
Angel tinha certeza que Lash sabia que ela tinha entrado em uns
sites, porque quando ele saiu do seu escritório outro dia, sorriu
maliciosamente para ela. Ele não disse nada constrangedor, mas a
puxou para perto e beijou sua cabeça. Ela não sabia o que era isso de
beijar suas têmporas, ainda que ela achasse essa uma das coisas mais
doces que ele já tinha feito.
Rindo, Angel sorriu para Blaine quando ele trouxe os cafés. — Ele
é perfeito. Eu não posso culpá-lo, e não vou entrar em detalhes, Tate.
Ele é como um irmão para você, e eu não estou interessada em
compartilhar tudo.
— Estraga-prazeres.
— Eu não suporto mais isso. Quero ver você. Eu sei que só faz
alguns dias desde que nos vimos, mas preciso de mais companhia. Eva
também gostaria de conhecer você.
~ 112 ~
Angel olhou para o relógio na parede. — Vou falar com Lash
quando ele chegar em casa. Ele deve estar de volta pelas 19h.
— Diga a ele que eu vou ficar louca se ele disser não, — Tate
disse.
Angel disse que não, mas ela acreditava que Tate se importava
muito. Houve vezes em que ela detectou a vulnerabilidade da outra
mulher.
— Você também.
Ela desligou e olhou para Blaine, que estava olhando para seu
próprio celular. — Você está bem? — ela perguntou.
— Ela não está lidando com isso tudo muito bem. Você acha que
Lash vai me deixar visitá-la?
~ 113 ~
lady. Será que ela estava lendo errado os sinais de Lash? Será que ele
queria se livrar dela?
Ela queria fazer mais perguntas para Blaine, mas Lash entrou
pela porta da frente. Fechando os olhos, ela esperou ele chegar na sala.
A mão dele foi para o ombro dela, e ele beijou sua têmpora mais uma
vez.
— Sim, senti sua falta. — não havia porque mentir. Ela sentiu
saudades dele. Ele era a única pessoa em quem ela pensava o tempo
todo. Da hora em que ela ia dormir até quando acordava, seus
pensamentos eram consumidos por ele.
— Você está livre para voltar para o clube, — ele disse, falando
com Blaine.
— Estou.
~ 114 ~
— O que eu sou para você? — as palavras deixaram sua boca sem
pensar duas vezes. Ela não podia engoli-las de volta. Angel parou,
esperando ele responder.
— Bem, eu não sou uma bunda doce porque não estou dando
para todo mundo que vejo, e também não sou uma old lady, porque
todas elas foram mandadas para longe. O que eu sou para você? Uma
foda? Uma diversão? Ou é assim que meu pai está pagando os juros? —
ela perguntou gritando. Com as mãos nos quadris ela o encarou e ficou
em choque quando ele levantou a mão no ar.
~ 115 ~
— Por quê? — ela perguntou.
— Porque é assim que vai ser. É como vai ser. Haverá vezes em
que eu não vou ter escolha além de manter as coisas para mim mesmo.
Isso não tem nada a ver com você. Essa é apenas a vida que eu levo, e
eu não posso trazê-la para isso.
— Eu falo com você. Saber que eu nunca vou ter que levar meus
negócios até você já é bom o bastante para mim. Você é tudo que eu
preciso, Angel. Por favor, me apoie sendo você e não se preocupando
com a merda que eu faço. — ele a beijou muitas vezes antes de olhá-la.
— Você pode fazer isso por mim?
— Sim, eu posso.
Será que ela era fraca por aceitar tudo que Lash queria dela?
x-x-x
Amanhã de manhã Lash iria ter uma palavrinha com Blaine por
falar sobre as mulheres. A ameaça dos Lions era a única razão pela
qual ele ainda não tinha se comprometido mais seriamente com ela. Ele
não iria firmar um compromisso para a vida toda somente para arriscá-
lo no meio dessa merda entre os dois clubes. Até agora ninguém tinha
morrido, mas ele não poderia garantir isso sempre.
~ 116 ~
— Você é minha, baby, — ele disse, retirando-se do seu aperto
quente só para bater dentro mais uma vez.
Ela sempre estava pronta e esperando por ele. Ele estava viciado
no calor apertado de Angel.
— Sim.
~ 117 ~
Ele saiu da bunda dela e lentamente entrou novamente. Seus
movimentos eram lentos, ele não tinha pressa. Parte do sexo anal
estava em tomar tempo para apreciá-lo. Lash ficou maravilhado ao se
deparar com o conhecimento de que era todos os primeiros de Angel.
Ele foi o primeiro homem a beijá-la, a chupar sua boceta e a transar
com ela. Ele reivindicou sua boca, bunda e boceta.
Sim, Angel agora era sua mulher. Ele não achou a descoberta
algo chato. Na verdade, ele queria fazer tudo com ela uma e outra vez.
Ela era perfeita para ele. Ele nunca tinha medo de machucá-la.
Angel aceitou tudo que ele deu a ela sem reclamar.
— O quê?
— Diga.
~ 118 ~
Lash derramou seu sêmen dentro dela. Sua cabeça latejava por
causa do bombeamento do sangue. Ele a apertou ainda mais, puxando-
a para perto. Beijando sua cabeça, pescoço e lábios, Lash sabia que
nunca a deixaria ir embora.
Ela concordou com a cabeça, mas não disse nada. Eles ficaram
deitados na cama. O único som que se ouvia era das suas respirações
irregulares.
Ele viu o ciúme nos olhos dela. Lash não se incomodou com isso.
Na verdade, ele ficou feliz pra caralho de ver ciúmes brilhando naqueles
olhos.
— Prometa.
Lash a beijou mais uma vez e então se separou do seu corpo. Ele
a pegou nos seus braços. Ela protestou, mas ele a ignorou. Ele a
carregou até o banheiro. Ligando o chuveiro, Lash esperou a água ficar
quente antes de puxá-la para dentro com ele.
~ 119 ~
você. Pare de reclamar. — ele deu um tapa na sua bunda, amando o
grito que ela deu.
Ela ficou em silêncio enquanto ele ensaboava seu corpo. Ele a fez
se inclinar contra a parede enquanto lavava a semente pegajosa da sua
bunda. Lash costumava limpá-la como uma desculpa para tocá-la. Ele
não conseguia manter as mãos longe dela. Seu corpo macio o chamava.
— Claro.
Ele deu uma risadinha. Tate não era o tipo de mulher que
perguntava, e ele disse isso.
— Ela ameaçou ficar louca com você e bater na sua bunda, mas
eu achei que seria melhor tentar pedir de forma agradável primeiro.
Ele olhou para ela. Ela era observadora. — Tate já foi ferida no
passado. Ela era próxima de um dos membros, e ele deixou o clube e
ela. Foi uma traição horrível.
— Murphy?
~ 120 ~
necessário, — Lash disse. — Eles se aproximaram, e houve um tempo
depois que ele partiu que Tate ficou meio louca.
— Louca como?
Lash encolheu os ombros. — Tiny faz o que pode, mas ele não
pode consertar aquele coração quebrado.
~ 121 ~
Capítulo Doze
— Não, tudo bem. Estava falando com a minha filha, — ele disse,
sorrindo. Ele pegou a carteira do bolso de trás da calça e entregou a ela
uma foto.
~ 122 ~
— Sim. — eles foram para o carro. — Você se importa se eu
perguntar quantos anos Emily tem?
— Você... — ela não conseguiu terminar. Será que ele dormiu com
uma garota menor de idade?
— Estou feliz por você ter me contado. Deve ser difícil ter uma
família e não poder vê-la.
— Sim. Ela não quer nada comigo. E eu não posso fazer nada
sobre isso. Ela tem a guarda integral e é uma mãe maravilhosa.
Angel sorriu. Quando não conseguiu falar com Tate pela terceira
vez, deixou para lá, imaginando que sua amiga estava muito ocupada
para atender ao telefone.
~ 123 ~
Eles deram a volta para entrar por trás. Tate lhe disse para
sempre entrar por trás. Angel entrou pela porta dos fundos. A cozinha
estava em silêncio.
Dois tiros foram disparados, e Angel sentiu o aperto dele sobre ela
ceder. Ele caiu no chão aos seus pés. Tate gritou, e Eva saltou. Angel
olhou para o homem caído. Ela estava começando a conhecê-lo. Ele era
pai e estava mudando de vida.
Lágrimas escorreram pelo seu rosto. Não, isso não era justo. Ele
estava melhorando de vida. O clube estava lhe ajudando, e ele teria o
seu final feliz.
— Não sinta. Isso não é sua culpa. — ela colocou mais pressão
nos ferimentos e chorou quando sentiu o sangue se derramando.
~ 124 ~
— Fique longe dele, porra. Ele está morto, vadia.
Angel não sentiu a dor de ter sido puxada. Ela não conseguia tirar
o olhar de Blaine e Steven. Os dois eram prospectos, e estavam mortos
aos seus pés como se não fossem nada. Ela estava começando a
conhecê-los, e agora eles estavam mortos.
— Quem dera.
— Ligue para o filho da puta do seu pai, vadia. Deixe-o saber que
nós estamos na cidade e é melhor a sua gangue andar na linha, ou nós
vamos matar você.
~ 125 ~
— Pai, você precisa vir para casa. Os... Os Lions estão aqui e
Steven foi baleado. Blaine também.
— Era isso que você queria, morte? Não tenho ideia de porque
você quis ir para os Lions, eles são só porcos vestindo jaquetas, — Tate
disse.
— Sugiro que vocês tragam esses rabos para cá. Nós vamos
terminar isso, e então eu vou conversar com a sua filha, Tiny. Ela tem
uma boca espertinha, mas eu sei o que fazer com uma boca dessas,
vadia. Pergunte para as vadias que trabalham para mim.
— Nós vamos sair dessa. Tate, olhe para mim. Nós vamos sair
dessa.
~ 126 ~
suspiro, ela segurou a respiração quando a porta da frente se abriu.
Tiny, Lash, Nash, Butch, Zero e muitos outros motoqueiros, incluindo
Hardy, entraram na casa. Angel percebeu a merda que estava
acontecendo na casa de Tiny. Se essa fosse a sua casa, ela estaria puta.
Pelo seu olhar, Tiny estava mais do que puto. Ele estava lívido.
— Já estive melhor.
— Bem.
Angel olhou para Lash. Seu rosto estava duro quando ele olhou
de volta para ela. Angel não podia fazer nada para confortá-lo. Ela
estava com dor.
~ 127 ~
Jeff se virou para rosnar para David.
Angel viu quando Jeff ficou com raiva. Os Skulls estavam rindo
dele, tudo por causa do desleixo e ganância de David. Pareceu em
câmera lenta, mas Jeff os atacou. Ele empurrou Tate fora do caminho e
apontou uma arma para Eva.
Silêncio tomou a sala mais uma vez. — Vejo que tenho a sua
atenção. Que tal se eu matar a sua babá?
Angel gritou quando outro tiro foi disparado. Eva caiu no chão
segurando o peito. Jeff se aproximou da mulher. Tiny foi segurado pelos
seus motoqueiros.
— Vamos ver se você está certa, querida. Acho que você significa
mais para Tiny do que pensa.
Ela não soube quanto tempo demorou. Seu braço foi tocado, e
quando ela se virou, viu Lash parado sobre ela.
~ 128 ~
— Nós vamos. Eu prometo.
Olhando por cima do seu ombro, ela viu Lash ajudando Tiny. Seu
irmão estava ao telefone chamando uma ambulância. Alguns dos Skulls
estavam verificando se Blaine e Steven ainda estavam vivos. Pelo canto
do olho ela viu seu pai parado de pé. Ele tinha uma arma nas mãos,
que estava apontada.
x-x-x
Ele desprezava a violência, mas não pode evitar suas ações. Lash
observou David cair a seus pés. Sem esperar o corpo alcançar o chão,
~ 129 ~
ele se ajoelhou ao lado de Angel. Puxando-a para o seu colo, ele a
segurou com força.
— Você nunca deveria ter feito isso. Eu posso lidar com uma bala,
mas não posso perder você.
Ela desmaiou, mas Lash não a soltou. A viagem até o hospital foi
rápida, e só quando foi realmente necessário ele a soltou. Uma das
enfermeiras o escoltou até uma sala de espera. Ele estava coberto de
sangue. Em vez de limpar-se, ele se sentou e esperou. Os outros na sala
o deixaram sozinho.
~ 130 ~
— Tate disse, ao lado dele. — Eva é forte, não é? Quero dizer, ela não
pode morrer.
Tate acenou com a cabeça. Lash olhou para a mulher que ele
considerava uma irmã e viu que ela estava se segurando.
— Ele foi embora sem nenhum aviso. Ela está ferida, mas vai
superar, — Lash disse.
~ 131 ~
— Eu posso não ter escolha, — Lash disse. — Eu matei um
homem.
— Não, eu perdi meus dois pais. Não vou perder você, Nigel. Você
é tudo que me restou, e eu não vou deixar que seja preso por causa
dele.
Ele olhou para o seu irmão. Para Nash chamá-lo pelo seu nome
verdadeiro, Lash sabia que ele estava lutando com as emoções.
— Bom.
— Não, loucura é foder uma mulher que você não suporta só para
ter a chance de ver a mulher que você realmente quer, — Nash disse.
Olhando para seu irmão, Lash viu a máscara de Nash cair. Ele
viu seu irmão, a dor clara em todo seu rosto.
— Como assim?
— Não, Lash, eu não acho que você está louco. Acho que você
está apaixonado, e isso eu posso entender.
14É uma expressão que significa que ela não está querendo fazer parte do clube, ser
uma old lady ou algo do tipo.
~ 132 ~
Levantando-se, Lash encarou a enfermeira. — Sou eu.
Ela estava deitada em uma cama larga. Seu rosto estava pálido e
seus olhos fechados. A enfermeira acenou para ele entrar. Quando ele
fez isso, ela abriu os olhos e sorriu para ele.
— Não podia deixar você ser baleado, Lash. — ela olhou para suas
mãos unidas. — Eu estou apaixonada por você e não posso imaginar
minha vida sem você nela.
~ 133 ~
— Qual o problema? O que foi? — ela perguntou. A preocupação
estava marcada na sua voz.
— Eu sei, Lash. Ele ia matar você. Você não entende. Ele não os
impediu quando começaram a atirar nas pessoas. Ele não ajudou
ninguém, e foi ele quem causou todos os problemas. Eu não me
importo. — ela segurou sua mão com mais força.
— Eu o matei.
— Boatos, e Tate gosta de falar. Eu escuto. Você não vai ser preso
por matá-lo, Lash. Ele não merece o seu tempo. Então agora que
acabou, não vamos mais falar disso, fechado?
— Fechado.
Ele olhou para ela e se perguntou como ela mudou tão rápido.
Deitando-se, Lash envolveu-a com seus braços.
~ 134 ~
Capítulo Treze
Girando o anel em seu dedo, ela levantou o olhar para ver Tate
olhando para ela.
Ela viu Tate ficar tensa quando Murphy parou perto dela.
~ 135 ~
— Ela não vai falar comigo, — Murphy disse, observando-a se
afastar.
— Tate está magoada e vai levar algum tempo para ela superar
isso.
— Ele parece triste, — Angel disse. Eles foram até uma parede
afastada e Angel começou a pendurar mais balões e faixas.
— Eles vão superar isso. Tenho certeza que vão descobrir como.
Ela sorriu. Toda vez que eles faziam amor, Lash lhe dizia seus
verdadeiros sentimentos. Ele se abriu para ela de maneiras que ela
nunca achou possíveis.
~ 136 ~
— Eu estou bem. Eu, hm, eu liguei para Emily, mas ela não me
atendeu.
Balançando a cabeça, Angel sabia que teria que lidar com a sua
amiga em outro momento. Por agora, ela ia se deliciar de estar nos
braços de Lash.
Ela o seguiu para a rua. — Você não pode dirigir. Você bebeu
muito.
~ 137 ~
Ele a levou para os fundos do clube e mais adentro da área da
floresta. Ela nunca tinha ido tão longe do clube antes.
— Pelos filmes que você me faz ver, eu diria que eu estou sendo
romântico.
— E Rose e Eva. Elas queriam que essa noite fosse perfeita. Você
ajudou a trazer a mulher de Blaine de volta e evitou que eu fosse
baleado ou pior. Do seu jeito único, Angel, você ganhou todo mundo.
Eles a amam por quem você é, — Lash disse.
~ 138 ~
Seu olhar viajou para baixo. Agarrando uma vela, ela a aproximou
do seu corpo. Ali, no centro da sua árvore, estava o nome dela. Ela
ofegou.
— É linda.
— Quem sabe um dia você não faz a sua própria tatuagem? — ele
perguntou.
x-x-x
Ele riu, gemendo. — Você não vai escolher os nomes das nossas
crianças, — ele disse.
~ 139 ~
— Você está me vencendo de novo.
— Me corteje então.
— Isso é trapaça.
— Você sabe que me quer. Aposto que a sua boceta já está toda
molhada.
~ 140 ~
Ele continuou a tocá-la com uma mão enquanto com a outra
acariciava o seu comprimento. Lash mudou de posição, alinhou seu
pau e se empurrou para dentro de casa.
Sorrindo, ele fez amor com ela, o que tinha sido a sua intenção o
tempo todo. As estelas brilhavam ao redor deles. As velas derramavam
uma luz suave sobre o corpo dela. Lash queria que tudo fosse perfeito.
Ele queria que ela se lembrasse dessa noite pelos meses e anos que se
seguissem.
Quando o clímax chegou, ele gritou o seu nome e caiu sobre ela.
Angel estremeceu debaixo dele. Seus dedos acariciavam a sua pele.
Rolando para o lado, Lash puxou Angel para perto.
Angel sorriu para ele. — Minha mãe dizia que vocês eram
péssimas companhias, mas não é o que eu acho.
— Acho que você são uma grande família. Vocês não têm uma
imagem perfeita nem nunca serão um modelo, mas vocês são uma
unidade, um time e uma família. Sempre podem contar uns com os
outros. — ela agarrou a mão dele e a colocou em cima da sua barriga.
— E isso é o que eu vou querer para os nossos filhos, Lash.
~ 141 ~
Angel balançou a cabeça. — Não, eu não estou grávida, Lash, mas
eu quero estar. Eu quero ter nossos filhos e ser sua esposa. Mais do
que tudo, eu quero ser a sua old lady e ficar ao seu lado.
— Lash?
Lash fez amor com ela sob um manto de estrelas da mais perfeita
das formas.
~ 142 ~
Epílogo
~ 143 ~
Murphy não se mexeu. Ele ficou ali parado.
Ela parou e olhou para a rua, que estava visível graças aos postes
de luz.
— Eu voltei por você. Eu fiz isso para lhe manter segura, — ele
disse, se aproximando.
— Então olhe nos meus olhos e me diga que você não fodeu
nenhuma mulher? — ela perguntou.
~ 144 ~
Ele saltou como se ela tivesse lhe batido. Murphy não podia olhar
para ela.
Ela lhe deu um forte tapa na cara, e ele deixou. — Não, nós
somos passado.
— Não.
Ela ofegou quando ele quebrou o beijo. — Você pode tentar ficar
com outro homem, Tate. Você pode até se apaixonar por ele, mas nós
dois sabemos que eu sempre vou ser o seu homem, assim como você é a
minha mulher.
Fim!
~ 145 ~