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Sam Crescent

#1 Lash

Série The Skulls

Lash Copyright © 2013 Sam Crescent

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SINOPSE

A última coisa que Angel Marston queria era estar à mercê dos
Skulls. Eles são os motoqueiros locais e o clube ajuda a manter a
cidade segura, mas eles têm as suas próprias regras. Eles têm festas
loucas e fazem o que querem. Mas as dívidas do seu pai com o clube
significavam que Angel não tem escolha.

Lash ama o seu clube, mas ele quer uma mulher que não tenha
dormido com toda a gangue. Angel é tudo que ele está procurando. Ela
é doce, jovem... E virgem. Ele a quer mais do que tudo e já apostou na
sua reivindicação sobre ela.

Quando Lash a toca, Angel não pode evitar derreter. Ele coloca
fogo no seu corpo com as suas mãos errantes e seus lábios
pecaminosos. Ela não pode dizer não, e o quer desesperadamente.

Mas quando tudo parece ir bem para Angel e Lash, seus passados
os alcançam. Os Skulls têm inimigos que querem a cidade e as suas
mulheres. Lash deve decidir quem vem primeiro, o clube ou a sua
mulher. E Angel é forte o bastante para ficar ao seu lado quando as
coisas ficarem difíceis? E o que vai acontecer quando a tragédia e a dor
baterem à sua porta?

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A SÉRIE

Série The Skulls – Sam Crescent

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Capítulo Um

Angel Marston continuou a limpar a bagunça no


chão do bar de motoqueiros em que ela trabalhava. O
lugar era realmente um buraco de merda, e ela
desejava que houvesse alguma outra coisa para fazer
do que recolher garrafas de cerveja e algumas
camisinhas usadas. Seja lá o que acontecia no clube,
ficava no clube, e ninguém comentava. Era o clube de
motoqueiros que comandava a cidade. Ninguém tinha
quaisquer ilusões de que o xerife tivesse qualquer tipo de controle. Ele
não tinha. Se você quisesse que algo fosse feito, tinha que ir ver o
presidente do clube, ou nunca veria qualquer tipo de justiça.

Os Skulls controlavam a cidade, e se alguém tinha uma


desavença com outra pessoa, vinham até aqui para resolver. A taxa de
criminalidade era baixa, e ninguém dava a mínima para os ocasionais
espancamentos que se testemunhava no meio de Fort Wills. Era uma
cidade pequena situada fora do caminho. Ela ganhou dinheiro com o
clube e com alguns investimentos de marcação de terra nos arredores.

Os Skulls não eram uma organização comercial, e eles não eram


toda aquela gentileza pela qual o Law Castle Bad Boys era conhecido.
Os Skulls eram um clube de motoqueiros realmente violento e fodão.
Eles trabalhavam arduamente, se divertiam muito também e, às vezes,
alguém era espancado ou morto. Deixando sair um suspiro, Angel se
inclinou sobre o bar para agarrar o pano de limpeza e o spray
antibactericida. A saia que ela usava era abaixo dos joelhos, ainda que
o clube exigisse minissaias que só cobrissem a bunda. Ela, no entanto,
não estava aqui trabalhando por vontade própria. Não, os Skulls a
pegaram como pagamento por uma das dívidas do seu pai. Enquanto
ela trabalhasse para eles, vivesse sob o seu teto e fosse vista por Fort
Wills, então seu pai podia continuar pagando o dinheiro que devia.
Angel realmente não sabia por que seu pai foi até eles por dinheiro. Sua

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mãe, antes de morrer, lhes deixou com um monte de pagamentos de
royalties1 pelos livros que havia publicado.

Em vez disso, seu pai gastou todos os fundos, pegando


emprestando dinheiro que ele não podia pagar de volta, e então ela foi
tomada como garantia no processo. Ela não falava com qualquer um
dos seus amigos, não que ela tivesse algum, e quando deixava o bar, era
escoltada por um prospecto2.

Deus, ela odiava sua vida mais do que nunca. Virando-se, ela
ignorou a música heavy metal tocando e começou a limpar as mesas.

Muitas outras garotas estavam deitadas pelo lugar ou fodendo


com algum dos membros do clube. Angel ignorou a todos. Não havia
nada mais que ela pudesse fazer do que limpar, esperar e então ser
enviada para o seu quarto quando tudo estivesse pronto.

Gemidos enchiam o ar enquanto ela passava pelas mesas. Angel


manteve seu olhar para baixo, não querendo ver o que eles estavam
fazendo. Ela tinha dezenove anos e nunca esteve intimamente com um
cara. Sexo não era algo fácil para ela.

— Oh, baby, você tem um pau grande. Eu amo o seu pau.

Rolando os olhos, ela pegou uma garrafa de cerveja que havia


deixado passar e fez seu caminho de volta para o bar. Mikey, um dos
membros mais velhos do clube, sorriu para ela quando ela passou. Ela
acenou com a cabeça, achando mais fácil não interagir com eles. Eles
não gostavam dela e ela via como a olhavam com escárnio. Ela não
entendia por que a odiavam. Antes de ser levada de casa, sem
empacotar nada, Angel nunca havia falado com os Skulls, além dos
poucos que estavam na escola com ela, mas isso foi antes que eles se
tornassem membros oficiais ou ganhassem seus patches. Ela nunca iria
entender essa linguagem e esperava nunca aprender.

Tudo que Angel esperava era que seu pai pagasse sua dívida para
que ela pudesse ir embora. Mas suas esperanças de que seu pai
pagasse o que devia diminuíam a cada dia. Ela teve a permissão de
fazer algumas ligações telefônicas para ele, e toda vez ele sempre dizia a

1 Royalty é uma palavra de origem inglesa que se refere a uma importância cobrada
pelo proprietário de uma patente de produto, processo de produção, marca, entre
outros, ou pelo autor de uma obra, para permitir seu uso ou comercialização.
2 Prospectos são iniciantes em um clube de motoqueiros, são a escala mais baixa da

hierarquia. Prospectos não são membros oficiais do clube até que realmente sejam
dignos de fazer parte. Então ganham seu colete com os “patches”, geralmente
marcações de tecidos costuradas, que indicam o seu MC e a posição que ele ocupa no
clube.

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ela para tirar o máximo de proveito da situação e que ele era apenas
humano. Ele também tinha insinuado que ela tentasse usar seu corpo,
embora fosse grande, para lhe dar algum desconto. Que tipo de pai
pedia isso à sua filha? Houve um tempo em que ela amava estar ao
redor do seu pai. Agora, ela nem ao menos sabia se queria que ele
vivesse, pela maneira que falou com ela. Ele lhe disse que havia
destinos piores do que estar com os Skulls. Que ela deveria aprender a
fazer alguma coisa para ajudá-lo. Os insultos foram ficando piores, e ela
parou de telefonar. Ela nunca pediu para que ele mantivesse contato,
também. Olhando ao redor do clube de novo, ela soltou um suspiro. As
noitadas, o sexo, e tudo ao redor deles estava realmente começando a
lhe incomodar. Ela odiava isso.

— Você sabe, seria muito mais fácil para você, se você fosse legal
com os caras, — Mikey disse, estendendo para ela um copo com
limonada.

Ela pegou a bebida que ele ofereceu. — Obrigada.

De pé atrás do bar, ela tomou um gole e não disse uma palavra.


Angel achava mais fácil manter seus pensamentos para si do que falar
com alguém.

— Ser tão fechada não vai ajudar a sua causa, querida.

Virando-se para olhar para o homem mais velho, ela pensou no


que dizer a ele. — Eu não tenho ideia do que dizer. Estou aqui, e não sei
o que dizer. — olhando para os seus pés, ela sentiu o calor cobrindo as
suas bochechas. As únicas pessoas que eram legais com ela eram as
mulheres dos homens, “old ladies”, como ela ouviu que elas eram
chamadas. Nenhuma das mulheres parecia velha, assim como os
homens também não. Mikey estava na faixa dos quarenta, e isso não
era velho mesmo.

— Você é jovem demais para estar aqui, — Mikey disse,


balançando sua cabeça e se afastando.

Não havia nada para ela dizer. Ela se sentou, tomou sua bebida e
esperou por mais trabalho a ser feito. Não acabava até que ela fosse
mandada para o quarto. Qualquer um deles poderia lhe dizer para ir
para lá. Nenhum dos homens a machucou fisicamente. Às vezes eles a
insultavam, mas ela estava acostumada com isso. Ser insultada não era
nada novo para ela. Mordendo seu lábio, ela bateu a mão no balcão,
desejando estar em qualquer lugar que não fosse esse bar.

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— Por que você a mantém por perto se ela é uma ninguém? —
uma loira de cabelo tingido sentou no bar rindo para Nash. A loira era
Kate, e Angel tinha ido para a escola com ela. Nash, um dos membros,
sentou ao lado dela.

— Ela é um negócio, baby. Mantenha seu narizinho fora disso.

— Como Angel pode ser um negócio? Ela é gorda. Uma vadia


gorda sem graça.

Angel se encolheu. Ela odiava o seu nome. Sua mãe sentiu que
ela era um anjo, uma vez que os médicos achavam que ela não poderia
engravidar. Então ela decidiu lhe dar o nome de “Angel” para celebrar.

Nash agarrou o pescoço de Kate rudemente.

— Isso é negócio. Se você quer durar por aqui então mantenha


essa boca aberta para outras coisas além de falar, como chupar meu
pau. Entendeu?

Kate sorriu adoravelmente para ele, mesmo enquanto Angel


estremeceu pela maneira rude que ele a tratava. As mulheres realmente
amavam estar aqui, e ela não entendia. Seus pais nunca foram
violentos um com o outro. Ela tinha visto o jeito que os motoqueiros
tratavam as mulheres, e ela nunca quis ser a receptora da atenção de
algum deles. As “old ladies” nunca recebiam esse tipo de tratamento.
Elas eram as poucas mulheres que não eram tratadas como buracos
convenientes, e ela nunca tinha visto nenhum dos homens casados com
outra mulher.

Angel deu o seu melhor para passar despercebida. Ela era uma
das poucas mulheres grandes que trabalhava dentro do clube.
Encolhendo-se devido aos pensamentos sobre seu próprio corpo, Angel
tentou apagar a conversa deles.

— Estou bem com a minha boca, — Kate disse, lambendo uma


linha ao lado do rosto dele.

— Tire ela do meu bar. — Mikey empurrou o braço de Kate para


fora do balcão, então a mulher se espalhou no chão.

— Mikey, que porra é essa? — Nash xingou o barman e então


deixou o bar. Mikey era da velha guarda e exigia respeito.

— Você só vai deixar que ele faça isso comigo? — Angel ouviu a
outra mulher se lamentando enquanto Nash fazia tudo que podia para
empurrá-la para longe.

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— Ele é um dos membros originais. Fecha essa boca se você não
quer causar problemas.

Quando eles estavam longe o bastante, Angel levantou o olhar


para ver Mikey de pé ao lado dela. Ela girou a bebida dentro do seu
copo e fez o seu melhor para afastar o olhar. Mesmo com a idade
avançada de Mikey, ele tinha a habilidade de ser assustador, pelo
menos para ela.

Ele cobriu a bochecha dela, inclinando sua cabeça para que ela
olhasse para ele. Não havia nada sexual no seu toque. Mickey parecia
lhe olhar com afeição paternal, o que ela não entendia.

— Você pode estar aqui por causa do seu pai caloteiro, mas não
deixe que ninguém faça você se sentir menos do que é. Angel, você é
uma linda jovem mulher, e se eu tivesse vinte anos a menos, eu tentaria
te conquistar. Como pode ver, eu não sou, mas não deixe que uma filha
da puta suja diminua você.

Ele deu um tapinha na sua bochecha e saiu. Angel franziu o


cenho, se perguntando o que fez com que ele lhe dissesse essas
palavras.

Tomando a bebida, ela desejou estar em qualquer lugar que não


fosse dentro desse clube.

x-x-x

Se Angel continuasse chupando seu canudo, Lash não seria


capaz de controlar seu impulso de reivindicá-la. Ele esteve observando-
a por um longo tempo, e tinha feito tudo ao seu alcance para protegê-la
do próprio pai. Ainda assim, as regras do clube eram as regras do
clube, e se ele não chegasse nela logo era só uma questão de tempo
antes que alguém fizesse isso, ou Tiny recebesse o pagamento da dívida
e a enviasse de volta para a cidade sozinha.

Ele não gostava da ideia dela sozinha no mundo sem ele. Haviam
muitos homens para manter longe dela.

Seu irmão, Nash, tropeçou em direção a ele. Seu jeans estava


parcialmente aberto, e ele sabia que Kate havia dado um boquete em
Nash alguns minutos atrás.

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— O que há com você? — Lash perguntou, voltando sua atenção
para Angel novamente. Mikey estava mantendo um olho nela e sempre
fazia isso quando ela estava trabalhando no bar.

— Eu estou bem, homem. Meu pau acabou de ser chupado e a


vadia engoliu. Sem confusão e eu posso ir embora. Amo mulheres que
não querem um para sempre. Essa merda é sempre uma chatice. —
Nash cruzou os braços parecendo orgulhoso.

Enquanto seu irmão não estava procurando por compromisso, ele


estava olhando para o compromisso do outro lado do bar. Ele voltou
sua atenção para sua mulher. Angel estava completamente deslocada
no bar dos Skulls. Ela estaria deslocada como sua old lady, também,
mas ela era a mulher que ele queria e pretendia manter. Seu longo
cabelo castanho estava preso em um rabo de cavalo, mas as mechas
pareciam brilhar na luz. Ele ainda não tinha tido o prazer de tocar no
cabelo ou no corpo dela, mas iria. Lash não ia deixar essa oportunidade
passar. O seu corpo também estava deslocado nesse bar. Ela era a
única mulher real com peitos grandes, quadris e coxas grossas e uma
pequena cintura. A maioria das mulheres aqui eram magras, com seios
falsos ou nada nesse departamento para mostrar. Olhar para Angel
fazia o pênis de Lash engrossar com necessidade renovada. Ele não era
um homem pequeno em tudo. Com mais de 1,85 m de puro músculo,
ele precisava de uma mulher capaz de aguentá-lo.

As mulheres que ele fodia no clube muitas vezes reclamavam da


sua força, e ele via os hematomas que deixava para trás por causa de
como ele as fodia. Ele precisava de uma mulher que aguentasse a sua
força, e Angel parecia uma mulher capaz de fazer isso. Não somente o
seu corpo estava lhe chamando, mas também a inocência que a
cercava. Ela era a única mulher nesse clube que não tinha trepado com
um dos membros, e ele gostava disso.

Lash não era o tipo de homem para falar sobre inocência

Ele tinha sido membro dos Skulls desde que era um prospecto, e
depois de dois anos mostrando sua lealdade, ele se tornou um membro
de pleno direito. Ele era o músculo3 e trabalhava duro para manter a
proteção do seu grupo. Os Skulls protegiam a sua cidade e se
certificavam de que coisas ruins não acontecessem. Se assim fosse, o
problema estava resolvido por ele.

3 É alguém que faz o trabalho de campo do clube, que lida com questões que envolvem
o uso de força e violência muitas vezes.

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Em todo esse tempo, ele fodeu muitas mulheres, e esteve com
umas duas que agora eram old ladies de alguns dos caras. Não, ele não
teria uma mulher ao seu lado que esteve com o resto do clube. Isso não
ia acontecer. Ele era do tipo egoísta e possessivo, e aceitava isso.

— Kate é boa no boquete. — Lash não afastou o olhar de Angel.


Ela estava chupando o canudo com os olhos fechados. Ele se perguntou
no que ela estaria pensando. O clube estava encerrando suas atividades
por essa noite, e era questão de tempo antes que Mikey a enviasse para
o seu quarto. O quarto dela era próximo ao dele, e ele ouvia quando ela
se movia à noite. Ele pensava em cruzar a distância e fazer a sua
reivindicação. Cada vez que andava em direção à porta, ele se
encontrava hesitando.

A última coisa que ele queria era que ela olhasse para ele com um
olhar de desgosto ou medo. Angel vinha sendo protegida pelos Skulls
por um bom tempo. Seu pai, David, era a única razão pela qual ela
estava aqui agora. O desgraçado havia gastado todo o dinheiro da mãe
dela em jogos de apostas e investimentos ruins. Pegar um empréstimo
tinha sido a melhor e a pior decisão que David já fez. Ruim para o seu
pai, mas boa para Lash quando isso lhe deu o que ele precisava, Angel
por perto.

Ele falou com Tiny e os demais membros do clube sobre o que


queria. Eles aceitaram, e até mesmo Tiny estava bem com isso, embora
eles não achassem que Angel se alegraria por estar no clube. Esse era
quem ele era, e nada mudaria isso.

— Tudo que você faz é ficar parado e olhar para ela. Você não teve
uma mulher em um ano. Já deve estar implorando por uma aliviada. Vá
e pegue ela. Tiny está começando a ficar irritado. Ela está no clube há
bastante tempo, e você ainda não chegou nela. Ele não vai conter o
comportamento dos caras por muito mais tempo, Lash.

Tiny era o líder do clube, e a pedido de Lash ele tinha feito com
que as festas não ficassem fora de controle.

Analisando o seu pedido para o clube, Lash sabia que havia


pedido muito. O clube era a sua família. Tiny havia levado ele e seu
irmão debaixo da sua asa quando a família deles morreu em uma
guerra de territórios com outro clube. Tiny os criou desde que eles eram
garotos até agora. Ele havia sido o homem que lhes deu seus nomes,
Lash e Nash, nomes estúpidos, mas muito melhores que aqueles que
estavam em suas certidões de nascimento. Ambos conquistaram seu
direito de estar nos Skulls, mas a paciência de Tiny não ia tão longe.

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— Ela é diferente.

— Sim, ela é uma virgem e uma civil. Claro que ela é diferente. —
Nash deixou sair um suspiro frustrado. — Você nunca vai encontrá-la
pagando boquetes para os membros do clube em um lugar público. Ela
é uma boa garota. Você sempre disse que queria uma boa garota. Ela
está bem aqui, debaixo do seu nariz, e você não está fazendo nada sobre
isso.

Lash não podia discutir com o seu irmão.

— Eu vou encontrar uma gostosa para essa noite. Boa sorte com
seja lá o que você tem planejado.

Nash foi embora sem dizer mais nada.

Olhando para a mulher que ele reivindicou para si próprio, Lash


observou quando ela ficou de pé e se moveu para lavar o copo e jogar o
canudo no lixo.

Ela estava fora do seu alcance, mas era a única mulher que ele
queria. Ele era Lash, o musculoso membro dos Skulls.

Observá-la estava fora de questão. A única coisa que ele queria na


vida estava de pé bem na sua frente. Ele não ia deixar mais tempo
passar. Angel era dele para ser tomada.

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Capítulo Dois

Angel havia lavado seu copo e sentiu uma


presença atrás dela segundos antes de uma mão se
esticar e desligar a torneira. Ela não reconheceu o
braço, mas ele era coberto de tatuagens. Havia uma
cobra enrolada ao redor de uma espada ao longo do
braço. Angel percebeu que muitos membros tinham o
mesmo tipo de tatuagem. Ela parou, esperando que o
homem dissesse seja lá o que ele quisesse e fosse
embora.

Ele não fez nenhum dos dois. O homem só ficou parado atrás
dela, perto o suficiente para que sua respiração roçasse sua nuca, sem
falar nada.

A mão soltou a torneira e viajou para cima pelo seu braço. A


ponta dos seus dedos parecia acariciar a pele dela. Ela não sabia o que
fazer e permaneceu imóvel. Nenhum dos homens havia tocado nela,
mas esse estava fazendo isso, e a simples carícia dos seus dedos estava
acendendo um caminho de fogo ao longo do seu braço.

Seus mamilos apertaram e calor inundou a sua boceta. Ela nunca


sentiu nada como isso. O prazer era imenso, e nesse momento ela não
queria que parasse.

Com um simples toque, Angel se esqueceu de onde estava. Ela se


esqueceu do fato de que era uma virgem e de que sua vida era
propriedade de um rude clube de motoqueiros. Nunca em seus
dezenove anos de vida ela havia sentido algo tão prazeroso, e tudo que o
homem estava fazendo era acariciar seu braço.

— Você não deveria lavar a louça, — ele disse, sussurrando na


orelha dela.

Fechando os olhos, Angel se obrigou a tomar controle da situação.


Seja lá quem fosse o homem atrás dela, ele era alto e seu corpo a fazia
se sentir pequena.

— Esse é o meu trabalho. Eu tenho que limpar depois que todos


usam.

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— Não, você não tem. Você limpa as mesas para se manter
ocupada. Tiny lhe deu esse trabalho para mantê-la ocupada. — a mão
do homem saiu de seu braço e se estabeleceu na sua cintura. Ele se
esfregou contra o seu traseiro, e ela não era estúpida. Ela esteve na
escola e sabia que ele estava esfregando um pênis muito ereto contra a
sua bunda.

Angel não podia evitar a sua resposta. Ela ficou tensa. Nenhum
homem jamais havia chegado tão perto dela de um jeito tão descarado e
possessivo. Nem ela jamais havia se sentido tão desejada em sua vida. A
mão dele deixou a sua cintura e se moveu para a sua barriga, que era
arredondada.

— Shhh, não tenha medo, baby. Eu nunca vou te machucar.

— Lash? — Mikey interrompeu o momento. Pulando dos braços


de Lash, ela se virou para ver o homem que realmente estava atrás dela.

Ela sabia quem ele era e o tinha visto por Fort Wills muitas vezes.
Ele era o músculo do clube e era absolutamente sexy, mesmo com a
cicatriz do lado esquerdo do rosto.

— O quê, Mikey? — Lash perguntou, sem tirar os olhos dela.

O coração dela batia rapidamente dentro do peito.

— Você tem certeza que sabe o que está fazendo?

— Perfeitamente. Já é hora, e eu estive esperando por muito


tempo. Você sabe que a paciência de Tiny não vai durar muito mais, —
Lash disse.

Os dois homens estavam tendo uma conversa com ela no meio.


Angel não tinha ideia do que eles estavam falando, então permaneceu
em silêncio. Ela aprendeu a nunca interromper e nunca interferir. Era
mais fácil ficar sempre quieta e olhar para o chão.

— Seja cuidadoso. Esse tipo de doçura é difícil de encontrar, —


Mikey disse.

— Eu vou. Estarei por aqui com mais frequência. Você não tem
mais que se preocupar em ficar de olho.

Os homens estavam falando em código, ou, pelo menos, soava


como se estivessem.

— Eu sempre vou ficar de olho.

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Ela olhou para cima em tempo de ver Mikey sorrindo para ela. —
Cuide-se, doçura.

O homem mais velho se afastou. Durante a conversa deles, Lash


não tirou as mãos de cima dela. Sua palma permaneceu contra seu
estômago cheio, e Angel não podia evitar fazer uma comparação entre o
seu próprio corpo e o das outras mulheres que ela via pelo bar.

— Você arranjou um protetor. Eu gosto disso, — Lash disse


contra a sua orelha.

Angel olhou ao redor do bar para ver se alguém os tinha notado.


Ninguém olhava na direção deles. Ela não lutou com Lash nem quando
ele começou a puxá-la para fora do bar. Ele a levou até os fundos e
subiu um lance de escadas.

O toque ao redor do seu estômago era suave, mas ela sentia a


força do seu aperto.

— Onde nós estamos indo? — ela perguntou.

— Algum lugar calmo onde não seremos interrompidos.

Seu coração disparou. O tom da voz dele fez com que arrepios
irrompessem pelos seus braços.

— Por quê?

— Porque eu já esperei tempo demais. Eu preciso de você para


mim.

Ela não entendeu o seu tom. Era estranho, soava possessivo e


como se ele estivesse esperando por uma chance de estar sozinho com
ela.

Por quê?

Angel sabia que ela não era nada de especial, e ela com certeza
não era uma mulher bonita com um corpo esguio.

Quando eles chegaram ao seu quarto, ela ficou tensa. Lash abriu
a porta e ainda com uma mão ao redor da sua cintura, ele a fechou e
trancou. Eles estavam sozinhos no quarto dela. Sua roupa ainda estava
dentro da mala, que estava aberta em um canto.

— Você ainda não guardou suas coisas? — ele perguntou.

— Não.

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O que mais ela deveria dizer?

Ele se moveu até a cama, a forçou a sentar e então foi até a mala.
Ela observou enquanto ele pegava suas roupas e as levava até o
armário.

— Por que você está guardando minhas roupas? — ela perguntou.

— Esta é a sua casa. Você precisa das suas roupas penduradas.

— Eu não vou ficar aqui. Quando meu pai devolver o dinheiro...


— Angel não teve a chance de terminar a frase. A fé que ela tinha em
seu pai não era tão grande assim.

— Seu pai nunca vai devolver esse dinheiro a tempo. Ele está tão
atrasado nos pagamentos que teria sorte se terminasse esse ano vivo,
muito menos livre da divida. O traseiro dele é propriedade do clube.
Viva com isso, Angel.

Ela balançou sua cabeça. O que ele estava dizendo era errado,
mesmo que ela soubesse em seu coração que era verdade. Confrontada
com a verdade por Lash, ela lutou para manter a pouca crença que
tinha em seu pai. Não havia jeito que seu pai não devolveria o dinheiro.
Ele lhe prometeu quando ela o deixou pegar o dinheiro e a deixou para
trás, então ela tinha que acreditar nele. Nenhuma vez, enquanto sua
mãe era viva, ela duvidou do seu pai, e agora esse homem enorme, sexy
e dominador estava lhe dizendo que seu pai nunca conseguiria o
dinheiro e ela nunca sairia daqui, e tudo isso era demais.

Ele terminou de pendurar suas poucas roupas e então pegou sua


roupa de baixo para guardar em uma gaveta.

Acabando, ele virou para ela. Seus braços eram grossos e


cobertos de tatuagem. Ele vestia um colete preto e calças jeans pretas.

Suas mãos descansavam nos quadris enquanto ele a olhava.

— Você vai matar o meu pai? — ela perguntou, olhando para


onde suas mãos descansavam nas suas pernas. Essa era a primeira vez
que ela tinha uma conversa mais longa com um dos membros dos
Skulls.

— Não se ele trabalhar para nós e você permanecer sob nossos


cuidados.

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— Cuidados? Você chama isso de cuidados? — ela mordeu seu
lábio para tentar se impedir de falar. Falar fora de hora não era
permitido.

Ele sentou próximo a ela e acariciou sua bochecha.

No momento em que ele a tocou, calor encheu seu corpo. Seu


toque a fez querer muito mais. Nenhum homem tinha lhe afetado desse
jeito, e ela estava com medo do que isso significava.

x-x-x

Lash a virou para olhar para ele. Os olhos verdes dela cortaram
um caminho direto para o seu coração. Ele não sabia o que havia nessa
mulher que o deixava doido, mas desde a primeira vez que olhou para
ela, Lash não foi capaz de parar de pensar nela.

Os sentimentos eram intensos e lhe consumiam por inteiro.

Ver sua mala ainda cheia no canto do quarto o irritou. Agora suas
roupas estavam penduradas, e ele pretendia levá-las para o seu próprio
quarto em breve.

Angel não ia deixar o clube ou o seu lado, e logo ele a teria em sua
casa, ao seu lado, como sua esposa.

— Como você chamaria isso? — ele perguntou.

Ela balançou a cabeça, tentando se afastar do seu toque. Lash


permaneceu ao seu lado, se recusando a sair e impedindo-a de se
afastar dele.

— Fale comigo.

— Como eu posso falar com você? Você é um dos membros que


está me mantendo aqui.

Ela fechou os olhos, tomando muitas respirações profundas. Todo


o tempo Lash lhe observava. Ele não podia ter o suficiente dela, e o
sentimento de posse dentro dele somente se intensificava a cada
minuto.

— Eu não sou como aquelas garotas. Eu não durmo com os


caras, e eu não entrego o meu corpo para qualquer um. — Angel
colocou o cabelo atrás da orelha.

~ 17 ~
Lash a virou de costas e lentamente soltou seu cabelo, até que ele
caiu pelos seus ombros em ondas encantadoras. Pela primeira vez, Lash
correu seus dedos pelo cabelo dela, saboreando a sensação das ondas
de seda deslizando pela sua mão.

Ele gostou do fato de que ela não discutiu. Angel fez o que ele
queria sem um comentário. Será que ela sabia quão viciante sua
resposta era para ele? Lash queria empurrá-la para ver até onde ela lhe
permitiria ir.

Ela só tinha dezenove anos, enquanto ele estava no fim dos vinte,
vinte e nove, para ser exato.

— Eu sei, Angel. Eu sei que você não ficaria de joelhos se um dos


caras pedisse. Você nunca soube como é sentir um pau dentro de você.
Esse mundo é totalmente novo para você. Eu entendo isso. Você pode
pensar que não, mas eu entendo.

O rubor se intensificou nas suas bochechas, e ele viu isso quando


a virou novamente. Ele não ia esconder quem era. Lash havia feito tudo
que ele podia para fazer a vida dela no clube suportável. Ele sabia que
era só uma questão de tempo antes de tudo voltar ao normal. As festas
seriam mais insanas e mais explícitas do que nunca.

Houve um tempo em que ele amava as festas de explodir a mente.


Depois de um dia longo, uma semana difícil ou um mês ruim, não havia
nada mais satisfatório do que ficar nu e foder tudo à vista.

Ele não pensou sobre o número de mulheres com que já esteve.


Ano passado ele fez exames para ter certeza de que estava limpo. Ele
estava, e pretendia continuar assim. Desde o primeiro momento em que
ele viu Angel na cidade, Lash sabia que ela era a mulher para ele.

Ela mordeu o lábio, e Lash se lembrou da boca dela ao redor do


canudo. Ele não podia evitar. Segurando a parte de trás da sua cabeça,
Lash esmagou seus lábios contra os dela. As mãos dela se moveram
para o seu peito, e Lash viu quando ela fechou os olhos. Quando ela fez,
ele fechou os seus próprios e se permitiu desfrutar do prazer do beijo.

Angel gemeu. Ele inclinou a cabeça dela para trás, mordiscou


seus lábios e esperou que ela os abrisse para ele. Sua boca abriu e Lash
tirou o máximo de proveito da vantagem. Acariciando-a com a língua,
Lash fez amor com a boca dela. Ele fodeu sua boca com a língua,
imitando os movimentos que queria fazer entre as suas coxas.

~ 18 ~
As mãos dela se moveram para o seu peito, agarrando o tecido do
seu colete. Lash moveu a sua mão que estava na sua cabeça para as
costas dela. Ele a empurrou para a cama até que seu corpo estava sob o
dele.

Com movimentos cuidadosos, Lash se acomodou entre as suas


coxas, e a saia jeans que ela vestia subiu e ficou amarrotada em volta
da sua cintura. Ele acariciou a sua coxa com uma mão, sentindo a pele
de seda contra a sua palma.

Lash não pressionou seu pau contra o núcleo dela. A única coisa
que o mantinha longe daquele lugar eram a calcinha dela e o jeans da
sua própria calça.

Enquanto fazia amor com a boca dela, Lash acarinhou seu corpo
da melhor maneira que podia nessa posição. As mãos dela se moveram
do seu peito para as suas costas. Suas unhas afundaram na camisa
dele. Se ele estivesse nu, ele agora teria marcas nas costas.

Seu pau estava grosso, e a sua necessidade por ela, intensificada.

— Me beije de volta, — ele disse, quebrando o beijo só o suficiente


para falar.

Antes que ela tivesse a chance de falar ou empurrá-lo para longe,


Lash reivindicou seus lábios mais uma vez.

Ele fodeu sua boca com a língua e pressionou sua palma entre
eles. Tocando a sua boceta, ele sentiu o calor dela contra ele. Gemendo,
Lash manteve sua boca ocupada ao mesmo tempo em que empurrava o
tecido da calcinha para fora do caminho. Ele precisava tocá-la.

Deslizando um dedo pelas suas dobras, Lash tocou o clitóris dela.


Ela pulou sob o seu toque. Ele a manteve no lugar, afundando os dedos
no seu cabelo, segurando-a ali.

Lash acariciou seu clitóris, sentindo o creme dela melar seus


dedos. Ela estava tão perto, e Lash sabia que ela nunca havia sido
tocada assim antes.

Ele tocou o clitóris dela, beijando sua boca e esperando que não
estivesse ferrando tudo com isso que estava acontecendo.

Ela gritou e segundos depois estremeceu debaixo dele. Essa foi a


mais erótica experiência da vida dele. Lash acalmou o toque dos seus
dedos e então, lentamente, se retirou do seu calor.

~ 19 ~
Olhando para o seu rosto, Lash esperou que ela abrisse os olhos.

Angel olhou para ele, seu rosto ruborizado do orgasmo. Não


demorou muito, no fim das contas. Ele sabia que não demoraria.

— Você é linda, — ele disse. Sem pensar, ele trouxe os dedos até
seus próprios lábios e chupou o creme deles.

Ela afastou o olhar dele, mordendo o lábio inferior.

— O que eu acabei de fazer? — ela perguntou.

Suas palavras saíram tão fracas que ele mal ouviu. — Eu sugiro
que você se acostume com o meu toque, baby. Eu não vou a lugar
nenhum, e você vai se acostumar com o meu toque.

Ele a puxou e pé e começou a remover suas roupas. Tudo que ele


havia planejado deixou os seus pensamentos. Ele havia perdido muito
tempo tentando levar as coisas devagar com Angel. Ela não era parte do
seu mundo, mas ele se certificaria de que no momento em que ela
tivesse o seu anel no dedo, ela seria.

Lash não iria mais se segurar. Angel ia ser reivindicada ela


gostasse ou não.

Depois de puxar a camisa, Lash arrancou sua saia jeans. Ele


tirou o seu colete. No instante seguinte, ele retirou seu sutiã e calcinha
e então colocou seu colete por cima da cabeça dela.

Ele serviu perfeitamente e ficou um pouco apertado ao redor dos


seus peitos grandes. Aqueles eram os peitos dele.

— O que você está fazendo? — ela perguntou.

Ele bateu os seus lábios nos dela em resposta. — Vá para a cama,


— ele disse.

Ela olhou para ele por alguns minutos e então subiu na cama.

Lash se ajoelhou ao lado dela, pegou a sua mão e olhou


diretamente nos seus olhos. — As coisas vão mudar para você. Você
não vai gostar de mim sempre, e eu aceito isso. Eu consigo o que eu
quero, e você vai fazer o que eu pedir, e não há nada que vá mudar o
que eu sou. Vou dar o meu melhor para fazê-la feliz, mas desse dia em
diante, você será a minha mulher, Angel. Ninguém mais vai tocar você
além de mim.

~ 20 ~
Ele acariciou o seu cabelo, beijou a sua bochecha e deixou o
quarto. Tiny estava parado do lado de fora esperando por ele. O líder do
clube tinha os braços cruzados sobre o peito.

— Eu vejo que você finalmente decidiu reclamá-la, — Tiny disse.

— Sim. — Lash se virou para encarar seu chefe e esperou pelo


que Tiny tinha a dizer.

— Bom. Você a reivindica na frente dos outros homens, e ela será


sua. Tenha certeza de cuidar dela, Lash. Eu não quero que ela se
machuque.

Tiny não gostava de se envolver com qualquer pessoa. Eles eram


um clube durão, mas justo, tudo por causa da influência de Tiny. Sim,
eles lidavam ocasionalmente com negócios de cocaína, mas mantinham
as drogas fora da sua cidade. Fort Wills estava limpa, e o povo tinha
que agradecer a eles por isso, não aos policiais. Ninguém da gangue
usava drogas também. Tiny fez dinheiro fora disso, e se ele pegasse
algum membro usando, estavam fodidos.

— Eu estou assumindo total responsabilidade por ela, — Lash


disse.

— É melhor que esteja, porque o pai dela está praticamente. Você


precisa estar preparado para as consequências. — Tiny bateu nas
costas dele e saiu.

Descansando contra a porta, Lash se perguntou como ela iria


lidar com os próximos dois meses. Ele não estava mais esperando
apenas a cercando. Angel pertencia a ele, e a única pessoa que não
sabia disso era Angel.

~ 21 ~
Capítulo Três

Angel acordou de manhã cedo com uma batida


na porta. Ela havia se esquecido de ajustar o
despertador. Segundos depois, Lash entrou. Tudo que
aconteceu na noite passada flutuou por ela como uma
memória ruim.

— Bom dia, — ele disse. Ele caminhou até o


armário, balançou a cabeça e pegou uma calça jeans.
Seu armário era pequeno. Ela odiava comprar roupas
e somente havia trazido aquilo que pensou que fosse relevante.

— O que você está fazendo aqui? — ela perguntou, se cobrindo


com o cobertor. Ela vestia o colete dele e nada mais.

Ele lhe deu um orgasmo, literalmente tocou a sua boceta com os


dedos, e ela estava preocupada que ele a visse.

A noite passada foi diferente. Estava escuro, mas agora era de


manhã, e não havia nenhuma chance dela se esconder dele. Isso era
injusto e cruel.

— Isso não é nada aceitável. — ele se virou para ela e começou a


puxá-la para fora da cama.

— O que você está fazendo? — ela perguntou.

Lash não estava respondendo suas perguntas.

— Nós vamos fazer compras, ou eu posso lhe enviar para fazer


compras com um prospecto. Eu tenho umas merdas para fazer.

Uma vez que ela estava vestida, sem calcinha ou sutiã, Lash deu
um passo para trás para olhar para ela.

— Acho que isso vai servir por agora.

— Espere, eu preciso de sutiã e calcinha, eu nunca usei jeans


sem calcinha.

Ele deu um passo em direção a ela. Uma mão se afundou no seu


cabelo, puxando o comprimento, e a outra parou entre as suas coxas.

~ 22 ~
Angel ficou envergonhada pelo calor que a consumiu com o toque
dele. Será que ela já estaria afetada por ele?

Lash esfregou a mão para frente e para trás, criando uma fricção
que quase a fez cair de joelhos. Lash sabia todos os botões certos para
pressionar, e ela o odiava por isso.

— Não. Os seus peitos parecem incríveis assim, e a partir de


agora eu digo o que você veste.

Antes que ela pudesse protestar, seus lábios estavam mais uma
vez nos dela.

O beijo foi brutal, todo dentes e paixão, e Angel tentou para-lo


mais de uma vez. Finalmente, somente quando Lash estava pronto, ele
quebrou o beijo. Até que ele tivesse terminado, Lash era o único no
controle. Ela não tinha uma palavra a dizer sobre o que queria. Era
tudo sobre o que Lash queria.

Ela não odiava esse pensamento. Angel nunca foi boa em tomar
decisões ou resolver problemas. Ela era um desperdício de espaço.

— Não se coloque para baixo. Mesmo quando você não estiver na


minha presença, eu vou saber sobre isso.

— Como você sabia que eu estava fazendo? — ela perguntou. Ela


deveria ter argumentado com a sua declaração de que ela estava se
colocando para baixo.

— Eu conheço você, baby. Eu sei o que você está pensando, e eu


vejo isso nos seus olhos. Você é como um livro aberto. Eu posso ler tudo
só de olhar para você. — a mão dele soltou o seu cabelo e agarrou a
cintura. — Vamos lá, o café da manhã está servido lá embaixo.

— Eu sei. Eu deveria ser aquela preparando as coisas.

— Não mais. De agora em diante o seu lugar é ao meu lado ou


sentada no meu colo. — ele abriu a porta do quarto e juntos eles foram
para a área de refeições. Essa área era a parte principal do bar. Todas
as mesas haviam sido colocadas juntas para formar uma única mesa
comprida. As portas da cozinha estavam abertas, mostrando vários
prospectos e mulheres prontas para servir.

— Onde diabos está Angel? Ela deveria estar fazendo essa merda,
não eu, — Fern perguntou. Ela era uma das mulheres que passava de
mão em mão entre os membros do clube. Angel a via toda noite com um
cara diferente. Pelo que ela ouviu, nenhum deles queria reivindicá-la.

~ 23 ~
Ela era uma bunda doce4 com o único propósito de abrir as pernas para
quem a quisesse.

Angel odiaria esse tipo de vida, mas algumas mulheres pareciam


amar.

A sala ficou em silêncio quando os Skulls notaram os dois juntos.


Ela sentiu seus olhares na pele e os viu olhando para o seu rosto antes
de focarem na camisa de Lash.

— Parece que é melhor você se acostumar a ficar na cozinha,


bunda doce. Angel foi tomada, — Zero disse.

— Quê? — Fern saiu correndo da cozinha e Angel a viu parar e


olhar para ela.

— Ah, não. Isso não é justo. Ela nunca esteve com um membro
sequer ou passou tanto tempo fodendo como o resto de nós. O que ela
tem que nós não temos? — as mãos dela foram para os quadris, e o
olhar que Fern lançou a Lash o teria matado, se olhares pudessem fazer
isso.

— Lash fez uma escolha. Nós aceitamos a escolha e ela fica, —


Tiny disse. Ele estava sentado na ponta da mesa com as mãos juntas. O
líder parecia calmo e assustador. Tiny sempre assustou Angel. Ela
apertou mais a mão de Lash.

— Você vai ter que esperar até que alguém realmente queira essa
sua bunda doce, baby, — Nash disse.

Angel olhou para o irmão de Lash e viu o desprezo que o homem


tinha por Fern. A maioria dos homens amava trepar com ela, mas
nenhum deles gostava dela.

— Que seja. — Fern enviou mais um olhar e então voltou


apressada para a cozinha.

Lash se sentou próximo ao irmão. Ela se virou para ir em direção


à cozinha, mas a mão ao redor da sua cintura a impediu.

— Eu preciso ir ajudar, — ela disse.

— Você não vai ajudar. Sente nessa porra e espere.

4 O termo “bunda doce” (sweet-ass, no original), dentro do mundo MC, significa uma
mulher que faz sexo com vários homens do clube, mas não é comprometida com
nenhum. Elas também não são exatamente prostitutas, porque não recebem para
isso.

~ 24 ~
Discutir com ele não era uma opção. Olhando ao redor da mesa,
Angel não podia ver nenhuma das cadeiras disponíveis livre.

Com um puxão rápido, Lash a colocou no seu colo. Ela sentiu a


rigidez do seu pau e fez o seu melhor para ignorar isso, mesmo quando
calor subiu pelas suas bochechas. Não havia jeito que ela pudesse
ignorar Lash. Ele era muito grande, e pela sensação do eixo contra a
sua bunda, ele era grande em todos os lugares.

Duas xícaras de café foram colocadas na frente dela. Angel


reconheceu Tate, a filha de Tiny, quando ela colocou a xícara na sua
frente. A jovem mulher raramente vinha para o clube, mas quando ela
estava aqui toda a gangue ficava no seu melhor comportamento. Tiny
não gostava que nenhuma merda ruim acontecesse ao redor da sua
garota. Tate era uns dois anos mais velha do que Angel.

— É legal ver um dos homens tratando você bem, — Tate disse.

Angel sorriu para ela, sem saber o que dizer. Tate era como ela,
maior que as outras garotas do clube. Angel uma vez ouviu que os
homens preferiam mulheres magras e odiavam old ladies que ficavam
gordas.

Se esse era o caso, o que Lash estava fazendo com ela?

Lash pegou um jornal. Tudo isso era completamente surreal. Ela


estava sentada no colo de Lash, lendo o jornal enquanto esperavam.

— Nós temos um monte de trabalho a fazer hoje, rapazes. Eu


espero todos vocês fora do armazém para o nosso encontro. Sem
mulheres, sem old ladies, somente vocês e as suas motos, — Tiny disse.

Fern voltou até a mesa, batendo os pratos e olhando para ela.

Angel permaneceu imóvel, sem querer atrair nenhuma atenção


desnecessária.

— Vamos lá, cara. Quando nós vamos ter uma festa do caralho
pra valer? Eu preciso pegar umas vadias de verdade, — Butch disse.

— Cale a boca, Butch, ou do contrário eu vou me certificar de que


você não veja qualquer ação por meses, — Tiny disse.

Angel viu que ele olhava para sua filha enquanto falava.

A boca de Butch continuou fechada enquanto colocava comida na


frente de Tiny e então voltava para a cozinha.

~ 25 ~
— Desculpe.

— Quando Tate está aqui, vocês ficam quietos. — Tiny falou


enquanto cortava a sua comida.

Nenhum dos membros usava o seu nome verdadeiro. Ela sabia


que Tiny os escolhia ou os próprios membros escolhiam seus nomes.
Pelo que ela ouviu, o nome de Tiny foi escolhido pela sua falecida
esposa.

Quando Tate trouxe o café da manhã de Angel, ela percebeu que


havia somente um prato, que foi entregue a Lash.

— Eu sou o único que vai lhe alimentar.

— Mexa-se, — Tate disse. Angel se virou para ver que a outra


mulher estava falando com Nash.

— Por que eu tenho que me mexer?

— Porque eu disse.

Lash riu. — Vamos lá, irmão, você sabe que ela sempre consegue
o que quer.

Seu irmão saiu da sala para que Tate se sentasse perto deles. —
É arcaico fazê-la comer dos seus dedos, Lash.

— Só porque você nunca encontrou um homem forte o bastante


para enfrentar o seu pai.

— Isso é verdade. Nenhum desses homens vai ter a coragem de


enfrentar meu pai e tentar ficar comigo. Na verdade, nenhum homem
em Fort Wills vai me tocar. — Tate deixou escapar um suspiro e
começou a comer.

Angel ficou olhando para a outra mulher com simpatia.

— Vou mandar um prospecto com Angel hoje. Ela precisa de


roupas novas e eu não tenho tempo de ir com ela, — Lash disse, na
metade do café da manhã.

— Eu vou também. Preciso de sapatos novos, — Tate disse.

Ao seu redor as pessoas organizavam o dia dela, e Angel não teve


escolha a não ser fazer o que eles disseram.

~ 26 ~
x-x-x

Lash estava com seu irmão e Tiny. Eles passaram por três
prospectos até chegar ao prospecto Steven. Ele tinha vinte anos, magro,
mas podia lutar. Pelo que Lash tinha ouvido dele, era um bom garoto e
leal ao clube.

— Você é a babá de plantão. Tudo que acontecer com as garotas


vai cair na sua cabeça, — Tiny disse.

Ele pegou algumas notas de dinheiro e entregou a Steven. Lash


fez o mesmo.

— Qualquer coisa que Tate quiser você dê a ela. Eu não quero


ouvi-la se lamentando nem nada disso. — Tiny deu mais algumas
instruções e depois deixou Steven com ele.

Lash deu um monte de dinheiro. — Eu quero boas lojas de grife.


Nada desses brechós de merda que têm por aí. Leve-as para o shopping
fora da cidade e arrume as suas coisas. Os outros clubes estão cheios
de movimento. Se você vir outros motoqueiros, dê o fora de lá.

— Deixa comigo. Levar as garotas para o shopping, me certificar


que elas gastem uma porrada de dinheiro e mantê-las a salvo, — Steven
disse. — Vou ficar de olho nelas. As duas vão estar seguras comigo. Eu
prometo.

— Bom. — Lash bateu no ombro do prospecto e foi em direção à


sua mulher. Angel estava parada perto da porta, seus braços cruzados
enquanto Tate não fazia nada além de falar. Tate, claramente, gostava
da sua mulher.

— Lá vem o problema, — Tate disse.

Angel olhou e ele foi pego pelos seus olhos verdes. Indo para o seu
lado, ele tirou o cabelo do seu rosto e a olhou diretamente nos olhos. —
Você vai se divertir hoje. Eu dei dinheiro a Steven, e devo estar de volta
essa tarde.

— Você não tem que pagar por nada.

— Minha mulher, minhas regras, Angel. — Ele pressionou seus


lábios contra os dela. — Vejo você depois, e se comporte.

Antes de sair do clube, ele se certificou que Steven conseguisse


um celular para ela. Ele queria estar em contato com ela o tempo todo.

~ 27 ~
Nash ficou parado em silêncio atrás dele enquanto ele dava as
instruções a Steven. Havia poucos anos de diferença entre eles.

— Cara, você está caidinho, — Nash disse.

Eles olharam para os motoqueiros no pátio do clube.

Cada um dos homens estava se despedindo das suas old ladies


ou das mulheres que satisfaziam as suas necessidades.

— Eu sempre fui caidinho por Angel.

— Eu sei, mas isso é diferente e você sabe disso. Você é a razão


pela qual Tiny cobrou essa dívida e a razão pela qual Davi ainda não
está morto, — Nash disse.

— Às vezes tem momentos em que eu queria que você não fosse


meu irmão.

— Sim, ter alguém que sabe tudo sobre você deve ser uma merda.
Angel sabe a extensão da sua obsessão?

Lash olhou de volta para o clube a tempo de ver Tate falando com
Angel enquanto elas deixavam o prédio. Ela olhou na direção dele, mas
não fez nada mais. Steven entrou no carro e as duas mulheres se
sentaram atrás.

— Não, ela não tem ideia do que eu fiz para mantê-la a salvo e
comigo. — desde o momento em que ela fez dezoito anos, Lash fez tudo
que pode para mantê-la longe dos problemas que seu pai trazia para a
vida deles.

Steven saiu do estacionamento e Lash voltou sua atenção para o


irmão. — E você não vai contar a ela. Angel não precisa saber tudo, e eu
vou contar a ela o que acho que ela precisa saber quando eu estiver
pronto.

Ele colocou o capacete e passou uma perna por cima da moto,


ligando a máquina.

— É melhor. Eu já ouvi que merda como essa tem uma tendência


a explodir na sua cara.

— Eu não tenho a intenção de ter nada explodindo na minha


cara. Isso vai funcionar.

~ 28 ~
Tiny partiu para a estrada principal e todos os demais o
seguiram. Os dois prospectos restantes ficaram para trás com os
outros.

Dirigindo sua moto, Lash seguiu o resto da gangue através da


cidade pela estrada principal. Eles precisavam viajar uma hora para
chegar ao armazém onde ficava a maior parte dos seus negócios.

Isso uma vez tinha sido uma academia de boxe, mas quando a
recessão bateu, a academia faliu e muitas pessoas perderam seus
empregos. O clube se uniu e reivindicou o lugar. Nenhuma das old
ladies jamais visitou o armazém, e ninguém que não fosse parte do
clube podia chegar perto, nem sob decreto. Desde a morte dos pais de
Lash e Nash, Tiny fez tudo que podia para manter a cidade segura.
Nenhum dos negócios do clube acontecia perto da cidade, e nenhum
outro clube vinha a Fort Wills.

O passeio foi longo, mas permitiu a Lash tempo para clarear sua
cabeça. Havia vezes em que ele lutava para pensar quando estava bem
no meio do problema. Conduzir sua moto lhe dava a liberdade e
tranquilidade para pensar em todos os problemas.

Angel não era um problema, mas o pai dela era. Ele não estava
brincando quando lhe disse que David não estaria vivo até o fim do ano.
Os Skulls estavam tentando reagrupar suas perdas causadas por
David. Além de recuperar algum dinheiro, o resto do clube o queria
morto. Lash pediu por um pouco mais de tempo. Se eles acabassem
com David muito cedo, Lash perderia qualquer chance que tivesse com
Angel.

O tempo não estava do seu lado. Não demoraria muito até que o
clube votasse que David fosse eliminado. O velho estava protelando
demais e tornando difícil acreditar nas suas histórias. O cara era cheio
de si. A morte da mãe de Angel quebrou David de alguma forma. Seja
qual for a razão, não seria algo que o clube levaria em consideração.

No momento em que parou do lado de fora do armazém, Lash não


estava mais esclarecido sobre o que queria. Descendo da moto, ele
acendeu um cigarro e esperou Nash e os outros estacionarem.

— Whoo, — Nash disse rindo. — Não há nada como um passeio


para pôr ar nos pulmões.

Havia um ferrolho na porta junto com muitas trancas para


manter as pessoas do lado de fora.

~ 29 ~
— Eu sei o que você quer dizer. — dando uma longa tragada do
cigarro, Lash olhou para o céu. Era um dia claro e quente, e seus
pensamentos retornaram para Angel. Ele se perguntava se ela estaria se
divertindo. Tate era uma garota incrível.

Ela era um bebê aprendendo a andar quando Tiny levou ele e


Nash para o rebanho. A sua old lady ainda estava viva naquela época.
Dor lhe atingia sempre que pensava na mulher de Tiny, que havia sido
como uma mãe para ele. Patrícia cuidava de todos, e Tiny era todo o seu
mundo. Foi observando e ouvindo o casal que Lash soube que ele
nunca teria uma bunda doce como esposa. Patrícia era de fora5, mas
seu amor por Tiny a manteve ao seu lado. A sua morte acertou o líder
deles duramente, mas Tiny finalmente conseguiu sair da melancolia.
Tate era como Patrícia de muitas maneiras. Tiny não a deixaria se
envolver com o clube, embora a jovem quisesse.

— Pensando em Patrícia? — Nash perguntou.

— Sim, foi ela quem sugeriu esse lugar a Tiny. — Lash olhou para
o armazém. Como Tiny ainda mantinha isso por detrás dessas portas
estava além dele. Ele não poderia imaginar perder alguém tão precioso.
Se algo acontecesse com Angel, ele perdia o ar só de pensar em ser
deixado para viver sem ela. Não haveria nenhum jeito que ele fosse viver
sem ela.

— Eu sinto falta dela também. Ela era uma mulher forte. Eu


nunca poderia me permitir amar alguém tanto assim e então vê-la
morrer.

— É por isso que você fode e aceita boquetes de mulheres que não
vai manter? — Lash perguntou.

— Isso me salva da solidão e da dor. — Nash bateu no seu ombro.


— Vamos lá, então você pode levar essa porra do seu amor perfeito de
volta para Angel.

Juntos eles caminharam até o armazém.

David estava sentado a uma mesa, digitando no computador.


Muitos dos outros membros dos Skulls estavam ao redor do armazém.
Todos eles pegavam turnos servindo de babá para David. Quando eles

5 O que a autora quer dizer com essa expressão é que Patrícia não pertencia
naturalmente ao mundo MC, ela era uma “civil”, como eles chamam quem não
pertence aos clubes, diferente de Tate, que embora não fosse parte do clube
oficialmente, entendia o funcionamento, a hierarquia e participava ativamente da vida
do clube.

~ 30 ~
saíam, quem ficasse para trás era trancado dentro do armazém até a
manhã seguinte.

Lash já havia passado duas noites com o filho da puta, ouvindo-o


murmurar sobre a sua esposa e filha. Ele não gostava do velho, mas ele
era o pai da sua mulher. Lash não tinha escolha além de tentar ajudá-
lo.

— Nos dê algumas boas notícias, David. Estou ficando cansado


dessa merda, e a bunda da sua filha está parecendo tentadora, — Tiny
disse.

Fechando as mãos nos seus lados, Lash sabia que não havia
nada ameaçador no que Tiny disse, mas ouvir essas palavras ainda era
algo difícil de lidar. Os civis não precisavam saber que os Skulls tinham
um código. Se Lash não a tivesse reivindicado para todos os membros,
Angel teria sido fodida desde a sua primeira semana no clube.

Eles não comandavam um serviço de hotel, e os homens


precisavam de um fornecimento regular de sexo, em qualquer forma
que viesse.

— E-e-eu não posso d-d-devolver.

Rolando seus olhos, Lash viu através das mentiras.

— Então eu acho que a bunda de Angel é minha.

— Não!

O grito foi firme. David podia ser um imbecil, mas ele não queria
que nada acontecesse com a sua filha.

Pelas próximas duas horas Lash ouviu o homem falar merda


sobre o dinheiro. Lash e Nash eram irmãos, e juntos eles trabalharam
nos buracos das histórias de David. Eles sabiam onde o dinheiro estava
e como chegar lá. Tudo que os Skulls queriam saber era de que lado
David estava.

~ 31 ~
Capítulo Quatro

Angel esperava do lado de fora do provador


enquanto Tate experimentava outra peça de roupa.
Steven permanecia a muitos metros de distância
delas, mas seus olhos nunca deixavam o lugar em que
elas estavam. Ela tinha comprado um jeans de grife e
algumas camisetas a pedido de Steven. Ele murmurou
algo para Tate, e dali em diante a outra mulher
assumiu o controle, então agora Angel possuía roupas
que ela nunca sonhou em comprar, muito menos vestir. Haviam vários
vestidos que ela achava que eram ilegais de usar na cidade.

— Ta-dá! — Tate disse, abrindo a porta do provador.

A mulher usava um vestido vermelho justo. — Como eu estou? —


o vestido moldava cada curva e destacava toda a figura de Tate.

— Você está maravilhosa.

— Você acha mesmo? — Tate perguntou. Suas mãos desceram


pelos seus lados e pararam em seus quadris.

— Há somente um problema, — Angel disse.

— Qual é?

— Onde você vai usar isso? É um vestido lindo, mas onde você
usaria algo assim? — Angel olhou para as mãos unidas da garota. Ela
nunca foi boa com isso. Excursões de compras mulherzinha nunca
haviam sido o seu tipo de coisa.

— Você já ouviu sobre alguma das festas do clube? — Tate


perguntou, sentando ao lado de Angel.

— Sim, eu já vi.

— Não, querida, você só viu as moderadas. Se você falar com as


outras old ladies, vai ter uma ideia do que acontece nessas festas. Tem
muita merda depravada acontecendo. Meu pai tenta me manter toda
doce e inocente, mas eu digo a você que não sou estúpida.

~ 32 ~
Angel ouviu a outra mulher falar e soube no seu coração que Tate
falava a verdade. Se as festas não tinham sido o negócio real, estava
explicado porque os homens a odiavam. Ela era a razão pela qual as
festas haviam sido rebaixadas?

— Tiny é o seu pai. O que lhe faz pensar que ele vai deixar
participar de uma coisa dessas? — Angel perguntou.

— Quando eu passar pela porta ele não vai me parar. Papai


precisa saber que eu sou adulta e parar de assustar os caras e afastá-
los de mim. Se eu não agir agora vou morrer virgem, e isso é
lamentável. — Tate segurou a mão de Angel. — As outras garotas são
horríveis. Elas só me aturam por causa do meu pai. Você é diferente.
Eu posso ver isso. Além disso, você também não está horrivelmente
abaixo do peso.

Tate passou seu braço ao redor de Angel.

— Eu não sei o que dizer.

Angel olhou para Steven para vê-lo pressionando muitos botões


em seu celular.

O som da porta abrindo, seguido por alguns risinhos e gritos fez


Tate parar de repente. Angel olhou ao redor para ver o por que de tanto
alarido.

— Nós temos que ir, — Steven disse, ajudando-as com as sacolas.

— Merda, são os Lions, — Tate disse, murmurando baixinho.

— Quem são os Lions? — Angel perguntou. Ela viu as mulheres e


os homens com jaquetas de couro ostentando o emblema dos Lions.

— Eles são o maior problema dos Skulls e nós estamos em


território neutro. As cidades não são reivindicadas. — Tate se moveu
para entrar no provador.

— Nós vamos pagar por isso com você nesse vestido, Tate.

— Eu preciso me trocar.

— Eu tenho ordens de Tiny para levá-la de volta para o clube. Nós


vamos pagar com você vestida assim.

Tate não parecia com medo quando passaram pela outra gangue
no caminho. Todos pararam, com Steven parado de pé à frente.

~ 33 ~
Um homem de cabelo escuro parou e olhou para Tate. O seu
olhar percorreu o corpo dela de cima a baixo. O calor que saía dos seus
olhos não podia ser confundindo com nada mais do que predatório.

— Tate, é bom ver você de novo.

— Murphy, o que o traz aqui?

Angel permaneceu quieta, observando a interação.

— Compras, — Murphy disse.

— Para as vadias dos Lions. Posso ver. Isso não deve ter lhe
custado muito. Pela aparência delas, você realmente não precisa mantê-
las vestidas.

— Tate, — Angel disse, agarrando o braço da sua nova amiga.

— Agora não, eu estou ocupada. — Tate não tirou sua atenção do


homem em frente a ela.

— Você vai deixá-la falar com a gente assim? — uma das


mulheres disse.

Angel não sabia quem falou, mas Murphy e Tate mantiveram seus
olhares um no outro.

— Ela é a filha de Tiny. Tate diz o que quer e faz o que quer, —
Murphy disse, segundos depois.

— Exatamente, e o que Tate quer é dar o fora daqui. Lions


estragam qualquer lugar.

Angel seguiu Tate e Steven para o balcão de pagamento. Ela


olhou para trás e viu Murphy olhando para Tate.

Nenhum deles disse uma palavra enquanto Tate deixava que a


mulher passasse a etiqueta do vestido que ainda estava no seu corpo.

Uma vez que eles estavam fora da loja, Tate se recusou a ir para
casa. Angel ficou esperando de pé enquanto Tate falava com seu pai no
celular.

Angel manteve seu olhar em Steven, cuja atenção se dividia entre


Tate e a loja de marca de onde eles haviam saído.

— Você sabe o que aconteceu lá? — Angel perguntou.

~ 34 ~
— Eu não sei, mas não é da minha conta. Os Lions são uma
ameaça e meu único trabalho é manter vocês duas a salvo.

Angel concordou com a cabeça, não querendo pressioná-lo por


mais detalhes.

Tate voltou alguns segundos depois. — Eu ganhei. Nós podemos


fazer comprar por mais algumas horas.

Elas não esperaram por Steven. Tate assumiu a liderança e foi em


direção à próxima loja. Juntas, elas escolheram um vestido e foram
para o provador.

— O que foi aquilo, Tate? — Angel perguntou. Sua curiosidade


levando a melhor sobre ela.

— Aquilo o quê?

— Você sabe, entre você e aquele tal de Murphy? — Angel puxou


a camiseta de Lash por cima da cabeça e esperou a mulher falar. Tate
soltou um suspiro, que ela ouviu da sua cabine do vestiário.

— Murphy é um imbecil que se juntou aos Lions porque achou


que os Skulls eram muito duros. Ele é um babaca traidor que não se
pode confiar.

Ela ouviu a dor na voz de Tate.

— Vocês tinham alguma coisa?

Silêncio encontrou a sua pergunta. Angel finalmente colocou o


vestido preto justo e se encolheu quando se viu no espelho. Ela parecia
uma baleia com sobrepeso.

— Ele foi o único que se atreveu a ter algo a ver comigo. Ele é
mais velho do que eu, mas houve um tempo em que eu achei que ele
era doce. Murphy me ensinou a não me entregar tão facilmente. Eu não
estou procurando por um namorado ou um marido, Angel. Só estou
procurando por um homem que diminua a solidão. — A cortina se
abriu, e Tate usava um vestido longo azul. — Eu sei que nós não somos
próximas e eu sou alguns anos mais velha, mas com o tempo vamos
nos conhecer. Eu quero ser sua amiga e compartilhar tudo com você.
Por agora eu não quero mais falar sobre isso, ok?

— Ok.

~ 35 ~
Angel sorriu, distraindo a outra mulher. — Eu acho que eu
pareço uma baleia. O que você acha? — ela deu uma pequena voltinha
na esperança de quebrar a tensão.

— Você não parece uma baleia, e Lash vai ficar duro quando vir
isso. Você é uma mulher tão bonita.

O resto do dia foi gasto fazendo compras, e no fim da tarde Angel


estava cansada e desejando uma pausa. Eles comeram hambúrgueres
na praça de alimentação. Os Lions se sentaram em frente a eles. Angel
percebeu Murphy observando Tate o tempo todo. Steven continuava
mandando mensagens pelo celular. Toda a experiência foi tensa, e no
fim Angel estava agradecida por ir embora.

Durante a ida para casa todos estavam quietos. As motos


estavam estacionadas no pátio do lado de fora do prédio do clube. Tate
não se mexeu para sair do carro.

— Você vai entrar? — Angel perguntou.

— Não, papai vai me levar para casa. Steven vai lhe dar uma
atualização sobre tudo o que aconteceu, e depois ele irá lhe ajudar com
as suas sacolas. Vejo você amanhã. Não vou deixar meu pai me manter
longe.

Angel acenou com a cabeça e se virou para sair do carro. Antes


que ela saísse, Tate a puxou para um abraço apertado.

— Desculpe por ser uma vadia. Eu não gosto de me abrir, e eu


posso ser difícil às vezes.

— Não se preocupe com isso. Você não precisa se abrir comigo.


Cuide-se, e eu espero que você se sinta feliz novamente em breve, —
Angel sorriu para a outra mulher e se moveu para ir embora.

— Você realmente não guarda rancor de ninguém, não é? — Tate


perguntou.

— Não se eu puder evitar.

— Ok, você é realmente especial. Lash não é o melhor cara do


mundo, mas vai lhe tratar bem. — Tate olhou por cima do seu ombro.
— Falando no diabo.

Angel olhou para trás para ver Lash saindo do edifício. Ele parou
para falar com Tiny e Steven. Todo o tempo seu olhar estava nela.

Olhando para o chão, Angel fez tudo que podia para se recompor.

~ 36 ~
— Boa sorte com ele. Ele vai dar trabalho.

— Nash! — a palavra veio como um grito dos lábios de Lash. Seu


irmão apareceu sorrindo.

— Qual é o problema? Por que você está gritando? — Nash


perguntou.

— Ajude-me a carregar as compras de Angel. Ela vai para casa


comigo essa noite.

— Mas e as regras?

— Tiny, você tem algum problema comigo levando Angel para


casa?

— Não, faça o que você tem que fazer, filho, — Tiny disse.

Rapidamente as sacolas foram transferidas para o porta-malas de


um carro, e ela se sentou no banco da frente, ao lado de Lash.
Nenhuma palavra trocada entre eles. Nash acenou para ambos antes
que o carro saísse do estacionamento.

— Eu ouvi o que aconteceu no shopping, — Lash disse.

— Na verdade não aconteceu nada. Houve um impasse entre


Murphy e Tate, mas nada mais aconteceu. Eu não sei realmente o que
aconteceu, só que existe algo ali.

— Murphy machucou Tate muito tempo atrás. Os Lions são o


nosso maior problema no momento. Eles estão lutando por território e
por uma chance de entrarem em Fort Wills. Tiny não aceita nada disso.

Angel, sentada ao lado de Lash, se perguntou o que diabos estava


acontecendo entre eles.

— Você viu o meu pai hoje? — ela perguntou.

— Sim.

Ele não elaborou a resposta.

— Onde nós estamos indo?

— Para minha casa.

x-x-x

~ 37 ~
Lash não falou mais sobre o seu pai porque eles deixaram o
homem com um olho roxo e vários hematomas pelo corpo. O filho da
puta estava planejando fazê-los de idiotas, e Lash não gostou disso. Na
hora em que Steven ligou, ele já estava pronto para matar David. Os
Lions eram seus maiores inimigos, e Murphy representava uma ameaça
tanto quanto o resto da gangue, na posição em que ele se encontrava.
Nenhum dos Skulls falava sobre Murphy. Era melhor assim.

Os Skulls viviam pelo seu código, e eles não deixariam que


ninguém o quebrasse. Se eles quebrassem alguma das regras, teriam
que lidar com o clube – e não de um jeito bom. Eles eram rigorosos em
várias coisas, incluindo a idade das garotas que se tornavam old ladies
e até mesmo daquelas com quem eles trepavam sem nenhuma intenção
de algo mais. Dezoito anos era o limite para todos os homens e
mulheres. Eles não interferiam nos relacionamentos dos membros e não
dormiam com as mulheres dos outros. Se a mulher em questão
dormisse com outro membro, o cara sabia de antemão o risco que
corria. Lash não queria nenhuma dessas mulheres com quem os outros
homens já haviam estado.

Eles nunca feriam crianças. Eles bebiam, mas nunca se


drogavam, ainda que distribuíssem para fora da cidade, e tudo mais
respeitava as suas próprias regras. O clube tinha festas loucas e
ásperas e os membros faziam o que queriam, mas todos viviam sob esse
conjunto de regras. Eles não eram controlados pelas regras que a
sociedade lhes deu, mas por aqueles que eles mesmos se deram.

Os Lions, no entanto, não tinham nenhum código, e Lash tinha


repulsa por eles. Ele não queria sequer pensar no que eles fariam com a
sua mulher se tivessem a chance.

— Por que nós estamos indo para sua casa?

— É onde você vai ficar essa noite. Nós vamos voltar para o clube,
mas eu precisava sair de lá antes de fazer algo que me arrependesse.
Nash vai ficar lá, então não temos que nos preocupar em sermos
incomodados.

Ela estava em silêncio, e ele olhou na sua direção em tempo de


vê-la fazendo uma careta. Ele sabia que estava indo muito rápido com
ela, mas isso era algo que ele precisava fazer. Se ele não a
bombardeasse com atenção, Angel encontraria algum jeito de ficar longe
dele. Ele não ia deixar isso acontecer. Eles dirigiram para fora da cidade
e através da floresta em direção à casa isolada. Lash havia comprado o
terreno dois anos atrás e gastado a maior parte do seu tempo livre

~ 38 ~
construindo a casa sobre ele. Ele sempre quis algo que seus pais
compartilharam. Antes de morrerem, eles haviam dado a ele e Nash
uma casa perfeita. Seu pai havia sido parte dos Skulls, mas se
certificou que eles tivessem a vida de uma família normal. Ele não
conseguia se lembrar se a sua mãe odiava o estilo de vida.

— Essa é a sua casa? — Angel perguntou.

— Sim, é o meu bebê. — ele desligou o motor e desceu do carro.

Ele foi até o porta-malas do carro, abriu e começou a recolher as


sacolas das compras dela.

— Estou ansioso para vê-la usando isso, — Lash disse.

Ele a viu corar, mas ela concordou com a cabeça.

Lash andou até a porta da frente. Ele pegou as chaves e


destrancou três fechaduras antes que a porta abrisse. Segurança era
uma questão essencial para ele, e ele havia desenhado as três
fechaduras para serem abertas por uma chave. Fort Wills era um lugar
seguro, mas o clube não. Ele poderia ser o alvo para os outros a
qualquer momento.

Angel não disse nada, e por isso ele estava agradecido. Ele não
podia lidar com mentir para ela agora. Depois do medo de saber que os
Lions estavam perto dela, Lash estava pronto para matar.

O sol estava se ponto, mas fornecia luz suficiente para que ele
largasse as compras sobre a mesa e no chão e fosse direto para a
geladeira.

— Ok, uau, você decorou a sua casa com alguém em mente? —


Angel perguntou, olhando ao redor.

— O que você quer dizer?

— Por que você sequer fica no clube? Esse lugar é incrível. — ela
cruzou os braços, sorrindo para o que via.

Ele decorou a cozinha sem economizar em nada.

— Você gosta? — ele perguntou.

— Adoro, amo. Você tem um olho afiado, Lash.

Isso era o máximo que ela já havia falado, e então ela parou e
tomou fôlego. Ele odiava vê-la esvaziar.

~ 39 ~
Ela se sentou e olhou para as suas mãos unidas.

— Por que você está se afastando de mim? — ele pegou uma


cerveja e uma garrafa de suco de laranja. Tirando as tampas, ele
caminhou até a mesa. Empurrando as sacolas para fora do caminho,
ele entregou para ela o suco de laranja antes de tomar um gole da sua
própria bebida.

— Como assim? Quer dizer, até ontem à noite eu nem sequer


tinha ideia que você sabia o meu nome, e agora eu estou usando a sua
camisa, sentada na sua sala de jantar e eu não entendo isso. — ela não
olhou para ele. — E na noite passada você...

Ela não terminou. Suas bochechas adquiriram um lindo tom de


rosa quando ela corou. Estendendo a mão, ele acariciou o rosto dela
com a ponta dos dedos.

— Ontem à noite eu toquei a sua boceta doce e fiz você gozar. Eu


reivindiquei você, Angel. Na medida em que o clube sabe que você é
minha mulher, ninguém mais vai fazer isso. Você é minha, sempre será
minha e eu vou fazer tudo que eu posso para protegê-la.

Angel balançou a cabeça. — Não, isso não está certo. Eu sou a


filha de um cara que não pode pagar vocês. Eu fui levada como
pagamento.

Ela colocou a garrafa sobre a mesa e não se mexeu para tocá-la


novamente.

— E você ainda está aqui como pagamento, Angel. Nada mudou,


além do fato de que os caras sabem que devem ficar longe.

A boca dela se abriu e então fechou. — O quê?

— O seu pai nunca vai devolver o dinheiro, baby. Ele está metido
em algo sério, e nós achamos que é algo ainda mais sério. Quanto mais
tempo demorar para vermos esse dinheiro, maior o risco de você virar
um brinquedo dos membros. — o seu olhar de nojo o fez se sentir um
porco. Angel era muito inocente. Por que ele não poderia querer uma
mulher que sabia como as coisas funcionavam com ele?

— Você está me dizendo que eles me tratariam como uma


prostituta?

— Não. Você é um desafio para os homens

~ 40 ~
— A minha virgindade é um desafio para eles? — ela deixou
escapar um som áspero. — Bem, eu sinto muito, ok. Eu sinto muito que
meu pai teve que pedir dinheiro emprestado e eu sinto muito que minha
mãe morreu e o fez fazer isso. Eu não tenho nada a ver com nada disso.
Por que você só não me deixa em paz? — ela ficou de pé e caminhou em
direção à porta.

Lash lutou consigo mesmo. Ele deveria apenas deixá-la ir embora


e ajudá-la a ficar longe dos Skulls e dele. Ela estaria mais segura sem
ele por perto. Em vez disso, ele se viu levantando e indo na direção dela.
Ela estava parada em frente à porta que permitiria sua fuga.

Ele não podia deixá-la ir. Tiny o mataria, e o clube o veria com
péssimos olhos. Ele deveria domá-la ou se livrar dela. Eles eram um
clube com um código, mas o clube sempre vinha em primeiro lugar, até
mesmo para ele.

Batendo a porta fechada, ele a impediu de sair. Sua cabeça


descansou contra a porta, e ele sentiu os soluços que escapavam dela.
Seus ombros tremiam com as lágrimas.

— Por que eu não posso simplesmente ir? Eu nunca fiz nada para
nenhum de vocês. — a dor na sua voz era clara.

— Eu não posso deixar.

— Eu não estou acostumada com isso. Eu não vejo pessoas


transando na frente de uma plateia. Eu não cozinho para um monte de
motoqueiros tatuados. Essa não sou eu. Isso não é justo.

Ele empurrou o cabelo do seu ombro e deu um beijo na carne


exposta. — Eu sei, e eu sinto muito.

Ela balançou sua cabeça. — Não, você não sente. Se você


sentisse, me deixaria ir embora.

— Não há nenhuma maneira de você ir embora, Angel. Você é


minha mulher. Você fica do meu lado.

— Eu odeio você. Eu não te conheço, mas te odeio. Você é tão


injusto, e eu te odeio por isso.

Lash ouviu suas palavras e estendeu a mão para cobrir o seu


seio. O mamilo endureceu na sua palma. Ele não parou de tocá-la.

~ 41 ~
Com a outra mão, ele puxou acima do peito o colete que havia
dado a ela, até que estava tocando seu peito nu com a palma toda. Ela
enchia a sua mão e o mamilo cutucava contra ela.

— Você pode me odiar quanto quiser, baby. O seu corpo não


mente, e você me quer. Odeie-me quanto quiser, mas você é minha. O
seu corpo é meu, e eu vou fodê-la muito em breve.

Deixando cair os lábios sobre o pescoço dela, Lash inalou o seu


cheio suave. Era viciante, e ele queria se cercar do cheiro dela.

Ela soltou um gemido e as suas mãos se apoiaram abertas contra


a porta. Ele não iria deixá-la escapar.

— Eu não posso fazer isso.

— Sim, você pode. — ele desceu uma das mãos até a calça jeans
dela e abriu o botão. Ela não lutou com ele. Sua Angel não lutou com
ele, não o impediu quando ele enfiou a mão dentro da sua calça e
através da fenda cremosa. A boceta dela estava encharcada e sua mão
ficou coberta com o creme dela.

Seus gemidos combinados flutuaram pelo ar. Ele mordeu seu


pescoço, se deliciando na sensação de tê-la contra ele.

~ 42 ~
Capítulo Cinco

Angel queria lutar com ele, mas não importa


quanto ela tentasse, uma nova onda de prazer a
consumia, impedindo-a de colocar um ponto final ao
toque de Lash. Ela realmente queria que ele parasse?
Dedos acariciavam o seu clitóris, e Angel se perdeu na
sensação que ele estava criando.

— Você está tão escorregadia. Me odeie, baby.


Eu posso lidar com o ódio; eu vejo isso no rosto das
pessoas na cidade. Mas o seu corpo ainda me quer. Eu posso te dar
prazer. Você sabe disso, e eu também.

Ela não lutou com ele quando ele a virou para encará-lo. Com as
costas contra a porta, ela o observou se ajoelhar em frente a ela. Lash
tirou o jeans do seu corpo, expondo-a para o seu olhar.

Seus olhos nunca deixaram o rosto dela. Ele abriu as suas coxas,
e só então seu olhar viajou pelo seu corpo. Ela queria se cobrir toda.
Suas coxas eram grossas, e ela tinha certeza que havia alguns pontos
de celulite. Lash apertou as suas coxas com força. Ele separou as
pernas dela para poder olhar.

Angel olhou para a cabeça dele e sentiu seus dedos abrirem sua
boceta.

— Você vai se depilar. Eu quero a minha mulher lisinha. Não


quero nenhuma restrição para chegar até você.

Não havia nenhuma maneira que ela iria depilar seus pelos
pubianos. Só de pensar nisso, ela se sentiu enjoada. O enjoo foi
rapidamente substituído por uma língua muito experiente.

Gritando, Angel olhou para baixo a tempo de ver a língua circular


o seu clitóris e então chupar todo o botão. Ela não podia respirar. Com
as mãos abertas atrás de si, Angel fez tudo que podia para se manter de
pé.

As mãos dele se moveram dos lábios da sua boceta para apertar


sua bunda.

~ 43 ~
— Eu vou te segurar firme, baby, abra seus lábios para mim. Eu
quero que você me ofereça a sua boceta.

Ela balançou a cabeça. De jeito nenhum ela se abriria para ele.


Isso era uma loucura. Seria uma loucura ficar tão vulnerável na frente
dele.

Ainda assim, ela desceu a mão entre os seus corpos e abriu a sua
boceta para ele devorar. Quando se tratava de Lash, ela não tinha
qualquer controle.

O que há de errado comigo?

— Isso, baby. Me dê o que eu quero.

Esse motoqueiro coberto de tatuagens estava fazendo com que ela


perdesse o controle, e ela odiava isso. Pela maior parte da sua
adolescência, ela sempre imaginou estar com um cara que fosse como
ela. Que estaria feliz em ficar de fora dos negócios de Fort Wills e
gostaria de ter uma pequena família e ganhar o suficiente para se
sustentar.

Ela nunca pensou que consideraria dar a sua virgindade para um


cara que provavelmente já esteve com centenas de garotas.

A sua língua era puro pecado. Ela não conseguia expressar quão
incrível era sentir essa língua no seu corpo. Ele lambeu, mordeu e
chupou o seu clitóris. Ela sentiu a língua deslizar pelos seus próprios
dedos antes de se esmagar contra o clitóris.

— Goze pra mim, Angel. — ele murmurou as palavras contra a


sua carne.

— Eu não posso.

— Sim, você pode.

A sua mão apertou a bunda dela, interrompendo a discussão.

— Goze pra mim agora ou eu vou te colocar no meu joelho e bater


na sua bunda.

A ameaça foi registrada ao mesmo tempo em que o seu aperto na


sua bunda ficou ainda mais firme. Ela sabia que ia ficar com
hematomas. Fechando os olhos, Angel parou de pensar sobre tudo que
poderia acontecer e deveria ter acontecido em seu futuro. Ela pensou
em Lash e em como ele era sexy. A cicatriz do lado esquerdo do seu
rosto a chamou, prendendo a sua atenção. Ela queria acariciar o seu

~ 44 ~
rosto e ver se a cicatriz era áspera ou suave. Seu cabelo escuro era
grosso e comprido o suficiente para cair ao redor da sua cabeça,
parecendo bagunçado. Em Lash, esse cabelo ficava perfeito. Ele era tão
alto que a fazia se sentir pequena, quase delicada. Ela não estava
acostumada a ser delicada. Ser uma mulher grande sempre a fez se
sentir como uma baleia encalhada. As mãos dele eram o dobro do
tamanho das dela, e seus músculos enchiam a boca dela de água.

Ele era o extremo oposto de tudo que ela pensou que queria. Lash
era implacável, e a sensação da sua língua contra o seu clitóris era
demais.

Mantendo os lábios da sua boceta abertos, Angel sentiu os


primeiros sinais do orgasmo. Ela confiou que Lash a seguraria. O aperto
na sua bunda era firme. Ele não iria soltá-la.

Ela gritou, o som ecoando pela sala quando ela finalmente se


deixou ir. Onda após onda de prazer tomou conta dela. Ela estremeceu
e ouviu Lash comer o creme escorrendo do seu corpo.

O seu constrangimento estava completo. O orgasmo morreu e ele


se afastou. Ela viu seu queixo brilhando na pouca luz suave.

— Você é gostosa pra caralho. Eu mal posso esperar pra te


lamber de novo e de novo.

Ele levantou e reivindicou os seus lábios, deslizando a língua


dentro da sua boca. Ela provou a si mesma nos lábios dele e tentou se
empurrar para longe. No instante em que suas mãos tocaram nos
rígidos ombros dele, a chance de afastá-lo foi perdida.

Mãos mergulharam no seu cabelo, puxando o comprimento até


que ela foi puxada reta contra ele.

Lash assumiu o controle, movendo-a para longe da porta e de


volta para a sala de jantar. Durante todo esse tempo seus lábios nunca
deixaram os dela. Ele até mesmo jogou as sacolas para fora da
superfície da mesa sem quebrar o contato.

Ela não tinha ideia de como ele conseguiu tê-la seminua e


esticada sobre a mesa, mas ele fez. A luta que ela originalmente travou
a abandonou em face do que eles estavam fazendo um ao outro.

Ele a colocou sobre a mesa, separando bem as suas coxas.

— Eu não consigo ter o suficiente. Eu quero muito você. Minhas


bolas e meu pau estão doendo. — ele beijou o caminho do seu pescoço

~ 45 ~
até a clavícula. Lash não parou por aí. Ele rasgou seu colete em dois,
expondo seus seios.

— Sexy pra caralho. Eu mal posso esperar pra ver essas tetas
balançando na minha frente. — Lash beliscou um mamilo e depois o
outro.

Angel estava completamente nua, e só por causa desse prazer, ela


não se importava.

Ele deu um passo para trás, tirando a jaqueta e a camiseta. Ela


teve uma visão limpa da tatuagem de cobra no seu braço e do coração
sobre o seu peito. No seu quadril havia uma pequena imagem de uma
árvore e linhas onde nomes deveriam ir.

Ela observou, incapaz de afastar seu olhar, quando ele arrancou


sua própria calça jeans até que ela foi jogada no chão. As botas foram
tiradas no meio desse processo. Ela também teve um vislumbre da
tatuagem nas suas costas, a imagem de uma caveira e ossos cruzados
com as palavras Fort Wills e The Skulls acima e abaixo da figura.

Lash se voltou para a bunda nua dela. Seu pau se destacava,


longo, grosso e orgulhoso. Ela viu pré-sêmen vazando da ponta,
manchando a cabeça. Ele estava tão excitado que seu prepúcio foi
esticado, expondo a cabeça grande.

Essa era a primeira vez que ela realmente olhava para ele. Seu
corpo era duas vezes o tamanho do dela, mas sem um traço visível de
gordura. Ela duvidava que ele tivesse um pingo de celulite.

— Eu não estou pronta, — ela disse, levantando as mãos quando


ele se aproximou.

— Eu não vou foder você assim. Mas nós podemos fazer muito
mais do que foder. Além disso, a sua primeira vez não vai ser na porra
da minha mesa de jantar. — ele chegou mais perto, acomodando-se
entre as coxas dela.

O que mais eles poderiam fazer?

Ele brincou com a ponta do seu pênis através da fenda dela. Ela
olhou para baixo para ver a haste grossa do seu eixo se esfregar entre
os lábios da sua boceta. O seu creme cobriu o comprimento, deixando-o
escorregadio.

— Isso é loucura. O que você está fazendo? — ela perguntou.

~ 46 ~
Lash sorriu. — Eu já fiz você gozar duas vezes. Eu acho que é a
minha vez.

— Perdão?

— Eu vou gozar, baby. Eu preciso me aliviar, e não vou encontrar


nenhuma outra mulher para me dar o que eu quero. É só você.

Ele calou a boca dela com a sua. Ela o sentiu ficar mais duro na
fenda da sua boceta. Durante o beijo, Lash começou a se mover contra
ela. Com cada impulso dos seus quadris, Lash batia no seu clitóris,
fazendo-a gritar.

Quando ela abriu a boca, Lash bateu a língua fundo no interior


dela.

Não havia nada que ela pudesse fazer a não ser balançar a sua
própria com a dele. Eles fizeram amor em cima da sua mesa de jantar
sem que ele entrasse nela nenhuma vez. Angel estava mais perto do
orgasmo a cada carícia sobre o seu clitóris.

Seu pau era grande e grosso. Ela não sabia se ele seria capaz de
caber dentro dela e estava feliz que eles não iam tentar essa noite. Ele
começou a ofegar, e a sua língua empurrou a dela, ainda mais forte e
rápido do que antes.

— Goza pra mim, Angel. Eu quero sentir você gozar de novo.

Ela lhe deu o que ele queria. Não havia como impedir o jeito que
ela se sentia. As emoções reprimidas eram demais. Ela alcançou o
clímax em questão de segundos. No momento seguinte, Lash se
impulsionou contra ela uma última vez, e então ela sentiu os jatos da
sua semente quando eles foram lançados sobre o seu estômago.

Ele deu um gemido masculino e estremeceu.

Angel o encarou, incerta do que fazer. Ele parecia com dor. Ela
tocou o seu braço, tentando chamar sua atenção. Seus olhos abriram, e
ela foi pega por um intenso olhar azul.

— Você está bem? — ela perguntou.

— Eu que deveria fazer essa pergunta.

Ela fez uma careta.

~ 47 ~
— Um cara nunca esporrou6 em você, baby. Isso é um monte de
primeiras vezes. Como você está lidando com tudo? — ele perguntou.

Primeiro, ela odiava a palavra esporro. Era grosseira e uma das


piores coisas que ela já ouviu. Muitos dos caras do clube gritavam e
falavam sobre isso. Por outro lado, ela amou tudo que ele tinha feito
com o seu corpo. Lambendo seus lábios, ela olhou para ele desejando
que houvesse algo que ela pudesse dizer. Reclamar sobre a sua escolha
de palavras era mesquinho. Ela não iria abordar essa questão. Lash era
duro e rude por opção. Ela precisava aceitá-lo.

— Estou lidando bem com tudo. — ela assentiu com a cabeça.


Seu interior estava todo preso em nós. Ela não sabia como lidar com o
que estava acontecendo. Vinte e quatro horas atrás ela nunca havia
sido tocada por ninguém, e agora havia tido um wet humping7 em cima
da mesa de jantar. Angel não conseguia pensar em outra forma de
chamar isso. Ela sabia que isso não era um dry humping8, e agora,
sentindo o quanto estava encharcada, havia somente um jeito de
descrever o que fizeram. Uma esfregada em cima da mesa, e seu
estômago estava coberto de sêmen.

Isso era uma virada totalmente estranha dos acontecimentos,


considerando que ela nem pensava que Lash sabia que ela existia. Ela
estava errada.

x-x-x

Somente com grande esforço Lash conseguiu se afastar dela.


Como ele conseguiu se esfregar naquela boceta sem penetrá-la ele não
conseguia entender. Olhando para a sua barriga, ele viu as gotas da
sua semente cobrindo a pele dela. Uma parte primitiva dele queria
esfregar e espalhar o líquido pegajoso sobre ela. Ele queria marcar o seu
corpo e pele para que todos os homens soubessem a quem ela
pertencia.

6 A autora usa a palavra “spunk”, que significa, entre outras coisas, ejacular sobre
algo ou alguém. Todavia, ela tem uma conotação extremamente vulgar, e por isso
escolhi a palavra “esporro” (que nem chega a ser um verbo de verdade, mas que é
coloquialmente usada assim) para dar a mesma conotação da autora.
7 É o processo em que duas pessoas se esfregam uma na outra totalmente nuas.
8 É o mesmo que um “wet drumping”, mas as pessoas estão vestidas ou seminuas –

porém os órgãos sexuais estão cobertos e não entram em contato direto.

~ 48 ~
Ele se afastou o suficiente para pegar uma toalha. Quando ela se
moveu para sair da mesa, Lash a impediu colocando uma mão sobre o
seu estômago.

— O que você está fazendo? — ela perguntou.

— Eu vou admirar a sua boceta. — Lash se abaixou e pegou seus


cigarros e um isqueiro das suas calças. Agarrando a cadeira que ele
havia derrubado no chão, a colocou no lugar e se sentou.

Ela estava tremendo quando ele se virou para olhar totalmente o


seu corpo. Lash acendeu um cigarro e inalou a nicotina antes de
assoprar. Ele sabia que precisava parar com isso. De jeito nenhum ele
faria Angel beijá-lo com bafo de cigarro. Ele só precisava fumar agora,
depois da resistência que havia acabado de mostrar.

— Fumar vai matá-lo, sabia? — ela disse.

Lash riu. — Eu sei, baby. Depois do orgasmo que você acabou de


me dar, eu preciso de um pouco de alívio.

Ele a ouviu rir e achou o som delicioso.

— Quantos anos você tem? — ela perguntou, pegando-o de


surpresa.

— O quê?

— Eu não sei nem quantos anos você tem. Isso é ruim?

Dando outra tragada profunda do cigarro, Lash voltou seu olhar


para a boceta cremosa. O clitóris ainda estava inchado e seus lábios
estavam encharcados dos seus sucos. Ele limpou a maior parte do
sêmen, mas desejava mesmo era cobrir a boceta dela com o líquido.

Ele estava ansioso para que ela se depilasse ali. Lash poderia
lamber, chupar e mordiscar seus lábios, seu clitóris e sua boceta o dia
inteiro.

— Isso é ruim para qualquer pessoa. Você não sabe muita coisa
sobre mim. Eu tenho vinte e nove, baby. — ele jogou as cinzas no
cinzeiro e continuou olhando para a sua boceta.

Seu pau endureceu só com essa visão.

Com a mão livre, ele começou a bombear a própria carne.

— Você sabe quantos anos eu tenho? — Angel perguntou. Sua voz


era baixa.

~ 49 ~
Ele arriscou um olhar na sua direção para vê-la encarando o teto.

— Eu sei quantos anos você tem. — ele esperou alguns minutos


para ver se ela perguntaria. — Você tem dezenove anos e a sua cor
favorita é azul.

Lash odiava o fato de que ele soubesse tanto sobre ela. Seu
conhecimento sobre ela o fazia se sentir um stalker9.

— Eu não acredito que isso está acontecendo, — ela disse.

Ele riu, terminou o cigarro e tirou o cinzeiro de vista. Lash foi até
a pia, lavou as mãos e caminhou de volta para o lado dela.

— No que você não acredita? — ajudando-a a sair da mesa, Lash


esperou que ela elaborasse.

— Você deve pensar que eu sou completamente esquisita.

Balançando a cabeça, Lash se abaixou para pegar algumas


sacolas. — Eu não acho que você é esquisita. Não vista nada e me siga.

Ele se dirigiu para as escadas. Indo direto para o quarto principal,


ele abriu a porta e colocou as sacolas na cama. — Esse é o nosso
quarto. — Lash foi até o closet e abriu a porta. As roupas dele
ocupavam só um lado do closet amplo. — Ponha a merda nova que você
comprou aqui. As coisas que você tinha no clube vão ser queimadas. Eu
não quero ver você usando nada que eu não tenha pagado.

Deixando-a começar a organizar suas roupas, Lash buscou as


outras sacolas, colocou-as na cama e foi para o banheiro. Ele
rapidamente escovou os dentes e voltou para o quarto.

Angel estava fazendo uma triagem nas sacolas, seu corpo


gloriosamente nu para o olhar dele.

— Você seguiu as instruções muito bem.

— Eu não tenho escolha.

Ele franziu o cenho quando ouviu a oscilação na sua voz.

— Perdão?

Ela olhou para ele. — Eu ouvi vários rumores do que acontece


quando não fazem o que você diz ou quando você fica com raiva e
machuca as pessoas.

9 Staker é um perseguidor, alguém obcecado por outra pessoa.

~ 50 ~
Com as mãos fechadas em punhos nos seus lados, Lash a
encarou, sabendo que ela não tinha culpa por ouvir os rumores. — Eu
nunca machucaria você, Angel. Você tem escolha aqui. Eu não vou
forçá-la a ficar comigo.

Ela baixou a cabeça, e ele não podia suportar a ideia de que ela
pensasse nele de qualquer forma diferente.

Indo até ela, ele se ajoelhou ao seu lado e pegou o seu queixo com
as mãos. Ele a forçou a olhar para ele, encarando aqueles olhos verdes
e sabendo que faria de tudo ao seu alcance para fazê-la feliz.

— Eu nunca tentaria nada que você não fosse gostar. Eu sou


muitas coisas, Angel, mas eu não sou um molestador ou um
estuprador.

— Eu sei disso. — ela se afastou do seu toque e ficou de pé. Ele a


seguiu até o closet enquanto ela colocava o próximo item no cabide. —
Eu sei que você não é assim.

Ele bloqueou o seu caminho, impedindo-a de andar. — Olhe para


mim.

Ela inclinou a cabeça para trás e olhou para ele.

— Diga-me que você queria que eu fizesse aquelas coisas com


você.

Lash precisava que ela dissesse as palavras. — Por favor, não me


faça dizer isso.

— Eu nunca tomei uma mulher contra a sua vontade. Não tenho


a intenção de começar agora. Você me diz que queria isso ou, eu juro
por Deus, vou mandá-la de volta para o clube e nunca mais vou lhe
tocar novamente.

Isso iria matá-lo, mas ele se certificaria de que Tiny a protegeria.

— Sim.

A voz dela foi tão baixa que ele não a ouviu claramente.

— O quê?

— Sim, eu gostei de tudo que você fez comigo. Foi bom. Mais do
que bom, e eu não acho que você me obrigaria a fazer algo que eu não
fosse gostar.

~ 51 ~
As suas bochechas estavam vermelho brilhante, mas ele
acreditou nas suas palavras. Por agora, a palavra dela bastaria. Ela era
uma virgem. Ele planejava corrigir isso, mas por agora ele estava feliz
com o que eles estavam fazendo um com o outro.

— Termine de guardar a sua merda. Espero ver você vestindo


tudo isso em algum momento. Eu vou colocar um frango no forno para
o jantar. Quando você tiver acabado aqui, nós vamos tomar banho
juntos.

Ele deu um beijo nos seus lábios antes de deixar o quarto.


Chegando à cozinha no andar de baixo, ele pegou o frango da geladeira
e começou a arrumá-lo em uma bandeja adequada. Depois o temperou
com azeite de oliva, sal e pimenta antes de colocá-lo dentro do forno.

Enquanto estava procurando todos os ingredientes para fazer


uma salada, seu celular começou a tocar. Ele o abriu sem olhar o visor
e ver quem estava ligando.

— Alô, — ele disse, tirando alface e tomate da geladeira.

— É o Zero. Tiny está em uma reunião nesse momento, e ele quis


que eu lhe desse uma atualização.

Olhando em direção à porta, Lash se certificou que estava tudo


limpo antes de continuar a conversa.

— Tudo limpo. Continue.

Ele fechou a geladeira e se inclinou sobre o balcão para ouvir o


que Zero tinha a dizer.

— O contato acabou de confirmar que David Marston está


trabalhando para os Lions. Ele está juntando informações para
alimentar nosso grupo rival. Não só isso, nos deram as novas ordens
atribuídas para assumir o controle. Os Lions estão planejando nos
atacar na nossa próxima montaria.

Lash ouviu e amaldiçoou.

— Porra, isso não vai acabar bem. O que Tiny está dizendo sobre
tudo isso?

— Ele está puto. Querem nos atacar na nossa corrida e tentar


tomar o controle da nossa cidade, então ele procurou o xerife. Ele quer
que a cidade saiba sobre o que está acontecendo, — Zero disse. — Para
que eles estejam em alerta caso algo dê errado.

~ 52 ~
— Eu odeio aqueles porcos do caralho.

— Mas você sabe o que isso significa, certo?

— Sim, isso significa que o pai de Angel acabou de se tornar o


cara mais procurado para ser morto. — Lash balançou sua cabeça,
deixando-a cair nas mãos. — Aqui entre nós, eu estava esperando que
esse não fosse o caso.

— Nós nem sempre conseguimos o que queremos, Lash. Você


sabe que do contrário seus pais estariam vivos, e também a mulher de
Tiny. Merda acontece.

Angel pigarreou, deixando-o saber que ela estava ali. Ela estava
nua, mas coberta pela parede. Sua cabeça estava espiando-o pelo canto
e ela sorriu para ele. Esse sorriso o acertou no coração e foi direto para
a sua virilha. Ela era charmosa e sexy pra caralho. Ele estava pronto
para perder a cabeça outra vez.

— Eu tenho que ir. Mais alguma coisa? — ele perguntou sem sair
do seu lugar.

— Sim, Tiny quer dar uma aliviada no que está prestes a


acontecer. Haverá uma festa na sexta. Uma festa como deve ser, traga a
sua garota e esteja preparado para uma merda realmente indecente.

Zero desligou.

— Está tudo bem? — Angel perguntou.

— Venha aqui.

Ele nunca falaria com Angel sobre os negócios do clube.

O pai dela estava envolvido, e ele pretendia mantê-la afastada


disso tudo o máximo possível. Ela caminhou na direção dele, e quando
chegou perto o suficiente ele a puxou contra o seu lado.

— Na sexta vamos ter uma festa. Uma festa de verdade. Eu quero


ver você ao meu lado. Temos alguns dias para prepará-la para isso.

— Você está me assustando com essa conversa de festa de


verdade. Eu achei que vocês já tivessem festas de verdade.

Lash deu uma risadinha. — Baby, aquelas eram uma merda


morna em comparação ao que costuma acontecer nessas festas.

— Eu não sei se eu quero saber.

~ 53 ~
— Você vai estar comigo. Vai estar ao meu lado, e eu vou ser o
único a reivindicar você. Ninguém mais. — ele beijou o topo da sua
cabeça, se perguntando quando deveria contar a ela sobre o seu pai.

~ 54 ~
Capítulo Seis

— Então eu ouvi sobre a festa essa sexta. Vai


ser incrível, — Tate disse no telefone.

Angel sentou no sofá dentro da casa de Lash.


Sexta era amanhã, e ela estava ficando mais nervosa
cada dia que passava. Lash não a deixaria ficar no
clube, e sempre que eles visitaram o local, ela ficou
firmemente ao se lado. Quando ela ia para a cidade,
tinha que ligar para um prospecto ir junto. Lash
preferia deixá-la em casa enquanto lidava com os seus negócios. O seu
único consolo era o fato de que Tate sabia o número dele. A outra
mulher lhe telefonava diariamente.

— Eu sei sobre a festa. Como você descobriu? — Angel perguntou.

— Do meu jeito furtivo costumeiro. Eu ouvi papai falando com


Steven sobre isso. Eu tenho aquele vestido vermelho de morrer para
experimentar, e eu pretendo usá-lo.

Rolando seus olhos, Angel olhou para o relógio. Lash chegaria em


vinte minutos. Ele sempre telefonava para deixá-la saber quando
deveria esperá-lo. Ela cozinhou o jantar e passou um tempo extra
limpando a casa. Angel gostava de se manter ocupada, e ficar na sua
casa sem pagar por nada não tinha nada a ver com ela. Até que seu pai
quitasse suas dívidas, ela ainda era parte do pagamento do clube.

Com a mesma rapidez que Lash a levou embora do clube, ele


poderia facilmente levá-la de volta.

Ela não queria se acostumar com um estilo de vida que talvez não
fosse capaz de manter.

— Eles vão enlouquecer quando você aparecer. Você é a


princesinha motoqueira, Tate.

— Eu sou uma mulher e pretendo ser tratada assim.

Angel saiu do sofá e foi até a cozinha para ver como seu ensopado
estava ficando.

~ 55 ~
— Você não acha que está tendo uma atitude um pouco drástica?
Quer dizer, isso poderia explodir na sua cara se você não tomar
cuidado.

Tate suspirou. — Posso ser honesta de verdade com você?

— Claro, nós somos amigas.

— Eu me apaixonei completamente por Murphy quando ele era


um Skull. Quer dizer, eu tinha essa queda doente do caralho por ele, e
faria qualquer coisa para ganhar a sua atenção. Não era sobre quem ele
era ou o que ele poderia fazer. Ele foi o primeiro cara a mostrar algum
interesse em mim. Todo mundo tem medo do meu pai, e isso é uma
merda. — Angel ouviu a tristeza que vinha do outro lado da linha. —
Então eu descobri que ele era um desgraçado desleal que mudou de
lado. Ele é membro dos Lions há alguns anos. Vê-lo aquele dia trouxe
de volta toda a merda que eu sentia por ele.

Angel ouviu quando Tate chorou no telefone. — Eu me sinto uma


pessoa patética. Você acha que eu sou patética?

— Não, — Angel disse, sinceramente. — Você se permitiu se


aproximar de outra pessoa e ela não quis você. Eu não acho que você é
patética. Se isso serviu para alguma coisa, acho que deixou você mais
cautelosa.

— Murphy nem mesmo se despediu. Quer dizer, o que eu posso


ter significado para ele se eu nem sequer fui lembrada na sua
cabecinha de merda?

Angel percebeu que a sua amiga falava mais palavrões quando


estava ferida.

— Ele é um completo cuzão por não tratar você direito, Tate.

Tate deu uma risadinha. — Ouvir você dizendo cuzão é um pouco


estranho.

Revirando os olhos, Angel tirou a tampa da caçarola e mexeu o


ensopado.

— Pelo que me disseram eu tenho que me preparar para amanhã.


Acho que nunca vou estar preparada.

— Você já viu um filme pornô? — Tate perguntou.

— Não.

~ 56 ~
— Sério? Você nunca viu pessoas se comendo ou algo assim?

— Eu já vi alguns dos membros do clube fazendo isso, mas nada


explícito.

Silêncio preencheu o espaço. — Uau, ok, isso vai ser realmente


uma grande surpresa para você. O clube tem seu próprio conjunto de
regras. Não importa o que aconteça lá, vai ficar lá.

— Ok, por favor, só me diga o que vai acontecer, então eu posso


parar de me preocupar. Do jeito que você e Lash falam estou
começando a pensar em sacrifícios, assassinatos em massa e todo o
tipo de coisa nessa mesma linha.

— Fodas, compartilhamento, todo o tipo de coisa sexual


pervertida acontece. Os membros dividem as bundas doces, e eles nem
sempre fazem isso a portas fechadas. Todos os tipos de sexo que você
pode pensar, anal, oral e normal. Use a sua imaginação e isso acontece.

— Espere, se você nunca esteve em uma destas festas, como sabe


o que acontece? — Angel perguntou. As suas mãos estavam tremendo,
em parte por medo e em parte por emoção. O que aconteceu com ela?
Lash havia despertado algo dentro dela, e agora ela não conseguia
desligar. Ela se sentiu controlada por isso e não de uma maneira boa.

— Murphy me disse. Ele fazia parte das cenas das festas. Eu


reclamei sobre não ir e ele me contou direitinho tudo que acontecia. Ele
até mesmo me mostrou um vídeo que ele gravou no seu celular de uma
mulher sendo fodida na bunda, na boceta e na boca.

— Eu não estou pronta para isso, — Angel disse. — Lash e eu


ainda nem fizemos nada. Eu nunca fiz nada com ninguém. Eu não sei o
que fazer.

Pânico se agarrou a ela. Angel estava com tanto medo de tudo que
poderia acontecer que ela nem sequer o ouviu chegar em casa. Lash
pegou o telefone da sua mão e o pôs contra a sua própria orelha.

— Eu vou contar ao seu pai sobre isso, Tate. Minha mulher está
petrificada e a culpa é toda sua. — ele ouviu por alguns segundos e
então balançou a cabeça. — Não, eu vou lidar com Angel. — ele apertou
um botão do telefone e depois o colocou sobre o balcão. — Tate não
deveria ter dito nada sobre o que vai acontecer.

— Você vai me levar lá amanhã à noite. Eu não tenho o direito de


estar preparada? — ela perguntou. Ele a puxou para longe do fogão e a
colocou em cima do balcão. Mesmo com ela sentada sobre o balcão da

~ 57 ~
cozinha ele ainda era mais alto do que ela. Isso não era justo. Ele podia
distraí-la tão facilmente e levar embora as preocupações ainda que ela
estivesse aterrorizada com o que poderia ou não acontecer.

— Eu não vou contar a você tudo que acontece porque cada festa
em que eu estive foi diferente. Sim, uma garota foi fodida por três
homens ao mesmo tempo em uma festa, mas a mesma mulher não
apareceu na próxima. Tudo é diferente. Os homens são diferentes, e
eles mudam de ideia sobre o que gostam ou não. — ele começou a
desabotoar a camisa dela até que pode puxá-la do seu corpo.

Lash abriu o fecho do sutiã e seus seios saltaram livres. Ele os


cobriu com as suas mãos antes de se abaixar para levar um mamilo na
boca. Ela gritou com o prazer instantâneo quando ele chupou um dos
botões. Ele se moveu para o outro mamilo, dando atenção aos dois.
Calor se empoçou entre as suas coxas a partir da sucção gentil dos
seus seios. Quando ele tocou a sua boceta, Angel sabia que ia estar
molhada. Não havia como impedir sua reação a ele.

Ele a fez sentir tanto em tão pouco tempo que ela não conseguia
nem pensar direito. Ela nunca tinha feito sexo, ainda que estivesse
dividindo a cama com Lash. Ele não a deixaria dormir em nenhum
outro lugar que não fosse ao seu lado, nua. Lash também odiava
roupas. Não importava o que ela estivesse vestindo, no minuto em que
eles ficavam sozinhos, ele a deixava nua. Ela não tinha permissão de
usar roupas na sua presença, ou pelo menos era desse jeito que ele a
fazia sentir.

As mãos dele caíram para a sua saia, e em pouco tempo ela


seguiu a sua camisa e o sutiã, junto com a pequena calcinha que ela
usava. — Eu não sei por que você se incomoda em usar roupa de baixo.

— Não estou acostumada a não usar nada, — ela disse.

— Bem, é melhor você começar a se acostumar. Eu vou rasgar


toda essa merda e então você não vai ter outra escolha além de andar
nua. — ele cobriu a sua boceta com a palma. — Quando você vai
depilar essa baby? — ele perguntou.

— Tate marcou um horário para nós amanhã de manhã. Ela


conhece um lugar na cidade que é bom. — ela odiou a conversa que
teve com Tate sobre depilação. Foi completamente constrangedora e
humilhante, mas ela fez o que ele pediu, e amanhã iria ter o seus pelos
pubianos removidos.

~ 58 ~
— Ótimo, eu vou fazer Steven, o prospecto, acompanhar vocês
duas, — Lash disse enquanto se ajoelhava na frente dela.

Ela balançou a cabeça. — Não, de jeito nenhum eu vou me


depilar enquanto um dos seus homens fica olhando.

— Steven não vai ficar olhando. Ele vai sentar na sala de espera
como um bom pequeno prospecto.

Angel olhou para Lash, pensando nas tarefas que o pobre Steven
tinha que lidar por causa dela. — Por que ele faz isso? Por que ele aceita
toda a porcaria que você e a gangue mandam que ele faça?

— Ele faz isso para ganhar o seu lugar dentro do clube. Nós todos
ganhamos os nossos lugares fazendo todo o tipo de trabalho de merda.
Eu não vou pedir para Steven fazer algo que eu não tenha feito antes. —
ele separou as coxas dela.

— Por quê? O que o clube tem de tão importante? O que faz os


Skulls tão especiais que faz com que homens como Steven aceitem toda
a merda que você e os outros jogam neles? — ela colocou a sua mão
sobre a dele para impedi-lo de continuar avançando pela sua coxa.

— Nós somos uma família. Nós não somos a sua família


normalzinha e nunca seremos o tipo de caras que têm casas com cercas
brancas e filhos adoráveis que você vê em propagandas. Não julgamos o
nosso grupo. Qualquer um pode se juntar, e não aceitamos nenhuma
porcaria de quem é de fora. Nós somos uma família, Angel. Todos nós
viemos de muitas famílias diferentes, mas no fim das contas somos
apenas nós, lado a lado, na boa e na ruim. É por isso que Steven irá
colocar aquela bunda para trabalhar, para conseguir o seu lugar nesse
clube. É um trabalho duro, mas vale a pena cada segundo. — as mãos
dele empurraram as dela para fora do caminho. — Agora você vai me
deixar comer essa boceta ou não?

x-x-x

Tate ia ter a bunda chutada. Lash ia se certificar que ela tivesse


mais do que uma conversa dura com Tiny. A única coisa o impedindo
de ligar para Tiny nesse momento era o fato de que Angel estava nua na
frente dele. O cheiro da sua boceta estava lhe deixando louco. Ele esteve
esperando o dia todo por outra chance de prová-la. Uma vez nunca era
o bastante, e nunca seria, para ele.

~ 59 ~
— Desculpe. Eu não tive a intenção de ofender você, — ela disse,
mordendo o lábio.

— Você não me insultou, baby. Ninguém só chega no clube. Eu


aceito isso, e não dou a mínima. Steven é um grande cara e está
mostrando verdadeiro potencial. Os outros, nem tanto.

— Quem decide quem fica e quem vai? — ela perguntou.

— Nós votamos. Agora, eu quero comer a sua boceta antes de ir


jantar. Cale a boca para que eu possa apreciar.

Angel o encarou, mas ele estava determinado a comer a sua


bocetinha doce. Ele mal podia esperar para que o seus pelos pubianos
fossem removidos, assim ele poderia saborear cada parte dela, mas até
então isso ia ter que funcionar.

Abrindo os lábios do seu sexo, ele viu a sua inchada fenda rosa.
Lambendo os lábios, Lash começou a acariciar seu centro doce com a
língua. Ele amava chupar Angel. O que ele mais amava era o fato de
que ela nunca havia sido manchada por qualquer outro homem. Ele
sabia que era errado pensar assim quando ele esteve com tantas
mulheres. Mas Lash não podia negar a satisfação de ser o único.

Os gemidos dela começaram a encher o ar, e suas juntas ficaram


brancas quando ela se agarrou à borda do balcão. Ele queria tanto
trepar com ela, mas ao mesmo tempo estava se segurando, esperando
pelo momento certo.

Ela merecia que a sua primeira vez fosse perfeita.

— Oh, Deus, isso é tão bom. — ela gritou, suas mãos


mergulhando no cabelo dele enquanto ele chupava o seu clitóris. Cada
vez que ele a tomava, a doce Angel que ele conhecia se soltava um
pouco mais. Ele não podia imaginar a garota puritana do bar
mergulhando os dedos no seu cabelo.

Pouco a pouco ela estava desabrochando em uma linda e


sedutora mulher. Lash queria que ela se soltasse. Ele precisava que ela
se liberasse de todas as suas inibições para vir a ser a sua old lady. Isso
nunca aconteceria se ela permanecesse a mesma. Angel teria de ser
forte a fim de ficar ao seu lado. Lash iria gastar todas as horas do dia
para garantir isso.

— Oh, Deus, — ela disse de novo.

~ 60 ~
Sentindo como ela estava perto de explodir, Lash concentrou sua
atenção no clitóris dela, batendo na protuberância com a língua. Em
questão de segundos Angel se despedaçou nos braços dele. Ele chupou
e sorveu o gozo dela e gentilmente a acalmou do seu orgasmo.

Ela caiu sentada no balcão da cozinha. Seus seios tremiam a


cada respiração que ela dava.

— Acho que meu balcão nunca pareceu tão bom, — ele disse,
limpando os sucos dela do seu próprio queixo e levantando.

Suas bochechas estavam coradas, e seu olhar parecia passar pelo


ombro dele. Esticando-se, ele enrolou o cabelo dela na mão e trouxe os
seus lábios aos dele. Ele esmagou a sua boca contra a dela,

Ele bate sua boca contra a dela, tomando o controle dos seus
pensamentos somente com um beijo.

Angel foi de tensa a massa de modelar em suas mãos. Ela relaxou


contra ele, lhe dando o que ele queria.

— Vamos ter tempo para brincar mais tarde. Me sirva o jantar,


mulher, — ele disse.

— Odeio quando vem todo machão para cima de mim.

Ele a ajudou a sair do balcão e bateu na sua bunda quando ela


passou. — É melhor se acostumar. Eu sou o único no controle aqui, e
isso nunca vai mudar, nem mesmo por você.

Ela esfregou sua nádega, mas não lhe disse nada de volta.

A mão esquerda dele deixou uma impressão vermelha na sua


bunda, e Lash balançou a cabeça.

Arrancando as roupas do próprio corpo, ele foi em direção à


lavanderia, pegando as roupas de Angel no caminho. Ele as jogou na
máquina e encheu com sabão em pó antes de voltar para a sua mulher.

Angel estava lhes servindo algo da caçarola enquanto ele sentava


à mesa. Ele amava observá-la trabalhando na cozinha. Sua bunda
balançava com cada passo que ela dava. Lash amava o suave balançar
da sua bunda e dos seus peitos.

— Você teve um bom dia de trabalho? — ela perguntou,


caminhando em direção a ele. Ela carregava os pratos dos dois, e pôs o
dele na sua frente.

~ 61 ~
— Foi ok.

Ele não falava dos negócios do clube com ela. Ela era uma old
lady e uma civil. Tiny havia lhe ensinado quando ainda era jovem a
manter os negócios do clube para si mesmo. Quando ele perguntou por
que, Tiny olhou para Patrícia, que ainda estava viva, e lhe disse que os
clubes rivais não poderiam usar suas mulheres contra eles.

Era sabido que os Skulls não contavam seus segredos para suas
mulheres. As mulheres eram deixadas sozinhas e os homens podiam
trabalhar em paz, sem surtar cada vez que elas saiam de casa.
Enquanto essa merda toda estivesse acontecendo com os Lions, Lash
queria sua mulher segura. Ele não confiava em nenhum dos homens do
grupo rival, e até que se cuidasse do pai de Angel, ele ia ter dupla
cautela quando se tratava dela.

Angel não o pressionou por respostas, e eles comeram a refeição


em silêncio. Quando terminaram, Lash a levou para o banheiro, onde
tomaram um banho de espuma. Eles tomaram banho juntos antes dele
secar o corpo dela e levá-la de volta para o quarto principal.

Ele estava secando a água do seu corpo enquanto ela escovava o


cabelo. Lash notou o seu olhar sobre ele o tempo todo em que ela se
olhava no espelho.

— Qual o problema, baby? — ele perguntou.

— Eu só estava me perguntando sobre as suas tatuagens. Notei


que todos os caras têm. — ela apontou para o seu braço e peito.

Lash amava se tatuar. A maior tatuagem que ele tinha era o


emblema dos Skulls de Fort Wills. — Elas são um rito de passagem e
algumas imagens legais. A árvore foi ideia minha, e eu fui a um artista
na cidade para fazê-la. Nunca confiaria em nenhum dos caras para
tocar na minha pele.

— Percebi que a árvore tem três linhas no centro.

Ele olhou para baixo, para o seu próprio corpo, para ver do que
ela estava falando. — Sim, eu pedi por elas.

— Por quê?

— Vou colocar o nome da minha mulher e dos meus filhos na


árvore. Tiny tem uma tatuagem no braço. Ele tem os nomes da mulher
e da filha. Acho que ele até colocou o meu nome e o de Nash ali porque
ajudou a nos criar. Achei isso legal e decidi que ia fazer também.

~ 62 ~
Ela terminou de escovar o cabelo e foi para a cama, passando por
ele. Ela estava nua, nenhuma roupa. Ele baniu as roupas na cama. Se
ela subisse na cama dele vestida, ele espancaria a sua bunda.

— Gosto da sua tatuagem, — ela disse, olhando para ele. As


cobertas da cama a cobriam até o queixo enquanto ela lhe encarava.
Balançando a cabeça, Lash caminhou em direção à cama. Ele agarrou a
borda do cobertor e o puxou do seu aperto.

— Eu amo o seu corpo, baby. — ele começou pelo pé dela,


acariciando sua pele com as pontas dos dedos. Ele subiu, deslizando
sobre o seu sexo e depois sobre os seios. — Role.

Ele subiu na cama enquanto ela se moveu até estar deitada de


bruços. As curvas da sua bunda lhe chamavam, e ele se acomodou no
fim da cama, atrás dela.

Correndo as mãos para cima pelas suas coxas, ele parou cada
uma delas em uma das nádegas. Ela virou a cabeça para olhar para ele.

— Lash é o seu nome verdadeiro? — ela perguntou.

— Não. — ele abriu as bochechas da sua bunda para olhar para o


buraco enrugado do ânus dela. Segurando um gemido, ele enfiou a mão
debaixo dela para sentir a sua boceta encharcada. Seria tão fácil para
ele deslizar para dentro daquela boceta apertada, mas ele não faria isso.
Ele não estava pronto para isso. Lash queria que ela visse tudo antes de
tomar essa parte dela.

Parte dele queria reclamá-la e se certificar que ela não poderia se


afastar dele, enquanto outra parte precisava que ela o aceitasse e ao
clube por quem eles eram.

Ela soltou um gemido e montou a sua mão enquanto ele provoca


a sua boceta.

— Qual o seu nome real? — ela perguntou.

— Você não quer saber. — seu pai não teve permissão para
nomeá-lo. Quem escolheu seu nome foi sua mãe, que tinha estado com
um humor realmente péssimo no momento.

— Eu quero. Você sabe o meu nome, e eu não tenho ideia de qual


é o seu.

~ 63 ~
Deixando escapar um suspiro, ele trouxe seus dedos molhados
até o ânus dela e começou a acariciar o buraco proibido. Angel ficou
tensa, mas ele massageou a linha das suas costas, fazendo-a relaxar.

— Nigel Myers, esse é o meu nome. — ele apertou os dentes


quando Angel virou a cabeça para encará-lo.

— Sério? — Lash viu humor nos olhos dela.

Balançando a cabeça, ele começou a rir. — Meu pai não queria


me chamar assim. Ele irritou a minha mãe e ela não quis voltar atrás.
Ela aceitou o clube e toda a merda, mas ela escolhia o nome das
crianças. Eu não quero nem pensar que nome ela daria para uma
garota. — ele balançou a cabeça, se lembrando do horror no rosto do
seu pai toda vez que ele era chamado de Nigel. Tiny e seu pai lhe deram
um apelido que, felizmente, pegou. — Minha mãe chamou Nash de
Edward. Ele odeia seu nome e não deixa que ninguém o chame assim.

— Eu não acredito que seu nome é Nigel. É tão... Doméstico. —


ela começou a rir e Lash não pode se impedir de fazer o mesmo.

Ela parou de gargalhar devido à pressão do dedo entrando na sua


bunda. Seu anel de músculos o manteve fora, mas ele pressionou e
conseguiu enfiar até a junta. Lash não ia fazer mais nada. Em breve ele
tomaria a sua bunda e a sua boceta, mas por agora estava contente em
tocá-la assim.

— Bem, prazer em conhecê-lo, Nigel.

— Igualmente, Angel.

~ 64 ~
Capítulo Sete

Angel se sentou ao lado de Lash enquanto ele


lhe levava para a cidade. Ela ia se reunir com Tate no
salão, e Steven também iria encontrá-las lá. Lash
estava determinado a levá-la para o seu compromisso.
Ele segurou a sua mão durante todo o caminho. Esta
manhã eles se falaram pouco, e não houve nenhum
comentário sobre a festa. Quando estava sozinha ela
ficava nervosa, mas uma vez que Lash estava ao seu
lado, ela não sentia nada além das sensações que ele criava quando
estavam juntos.

Muitas das pessoas da cidade olharam na direção deles, e quando


ele parou do lado de fora do salão, ambos ganharam muitos outros
olhares. Ele saiu do carro e se moveu para o lado dela. Lash ajudou-a a
sair, pegou algo do banco de trás e então fechou a porta.

— Achei que você não fosse fazer isso, — Tate disse, caminhando
em direção a eles. Ela carregava uma mochila preta sobre o ombro e
vestia um jeans justo e uma camiseta dos Skulls.

Steven pulou da sua moto segundos depois.

— Quero que você vista isso. — Lash deu a ela sua jaqueta de
couro.

— O que é isso? — ela perguntou, abrindo a jaqueta para ver um


símbolo menor do emblema dos Skulls na jaqueta.

— É a nossa jaqueta. Nossas mulheres as usam se quiserem


quando não têm um anel no dedo. Eu quero que você a use para mim
hoje. — ele acariciou a sua bochecha, tirando uma mecha de cabelo do
seu rosto.

— Cara, estamos indo nos depilar. Ela vai estar com a bunda de
fora a maior parte do dia. Ela não precisa da sua jaqueta, — Tate disse,
revirando os olhos. Havia um sorriso no rosto dela, e Angel entendeu
isso como um bom sinal.

— Não me interessa. Ela vai usar.

~ 65 ~
Ela alcançou para Tate a sua bolsa e colocou a jaqueta por cima
do pequeno vestido que estava usando.

Lash lhe ajudou a puxar o cabelo que ficou preso para fora e a
ajeitou sobre ela.

— Como eu estou? — ela perguntou.

O cheiro dele estava agarrado ao couro, e Angel sabia que ela não
ia vestir outra coisa. Ela não sabia como isso tinha acontecido, mas
estava se apaixonando por ele, completamente.

— Sexy, baby. — ele lhe deu um beijo na boca. — Venho buscar


você mais tarde. Nós vamos juntos para a festa. — Lash se virou para
Steven. — Mantenha-me informado e não saia do lado delas.

Ele entrou no seu carro. Ela se virou em direção ao salão quando


Lash assobiou para chamar a atenção dela.

— Não importa o que você faça, mas não corte o cabelo, — ele
disse.

Ela puxou todo o comprimento do cabelo por cima de um ombro e


concordou com a cabeça.

— Divirta-se.

Angel ficou parada observando tempo suficiente para ver o carro


desaparecer à distância.

— Droga, ele está caidinho por você, querida. Quero dizer,


totalmente de quatro. — Tate lhe devolveu sua bolsa, e juntas com
Steven elas entraram no salão.

Angel estava nervosa, e ela odiava esse fato. Steven manteve uma
boa distância enquanto Tate falava com a recepcionista. Elas foram
levadas para uma área de troca onde lhes pediram para tirar a roupa e
guardá-la em um armário.

— O que você quer dizer? — Angel perguntou quando elas


estavam sozinhas a tempo suficiente para conversar. Steven estava do
lado de fora, na sala de espera, e o quarto de trocas estava seguro.

— Eu conheço Lash há muito tempo. Ele é praticamente meu


irmão adotivo, de certo modo. Eu já o vi com muitas mulheres. Ele
nunca foi tão possessivo ou protetor com nenhuma delas. Você é
especial. Você é diferente. Eu acho que isso é legal, — Tate disse. — Ele
se preocupa com você, e ele não quer apenas ter sexo, o que é bom.

~ 66 ~
Angel olhou para a outra mulher. — Eu não acho nada demais
sobre o jeito que ele está me tratando. Pensei que ele tratava todas as
mulheres assim.

— Você está enganada. Muitas das outras garotas o odeiam. Ele é


do tipo que come e vai embora. Lash não é conhecido por estar com a
mesma garota duas vezes. O que faz de você especial, e as vadias
odeiam você ainda mais.

— Como que nenhum dos homens ou das mulheres te respondem


ou algo assim? — Angel perguntou.

Tate enrolou uma toalha ao redor do seu corpo e então um


roupão. — Sério que você não sabe?

— Realmente não era o meu negócio saber sobre o estilo de vida


dos Skulls. Nunca pensei que eu chegaria perto deles, muito menos
estaria potencialmente namorando um, — Angel disse, esperando ter
explicado direito.

— Querida, você não está namorando. Os Skulls não namoram.


Você é a mulher de Lash. Isso não é um namoro. É um grande negócio.
De qualquer forma, eu fico longe dessa merda porque sou a filha de
Tiny. Os homens estavam lá quando eu nasci ou me conhecem há
muito tempo, e as mulheres me aturam porque meu pai é o presidente
do clube. Elas não têm escolha. Se elas começam a me incomodar, eu
chuto a bunda delas do clube.

Tate alcançou outro roupão para que ela vestisse.

Passando a mão pela jaqueta, Angel não queria tirá-la. O couro


ainda tinha o cheiro de Lash.

— E pelo seu olhar, você também está caidinha por Lash.

Angel sorriu. — Ele me disse o seu nome verdadeiro ontem à


noite.

— Puta merda. Oh meu Deus, isso é uma grande coisa.

Angel tirou a jaqueta e colocou o roupão sobre os ombros


enquanto Tate estava falando.

— Ele odeia o nome Nigel. Ele acha que sua mãe foi totalmente
injusta lhe chamando assim.

— Ele me disse o de Nash também.

~ 67 ~
— Isso é sério, Angel.

Ela sorriu e acenou com a cabeça, mas ao mesmo tempo não


podia evitar a dúvida. Seu pai ainda estava tentando conseguir o
dinheiro que perdeu, e até que ele fizesse isso, ela era uma propriedade
dos Skulls.

Elas caminharam juntas até o lugar em que seriam massageadas


e cuidadas. Angel amou a sua companhia e não podia acreditar que elas
não tivessem virado amigas antes. Tate era um pouco mais velha do que
ela, e elas tinham origens diferentes.

— Eu ouvi sobre como a sua mãe morreu. Eu realmente sinto


muito pela sua perda. Isso é uma merda, — Tate disse, puxando Angel
de seus pensamentos.

Lágrimas encheram seus olhos quando ela pensou em sua mãe.


— Ela estava muito doente. Eu odeio dizer isso, mas fiquei contente
quando ela morreu. Ela estava sempre com tanta dor e tentava não
demonstrar. Minha mãe era forte. Ela teria chutado a bunda do meu
pai se ela soubesse no que ele estava se metendo.

— Meu pai nunca mais foi o mesmo depois que minha mãe
morreu. Ele contratou uma babá, e ela está sempre por perto, mas ele
nunca mais aceitou outra mulher. Eu acho que ele fode as mulheres do
clube, mas não leva nenhuma para casa.

Angel estremeceu com a sua escolha de palavras.

— Você faz muito isso, sabia? — Tate disse.

— Hm? O quê?

— Quando eu digo certas palavras você estremece e a sua cara se


contrai toda. — Tate balançou a mão no ar. — Se você vai ser a mulher
de Lash, tem que aprender a falar e lidar com toda a merda que
aparece. É a única maneira de isso acontecer.

Elas ficaram em silêncio quando os massagistas entraram no


quarto. Os dois homens bem construídos com músculos largos vieram
na direção delas. O coração de Angel acelerou.

— Você acha que Lash e Tiny têm ideia disso? — Angel


perguntou.

— Não, e eu vou aproveitar isso enquanto eu posso.

~ 68 ~
Durante toda a sessão de massagem, Angel não conseguiu ficar
confortável. Ela tencionava cada vez que o cara a tocava.

— Enfim, o que eu estava dizendo, para ser parte do clube você


precisa se manter firme. Lash não vai estar ao seu lado o tempo todo, e
as vadias vão ir para cima. As old ladies vão cuidar de você, no entanto.
Nós somos um grupo bem unido, mas elas também não estarão por
perto todo o tempo.

Angel abriu os olhos para ver Tate encarando-a.

— Eu não consigo ficar confortável. — Angel disse isso para Tate e


fez seu melhor para não olhar para o cara que estava tentando
massageá-la.

— Deixa isso comigo. — Tate se inclinou para frente e começou a


digitar alguma coisa no seu celular.

— O que você está fazendo? — Angel perguntou.

— Vendo até onde vai toda essa proteção de Lash. — o celular foi
colocado no chão.

Angel permaneceu tensa enquanto o homem tentava trabalhar


nos seus músculos.

— Você precisa relaxar e me deixar ajudá-la. Você está muito


tensa, — o homem disse.

x-x-x

— Porra, você está brincando comigo, — Lash disse. O resto do


clube olhou para ele quando ele bateu o celular na mesa.

— Nós ao menos queremos saber o que te deixou doido? — Nash


perguntou. Ele tinha Kate sentada no seu colo, e Lash olhou para os
dois com nojo. Kate tinha estado com a maioria da gangue e ainda
assim seu irmão estava tocando nela.

Tiny olhou por cima da papelada em que estava trabalhando. —


Algum problema?

— Sim, eu tenho a porra de um problema. Desde quando o salão


contrata homens grandes e sexies? — Lash perguntou, rosnando cada
palavra.

~ 69 ~
— Você precisa nos contar alguma coisa, irmão? Você mudou de
lado sem nos dizer nada? — a piada de Nash fez com que alguns dos
homens rissem.

Revirando os olhos, ele mostrou a Nash a foto na mensagem que


Tate enviou para ele. Ele assobiou e quase instantaneamente o celular
chegou até Tiny.

— Esses desgraçados estão tocando na minha filha. Lash, salve a


sua mulher e faça Steven assumir o lugar do outro. Prefiro ter um cara
que eu conheço e posso controlar massageando minha filha do que
esses filhos da puta.

Nash estava rindo dele.

— Corra atrás da sua garota, — Nash disse.

Indo até seu irmão, Lash o puxou pelo braço.

— Ei, o que você está fazendo?

— Se Steven vai pegar o lugar do grandão, então você vai pegar o


lugar de Steven.

Lash riu por último e juntos eles deixaram o clube. As


lamentações de Kate os seguiram do lado de fora. Ele a ignorou,
subindo em sua moto e ultrapassando todos os limites de velocidade
para chegar até a sua mulher.

Uma vez do lado de fora do salão, ele entrou, pegou Steven pelo
braço e foi em direção à sua mulher.

— Qual é o problema, Lash? Eu fiz tudo que você pediu.

— Sim, eu sei. Quando você tiver sua própria mulher, vai


entender.

Lash abriu três portas e se deparou com nada. Na última porta


ele a encontrou. Suas costas estavam expostas e a toalha caía por cima
da sua bunda. Se ele não tivesse enxergado como ela estava tensa, teria
visto tudo vermelho.

— Tire as suas mãos da minha mulher e dê o fora daqui, — Lash


disse.

— Lash! — Tate parecia irritada.

— Lash, — Angel disse. A sua mulher parecia aliviada.

~ 70 ~
— Nós apenas estávamos tentando lhes dar uma massagem, — o
cara tocando Tate disse.

— Não dou a mínima. Saia agora. — ele mostrou a eles o patch na


sua jaqueta e os dois homens saíram da sala.

Steven colocou uma mão sobre os olhos quando Tate se sentou e


cobriu os seios com um braço enquanto a toalha escondia suas partes
íntimas.

Lash não estava afetado por ela. Tate era como uma irmã para
ele. No entanto, o corpo nu de Angel era outra coisa. Ele ficou duro na
hora em que a viu.

— Eu sabia que você ia correr para cá no momento em que a


visse. Eu sabia, — Tate disse, rindo.

— Sim, o seu pai sabe também, e Steven agora é quem vai lhe dar
uma massagem, — Lash disse, tirando a jaqueta. Ele vestia uma
camiseta preta lisa por baixo dela. Indo em direção a sua mulher, ele
viu o olhar dela nele quando chegou mais perto.

— O quê? — Tate perguntou, olhando para o prospecto.

A mão esquerda de Steven cobria o seu rosto ao mesmo tempo em


que ele parecia horrorizado. — Não, por favor, deixe-me ficar só
olhando. Eu não quero esse trabalho.

— Mais um com medo de você, Tate.

Tate deu a Steven um olhar fulminante. — É melhor você ser


bom. Não quero o meu passeio estragado pelas suas mãos gordurosas e
nojentas. É melhor que você lave as mãos depois de ir ao banheiro.

— Eu sou e eu lavo. — Steven olhou para Lash com olhos


suplicantes. — Eu posso fazer qualquer coisa, menos isso, por favor.

— Só acabe com isso, — Tate disse, voltando a deitar de barriga


para baixo.

Lash pegou o óleo da prateleira ao lado da cama de Angel. Ele


esguichou um pouco do líquido nas suas costas antes de colocá-lo de
volta na prateleira. Depois de esfregar uma mão na outra para aquecê-
las, ele começou a acariciar a pele dela.

Angel relaxou instantaneamente ao seu toque. — Isso é bom.

~ 71 ~
— É bom que você não parecesse confortável com as mãos dele no
seu corpo. Eu teria que matá-lo e bater na sua bunda, — Lash disse.

Tate bufou.

— Eu não queria que ele me tocasse. Pensei que fosse ser uma
mulher. Esperava que fosse uma mulher.

Ele lhe deu um beijo no ombro e começou a espalhar o óleo na


sua carne. Steven estava fazendo a mesma coisa. Lash viu o olhar de
preocupação no rosto dele.

Segundos depois a porta se abriu e Nash se inclinou contra o


batente da porta. Ele estava comendo uma maçã enquanto olhava entre
as duas mulheres. Nash parecia enojado com a visão de Tate, mas
interesse brilhou em seu olhar quando parou para observar Angel.

— Eu não tinha ideia que ela estava escondendo todo esse corpo.
Eu teria feito a minha jogada antes que você tivesse a chance, — Nash
disse.

Foi uma reação instintiva. Lash pegou a garrafa de óleo e a jogou


em seu irmão. Nash conseguiu pegá-la, rindo.

— Pare de implicar com seu irmão, Edward, — Angel disse.

Nash parou de rir e olhou entre os dois. — Você disse a ela os


nossos nomes?

Lash acenou com a cabeça. A risada de Tate encheu a sala.

— Isso foi tão foda. Eu amo essa garota, — Tate disse.

Inclinando-se para baixo, Lash roçou seus lábios na nuca dela. —


Isso foi incrível.

Seu irmão correu para fora da sala, deixando-os sozinhos. Ele


terminou a massagem, e quando a mulher da recepção veio informar
que a depiladora estava pronta, Lash parou o que estava fazendo e viu
as costas de Angel se contrair.

— Eu não quero fazer isso, — ela disse.

— É mais fácil da segunda vez. A primeira é sempre a mais difícil


de lidar, — Tate disse.

Lash fez uma careta. — Eu não quero saber o que você faz com os
seus pelos, Tate. Guarde isso para si.

~ 72 ~
— Tanto faz, imbecil. — Tate agarrou a mão de Angel e a levou
para fora da sala. Lash secou as mãos e seguiu Steven para o saguão
principal. Nash estava sentado em uma cadeira parecendo entediado.
Ele sentou em uma cadeira oposta ao seu irmão para poder observá-lo.
Steven sentou-se a muitos assentos de distância, dando a eles espaço
extra. Ele gostava do prospecto. Steven estava provando ser o melhor
dos três prospectos.

— Eu não acredito que você contou a ela os nossos nomes


verdadeiros, — Nash disse.

— Ela vai ser a minha old lady, Nash. Eu tinha que contar a ela o
meu nome. — Lash cruzou as pernas, colocando um pé sobre o joelho.
Ele olhou para a porta, se perguntando como Angel estava se saindo.
Sua mente ficava mais tranquila sabendo que Tate estaria com ela.

— Sim, o que você vai fazer quando ela descobrir sobre o seu pai e
toda a merda em que ele está metido?

— Eu vou lidar com isso. Você sabia que isso ia acontecer. Eu não
quero as Kates desse mundo.

— As Kates desse mundo não têm bagagem. Você é jovem. Por


que está se prendendo a uma mulher? — Nash perguntou.

Fechando os olhos, Lash contou até dez para se acalmar.

— Você não entende. Angel é a mulher para mim.

Nash balançou a cabeça, mas não disse mais nada. Uma hora
depois Angel e Tate saíram já arrumadas do vestiário. Angel usava a
sua jaqueta, e ele se encheu de orgulho ao ver sua marca nela, mesmo
que na forma de uma jaqueta.

Angel manteve o rosto para baixo quando ele se aproximou. Ele


ouviu Tate marcando outro horário.

— Está tudo bem, Angel. Você vai ficar bem, — Tate disse.

Lash franziu o cenho, olhando entre as duas mulheres.

Tate balançou a cabeça. Ele esperou ela marcar o novo horário e


eles foram todos para as motos. Steven estava esperando ao lado da
caminhonete.

— Eu só vou dizer tchau para Tate, ok? — ele disse a Angel.

~ 73 ~
— Claro, demore o tempo que precisar. — a voz dela estava rouca,
e ele franziu ainda mais o cenho.

Caminhando em direção à caminhonete, ele viu Tate pronta para


entrar.

— Tate? — ela parou e olhou para ele. — O há de errado com


Angel?

Ela olhou além do ombro dele. — Essa coisa de depilação não foi
muito bem.

— O que você quer dizer?

— Eles têm paredes à prova de som e eu estou surpresa que você


não ouviu os gritos dela. Ela sentiu muita dor. Ela odiou tudo e ela
estava chorando e a mulher entrou em pânico. No final elas tiraram
tudo e colocaram um monte de loção. Deram a Angel uma pomada para
ajudar. Faça com que ela use. Eu vou marcar sessões semanais para
nós, Lash, até que ela se acostume com a depilação.

Culpa inundou Lash quando as palavras de Tate afundaram nele.


— Ela sentiu muita for.

— Eu nunca ouvi uma mulher gritar assim. Ela não é muito boa
com a dor, eu acho.

Lash olhou para trás para ver que Angel ainda estava
perfeitamente imóvel. Se ela não conseguia lidar com a dor, como ele
iria reclamar a sua virgindade?

— Eu vou deixá-la para você. Falo com ela pela manhã. — Tate
lhe deu um abraço e partiu. Nash já estava no seu caminho de volta
para o clube. Caminhado em direção à sua mulher, ele a envolveu em
seus braços. Lágrimas estavam brilhando em seus olhos.

— Dói muito mesmo, Lash. Não achei que doesse tanto assim.

Ele a segurou mais apertado contra ele. — Eu sinto muito, baby.

— Espero que você goste.

— Eu sei que eu vou, baby, e vou mostrar a você. — Lash beijou o


topo da sua cabeça e então eles foram para a moto. — Vamos lá, vamos
para casa. — ele lhe alcançou um capacete e ligou a moto. — Suba aqui
atrás e coloque os braços ao meu redor.

~ 74 ~
Ele gemeu quando as pernas dela se envolveram ao seu redor.
Suas mãos se acomodaram sobre o estômago dele. Lash levou um
momento para retomar o controle dos seus sentidos antes de colocar a
moto em movimento a moto e ir para casa. Ele estava ansioso para ver o
que o salão tinha feito na boceta dela. Ele já sabia que ia estar melhor
do que ele imaginava.

A corrida transcorreu sem nenhum evento, e quando ele entrou


na sua garagem, Lash estava desesperado para vê-la. Ele esperou que
ela descesse da moto para descer também. Quando ele tinha tirado seus
capacetes, agarrou a sua mão e a levou para a porta da frente.

— O que você está fazendo? — ela perguntou. Ele abriu a porta,


correu para dentro e lhe deu um chute para fechá-la.

— Eu pedi que você fizesse isso, e agora vou olhar para o que eu
queria. — ele não quis subir as escadas até o seu quarto.

Ele foi até a sala de estar, empurrou para fora do caminho a mesa
de centro de madeira com um chute e a puxou para seu lado.

Lash tirou o cabelo castanho dela do rosto e esmagou seus lábios


nos dela. Deslizando a língua na sua boca, Lash deixou escapar um
gemido, consumindo-a com os seus lábios. Ela cedeu contra ele, dando
a ele sua boca para beijar. Ele não estava apenas se apaixonando por
ela. Lash já tinha se apaixonado e estava totalmente de quatro.

Quebrando o beijo, ele descansou sua testa contra a dela. — Uau,


— ela disse. — Valeu totalmente a pena se foi para ganhar esse beijo.

Ele riu. Encontrando o botão da calça dela, Lash abriu e deslizou


o jeans até chegar ao chão. Ela deve ter levado roupas para se trocar lá.
O pequeno vestido que ela estava usando não seria bom na traseira da
sua moto.

Eles não tinham tempo para mais nada. A festa iria começar logo,
e Lash queria tomar Angel antes que a merda real acontecesse. Ele a
empurrou no sofá e se acomodou entre suas coxas. Agarrando seus
joelhos, ele a puxou para a borda do sofá, abrindo bem as suas pernas.

Todo o tempo ele manteve o olhar nela. Aqueles olhos verdes


brilharam para ele, esperando.

— Por que você não está olhando? — ela perguntou, mordiscando


o lábio.

~ 75 ~
— Eu vou olhar para a minha boceta um bom tempo. — ele
manteve o olhar no dela antes de desviar sua atenção para baixo e
parar naquela bonita boceta lisinha. Ela parecia um pouco dolorida,
mas a pomada que a mulher deu tinha parado a dor. Em algumas
horas ela estaria bem.

Correndo os dedos pelos lábios da boceta dela, Lash sorriu. —


Você está bonita pra caralho. Vou lhe dar alguns dias para passar a
pomada, mas depois eu vou comer você.

Ele viu a sua boceta molhar com as suas palavras. A sua mulher
queria ser fodida, lambida e amada tanto quando ele queria.

Enquanto acariciava suas coxas para cima e para baixo, Lash


ficou mais frustrado. Tudo que ele queria era foder a sua mulher, mas
tinha uma festa para participar. — Vamos lá, precisamos ficar prontos
para a festa. — ele lhe deu um beijo no quadril e então se levantou.

~ 76 ~
Capítulo Oito

— Pare de se remexer, porra, — Lash disse,


rosnando as palavras. Angel olhou para ele. Estava
tudo bem para ele. Ele estava usando calças de couro,
uma camiseta e uma jaqueta. O que ela tinha que
usar? Uma saia curta que ia até o meio das coxas, um
top cropped10 que cobria somente seu estômago. A
pedido dele estava usando apenas sutiã e um par de
stilettos11 de 15 cm. Ela não conseguia caminhar com
esses saltos, e estava praticando, caminhado pelo longo corredor da
casa. Suas mãos estavam esticadas para manter o equilíbrio, e Lash a
observava.

Ela olhou para ele e o viu sorrindo, o que fez suas palavras menos
agressivas. Angel precisava se acostumar com o jeito que ele falava. Na
casa dela, quando alguém falava assim era porque estava irritado.

— Pare de rir de mim. Eu disse a você que não consigo andar


nisso. — ela tropeçou, mas Lash se esticou para pegá-la antes que ela
caísse.

— Ok, eu entendi, e as vadias podem ser difíceis às vezes. Certo,


vamos usar saltos menores até que você consiga usar coisas mais altas.

Ele pegou um par de saltos de cinco centímetros. — Aqui, coloque


esses? — Lash lhe entregou o outro par de sapatos.

Ela o usou como apoio para retirar os sapatos. Lash lhe ajudou a
colocar o novo par. Ele terminou de vesti-la com a sua jaqueta de couro.
— Isso é para que todos saibam que você é a minha mulher.

Angel não se importava de usar a jaqueta. Ela amava o cheiro


dele e sorriu quando isso a cercou.

— Eu amo o seu sorriso. — ele acariciou a bochecha dela. Seu


elogio a tocou. — Eu amo a saia, baby, mas eu tenho que ser

10 É um top muito na moda hoje em dia, que lembra um top de ginástica, cobrindo os
seios e parte da barriga, mas deixando a maior parte de fora.
11 São sapatos de salto alto finíssimos.

~ 77 ~
responsável. — Lash puxou uma calça jeans de uma gaveta. — Coloque
isso.

Angel a pegou das mãos dele e vestiu. Elas eram largas o bastante
para ela. Quando ela terminou, Lash acenou. — É perigoso pra caralho
andar de moto de saia. Tire a calça assim que nós chegarmos lá, ok?

Ela concordou com a cabeça.

— Vamos lá, vamos dar o fora daqui antes que alguma coisa
aconteça na festa.

Ele pegou a mão dela e a levou até sua moto.

— Não vamos ir de carro? — ela perguntou, aproximando-se da


moto.

— Hoje não. Hoje é tudo sobre as motos.

Ela puxou a saia, tentando colocá-la mais para baixo, quando se


lembrou da calça jeans que estava usando. Angel balançou a cabeça,
rindo.

— Se você continuar puxando para baixo, ela vai acabar nos seus
joelhos. O jeans cobre tudo, — ele disse, advertindo-a.

Largando a saia e esfregando as mãos na calça jeans, ela esperou


Lash lhe alcançar o capacete. Ele subiu na moto e esperou que ela
fizesse o mesmo. O jeans não era apertado, e ela foi capaz de subir na
moto sem medo.

Ela amava andar na moto dele. Havia algo livre em deixar tudo
para trás e acelerar pela estrada. Ela desejava que pudesse sentir isso
sem o capacete, mas por enquanto estava feliz em estar segura na
traseira do veículo.

Segurando na cintura dele, ela descansou o queixo no seu ombro.


Com os braços ali, em volta dele, Angel não se sentia nem um pouco
nervosa sobre a festa. Sempre que ela estava com Lash, todo o
nervosismo lhe abandonava, como se não tivesse o direito de estar lá.

Fechando os olhos, ela deixou a paz que sentia lhe invadir. Lash
talvez fosse o extremo oposto do que ela queria de um homem, mas ela
não ia dar as costas para ele por causa dos seus antigos planos.

Ela estava gostando de verdade de Lash, ou Nigel Myers, e


realmente acreditava que poderia até mesmo estar apaixonada por ele.

~ 78 ~
Soltando um suspiro, Angel manteve os olhos fechados, saboreando a
sensação de estar tão perto dele.

— Você está bem? — ele perguntou.

— Estou bem.

Uma das suas mãos cobriu as dela, onde estavam enroladas na


sua cintura. — Eu estou com você, baby.

Angel realmente esperava que isso fosse verdade, porque a cada


minuto ela sentia que estava perdendo seu coração para esse homem.

Ele parou no pátio do bar, que já estava cheio de motoqueiros,


mulheres e homens. Era assim que ela dividia os grupos. Tinha os
motoqueiros, e depois tinha os homens. Lash era um motoqueiro,
enquanto o seu pai era apenas um homem.

Que diabos estava acontecendo na sua cabeça? Houve um tempo


em que ela agrupava todos os homens juntos.

Lash saiu da moto e muitos motoqueiros e mulheres o cercaram.


Ele tirou seu capacete e apertou a mão de um cara que ela reconheceu
como sendo Zero.

— É ótimo ter você de volta.

Ela entregou seu capacete para Lash e então começou a descer,


chocada quando um par de mãos veio em seu auxílio. Olhando sobre o
seu ombro, ela viu que Nash estava lhe ajudando.

— Obrigada, — ela disse.

— Você é a garota de Lash. Faço qualquer coisa para ajudar a


garota dele. — Nash sorriu para ela antes de envolver seus braços em
Kate. A outra mulher olhou para a sua jaqueta.

— Ela foi realmente reivindicada por Lash? — Kate perguntou,


fazendo beicinho.

— Cale a boca. — Nash grunhiu as palavras, e então eles se


afastaram.

Os braços de Lash surgiram ao redor da sua cintura e a puxaram


para perto do seu corpo. Seus dedos abriram a calça jeans dela e depois
a deslizaram até o chão. — Meu irmão está sendo legal. Ele talvez goste
mesmo de você. — ele lhe beijou no pescoço. — Me alcance o jeans. —
ela se abaixou e o recolheu do chão.

~ 79 ~
— Ou ele está tentando me assustar. — Lash colocou a calça
sobre a sua moto.

— Nash não teria tanto trabalho.

Ela sorriu e se virou nos braços dele.

— Além disso, acho que ele está sendo bom com você por causa
da festa. As coisas vão ficar realmente interessantes em breve. Vamos
lá, vamos nos misturar.

Ele pegou a sua mão e a levou para longe da moto, em direção à


multidão. Motoqueiros e homens o interromperam no meio do caminho.
Algumas poucas mulheres tentaram ganhar sua atenção, mas ele a
puxou contra si, e uma vez que elas a viram saíram correndo.

— Tiny está lá dentro, cara. Ele parece pronto para matar alguém,
— Butch disse.

— Ok, eu vou ir vê-lo.

Lash a levou até o bar principal. Duas mulheres estavam fazendo


um strip tease em cima das mesas. Angel notou que uma delas era uma
old lady, e seu homem estava lhe observando atentamente.

— Aqueles são Hardy e Rose. Eles são um casal estranho, e ele


ama ver os outros homens babando pelo que é dele. Nenhum dos caras
tem permissão para tocá-la. Eles podem olhar, mas não tocar.

— Ela é linda, — Angel disse, olhando para o cabelo vermelho e a


pele pálida da outra mulher.

— Ela é, e ela é uma mulher encantadora, devotada a Hardy. Eles


são um time, e ele faz tudo para protegê-la e amá-la. Dependendo do
seu humor, ele vai foder a sua mulher na frente de todos, mas de novo,
só olhar, sem tocar. Ele gosta de torturar os homens.

Eles ficaram parados olhando o show. Angel viu como Rose


manteve o olhar em Hardy o tempo todo. Os homens estavam
hipnotizados pela sua dança. Ela sentiu uma resposta quente em sua
virilha, mas não disse nada.

— Vamos lá, Tiny está enchendo a cara. — Lash a puxou em


direção ao bar.

— Eu odeio as mulheres. Eu odeio todas, — Tiny disse, virando


outro shot.

~ 80 ~
Lash se sentou e a puxou para o seu colo. Tiny torceu o nariz
para ela antes de virar mais uma dose.

— Por que você está odiando as mulheres? — Lash perguntou,


pedindo duas cervejas. Ele deu uma a Angel. Ela pegou a bebida, se
perguntando se conseguiria fingir que bebia.

— Elas são uma dor na bunda. A babá quer que eu a deixe ir


embora. Ela não quer mais trabalhar para mim.

Angel não sabia muito sobre a vida pessoal de Tiny, mas ela tinha
ouvido que ele contratou uma babá para cuidar de Tate. A mulher que
ele contratou tinha dezoito anos na época, mas isso já fazia cerca de dez
anos. Angel sabia que ela deveria ter a mesma idade de Lash ou até ser
mais velha. Tate tinha vinte e três, mas Tiny ainda a tratava como um
bebê; pelo menos foi disso que Tate reclamou para Angel.

— Eva tem vinte e nove anos, Tiny. Ela quer sair e bater as asas.
Você a teve como empregada por dez anos. Ela foi leal a você. Deixe-a ir,
— Lash disse.

Tiny olhou para Lash. Os dois homens se encararam, e Angel não


pode evitar pensar que eles estavam se comunicando sobre algo.

— Ok, certo. Então você precisa fazer algo sobre isso, homem. Eu
não posso ajudar. — Lash pegou sua cerveja, bateu nas costas de Tiny
e se afastou, levando Angel com ele.

— O que foi tudo isso? — ela perguntou, seguindo-o.

— Coisas de homem, baby. Vamos lá pra fora. Eu quero dançar


um pouco.

Ele a levou para o lado de fora do clube. Angel estava se


perguntando como iria fazer isso quando Lash parou abruptamente.

— Você tem que estar brincando comigo.

Olhando por cima do ombro dele, ela viu para quem ele estava
olhando. Um sorriso cruzou seu rosto quando ela viu Tate deslizando
em direção a eles vestindo o seu vestido vermelho matador. Os
motoqueiros a olhavam chocados enquanto os homens babavam. Lash
ficou tenso.

— Onde está ele? — Tate perguntou, cruzando os braços. Seu


olhar foi para Angel e ela sorriu. — Oi, Angel. — a raiva retornou
quando ela olhou para Lash. — Onde está o imbecil do meu pai?

~ 81 ~
— Você não deveria estar aqui. — Lash cruzou seus próprios
braços sobre o peito e a encarou.

— Não dou a mínima para o que você pensa, Nigel. Saia do meu
caminho.

Ninguém chamava Lash pelo seu nome verdadeiro. Silêncio foi a


sua resposta.

— Por que todo esse caos? — Tiny perguntou, chegando atrás de


Angel. Ele olhou para sua filha, e qualquer entorpecimento por causa
das doses de bebida claramente desapareceu. — Que porra você está
fazendo aqui? E por que está vestida assim?

— O que você fez com Eva? Ela se trancou no quarto e eu posso


ouvi-la chorando. Ela não vai me deixar chegar perto. — as mãos de
Tate foram para os seus quadris. Ela olhou para o seu pai e parecia
pronta para cometer um assassinato.

— Ela não é problema seu. — Tiny forçou seu caminho até ela. Os
braços de Lash foram ao redor de Angel enquanto eles observavam pai e
filha discutir.

— Alô! Ela é a porra da minha babá. Sim, eu peguei a piada, uma


mulher adulta com uma babá. Pare de ser um babaca e vá falar com
ela. — Tate parecia ferida e furiosa.

Angel se perguntou quem era Eva e porque ela parecia ser da


família para Tate.

— Isso é uma festa, Tate. Você não deveria estar aqui vestida
desse jeito. Steven, leva-a para casa e tenha certeza que ela fique lá.

— Se você só tocar em mim, vou te castrar com os meus saltos. —


os saltos dela pareciam muito perigosos. — Se você me mandar para
casa, vou me certificar que Eva venha aqui para ver você. Você a quer
aqui?

Tiny empalideceu com as palavras de Tate.

Lash amaldiçoou. — Eles são maus um com o outro. Nenhum


deles recua em uma briga.

— Você não teria esse atrevimento do caralho.

— Teste-me, pai. Está falando esse pouco para que eu perca a


cabeça com você. Eu odeio quando Eva chora, e você também. — Tate
puxou seu celular. — Uma ligação e ela vai estar aqui.

~ 82 ~
Eles se encararam, e até mesmo Angel estava tensa esperando a
resposta.

— Steven, ela fica, e se alguém machucá-la é o seu rabo que eu


vou chutar. — Tiny se afastou tempestuosamente. — Preciso da porra
de uma bebida e de uma mulher.

Angel percebeu que nenhuma das mulheres foi com ele.

x-x-x

Lash observava seu líder e mentor dar voltas apressadas na parte


de trás do prédio. Angel ficou ao seu lado, mas ele precisava ir até lá e
se certificar que Tiny estava bem. Tate se aproximou deles.

— Eu odeio quando ele fica assim, — Tate disse, a mão no


quadril. Ela estava ganhando a atenção de alguns dos homens. Tate
olhou na direção deles. Lash nunca tinha sentido a necessidade de
protegê-la, porque ela sempre soube cuidar de si. — Para que porra
você está olhando?

Ela balançou a cabeça com desgosto e então agarrou o braço de


Angel. — Eu sei que você vai ir falar com ele. Estou levando-a para dar
uma volta nesse tempo.

Ele manteve o aperto firme sobre sua mulher. Disparando um


olhar para Tate, ele esperou até que ela foi sentar no bar. Steven a
seguiu.

— Ok, acho que você está prestes a me deixar aqui e ir lidar com
Tiny, — Angel disse.

— Eu preciso ter certeza que ele está bem.

Ele cobriu a sua bochecha e a puxou para perto. — Enquanto


isso, você vai ficar no bar. Steven vai cuidar de você, não precisa se
preocupar com nada. — ele tocou a jaqueta que ela usava e soube com
todo coração que ela estaria bem. Ninguém tentaria alguma coisa, a
menos que quisessem começar uma guerra com todos os Skulls.

— Vá ficar com Tate. Eu volto assim que eu puder. — ele esperou


até que ela estivesse sentada perto de Tate antes de começar a andar na
direção de Tiny.

~ 83 ~
Ele o encontrou com Nash na parte de trás do bar. Essa parte
tinha uma vista que dava para uma massa de floresta e céu limpo.
Houve algumas vezes em que ele veio aqui para pensar enquanto estava
crescendo.

Tiny e o seu irmão estavam fumando um cigarro.

— Ela não deveria estar vestida desse jeito. Por que ela tenta me
testar? — Tiny perguntou, olhando para o céu.

— Tate está magoada. — Lash acendeu um cigarro e olhou para


longe. Ele estava surpreso de ver Nash sem uma mulher pendurada no
braço.

— Eu gritei com Eva quando ela me perguntou se deveria


procurar outro emprego. Eu lhe disse pra manter o rabo onde eu
mandei, e se ela quisesse fazer algo útil, deveria começar fazendo o que
lhe é dito. — Tiny suspirou. — Eu fui um porco do caralho com ela. Eu
a chamei de gorda e inútil. Eu a magoei.

Lash balançou a cabeça. Eva não era gorda. Ela era curvilínea em
todos os lugares certos, mas um pouco maior do que Angel. Quando ele
olhava para Eva, sempre se lembrava de uma mulher que seria uma
mãe amorosa. Ele já tinha visto ela com as crianças e sabia que tinha
um coração bom. Tiny falar coisas assim deve ter ferido seus
sentimentos.

— Tate está um pouco velha para ter uma babá. Você tem que
descobrir o que fazer com Eva. Ela tem uma vida para viver também. —
Lash tomou uma tragada profunda do seu cigarro e pensou em Angel.
Ele ia tomá-la essa noite. Olhando Hardy e Rose, ele sabia que queria
algo parecido com o que eles tinham. O comprometimento e a confiança
brilhavam entre eles.

— Ela tem sido parte da minha vida desde que Patrícia morreu.
Ela cozinha, limpa e toma conta de tudo. — Tiny balançou a cabeça,
rindo. — Eu posso correr dessa maldita cidade e deixar todos meus
motoqueiros felizes, mas o pensamento de deixar minha casa sozinha
me apavora. Patrícia amava aquela casa, e eu quero que ela fique como
está.

Lash sabia que havia mais na raiva de Tiny, e ele ia manter isso
para si.

~ 84 ~
Tiny terminou seu cigarro. — Tate não sabe sobre Murphy, sabe?
É por isso que ela está nessa festa tentando me dar um ataque do
coração. — Tiny disse.

— Ela está magoada porque ele foi embora. Eu acho que ela
estava apaixonada por ele, e ele a traiu, — Nash disse, surpreendendo
Lash.

— Eu preciso de uma mulher debaixo de mim ou ficar seriamente


bêbado. Vou voltar para dentro. Sugiro que vocês dois façam o mesmo.
Temos um monte de trabalho para fazer na próxima semana. — Tiny os
deixou sozinhos.

— Onde está Kate? — Lash perguntou.

— Provavelmente dando para outro cara. Eu não sei. Tiny


precisava de alguém, e você estava lá com Angel. A merda vai bater no
ventilador em breve. Você tem noção que essa pode ser nossa última
festa de verdade juntos? — Nash disse, olhando para a paisagem.

— Não fale assim, — Lash disse. — Nós já passamos por coisa


pior.

— Eu não sei. Isso só não parece certo para mim. — Nash ficou
em silêncio por alguns segundos. — Você acha que a mãe e o pai
aprovariam quem nós somos?

— Eu realmente não faço ideia. — Lash tentava não pensar no


que sua mãe e seu pai poderiam achar.

— Não podemos mudar isso agora. Eu sugiro que você volte para
a sua mulher. Ela está gostosa.

Lash deu uma risadinha e bateu no irmão. — Mantenha suas


mãos sujas longe da minha mulher.

Eles se dirigiram para a frente do clube. No pouco tempo em que


estiveram longe, as coisas realmente começaram a esquentar. Havia
mulheres em todos os estados de nudez. Ele passou por uma mulher
que estava dando um boquete a um motoqueiro enquanto acariciava o
pau de outro com a mão. Merda, ele precisava voltar para o bar.

Tudo sempre ficava muito pior dentro do clube. Indo até a porta,
ele parou quando viu Tate dançando em cima de uma das mesas.
Steven estava parado entre duas mesas, falando, e então ele viu Angel
sobre a outra mesa. Sua mulher estava escondida pelo corpo de Tate,
mas agora ele a via claramente.

~ 85 ~
Ela estava bebendo de uma garrafa e dançando no ritmo erótico
da musica que tocava ao fundo. As suas mulheres eram lindas e
estavam totalmente fora de lugar. Nenhuma delas estava dançando
para chamar atenção, mas pelo jeito ofegante dos homens ao seu redor,
elas estavam arrasando nos movimentos. Uma sorria para a outra, e
Angel parecia renovada enquanto Tate finalmente parecia livre.

— Lash, hey, venha aqui companheiro, — Tate disse, gritando por


cima da música. — Angel é incrível.

A sua mulher se virou para ele e sorriu. Ela não estava bêbada,
mas estava um pouco embriagada. Ele viu isso pelo jeito que ela sorriu
para ele. Ainda havia uma pitada de reserva nela.

Caminhando em direção a ela, Lash passou pela multidão até


chegar à mesa de Angel.

— Oi, — ela disse. Seus quadris se mexiam de um lado para o


outro.

— Oi, você.

— Você está zangado comigo? — ela fez um beicinho para ele, que
achou isso incrivelmente fofo.

— Eu te deixo sozinha por dois minutos e você já está dançando


sensualmente em cima da mesa. O que você acha? — ele perguntou.

— Você não parece zangado. Você está com esse sorriso sexy. Eu
gosto do seu sorriso sexy. Faz coisas legais aqui embaixo. — a sua mão
foi parar entre suas próprias coxas.

Lash pulou sobre a mesa e agarrou as mãos dela quando assobios


foram ouvidos por causa das suas ações. Angel pode não ter percebido,
mas ela estava ganhando o voto deles para se tornar uma old lady.
Enrolando o braço em volta da sua cintura, ele a segurou firme contra
ele. — Eu sou o único que pode tocar a sua boceta.

— Eu quero que você me toque. Estou queimando por dentro. Por


favor, Lash. — os braços dela se enroscaram no seu pescoço. De jeito
nenhum ele a tomaria no seu estado atual. Durante o resto da noite ela
não ia beber nada. Ele ia tê-la sóbria.

Pegando a garrafa da sua mão, ele tomou um grande gole do


uísque ardente. Olhando em direção ao bar, ele não viu Mikey. Quem
quer que tenha dado uísque para sua mulher ia sentir o peso do seu
punho.

~ 86 ~
— Vamos lá, você pode dançar para mim. — ele a ajudou a descer
e vários motoqueiros aplaudiram. Depois, Lash agarrou o braço de Tate
e a levou para Steven. — Mantenha-a longe de problemas. Se Tiny
descobrir, você vai ter sorte se ainda tiver um pau.

Ele levou Angel para fora para ajudá-la a ficar sóbria. Seus braços
estavam enroscados no pescoço dele, segurando-se nele.

— Eu gosto dessa festa, Lash. É divertida.

Inclinando-se contra a parede, ele a puxou entre as suas pernas.


Ela mexeu seu corpo, fazendo-o gemer.

— Acho que é o uísque falando.

A mão dela parou no seu pau, esfregando-o por cima da calça


jeans. — Porra, baby.

— Eu sei o que estou falando, e quero fazer para você o que você
faz para mim, Lash. Não estou bêbada. Eu sei o que estou fazendo.

Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, ela caiu de joelhos na
frente dele.

— Angel, o que você está fazendo?

— Estou te dando prazer. Eu já vi algumas das garotas fazendo


isso, e agora quero fazer em você. — ela se atrapalhou abrindo sua
calça de couro.

Lash a parou. Ela olhou para cima com um sorriso cativante nos
lábios. — Não posso deixar que você faça isso.

— Por que não? Você já lambeu minha boceta. Eu até já me


depilei toda para agradar você. Eu quero fazer isso, por favor, Lash. Eu
realmente quero.

Ela puxou as calças dele enquanto fazia um beicinho. Lash


gemeu em concordância e soltou suas calças. Ele iria se arrepender
disso depois, mas não podia ficar ali parado e ver a dor no rosto dela.
Parecia que ele tinha machucado o seu gato ou algo assim.

Angel puxou suas calças até as coxas, e seu pau saltou para fora.
Ele estava tão excitado pela dança e por tudo sobre ela que já estava a
ponto de explodir. Suas mãos envolveram o seu comprimento,
bombeando o eixo com um punho levemente apertado.

~ 87 ~
— Porra, baby, isso é bom. — ele olhou para ela ali embaixo,
observando as ministrações no seu pau.

Ela passou um dedo pela fenda do seu pênis, cobrindo seus dedos
com o pré-sêmen que estava vazando.

— O que é isso?

— É a minha porra, — ele disse.

Angel pôs o dedo nos lábios, provando-o. No segundo seguinte,


sua boca estava nele.

Sua inexperiência deixou Lash selvagem. Nas semanas e meses


que viessem ele esperava ensiná-la a chupar ele direito, mas por agora
ele estava amando o jeito que ela o levava na boca. Ela estava um pouco
hesitante; o tomou até que ele bateu no fundo da sua garganta e então
parou. Ele viu a sua cabeça balançar quando o levou dentro da boca. O
resto do clube desapareceu nos fundos. Lash saboreou cada segundo da
boca de Angel nele.

Suas bolas estavam apertadas, e com duas estocadas rápidas


dentro da boca dela, ele explodiu, enchendo-a com a sua semente.
Surpresa se agarrou a ele quando ela engoliu tudo. Ela não hesitou,
somente engoliu, e ele não podia acreditar. Sua pequena virgem parecia
muito feliz quando descansou a cabeça contra a coxa dele.

— Eu te dei prazer? — ela perguntou.

— Você não tem ideia de quanto prazer me deu.

~ 88 ~
Capítulo Nove

Mais tarde naquela noite Angel sentou-se no


canto do bar enquanto Lash jogava cartas com alguns
membros do clube. A festa estava começando a
morrer, mas ela se manteve observando tudo por toda
a noite. Depois de fazer um boquete em Lash, que ela
amou, a festa ficou mais louca. Eles voltaram para
dentro do bar no momento em que Hardy penetrou
Rose. Angel ficou tão chocada e excitada pelo que viu,
que ficou ali parada assistindo. Lash não disse uma palavra. Ele parou
atrás dela com os braços enrolados na sua cintura, segurando-a contra
ele.

O amor brilhava entre Hardy e Rose. Ela desejava que as coisas


fossem diferentes entre ela e Lash. Angel sabia que estava cada vez
mais ligada a ele, e talvez até já estivesse apaixonada. Ela queria mudar
por ele, para ser o que ele precisava de uma mulher. Quando Tate lhe
deu a garrafa de uísque ela se sentiu tonta imediatamente, então
quando sua amiga subiu em cima da mesa, ela seguiu o exemplo.

Depois que Rose e Hardy foram para uma sala privada, várias das
bundas doces foram atrás dos homens. Ela nunca soube que quatro
homens podiam foder uma única mulher ao mesmo tempo. E ela não só
viu isso, como observou um dos homens penetrar uma mulher antes de
ir para outra que estava sendo compartilhada. Ela nunca seria capaz de
lidar com esse tipo de atenção tão rude. Lash não parecia incomodado
pelo que estava acontecendo no clube. Só quando Tiny levou uma
mulher para o seu escritório que ele ficou tenso.

Nash lhe disse para deixar isso para lá.

Angel manteve o nariz fora disso. Sua primeira festa tinha sido
um sucesso, na sua opinião.

— Como você está indo aí, Angel? — Zero perguntou.

Ele estava jogando cartas com o seu homem. Hardy e Rose já


tinham voltado, e Hardy também estava jogando enquanto Rose limpava
algumas coisas.

~ 89 ~
— Estou sóbria.

— Ótimo, porque nós vamos embora logo, — Lash disse,


acariciando sua coxa.

Ela gemeu e abriu ainda mais suas pernas para ele.

— Eu nunca pensei que veria o dia em que Angel Marston subiria


em uma mesa e dançaria daquele jeito, — Kate disse, sentando-se no
colo de Nash.

Ele deu um tapa na sua bunda, avisando-a para ficar quieta.

— O quê? Só estou falando a verdade. Eu me pergunto para quem


ela estava dançando, — Kate disse, continuando seu discurso.

— Eu não estava dançando para ninguém. Acompanhei a minha


amiga em cima da mesa e me diverti. Não estava fazendo nada de
errado. — Angel descansou a cabeça contra o braço de Lash. Ele sorriu
para ela quando ela fez o mesmo para ele.

— Eu acho que você é natural, querida, — Rose disse, sentando-


se ao lado de Hardy. — Além disso, nós, old ladies, precisamos ficar
unidas. Nós somos a únicas que vão ficar por aqui. — Rose atirou um
olhar para Kate.

— Recolha as garras, gatinha. — Hardy beijou sua mulher.

Angel observou a interação. Ela viu o respeito que os caras


tinham por Rose e total ausência dele em relação a Kate. A outra
mulher era realmente só um pedaço de carne.

Lash bateu as cartas na mesa. — Estou fora, seus fodidos. Nos


vemos amanhã. — ele se levantou, bateu nas mãos dos outros homens
e juntos eles foram para fora, em direção à moto.

— Nós não precisamos ir se você não quiser, — Angel disse. Ela


estava curtindo o momento.

— Eu só fiquei mais tempo para você ficar sóbria. — ele apertou a


bunda dela, esfregando sua virilha contra a frente do corpo de Angel. —
Se eu te levasse para casa, não ia conseguir me controlar. É a sua
primeira vez, você vai se lembrar disso.

Devido a toda a quantidade de café que ele lhe deu, ela já estava
sóbria nesse momento.

~ 90 ~
— Leve-me para casa, Lash. — ela se aconchegou nele, inalando
seu cheiro masculino. Lash lhe entregou a calça jeans, observando
enquanto ela vestia.

Ele subiu na moto e ela fez o mesmo, acomodando-se atrás dele.


Lash lhe entregou o capacete novamente, e ela o segurou mais firme do
que antes. A corrida de volta para casa foi muito mais libertadora do
que a ida. Ela se sentia com a mente e espírito mais livres quando
correram para casa. Ela amava a sensação do ar gelado, até mesmo na
escuridão. Angel gritou e deu uma risadinha. Ela sentiu Lash fazer o
mesmo.

Quando eles pararam na garagem, ela já estava excitada e pronta


para o que Lash oferecesse. A calça jeans e o capacete foram tirados no
instante em que ela desceu da moto.

Assim como nas outras vezes, ele tomou o controle. Segurando a


mão dela, ele abriu a trancou a porta da frente atrás deles. Ele não
esperou para acender as luzes e subiu as escadas diretamente para o
quarto.

Uma vez lá dentro, Angel ofegou quando Lash afundou uma mão
no seu cabelo e a outra agarrou sua cintura. Ele a trouxe para perto,
pressionando os lábios contra os seus. Fechando os olhos, ela abriu a
boca para receber o beijo apaixonado. A língua dele fez o desenho dos
seus lábios antes de mergulhar para dentro. Não houve hesitação no
seu toque. A mão no seu cabelo apertou ainda mais, puxando as
mechas do seu cabelo. Ela ofegou por causa da leve dor, mas não o
afastou.

A outra mão dele se moveu do seu quadril para a jaqueta. Ele


arrancou a peça do seu corpo e quebrou o beijo para terminar o
trabalho. Lash afastou o cabelo do seu rosto, olhando diretamente em
seus olhos.

— Bonita pra caralho, — ele disse, possuindo sua boca mais uma
vez.

Ela não discutiu com ele e o beijou de volta com a mesma paixão
que havia se construído dentro dela. Não havia dúvida da necessidade
que ele induziu dentro dela na última semana. Seu toque a deixava em
chamas, e ela precisava que ele finalmente apagasse esse fogo.

Correndo as mãos pelos braços grossos dele, Angel gemeu,


amando a sensação de seus músculos ondulando sob seu toque.

~ 91 ~
— Eu estou tão duro por você. — ele fez um caminho de beijos em
direção à sua mandíbula até chupar a pele do seu pescoço. Arrepios
emergiram por todo seu corpo. As mãos dele a mantiveram imóvel
enquanto ele chupava aquele maldito ponto, marcando-a. De jeito
nenhum ela não acabaria com uma marca depois disso.

— Preciso tanto de você. — Lash se afastou mais uma vez. Seus


dedos encontraram a barra do top dela e o puxaram por cima da
cabeça. Com movimentos rápidos ele fez o sutiã desaparecer. Suas
mãos logo substituíram a roupa íntima, cobrindo os seus seios com as
palmas. — Eu amo seus peitos grandes. Tenho que prová-los.

Angel não conseguia falar enquanto Lash falava e a tocava. Ele


era o único no controle, não ela. A boca dele estava nos seus seios,
beijando, chupando e mordendo os mamilos. Ela o observou brincar
com seu corpo como um músico faz com um instrumento.

— Tão grandes e meus. — Lash deu um passo para trás e tirou a


própria camiseta. Ela agarrou a borda da sua calça de couro e o ajudou
a se livrar dela. Estavam os dois rindo e com pressa em se despir.

Em alguns minutos eles caíram na cama totalmente nus e


prontos um para o outro. Lash se ajoelhou e Angel seguiu seus
movimentos, ajoelhando-se perto dele. — Finalmente estamos aqui, —
ele disse, enrolando o cabelo dela em seu braço.

— Estamos. — a sua voz soou rouca até mesmo para ela.

Lash estendeu a mão livre e acariciou sua bochecha. Seu pau


pressionou contra seu estômago. Seu eixo grosso estava rígido como
rocha. Algumas horas atrás ela tinha sentido ele explodir na sua boca.
Lambendo os lábios, ela olhou para o comprimento duro e se perguntou
se seria bom ter esse monstro penetrando sua boceta.

— Preciso muito de você.

— Então me tome, Lash. Eu estou aqui, e sou toda sua. — ela


olhou para os seus lábios, precisando que ele tomasse o primeiro passo.

Eu vou transar.

Eu vou transar e estou com medo, excitada e quero que ele me


tome.

Lash se inclinou e mordiscou seus lábios, de brincadeira. Ela


seguiu seu exemplo, sorrindo quando ele esfregou o nariz no dela. Angel
passou as mãos por todo seu corpo tatuado. Seus músculos eram

~ 92 ~
duros, apertados, ele era totalmente gostoso. Ela não sabia como tinha
tanta sorte de ter um homem sexy como esse a segurando.

Com a mão livre, ele desceu a mão pelo seu corpo, incendiando-a
com seu toque. Pela sua lateral, por cima do quadril e entre suas coxas,
onde ele a cobriu com a mão.

— Baby, você está tão molhada pra mim. — ela se tornou


consciente da sua boceta depilada. Ele nem havia lhe tocado direito e já
sentia a sua umidade.

Ele sorriu para ela. — Os lábios dessa boceta estão ensopados,


baby. É por isso que eu queria você lisinha. É fácil sentir sua resposta.
Eu amo o seu creme. — para provar seu ponto, ele colocou um dedo
dentro da própria boca, chupando os sucos concentrados ali.

— Por favor, Lash, pare de me fazer esperar. Quero que você seja
o meu primeiro. — meu único. Ela acrescentou a última parte dentro da
própria cabeça. Angel não queria falar isso em voz alta, no caso dele se
afastar. Lash tinha quebrado as suas defesas e ideais, e agora tudo que
ela queria era ele. No seu futuro, em sua cabeça, havia apenas ele.

x-x-x

Lash queria dizer muito mais a ela, mas segurou as palavras com
medo da sua reação. Ele poderia lidar com a maioria das coisas que
eram atiradas nele. Nesse momento, com ela nua em seus braços, Lash
não poderia lidar com uma resposta negativa. Ele nunca se considerou
um covarde e nunca retrocedeu em uma luta, mas pela primeira vez em
sua vida ele estava recuando... Pelo menos essa noite.

Ele soltou o cabelo enrolado em seu braço e a acomodou na


cama. — Deite-se e abra as pernas.

Seu anjo fez como ele disse, deitando contra os travesseiros e


espalhando as pernas bem abertas. Beijando seus lábios uma última
vez, Lash se moveu para baixo e parou entre suas coxas. Ele não ia
chupá-la, mas ia ter certeza que ela estivesse pronta e molhada para
ele. Qualquer desculpa para olhar para aquela boceta e ele ia
aproveitar.

~ 93 ~
— O que você está fazendo? Achei que você não pudesse... Você
sabe... Lamber? — Angel perguntou. Ele a imaginou se encolhendo
depois de fazer a pergunta e deu uma risadinha.

— Nós vamos ter que ensinar você a falar de sexo, baby. — não
hoje. Eles poderiam falar sobre linguagem para o sexo outra hora.

Ele se deixou confortável e abriu os lábios da boceta. Ela estava


pálida, macia e levemente avermelhada por causa da depilação. Quando
a vermelhidão desaparecesse, ela se acostumaria a não ter mais pelos
pubianos. Lash acariciou a fenda com os dedos. Angel estremeceu
debaixo dele.

— Está sensível, — ela disse.

Lash sorriu. Olhando para a sua boceta, ele abriu os lábios para
poder ver melhor. Seu clitóris estava inchando e seu creme estava
brilhando por tudo. Seu anjo12 virgem estava pronta para ele. Ainda
assim, um pouco mais de provocação não ia matar. Pressionado um
dedo no clitóris, ele gentilmente acariciou e provocou até que ela estava
gritando seu nome.

Subindo sobre a cama, ele colocou o dedo que estava lhe tocando
na boca dela. — Prove o seu gosto.

Ela abriu a boca, chupando o creme do dedo dele.

— Como é o seu gosto?

— Não tão bom quando o seu, — ela disse.

Ele grunhiu, beijando sua boca. — Em breve eu vou fazer uma


festa na sua boceta, mas antes disso vou fazer você minha.

Retrocedendo, Lash se moveu de novo para o meio das coxas dela,


esfregando o pau entre os lábios da sua fenda.

— Você não deveria usar camisinha? — ela perguntou.

Lash franziu o cenho. — Eu estou limpo, e sei que você também.

— Eu nunca estive com um cara antes, então não estou tomando


pílula. — ela lambeu os lábios, olhando para ele.

— Então? — ele esperou que ela desenvolvesse o raciocínio.

12 Mais uma vez a autora faz uma referência ao nome da personagem, que literalmente
significa “anjo”.

~ 94 ~
— Eu poderia ficar grávida, — ela disse.

Ele sorriu, esfregando o pau pelas dobras, cobrindo-se com o


creme dela. Lash era maior do que ela, mas isso era bom. Ele não sentia
que ela ia quebrar debaixo dele.

— Eu não me importo, — ele disse, reivindicando seus lábios


mais uma vez.

Com a mão entre seus corpos, ele guiou seu pau para a entrada
dela. Batendo com a língua em sua boca, ele a distraiu o suficiente para
alinhar sua vara com a sua boceta e estocar fundo dentro dela.

Os olhos de Angel se arregalaram, e ela tentou empurrá-lo para


longe. Lash colocou seus braços frenéticos acima da cabeça para
impedi-la de machucar um dos dois.

Ele interrompeu o beijo, sentindo a vagina dela se apertar em


torno dele.

Ela gemeu, as lágrimas enchendo seus olhos. — Você está me


machucando. É muito grande. Pare, por favor.

— Eu não sou tão grande. Espere só um segundo.

Ela balançou a cabeça, mas de jeito nenhum Lash a soltaria. Ele


era maior do que ela, mas a primeira vez sempre era difícil para uma
mulher. Lash se certificou de ficar perfeitamente imóvel dentro dela.

— Você está me machucando. Você prometeu que não faria isso.

— A primeira vez dói para todas as mulheres. — ele a encarava,


se recusando a quebrar o contato. Seus lábios tremeram e lágrimas
escorreram pelos cantos dos olhos.

— Quero que você saia de mim.

Mordendo o próprio lábio, Lash engoliu o nó em sua garganta. —


Me dê alguns minutos e se ainda doer, eu paro. É normal acontecer
isso.

Lash rezou a Deus que ela não sentisse dor, e se sentisse, ele
rezou novamente para ter forças para parar.

— Eu vou soltar as suas mãos, certo. Você pode me tocar o


quanto quiser. Só não lute comigo, ok?

— Não vou lutar com você.

~ 95 ~
Ele soltou as mãos dela e se segurou fora do seu corpo, mas
novamente voltou a se enterrar dentro.

Ela não lutou com ele ou se estendeu para tocá-lo. Ele brincou
com as pontas do seu cabelo castanho, esperando que ela falasse.

As mãos dela ficaram onde ele as deixou. Esticando uma mão, ele
secou as lágrimas do seu rosto. — Você não deveria estar chorando.

Ele esperava por Deus que ele não fodesse com tudo. A última
coisa que queria fazer era forçá-la, mas sentia que estava fazendo
exatamente isso, esperando para ver se ela ainda estava com dor.

Lentamente as lágrimas pararam, e Angel levantou uma mão até


o rosto dele. Ela acariciou sua bochecha, e ele sabia que ela estava
sentindo a barba no seu pescoço e queixo. Sua mão se moveu para o
lado esquerdo do rosto, e os dedos dela traçaram a sua cicatriz.

— Como você conseguiu essa cicatriz? — ela perguntou.

— Em uma briga com os Lions. Ele usou um pedaço de vidro no


meu rosto.

— Você chutou a bunda dele? — ela encarou a cicatriz, e ele a viu


franzir a testa.

— Eu dei uma surra nele, e ele foi mandado para a cadeira


usando esse mesmo pedaço de vidro em um policial.

Seu olhar encontrou o dele. — Fico feliz. Não gosto de pensar em


alguém machucando você.

— Na maioria das vezes os ferimentos desaparecem, e você não


vai ter nada para se preocupar.

— Eu não estou preocupada comigo, Lash. Estou preocupada


com você. E se da próxima vez você não conseguir escapar? Eu odiaria
ver você ferido. — ela desceu a mão até o seu peito. O coração dele batia
rapidamente.

— Eu sou um homem forte e rápido. O clube é parte de quem eu


sou, e eu ajudo a protegê-lo.

— Não arrisque a sua vida por isso, Lash. Por favor, — ela disse,
implorando.

Angel sequer sabia que ele arriscaria sua vida por ela.

~ 96 ~
— Baby, meu pau está dentro de você agora, e você está
esperando uma conversa séria? — ele perguntou, tentando deixar as
coisas mais leves.

— Você tirou a minha virgindade, — ela disse, pegando-o com a


guarda baixa.

— Sim, eu tirei. — seu pau pulsou com a realização de deflorar


sua mulher. Nenhum outro homem jamais conheceria o prazer de sentir
essa boceta apertada. Só ele.

— Você está feliz com isso, — ela disse.

— Baby, você é toda minha.

Ele se inclinou para baixo, roçando os lábios nos dela. Sua mão
ficou presa contra o coração dele. Ela não tinha nenhuma ideia do
quanto significava para ele. Angel foi a única mulher que já teve um
lugar real no seu coração e na sua vida. Todas que vieram antes dela
não significaram nada.

— Lash? — ela disse, retribuindo o beijo.

— Sim, querida.

— Você pode se mexer agora. Não dói mais.

Se afastando, ele a encarou direto nos olhos. — Você tem certeza?

— Sim, eu quero que você se mexa. — suas mãos foram para os


antebraços dele, segurando-se.

A boceta dela apertou em volta do seu pau como se fosse um


punho. — Só vou me mexer se você tiver certeza.

— Eu quero você, Lash. Por favor, termine o que você começou.

Ela se arqueou em direção a ele. A boceta dela se apertou ainda


mais, e ele sabia que ela estava fazendo isso.

Tomando as mãos dela nas suas, ele as prendeu acima da cabeça.

— Estou pronta, Lash.

Ele acreditou na sua palavra e saiu do seu calor apertado. Ela


deixou escapar um gemido, mas não lutou com ele. Olhando entre eles,
ele observou o creme dela brilhando no seu eixo. Quando só a cabeça
permaneceu dentro dela, ele olhou nos seus olhos.

~ 97 ~
— Tem certeza?

Ela concordou com a cabeça e fechou os olhos. A expressão no


seu rosto parecia maravilhada. Lash a encarou, vendo diferentes
emoções cruzarem seu rosto enquanto ele lentamente fazia amor com
ela. Ele mergulhou no seu calor apertado, girando os quadris e puxando
para fora. Não havia pressa nos movimentos. Ele puxou tudo para fora,
amando o jeito que ela respondia ao seu toque. Suas mãos apertaram
os antebraços dele, e Lash soube, sem dúvida, que estava perdido para
todo o resto.

Ele sentiu cada apertão da sua boceta. Ela estava perto de gozar.
Angel se mexeu de encontro a ele, e juntos eles fizeram amor. Lash
sentiu que estava fazendo isso pela primeira vez. As emoções o
consumindo eram diferentes de tudo que ele já havia experimentado
antes. Deixando uma das mãos dela sobre a cabeça, ele desceu a sua e
acariciou o seu clitóris.

— Quero que você goze para mim, baby, — ele disse.

Ele tocou o clitóris dela e fez sua boceta se apertar ainda mais em
volta dele. Gemendo de prazer, Lash permaneceu imóvel, esperando que
Angel gozasse antes que ele se deixasse explodir sobre o limite.

Esta foi uma noite de estreias. Ele era o primeiro e último homem
de Angel, e ela era a primeira mulher com quem ele se importava o
bastante para fazer amor. Ela era todo o seu mundo, e ele não queria
deixá-la ir. Não importava o que ela pensasse dele depois que o
problema com o seu pai fosse resolvido. Ele faria com que ela o amasse.

— Lash, — ela disse, gritando.

Sua boceta se apertou, e ele não conseguiu mais se segurar.


Estocou dentro do calor apertado dela, sentindo as paredes da sua
boceta e o seu creme se derramarem pela força do orgasmo.

Angel atingiu o limite, e segundos depois Lash se juntou a ela,


rosnando seu nome enquanto sua semente a enchia.

Por alguns segundos, ele esperou que ela ficasse grávida e ele
tivesse um motivo para mantê-la perto dele pelo resto da vida.

Batendo seus lábios contra os dela, ele reivindicou seus gritos de


prazer e se deleitou pelo que eles significavam.

~ 98 ~
Capítulo Dez

Lash caiu em cima dela. Angel envolveu seus


braços ao redor das costas dele, acariciando a sua
pele. Ela estava cansada, mas não estava ao mesmo
tempo. Era realmente estranha a forma como ela se
sentia. Olhando para o mundo lá fora, o sol estava
começando a nascer, mas ela não estava pronta para
ir dormir. Lash fez amor com ela. Ela sabia que isso
não foi uma foda, porque já tinha visto dentro do
clube o que era foder. O que ela compartilhou com Lash não tinha nada
a ver com isso, mas sim com fazer amor.

Ela empurrou esses pensamentos para longe. Não havia nenhuma


chance de um futuro romântico com Lash. Ele não era o tipo de homem
que se acomodava, e ela não podia lidar com um futuro se preocupando
sobre isso. Ela já conseguia se ver caminhando pela casa, verificando o
relógio e se perguntando se ele estava fodendo outra pessoa e se voltaria
para ela quando acabasse.

Também empurrando esses pensamentos para longe, Angel


apenas se permitiu o luxo de acariciar o corpo dele. Ela viu a tatuagem
nas suas costas e sorriu. Ele era o primeiro homem que a fez se sentir
pequena e delicada.

— Vou me mexer em um segundo. Só preciso de um tempo para


sentir meu corpo de novo, — ele disse, beijando o ombro dela.

Angel deu uma risadinha. Ela não conseguiu evitar.

— Isso foi bom? — ela perguntou.

— Você não tem ideia de como foi incrível. — Lash se levantou e


olhou para ela. Com um movimento rápido, trocou suas posições, de
forma que ela estava por cima e ele de costas.

— Eu nunca vou me acostumar com isso, — ela disse.

— Com o quê?

~ 99 ~
— Você conseguir me levantar com tanta facilidade. Não estou
acostumada com isso. — ela colocou uma mecha de cabelo atrás da
orelha e sorriu para ele. — No entanto, posso me acostumar a ficar por
cima. — escarranchando sobre a cintura dele com seu pau ainda
profundamente dentro dela, Angel se acomodou. Ela traçou seus
músculos e as linhas das suas tatuagens. Sua pele estava mais escura
pelo tempo que ele passava na rua. As mãos dela eram incrivelmente
pálidas, em comparação.

— Você me deixou orgulhoso essa noite, — ele disse, estendendo


a mão para cobrir o seu seio.

Ela deixou escapar um gemido quando ele beliscou o mamilo. A


ação enviou uma nova onda de luxúria diretamente para o seu núcleo.

— Quando?

— Quando você dançou em cima da mesa com Tate.

— Pensei que você tivesse ficado irritado com a minha dança? —


ela não estava tão bêbada para esquecer o que aconteceu. O uísque lhe
deu coragem para se divertir. Conversar com Tate e ver todo mundo se
divertindo fez com que ela quisesse ser como eles pelo menos uma vez
em sua vida. Sua mãe não iria querê-la envolvida com os motoqueiros, e
fez tudo o que podia para mantê-la.

Conhecendo os Skulls, ela viu que eles eram um monte de caras


vivendo sob seu próprio código. Lash não era cruel ou mau. Ele
simplesmente não vivia como a sociedade esperava. E ela estava
começando a ver a emoção disso. Lash havia explicado que tudo era
sobre e para o clube, e parte dela queria isso. Ela não queria que eles a
julgassem quando tantos já tinham feito isso. Só seu nome já era o
bastante para que as pessoas começassem a fazer suposições sobre ela.

Felizmente, Lash tinha cuidado do seu probleminha.

— Eu não odiei a sua dança, baby. Eu amei. Fiquei orgulhoso


porque você estava dançando para si mesma e com Tate.

— Eu não sei o que isso significa, — ela disse, confusa.

— As bundas doces dançam para seduzir e chamar a atenção dos


caras. Você não estava procurando por isso. Eu vi nos seus olhos. A
única coisa em que você estava interessada era em se soltar. É o mesmo
que acontece com Rose. Ela não dança para Hardy ou para provocar os
homens. Ela dança porque ama fazer isso.

~ 100 ~
As mãos dele pararam nos quadris dela.

— Achei que os homens preferissem as mulheres que provocam,


— Angel disse. Mas ele estava certo, no entanto. Em cima das mesas,
ela não pensou em quem estava lhe vendo ou como iam vê-la por isso.
Ela só queria dançar.

— Nós gostamos de ser provocados, mas também existe algo


diferente em uma mulher que não dá a mínima para ninguém. Você
colocou os caras para fora, e era como se as únicas pessoas no mundo
fossem você e Tate. Não havia nenhuma expectativa sobre os homens, e
a sua inocência só incrementou o pacote.

Lash se apertou dentro dela. Arqueando suas costas, ela gemeu


quando um impulso elétrico se espalhou por todo seu corpo.

— Se você continuar fazendo isso baby, eu vou foder você de


novo.

— O que há de errado com isso? Você já fez isso antes, — ela


disse, segurando as mãos dele quando elas ameaçaram deixar seu
corpo.

— Se nós não pararmos e lhe dermos uma chance para


descansar, você vai ficar dolorida.

Ela guinchou quando ele a pegou em seus braços e deslizou o pau


para fora do seu corpo.

— Eu não me importo, Lash, — ela disse. Ele a colocou no chão


do banheiro e ela o observou encher a banheira. Cruzando os braços,
ela gemeu por não querer que ele a lavasse nem nada assim. Ele a
limpar seria algo muito medieval, e ela não estava pronta para isso.

— Eu me importo. Um pouco de água quente e ternura agora


significa que mais tarde eu posso foder você até que meu coração pare.

Ela estava muito ocupada admirando a sua bunda para ouvi-lo.

— Quê?

Ele olhou para ela por cima do ombro. — Não se engane, Angel,
eu vou te foder em cada chance que eu tiver, e estou ansioso para cada
segundo disso. E você vai me aceitar também.

— O que isso quer dizer? — ela perguntou.

~ 101 ~
— Quer dizer que se eu te quiser, você vai me aceitar. Se é nessa
casa, do lado de fora, dentro do carro, no banheiro, eu não me importo,
você vai se submeter a mim. — ele a ajudou a levantar, suas mãos
agarraram seu cabelo e ele machucou seus lábios com um beijo
punitivo. — Você é minha, Angel. Minha mulher para foder, cuidar e
acalentar.

Ela notou que ele não usou a palavra “amar”. Angel tentou não
ficar decepcionada, mas uma dorzinha afiada perfurou seu coração
devido à falta de uso dessa palavra.

Angel correspondeu ao beijo, embora a decepção ameaçasse


trazer lágrimas aos seus olhos. Ela as empurrou para o lado com outros
pensamentos. Pela primeira vez ela ficaria feliz com o aqui e agora em
vez de se deprimir pensando no futuro. Se Lash não estava em seu
futuro, então Fort Wills também não. Ela iria embora antes que o
pegasse dormindo com todos os tipos de mulheres diferentes.

Ele quebrou o beijo novamente. — Você está me fazendo perder


todo o controle. Eu só quero foder você. — ele gemeu e a pegou em seus
braços.

Lash a colocou dentro da água quente e a moveu para frente,


para poder sentar atrás dela. A banheira estava cheia com espuma com
cheiro de lavanda. Ele empurrou o cabelo dela por cima de um dos
ombros e se acomodou, puxando-a contra ele.

— Como você está se sentindo? — ele perguntou, sussurrando


contra o seu pescoço.

— Perfeita. Isso é muito bom. — sua boceta estava um pouco


sensível, e ela estava agradecida porque ele a impediu de tomá-lo de
novo. — Você já transou com muitas virgens? — ela perguntou,
provocando.

— Não, você é a minha primeira e eu não vou fazer isso de novo.

Ela se lembrou de lutar contra ele. Quando ele a penetrou, ela


não sabia o que fazer. A dor foi tão grande que ela não sabia como iria
sobreviver com ele ali dentro.

— Sinto muito por lutar com você, — ela disse.

— Eu não sinto. — ele beijou o seu ombro. — Se eu alguma vez te


machucar desse jeito, quero que você lute. Nunca aceite a dor, Angel.

~ 102 ~
Seu braço se enrolou na cintura dela. Ela cobriu a sua mão e deu
uma risadinha quando ele se esgueirou debaixo da água para acariciar
a sua boceta.

— Pensei que você estava esperando até que eu me sentisse


melhor.

— Estou te dando prazer. Não vou foder você de novo por pelo
menos um dia, mas depois disso você é minha.

Ele beijou a sua cabeça, acariciando a sua boceta ao mesmo


tempo. — Abra mais suas pernas, — ele disse, instruindo-a.

— Como? Não há para onde ir.

— Não dou a mínima para a água no chão. Eu posso limpar isso


depois. Levante as pernas sobre a borda da banheira.

Revirando os olhos, ela fez o que ele ordenou e repousou as


pernas nas laterais da banheira, abrindo-as. O calor da água a fez
ofegar quando tocou sua boceta exposta.

— Isso, eu posso encontrar você fácil agora. — seu dedo deslizou


entre suas dobras, em direção ao seu núcleo. Ela gritou quando o dedo
grosso a penetrou.

— Achei que você não fosse penetrar, — ela disse, sem fôlego.

— Não vou te penetrar com o meu pau, mas você aguenta o meu
dedo. — ele bombeou dentro dela, adicionando um segundo dedo. Seu
polegar chegou ao clitóris, fazendo-a apertar seus dedos. Não havia
como parar a necessidade queimando dentro dela. Ela precisava muito
dele.

— Monte os meus dedos, baby. Quando você estiver pronta, vou


foder tanto essa boceta que você vai se perguntar como ficou virgem por
tanto tempo. — a respiração dele soprou sobre o seu pescoço.

Gemendo, Angel fechou os olhos e se empurrou para encontrar os


dedos dele. Era tão bom senti-lo dentro dela. Os dois dedos não eram
nada perto do seu pau, e ela estava feliz por isso. Lash estava certo
sobre fazer sexo outra vez. Sua boceta estava sensível, e ela não seria
capaz de lidar com mais uma rodada.

Mas e Lash?

Abrindo os olhos, ela percebeu que ele não estava sendo tocado.

~ 103 ~
Estendendo a mão para trás, ela agarrou seu pau grande e
começou a trabalhar no eixo.

— O que você está fazendo? — ele perguntou, mordiscando seu


pescoço.

— Nós não podemos transar, mas eu posso te dar tanto prazer


quando você está me dando. — ela o encontrou no ritmo de cada carícia
enquanto trabalhou sua ereção com a mão.

As carícias dele se intensificaram, e ela montou na onda do seu


orgasmo ao mesmo tempo em que o levava para sua própria libertação.

Lash rosnou contra seu pescoço quando eles gozaram juntos. A


cabeça dela latejava, e ela gritou.

Estavam os dois suando e ofegando quando começaram a se


acalmar.

— Temos que mudar essa água, — ele disse, beijando-a outra vez.

— Por quê?

— Eu acabei de gozar, baby, e a menos que você queira se lavar


na minha porra, precisamos mudar a água.

Ela riu. — Quem sabe tomamos uma ducha e voltamos para a


cama? — ela perguntou, querendo-o de novo na cama.

— Fechado.

x-x-x

Domingo de manhã Lash acordou com Angel enrolada e nua ao


lado dele. Eles passaram todo o sábado explorando o corpo um do
outro, dormindo e comendo quando se lembravam. Angel era insaciável,
e Lash realmente acreditava que tinha encontrado sua alma gêmea na
vida e na cama.

Passando a mão pelas costas dela, ele lhe observou dormir. Ela
parecia em paz.

O som do seu celular tocando ao longe o fez xingar. Retirando-se


de debaixo do corpo dela, Lash saiu nu do seu quarto e desceu as
escadas até achar o lugar onde tinha atirado o aparelho no dia anterior.

~ 104 ~
— O quê? — ele perguntou, atendendo a chamada.

— Achei que você ficaria feliz de ouvir sobre nós, — Tiny disse.

Olhando para o relógio, Lash viu que era perto do meio-dia.


Amaldiçoando, ele caminhou até a cozinha e começou a preparar café.
— Estive ocupado.

— Angel é assim tão boa?

— Não comece. — ele ficou irritado com a provocação de Tiny. —


Eu preciso te lembrar de Tate e como ela só vai piorar? — Lash
perguntou.

— É por causa de Tate que estou ligando. Nós precisamos nos


mexer, — Tiny disse.

— O que você quer dizer? — Lash ficou tenso, se perguntando o


que ele perdeu enquanto ficou afastado.

— Nossa fonte nos disse que eles vão se lançar sobre Tate e as
mulheres. Eles vão atacar na próxima semana, por aí. Os homens estão
levando suas mulheres para longe. — Tiny parou para amaldiçoar.

— O quê? O que é isso?

— Não podemos levar Angel nem Tate, — Tiny disse.

Lash franziu o cenho. — Eu não entendo. Se as mulheres estão


sendo ameaçadas, então por que estamos deixando duas para trás?

— Se nós mandarmos elas embora, os Lions vão saber que


sabemos sobre eles. Não há nada que podemos fazer Lash. Vou reforçar
a proteção, e os prospectos estão armados também. Nada vai ferir
nossas mulheres.

— Eu não gosto disso. — Lash disse.

Pensar que algo poderia acontecer à sua mulher fez com que fosse
difícil para ele funcionar direito.

— Eu avisei Tate e ela concordou em ficar longe de problemas.


Estava pensando que você poderia levar Angel para ficar com ela. Nós
vamos estar de olho. As mulheres não sabem o que está acontecendo, e
eu quero manter desse jeito.

Lash esfregou os dedos no cabelo. — Como nós vamos lidar com


isso? — os Lions estavam ameaçando seu território, mas não tinham
matado nenhum dos membros. O único problema era o pai de Angel.

~ 105 ~
Era ele quem estava vendendo informações. O bastardo estúpido não
percebeu o perigo em que estava colocando sua filha e a cidade.

— Vamos desmascarar Davi e matar a maioria dos Lions. Eu já


avisei o xerife e ele vai estar de plantão, caso precisemos de ajuda para
acabar com isso.

Lash não se sentiu confortável com as autoridades no meio disso.


Na verdade, isso o irritou. A lei em Forte Wills não lidava com os
verdadeiros problemas. Os policiais sentavam aquelas bundas
comedoras de donuts e fingiam cuidar dos negócios.

Os Skulls que mantinham a merda fora das ruas. Os Skulls


deixaram a cidade segura, e ainda assim alguns moradores os
desprezavam.

Balançando a cabeça, Lash levantou o olhar e viu Angel apoiada


contra a porta. Seu cabelo estava bagunçado, e todo seu corpo gritava
que ela tinha sido bem fodida.

— Eu sei que você odeia esse plano, mas é isso que vamos fazer.
Não trazemos merda pra Fort Wills. Os Lions são nossa única ameaça, e
vamos lidar com isso fora da cidade, longe das mulheres. — Tiny soava
cansado.

— Você está bem? — Lash perguntou, gesticulando para Angel se


aproximar.

— Estou bem.

— Eva? — Lash imaginou que a única pessoa capaz de deixar


Tiny se sentindo cansado e farto era a jovem babá.

— Existe mais alguém que eu deixaria fazer isso comigo?

Ele não respondeu. Lash duvidava que Eva soubesse do poder


que tinha sobre o grande e assustador motoqueiro.

— Quero você aqui o quanto antes. Nash está deprimido, e Kate


não está lhe ajudando.

Revirando os olhos, Lash concordou em ir para lá assim que


pudesse. Era domingo, e ele ia ficar com o Angel o maior tempo
possível.

Ele desligou o telefone e enrolou os braços em volta da sua


mulher. — Bom dia, — ele disse.

~ 106 ~
— Bom dia, — ela descansou contra ele. — Quem era no telefone?

— Tiny, coisas do clube.

— Espero que Tate não esteja em apuros por ter aparecido na


festa.

— Ele vai ficar puto, mas não vai fazer nada.

Lash colocou a mão entre as coxas dela e gemeu quando sentiu


sua carne pingando. — Você ainda está dolorida?

— Não, não estou com dor faz tempo. — Angel gemeu, abrindo
ainda mais suas pernas.

— Incline-se para frente, — ele disse, luxúria substituindo


qualquer preocupação que ele tivesse originalmente. Ele precisava
demais dela.

Ela apoiou os braços no balcão, virando a cabeça para olhar para


ele por cima do ombro. — Será que vai ser sempre assim?

— Porra, espero que sim, — Lash disse, passando as mãos pelas


suas costas. Ele abriu bem as suas nádegas para ver seu buraquinho
enrugado e a fenda cremosa da sua boceta.

Correndo os dedos pelo creme, ele a penetrou com dois dedos


antes de deslizá-los para o seu ânus. Angel gemeu para ele.

Lash afastou todos os problemas que estavam acontecendo na


sua vida e se concentrou em Angel.

— Eu vou foder esse traseiro muito em breve, baby. Você vai


deixar que eu faça isso, não vai? — ele perguntou.

— Sim, tudo que você quiser.

Ele sorriu. Com a outra mão ele agarrou seu pau dolorido e
pressionou a cabeça na entrada dela. Ele esteve sem a boceta dela por
um dia e já estava perto do limite. Quando a cabeça do seu pau
deslizou, Lash agarrou seus quadris com as suas mãos e bateu dentro
dela.

Ambos gritaram, e Lash sorriu quando a boceta dela se contraiu


ao seu redor. Ela estava toda molhada, e ele não a teria de nenhum
outro jeito. — Você é tão apertada.

As mãos dela estavam apoiadas na superfície do balcão, e Lash


estava livre para tocá-la à vontade.

~ 107 ~
— Lash, por favor.

— Sem dor dessa vez, baby? — ele perguntou. Ele não se mexeu,
mas correu as mãos por toda a sua bunda e costas.

— Não, sem dor. Isso é bom.

Abrindo as bochechas da sua bunda, Lash observou seu pau


deslizar para fora do corpo dela e então entrar novamente. A boceta dela
tomou cada centímetro dele.

Batendo na sua bunda, ele agarrou sua cintura e estocou dentro


dela mais algumas investidas. Ela o tomou todo, suas mãos segurando
o balcão.

Ele se revezava entre olhar para o lado do rosto dela e o local onde
ele desaparecia nas suas profundidades quentes.

— Como você se sente? — ele perguntou, deslizando uma mão até


a sua boceta. Lash acariciou a sua boceta molhada, encontrando o
clitóris e o beliscando.

— Incrível.

Acariciando-a com dois dedos, Lash sentiu sua boceta responder


segurando-o com força. Soltando um gemido, ele dedou a sua boceta
até que uma corrente de gozo encharcou seu pau. Ela gritou, montando
seus dedos e seu pau ao mesmo tempo.

— Isso, baby, me monta.

Ele bateu na bunda dela, amando a visão da sua mão marcada na


nádega. Depois que toda a merda com os Lions acabasse, ele ia tatuar o
seu nome nela. Ele queria que todos soubessem a quem sua mulher
pertencia.

— Lash! — ela gritou seu nome quando outro clímax chegou.

— A quem você pertence, baby?

— Você, sempre você.

— Diga. Diga que você me pertence. — ele agarrou seus quadris e


bateu dentro dela. Lash estava sendo rude, e não se importava. Ele
precisava que ela se submetesse a ele e dissesse as palavras.

— Eu pertenço a você, Lash.

Uma onda de paz flutuou por ele, lhe acalmando.

~ 108 ~
— Diga-me que nenhum outro homem vai sentir o seu calor.

— Lash?

— Você pode dizer essa porra com sinceridade?

— Nunca vai haver outro homem. É você, Lash. Sempre vai ser
você.

Gemendo, Lash se soltou, e a libertação o lavou. Batendo dentro


do corpo de Angel, ele se soltou.

Com uma estocada final, ele explodiu dentro dela. Esfregando a


sua bunda, Lash retomou os sentidos e viu Angel olhando para ele por
cima do ombro. Seus olhos verdes o fizeram parar mais uma vez. Ele
viu o questionamento nos olhos dela, mas em vez de responder, ignorou
e puxou seu pau para fora.

Olhando para baixo, ele viu seus lábios vermelhos inchados e a


sua semente branca escorrendo entre eles.

Tudo que ele queria fazer era permanecer dentro do corpo dela. A
necessidade avassaladora de uni-la a ele de algum modo o aterrorizava.
Palavras não eram o suficiente. Ele desejava ter algo que lhe desse
certeza que ela sempre estaria em sua vida. Um bebê garantiria isso.
Balançando a cabeça, ele pegou uma toalha e a pressionou na sua
boceta.

— Essa foi a melhor maneira que eu já acordei em um domingo.


— ele lhe deu um beijo na nádega dela e sorriu quando ela gemeu.

— Pensei que você tivesse inúmeras mulheres para satisfazer


seus desejos.

— Somente quando eu estava no clube. Não trago mulheres aqui.


Essa é a minha casa.

Ele serviu duas xícaras de café, pegou duas tigelas e a única


caixa de cereal que guardava. Lash rapidamente encheu as tigelas.
Colocando tudo sobre a mesa, ele a puxou para sentar no seu colo.

— Mas eu estou aqui, — ela disse, interrompendo seus


pensamentos.

— O quê? — ele perguntou, franzindo o cenho.

— Você disse que nunca traz mulheres para cá, mas eu estou
aqui e sou uma mulher.

~ 109 ~
— Você é a minha mulher, Angel. É diferente.

Ela não disse mais nada, e ele ficou agradecido por isso. Depois
do café da manhã, ele ligou para um dos prospectos para ficar na sua
casa enquanto ele estivesse no clube.

Angel lhe sorriu quando ele saiu, e ele desejou poder lhe dizer o
que ela queria ouvir. Até que ele tivesse certeza que a ameaça dos Lions
tinha passado, não iria lhe dar esperanças.

~ 110 ~
Capítulo Onze

Durante os próximos dias, Angel ficou confinada


dentro de casa ou no clube toda vez que Lash
precisava sair e encontrar com os outros membros.
Ela não se importava nem um pouco de estar perto
dele. Seus sentimentos por Lash tinham se
intensificado, e ela não duvidava mais que o amava.
Angel sabia que estava apaixonada por Lash, o que
tornava difícil para ela lidar com os segredos dele. Ela
sabia que ele estava escondendo alguma coisa, e odiava isso. Segredos,
não importa quem os guarde, sempre eram algo ruim. Ela odiava
segredos. Olhe o que aconteceu com o seu pai quando ele manteve
segredos dela.

Mas com exceção de estar confinada e a parte dos segredos, todo


o resto foi incrível. Quando Lash lhe dava total atenção, todas suas
dúvidas desapareciam. Ele era tão atencioso, insaciável e balançava o
seu mundo. Ela nunca pensou que fosse possível andar nas nuvens,
mas sua vida se tornou um constante andar nas nuvens sempre que ela
estava com Lash. Angel nunca pensou que Lash poderia ser tão
dedicado e divertido. Ele comprou vários DVDs para eles assistirem, e
nem sempre eram filmes de ação ou terror.

Ela perdeu a conta do número de vezes que ele cozinhou para ela,
não só café da manhã, mas jantar e sobremesa. Eles falavam sobre tudo
que não fosse do clube. Angel entendia que falar sobre o clube estava
fora dos limites e não se importava. Quanto menos soubesse sobre os
negócios internos dos Skulls, mais feliz ela era.

Seus pensamentos voltaram para o tempo íntimo que passavam


juntos. Ela não poderia dizer que era uma foda ou apenas sexo. O que
eles compartilhavam era mais do que isso. Quando estavam juntos, se
explorando e fazendo amor, ela se sentia conectada a ele. Eles eram
iguais, e ela deu tanto prazer quanto recebeu.

Ele também começou a brincar com a sua bunda. Ela sabia que
ele queria tomá-la ali, mas não conseguia evitar manter suas reservas
sobre isso. Sexo anal lhe aterrorizava, mesmo que tivesse procurando
na internet alguns links sobre o assunto.
~ 111 ~
Angel tinha certeza que Lash sabia que ela tinha entrado em uns
sites, porque quando ele saiu do seu escritório outro dia, sorriu
maliciosamente para ela. Ele não disse nada constrangedor, mas a
puxou para perto e beijou sua cabeça. Ela não sabia o que era isso de
beijar suas têmporas, ainda que ela achasse essa uma das coisas mais
doces que ele já tinha feito.

Esfregando a cabeça, ela ouviu Tate gemer ao telefone. — Eu


quero dizer que Steven está aqui o tempo todo. Ele tem até o seu
maldito quarto e tudo mais. Eva e eu fomos proibidas de sair. Meu pai
totalmente surtou ontem quando Eva saiu para levar o lixo. Ele gritou,
ela gritou e tudo acabou com ele batendo a porta do escritório e Eva
trancada no quarto. Eu juro que vou trancá-los numa sala e fazer com
que eles resolvam seus problemas.

— Tiny está protegendo vocês duas. Eu não sei do que, mas eu


também não posso sair sem Blaine. Ele está sempre aqui. Lash me
disse que ele é o próximo melhor prospecto. — Angel esfregou as mãos
nas coxas.

Blaine estava na cozinha fazendo outro café para os dois. Eles


estavam jogando cartas, e ele lhe deu alguma privacidade para
telefonar.

— Papai vai mandar Eva embora. Eu sei que vai. Eu a vi


procurando por outras vagas de emprego. Não posso culpá-la. Eu a amo
como uma mãe, mas ela é só a minha babá. Eu estou muito velha para
ter uma, — Tate disse. — Então, enfim, como estão indo as coisas com
o garanhão? Eu ouvi dizer que ele pode ser meio animal, o que é
totalmente nojento porque eu o vejo como um irmão, mas estou
tentando ser solidária.

Rindo, Angel sorriu para Blaine quando ele trouxe os cafés. — Ele
é perfeito. Eu não posso culpá-lo, e não vou entrar em detalhes, Tate.
Ele é como um irmão para você, e eu não estou interessada em
compartilhar tudo.

— Estraga-prazeres.

Ela ouviu Tate suspirar.

— Eu não suporto mais isso. Quero ver você. Eu sei que só faz
alguns dias desde que nos vimos, mas preciso de mais companhia. Eva
também gostaria de conhecer você.

~ 112 ~
Angel olhou para o relógio na parede. — Vou falar com Lash
quando ele chegar em casa. Ele deve estar de volta pelas 19h.

— Diga a ele que eu vou ficar louca se ele disser não, — Tate
disse.

— Alguém já disse que você soa como uma princesinha


motoqueira mimada? — Angel perguntou.

— Eu pareço ser o tipo de mulher que se importa?

Angel disse que não, mas ela acreditava que Tate se importava
muito. Houve vezes em que ela detectou a vulnerabilidade da outra
mulher.

Tate tinha sido magoada no passado, e ela colocava esse exterior


durão para manter as pessoas afastadas.

— É melhor eu ir. Meu pai voltou e ele parece estar de mau


humor de novo. Cuide-se, Angel.

— Você também.

Ela desligou e olhou para Blaine, que estava olhando para seu
próprio celular. — Você está bem? — ela perguntou.

— Sim, como está Tate? — ele perguntou, guardando o telefone


no bolso.

— Ela não está lidando com isso tudo muito bem. Você acha que
Lash vai me deixar visitá-la?

Ele encolheu os ombros, tomando um gole do seu café. — Não sei


dizer.

Todos os membros do clube estavam quietos.

— E as mulheres? Elas estão confinadas em casa ou não?

Blaine parecia desconfortável.

— Quê? O que foi?

— As old ladies tiveram que ir embora. Os caras as mandaram


para longe, mas as bundas doces estão acampando no clube. E então
você e Tate ficaram. Eu não sei o que está acontecendo.

As palavras enviaram dor por todo seu corpo. As old ladies


tinham ido embora, o que só podia significar que ela não era uma old

~ 113 ~
lady. Será que ela estava lendo errado os sinais de Lash? Será que ele
queria se livrar dela?

Ela queria fazer mais perguntas para Blaine, mas Lash entrou
pela porta da frente. Fechando os olhos, ela esperou ele chegar na sala.
A mão dele foi para o ombro dela, e ele beijou sua têmpora mais uma
vez.

— Ei, baby, sentiu minha falta?

Seu corpo aqueceu como sempre fazia quando ele se aproximava.


Ela não conseguia parar essa reação natural a ele. Mais do que tudo,
ela desejava poder parar a sua profunda ansiedade.

— Sim, senti sua falta. — não havia porque mentir. Ela sentiu
saudades dele. Ele era a única pessoa em quem ela pensava o tempo
todo. Da hora em que ela ia dormir até quando acordava, seus
pensamentos eram consumidos por ele.

— Você está livre para voltar para o clube, — ele disse, falando
com Blaine.

— Certo. Foi legal jogar, Angel.

Blaine saiu da casa. Angel permaneceu sentada no sofá. Ela se


sentia como se não pudesse se mover.

— Você quer stir-fry13 hoje à note? — Lash perguntou.

— Parece ótimo. — ela não sabia o que fazer.

Levantando-se do seu lugar, ela o seguiu até a cozinha.

— Você está bem? — ele perguntou quando ela se sentou em


frente a ele. Ela bebeu do seu café e o observou trabalhar.

— Estou.

Ele franziu o cenho, mas começou a trabalhar. Eles não se


falaram, o que era inédito. Lash fez o jantar, e depois ela lavou a louça.
Seus movimentos eram lentos. Já no andar de cima, Lash a puxou para
seus braços. Seu corpo se acendeu pronto para ele.

— O que está acontecendo? — ele perguntou.

Olhando nos seus olhos, Angel não conseguiu se segurar.

13Stir-fry é uma receita tipicamente oriental em que se cozinha legumes e carnes e


que é feita usando uma panela wok e um pouco de óleo.

~ 114 ~
— O que eu sou para você? — as palavras deixaram sua boca sem
pensar duas vezes. Ela não podia engoli-las de volta. Angel parou,
esperando ele responder.

— O que você quer dizer? — seu olhar se estreitou sobre ela.

— Bem, eu não sou uma bunda doce porque não estou dando
para todo mundo que vejo, e também não sou uma old lady, porque
todas elas foram mandadas para longe. O que eu sou para você? Uma
foda? Uma diversão? Ou é assim que meu pai está pagando os juros? —
ela perguntou gritando. Com as mãos nos quadris ela o encarou e ficou
em choque quando ele levantou a mão no ar.

Ele parecia pronto para cometer assassinato. — Eu nunca bati


em uma mulher com raiva, mas nesse momento você está me
empurrando além dos limites. Nunca mais me acuse de tratar você
como a porra de uma vadia. — Lash a pressionou contra a parede. As
mãos dele bateram na parede dos lados da sua cabeça.

Ela ficou tensa, chocada com a raiva repentina que o tomou.

— Se o clube estivesse cobrando juros de você, baby, você


passaria o dia todo aberta em cima de uma mesa sem nada no
caminho. Nós cobramos nossos juros como queremos, e você não teria
descanso. — ele se aproximou até estar a um centímetro de distância.
— Já fizemos isso antes, quando a mulher queria todos nós. Nós
cobramos juros do corpo dela. Você não é assim, e eu nunca deixaria
isso acontecer, Angel. Eu cobrei a dívida e fui o único a reivindicar você.

Angel franziu o cenho. — O quê?

— Fui eu que cobrei a dívida. Sei pai estava se afundando demais,


e eu sabia que era uma questão de tempo até que ele a puxasse para
baixo com ele. Não podia deixar isso acontecer. Você sempre foi para ser
minha. — Lash cobriu a sua bochecha, acariciando a pele até a
clavícula. — Isso é o que faz você diferente, baby. Você é minha, e
quando as pessoas falam de você, você será conhecida como a mulher
do Lash.

Suas mãos desceram para a cintura dela, puxando-a para perto.

No instante seguinte, sua boca estava na dela e Angel derreteu


mais uma vez.

— Nunca, jamais pense em você como uma vadia ou algo assim.


Você é minha mulher, Angel, e isso é tudo que eu posso lhe dizer agora.

~ 115 ~
— Por quê? — ela perguntou.

— Porque é assim que vai ser. É como vai ser. Haverá vezes em
que eu não vou ter escolha além de manter as coisas para mim mesmo.
Isso não tem nada a ver com você. Essa é apenas a vida que eu levo, e
eu não posso trazê-la para isso.

— Como eu posso apoiá-lo se você não fala comigo? — ela


perguntou. As palavras dele acalmaram suas preocupações no
momento. Ela sabia que era só questão de tempo antes que a
insegurança voltasse a passear pela sua cabeça.

— Eu falo com você. Saber que eu nunca vou ter que levar meus
negócios até você já é bom o bastante para mim. Você é tudo que eu
preciso, Angel. Por favor, me apoie sendo você e não se preocupando
com a merda que eu faço. — ele a beijou muitas vezes antes de olhá-la.
— Você pode fazer isso por mim?

— Sim, eu posso.

— Obrigado. — ele puxou as roupas dela, deixando-a nua, e a


puxou para baixo dele na cama.

Ela ofegou quando ele deslizou profundamente dentro dela. Seu


pau grosso pulsou e se enterrou ainda mais profundo.

Será que ela era fraca por aceitar tudo que Lash queria dela?

x-x-x

Amanhã de manhã Lash iria ter uma palavrinha com Blaine por
falar sobre as mulheres. A ameaça dos Lions era a única razão pela
qual ele ainda não tinha se comprometido mais seriamente com ela. Ele
não iria firmar um compromisso para a vida toda somente para arriscá-
lo no meio dessa merda entre os dois clubes. Até agora ninguém tinha
morrido, mas ele não poderia garantir isso sempre.

Empurrando todas as preocupações do clube para longe da sua


cabeça, Lash se deleitou no calor da sua boceta quando ela o cercou.
Isso era o que ele queria quando chegasse em casa, uma mulher que o
quisesse tanto quanto ele a queria. Angel era o amor da sua vida. Não
havia nenhuma dúvida disso na sua cabeça. Ele estava totalmente
apaixonado por ela.

~ 116 ~
— Você é minha, baby, — ele disse, retirando-se do seu aperto
quente só para bater dentro mais uma vez.

— Sim. — ela levantou a mão para acariciar o seu rosto. — E você


é meu.

Ele a fodeu mais duro contra a cama, querendo mais. Saindo do


seu calor, ele a colocou de joelhos e puxou sua bunda para cima. Lash
mergulhou na sua boceta, observando-a tomar ele todo sem nenhuma
dor.

Ela sempre estava pronta e esperando por ele. Ele estava viciado
no calor apertado de Angel.

— Lash, hm, mais, — ela disse.

Olhando para a entrada enrugada da bunda dela, Lash sabia que


ia reivindicar aquilo ali também. Ele estava esperando pacientemente, e
a paciência estava indo embora. Inclinando-se sobre a cama, ele pegou
um tubo de lubrificante.

Espalhando-o pelos seus dedos, ele os pressionou na bunda dela.


Deslizando dois dedos, ele fodeu a boceta ao mesmo tempo em que
abria o seu traseiro para ele.

Angel gemeu, atirando-se na direção dele.

— Isso, baby, monte no meu pau e na minha mão. Vou te foder


tão duro, você vai implorar por mais.

Esticando aberto seu traseiro apertado, Lash aplicou mais


lubrificante no seu eixo. Ele deixou a boceta dela e pressionou a cabeça
no lugar onde seus dedos tinham acabado de estar. Lash se viu
desaparecer dentro da bunda dela um centímetro de cada vez.

— Isso é bom? — ele perguntou.

— Sim. — ela gemeu de novo, e ele deu uma risadinha.

Apertando seus quadris, Lash afundou até o punho dentro da


bunda dela. Ele permaneceu imóvel, dando a ela tempo para se ajustar
ao tamanho do seu pau. Ela era mais apertada do que ele achou que
seria.

— Você está pronta para eu mexer?

— Sim.

~ 117 ~
Ele saiu da bunda dela e lentamente entrou novamente. Seus
movimentos eram lentos, ele não tinha pressa. Parte do sexo anal
estava em tomar tempo para apreciá-lo. Lash ficou maravilhado ao se
deparar com o conhecimento de que era todos os primeiros de Angel.
Ele foi o primeiro homem a beijá-la, a chupar sua boceta e a transar
com ela. Ele reivindicou sua boca, bunda e boceta.

Sim, Angel agora era sua mulher. Ele não achou a descoberta
algo chato. Na verdade, ele queria fazer tudo com ela uma e outra vez.

Deslizando profundamente dentro dela, Lash fechou os olhos e se


deixou absorver cada sensação única. O traseiro dela apertou ao redor
dele com uma pequena palpitação. Mordendo o próprio lábio, ele
esperou ela se acalmar para se mover de novo.

Quando ele já não podia mais aguentar, mudou as suas posições.

— Eu quero beijar você, — ele disse, colocando-a de lado com as


costas para ele. Seu pau permaneceu fundo na sua bunda, e ele se
acomodou atrás dela. Agarrando sua boceta com uma mão e um seio
com a outra, Lash esmagou a boca na dela. Ele montou seu corpo
enquanto a segurava junto a si.

Ela era perfeita para ele. Ele nunca tinha medo de machucá-la.
Angel aceitou tudo que ele deu a ela sem reclamar.

— Diga-me que você quer isso, — ele disse, interrompendo o beijo


e olhando-a diretamente nos olhos.

— O quê?

— Diga-me que você quer que eu goze na sua bunda.

As bochechas dela ficaram ainda mais vermelhas ao ouvir essas


palavras.

— Diga, baby. Quero ouvir você dizer.

Ela mordeu o próprio lábio. Ele beliscou seu clitóris e observou-a


se contorcer de prazer.

— Diga.

— Goza na minha bunda, Lash. Me reclame .

Ele a segurou firme contra si, tomou sua boca e a levou ao


orgasmo nos seus braços. Só depois que ela gozou, ele se permitiu
encontrar sua própria libertação.

~ 118 ~
Lash derramou seu sêmen dentro dela. Sua cabeça latejava por
causa do bombeamento do sangue. Ele a apertou ainda mais, puxando-
a para perto. Beijando sua cabeça, pescoço e lábios, Lash sabia que
nunca a deixaria ir embora.

— Você é a minha mulher, Angel. Você nunca vai sair do meu


lado ou da minha cama. Você é minha.

Ela concordou com a cabeça, mas não disse nada. Eles ficaram
deitados na cama. O único som que se ouvia era das suas respirações
irregulares.

— Você acabou de foder a minha bunda, — ela disse.

— E vou fazer isso de novo. É melhor se acostumar, baby. Eu não


vou desistir de você, — ele beijou sua boca enquanto olhava dentro dos
seus olhos verdes. — O quê? — ele perguntou, vendo a necessidade dela
de falar.

— Você vai desistir das outras mulheres? Aquelas do clube que


são fáceis e querem você?

Ele viu o ciúme nos olhos dela. Lash não se incomodou com isso.
Na verdade, ele ficou feliz pra caralho de ver ciúmes brilhando naqueles
olhos.

— Baby, eu não estive com nenhuma daquelas mulheres por mais


de um ano. Você é a minha primeira e única mulher.

— Prometa.

— É uma promessa para a vida toda.

Lash a beijou mais uma vez e então se separou do seu corpo. Ele
a pegou nos seus braços. Ela protestou, mas ele a ignorou. Ele a
carregou até o banheiro. Ligando o chuveiro, Lash esperou a água ficar
quente antes de puxá-la para dentro com ele.

— Você é sempre tão mandão, — ela disse.

— É uma característica dos motoqueiros.

Ela revirou os olhos, deixando-o lavar seu corpo. — Eu me sinto


uma boneca.

— Você sabe que existem mulheres lá fora que amariam ter um


homem fazendo essa merda. Eu fiz uma sujeira, e eu estou lavando

~ 119 ~
você. Pare de reclamar. — ele deu um tapa na sua bunda, amando o
grito que ela deu.

— Você é sempre tão mau, — ela disse.

— Melhor acreditar nisso.

Ela ficou em silêncio enquanto ele ensaboava seu corpo. Ele a fez
se inclinar contra a parede enquanto lavava a semente pegajosa da sua
bunda. Lash costumava limpá-la como uma desculpa para tocá-la. Ele
não conseguia manter as mãos longe dela. Seu corpo macio o chamava.

— Posso fazer uma pergunta? — ela perguntou.

— Claro.

— Tate está parecendo um pouco irritada de ficar presa em casa.


Ela quer que eu pergunte a você se eu posso visitá-la.

Ele deu uma risadinha. Tate não era o tipo de mulher que
perguntava, e ele disse isso.

— Ela ameaçou ficar louca com você e bater na sua bunda, mas
eu achei que seria melhor tentar pedir de forma agradável primeiro.

Lash a virou para vê-la de frente. Ele pressionou seus lábios


contra os dela. — Você gosta de Tate?

Ela concordou com a cabeça. — Sim, ela é maravilhosa. Mas ela


parece triste, no entanto.

— O que você quer dizer? — ele começou a passar shampoo no


seu cabelo enquanto falava.

— Sua atitude parece uma barreira para manter as pessoas


afastas, como se ela tivesse se machucado antes. Eu acho isso triste.

Ele olhou para ela. Ela era observadora. — Tate já foi ferida no
passado. Ela era próxima de um dos membros, e ele deixou o clube e
ela. Foi uma traição horrível.

— Murphy?

— Sim, o nome verdadeiro dele é Dillon James. Ela se apaixonou


sério por ele. Ele era o prospecto que cuidava dela no Ensino Médio e foi
seu par no baile de formatura. Acho que Tiny só o manteve como
prospecto por tanto tempo porque Tate gostava dele. Depois que se
torna um membro, você não tem tarefas como babá, a menos que seja

~ 120 ~
necessário, — Lash disse. — Eles se aproximaram, e houve um tempo
depois que ele partiu que Tate ficou meio louca.

— Louca como?

— Ela não comia e afastava todo mundo. Eu a prefiro com toda


essa atitude do que em lágrimas e dor. Agora ela está lutando,
enquanto antes só se deixava ir.

— Pobre Tate. Eu sabia que algo tinha acontecido entre ela e


Murphy da vez que nos encontramos no shopping, mas não achei que
fosse isso.

Lash encolheu os ombros. — Tiny faz o que pode, mas ele não
pode consertar aquele coração quebrado.

Eles terminaram o banho e Lash a levou de volta para a cama.

— Então eu posso ir vê-la? — Angel perguntou.

— Vou falar com Blaine e arranjar isso.

— Obrigada. — Angel o beijou e eles se acomodaram juntos.

Em poucos segundos ela caiu no sono, e Lash tomou seu tempo


para observá-la dormir.

Ele sabia que era só questão de tempo antes que os Lions


agissem, e pediu a Deus que Tiny soubesse o que estava fazendo.

~ 121 ~
Capítulo Doze

Depois de ver Lash sair para o clube, Angel


terminou seu café da manhã enquanto Blaine fazia
algumas ligações no seu celular. Ela ia visitar Tate
hoje, e estava esperando Blaine ficar pronto para levá-
la.

Bebendo seu café quente, ela observou o outro


homem falando ao telefone. Ele parecia relaxado e
estava sorrindo. Quando ele terminou, se virou para
ela, contente.

— Pronta para ir? — ele perguntou.

— Sim. Com quem você estava falando? — ela se encolheu pela


invasão de privacidade. — Desculpe, eu não deveria ter perguntado.

— Não, tudo bem. Estava falando com a minha filha, — ele disse,
sorrindo. Ele pegou a carteira do bolso de trás da calça e entregou a ela
uma foto.

— Você é pai? — ela perguntou, pegando a foto e vendo uma


loirinha sorridente ali. A garotinha estava nos braços de uma mulher de
cabelos negros.

— Sim, essa é a minha menina, Darcy, e minha mulher, Emily. —


ele limpou a garganta.

Ela devolveu a carteira. — Elas são lindas.

— Elas são. Emily não me deixar ver Darcy no momento. Eu tive


alguns anos difíceis. O clube tem realmente me ajudado muito. Eu sei
que sou velho para ser prospecto aos vinte e cinco, mas elas são o meu
mundo. Eu faria tudo por elas.

Angel sorriu. — Espero que as coisas se ajeitem logo.

— Eu também. Então você está pronta para ir? — Blaine


perguntou.

~ 122 ~
— Sim. — eles foram para o carro. — Você se importa se eu
perguntar quantos anos Emily tem?

A mulher na foto parecia jovem.

Blaine ficou vermelho. — Na foto ela tinha dezoito, e agora acabou


de fazer vinte.

— Você... — ela não conseguiu terminar. Será que ele dormiu com
uma garota menor de idade?

— Não, Emily já tinha dezoito quando ficamos juntos. Eu nunca


faria isso. Eu que fodi as coisas, não Emily. Ela precisava de mim, e eu
não estava lá. É tudo minha culpa, de ninguém mais.

Angel acenou com a cabeça. — Eu sinto muito. Você é a primeira


pessoa a me dar detalhes da sua vida.

— Sem problemas. Já me disseram que eu preciso falar sobre a


minha família.

Eles entraram no carro e Blaine foi em direção à casa de Tate.


Angel ligou para Tate para avisá-la que estavam a caminho.

Tate não atendeu, e Angel tentou novamente.

— Estou feliz por você ter me contado. Deve ser difícil ter uma
família e não poder vê-la.

— Pode ser, — Blaine disse, concordando.

— Emily e Darcy vivem na cidade?

— Sim. Ela não quer nada comigo. E eu não posso fazer nada
sobre isso. Ela tem a guarda integral e é uma mãe maravilhosa.

Angel sorriu. Quando não conseguiu falar com Tate pela terceira
vez, deixou para lá, imaginando que sua amiga estava muito ocupada
para atender ao telefone.

O resto do caminho foi tranquilo. Blaine falou sobre a sua


garotinha e como ela era avançada. Muitas vezes Angel descansou a
mão contra o estômago, se perguntando se estava grávida. Lash nunca
usou camisinha com ela. Ela provavelmente deveria tê-lo feito usar e
fazer exames ou algo assim, mas ela confiava nele.

Balançando a cabeça, eles pararam na entrada da casa de Tate.


Ela viu a moto de Steven e ficou agradecida porque Blaine teria alguém
com quem conversar.

~ 123 ~
Eles deram a volta para entrar por trás. Tate lhe disse para
sempre entrar por trás. Angel entrou pela porta dos fundos. A cozinha
estava em silêncio.

— Tate, querida, estamos aqui. Eu finalmente falei com Lash e


vim. — eles viraram em uma esquina e Angel congelou.

Steven estava no chão, uma poça de sangue ao seu redor. Tate


estava parada, com as mãos levantadas em rendição. Lágrimas
escorriam pelo seu rosto enquanto ela olhava para o homem a sua
frente. Angel não o reconheceu, mas viu Murphy atrás do grupo.

Blaine tentou puxá-la para fora do caminho. Ele já estava


puxando uma arma do seu bolso. Mas era tarde demais.

Dois tiros foram disparados, e Angel sentiu o aperto dele sobre ela
ceder. Ele caiu no chão aos seus pés. Tate gritou, e Eva saltou. Angel
olhou para o homem caído. Ela estava começando a conhecê-lo. Ele era
pai e estava mudando de vida.

Ajoelhando-se, ela olhou para o peito e o estômago dele. Sangue


vazava pelos buracos. Lágrimas encheram seus olhos.

— Não, isso não pode estar acontecendo. — ela pressionou as


mãos nas feridas, tentando estancar o sangue que fluía.

— Por favor, — ele disse, tossindo.

Alguém agarrou seu braço e a puxou.

— Solte-me! — ela gritou, puxando-se e indo para Blaine.

— Eu sinto muito, — Blaine disse.

Lágrimas escorreram pelo seu rosto. Não, isso não era justo. Ele
estava melhorando de vida. O clube estava lhe ajudando, e ele teria o
seu final feliz.

— Não sinta. Isso não é sua culpa. — ela colocou mais pressão
nos ferimentos e chorou quando sentiu o sangue se derramando.

Ele alcançou o seu bolso. — Diga... Emily... Sinto muito... Eu...


Estava tentando.

— Não fale, Blaine. Você vai vê-la.

Seus olhos se fecharam e Angel não teve tempo de verificá-lo


antes de ser puxada rudemente para ficar de pé.

~ 124 ~
— Fique longe dele, porra. Ele está morto, vadia.

Angel não sentiu a dor de ter sido puxada. Ela não conseguia tirar
o olhar de Blaine e Steven. Os dois eram prospectos, e estavam mortos
aos seus pés como se não fossem nada. Ela estava começando a
conhecê-los, e agora eles estavam mortos.

Empurrada contra Tate, Angel olhou para o homem à sua frente.


Ela viu o emblema dos Lions, e ódio instantâneo a consumiu.

— Por que você não pegou a dica quando eu não atendi ao


telefone? — Tate perguntou, gritando.

— Eu pensei que você estava no banho ou algo assim. — ela


estava dormente. Não havia outra palavra para descrever o que ela
estava sentindo.

— Quem dera.

— Ligue para o filho da puta do seu pai, vadia. Deixe-o saber que
nós estamos na cidade e é melhor a sua gangue andar na linha, ou nós
vamos matar você.

Alcançaram um telefone para Tate. Angel viu a garota hesitar. Ela


olhou de novo para os homens e viu Murphy encarando Tate.

O que ela viu a seguir a aterrorizou. O seu pai estava parado


perto de Murphy. Seu rosto estava duro, como se estivesse usando uma
máscara. Ele olhou para ela, mas não disse nada. Ódio encheu sua
visão. Seu próprio pai era um dos responsáveis por essa confusão. Ele
estava traindo os Skulls e ela desejava que ele não tivesse feito isso
justo hoje. O bastardo merecia apodrecer pelo que tinha acabado de
acontecer com Blaine.

— Faça a ligação, Tate, — Angel disse.

As mãos de Tate estavam trêmulas quando ela apertou a mão da


amiga. Olhando para baixo, Angel viu que suas mãos estavam cobertas
de vermelho. Esfregando-as na saia que estava usando, ela tentou tirar
o sangue de Blaine da sua pele. Como ele podia estar morto? Ele estava
começando a arrumar sua vida.

Balançando a cabeça, ela ouviu Tate cumprimentar seu pai. O


telefone estava alto o bastante para ela ouvir a conversa.

— Olá Tate, querida, qual o problema? — Tiny perguntou.

~ 125 ~
— Pai, você precisa vir para casa. Os... Os Lions estão aqui e
Steven foi baleado. Blaine também.

— Me dê o telefone, vadia. — o homem no comando arrancou o


telefone dela e começou a xingar no telefone.

— Feliz agora? — Tate perguntou. Seu olhar estava direcionado


para Murphy.

Angel enrolou seus braços em volta de Tate, segurando-a perto.

— Era isso que você queria, morte? Não tenho ideia de porque
você quis ir para os Lions, eles são só porcos vestindo jaquetas, — Tate
disse.

O homem ao telefone bateu em Tate com as costas das mãos.

Angel também se machucou no processo.

— Sugiro que vocês tragam esses rabos para cá. Nós vamos
terminar isso, e então eu vou conversar com a sua filha, Tiny. Ela tem
uma boca espertinha, mas eu sei o que fazer com uma boca dessas,
vadia. Pergunte para as vadias que trabalham para mim.

O telefone foi jogado no chão e esmagado.

Angel caiu de joelhos. Ela cobriu o rosto de Tate e viu o lábio


partido da sua amiga. Como ela conseguiu ver através das lágrimas
estava além do seu entendimento.

— Nós vamos sair dessa. Tate, olhe para mim. Nós vamos sair
dessa.

— Sua filha é uma sonhadora, Marston.

Ela não deixou que as palavras a afetassem. Segurando Tate em


seus braços, ela viu que Eva foi solta. A outra mulher foi para o lado de
Tate.

— Venha aqui, baby.

Mesmo que houvesse menos de dez anos de diferença entre as


duas mulheres, Tate se encolheu contra Eva. — Seu pai vai vir, eu
prometo.

Pelos próximos trinta minutos, Angel sentou-se no chão com as


pernas cruzadas, esperando que os homens chegassem. Ela nunca
pensou que ficaria tão aliviada de ouvir o som de motos. Pela janela da
frente, ela viu as sombras das motos da gangue ao redor. Soltando um

~ 126 ~
suspiro, ela segurou a respiração quando a porta da frente se abriu.
Tiny, Lash, Nash, Butch, Zero e muitos outros motoqueiros, incluindo
Hardy, entraram na casa. Angel percebeu a merda que estava
acontecendo na casa de Tiny. Se essa fosse a sua casa, ela estaria puta.
Pelo seu olhar, Tiny estava mais do que puto. Ele estava lívido.

— Você finalmente decidiu aparecer, — o homem disse.

— Nos encontramos de novo, Jeff, — Tiny disse. — Tate, você está


bem?

— Já estive melhor.

— Eva? — Tiny perguntou. Seu olhar nunca deixou o homem


agora conhecido como Jeff.

— Bem.

Angel olhou para Lash. Seu rosto estava duro quando ele olhou
de volta para ela. Angel não podia fazer nada para confortá-lo. Ela
estava com dor.

— Agora, deixe-me dizer como as coisas vão acontecer. Você vai


empacotar a sua merda e vai embora de Fort Wills. Esse é um território
Lion agora. Minha terra, meu clube e você vai dar o fora da porra da
cidade, — Jeff disse. O pai de Angel foi puxado para frente. — Ele
transferiu todos os seus fundos para a minha conta. Você não tem mais
nada. Eu ganhei.

Houve silêncio depois das exigências de Jeff, e então Tiny


explodiu em risadas, seguido pelo resto dos seus homens.

— O que é tão engraçado? — Jeff gritou.

— Você é estúpido pra caralho de pensar que eu confiaria o meu


dinheiro a esse pedaço de merda. David ficou de fora de tudo, além
daquilo que nós demos a ele. — Tiny estendeu a mão para o grupo.
Nash lhe alcançou um pedaço de papel. — Nós conseguimos tudo do
seu clube. Seu dinheiro, que era muito pouco, e compramos a sua
propriedade, Jeff. Você está acabado.

— O quê? Como? — Jeff perguntou, parecendo assustado.

— Você realmente achou que nós deixaríamos David perder o


nosso dinheiro? Temos câmeras por tudo, assim como olhos e ouvidos.
Nós o ouvimos fazer um acordo com você. Mas ele é um cara desleixado,
e foi fácil mudar o que ele fez.

~ 127 ~
Jeff se virou para rosnar para David.

— Eu não pensei que alguém estivesse me observando, — David


disse.

— Você nem sequer verificou. Seu idiota do caralho.

— Então, você está na minha casa, ameaçando a minha família, e


acha que vai se livrar disso? — Tiny perguntou.

Angel viu quando Jeff ficou com raiva. Os Skulls estavam rindo
dele, tudo por causa do desleixo e ganância de David. Pareceu em
câmera lenta, mas Jeff os atacou. Ele empurrou Tate fora do caminho e
apontou uma arma para Eva.

Silêncio tomou a sala mais uma vez. — Vejo que tenho a sua
atenção. Que tal se eu matar a sua babá?

A única forma de descrever a expressão de Tiny era congelada.


Era como se ele tivesse congelado.

— Vejo que ganhei mesmo sua atenção.

— Você pegou a mulher errada, — Eva disse. — Eu sou só a


babá. Não sou assim tão importante.

— Cale a boca, Eva, — Tiny disse.

Angel gritou quando outro tiro foi disparado. Eva caiu no chão
segurando o peito. Jeff se aproximou da mulher. Tiny foi segurado pelos
seus motoqueiros.

— Vamos ver se você está certa, querida. Acho que você significa
mais para Tiny do que pensa.

— Murphy, agora! — Tiny rugiu a ordem, e o inferno explodiu ali


dentro. Armas foram disparadas, e Tate a jogou no chão. Angel cobriu
sua cabeça, encurvando-se o máximo possível enquanto a luta
continuava.

Ela não soube quanto tempo demorou. Seu braço foi tocado, e
quando ela se virou, viu Lash parado sobre ela.

— Nós cuidamos disso, baby, — ele disse.

Olhando ao redor, ela viu muitos corpos caídos, mas também


havia alguns Lions de pé. Envolvendo seus braços ao redor do seu
pescoço, ela conseguiu se levantar. — Eles atiraram em Blaine. Ele está
ferido. Nós precisamos levá-lo para o hospital, — ela disse.

~ 128 ~
— Nós vamos. Eu prometo.

Tiny tinha cercado o pescoço de Jeff. — Você respira mais uma


vez na minha direção e eu vou te matar, porra.

— Eu vou lidar com isso, — Lash disse, acariciando a bochecha


dela.

Angel concordou com a cabeça e foi para Tate. Ela estava


ajoelhada sobre Eva, que segurava seu ombro.

— Eu levei um tiro, — Eva disse.

— Acho que não é inapropriado pedir um aumento, — Tate disse.

As três mulheres riram. — Eu nunca esperei tanta emoção, —


Angel disse.

Olhando por cima do seu ombro, ela viu Lash ajudando Tiny. Seu
irmão estava ao telefone chamando uma ambulância. Alguns dos Skulls
estavam verificando se Blaine e Steven ainda estavam vivos. Pelo canto
do olho ela viu seu pai parado de pé. Ele tinha uma arma nas mãos,
que estava apontada.

Agindo por instinto, Angel se levantou e correu em direção a Lash.


O tiro estourou, e a dor explodiu dentro do peito dela. Ela caiu no chão,
tudo que ela ouvia era a batida fraca do seu coração.

x-x-x

Lash reagiu. Sua mulher tinha acabado de ser baleada. Ele


atacou o pai dela, e o homem mais velho não era páreo para ele. Lash
era mais forte, maior e ele precisava machucar o homem que feriu a sua
mulher. Nada o impediria. A sala estava lavada de vermelho, e tudo por
causa desse homem.

Agarrando David, ele bateu a sua cabeça contra a do velho. Ele


esmurrou o corpo de David com os punhos, e então quando já não
podia mais aguentar, Lash envolveu as mãos no seu pescoço e torceu
até estalar.

Ele desprezava a violência, mas não pode evitar suas ações. Lash
observou David cair a seus pés. Sem esperar o corpo alcançar o chão,

~ 129 ~
ele se ajoelhou ao lado de Angel. Puxando-a para o seu colo, ele a
segurou com força.

— Lash, — ela disse. — Dói.

— A ambulância está a caminho. Sua mulher estúpida, nunca


mais pare na frente de uma bala. — lágrimas encheram os olhos dele, e
pela primeira vez desde que seus pais morreram, Lash deixou-as
caírem.

— Eu t-tinha. Ele ia a-a-atirar em v-você.

Ele balançou a cabeça. O resto da sala desapareceu contra a dor


do seu sangramento.

— Você nunca deveria ter feito isso. Eu posso lidar com uma bala,
mas não posso perder você.

Ela sorriu quando olhou para ele. — Eu amo você.

O coração dele parou de bater. — O quê?

— Eu amo você, Lash. Você é o único homem para mim.

Lash balançou sua cabeça. — Eu também te amo, baby.

Os paramédicos correram para dentro da sala e começaram a


trabalhar sem hesitação.

Angel estava sendo levada dele, e Lash se forçou a entrar na


ambulância. Ele sabia que os outros se juntariam a ele no hospital. Ele
precisava ter certeza que ela sobreviveria à viagem. Segurando a sua
mão, ele se recusou a recuar quando o paramédico lhe lançou um
olhar.

— Nem pense em me dar ordens, porra, — Lash disse, segurando


sua mulher.

Ela desmaiou, mas Lash não a soltou. A viagem até o hospital foi
rápida, e só quando foi realmente necessário ele a soltou. Uma das
enfermeiras o escoltou até uma sala de espera. Ele estava coberto de
sangue. Em vez de limpar-se, ele se sentou e esperou. Os outros na sala
o deixaram sozinho.

Dentro de uma hora Tiny apareceu com Tate e os outros. Tiny e


Tate estavam pálidos quando se sentaram próximo a ele.

— Estão operando Eva. Ela desmaiou antes que a levassem para


a ambulância, e o homem disse que não conseguia encontrar o pulso,

~ 130 ~
— Tate disse, ao lado dele. — Eva é forte, não é? Quero dizer, ela não
pode morrer.

Lash se inclinou para frente, olhando para seus dedos unidos


cheios de sangue. — Todos podem morrer, Tate. — ele pensou em
David. Merda, o que ele fez?

— Alguns dos nossos homens estão cuidando da bagunça, — Tiny


disse.

Olhando em direção ao seu líder, Lash franziu o cenho. — Você


não pode se livrar dessa bagunça, Tiny. Eu quebrei o pescoço de
Marston.

Ele olhou para Lash. — Como ninguém está se importando, nada


aconteceu, e caso tenha, os Lions nos atacaram. Não vou perder um dos
meus homens por causa daquela escória e ponto final.

Lash ia discutir, mas Tate pressionou a mão na sua perna,


silenciando-o. — Não. — ela murmurou a palavra para ele.

Hardy e Zero foram os próximos a passar pela porta. Lash pensou


nos demais, inclusive seu irmão, que estava cuidando das coisas.

— Então Murphy nunca deixou os Skulls? — Tate perguntou.

Murphy havia assumido o papel como espião. Eles fizeram com


que parecesse uma traição, mas todo o tempo ele se reportava aos
Skulls.

— Ele fez o que nós pedimos, querida, — Tiny disse.

Tate acenou com a cabeça. Lash olhou para a mulher que ele
considerava uma irmã e viu que ela estava se segurando.

— Preciso de café, — Tiny disse, levantando-se.

Dentro de mais uma hora o resto da gangue apareceu. Quando


Tate viu Murphy, ela saiu correndo.

Nash sentou-se perto de Lash. — Murphy machucou Tate.

— Ele foi embora sem nenhum aviso. Ela está ferida, mas vai
superar, — Lash disse.

— Espero que você esteja certo. — Nash ficou em silêncio por


vários minutos. — Eu cuidei de David. Você não vai ser pego por isso.

~ 131 ~
— Eu posso não ter escolha, — Lash disse. — Eu matei um
homem.

— Não, eu perdi meus dois pais. Não vou perder você, Nigel. Você
é tudo que me restou, e eu não vou deixar que seja preso por causa
dele.

Ele olhou para o seu irmão. Para Nash chamá-lo pelo seu nome
verdadeiro, Lash sabia que ele estava lutando com as emoções.

— Ok, eu vou tentar, — Lash disse.

— Bom.

Houve silêncio de novo.

— Então Angel é a garota? — Nash perguntou.

— Você deve pensar que é loucura eu amá-la e só querer estar


com ela. Angel é o meu futuro, Nash. Eu a amo e faria qualquer coisa
para vê-la feliz. — Lash sorriu, se lembrando dela dizendo que o amava.
Ele queria abraçá-la.

— Não, loucura é foder uma mulher que você não suporta só para
ter a chance de ver a mulher que você realmente quer, — Nash disse.

Olhando para seu irmão, Lash viu a máscara de Nash cair. Ele
viu seu irmão, a dor clara em todo seu rosto.

— Como assim?

Nash balançou a cabeça. — Eu sou a porra de um otário. Kate


tem uma irmã. Ela é mais nova e doce e não está procurando por uma
jaqueta14 ou algo assim. Eu nunca conseguiria ficar com ela, mas
quando ela fala comigo, ela fala comigo. Ela se recusa a me chamar de
Nash. Eu sou Edward para ela. — seu irmão riu. — Você acredita que
estou fodendo uma mulher que eu mal suporto só para poder vê-la?

Lash olhou para seu irmão chocado com a profundidade da


emoção exibida.

— Não, Lash, eu não acho que você está louco. Acho que você
está apaixonado, e isso eu posso entender.

— Sr. Myers? — uma enfermeira veio à frente chamando seu


nome.

14É uma expressão que significa que ela não está querendo fazer parte do clube, ser
uma old lady ou algo do tipo.

~ 132 ~
Levantando-se, Lash encarou a enfermeira. — Sou eu.

— A Srta. Marston saiu da cirurgia e está acordada. Ela está


perguntando por você.

— O que aconteceu? — ele perguntou.

— A bala não chegou ao coração, mas ainda estava lá. Os médicos


removeram a bala com danos mínimos. Ela não poderá usar o braço por
alguns meses.

Lash acenou e se virou para seu irmão.

— Vai, vai ver a sua mulher.

Tomando uma respiração profunda, ele seguiu a enfermeira até o


quarto de Angel.

Ela estava deitada em uma cama larga. Seu rosto estava pálido e
seus olhos fechados. A enfermeira acenou para ele entrar. Quando ele
fez isso, ela abriu os olhos e sorriu para ele.

— Ei, — ela disse, estendendo a mão que estava bem.

— Ei, você. — ele pegou sua mão e se sentou na cama. Lash


precisava estar o mais perto dela possível.

— Eles me disseram que eu vou ter uma boa recuperação.

— Você se atirou na frente de uma bala, — Lash disse. — Nunca,


jamais faça isso de novo.

— Não podia deixar você ser baleado, Lash. — ela olhou para suas
mãos unidas. — Eu estou apaixonada por você e não posso imaginar
minha vida sem você nela.

Cobrindo o rosto dela, ele baixou a boca na sua.

— Não, não faça isso, em nenhuma circunstancia se coloque em


risco por mim, Angel. — ele a beijou mais uma vez, precisando provar
sua pele doce.

— Eu entendo, — Angel disse.

— Eu te amo demais para te perder.

O sorriso dela iluminou todo seu rosto. — Você me ama?

— Você não tem ideia do quanto eu te amo. — ele olhou para o


chão e amaldiçoou.

~ 133 ~
— Qual o problema? O que foi? — ela perguntou. A preocupação
estava marcada na sua voz.

— Eu matei o seu pai, — ele disse, sussurrando para ela.

— Bom. — não houve hesitação na sua voz.

— Angel, eu tirei a vida dele. Ele não vai voltar.

— Eu sei, Lash. Ele ia matar você. Você não entende. Ele não os
impediu quando começaram a atirar nas pessoas. Ele não ajudou
ninguém, e foi ele quem causou todos os problemas. Eu não me
importo. — ela segurou sua mão com mais força.

— Eu o matei.

— E o clube limpou tudo, não é? — Angel perguntou.

— Como você sabe disso?

— Boatos, e Tate gosta de falar. Eu escuto. Você não vai ser preso
por matá-lo, Lash. Ele não merece o seu tempo. Então agora que
acabou, não vamos mais falar disso, fechado?

— Fechado.

Ele olhou para ela e se perguntou como ela mudou tão rápido.
Deitando-se, Lash envolveu-a com seus braços.

— Eu amo você, baby.

— Amo você também.

Ninguém machucava sua mulher e saia impune. Angel era a sua


mulher e ele estava feliz que todo o mundo soubesse disso. Ele era um
Skull, e ninguém mexia com os Skulls e saia disso impune.

~ 134 ~
Capítulo Treze

Angel parou atrás de Tate enquanto ela prendia


outro balão. Já tinham se passado dois meses desde o
tiroteio na casa de Tiny, e eles estavam finalmente
dando as boas-vindas a Steven e Blaine. Os dois se
feriram gravemente, e Blaine chegou a ficar em coma
por algumas semanas. Foram momentos difíceis, mas
felizmente ambos estavam voltando para casa. Ela
olhou pelo bar e viu Emily e Darcy brincando em um
canto. Todos estavam ajudando na festa de boas-vindas.

Girando o anel em seu dedo, ela levantou o olhar para ver Tate
olhando para ela.

— Se você continuar brincando com esse anel, vai fazer um


buraco, — Tate disse, subindo na mesa.

Uma semana depois de sair do hospital, Lash lhe pediu em


casamento. De jeito nenhum ela iria recusar. Ela gritou “sim” e ligou
para Tate para dar as boas noticias. Eles estavam planejando o
casamento para março, o que dava um bom tempo para organizar tudo.
Lash queria que ela casasse na igreja. Ela não se importava, desde que
estivesse com ele.

— Não, não vou.

Braços envolveram a sua cintura e a puxaram para perto.

— Deixe-a em paz, Tate. Ela pode brincar com o anel o quanto


quiser. É dela.

Lash beijou seu pescoço. Deixando escapar um gemido, Angel se


inclinou contra ele. Ele acariciou a sua barriga e beijou seu pescoço e o
ombro.

Ela viu Tate ficar tensa quando Murphy parou perto dela.

— Eu vou ver se Mikey precisa de ajuda com as bebidas. — ela


sorriu para Angel e se afastou.

~ 135 ~
— Ela não vai falar comigo, — Murphy disse, observando-a se
afastar.

— Tate está magoada e vai levar algum tempo para ela superar
isso.

Murphy balançou a cabeça. — Eu não sei. Ela se fechou até para


Eva e Tiny.

Angel não estava prestes a arruinar a festa dizendo a eles que


Tate estava saindo da casa de Tiny e indo para um apartamento. Ela
pediu que Tate falasse com seu pai, mas a garota continuava a se
recusar.

— Ela vai voltar, — Lash disse, puxando Angel para longe.

— Ele parece triste, — Angel disse. Eles foram até uma parede
afastada e Angel começou a pendurar mais balões e faixas.

— Eles vão superar isso. Tenho certeza que vão descobrir como.

Lash lhe ajudou a terminar de decorar e quando ouviram o


barulho da buzina, todos se juntaram para esperar os que iam entrar.
Tiny que foi buscar os dois homens e Eva.

Angel se inclinou contra Lash enquanto eles esperavam. Seus


braços a cercavam com seu calor. Os Skulls eram a sua família agora.
Ela não sentia nenhuma falta do seu pai. Todo o amor que ela sentia
por ele morreu nos momentos que antecederam sua morte. Ela desejava
que pudesse perdoá-lo, mas não foi possível. Ele ficou ganancioso e pôs
muitas vidas em risco por causa disso.

— Eu amo você, baby, — Lash disse, sussurrando as palavras


contra o seu ouvido.

Ela sorriu. Toda vez que eles faziam amor, Lash lhe dizia seus
verdadeiros sentimentos. Ele se abriu para ela de maneiras que ela
nunca achou possíveis.

— Amo você também.

A porta se abriu e houve uma explosão de aplausos, risadas e


saudações.

Angel pediu que Emily e Darcy esperassem na cozinha. Movendo-


se para frente, ela envolveu seus braços em torno de Blaine. — Você
está bem? — ela perguntou.

~ 136 ~
— Eu estou bem. Eu, hm, eu liguei para Emily, mas ela não me
atendeu.

Nos últimos meses Angel se aproximou de Blaine e ele se tornou


como um irmão para ela.

Segurando a sua mão, ela o levou pelo meio da multidão e


esperou Emily aparecer. Quando ela fez isso, Blaine pareceu chocado.

— Ela não atendeu porque estava aqui esperando por você.

Angel havia procurando a outra mulher quando Blaine sobreviveu


às primeiras semanas após a cirurgia.

— Blaine? — Emily disse. Darcy estava apoiada em seu quadril.

Ele se virou para ela. — Obrigado, — ele disse.

— Não estrague isso. Vá para as suas garotas.

Ela o viu abraçar Emily e Darcy ao mesmo tempo.

— Você é uma romântica incorrigível, — Lash disse, murmurando


contra a sua cabeça.

Virando-se para encarar o seu homem, ela envolveu os braços ao


redor do pescoço dele. — E você está reclamando? Eu não me lembro de
ver você reclamando quando eu fiz o jantar e chupei o seu pau de
sobremesa.

— Você está certa. Eu gosto do seu estilo romântico sujo.

Lash não deixou o seu lado durante o restante da festa. As


bundas doces a evitavam enquanto as old ladies a abraçavam.

De vez em quando, ela viu Tate bebendo direto de uma garrafa e


andando ao redor do clube. Murphy nunca saiu do seu lado.

Balançando a cabeça, Angel sabia que teria que lidar com a sua
amiga em outro momento. Por agora, ela ia se deliciar de estar nos
braços de Lash.

— Vamos lá, vamos dar o fora daqui, — ele disse.

Ela o seguiu para a rua. — Você não pode dirigir. Você bebeu
muito.

— Não preciso dirigir.

~ 137 ~
Ele a levou para os fundos do clube e mais adentro da área da
floresta. Ela nunca tinha ido tão longe do clube antes.

— Onde você está me levando? — ela perguntou.

Lash parou e improvisou uma venda. — É surpresa.

Revirando os olhos, ela esperou ele colocar a venda e a levar


ainda mais longe do clube.

— Você está todo misterioso.

— Pelos filmes que você me faz ver, eu diria que eu estou sendo
romântico.

Ela deu uma risadinha.

Depois de alguns minutos de caminhada, Lash parou. Ele enrolou


seus braços em volta da cintura dela e a puxou para perto. — Eu sei
que você queria ver Blaine quando ele voltasse para casa, e foi por isso
que não lhe impedi de ir à festa, mas eu queria você só para mim.

A venda foi removida e Angel ofegou. Velas estavam espalhadas ao


redor de um cobertor e o que parecia uma cesta de piquenique.

— Você planejou um piquenique romântico? — ela perguntou.


Lágrimas encheram seus olhos.

— Quando se trata de você, baby, eu planejo tudo. — ele a ajudou


a sentar no cobertor.

Ela se sentou e esperou que ele servisse a comida. — Tate ajudou


com isso? — ela perguntou.

— E Rose e Eva. Elas queriam que essa noite fosse perfeita. Você
ajudou a trazer a mulher de Blaine de volta e evitou que eu fosse
baleado ou pior. Do seu jeito único, Angel, você ganhou todo mundo.
Eles a amam por quem você é, — Lash disse.

Ajoelhando-se em frente a ele, ela o puxou para um beijo. — Você


sempre sabe o que dizer.

— Além disso, eu quero mostrar uma coisa.

Depois que toda a comida foi tirada de dentro da cesta, Lash se


levantou. Ela observou, com a boca salivando, enquanto ele tirava a
camiseta. — Olhe, — ele disse, apontando para a árvore tatuada.

~ 138 ~
Seu olhar viajou para baixo. Agarrando uma vela, ela a aproximou
do seu corpo. Ali, no centro da sua árvore, estava o nome dela. Ela
ofegou.

— Quando você fez isso? — ela perguntou. A carne parecia um


pouco machucada.

— Ontem. Eu estive cuidando dela, mas você esteve muito


ocupada com a festa para ver. Estou satisfeito. Queria que você visse
isso na hora certa.

— É linda.

— Quem sabe um dia você não faz a sua própria tatuagem? — ele
perguntou.

— Eu amaria ter o seu nome na minha pele.

x-x-x

Lash provavelmente deveria ter dito a ela que ele já havia


marcado uma sessão para ela, mas ele não queria chateá-la. Ela parecia
tão feliz olhando para ele. Deslizando as mãos pelo seu rosto, Lash
inclinou sua cabeça para trás e roçou seus lábios nos dela.

Ela gemeu, esfregando seu corpo contra o dele. — Eu amo você,


Nigel Myers.

Ele riu, gemendo. — Você não vai escolher os nomes das nossas
crianças, — ele disse.

— Por que não? Eu seria ótima escolhendo os nomes.

Correndo as mãos pelo seu corpo, ele cobriu a bunda dela,


trazendo-a mais perto para sentir sua ereção. Ele estava duro como
pedra com a necessidade de estar dentro dela.

— Você não me trouxe aqui para me seduzir. Você me trouxe aqui


para transar, — ela disse, sorrindo.

— Culpado, — Lash disse, empurrando-a para baixo até que ela


estava deitada diante dele. Ele propositalmente a fez usar uma saia e
um top sem nenhuma roupa de baixo. — Você já quis fazer amor sob as
estrelas?

~ 139 ~
— Você está me vencendo de novo.

— Eu estou cortejando você.

— Me corteje então.

Inclinando-se para trás, ele acariciou suas coxas e as abriu o


quanto queria.

— Isso é trapaça.

— Estou cortejando você.

Ela riu, abrindo mais as pernas.

— Você sabe que me quer. Aposto que a sua boceta já está toda
molhada.

Angel não disse nada. Ela estava jogando o jogo dele.

Ele se moveu para baixo, empurrou sua saia para cima e


procurou a sua boceta, encontrando o creme.

— Eu sabia que você estaria molhadinha. — seus dedos ficaram


encharcados. Ela claramente estava excitada.

— Você sempre faz isso comigo. — ela gemeu, empurrando-se


para encontrar os seus dedos. Lash colocou dois dedos dentro dela ao
mesmo tempo em que chupou o clitóris. Ela gritou. Os dedos dela
mergulharam no seu cabelo e puxaram.

— Isso é tão bom, — ela disse.

Ele mordiscou e chupou o seu clitóris, adicionando um terceiro


dedo dentro da sua boceta.

— Isso mesmo, baby. Goza pra mim. — ele a soltou tempo


suficiente para conseguir falar.

— Por favor, Lash.

Bombeando os dedos dentro dela, ele bateu no seu botão


apertado, sentindo quão perto ela estava do limite.

— Vamos lá, Angel. Eu tenho você. Eu sempre tenho você. —


quando ele colocou seu clitóris na boca novamente, Angel explodiu. Seu
creme jorrou em torno dos dedos dele, e ele bebeu dela.

~ 140 ~
Ele continuou a tocá-la com uma mão enquanto com a outra
acariciava o seu comprimento. Lash mudou de posição, alinhou seu
pau e se empurrou para dentro de casa.

Seus gemidos combinados ecoaram pelo ar da noite.

— Amo você, Angel.

Puxando-se para fora, Lash esperou até que só a cabeça


permanecesse dentro e então empurrou mais uma vez. Ele a tomou
profundamente, prolongando o prazer provocando seu clitóris.

— Eu amo você, Lash. Sempre vai ser você.

Sorrindo, ele fez amor com ela, o que tinha sido a sua intenção o
tempo todo. As estelas brilhavam ao redor deles. As velas derramavam
uma luz suave sobre o corpo dela. Lash queria que tudo fosse perfeito.
Ele queria que ela se lembrasse dessa noite pelos meses e anos que se
seguissem.

Quando o clímax chegou, ele gritou o seu nome e caiu sobre ela.
Angel estremeceu debaixo dele. Seus dedos acariciavam a sua pele.
Rolando para o lado, Lash puxou Angel para perto.

— Nunca pensei que eu poderia ser tão feliz, — ela disse.

— Não acho que você já se imaginou casada com um Skull, baby.

Ela riu, e o som aqueceu o coração dele.

— Não, eu não me imaginava casada ou tendo um futuro com um


motoqueiro. Vocês são todos duros e ásperos e falam muito palavrão.

— Foda-se, — ele disse, brincando.

Angel sorriu para ele. — Minha mãe dizia que vocês eram
péssimas companhias, mas não é o que eu acho.

— O que você acha que nós somos? — ele afastou o cabelo


castanho dela do rosto.

— Acho que você são uma grande família. Vocês não têm uma
imagem perfeita nem nunca serão um modelo, mas vocês são uma
unidade, um time e uma família. Sempre podem contar uns com os
outros. — ela agarrou a mão dele e a colocou em cima da sua barriga.
— E isso é o que eu vou querer para os nossos filhos, Lash.

Ele olhou para a sua barriga e então de novo em seus olhos. —


Você quer dizer que está grávida? — ele perguntou.

~ 141 ~
Angel balançou a cabeça. — Não, eu não estou grávida, Lash, mas
eu quero estar. Eu quero ter nossos filhos e ser sua esposa. Mais do
que tudo, eu quero ser a sua old lady e ficar ao seu lado.

Sua mulher estava lhe rasgando por dentro.

— Angel, você é a única mulher que eu quero ao meu lado.

Ele beijou a sua boca, mostrando-lhe com ações a paixão que


sentia. Eles superaram tantas coisas em pouco tempo. Angel não tinha
sido afetada pela morte do pai, mas ele tinha. Ele guardou o segredo
dos seus pesadelos para si mesmo. Ninguém do clube sabia que ele
havia sido afetado por aquela morte.

Tirar uma vida com as mãos nuas o mudou de um jeito


fundamental. Ele sabia como era forte, e isso o assustava. Quebrar o
pescoço de um homem era algo que ficaria com ele para sempre. Angel
não o tinha julgado. Ela o apoiou e ouviu enquanto ele falava dos seus
problemas.

— Lash?

— Sim, baby? — ele perguntou, olhando para as estrelas.

— Coloque um bebê dentro de mim.

Seu pau ficou instantaneamente duro. Todos seus pensamentos


negativos foram embora quando ele segurou Angel em seus braços.
Tirando as roupas dela, Lash a deixou nua. Eles ficariam sozinhos por
um longo tempo. A festa estava em pleno andamento.

Empurrando a calça jeans até as coxas, Lash agarrou sua ereção


outra vez. Dessa vez, quando ele a tomasse, seria diferente. Levantando
as suas pernas em cima dos seus ombros, ele se afundou até as bolas
dentro dela. Porém, não se mexeu. Com as mãos em cada lado da sua
cabeça, ele encarou aquelas profundidades verdes.

Ele podia ser parte motoqueiro de um clube, e esse clube podia


fazer coisas questionáveis de vez em quando, mas nos braços de Angel
ele sentia que podia dominar o mundo. A sua mulher, a sua old lady,
tinha a chave da felicidade e Lash estava mais do que feliz em se dobrar
à vontade dela.

— Eu amo você, — ele disse, saindo dela lentamente.

Lash fez amor com ela sob um manto de estrelas da mais perfeita
das formas.

~ 142 ~
Epílogo

Uma vez que Tate viu Angel e Lash irem


embora, ela pegou sua bolsa e se dirigiu ao
estacionamento principal. Ela não iria para casa nem
hoje nem qualquer outro dia. Tate não chegou a dizer
a Angel que já tinha assinado os papeis de um
apartamento. Depois de vinte e três anos morando
com seu pai, ela finalmente iria se livrar dele e dos
Skulls.

A única pessoa em quem ela estava interessada era Angel. Elas


ainda seriam amigas, mas todo o resto ia mudar. Ela estava cansada
dos segredos, das traições e de um pai que continuava machucando
uma mulher por quem ele claramente era apaixonado.

— Tate, espere! — Murphy gritou seu nome, tentando fazer com


que ela desacelerasse.

E a última coisa da qual ela estava cansada era Murphy, o


bastado traidor, mentiroso e duas caras que a fez se apaixonar por ele e
então a deixou como se ela não significasse nada. Ela estava
completamente farta dele e não queria vê-lo outra vez.

Ela continuou andando, determinada a começar uma vida nova


longe deles. A biblioteca local já a havia contratado, e ela estava pronta
para começar o trabalho segunda-feira. Sua independência estava ali,
virando a esquina.

— Você está surda, caralho? — Murphy perguntou, agarrando


seu braço e impedindo seu avanço.

Arrancando o braço do aperto dele, ela se virou para se afastar.

— Você está indo embora como a porra de uma criança. Você


pode ter crescido, Tate, mas é só um bebê mimado do caralho.

Tate parou, virou-se e atacou na direção dele. — Eu posso ser um


bebê, mas pelo menos meu vocabulário é melhor do que o seu, imbecil.
— irritada com a sua presença, ela foi para cima e o empurrou.

~ 143 ~
Murphy não se mexeu. Ele ficou ali parado.

— Nós precisamos conversar, — ele disse.

Balançando a cabeça, ela começou a andar na outra direção.

— Você não pode continuar fugindo de mim, Tate. Você precisa


ouvir o meu lado.

Ela parou e olhou para a rua, que estava visível graças aos postes
de luz.

— Vamos lá então, deixe-me ouvir o seu lado. — cruzando os


braços sobre o peito, ela se virou e esperou ele se explicar. Esse homem
tinha lhe machucado profundamente.

— O clube precisava da minha ajuda. Eles precisavam de um


homem que pudesse se infiltrar nos Lions.

Jogando os braços no ar, Tate já tinha ouvido o suficiente. — É


sempre tudo sobre o clube, não é?

— Eu voltei por você. Eu fiz isso para lhe manter segura, — ele
disse, se aproximando.

— Não, você fez isso pelo clube.

— Eu me importo com você, Tate.

— Não, se você se importasse comigo, teria dado um jeito de me


contar. Você só se levantou e foi embora, Murphy. Você me prometeu
que estaria aqui por mim, não importa o quê. Nós deveríamos ter ficado
juntos, e você foi embora. Você não se importa comigo. A única pessoa
com quem você se importa é consigo mesmo.

Ela se virou para sair e se encontrou pressionada contra uma


parede. Murphy invadiu seu espaço, parando perto demais para o seu
conforto.

— Eu fiz o que tinha que fazer para salvar o clube. Eu me importo


com você e não se passou um momento em que não pensei em você
enquanto estava lá.

Lágrimas encheram os olhos dela.

— Então olhe nos meus olhos e me diga que você não fodeu
nenhuma mulher? — ela perguntou.

~ 144 ~
Ele saltou como se ela tivesse lhe batido. Murphy não podia olhar
para ela.

— Tate, isso é passado.

Ela lhe deu um forte tapa na cara, e ele deixou. — Não, nós
somos passado.

— Nós podemos superar isso.

— Não.

— Eu estava colocando clube em primeiro lugar, — ele disse.

— E esse é o seu problema. Você sempre vai colocar o clube em


primeiro lugar. Eu vivi a vida toda com um homem que coloca o clube
em primeiro lugar. Os Skulls sempre vêm primeiro, como se fosse um
tipo de grupo sagrado. — ela o olhou diretamente nos olhos, sabendo
que era um discurso de longa data. — Eu o vi machucar a mulher que
ele ama por causa disso. Eu não vou ser a segunda melhor, Murphy.
Vou encontrar um homem para quem eu seja a primeira.

Seus braços a soltaram, e ele a deixou ir. Ela o empurrou ao


passar por ele, mas ele segurou sua mão e a puxou para perto. Tate
bateu no seu corpo. Antes que ela pudesse respirar, sua boca estava na
sua.

Ela ofegou quando ele quebrou o beijo. — Você pode tentar ficar
com outro homem, Tate. Você pode até se apaixonar por ele, mas nós
dois sabemos que eu sempre vou ser o seu homem, assim como você é a
minha mulher.

Ele a deixou ir. No instante em que seus braços a soltaram, ela se


sentiu sozinha.

As palavras de Murphy eram verdadeiras. Ela deu seu coração


para ele muito tempo atrás. Ele sabia coisas sobre ela que ninguém
mais jamais soube.

Esfregando seus braços, ela se virou e começou a caminhar.

Ela estava indo em direção ao futuro e – ela esperava – à


felicidade.

Fim!
~ 145 ~

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