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Staff

Disponibilização :Soryu
Tradução: Mariana e Nathy
Revisão: Gislaine, Camila Alves
Revisão Final: Gislaine e Eva.M Carrie
Leitura Final e Formatação: Juuh Allves
Sinopse
Desde que soube da morte da sua amiga, Ashley, Pussy
vinha tentando fazer o que era certo para a gangue.
Gonzalez, a nova ameaça que os Skulls e a Chaos Bleeds
enfrentam, é pior do que qualquer um deles antecipou.
Gonzalez tem todas as cartas na mão, e está enviando os
membros da Chaos Bleeds para baixo, uma espiral que só
pode terminar em morte.
Cegada pelo seu padrasto, Sasha tem vivido em um mundo
de trevas há muito tempo, mas um encontro casual com o
Pussy muda sua vida, para sempre. Os poucos momentos
que passa em seus braços são os melhores da sua vida. Ele
lhe dá independência e a ajuda a ver o seu futuro de forma
mais clara.
No entanto, Gonzalez está forçando a Chaos Bleeds ao
ponto da ruptura. Quanto tempo levará até que todos eles
quebrem? No meio de todo esse perigo, Sasha, em sua
cegueira e inocência, é um risco para o futuro da gangue.
Como pode o Pussy escolher entre o amor pela sua gangue e
o amor pela sua mulher?
Prólogo

Enquanto estava sentado no escritório do Devil, Pussy não


sabia por que tinha sido chamado pelo presidente da Chaos
Bleeds. Na maioria das vezes, estava neste escritório para uma
reunião com os outros homens do clube, não apenas ele. Um
mês após terem feito o acordo, Frederick Gonzalez tinha mudado
o jogo, e agora tudo estava um tumulto. Os Skulls não estavam
mais fora da zona de perigo. Tiny teve que fazer um acordo com
Gonzalez para ter a mulher do Butch de volta. Pussy sentia pelo
clube. Todos sentiam. Gonzalez estava provando ser um
problema maior do que, até mesmo ele, antecipou. Tanta coisa
aconteceu nos últimos meses, e Pussy estava lutando para se
manter calmo. Sua última visita aos Skulls foi no dia da
revelação que o Alex ia ser pai. Ele brincou sobre o problema
para o qual os Skulls foram atraídos, mas Pussy realmente
queria uma pausa. A Chaos Bleeds estava começando a ter
problemas à sua frente, também. Desta vez, parecia que os dois
MCs tinham o mesmo problema para lidar.

As suas entregas e missões estavam mais perigosas do que


nunca, tudo por causa do seu acordo com o Gonzalez no
transporte de drogas. Pussy odiava ir às corridas com os seus
irmãos. Estar em sua moto era a parte divertida, mas o perigo, o
risco, não era divertido. A chance de serem pegos era maior do
que nunca. Não havia possibilidade de transportar mais de trinta
meninas sem alguém descobrir a verdade. O negócio de não ter
nenhuma menina logo mudou. Devil não podia recusar quando
suas mãos estavam atadas. Todos sabiam quem era o
verdadeiro patrão no momento, e não era o presidente do seu
clube.

A diversão de se estabelecer, agora, estava se


transformando em um pesadelo. Se manter em movimento, e
nunca no mesmo território, havia mantido longe os bastardos
gananciosos. Estavam correndo risco de ir para a prisão, ou pior,
acabarem mortos. Pussy não gostava de viver, assim como os
outros membros do clube.

— O que posso fazer por você, chefe? — Perguntou Pussy,


sentando—se na cadeira.

Olhando para um retrato na parede da Lexie, Devil o tinha


feito pensar na Sasha Carmichael. Desde o seu encontro, mais
de um mês atrás, não conseguia tirá—la da cabeça. Quando ia
ao restaurante, a viu sentada com seu próprio olhar petrificado.
Fez questão de falar com ela, apesar do seu padrasto o odiar.
Pussy não dava a mínima para o que os outros pensavam dele.
O clube importava para ele, mais do que os seus próprios
sentimentos.

Passando a mão pelos cabelos, se obrigou a desviar o olhar


da fotografia. Seu presidente, Devil, era um homem de sorte, e
todos os irmãos estavam felizes por ele e pela Lexie.

Os Skulls eram, agora, parte dessa merda. Eles receberam


uma cabeça, ontem, de uma das velhas amigas do Butch. A
cabeça estava dentro de uma caixa enviada à mulher do Butch.
Gonzalez tinha intensificado o jogo. Devil franziu a testa
enquanto falava.

— Ok, chefe, você está começando a me assustar, e não


me assusto facilmente. — Pussy se sentou e, em seguida, se
inclinou, apoiando os cotovelos sobre os joelhos. Sabia que o
Gonzalez estava ameaçando suas vidas, a cada momento. Um
negócio simples como manter o Curse vivo, de repente, se
transformou em um maldito pesadelo. Pussy, por exemplo,
estava cansado de ser o cachorrinho de alguém que ele odiava.
Gonzalez não era um bom homem, nem mesmo um homem
decente e a Ashley ainda estava viva, o que o surpreendeu. — A
mulher era uma amiga?

— Não, a mulher ajudou o Butch a escapar do pai do


Gonzalez quando o garoto tinha treze anos. — Devil passou a
mão sobre o rosto. — Antes de mostrar o que estou prestes a
lhe mostrar. Quero que você saiba que eu nunca quis que isso
acontecesse.
Levantando-se, Pussy esperou o Devil abrir caixa. No
momento em que viu a cabeça decepada e reconheceu o cabelo,
Pussy agarrou o estômago. Porra. Nunca tinha sido apaixonado
pela Ashley. Nunca iriam se casar, ou ter filhos. Mas ela era uma
das suas melhores amigas, a única melhor amiga que ele já
teve.

— É a Ashley? — Perguntou, afastando—se da confusão.


Devil cobriu a cabeça.

Pussy tinha lidado com um monte de merda na vida, mas a


cabeça separada do corpo de uma amiga não era uma delas.
Quando estava por perto, o inimigo morria, não um dos seus
amigos ou os homens da sua confiança. É por isso que ele
preferia a estrada. Uma vez que estava lá, ninguém podia ficar
com ele, para fazê-lo se importar.

— Sim. Devil também se levantou, afastando—se da mesa.

— Ele a matou quando lhe ofereceu proteção. Pussy


passeava no espaço do escritório. Estava chateado. Não, estava
além de chateado. Gostaria de matar o filho da mãe com suas
próprias mãos.

— Sim. Nós nos reunimos com os Skulls para ajudá—los e,


agora, o Tiny e os rapazes dele estão na merda, como nós
estamos. — Ele foi designado para a corrida para recolher as
meninas.
Pussy balançou a cabeça. Um homem tão poderoso,
comandando muitos homens, tinha de ser pego no radar dos
Federais. De jeito nenhum, isso não seria notado.

— Então, nós temos mais uma razão para nos preocupar.


Quaisquer federais ou agentes secretos dessa investigação estão
arriscando suas vidas para derrubar tantas pessoas quanto
possível. Se não, então o Gonzalez é apenas um criminoso que
tem sido capaz de ficar escondido. Leva tempo para as pessoas
perceberem que as meninas desapareceram. Tome uma ou duas
de um estado, ninguém vê o que está, realmente, acontecendo.
De qualquer maneira, não estou me ferrando por este filho da
puta. Manteremos nossa cabeça acima da água. Regras rígidas,
agora. Os meninos que usam drogas, levamos para a
reabilitação. Não quero que nada dessa porcaria volte e caia
sobre nós. Já tenho o suficiente para lidar, sem chamar mais
atenção para a gangue.

Pussy olhou para a caixa, pensando na Ashley. — Merda,


quem é que vai dizer à Mia?

A mulher do Curse tinha sido a melhor amiga da Ashley. A


amizade delas tinha sido estranha. Elas eram opostas, mas
estavam ligadas pelo que passaram. Mesmo o Pussy admirava a
Mia pelo que tinha feito para proteger a Ashley, quando eram
mais jovens. Mia tinha matado o pai da Ashley quando o pegou
estuprando-a.
— Ela já foi avisada. Curse a está consolando agora. —
Devil olhou para o chão. — Nós temos trabalho a fazer.

Depois, seguiu seu presidente para fora do escritório e


chamaram todos ao seu redor. Não havia nada que o Pussy ou o
Devil pudessem fazer ou dizer para tornar isso mais fácil. Ashley
estava morta, Gonzalez tinha feito isso, e não havia nada que
pudessem fazer sobre isso.

Separando os usuários de drogas do grupo, Pussy começou


a fazer arranjos para manda-los para um centro de reabilitação.
Nada fazia sentido para ele. Caralho, precisava colocar o seu pau
em uma boceta apertada antes que enlouquecesse.

Sasha se encostou na parede da biblioteca. Ela ouviu a


agitação de todos passando. Nenhum deles prestou qualquer
atenção. Ela não quis dizer nada a ninguém. Houve um tempo
em que as pessoas paravam e diziam olá. Em seguida, sua mãe
se casara com seu padrasto e, agora, ninguém queria falar com
ela.
Em um só golpe, o mundo tinha ido de um lugar brilhante
para um escuro. A cegueira súbita tinha sido difícil para os
médicos entenderem. Ela sabia o porquê, e também o seu
padrasto. Era o segredo da família que mais ninguém podia
saber. Antes do seu mundo ficar escuro, ela gostava de ler.
Houve um tempo em que queria ser médica, mas não havia
possibilidade de isso acontecer, agora. Estava cega, não havia
como tratar dos doentes sem conseguir enxergar. Ele tinha
tomado tudo dela e, ainda assim, era mais dependente dele,
agora, do que nunca.

No livro de medicina que tinha lido, antes de ficar cega,


descobriu que um golpe extremo na cabeça, como em acidentes
de carro ou caindo da escada, podiam causar amnésia ou
cegueira, alguns tipos temporários e outros não. Ela não tinha
morrido daquela vez, mas seu padrasto gostava de causar dor,
se fosse desafiado.

Deus, ela o odiava. Odiava depender dele, também. Todos


os amigos que ela tinha na escola estavam muito longe. Todo
mundo tinha medo do seu padrasto e não chegavam perto dela.
Ela tinha vinte anos, e ninguém dava a mínima para ela. Sua
própria mãe viva dopada com medicamentos de tarja preta,
enquanto ela sofria. Ainda amava sua mãe, mas a mulher estava
emocionalmente cega para a verdade sobre a crueldade do seu
padrasto.
Felizmente, o bastardo só gostava de ferir. Não estava
interessado em obter sexo, caso contrário, estaria em apuros.
Seu padrasto ainda gostava da sua mãe para o que ele queria no
quarto. Era estranho o controle que ele gostava de exibir sobre a
Sasha.

Ficou tensa quando alguém se inclinou contra a parede, ao


lado dela.

— Quem está aí? — Perguntou ela.

— Não se preocupe, querida. — Eu não vou te machucar!

Sasha franziu a testa. — Shane?

— Sim, você se lembra da minha voz?

Lembrar-se? Sua voz era a única coisa sobre a qual podia


pensar. A maneira como seu corpo despertava com o simples
som da sua voz a surpreendeu. Os rapazes na escola nunca
tinham sido bem-sucedidos em fazê-la sentir qualquer coisa.
Nunca tinha sido boa em entender o que meninos ou homens
queriam dela.

Ela assentiu com a cabeça, olhando para frente. O


estacionamento era completamente asfaltado, ou havia canteiros
espalhados para parecer mais agradável? Por que estava
pensando no estacionamento quando o Shane estava perto dela?
— Você não deveria estar sozinha.

— Eu estou esperando pelo meu padrasto.

— E ele a deixou sozinha?

— Não tenho escolha.

Ainda haviam alguns homens, homens ricos, que seu


padrasto tinha que puxar o saco. Ela não sabia o nome do
homem, só que ele tinha um sotaque italiano. De qualquer
forma, o cara de sotaque italiano tinha aconselhado ela a ir à
biblioteca. Ela fugiu com a ajuda de uma bondosa secretária.
Sasha não tinha reconhecido o cheiro ou a voz da mulher, que a
ajudou.

— Eu acho.

— Olha, eu sei que você não pode me ver e sinto muito por
isso, mas eu só precisava ver você.

Ela franziu a testa. — Você parece triste.

— Merda, você é cega. Você não deveria saber esse tipo de


coisa.

— Você não pode disfarçar sua voz. — Ela cruzou os braços


em busca de algo para fazer.

Como ele era? Imaginou várias tatuagens e um corpo duro


como algumas das estrelas de ação que assistia.
— Acabo de perder alguém que significava o mundo
para mim — disse ele.

— Eu sinto muito!

— Ela era uma mulher bonita.

O ciúme a golpeou duramente. Ele amava outra mulher.


Mas então a culpa golpeou seus pensamentos. Ele não merecia
que ela ficasse com raiva. Eles não tinham combinado qualquer
coisa, e esta era a primeira vez que ele realmente tinha falado
com ela.

Ele a tinha procurado?

Não, isso era uma loucura. Shane não a procuraria de


maneira alguma. Tinha certeza absoluta que ele nunca ficava
sem mulher. Apostaria cada centavo que tinha, que ele nunca
ficava sem mulher.

— Ela era sua esposa ou namorada?

Shane riu. — Não, ela não era minha namorada. — Era uma
garota da gangue. — Não se preocupe, pequena. Você não tem
ideia do que está acontecendo. Só precisava falar com alguém, e
não sei por que pensei em vir até você.
Ela o ouviu se mover, e estendeu a mão, segurando o ar.
Rosnando em frustração, deu um passo para frente e tropeçou.
Sasha deixou escapar um pequeno grito pouco antes dele a
pegar. Seus braços envolveram seu corpo, segurando-a
firmemente.

— Que porra é essa, baby?

Sua cabeça estava pressionada no peito dele, enquanto


falava. As vibrações eram incríveis de sentir. Seu corpo tinha
que ser o dobro do tamanho dela. No momento em que ele a
tocou e aquelas mãos grandes envolveram seu corpo, se sentiu
segura. Isso era insano. Não podia estar se sentindo dessa
maneira com um homem que nem conhecia.

— Sinto muito! Eu só não quero que você vá. — Ela se


firmou.

Shane a levou para trás, até a parede, para impedi-la de ir


a qualquer lugar.

— Shane, o que está acontecendo? — Perguntou. O calor


floresceu dentro do seu corpo. Queria que ele a beijasse nos
lábios.

Merda, suas fantasias eram tão infantis. Não tinha nada


com o que compará-lo.

— Eu não me chamo Shane, baby. – Meu nome é Pussy.


Ela franziu a testa. — O quê?

— É o meu nome na gangue. Gosto de uma boceta, esse é


o meu apelido, e é hora de você saber disso.

A respiração dele soprou no seu rosto. Lambendo os lábios,


desejou poder olhar nos olhos dele.

— Você é tão bonita.

A tensão se construiu dentro dela, que estremeceu quando


seus lábios roçaram os dela.

— Está tudo bem, baby. Não vou te machucar. Não dê


ouvidos às merdas que as pessoas dizem. Nós não machucamos
mulheres.

Os lábios do Pussy caíram sobre os dela. Passou as mãos


pelo peito dele, para enlaçar o seu pescoço quando uma mão
agarrou a bunda dela com força.

Ele a puxou para perto, e ela sentiu o calor do seu corpo


através do vestido fino que usava. O cume duro do seu pênis
pressionado contra o seu corpo. Ele era grande e espesso. Podia
senti-lo, mesmo através das roupas.

Tão de repente quanto estava lá, beijando-a, se foi.

— Merda, eu não devia ter feito isso. Esqueça que isso


aconteceu.
No momento seguinte, partiu, deixando seus lábios
formigando.
Capítulo Um
Um mês depois

Os Skulls faziam, agora, parte dos ‘meninos da entrega’ do


Gonzalez assim como, a Chaos Bleeds. Eles haviam recolhido as
meninas de um dos containers perto da baía, há vários
quilômetros de distância e as levaram para onde o Gonzalez as
queria trabalhando. Algumas das meninas estavam trabalhando
no clube de strip. Vincent não estava no melhor dos humores
para distribuir sexo. Pussy odiava a vida nova. Não havia riso,
nem liberdade, e todos esperando a merda acertar o ventilador.

Pela primeira vez, entre as duas gangues, não havia


esperança. Na última visita a Fort Wills, Pussy tinha sentido a
mudança de todos. Butch teve que ralar para ganhar de volta o
título de membro, alguma merda estava acontecendo lá e o
Pussy não entendia. Tiny não tinha aceitado, apenas, o Butch de
volta, como todos pensavam que iria acontecer. Estava
esperando o momento certo, quando o Lash voltasse a ter um
voto.

Nada era o que estavam pensando. Muitos dos homens


estavam em uma clínica de reabilitação para combater seus
vícios em drogas. Pussy estava satisfeito por não ter sucumbido
a qualquer outro vício que não fosse uma boa boceta gostosa.
Visitou alguns homens, enquanto estavam saindo do vício. A
visão não era bonita.

Empurrando toda a maldade para longe, Pussy olhou para a


mulher que se inclinava diante dele. Sua vagina cremosa estava
em exposição, à espera do seu pênis, mas não estava no clima.
Estava transando com ela, momentos atrás, mas agora não
conseguia esquecer a visão dos seus irmãos afundando e
sofrendo enquanto as drogas iam saindo, lentamente, dos seus
organismos.

— Você está bem? — Perguntou a mulher, olhando por cima


do ombro para ele. Não estava interessado em olhar a mulher no
rosto. Ela não era a Ashley, e nem a Sasha. A mulher na frente
dele era apenas uma boceta disponível para ele se distrair um
pouco. A vida era uma porcaria na sede do clube. Onde quer que
fosse a vida era uma merda, e Devil estava sendo mais
cauteloso do que jamais tinha sido em toda sua vida.

— Sim, querida. Estou bem. — Saiu da cama. Mesmo que


seu pênis estivesse duro como uma rocha, não estava com
vontade de ter nenhum trabalho.

— Você quer que eu cuide de você? — A mulher estava


nua, os peitos falsos e a bunda também. Sorriu para ela.
— Claro, querida. Coloque os seus lábios no meu pau. —
Colocando uma mão atrás da cabeça dela, olhou para o teto
enquanto ela balbuciava e fingia, ronronando como um gatinho.
Revirando os olhos, soltou um suspiro. Houve um tempo em que
uma mulher não ia conseguir dormir, uma vez que colocasse as
mãos nela. Agora, era inútil. Ninguém ia querer transar com ele
neste ritmo.

Ela agarrou o seu pênis, removeu o preservativo e começou


a lamber a ponta. Olhando para baixo, ele a observou lamber o
pré-sêmen, como se fosse uma iguaria que nunca tinha
experimentado antes.

— Sim, baby, engula tudo. — Não sabia o nome dela, e não


se importava.

Empurrando os quadris em sua boca, à espera, fechou os


olhos, imaginando a Sasha com os lábios em torno do seu pênis.
A pequena cadela andava invadindo seus pensamentos mais e
mais regularmente. Não importava o que fizesse, ela não iria
deixa-lo em paz. As poucas conversas que tiveram foram curtas,
mas ele as revivia, mais e mais, em sua mente. O beijo que
tinham compartilhado tinha sido fugaz e delicado, mas ele ficava
com tesão cada vez que pensava nele. Quando se tratava da
Sasha, todos os pensamentos sobre ela o excitavam.
Imaginou os lábios dela em volta do seu pênis. Seus longos
cabelos castanhos caindo em cascata sobre o seu corpo
enquanto o chupava era fantasia demais para ele ignorar.
Agarrando a cabeça da mulher, golpeou no fundo, forçando—a a
tomar mais dele.

Em poucos segundos, gozou na sua boca e não a soltou até


que ela tivesse engolido cada gota do seu sêmen. Quando
acabou, ordenou que ela saísse do seu quarto. A mulher teve o
bom senso de não discutir ou falar nenhuma merda para ele. As
garotas da gangue sabiam que estavam, todos, em apuros e não
discutiam quando uma ordem era dada. Todo mundo fazia o que
o Devil ordenava sem fazer perguntas.
Deitado de costas na cama, Pussy olhou para o teto.
Alguém bateu à sua porta, e ele ignorou o som.

Segundos depois, Death abriu a porta.

— Você está ignorando todo mundo, agora? — Death


perguntou, se aproximando da cama.

— Não. Escolhi ignorar cada filho da puta que tenta entrar


no meu quarto. Não sou chamado de Pussy por nada. As
mulheres estariam todas lutando se eu começasse a responder a
qualquer merda. — Virou para o lado e se inclinou sobre a cama
para pegar um cigarro. Acendendo a ponta, se deitou, inalando a
nicotina em seus pulmões.
— As mulheres não estão mais saindo do seu quarto
parecendo satisfeitas, Pussy. Talvez, você esteja perdendo seu
toque. — Death provocou, pegando um cigarro e se sentando no
chão, com as costas apoiadas na cama.

— Não, as mulheres estão, apenas, sendo utilizadas por


mim para cuidar de mim mesmo. Não estou interessado em
fazer amizade com as cadelas. Elas querem chupar e foder um
pau, então o fazem. Só não retribuo o favor, sempre. — Soltou
um anel de fumaça pensando na beleza de cabelos castanhos
que tinha beijado um mês atrás.

— Esse não parece ser você. Será que isso tem a ver com a
Ashley? — Perguntou o Death.

Pensar na Ashley o deixou triste, mas não o impediu de


foder outras mulheres. Agora, pensar na Sasha o impedia de
querer estar com outras mulheres. Se irritou. Um simples beijo
não deveria tê-lo deixado se sentindo assim. Esfregando o peito,
imaginou o que estava acontecendo com ele.

— Não.

— Curse não conseguiu trazer a Mia até o clube. Ela está


chorando o tempo todo, e ele não consegue fazê-la comer. Ele
está, realmente, sofrendo com esta merda. — Death soprou um
anel de fumaça.

— O que você quer que eu faça? — Perguntou Pussy.

— Nada. Estou só dizendo a você que não é o único que


sente a falta da Ashley. Não sou um idiota, Pussy. Não me trate
como um. Você e a Ashley eram próximos. Sei que você nunca
ia dar a ela um anel ou lhe prometer o para sempre, mas você
nunca ia virar as costas para ela, também.

Pensou sobre o que o Death falou. — Nós a matamos.

— Sim, nós o fizemos. – A gangue a matou. Devíamos tê—


la impedido de ir com o Gonzalez. — Há um monte de merda
que deveríamos ter feito, mas não fizemos, e agora somos os
únicos que pagam o preço. — Death deixou escapar um suspiro.
– Merda, você está ficando desagradável, Pussy. Você precisa
começar a se divertir.

— A vida não é um jogo.

— Porra, Pussy. Pare de ser um idiota. A Ashley está morta


e enterrada. Você vai se sentar e morrer porque ela não vai mais
estar por perto? O Gonzalez está fodendo com a gente. É hora
de fodermos de volta. — Death apagou o cigarro e ficou de pé.
Deitado de costas na cama, Pussy pensou sobre o que ele
disse. Não tinha visto a Mia desde que viu a cabeça decepada da
Ashley. Pulando para fora da cama, tomou um banho rápido e se
dirigiu para a casa em estilo rancho, nos arredores de Piston
County. Depois de estacionar a moto, bateu na porta e esperou
o Curse deixa-lo entrar.

Curse abriu a porta parecendo que o peso do mundo estava


em seus ombros.

— Ei, cara, o Devil está chamando? — Perguntou.

— Não, vim ver vocês dois! — Ao fundo, ouviu a Mia


chorando. — Ela não aceitou bem?

Curse, olhando para trás, balançou a cabeça. — Não, não


está aceitando bem. Não quer fazer o enterro até que nós
tenhamos o corpo. Eu disse que isso nunca vai acontecer.
Gonzalez não o daria para nós, mas ela não vai ceder. As
meninas eram mais próximas do que irmãs. Este vínculo a está
matando. Não a deixei ver a cabeça, mas merda, isso vai mata-
la.

Engolindo o nó na garganta, Pussy olhou para o chão. —


Devia ter vindo vê-la no momento em que eu soube.
— Pussy, não diga isso. Me desculpe, eu não estive lá para
apoiá-lo. A minha mulher vem em primeiro lugar, a menos que
eu seja necessário nos negócios do clube.

— Estou aqui para falar com a Mia.

Os ombros do Curse caíram. — Não acho que seja uma boa


ideia.

— Deixe-o entrar, Curse. Ele tem o direito de estar aqui.

Olhando por cima do ombro do amigo, viu a Mia. Ela


parecia bagunçada. O cabelo negro mostrava que ainda não
tinha se dado ao trabalho de escovar a longa cabeleira. Seu
rosto pálido parecia mal, e viu os sinais da perda de peso que
sofreu, por não comer bem, no mês passado.

— Entre — disse o Curse.

Passando por seu amigo, Pussy foi direto para a Mia e a


puxou para os seus braços. — Ela soluçou. Seu corpo tremia
enquanto ele a segurava firmemente. — Eu sinto muito. Sinto
tanto a falta dela — disse ele.

Lágrimas encheram os seus olhos enquanto ele pensava


sobre o encantador sorriso da Ashley. Sua vida tinha terminado
muito de repente.
— Eu sei, Pussy. Ela não ia querer que você se sentisse
culpado. Você não fez isso.

— Eu não devia tê-la deixado ir.

— Nenhum de nós devia. Não podemos culpar uns aos


outros. — Pussy não conseguia parar de se sentir culpado. Sabia
que, no fundo, não havia nada que ele ou a gangue pudessem
ter feito. Ashley estava determinada a ir, e por sua vez, tinha ido
e isso a matou.

Pussy sabia de quem era a culpa. Olhando por cima do


ombro, viu o Curse entrar na cozinha. Em qualquer outro
momento, o Curse teria chutado sua bunda por tocar sua
mulher. Isso não era sexual, e ambos estavam de luto por uma
mulher que tinham perdido.

Mia o soltou, entrando na sala de estar. — Sei que pareço


uma bagunça.

Correndo os dedos pelo cabelo, Pussy se sentou.

— Por favor, me perdoe — disse ele.

— O quê? Por quê?


— Eu devia ter lutado por ela!

— Ashley não era a sua Senhora. Ela sempre foi muito


teimosa e pensava que podia fazer o que gostava, sem se
machucar. — Lágrimas caíram dos olhos da Mia. – Alguém,
finalmente, a pegou.

Ele não iria embora até que ajudasse o seu irmão. Curse
merecia ter sua mulher de volta, e se o Pussy pudesse ajudar,
ficaria mais do que feliz com isso.

Sasha soltou um suspiro enquanto ouvia sua mãe pedir


desculpas por envergonhar seu padrasto. Kenneth Carmichael
era um monstro da pior espécie. Fazia outros ao seu redor se
sentirem pequenos e incompetentes. Sasha o odiava e gostaria
de ver o sorriso se apagar do seu rosto.

Você nunca vai ver qualquer sorriso se apagar de qualquer


rosto.

Ela começou a franzir a testa. Estendendo a mão, tateou ao


longo da parede contando os passos, até que teve que virar uma
esquina. Sua vida era confinada à casa e onde o Kenneth queria
deixa-la ir. Ele controlava todos os elementos da sua vida.
Caia fora.

Dando mais três passos se inclinou, sentindo a cama.


Passando a mão do outro lado da cama, ela se sentou e soltou
um suspiro. Lembrou o trauma que sofreu nas mãos do Kenneth.
Sasha estava discutindo com o Kenneth sobre sua privacidade
estar sendo invadida. Ele tinha acabado de invadir seu quarto
como se tivesse o direito de estar lá. Sua briga ficou mais
agressiva. Ela se lembrou do tapa, e ele a bateu contra a
parede, em seguida, a empurrou escada abaixo.

Ela bateu a cabeça na queda, quebrando o braço e perna,


no processo. Quando acordou, no hospital, não conseguia
enxergar. Isso foi há mais de quatro anos atrás. Ao acordar e
não ser capaz de enxergar, esperou que algo fosse feito contra o
Kenneth após o ataque. No momento em que ele apareceu no
seu quarto, soube que algo tinha acontecido.

Como caiu e ficou inconsciente, ele inventou uma história


de como ela tinha brigado com ele, tropeçado e caído no piso
térreo. Nem uma vez ele disse a verdade, e pior, sua mãe
acreditou nele. Ela não lutou por ela ou mesmo questionou o
lado da Sasha, das coisas. Em vez disso, por causa do amor da
sua mãe por Kenneth, elas ainda viviam com o homem que a
cegou. Kenneth era um membro respeitado de Piston County,
considerado, e de fala mansa. Ele escapou ileso. Ninguém ia
acreditar em nada ruim sobre ele, mesmo que fosse a verdade.
Ela estava presa, sem possibilidade de sair. Não só ninguém
acreditaria nela, mas não podia sair da casa. Sua vida era
totalmente dependente dele. Vinte anos e ela era dependente de
um homem que desprezava. Sua mãe pediu que confiasse e,
porque amava sua mãe, lhe deu uma chance. Sua mãe não
sabia a verdade sobre o que aconteceu. Agora, não havia
nenhuma saída para a Sasha.

Ela pensou no Pussy, Shane, qualquer que fosse o seu


nome. Apertou a mão contra os lábios. O beijo tinha acordado
alguma coisa dentro dela. Suas noites eram preenchidas com
sonhos sexys e gostosos. Não podia ver o que estava fazendo,
mas, certamente, podia sentir.

Sua mãe bateu na porta antes de entrar. Kenneth teria


apenas invadido o quarto sem nenhuma consideração por sua
privacidade. Ela sabia que seu padrasto a odiava.

— Ei, querida. Eu lhe trouxe um pouco de comida.

Contando os passos, ouviu como a mãe estava instável


sobre os pés. Devia ter bebido muito gin desta vez. Em resposta
ao abuso verbal que o Kenneth jogava sobre ela, sua mãe tinha
mergulhado na bebida e nos remédios controlados. Mesmo com
os vícios, sua mãe era uma mulher bonita. O que era uma
maneira garantida delas viverem.
A bandeja com comida foi colocada sobre a mesa em
seguida, sua mãe a empurrou na frente dela.

— Levante as mãos, querida.

Ela fez o que sua mãe pediu. Segundos depois, sua mãe a
tocou com as mãos trêmulas quando colocou suas palmas para
baixo, em ambos os lados da bandeja.

— Aqui estão o garfo e a faca.

Fechando os olhos, Sasha cerrou os dentes com a forma


como a sua situação era inútil.

Esta era a sua vida.

Os médicos, no início, não tinham certeza se a cegueira era


permanente ou não. Quatro anos depois, Sasha havia desistido
da sua visão retornar, e os médicos haviam dito que o dano era
irreversível.

— Agora, não quero que você se preocupe com o seu pai e


a nossa pequena briga.

— Ele não é meu pai. — Não, seu pai tinha morrido na


Marinha quando ela tinha dez anos, deixando para trás uma
esposa e uma filha. Kenneth tinha entrado em suas vidas
quando ela tinha onze anos, com suas falsas promessas e vidas
de mentira.

— Não diga coisas assim. Ele tem sido maravilhoso para


nós.

— Você é uma viciada, mamãe, e eu estou cega. Ele está


nos dilacerando.

Ela ouviu sua mãe chorar. No passado, sempre que sua


mãe estava ferida, ela pressionava uma mão nos lábios,
ofegando. Sentindo-se uma cadela total, ela se desculpava. Sua
mãe era completamente alheia aos problemas causados pelo
Kenneth. Se Sasha não amasse sua mãe e não se lembrasse de
todas as vezes em que estiveram juntas com carinho, estaria
muito longe agora. A bebida e os remédios tinham transformado
a mulher que ela conhecia em algo irreconhecível.

— Eu sinto muito, mamãe. Odeio que você tenha que


passar por isso. — Estendeu a mão para tocar seu rosto.

— Oh, querida. Sem problemas. Adoro ser capaz de cuidar


de você quando outras mães estão se preocupando com o que
seus filhos estão fazendo.
A cama afundou, e os sentidos da Sasha foram inundados
pelo cheiro de perfume forte, outra das demandas de Kenneth
sobre a sua mãe.

— Por que ele estava gritando? — Perguntou, tentando


distrair a mãe.

— Eu fui estúpida e coloquei muita pimenta no purê de


batatas. Foi um simples erro. Estraguei tudo.

Sério, mãe, tempero demais no purê de batatas. Você não


vê o que há de errado nisso? Por favor, veja o quão ruim ele é e
perceba que só vai piorar.

Sasha não tinha escolha, em sua situação. As pessoas


acreditavam que ela era desajeitada e tinha caído da escada,
batendo a cabeça. Sua mãe, no entanto, podia mudar tudo isso
se tivesse a coragem de fazê-lo.

— Experimente-o. Por favor, me deixe saber o que você


achou.

Sua mãe era uma cozinheira maravilhosa. Antes do


Kenneth aparecer, Sasha se sentava na cozinha por horas,
tentando adivinhar o que ela havia inventado. Sua mãe tinha um
talento especial na cozinha, e era onde ela estava confortável. A
única comida que ela tinha permissão de cozinhar, agora, era do
tipo gourmet e Sasha odiava.

Provando as batatas, tentou não estremecer diante da falta


de gosto delas. Estavam muito temperadas e salgadas.

— Elas estão boas, mãe.

— Você é uma mentirosa terrível.

Rindo, Sasha comeu, saboreando cada segundo que sua


mãe ficou sentada com ela. Na maioria das vezes, sua mãe
estava tentando agradar o Kenneth e ficava longe, ficando
apenas raros momentos com ela. Quando tinha oportunidade de
conversar com sua mãe, tentava convencê-la a ir à polícia ou a
alguém que quisesse ouvir. Depois de quatro anos, Sasha ainda
não tinha perdido a esperança de que a mãe que ela costumava
conhecer, ainda estivesse lá dentro.

Sasha tinha vinte anos e se sentia uma criança mais do que


nunca.

Tinha tanta coisa que não podia fazer. Sempre que


começava a ficar confiante em se mover, o Kenneth pedia à
empregada para fazer alterações, fazendo-a bater nas coisas.
— Mãe, o que você sabe sobre a Chaos Bleeds? Você sabe,
a gangue de motoqueiros da cidade.

Sua mãe ficou tensa ao seu lado. Estava sentada perto o


suficiente para a Sasha sentir a mudança repentina em seu
interior. Comendo um pouco da comida, Sasha deu cada
mordida com cuidado, para não se sujar. Aprendeu, cedo, a não
ser gananciosa ou estaria vestindo a comida em vez de apreciá—
la.

— Eles são bandidos, todos eles. Não deixe seu pai te ouvir
falar sobre eles.

Ele não é meu pai.

E não vou. Só ouvi algumas pessoas na biblioteca falando


sobre eles. Só queria saber quem eram. Nunca tinha ouvido
sobre eles, antes.

Não estava mentindo. Os rumores eram abundantes sobre


a gangue de motoqueiros na cidade. Ela lia Braille, enquanto as
mulheres ficavam fofocando sobre os homens que faziam parte
da gangue. Um par de vezes tinha ouvido o nome do Pussy ser
mencionado e, agora que sabia que era o Shane, se encontrou
ouvindo, mais e mais.
— Você, realmente, não deve se preocupar com eles,
doçura, para o seu próprio bem. Eles são uma maldição para o
mundo e espero vê-los indo embora da nossa linda cidade.

No momento seguinte, a mãe parou de falar, e o silêncio


enervou a Sasha. Segundos depois, ouviu o motivo.

— O que está acontecendo aqui? — Perguntou o Kenneth.

— Eu só estou conversando com a Sasha, enquanto ela


come.

— Você serviu aquelas batatas de merda? Sério? Pensei que


você tinha dito que sabia cozinhar. — A forma como a sua voz
chegou até a Sasha mostrou que ele estava zombando, e isso a
irritou mais do que qualquer coisa.

— Eu gostei delas — disse Sasha.

— Sim, só porque você não está vendo a merda que está


comendo. Jogue a comida fora, agora. Vá e tome uma porra de
uma bebida. É a única coisa na qual você é boa. — O garfo foi
puxado da sua mão. A mão da sua mãe balançou. Sasha sentiu,
no pequeno contato que teve com ela. Queria estender a mão e
ajudar sua mãe, acordá-la para o monstro que ele era. A porta
do seu quarto foi fechada. Ela não era idiota. Kenneth ainda
estava lá, à espera para ter sua palavra.
— O quê? — Perguntou, apoiando as mãos no colo para
tentar acalmar os nervos. Desde o primeiro ataque, Kenneth só
a feria agarrando-a com muita força ou lhe dando um tapa de
vez em quando. Não tinha mais a atacado. Achava que era pelo
medo que tinha de parecer o padrasto culpado. Qualquer coisa
que acontecesse com ela, agora, e ele ia parecer suspeito.

— Tenha cuidado como você fala comigo, garota.

Ela ficou tensa, afundando as unhas na pele.

— Nós temos que sair amanhã. — Vou te deixar na


biblioteca.

— Eu posso ficar em casa.

— Eu não quero que você fique em casa. Precisamos ser


vistos. Depois de hoje à noite, sua mãe será inútil. Ela vai sugar
a garrafa enquanto conversamos.

Fechando os olhos, tentou bloquear suas palavras. Ela o


odiava. A raiva pelo que ele tinha feito à sua mãe ainda era
crua. Ele a transformou em uma espécie de dona de casa
suburbana, para ele brincar sempre que sentia vontade. Sasha o
desprezava e esperava que tivesse uma morte longa e lenta.
— Você vai sair, amanhã. A cidade vai ver o quão bem você
está, e então, posso ir ao meu encontro.

— Quem você vai encontrar? — Perguntou.

— Não é da sua conta. Faça a sua parte, e não vou deixar


que nada de ruim aconteça com a sua mãe ou com você.

Fazendo uma pausa, Sasha virou a cabeça na direção da


voz dele, abrindo os olhos, embora não pudesse ver.

— O quê?

— Você me ouviu. Tenho maneiras de fazer as pessoas


desaparecem. Pense nisso na próxima vez que um daqueles
Chaos Bleeds chegar perto de você.

A porta do quarto se fechou. Quem, diabos, era Kenneth


Carmichael, e como ele podia se livrar de sua mãe? Não teve
tempo para pensar nisso. Por enquanto, faria exatamente o que
ele disse, sem causar problemas. Sasha não deixaria nada
acontecer com sua mãe, se pudesse evitar.
Capítulo Dois
A noite passada com a Mia e o Curse não tinha sido um
desperdício total. Pussy andava atrás deles enquanto todos se
dirigiam para o clube. Mia tinha tomado um banho, escovado os
cabelos e trocado a roupa. Não cheirava mal, mas não estava
bonita, ou pelo menos, não para ele.

Parando no estacionamento do clube, viu o Devil pegar a


filha e o filho, enquanto a Lexie caminhava ao lado dele, até o
prédio principal.

— O que está acontecendo? – Perguntou o Pussy, descendo


da moto. Nunca usava capacete se pudesse evitar. A razão de
estar na estrada era sentir o vento em seu cabelo, no seu rosto.
O capacete ia impedir isso. Pussy faria um monte de coisas para
o clube, mas usar um capacete não era uma delas.

— Nada. Me sinto mais feliz se a minha família estiver perto


de mim. — Devil balançou a cabeça quando entrou na sede do
clube. Toda a história apareceria, em breve.

— Devil, baby, você não precisa se preocupar – disse a


Lexie, pegando a filha dos braços do Devil.
— Não estou preocupado, mas não vou deixar você no
caminho do perigo, também. Você e as crianças significam muito
para mim. Falando de crianças, já pedi para a Judi e o Ripper
virem, também. Estão embalando o que precisam. O Vincent e a
Phoebe vão ficar na sede do clube, em breve, também. — Devil
não perdeu o passo, falando enquanto acompanhava sua família
para dentro. Pussy se manteve perto deles, imaginando o que
tinha acontecido.

— Isso vai deixar a casa cheia, Devil. Você não pode


esperar que os homens fiquem com as crianças.

— Tiny faz isso no seu clube. Se eles não aceitam, então


estão fora. Simples assim.

Todos eles ficaram em silêncio, entrando no clube juntos.


Devil parou e cobriu os olhos do seu filho, em seguida, começou
a praguejar. Olhando em volta, viu o problema que o Pussy
mencionou. Em primeiro lugar, a bagunça, então, avistou as
mulheres nuas e os membros do clube, juntos com todo o álcool
disponível.
— Idiotas levem suas coisas para fora do salão principal.
Até nova ordem, o sexo será feito nos limites do seu próprio
quarto. Você não tem um quarto, então, saia. Não estou com
disposição para aceitar essa merda toda ao redor. Devil
empurrou um homem nu de cima de uma mesa.
Pussy não o reconheceu, então, devia ser de fora.

— Devil, aqui é o clube. Eles podem estar aqui, tanto


quanto nós, disse a Lexie.

— Tenho que fazer uma ligação para o Tiny. — Devil se


virou, olhando para o Pussy. —Pegue a minha mulher e as
crianças e leve-as. Não quero me preocupar com a segurança
deles pelos próximos cinco minutos.

Pegando o Edward dos braços do Devil, Pussy assentiu. –


Claro, chefe.

Seu presidente caminhou em direção ao seu escritório.


Virando-se para a Lexie, Pussy viu a preocupação em seu rosto.

— Venha. É melhor eu fazer o que ele diz, do contrário, vai


ser pior para mim. — Pegou a mão dela, levando-a para longe
do caos do salão principal.

— Tudo vai ficar muito pior, não é? — Perguntou Lexie.

— Não sei. — Caminhou até as escadas, indo para o último


andar do clube. No piso superior estava o quarto do Devil e da
Lexie. — Você vai me dizer o que aconteceu, ou eu tenho que
adivinhar?
Lexie suspirou, movendo a filha para o outro braço.

— Recebi a visita do Frederick ontem.

Pussy fez uma pausa, voltando-se para olhar para ela. — O


quê?

— Podemos entrar no quarto? Ela é pesada, e vou te dizer o


que você quer saber.

Ele não respondeu, mas levou-a até o quarto principal. Será


que queria saber o que o Frederick estava fazendo de volta a
Piston County? Merda, se estava de volta e eles não tinham tido
uma visita, então só podia significar que ele estava aqui para ver
alguém. Não gostou. Pussy não gostou da ameaça que isso
representava para todos eles.

Dentro do quarto, viu que todas as janelas estavam


fechadas. Colocando o Edward em um lugar seguro, Pussy
caminhou ao redor, abrindo as janelas para deixar um pouco de
ar fresco entrar no quarto.

Lexie suspirou quando uma brisa percorreu a sala.

— Odeio isso. Odeio como ele está se tornando paranoico,


disse a Lexie.
Virando-se para encará-la, Pussy viu que a Lexie estava
pálida. Ela parecia estar passando mal.

— O que está acontecendo?

— Devil estava aqui na sede do clube, ontem, e não pensei


em verificar quem estava tocando. Phoebe estava chegando e a
Judi ainda usa a campainha para nos visitar. Ela já nos pegou
muitas vezes, eu e o Devil transando.

Pussy riu. Judi via a Lexie e o Devil como pais dela. Ver
seus pais fazendo sexo perturbaria qualquer um.

— De qualquer forma, não verifiquei, e o Frederick estava


na porta. Ele queria entrar. Depois de tudo o que aconteceu, não
quis irritá-lo.

— Você o deixou entrar. Você sabe sobre a Ashley?

— Eu sei tudo o que acontece neste clube, Pussy. O Devil


não esconde segredos de mim, apesar de imaginar que ele
gostaria de tentar. Eu não ia deixar. A Chaos Bleeds é a minha
família, tanto quanto é a dele. — Lexie deu de ombros. A camisa
que ela usava caiu para fora do seu ombro.

— Ele machucou você?


— Não, Frederick não me machucou. Ele pediu para tomar
um chá e bolo comigo. As crianças estavam brincando, e eu não
quis irritá-lo. Ele falou sobre como a lealdade e a fidelidade eram
importantes. — Passou a mão sobre o rosto. — Eu não sei o que
ele está tentando fazer, mas acho que vai tentar separar Os
Skulls da Chaos Bleeds.

Pussy franziu a testa. — O quê?

— Ele deu a entender que alguém de dentro do clube do


Tiny perdeu toda a sua lealdade. Não sei o que fazer. O Devil
chegou e me apavorei. Ele não chegou quando o Frederick
estava lá, mas quase. Lexie soltou um suspiro. — Gostaria que
pudéssemos voltar atrás, você sabe? Voltar para quando tudo
era simples e eu estava chateada com o Devil por fazer merda.

Ele sabia o que ela queria dizer. — Devil sempre vai ser
assim em torno de você. Ele te ama, Lex. Você não pode deixar
que isso te chateie. Além disso, você sabe que ele vai te
proteger. Você é a mulher dele, a mãe dos seus filhos. Mesmo
depois de tudo o que você passou, você é gostosa.

Ela começou a rir. — Obrigada, Pussy. Você é o melhor. —


Ela se aproximou dele e beijou sua bochecha. — Vá em frente.
Vá e desfrute da sua liberdade, enquanto o Devil permite. Ele vai
avisar a todos, que ficaremos presos. Nós todos vamos sofrer,
então.
Balançando a cabeça, se assegurou que ela estava bem,
antes de sair. Descendo até o quarto de Death, observou seu
amigo cavalgar a bunda de uma puta. Assobiando, chamou a
atenção do Death. Contou tudo o que a Lexie disse.

— Não brinca. O que o filho da puta fez? — Death


perguntou. Ainda estava dentro do corpo da garota.

— Não sei. Tenho a sensação de que ele está tentando


fazer intriga entre nós e os Skulls.

— Boa maneira de pensar. Nos fazer desconfiar do Tiny e


todos os demais. — Death balançou a cabeça. — Aonde você
está indo?

— Estou saindo. Se vamos ficar presos, vou passar algum


tempo na estrada. Preciso limpar a cabeça antes de ficar
trancado no mesmo lugar.

Fechando a porta, deixou o Death foder a puta. Pegando as


chaves, desceu para a parte principal do clube quando Devil
estava chegando lá.

— O que o Tiny disse sobre isso? — Perguntou Pussy.

— Ele disse que é tudo mentira.


— E você não acredita nele? — Inclinando—se contra a
parede, Pussy percebeu o quão cansado seu presidente estava.
Estabelecer-se era, supostamente, para ser divertido. Isso era
mais estressante do que estar na estrada o tempo todo.

— Eu não sei em quem acreditar. Frederick é um canalha


completo, mas me alertou que nem tudo está bem na equipe do
Tiny. De qualquer maneira, não confio no Frederick. Ele,
claramente, tem uma ideia de jogo, e não quero participar. A
última coisa que precisamos, agora, é causar problemas para o
Tiny. Acontece que eu gosto do bastardo.

— Lidamos com os problemas, um do outro. Foi o que você


e o Tiny fizeram com os Darkness.

— Os Darkness não mereciam lealdade. Eram um bando de


malditos estupradores. Esta situação é diferente, agora. O Tiny
não arriscaria o seu clube ou a vida da sua mulher. Pare de se
preocupar sobre o que o Frederick disse. Ele devia cuidar da
Ashley, mas a matou. Caralho, tenho muita merda a perder.
Tenho que pensar. — Devil passou por ele.

— Você sabe, isso pode ser apenas alguma merda para nos
enfraquecer. Brigamos com o Tiny, eles lutam contra nós, e nós
nos matamos. Em seguida, o Frederick varre e tira o resto de
nós. Você já pensou sobre isso?
— Tenho pensado em tudo, Pussy. Não sei mais o que
pensar. — Devil parou de falar e fez o seu caminho para o andar
de cima.

A conversa estava encerrada.

Respirando fundo, Pussy ignorou as cadelas desimpedidas e


voltou para o estacionamento. Montando a moto, ligou o motor e
saiu do clube. Precisava arejar as ideias para ajudar o seu
presidente, caso contrário, não seria nada bom.

Fazer parte da Chaos Bleeds vinha com um preço. Pussy


soube disso no momento em que entrou, mais de dez anos
atrás, no clube. Tinha 23 anos, e tinha acabado de ganhar uma
briga em um bar, quando o Devil lhe ofereceu um lugar na
gangue. Para ganhar um dinheiro extra, Pussy tinha lutado em
qualquer competição de luta subterrânea que podia. Mesmo
naquela época, sua reputação de amar bocetas o precedia. Seu
nome de combate era Pussy, fazendo um monte de lutadores
acharem que ele não era bom no ringue. Logo, os calou, uma
vez que, quando começava a bater não parava.

Pussy ficou na estrada por mais de uma hora, antes da


fome bater e ele perceber que não tinha comido nada desde o
café da manhã. Manobrando, se dirigiu para o restaurante. O
passeio não tinha limpado a cabeça o suficiente, mas um pouco
de comida poderia ajudar.

Kenneth a tinha deixado sozinha na lanchonete. Sasha


queria ir à biblioteca, mas, em vez disso, ele a deixou na
lanchonete, e ela estava com muito medo de caminhar sozinha
ao longo do caminho para a biblioteca. As mulheres que serviam
comida e bebida não lhe deram mais atenção do que o
necessário. O ruído se manteve constante. Ela pegou seu Ipod,
colocou os fones de ouvido e o ligou. Movendo-se lentamente,
estendeu a mão para pegar a xícara de chocolate quente e a
levou aos lábios. O líquido estava gostoso.

Manteve os óculos de sol dentro do restaurante. Estando


sozinha, não queria ser pega olhando quando não podia
enxergar nada.

Batendo o dedo sobre a mesa, balançou a cabeça no ritmo


da música. Qual a razão de trazê-la para fora da casa, se só ia
deixa-la, assim?

Sasha sabia o porquê. Era apenas mais um lado da sua


crueldade. Era por isso que ela nunca poderia estar sozinha,
novamente. O medo do mundo exterior a deixava assustada.
Todos os planos que tinha feito com o seu pai, enquanto crescia,
caíram em torno dela. Costumavam falar sobre viajar pela
Europa, ver a Aurora Boreal ou visitar o Grand Canyon. Nada
disso ia acontecer. Estava condenada a passar o resto da sua
vida em Piston County, sem saber como seria o sexo, morrendo
virgem.

Deus, seus pensamentos eram deprimentes. Odiava a sua


vida.

Engasgou quando alguém deu um tapinha na mão dela.


Tirando os fones de ouvido, tentou descobrir quem estava
falando.

— Você tem uma bela voz para cantar, Sasha.

— Pussy?

— O primeiro e único. Mova-se. — Se sentou ao lado dela.


Seu grande corpo a empurrou para o canto do assento. Não se
incomodou em olhar em volta, tentando achar o Kenneth. Qual
era o benefício?

— Eu estava cantando? — Ela não podia ter estado


cantando.
— Sim, querida, você estava. Cantando alto o suficiente
para chamar a minha atenção. Você não é muito ruim.

Ele se inclinou sobre ela, e ela ouviu o farfalhar do papel. —


Menu?

— Sinto muito. Não tive a intenção de distraí-lo de seu


almoço.

— Você não me distraiu. Foi bom ouvir algo diferente do


que clientes reclamando. — Ele olhou o menu. Tudo aqui parece
uma merda. Eu gosto de comida decente. Você quer vir comigo,
na minha moto? — Perguntou.

Seu coração batia forte dentro do peito.

Kenneth?

A esperança morreu instantaneamente, conforme surgiu. —


Não, eu não posso.

— Seu padrasto não está aqui. Ele faz alguma merda com
você, e eu vou lidar com ele. Você quer ir comigo ou não?

Ela nunca fez isso antes!

— Posso ir com você? Eu não posso enxergar.


— Você pode me agarrar, baby. Vou mantê-la segura. Você
quer viver um pouco?

Ela estendeu a mão, agarrando seu braço. Por favor, me


leve com você.

Ele segurou a mão dela, e ela saiu da mesa. Pussy não


soltou a mão dela, e ficou grata. Não sabia se ele faria isso do
lado de fora, sem parecer uma idiota. Ele levou seu tempo para
leva-la até a porta. Ela contava os passos da cabine até a porta.
Lá fora, o som da movimentada cidade pegou-os de surpresa.
Ela tropeçou contra as costas do Pussy. Ele passou um braço em
volta da sua cintura.

— Não se preocupe com nada, baby. Estou com você.

Gostava de estar pressionada contra ele. Ele a segurou e,


juntos, caminharam pela rua. Sasha imaginou as pessoas
olhando para eles, perguntando o que ela estava fazendo com
ele. Não se importava com o que pensavam. Em sua mente,
Pussy era um homem gostoso, um homem pecaminosamente
gostoso.

— Certo, chegamos na minha moto. Tenho um capacete


para você usar. Vou coloca-lo na sua cabeça. Vou ser gentil, ok?
— Sim.

Ficando perfeitamente imóvel, esperou que ele colocasse o


capacete. Ele amarrou a fivela sob o queixo.

— Não é muito pesado. — Pegou a mão dela. — Mantenha


sua mão no meu ombro. Você tem que confiar em mim e vai
subir na moto sem problemas, ok?

— Ok. — Agarrando seu ombro, ela não pôde deixar de


notar como eram largos os seus ombros. O cara era enorme.
Moveu-se para frente, e ela ficou na ponta dos pés para
conseguir se segurar.

— Agora, passe a perna por cima. Quando você sentir a


boceta no banco, sente-se, disse ele.

— O quê?

Ela tinha ouvido corretamente? Um calor foi direto para o


meio das coxas diante das suas palavras. Não, certamente,
estava imaginando coisas. Não havia possibilidade de ele dizer
coisas assim.

— Você me ouviu. Não espere palavras bonitas de mim. Eu


chamo da maneira como vejo. E posso te prometer, você está
segura comigo. Não estou interessado em ver mulheres
sofrerem.

Ao contrário do Kenneth, o seu padrasto. Será que ele sabia


sobre o Kenneth ou sequer suspeitava que o outro homem era
um bastardo total?

Arremessando a perna sobre o lado da moto, ela se


acomodou no assento, sentindo-se feliz por ter conseguido fazer
algo sem parecer estúpida.

— Segure-se em mim, com força.

Envolvendo os braços ao redor de sua cintura, ela o


segurou tão firmemente quanto pôde. — Está tudo bem? —
Perguntou ela.

— Sim, querida. Está tudo bem para mim.

O motor ronronou, despertando para a vida. Descansando o


rosto contra suas costas, excitação encheu cada parte do seu
núcleo. Sorrindo, soltou um grito quando ele se afastou de onde
estava estacionado. Manteve os olhos fechados, se segurando
firmemente, enquanto ele pilotava a moto. Sasha não tinha a
menor ideia de quem ele era ou, até mesmo, se podia confiar
nele, mas ela confiava.
Ele não a tinha machucado, ainda.

Ele não vai te machucar.

Ela não sentia más vibrações vindo dele como sentia com o
Kenneth. Se ele quisesse machuca-la, já podia ter feito. Em vez
disso, ele a fez se sentir mais independente e a beijou, nas
poucas vezes que estiveram juntos. Ela estava perdendo a
cabeça quando dizia respeito a este homem. Mantendo os braços
ao redor dele, ficou ciente de quão duro e musculoso ele era.

Sasha não tinha a menor ideia para onde estavam indo, e


não se importava. O tempo passou e, pela primeira vez, desde a
sua cegueira, Sasha se sentiu livre e feliz. O sol batia neles.
Kenneth perderia a cabeça quando descobrisse que ela tinha
saído.

Esta era a sua chance de partir.

Empurrando todos os pensamentos de lado, simplesmente


agradeceu pelo tempo em que não estava sendo controlada por
um homem que desprezava.

A moto logo parou, e ela foi superada pelos cheiros mais


surpreendentes.
— Agora, chegamos, isso sim é um restaurante, disse o
Pussy. Sua voz vibrava no seu corpo. Ela adorava o som de sua
voz. Sua própria boceta ficou quente com a sensação dele entre
suas coxas.

Ela era virgem, e não havia possibilidade de mudar esse


status em sua vida. O medo, de repente, a agarrou diante do
pensamento do que o Kenneth faria. Ela não o tinha desafiado
ao ponto de ataca-la novamente, mas tinha estado muito
dependente dele para afastá-lo. À noite, o ouviu com sua mãe e
sabia que ele ainda a desejava. Ele a queria fora do caminho
para que sua mãe não tivesse que lidar com ela? Desde sua
cegueira, sua mãe passava mais tempo com ela, não tempo
suficiente para a Sasha, mas o Kenneth sempre parecia irritado
quando encontrava sua mãe no quarto dela.

— Você está pronta para um pouco de comida? —


Perguntou.

— Acho que você devia me levar de volta. – Continuou com


as mãos em volta da cintura dele, não querendo deixa-lo ir.

— Por quê?

— Kenneth, o meu padrasto, ele não vai gostar de eu estar


em outro lugar. — Ela estremeceu ao pensar na sua raiva. Sua
mãe não merecia isso.
E quanto a mim? Eu mereço isso?

Sua vida estava à mercê do homem que lhe causou a


cegueira. Estava presa em um ciclo vicioso que o Kenneth tinha
criado.

— Ele machucou você? — Perguntou o Pussy.

Mordendo o lábio, ela o sentiu se mover e afrouxou o


aperto sobre ele.

— Não é nada.

Pussy a ajudou a descer da moto e removeu o capacete que


usava. Seu toque era doce quando ele inclinou sua cabeça para
trás. — Não minta para mim.

Desejou poder enxergar o seu rosto. — Como você se


parece? — Perguntou.

Suas bochechas aqueceram com a pergunta. Ela tentou se


afastar do seu toque. Ele não iria libertá-la.

— Eu juro para você, Sasha, não vou te machucar.


Sasha não tinha nenhuma razão para acreditar nele e,
ainda assim, acreditou.

— Sim, ele está me machucando. — No momento em que


falou as palavras foi como se um grande peso tivesse sido tirado
de seus ombros. Desmoronando contra ele, começou a chorar,
lágrimas de verdade. Seus grandes braços se uniram em torno
dela.

— Está tudo bem. Estou com você, Sasha. Não vou deixar
aquele filho da puta te machucar novamente.

Não havia nada que ele pudesse fazer, mas saber que ele
se importava significava muito para ela.

Fechando os olhos, ela o deixou segurá-la. O que importava


se ele a abraçava? Sua mão correu pelas suas costas,
descansando na base da mesma.

— Quantos anos você tem? — Perguntou.

— Eu tenho vinte anos.

— O que você ainda está fazendo com o filho da puta que


te machuca? — A raiva em sua voz a deixou tensa.
— Eu não tenho escolha. Eu não posso viver por minha
conta.

— Sua cegueira não deve impedi-la. — Ele esfregou o rosto


dela.

— Eu não fui sempre cega.

— O quê? Como isso é possível?

Ela baixou a cabeça. Isso foi um erro. Não devia ter vindo.

— Sabe? Vamos comer, e você pode me contar a sua


história. Nós não vamos sair daqui até que eu entenda.

Frederick Gonzalez encarou Kenneth Carmichael. O filho da


puta só queria saber de dinheiro. Não se importava com Piston
County ou a vida da sua família, tudo o que ele queria era
dinheiro. Devil não tinha a menor ideia que o Frederick tinha
mais de uma pessoa trabalhando para ele. Kenneth lhe deu o
que precisava, um olhar sobre o funcionamento da cidade. Tinha
conseguido colocar um dos seus homens no conselho da cidade,
que tomava decisões. Em um dos antigos armazéns, que havia
comprado pela metade do custo, agora estava usando como
base na fabricação de cocaína.

Gonzalez só se preocupava com o negócio e o dinheiro.


Pequenas cidades eram o melhor lugar para começar a sua
organização. Policiais eram compráveis, pois todos eles
precisavam do dinheiro extra, porque não havia trabalho. Fort
Wills estava decaindo, e ele tinha colocado seus homens na
polícia. Sempre que o Tiny não fazia o que lhe era dito, seus
homens iam até o clube e o feriam. No último ataque que o
Frederick ordenou que acontecesse, tinha tomado seus filhos. Os
Skulls eram muito ligados à família, e foi por causa dessa família
que Frederick teve a sua oportunidade.

— Um dos blocos de apartamentos é o local perfeito para


você instalar as garotas. Compre os policiais e eles vão
conseguir o dinheiro que precisa pelas meninas, disse Kenneth.

— Quando tudo isso acabar, o que você vai fazer? —


Perguntou Frederick, curioso sobre o homem com quem ele
estava fazendo negócios.

Misturar-se com a sua equipe e fazer parte da gestão da


cidade era o motivo de ele ser tão bem-sucedido. Seu próprio
pai tinha começado devagar com o funcionamento do negócio e
as coisas começaram a decair. Nada ia decair enquanto o
Frederick permanecesse sendo uma ameaça.
— Minha esposa, Penny, tem uma filha. Ela é cega e
incomoda, mas nada pode acontecer com ela. Quando eu estiver
pronto para sair, a filha sofrerá um acidente. Ela tem sido uma
pedra no meu sapato por muito tempo. Eu a quero fora do
caminho, mas não quero que a minha esposa saiba. Ela ainda a
ama. Quando tudo acabar vou me assegurar que ela abandone
os seus vícios e permaneça totalmente dependente de mim. Ela
vai me divertir, em uma aposentadoria longa e agradável. Com a
Sasha fora de cena, a mãe dela vai depender de mim para o seu
conforto, e pretendo estar lá quando ela precisar, disse Kenneth,
contando as notas enquanto as empilhava em sua pasta.

Kenneth não tinha vindo de uma família rica, e nem sequer


fazia parte da elite de Piston County. Era um criminoso que tinha
aprendido a defraudar as pessoas, e o negócio tinha crescido por
ser o mensageiro do Gonzalez.

Frederick ficava feliz em ajudar um homem com uma mente


para os negócios.

— Então, sua esposa não faz a menor ideia sobre os seus


planos de se mudar após a morte da sua filha?

—Ela não sabe. Sasha é o tipo de garota que todo mundo


gosta. A única maneira de me livrar dela é fazendo com que
pareça um acidente. Não quero que ninguém aponte o dedo para
mim. Com o tempo, a Penny vai ver que não precisamos de
filhos para sermos felizes. Ela vai ver quão perfeitos somos
juntos. Vou mantê-la no lugar. Kenneth esfregou as mãos.

Dando um tapinha na perna dele, Frederick se perguntou


qual o próximo passo que devia dar com a Chaos Bleeds. As
duas gangues de motoqueiros eram como seus novos
brinquedos. Ele lhes dizia para saltar, e eles não tinham escolha
a não ser perguntar o quão alto. Frederick imaginou quanto ele
poderia força-los antes de todos eles começarem a rachar.
Capítulo Três

Encontrando uma mesa na parte de trás, Pussy continuou


segurando a mão da Sasha para se certificar que ela não
tropeçaria ou cairia. Precisava conter a sua raiva, caso contrário
ia perde-la. Desde o primeiro momento que viu o Kenneth, odiou
o bastardo, e agora, sabendo que ele tinha machucado a Sasha,
queria machuca-lo. Nenhum homem devia assustar uma mulher,
especialmente sua enteada.

Ajudando-a a se sentar, deslizou em frente a ela. Ela


manteve as mãos em cima da mesa, e ele percebeu que ela
mordia o lábio. Seus olhos estavam arregalados quando ela
olhou ao redor. O ruído no restaurante era pequeno, mas ela
parecia nervosa.

Estendendo a mão, colocou-a sobre a dela. — Não há razão


de estar nervosa. Estou aqui e não vou deixa-la, nem mesmo
para mijar.

A garçonete caminhou até a mesa.


— Olá, posso anotar o seu pedido? — A garçonete mascava
chiclete. Seu estômago estava inchado, e ela estava,
claramente, grávida enquanto esfregava a barriga,
carinhosamente.

— Vou tomar um café forte, puro. O que você quer, baby?


— Perguntou.

— Posso tomar um refrigerante? — A voz da Sasha era


baixa.

— Claro que sim. Vou voltar depois que vocês tiverem


tempo de ler o menu. — A mulher anotou seus pedidos, em
seguida, saiu.

— Você quer que eu leia o menu para você? — Ele


ofereceu, segurando o menu em uma mão enquanto a segurava
com a outra.

— Você faria isso por mim?

— De que outra forma você saberia o que comer se eu não


o fizesse? — Ele perguntou, franzindo a testa.

— Kenneth não me deixa escolher a minha própria comida.


Eu como o que ele escolhe.
Rangendo os dentes, Pussy olhou para o menu. Seu punho
estava prestes a ter um encontro com o rosto de Kenneth.
Quanto mais ele ouvia falar sobre o bastardo, mais o odiava.

— Sinto muito. Eu, realmente, não devia estar falando


sobre isso.

— Para quem você falaria, além de mim? — Perguntou,


olhando para o rosto dela. Caralho, ela era tão bonita. Sua pele
era pálida e o cabelo castanho escuro brilhava, quando o sol
deslizava sobre os fios. A cabeleira espessa parecia sedosa.
Queria envolver o comprimento em torno do pulso e puxá-lo.
Será que ela engasgaria ou choraria? Seu pênis endureceu
diante do pensamento dela, de joelhos, engolindo seu pênis. Ele
ia puxar o seu cabelo enquanto golpeava dentro dela, indo tão
fundo quanto pudesse.

— Eu não tenho ninguém para conversar.

— O que aconteceu com os seus amigos? Você não vai me


dizer que não gostam de você?

— Depois do acidente que causou isso — tocou seu rosto, —


Eu tive que sair da escola. Eu fui ensinada em casa. A escola não
tem nenhum suporte para pessoas cegas. Fui ensinada por
tutores.
Pussy franziu a testa. Seu padrasto a estava afastando de
todos que conhecia.

— E a sua mãe? — Perguntou.

Sasha riu. O som era duro e quebradiço. — Alguns anos


atrás, teria dito que ela é incrível. Agora, ela encontra o amor no
fundo da garrafa e em alguns comprimidos. Ela não é a melhor
pessoa para se conversar, agora, e ama o Kenneth. — Apoiou o
queixo na palma da mão. O olhar dela estava sobre o peito dele.
Não sabia o que dizer a ela.

Ela era uma mulher muito bem delineada, cheia de curvas


em todos os lugares certos. Pelo que viu, sabia que ela tinha um
grande par de peitos que, que encheriam as mãos dele. Seus
quadris eram grandes e tinha uma barriga arredondada.

— Onde está o seu pai?

Queria saber tudo sobre ela.

— Ele morreu em ação, no Afeganistão. Mamãe conheceu o


Kenneth um ano, mais ou menos, depois, e logo se casaram. Ela
traçou um desenho sobre a mesa com a outra mão. — Por que
você quer saber sobre a minha família?
— Você não tem muitos familiares, mas queria saber o que
estava acontecendo em sua vida.

Pussy fez uma pausa enquanto a garçonete servia suas


bebidas. — Nós não olhamos o menu, ainda.

— Não tem problema, querido, tome o seu tempo. Levante


sua mão ou chame quando quiser fazer o pedido. — A garçonete
não ficou lá. Mantendo o olhar sobre a Sasha, Pussy imaginou o
que ela estava pensando.

— Por que você quer saber? Eu não sou tão importante.

— Você é importante para mim — disse ele.

Ela deixou escapar um suspiro.

— Nem sempre foi cega? — Ele perguntou, dirigindo a


conversa para outro lugar.

— Não. Como tem passado desde que perdeu a sua amiga?

Sua pergunta o pegou de surpresa. Pensar em Ashley o


perturbava.

— Ela morreu, e nada mudará isso. — Esfregou as palmas


das mãos nas pernas.
— Você culpa a si mesmo?

— Sim, eu me culpo. — Pussy não ia mentir para ela. Não


queria. Era isso o que o Ripper e o Curse passavam com suas
mulheres? Devil pareceu mudar da noite para o dia com Lexie.

— Por quê?

— Ela fez um favor para a gangue e morreu por isso. Ashley


não merecia estar morta, mas quando encontrar o bastardo
responsável, vou matá—lo.

Ele a viu ficar tensa.

— Você tem medo de mim? — Perguntou.

Sasha não respondeu. Viu—a franzir a testa, mas, segundos


depois, balançou a cabeça. — Não, não tenho.

— Não, você está louca? Eu só disse que ia matar um


homem por matar minha amiga, e você não está com medo.

Ela passou a mão por cima da mesa. — Eu não entendo


você. Você quer que eu tenha medo, ou quer que eu confie em
você?
Deixando escapar um suspiro, ele passou a mão em seu
rosto. — Sinto muito. Pensar na Ashley me deixa louco, e eu não
sei o que estou dizendo.

— Está tudo bem. Você nunca vai me machucar.

— Você não me conhece — disse ele. Esta mulher teria


alguma reação instintiva para os perigos lá fora?

— Kenneth me conhecia e, ainda assim, estou cega por


causa dele.

As palavras dela o forçaram a fazer uma pausa enquanto


desviava o olhar do menu.

— O quê? Ele te machucou.

— Ninguém sabe o que ele fez. Os médicos acham que eu


estava discutindo com ele sobre algo bobo e caí da escada. Me
falaram que um trauma na cabeça pode causar cegueira.
Kenneth me machucou e, desde então, fiquei cega, dependendo
dele para cuidar de mim. — Ela parou de falar. Viu seu lábio
tremer. — Minha mãe não pode fazer nada. Ela está com medo
dele, tenho certeza disso.

— Ele causou a sua cegueira, e agora você está tendo que


depender dele. Quem cuida de você? — Perguntou.
— Ninguém. Minha mãe e o Kenneth se revezam para me
fazer sair de casa. Ele reorganiza os móveis para que eu não
lembre do layout da casa. — Ela parou. – Eu, realmente, não
devia estar dizendo isso.

Pussy abriu a boca para falar com ela, quando o som de seu
estômago roncando chamou sua atenção. — Você está com
fome?

— Sim, não tomei o café da manhã.

Amaldiçoando o interesse em sua vida, começou a ler o


menu. Nenhum alimento se registrou em sua mente enquanto
ele falava as palavras em voz alta.

— Oh, gostei do cheeseburger picante. Posso pedir molho


extra? — Ela perguntou. Seu rosto parecia animado.

— Claro. — Ele sinalizou para a garçonete ir até a mesa.


Pussy pediu a comida e o cardápio de sobremesas. Quando se
virou para ela, viu—a entrar em pânico.

— Merda, sinto muito. Eu não tenho dinheiro. E não tenho


condições de ressarci-lo.
— Não se preocupe com isso, baby. Eu nunca convidei uma
mulher com a intenção de que ela pagasse. Isso é tudo por
minha conta, aprecie. — Ele pegou a mão dela, mais uma vez.

Pussy gostava da sensação da sua mão na dele. Não havia


possibilidade de ele entregar a Sasha de volta para o Kenneth,
sabendo o que ele tinha feito. A gangue não ia deixar uma
mulher voltar para alguém que ia machuca-la.

Sasha estava vulnerável.

— Sinto muito sobre sua amiga, — disse a Sasha,


quebrando o silêncio que tinha caído entre eles.

— Obrigado. Ashley, ela era uma cabeça dura, mas não


merecia morrer. — Ele parou de falar para limpar a garganta.

— Você já matou alguém antes? — Ela perguntou.

— Não vou responder a isso.

— Não sei mais sobre o que falar com você. Odeio silêncio.

— Diga—me o que você sabe sobre o nosso clube. — Ele


ignorou todas as outras pessoas no restaurante. Os cheiros
foram deixando-o desesperado por comida.
— Não sei nada sobre você. Minha mãe e o Kenneth me
alertaram para ficar longe. Eles não disseram nada, além de que
você é perigoso.

— E, no entanto, você não tem medo de mim? — Ele


perguntou.

Olhando para baixo, avistou os mamilos endurecidos. Será


que ele excitava a Sasha?

Ela é cega, seu idiota. Não comece a pensar nessa merda.

— Não. Você não me faz sentir medo. Eu já convivo com o


Kenneth. Ele não é um cara legal. Sempre que vai à cidade ele
se encontra com um cara italiano.

Ele fez uma pausa. — Cara italiano?

— Eu acho que ele é italiano. Ele tem sotaque, mas acho


que já ouvi o Kenneth dizer que ele não é, realmente, italiano.
Eu acho que ele tem uma mistura de espanhol e herança
italiana, mas não tenho certeza.

— Como ele se parece? — Perguntou.

— Eu não sei. Cega, lembra?


— Merda, me desculpe. — Poderia o Kenneth estar
trabalhando para o Frederick? Merda, hoje, tinha suposto, era
apenas sobre sair de Piston County.

Sasha sorriu. Será que ele sabia quão doce era?

— Você não tem razão para se desculpar. Um monte de


gente esquece, até a minha mãe. – Se esforçou para tranquiliza-
lo.

— Não importa. Você não devia ter que passar por algo
parecido. Não é certo.

Ela, realmente, desejava saber como ele era. Por ter ficado
ao seu lado, sabia que ele era alto. Era mais alto que o Kenneth?
Não sabia. Em sua mente, imaginou Pussy com o cabelo loiro,
bagunçado, que nunca escovava. Cabelo de quem acabou de
levantar da cama, acreditava que era assim que falavam. Ele
devia ter tatuagens. Todo motoqueiro tinha. Imaginou quais
imagens ou palavras ele tinha tatuado.

— Por que você é conhecido como Pussy e não Shane? —


Ela perguntou.
— Você é uma diabinha curiosa, não é?

— Tem um monte de coisas na vida sobre as quais sou


curiosa. Você me intriga. — Ela descansou o rosto na mão,
perguntando se estava mesmo encontrando seus olhos. Será
que eram pretos, azuis escuros, verdes, cor de avelã ou
castanho esverdeados?

Havia tanta coisa que queria saber sobre ele.

— Eu a deixo intrigada?

— Sim. Ouvi como os motoqueiros são, supostamente,


rudes, durões, mas acho que você é doce, possivelmente o
homem mais doce que já conheci, — disse ela, sorrindo.

Ele fez um som de engasgos. — Baby, não saia por aí


dizendo às pessoas que eu sou doce. Vou perder a minha
reputação.

Ela riu, quando algo foi colocado sobre a mesa. Afastando-


se, juntou as mãos para ajudar a se manter firme. Barulho
repentino sempre a alarmava.

— Espero que você aproveite a comida — disse a mulher.


A garçonete estava olhando para o Pussy?

— Obrigado, boneca – disse o Pussy. Segundos se


passaram, e Sasha tentou ouvir tudo o que podia.

— O barulho, e o movimento em torno de você, te deixam


nervosa, não é? — Perguntou.

Ele pegou sua mão e, lentamente, deslizou os dedos dela


sobre o prato. — Este é o hambúrguer. Deixe-me saber quando
você o quiser. Aqui tem algumas batatas fritas.

Lá estava ele, novamente, todo atencioso com sua comida.


— Humm, obrigado. Sim, movimentos súbitos ou ruídos me
perturbam. Não sei o que está acontecendo e não ser capaz de
ver, me assusta — disse ela.

O silêncio caiu mais uma vez. Pegou um par de batatas


fritas e começou a comer.

— Por que você não fica mais surtada sobre a sua


condição? — Perguntou.

— Fiz isso ao longo de quatro anos. É difícil continuar


surtando. Só fico frustrada com o que eu posso e não posso
fazer. — Parou de falar para comer.
— É permanente? — Perguntou Pussy.

— No início, os médicos não tinham certeza, como acontece


com todos os traumas que trazem riscos. Agora, é permanente.
Nunca vou ser capaz de enxergar, novamente. Acho que eles
disseram que haviam muitos danos aos nervos, ou algo assim.
Ainda estava me recuperando da notícia que jamais veria
novamente. Não prestei muita atenção. — Ela tinha se
acostumado a não ser capaz de enxergar. Havia, ainda, uma
pequena centelha de esperança de que, talvez, um dia tudo
mudaria, ou pelo menos alguma nova droga milagrosa ou,
talvez, até mesmo uma cirurgia ia mudar isso. Não esperava que
ele entendesse. — Você poderia me passar o meu hambúrguer?

— Claro. — Colocou o hambúrguer em suas mãos.

— Ele é enorme.

— Não vai ser a única coisa que você vai achar que é
enorme. — As palavras saíram como um murmúrio, mas ela as
pegou.

— O que você quer dizer? — Perguntou ela.

— Você tem namorado?


— Não. A cegueira mantém todos os homens a distância. —
Ela deu uma mordida no hambúrguer e gemeu. — Isso é incrível.

— Eu não vou levar você de volta para o seu padrasto.

Ela fez uma pausa, com o hambúrguer pressionado em seus


lábios. — O quê?

— Você me ouviu. Eu não vou levar você de volta.

Mantendo a pressão em seu hambúrguer, ela o baixou. —


Você não pode fazer isso.

— Não só vou fazer isso, como você não vai me impedir.

— Você vai cometer um erro — disse ela. Por dentro,


estava torcendo para ter um salvador com a intenção de ajuda-
la. Ninguém tentaria tirá-la do Kenneth. Será que, finalmente,
seria capaz de se libertar do ciclo ao qual o seu padrasto a tinha
colocado?

— Você espera que eu a alimente e a leve de volta para o


restaurante em Piston County, para aquele filho da puta leva-la,
sabendo que ele a machuca?

— Você está com raiva?


— Estou irritado, Sasha. Você não tem qualquer desejo de
se proteger?

— Sim, mas você não sabe como ele é.

Ela estremeceu quando ele tocou no seu braço.

— Não tenha medo, Sasha. A gangue vai cuidar de você.

— Por quê?

— Porque pedirei para cuidar de você. Eles vão fazer o que


eu peço.

— Nada disso faz qualquer sentido para mim. Não acho que
deveríamos estar falando sobre isso. Merda, não sei o que estou
fazendo.

Ela deixou cair o hambúrguer.

— Está sobre o prato. — Ele pegou as duas mãos dela. —


Pare de entrar em pânico.

Sasha parou, mesmo que seu coração batesse forte dentro


do peito. O que ela deveria fazer?
— Para onde eu iria? — Ela perguntou. — Eu não queria que
isso acontecesse.

— Você precisa parar de se preocupar com o que poderia


acontecer e começar a pensar sobre si mesma, querida. Você
tem vinte anos, e ainda mora em casa, porque aquele filho da
puta a cegou. Eu estou lhe oferecendo uma saída.

Mordendo o lábio, tentou se concentrar em tudo o que


aconteceu. Nos últimos quatro anos, tentou acreditar na história
de si mesma caindo das escadas, em vez de lembrar da
sensação do Kenneth a machucando. Sua mãe tinha lhe pedido
para não dizer nada, pedindo sua confiança. Que droga ela devia
fazer?

— Ele vai machucar a minha mãe. Não posso deixá—la


sozinha.

Estava quebrando por dentro. Quanto tempo já estava com


o Pussy? Já era tarde demais para voltar para o restaurante,
antes do Kenneth descobrir que ela tinha saído? Não queria que
nada acontecesse com a sua mãe por causa dela.

Você realmente deseja ir?


Não, ela não queria ir, e o pensamento de voltar para
Piston County a enchia de pavor. Pussy estava lhe oferecendo
uma saída, e ela nem estava considerando.

— Então me deixe lidar com ele, Sasha. Não me importo


com o que ele vai fazer comigo. Não vou deixa-la sozinha com
ele. — Apertou seu braço. Não era doloroso ou ameaçador. Ele a
segurou, firmemente, e manteve seu chão. Ela podia pensar no
passado, o medo.

— Ok.

— Você tem certeza?

— Não, não tenho certeza. Não tenho certeza de nada no


momento. Nós só devíamos estar almoçando.

Suas mãos tremiam. Ela sentia os tremores.

— Pare de se preocupar.

— Não consigo. É isso o que você faz com todas as


mulheres que leva para jantar? — Ela perguntou.

— Não. A maioria das mulheres acaba na minha cama e eu


comendo sua boceta.
Ela engasgou. — O quê?

— Você me ouviu, Sasha.

— Você come a boceta das mulheres? Isso é algum tipo de


referência carnívora? — Ela franziu a testa. Pussy não parecia o
tipo de pessoa que comia pessoas, deixaria as mulheres
sozinhas. Era comer boceta no sentido pornô ou algo assim?

— Você é virgem? — Perguntou.

— Não é difícil adivinhar que eu sou. Eu nunca estive perto


de homens tempo suficiente para quererem dormir comigo.

Silêncio seguiu suas palavras.

— Eu disse alguma coisa errada?

— Quero transar com você — disse ele.

Ela lambeu os lábios. — Será que eu ouvi corretamente?

Espremendo as pernas juntas, tentou aliviar a dor que


estava crescendo dentro dela.

— Sim, você me ouviu corretamente.


— Uau, essa conversa mudou de rumo. Em um momento
estamos falando sobre matar pessoas, então, agora, o Kenneth e
sexo. — Ela gostava de falar muito mais do que gostava do
silêncio. Havia momentos, em que ela estava em casa, deitada
em sua cama, que ouvia música clássica, tudo para impedir-se
de ouvir o silêncio, sabendo que não havia nada que pudesse
fazer sobre isso.

Pussy riu.

— Então, comer boceta faz referência sobre sexo, não


comer pessoas?

Sua risada se transformou em uma gargalhada. — Baby,


você está me matando. Você realmente é completamente
inocente.

— Fiquei cega antes de poder assistir filmes pornô na


internet. Eles não têm exatamente livros de sexo em Braille para
eu ler.

Ele parou de rir, e no momento em que o fez, ela sentiu


falta do som.

— Você não tem que parar de rir. É engraçado, mesmo que


eu não saiba porque você está rindo. — Ela encolheu os ombros,
oferecendo-lhe um sorriso.
— Você tem o sorriso mais bonito e mais doce que eu já vi
— disse ele, pegando-a desprevenida.

— Obrigada.

— Merda, estou me transformando em um maricas, agora.


Porra, por que você não ouve os livros? Eles fazem áudio books,
agora, ou assim eu ouvi.

Ela balançou a cabeça. — Todas as compras têm de passar


pelo Kenneth. Ele não me deixa ter livros.

Pussy ainda segurava seus braços.

— Estou ficando com fome novamente. Posso terminar de


comer a minha comida? — Ela não queria que ele a soltasse,
mas não tinha escolha.

— Claro. — Ele lhe deu seu hambúrguer de volta, e


começaram a comer.

A curiosidade aumentou dentro dela quando ele parou de


falar e comeu.

— Como é que é? — Ela perguntou.


— Comer boceta? — Suas bochechas tinham que estar
vermelho brilhante. Elas estavam quentes ao toque. Sua
curiosidade a deixaria com um monte de problemas, um dia, se
é que já não estava.

— Eu não sei como é. Eu não tenho uma boceta para ser


comida.

Ela riu, sacudindo a cabeça. — Você está tornando isso


mais difícil para mim.

— Não, querida, estou fazendo com que você saiba que eu


como bocetas. Não tenho uma.

— Ok. Eu sabia disso.

— Baby, coma o seu hambúrguer e depois vamos conversar


mais, quando eu a tiver a salvo.

Ela queria discutir, mas o que mais poderia dizer? Pussy era
o único no controle dessa conversa, não ela.
Capítulo Quatro
Olhando para o céu, Pussy sabia que precisava fazer uma
ligação para o Devil e seus irmãos. Olhando para trás, viu a
Sasha ainda no lugar onde ele a deixou para tomar seu milk-
shake. Fora do restaurante, dirigiu pela próxima hora para tentar
esfriar a cabeça. Com as pernas da Sasha envolvendo seu corpo,
ele não tinha sido capaz de pensar, absolutamente. Merda, o
Devil ia ficar completamente puto com ele.

Agora não era a hora de começar uma briga com um dos


homens da cidade, que poderia lhes causar um monte de
problemas. Pegando o celular, viu mais de dez chamadas não
atendidas da sede do clube. Merda, o Kenneth devia ter sentido
falta da Sasha.

Não podia manda-la de volta para o bastardo que a


machucava. Ele jamais faria isso, nem mesmo se o Devil
ordenasse.

Seu celular tocou. Mantendo o olhar sobre a Sasha, atendeu


a ligação.

— Onde, diabos, você estava? — Perguntou o Devil,


levantando a voz, passando uma mensagem. — Nós tivemos os
malditos policiais por aqui, procurando por você. O rumor é que
você sequestrou uma mulher, cega, a enteada do Kenneth
Carmichael. Que porra você tem a dizer sobre isso?

Pussy abriu a boca. Devil não lhe deu chance de responder.

— Eu lhe disse para ficar fora da vista. Precisamos ficar


limpos e você sai com uma mulher que pode coloca-lo na prisão.

— Ela tem vinte anos, chefe. A garota com quem eu estou


tem vinte anos, e o cara que está tão preocupado com ela, a
deixou cega. — Pussy olhou para trás, para o céu. Talvez, se
fosse direto para o céu ou para o inferno seria melhor do que
enfrentar o seu presidente.

— Você tem certeza?

— Não vou manda-la de volta para Piston County, para o


filho da puta que a machuca. Se fosse a Lexie, você teria feito o
mesmo, ou por Judi.

Devil amaldiçoou. — Porra, por que não podemos escolher


fazer uma merda simples?

— Acho que os Skulls são amaldiçoados. Desde que


começamos a visita-los, nossas vidas viraram uma merda.
— Cale a boca! — Gritou o Devil.

Pussy estremeceu, movendo o telefone longe da orelha.

— Acho que, esta noite, seria melhor se você se


hospedasse em um hotel ou algo assim. Não volte aqui, hoje. Só
vai causar problemas.

— Vou fazer isso.

— Isso é o que eu acho que é? – Perguntou o Devil.

— Eu não sei. O que você acha que é? — Pussy tentou ser


vago em sua resposta.

— Você vai transar com essa garota? Transformá-la em sua


Senhora? — Devil parecia cansado, mais uma vez. A merda com
o Gonzalez estava, realmente, começando a desgastá-lo.

— Não posso responder isso agora, chefe. Ela significa algo.

— Você quer transar com ela?

— Sim.

— Então, isso vai causar problemas, — disse Devil.


— Eu quis transar com outras mulheres antes. Nenhuma
delas foi um problema.

— Você está sendo estúpido de propósito? Nenhuma das


outras mulheres que você fodeu, forçou você a dar esse próximo
passo. Você tomou esta garota.

— Mulher. — Pussy disse, interrompendo o discurso do


Devil.

— Não me interrompa, caralho. Esta menina, você a levou


para longe de sua família e me diz que não vai deixá—la voltar
para as pessoas que podem protege-la? Por favor, me diga,
Pussy, se isso não é uma reivindicação por ela, o que é?

Ele permaneceu em silêncio, vendo a lógica do Devil.

Observá-la chupar o canudo do seu milk-shake enviou o


seu pênis às alturas. Porra, essa mulher não tinha a menor ideia
de como ela estava gostosa.

— Você vai me responder?

— Sim, eu estou reivindicando-a. Há mais uma coisa na


qual você pode querer que o Whizz dê uma olhada.

— O que é, agora? — Perguntou Devil.


— Eu estava conversando com Sasha, e ela mencionou que
o seu padrasto, Kenneth, estava tendo reuniões com um cara
italiano. Ela não pode nos dar algo mais, porque não pode ver.

— O que isso tem a ver com alguma coisa? O Whizz está


agitado, tentando encontrar maneiras de derrubar o Gonzalez.

Passando os dedos pelo cabelo, Pussy observou dois


homens olhando para a sua mulher. Indo em sua direção, ele
falou rapidamente.

— Um italiano tendo reuniões com um dos homens do


conselho da cidade, Devil. Isso me parece estranho,
especialmente com o Gonzalez jogando pesando, ao redor. É
muita coincidência não pensar nos dois juntos, — disse o Pussy.

Os dois homens o viram e se moveram na direção oposta.


Sasha não demonstrou qualquer aviso de reconhecimento que
ele estava mais perto dela. Ela parecia feliz. De vez em quando,
sorria e olhava para o céu. Ela tirou o seu fôlego aproveitando a
vida. Quanto o Kenneth tinha tirado dela? Ele não achava que o
bastardo a tinha violado ou a tocado, mas não podia ter certeza
de nada.

— Porra, você está certo. Vou pedir para o Whizz olhar isso
tudo. Esta merda está realmente começando a me incomodar.
Fique fora da cidade esta noite e vamos lidar com a outra merda
amanhã de manhã. Certifique-se de sua mulher esteja a de
acordo com qualquer plano que você tenha.

— Ela vai estar. Me avise se o Whizz encontrar alguma


coisa. Não quero ficar esperando.

Devil concordou antes de desligar.

— Ei, baby.

Ela virou a cabeça e olhou para o seu estômago. — Ei, está


tudo bem?

— Sim, como está o seu milk-shake?

— Bom. Você quer um pouco?

Sasha ofereceu para ele.

— Não, estou bem.

Ele se sentou ao lado dela, no banco. — Uau, você parece


distante. Será que o seu telefonema não foi bem? — Perguntou.
— Nós não podemos voltar para Piston County, hoje à
noite. Seu padrasto causou alguns problemas. Vamos esperar
até amanhã e vou leva-la de volta.

— Não, você vai ter que me levar de volta. Eu não quero


que você se meta em encrencas.

— Eu não vou. Meu presidente me deu ordens, e não há


nada que possamos fazer. Temos que fazer o que ele pediu.

— O presidente? Nada disso faz qualquer sentido. Estou


ficando louca.

— Você confia em mim? — Ele perguntou.

— Sim.

Ele segurou o braço dela para que ela não se machucasse.


– Então, deixe-me cuidar de você.

Ele estendeu a mão para tocar seu rosto. Ela não o afastou
ou ficou tensa. Pussy acariciou seu rosto pálido, e conteve um
gemido. Sua Sasha era suave ao toque.

— Por que você me quer? — Ela perguntou.


— Eu não sei. — Encurtando a distância, Pussy olhou para
os lábios dela. Porra, eles eram vermelhos, cheios e precisava
beijá-la.

Levando os lábios até os dela, ele gemeu no instante em


que a tocou. Ela choramingou. Sua mão tocou a sua, acariciando
sua bochecha.

Ele deslizou sua língua ao longo dos seus lábios, esperando


que ela os abrisse. Sasha não o deixou esperando por muito
tempo.

Ele sentiu o gosto do milk-shake de chocolate que ela tinha


bebido. Seus gemidos se misturaram. Inclinando a cabeça,
aprofundou o beijo. Quando seus lábios se tocaram não foi o
suficiente, então ele a puxou, fazendo-a sentar no seu colo. Sua
vagina pressionada contra o seu pênis. Suas roupas o impediam
de ir mais longe, mas queria. Pussy não queria parar de sentir
seu pênis se esfregando nela.

Gemendo, deslizou a língua para dentro e para fora da sua


boca, imitando o movimento de transar com ela.

— Pussy? — Sussurrou seu nome contra os lábios dele.

— O que, baby?
— O que está acontecendo? Eu não sei o que está
acontecendo.

Afastando-se dos seus lábios, apoiou a cabeça na dela. —


Nós vamos ter que parar. Vou leva-la para um quarto de hotel
onde nós vamos ter, realmente, uma longa conversa.

Se estivesse com sorte, encontraria um lugar para comprar


alguns preservativos. Seu pênis doía ao sentir o corpo dela.

— Algo está errado — disse ela, gemendo. Empurrou o


corpo contra ele, esfregando a boceta contra o seu pau. Sasha
pegou seu rosto, beijando seus lábios. — Por favor, faça parar
de doer.

Ele gemeu quando ela o agarrou e tentou fodê-lo no banco.

Você começou isso, então, agora, tem que terminar.

Pegando-a no colo, ele a carregou até estar ao lado da sua


moto. Olhando para trás, se certificou que ninguém podia ver o
que estava fazendo. Deslizando a palma da mão para baixo, na
frente de seu corpo, ele gemeu. Ela realmente era curvilínea, em
todos os lugares certos.

— O que você está fazendo? — Ela perguntou.


— Vou fazer você se sentir bem. Relaxe, e vai ficar bem. —
Dedilhando o botão da calça jeans, descobriu que não havia
espaço suficiente para enfiar a mão toda lá dentro. Deslizou os
dedos até que tocou sua boceta. Sua calcinha estava
encharcada. Puxando-a para o lado, tocou sua fenda. Ela estava
muito excitada.

Sasha agarrou seus braços com força, gemendo. — Isso é


tão bom.

— Vai ficar muito melhor, baby, eu prometo.

— Como pode ficar melhor? — Ela parou, deixando escapar


um gemido. Antes que ela pudesse terminar, Pussy reivindicou
seus lábios. Não queria que ninguém mais a ouvisse gritar seu
prazer. Seus gritos eram para ele e só dele.

Quando estivessem sozinhos, ela podia gritar o quanto


quisesse, mas até então, ficaria em silêncio.

Passando dois dedos sobre o clitóris, enfiou a língua dentro


da sua boca. Ela se abriu para ele, sem lutar mais. Ela empurrou
contra os seus dedos, gemendo, gritando, gemendo e ele soltou
seus lábios, o suficiente para poder ouvi-la.

Em poucos segundos, ela estava gozando. Todo o seu corpo


tremia diante da súbita explosão de prazer. Passando um braço
em volta da sua cintura, continuou a acaricia-la. Sasha lhe pediu
para parar. Beijando sua cabeça, ele retirou a mão, e chupou os
fluidos dos seus dedos.

— Porra, baby, você tem um gosto bom pra caralho. —


Soltou um gemido quando essência dela encheu sua boca.
Engolindo o gosto dela, soube que uma vez nunca seria
suficiente para ele.

— Uau — disse ela.

— Venha. Deixe-me encontrar um hotel e eu vou fazer você


se sentir assim, novamente. — Ajudando-a a subir na garupa da
moto, Pussy se esforçou para ficar confortável. Seu pau
ameaçava rasgar a calça, de tão duro.

Sasha estava provando ser um problema, tanto quanto ele


imaginava.

Quando ele saiu da praça de alimentação ou de onde quer


que ele tinha conseguido o milk-shake, Sasha estava sofrendo
com o que tinha experimentado. Pussy tinha acabado de dar a
ela o seu primeiro orgasmo. O que ela devia fazer ou dizer?
Ninguém a tinha preparado para isso, na vida.
Sua mãe não falava sobre sexo e Sasha nunca fez
perguntas. Não sabia quanto tempo rodaram. O tempo passou, e
tudo o que ela conseguia pensar era na sensação dos dedos
dele, dentro da sua calça.

Que dedos.

Tentar afastar aqueles pensamentos, foi difícil. Nem mesmo


a ameaça do Kenneth podia impedir os seus sentimentos. Nada
disso fazia sentido.

O tempo passou e a moto, finalmente, parou. — Onde


estamos? — Perguntou.

— Não se preocupe com isso. Não vou deixa-la sozinha. Ele


a ajudou a descer da moto, removeu o capacete, e pegou a sua
mão. Ela seguiu atrás, com passos seguros. Essa era a primeira
vez que estava fora de casa e tinha a certeza que as pessoas
não a machucariam ou iam deixa-la cair. Kenneth sempre
encontrava maneiras de fazer com que se sentisse insegura.

Ele abriu a porta, e ela estendeu a mão, instintivamente,


para a frente. Outras vezes, Kenneth fazia com que ela se
machucasse.
Pare de pensar nele. Ele não está aqui para tirar isso de
você.

Respirando fundo, ela parou quando o Pussy colocou uma


mão sobre o seu estômago. Ele, propositalmente, estava lhe
dando independência?

Ela não sabia. Pussy não parecia um cara que saía do seu
caminho por uma menina. Todos eles estavam brincando com
ela?

— Olá, querida. Estamos à procura de um quarto para a


noite — disse o Pussy.

A mão que segurava a dela, se soltou. Ela entrou em pânico


por um segundo, em seguida, soltou um suspiro quando ele
colocou o braço sobre os seus ombros.

— Para você e a sua irmã? — Perguntou a mulher.

— Não, querida, esta é a minha mulher. Nós queremos ter


um pouco de diversão antes do dever nos chamar de volta para
casa. — Pussy beijou sua testa.

— Nós não alugamos quartos por hora.


Como a cadela se atrevia a ser tão insolente? Sasha fez
menção de falar, mas Pussy chegou lá, antes dela.

— Chame o seu gerente antes que eu, realmente, me irrite,


vaca. — Nunca havia falado com ela assim.

Lambendo os lábios, Sasha se sentiu nervosa pela menina.

— Eu sinto muito.

— Não me importo com o que você tem a dizer. Chame o


seu gerente de merda e é melhor esperar que ele, ou ela, esteja
com humor para perdoar.

Minutos se passaram, e ela não ouviu mais nada. — Você


não acha que foi um pouco duro com ela? — Perguntou Sasha.

— A cadela te insultou, e não aceito uma porcaria como


essa quando se trata de você. Ele beijou sua cabeça, de novo. —
Não entre em pânico, nem nada. Quero um quarto, e quero sem
uma atitude desrespeitosa.

Quando o gerente chegou, Sasha se aninhou contra o


Pussy. Ele era assustador quando estava com raiva? Não
pensava nele como sendo assustador. Prestando atenção no que
ele estava dizendo, fechou os olhos e inalou seu cheiro.
E se pudesse enxergar?

Tinha desistido dessa esperança. Neste momento, não


precisava enxergar, com os braços dele à sua volta. Pussy a
fazia se sentir protegida. Sabia que era errado, mas adorava o
seu nome. Tudo sobre ele, contradizia com o que Kenneth queria
para ela.

Pussy era um motociclista fodão, rude, com um lado doce,


surpreendente.

— Espero a porra de um desconto por esse tratamento.

— Com certeza. Aqui, fique com este quarto. É um belo


quarto, e se precisar de alguma coisa, me avise. — Presumiu
que era o gerente, gaguejando as palavras.

— Vamos lá, baby. Vamos sair daqui.

Pussy a levou para fora da recepção. Ela o seguiu.

— Certo, vamos subir alguns degraus. Você está bem com


isso?

— Sim.
Deram vários passos para frente, e Pussy fez uma pausa. —
Degrau.

Procurou o degrau e começou a subir, com ímpeto. Os


braços do Pussy em sua cintura, a mantiveram estável. Percorrer
o caminho, através do lance de escadas, foi uma grande
conquista para ela. Parando no topo, ela riu. — Eu consegui.

— Qual é o problema, baby?

— Em casa, eles instalaram uma daquelas cadeiras para


chegar até o meu quarto. Essa foi a minha primeira experiência
com subidas, e eu consegui. — Ela jogou os braços ao redor
dele, segurando-o firmemente.

Pussy riu com ela. Ela queria compartilhar esse prazer com
ele.

— Ele, realmente, te manteve presa.

Sasha parou para pensar sobre o que ele disse. Ele estava
certo. Kenneth a mantinha presa, com medo de se mover no
mundo exterior. O que ele ganharia, mantendo-a por perto?

— Sim, manteve.
— Baby, não se preocupe com ele. Ele nunca mais vai te
machucar.

— Como você sabe disso?

— A Chaos Bleeds, é uma família, tanto quanto somos uma


gangue. Não vamos deixar nada acontecer com você. Eu
prometo.

Ela podia aceitar sua ajuda?

Será que tinha uma escolha?

Sua mãe não podia reparar o que o Kenneth tinha feito.

— Não quero mais falar sobre ele. Já arruinou a minha vida


o suficiente. — Ela quase não tinha vivido. Todos os seus amigos
estavam fora de casa tendo bons momentos, enquanto ela ficava
em casa, esperando para viver. Lentamente, estava morrendo, e
ter o Pussy ao seu lado estava lhe mostrando isso.

Ele pegou sua mão e a levou em direção ao quarto. Ela não


tentou se firmar como, normalmente, fazia. Sasha confiava nele
para leva-la aonde queria, com segurança.

Ela ouviu o clique da fechadura.


— Certo, chegamos. — Pussy abriu a porta e a ajudou a
entrar.

— Está escuro ou tem luz?

— Está escurecendo. — Ele acendeu a luz.

— Eu não me preocuparia com isso. Não importa se está


claro ou escuro. — Tentou sorrir. Será que ele gostava da sua
aparência? Por quatro anos, não se olhava em um espelho. Ela
era bonita? Ele tinha que gostar dela para fazê-la gozar, certo?

— Estou tão confusa — disse ela.

— Baby, converse comigo, e eu poderei ser capaz de ajudar


com essa confusão. — Ele passou as mãos em seus braços,
confortando-a.

— Não, não posso lhe perguntar sobre isto. É uma loucura,


e estou certa que as revistas femininas diriam que é errado eu
perguntar uma coisa como essa — disse ela.

Pussy riu. — Basta perguntar.

Deixando escapar um suspiro, ela mordeu o lábio. — Ok,


você me acha atraente? — Ela perguntou.
— Baby, você não tem ideia de como me excita. Você é tão
perfeita e bonita. Você faz as outras mulheres passarem
vergonha.

Ela sorriu. – Sério?

— Será que eu ia querer foder uma pessoa feia? — Colocou


a mão no cume duro do seu pênis. Uau. Não, não se parecia
como alguém que quisesse transar com alguém feio. — Isto é o
que você faz comigo.

Sua outra mão foi até o queixo dela, inclinando sua cabeça
para trás. Ela não sabia para onde estava olhando. Isso era o
que mais odiava, não saber onde seu olhar caía.

— Eu gosto do que faço com você — disse ela.

— Vou te beijar, agora.

Será que ele queria que ela dissesse alguma coisa ou


negasse? Queria sentir os lábios dele nos seus.

Ele afastou um pouco do cabelo para fora do caminho e,


então, sua boca estava sobre a dela. No início, foi gentil,
explorando. Sua língua deslizava sobre os lábios dela, e ela
gemeu ao menor contato.
— Você tem um gosto bom pra caralho — disse,
murmurando as palavras contra a sua boca.

— Por favor, não pare. — Ela precisava dos seus lábios. Não
seria capaz de sobreviver sem o seu beijo.

Pussy saqueou sua boca, e ela choramingou.

— Sim, isso aí, baby. Beije-me de volta. – Enroscou a


língua com a dela, que quase teve um AVC, provando-o.
Adorava o gosto dele e a maneira como ele lambia seus lábios
antes de entrar. Ele quebrou o beijo primeiro, beijando o
pescoço dela.

Você não o conhece.

Ela não o conhecia, mas seu corpo estava mais do que feliz
em tê-lo tocando-a.

— Vamos nos livrar deste casaco e deixa-la um pouco mais


confortável. — Ele empurrou a jaqueta para fora dos seus
ombros, e ela a ouviu cair no chão. Com os braços livres,
envolveu-os em torno do seu corpo, esfregando-se contra ele.

— Porra, baby, você me faz querer fazer loucuras para


mantê-la. — Segurou seu rosto, virando sua cabeça de um lado
para o outro. Ela não podia lutar contra ele, assim como o seu
corpo. Pela primeira vez, desejava fazer algo que ia fazê-la se
sentir bem e a ninguém mais.

Seus lábios se moveram para baixo, até a sua clavícula.


Sua língua deslizou sobre a pulsação em sua garganta. A camisa
que ela usava o impediu de ir mais longe.

— Você vai ter que me dizer para parar, Sasha.— Eu quero


você, e se você deixar, vou te foder a noite toda e mostrar o que
você estava perdendo — disse ele.
Capítulo Cinco

Pussy esperou, pacientemente, que ela respondesse. A luz


estava acesa, e era quase noite lá fora. Seu pênis estava lhe
deixando em apuros, estava muito duro. Rangendo os dentes,
continuou esperando a resposta dela.

— Eu não quero que você pare.

Seus olhos estavam no peito dele. Podia ser possível que


ela o visse, um dia? Pussy não sabia a resposta, e não se
importava. Ele a teria de qualquer maneira que pudesse ter.

— Vou devagar. Sei que é a sua primeira vez.

— Você vai comer minha boceta? — Ela perguntou. Suas


bochechas ficaram em um adorável tom de vermelho. Imaginou
o que podia fazer com ela, a fim de tê-la, sempre, assim
ruborizada.

Removendo a jaqueta, ele a atirou na cama. Tirando o


celular do bolso, ele o desligou para que não fosse incomodado
antes de comê-la.
— O que você está fazendo?

Durante as horas em que estiveram juntos, havia notado


que ela odiava o silêncio. Ela fazia perguntas ou dizia coisas para
preencher eventuais lacunas.

— Estou desligando meu celular. Não quero que a gangue


me interrompa. Hoje, tudo que importa é você e, se eu tiver que
atender o telefone, então deixo de te dar atenção para dar
atenção a eles.

— Eu não me importaria, se você tivesse que atender a


chamada...

— Quando eu começar a comer sua boceta, Sasha, não vou


querer parar. — Ele lhe deu toda a sua atenção. — Agora, vou
perguntar mais uma vez, você quer fazer isso?

Ela ainda pensou por mais algum tempo, franzindo a testa.


Como ela podia não enxergar? Seus olhos estavam cheios de
tanta emoção e, ainda assim, ela nem sabia como ele era.

— Sim, eu quero fazer isso. — Ela começou a se atrapalhar


com sua camisa. Estendendo a mão, colocou-a sobre as dela,
que estavam tremendo, e ela parou imediatamente.
— Não há pressa, nós podemos fazer outras coisas — disse
ele. Pare com isso, seu idiota. Você a quer. Pare de dar razões
para ela não querer você.

— Pussy, eu quero isso. Por favor, passei os últimos quatro


anos sentindo como se eu não pudesse fazer nada. Não tire as
poucas horas de prazer que você me prometeu.

— Você é virgem — disse ele.

Que porra você está fazendo?

— Você não é. Sabe o que está fazendo. Você não pode


tomar a iniciativa e fazer o que sempre faz com as mulheres? —
Ela perguntou.

Ele não queria trata-la como as outras mulheres.

Pare de ser um marica e dê o que ela quer.

Deslizando as palmas das mãos ao seu lado, ele estendeu a


mão para o seu rosto.

— Eu só peço uma coisa — disse ela.

— O quê? — Perguntou.
— Fale comigo durante todo o tempo. Eu odeio o silêncio,
ele me deixa nervosa.

Pussy sorriu. — Você quer que eu fale coisas obscenas para


você.

— Sim. Conte-me o que está fazendo.

— Posso fazer isso, baby. — Ele tirou a camisa. Tomando


sua mão, pressionou sua palma contra o peito. — Tirei a minha
camisa. Você pode me tocar, agora, e sentir como eu sou, nu.

Ele a viu lamber os lábios.

— Você tem tatuagens? — Ela perguntou.

— Sim.

— Cont-me sobre elas.

Pegando sua mão, deslizou a palma até o braço esquerdo.


— Tenho o símbolo da Chaos Bleeds aqui. É um crânio
sangrando, de aparência metálica. Alguns dos caras têm este
símbolo nos seus corpos. – Continuando a descer, ele foi até o
pulso. — Pensei que era irônico ter um par de algemas tatuadas
nos meus pulsos. Não estou preso judicialmente, mas estou
atado à minha gangue. Eu faria qualquer coisa por eles.
— Mesmo ir para a prisão.

— Sasha, eu morreria pela gangue, é o quão sério é este


compromisso.

— Será que eles fariam o mesmo por você? — Ela


perguntou.

— Sim, fariam.

— Como você pode ter tanta certeza?

— Eu conheço a minha gangue. Nós já passamos por muita


coisa juntos, até chegar aqui. Eles não param, só se forem
forçados. — Ele a deixou passar a mão pelos seus pulsos. Pussy
se recusou a pensar sobre o porquê. A sensação dos dedos dela
tocando, levemente, sua pele o fazia se sentir vivo, de uma
forma que não achava que era possível, especialmente para ele.
Por muito tempo, esteve tomando seu prazer com mulheres sem
fim, sem qualquer sentimento. Ele se importava com o que a
Sasha sentia.

Como era a sua primeira vez, queria torna-la tão


memorável quanto possível.
Seja verdadeiro, você não quer que qualquer outro homem
toque o que é seu.

Em um curto espaço de tempo, Sasha deixou de ser a


menina cega para ser algo mais. Devil tinha razão. Ele nunca
tinha enfrentado tantos problemas por ninguém, nem mesmo
pela Lexie ou pela Ashley.

— Que outra tatuagem você tem? — Perguntou ela.

Ele pegou sua mão e a passou lentamente sobre a parte


superior do seu corpo que ia de braço a braço, no peito, em
seguida, sobre o estômago. Ela não disse nada, apenas sorriu a
cada momento e, em seguida, quando ele apontou certas
marcas em seu corpo.

— Eu tenho algumas nas minhas costas, também.

— Posso sentir?

— Claro. — Ele se virou, e ela seguiu o movimento com a


palma da mão. Seus dedos tocaram a pele, de leve. Eu tenho
um leão nas minhas costas, junto com várias outras tatuagens
pequenas. Há uma pequena borboleta no meu ombro direito,
porque eu perdi a porra de uma aposta, e nunca vou poder tirá-
la, enquanto viver.
Ela deu uma risadinha. Pussy gostava da sensação das
mãos dela no seu corpo. Havia algo eletrizante quanto ela o
tocava. Ela era delicada, suave. Queria mostrar a ela quão dura
podia ser com ele. Pussy adorava a sensação das unhas de uma
mulher em sua pele enquanto ela gritava seu orgasmo. Na
Chaos Bleeds ele era a estrela, em fazer uma mulher se sentir
bem.

— Eu gostaria de poder vê-las. Você parece sarado. Você é?

— Eu malho tanto quanto posso.

Suas mãos dançaram ao longo da sua pele. — Deve ser


bom.

— O quê?

— Ser capaz de se exercitar sem medo de cair ou esbarrar


nas coisas. Me sinto assim por muito tempo.

Virando-se, viu o sorriso que dançava nos lábios dela.

— Posso te ajudar com isso.

— Esta é outra coisa que o clube faz? Se lamentar pelas


mulheres que não podem fazer as coisas por si mesmas? — Ela
perguntou.
— Não, esse sou eu. Quero que você se sinta bem consigo
mesma. Você não deveria ter que depender de ninguém.

O sorriso sumiu dos seus lábios, novamente. — Eu não


quero depender de ninguém. É uma merda. Sempre quis que
houvesse algo mais que eu pudesse fazer.

Tocando sua bochecha, correu o polegar ao longo do seu


lábio inferior. — Baby, sempre vai haver algo que você pode
fazer, e vou estar aqui para ver você ter a chance de fazer o que
quiser. Eu odeio pessoas que machucam os outros.

— Não quero mais falar sobre ele.

— Bom, porque eu não quero ouvir o que qualquer um


daqueles filhos da puta dizem sobre você. Depois de hoje, o
Kenneth nunca mais vai ser capaz de te tocar.

Pussy não se preocupava com a sua ligação com o


Gonzalez. Qualquer um que ferisse uma mulher e tirasse sua
visão era alguém que precisava morrer, na cartilha do Pussy.

— Você é diferente — disse ela.


— E eu nem sequer encostei a minha boca na sua boceta.
Você vai ser uma mulher de sorte, em breve — falou, piscando
para ela.

Ela riu, e não tinha, sequer, visto ele lhe dando uma
piscadela.

— Você não ri muito ultimamente, não é? — Ele perguntou.

— Não, não tenho motivos, mas você está prestes a mudar


isso para mim. — Suas mãos estavam em seus braços,
esperando.

— Sim, estou prestes a mudar tudo para você. —


Inclinando a cabeça para trás, olhou para o seu rosto. A
confiança que ela lhe devotava o assustou. Devia ser mais
cautelosa. Ele matou um monte de homens, causou problemas
onde quer que tivesse ido e fez tudo isso com um sorriso e em
nome da gangue. Não havia nada que ele não faria pela gangue.

Mesmo quando olhou para ela e pensou que ela merecia um


homem melhor, não quis perder esta oportunidade.

— Eu vou te beijar agora — disse ele.

Ela gemeu, mas não se afastou. Inclinando a cabeça, roçou


os lábios contra os dela. Sasha se derreteu e ele deu tudo a ela.
Mergulhando a língua dentro da sua boca, ele gemeu, indo
fundo. Deslizou a língua sobre a dela, indo tão fundo quanto
podia, para ela tomar tanto dele quanto possível.

— Você não tem ideia do que está fazendo comigo, não é?


— Perguntou ele, murmurando as palavras contra seus lábios.

Balançando a cabeça, deslizou as mãos pelos braços dele,


para uni-las em volta do seu pescoço. Deslizando as mãos até a
cintura dela, tocou a carne que foi revelada pela camisa, que
estava levantada. Ela era suave contra a sua dureza. Gemendo,
lambeu os lábios dela, em seguida, pressionou beijos ao longo
do seu rosto e do pescoço. Ela moveu a cabeça para o lado, lhe
dando um melhor acesso para beijá-la.

— Você vai me deixar louco — disse ele, gemendo. Seus


dedos se apertaram no cabelo na base do pescoço. Indo para
debaixo da sua camisa, tocou sua pele e sentiu sua agitação sob
o seu toque.

Ela é inocente. Vá com calma e tão lento quanto possível.

Fechando os olhos, tentou levar em conta sua inocência


enquanto a tocava.

Tome-a.
— Deixe-me saber se eu estiver indo rápido demais para
você — disse ele.

— Você não está indo rápido o suficiente, Pussy. Por favor,


dói tudo de novo. — Sasha assumiu, pressionando os lábios nos
dele. Ele estava tão perto que ela não errou ao beijá-lo de volta.

Enlaçando os braços ao seu redor, ele a carregou até que


estivessem mais próximos da cama. Ele precisava da superfície
plana, caso perdesse a cabeça e a fodesse.

— Eu vou tirar sua camisa, — falou.

Com um puxão, arrancou sua camisa deixando-a, somente,


com um sutiã de algodão simples. A roupa intima era pouco
atraente, mas isso não diminuiu a beleza da sua pele pálida.

— Qual o problema? Você parou e não falou mais nada.

— Você é linda. Seu sutiã não lhe faz justiça, mas não
importa. — Tocou o contorno, em seguida, correu as pontas dos
dedos sobre o peito até o topo dos seus seios. — Estou honrado
por você ter me escolhido. — Deslizou a alça do seu sutiã para
baixo do braço.

Ele notou os arrepios que eclodiram em todo o braço.


— Você ainda está comigo?

— Continue falando e estarei mais do que com você.

Pussy riu.

Girando em torno dela, capturou o fecho de seu sutiã. —


Não impeça que ele caia. Eu quero ver os seus peitos — disse
ele, sussurrando as palavras contra sua cabeça.

— Você realmente é um pecador, não é?

— Nós ainda nem começamos com a parte boa. Me dê a


chance de mostrar quão bem eu posso fazer isso. — Tirou o
sutiã pelos braços e simplesmente engasgou. Os seios dela eram
tudo o que ele pensava que seriam. Eram grandes e bonitos,
com mamilos vermelhos. Lambendo os lábios, estendeu a mão e
segurou um peito. Deslizando o polegar sobre a ponta ele
observou o seu suspiro. Seus seios eram sensíveis ao menor
toque. —Você gosta disso?

— Sim. Por favor, não pare.

— Tenho coisas mais interessantes para fazer com você. —


Passando para a próxima mama, circulou o mamilo. Ela
empurrou o peito em direção a ele, oferecendo seu corpo para
ele brincar.
Sentindo-se imoral, sugou um dos seus mamilos com os
lábios, chupando o broto duro em sua boca.

Ela gritou. As mãos dela foram até os braços dele, cravando


as unhas em sua carne. Beliscando o outro seio, ele olhou para o
seu rosto para ver a reação dela.

Seus olhos estavam fechados, e sua boca estava


ligeiramente aberta. Ela pareceu espantada com o que ele
estava fazendo. Indo para o segundo peito, brincou com ele,
tanto quanto com o primeiro. Com a mão livre, Pussy pôs os
dedos no botão da sua calça jeans. Movendo-se de um seio para
o outro, calmamente, amou as mamas dela. Os seios dela
mereciam tempo para serem degustados, mordiscados e
adorados.

Abrindo o botão da calça jeans, deslizou o zíper para baixo.


Levando a mão até os seus quadris, empurrou o jeans para
baixo das suas coxas. Ela se mexeu, ajudando-o a empurrá-lo
para baixo.

Soltando seus seios, caiu em frente a ela. Colocou as mãos


nos seus quadris, para que ela soubesse onde ele estava.

— Eu vou tirar sua calcinha.


— Não pare — disse ela, mordendo o lábio.

— Eu não vou, baby, prometo.

— Você faz um monte de promessas. — Ela soltou um


suspiro.

Ele não respondeu e começou a descer sua calcinha. Os


pelos púbicos cobriam sua boceta, obscurecendo-a do seu ponto
de vista. Quando estivesse com uma gilete por perto ele os
apararia para que pudesse ver os lábios do seu sexo.

Seu cheiro era feminino e doce.

— Você não está falando. Há algo errado? — Perguntou ela.

— Não, não há nada errado. — Ele soltou seu quadril e


começou a deslizar os dedos pelo monte. — Quero remover um
pouco deste pelo quando tiver uma gilete. Você vai deixar?

— Sim, se você prometer não me cortar.

— Você não sabe, até agora, que vou cuidar de todas as


suas necessidades? — Ele aumentou o aperto no seu quadril e a
empurrou para trás. Uma vez que a parte de trás dos seus
joelhos estavam na cama, ela se sentou. — Na verdade, você vai
confiar em mim para ir buscar uma navalha? Não quero deixa-la
sozinha, mas também quero que você sinta tudo o que eu posso
fazer para você.

— Você quer sair? — Perguntou ela.

— Já vou estar de volta. Vou trancar a porta, e tudo que


você tem a fazer é ficar aqui e esperar. Há uma loja no final da
rua e eu esqueci de comprar camisinhas, querida. Não posso te
foder sem elas. Você poderia engravidar. — Ele gemeu, deixando
cair a cabeça sobre sua perna. — Porra, você me deixou te
querendo tanto que esqueci de arranjar preservativos.

Ela riu. — Ok, humm, eu posso deitar na cama enquanto


estiver fora?

— Claro.

Ele a ajudou a se acomodar na cama, em seguida, beijou


seus lábios. — Vou estar de volta antes que você perceba.

Sasha ouviu a porta fechar e, depois, o silêncio. — É isso,


ele se foi. Ele se foi, e eu estou deitada em uma cama falando
sozinha, porque estou ficando louca. Ninguém está aqui e eu não
tenho nada a dizer.
Passando as mãos até o outro lado da cama ela tentou
trazer algum foco para seu o pequeno mundo. Uma manhã com
o Pussy e ela tinha deixado Piston County para trás. Pussy a
reivindicou? Não entendia o que isso significava. Juntando as
mãos na sua frente, pensou sobre a sensação do seu corpo sob o
toque dele. Ele tinha estado duro, cada cume dos seus músculos
delineados contra a palma da sua mão.

O silêncio respondeu sua fala. Odiava isso. Se pudesse


enxergar, poderia assistir televisão ou se sentar ao lado da
janela, para observar a noite. Sua visão era uma constante, a
noite nunca terminava.

Será que ele voltaria?

Ao longo dos anos, o Kenneth a fez acreditar que ela era


um incômodo. Mesmo sua própria mãe não a queria. Sua mãe
passava a maior parte do tempo com uma garrafa ou se
automedicando, em vez de passar o tempo com ela. Como
agora, e, em seguida, a velha mãe que ela conhecia aparecia
com comida e conversa. Seja o que for que o Kenneth disse, era
uma mentira.

Empurrou-os de lado. Pare de pensar em qualquer um


deles. Eles não são nada, agora.
Se esforçou para ignorá-los e entrou no silêncio que a
cercava. Em um momento, a porta estava se abrindo. —
Comprei as coisas que preciso, baby.

A porta se fechou, e mais barulho ressoou.

— Merda, eu devia ter deixado a televisão ligada, não


devia? Porra. Eu sinto muito.

Sasha riu. — Você não tem que ficar pedindo desculpas. Eu


sou mais do que capaz de cuidar de mim mesma. Eu não tive
qualquer dificuldade estando aqui.

— Ainda assim, vou ter que aprender a cuidar de você.

A cama afundou, e ela soltou um grito. — Porra, estou


apenas sentando ao seu lado.

Ela assentiu com a cabeça, estendendo a mão, mas


encontrou o ar.

— Aqui, estou aqui. — Pussy pegou sua mão e a colocou


sobre o seu corpo.

— Você está aqui. — Ela tocou seu corpo e franziu a testa.


— Você está nu?
— Não tive tempo para colocar roupas. Queria pegar o
material e voltar para você. Esqueci de colocar uma camisa. Não
importa. O cara da loja não me cobrou muito. Acho que ele
estava muito ocupado admirando meu corpo gostoso — disse.

Rindo, ela apertou seu braço. Ela, realmente, adorava a


sensação da sua pele em suas mãos, e disse isso a ele.

— Veja, você só me quer pelo meu corpo — disse o Pussy.

— Não, eu quero você além disso. — Ela se esforçou para


não sorrir.

— Vou te beijar agora. — A cama rangeu sob seu peso.

— Ok!

Seus dedos deslizaram sobre sua bochecha, e sua mão foi


descansar ao lado da sua cabeça. No início, seus lábios roçaram
os dela, mostrando-lhe onde ele estava. – Agora, estou perto de
você. — Sua língua acariciou seus lábios, e ela abriu a boca.

Reunindo suas línguas, ela o beijou profundamente.


Rodeando o pescoço, gemeu quando seu corpo pressionou sua
frente. Seu peito roçou seus mamilos. Gemendo, ela o segurou
em cima dela, não querendo deixa-lo ir.
— Caralho, nunca me senti assim, só com um beijo — falou,
murmurando as palavras contra ela.

— Eu amo quando você me beija.

Pussy ficou tenso. — O quê?

— Eu gosto quando você me beija — disse ela. O que havia


de errado com o que ela disse?

— Bom.

Você disse a palavra amor. Os homens odeiam a palavra


amor. Não diga isso novamente.

— Vou pegar um pouco de água — disse ele, soltando—a.

Ele se afastou, e ela ficou sozinha, novamente. Ouviu ele se


mover.

— Você está no banheiro? — Ela perguntou.

— Sim. Vou aparar seus pelos pubianos.

— Você é muito clínico. — Ninguém tinha tocado entre as


coxas dela. Pussy era o único homem a chegar tão perto dela, e
ela não ia deixar mais ninguém chegar tão perto. A única pessoa
que ela queria era o Pussy. Se ela pudesse ver, não teria ficado
em casa. Sabia, em seu coração, que não teria deixado sua mãe
ficar tão mal. De alguma forma, teria colocado um fim naquilo.
No fundo da mente, não podia deixar de se sentir decepcionada
com a mãe. Não deveria ter que cuidar dela.

Mais movimentos chegaram aos seus ouvidos, enquanto ele


dizia coisas.

— Estou, apenas, colocando uma bacia ao lado da cama.

— Me desculpe, eu falei em amor. Foi estúpido da minha


parte.

Ele riu. — Me pegou de surpresa, querida. Nunca tive uma


mulher dizendo que amava algo que eu fiz. Elas gostam do que
eu faço, mas nunca amaram.

— Você está tentando me deixar com ciúmes? —


Perguntou. Um tremor de dor atravessou seu coração, diante da
menção das outras mulheres em sua vida. Por que ele tinha que
ser tão insensível?

Levante-se e saia.

Não queria. Sasha queria saber o que ele podia fazer com
ela.
— Não, não estou tentando fazer nada. Só estou sendo um
idiota. — Segurou seu rosto. — Sou novo nisso.

— Novo no quê?

— Cuidar. Não estou acostumado a cuidar. Normalmente,


nunca tenho de me preocupar com nada, nem ninguém — falou.

— Você se importa comigo?

— Sim. Me importo mais do que gostaria. O polegar dele


acariciou seu lábio inferior. — Vou usar uma navalha e uma
tesoura. Por favor, fique parada.

— Então, fale comigo. Ajuda a me acalmar, quando ouço


você falar.

— Vou me lembrar disso, baby.

Ela lambeu os lábios e esperou. A cama afundou sob seu


peso. Ele colocou algo ao lado do seu quadril. Pussy abriu suas
coxas. Ela tentou fechar as coxas, mas se conteve.

Ele precisa chegar até você.

— Boa menina — disse ele.


— Não estou acostumada a isso.

— Está tudo bem. Não espero que esteja. Você é inocente.


— A palma do Pussy pousou no interior da sua coxa. — Eu vou
começar a aparar, em um segundo. Tenho uma toalha aqui.
Levante a bunda — falou.

Ela levantou a bunda e, quando ele colocou uma mão sobre


a sua barriga, empurrando-a para baixo, ela relaxou. A toalha
era macia debaixo da sua bunda.

— Esta é a coisa mais estranha que eu já fiz.

— E eu nunca fiz isso antes. Esta é uma experiência nova


para nós dois – ele disse.

— Se você nunca fez isso antes, deveria confiar em você


perto de mim?

Ele riu. — Vai levar algum tempo para me acostumar.

— A quê?

— A falar tudo que eu estou fazendo.

— Você quer que eu cale a boca? — Ela perguntou.


— Não, realmente gosto de ouvir você falar. Estranho, não
é? Estou acostumado a odiar as mulheres falantes.

Ela soltou um grunhido. — Você vai me deixar louca com


sua palestra sexista.

— Não estou sendo sexista. Só sei o que eu gosto que os


lábios de uma mulher façam, e não tem nada a ver com fala.

Calor inundou suas bochechas. Só podia imaginar o que


estava na sua cabeça. Sim, o Pussy gostava das suas mulheres
fazendo todo o trabalho e outras coisas, em vez de falar.

— Há quanto tempo você faz parte da Chaos Bleeds? — Ela


perguntou.

— Há mais de dez anos. Entrei em uma idade jovem, e sou


um membro pleno no mesmo período de tempo, — disse ele.

— Você tem família?

— A gangue é a minha família.

Ela ouviu a tesoura e sentiu os pequenos restos de pelo


cobrindo sua vagina. Tentar não ficar constrangida foi a coisa
mais difícil que já fez.
— O que faz você se acalmar? — Ela perguntou.

— Há um clube em Fort Wills. Eles estão no mesmo lugar a


vida toda e só vão para a estrada quando há necessidade. Eles
são fortes e felizes. Estamos todos envelhecendo, e nos
deslocávamos, de um estado para outro, em uma semana e isso
perdeu seu apelo. — Ele continuou a trabalhar em seus pelos
pubianos, enquanto falava. Ela amava o jeito que ele falava. Os
tons profundos e ásperos da sua voz a faziam derreter. Devia
ver que ela estava ligada com o que ele estava dizendo.

— Você ainda dirige por aí?

— Sim, ainda faço isso. Mas não tenho mais a necessidade


de ficar me mudando. Não tenho nada a esconder.

Ela assentiu com a cabeça. — Gostei de estar na garupa da


sua moto. Foi muito divertido.

— É ainda melhor quando você não está usando um


capacete.

— Talvez, um dia, você vá me deixar andar sem capacete?


— Perguntou, pensando no vento em seu rosto e qual seria a
sensação de, finalmente, estar livre para aproveitar a vida.
— Não será o caso. Você usará capacete. Não vou arriscar
sua vida por um pouco de aventura.

Sasha ficou em silêncio enquanto ouvia o corte da tesoura e


sentia os pelos diminuírem a cada segundo.

— Aposto que ver o nascer do sol é a coisa mais incrível do


mundo. Enquanto crescia, não prestei muita atenção. Havia
sempre coisas mais importantes para tratar do que assistir o sol
nascer. Desejo, agora, que tivesse tomado um tempo para olhar.

Ele parou, deixando escapar um suspiro. — Na verdade,


Sasha, você não está perdendo nada. Sim, você não pode ver
um nascer do sol ou um pôr do sol, mas posso lhe prometer que
há coisas mais importantes no seu futuro.

— Como o quê?

O Kenneth, quando sua mãe não estava por perto, falava


como se estivesse lendo uma lista de todas as coisas que ela não
poderia fazer ou ver. Toda a beleza incrível que estava passando
por ela, porque ela não podia mais enxergar. Seu padrasto era
um bastardo cruel.

— Como isso, disse ele.


Seus dedos deslizaram através da sua fenda. Ele tocou seu
clitóris, e ela gritou ao primeiro contato.

— Isto é o que você pode sentir. Você não precisa enxergar


para saber o quão incrível se sente. — Esfregou seu clitóris, e ela
gritou quando o prazer a atravessou.
Capítulo Seis
Pussy viu o encantamento no rosto da Sasha e sabia, em
seu coração, que queria faze-la sentir assim nos próximos anos.
Ela se arqueou contra o toque dele, que tocou sua vagina. Ele
tinha aparado todo o excesso de pelos. Tudo o que precisava
fazer era raspar.

— Você ainda está comigo, baby? — Perguntou.

— Sim, estou aqui.

Ela estava sem fôlego.

Ele moveu a mão para longe do seu clitóris. Ela soltou um


grunhido, e ele riu. — A minha mulher está ficando impaciente?

— Você não está sendo justo.

— Vou ser capaz de fazer você se sentir muito melhor se


deixar eu terminar o meu trabalho. Ele limpou o excesso de
pelos, achando o ato incrivelmente íntimo. Pussy umedeceu um
pano e começou a passa-lo entre as suas coxas. Tomou seu
tempo, apreciando a vista diante dele.
Seus olhos estavam fechados enquanto ele trabalhava.
Uma vez que ele a limpou, ele abriu a navalha e colocou a
lâmina no lugar.

— Vou começar a depilar um pouco do seu pelo. Tenho um


pouco de creme para passar em você, mas preciso que você
fique parada — falou.

— Não vou a lugar nenhum.

Olhando para o corpo dela, seu pênis respondeu à sua


excitação. Ela era tão linda que o deixou doendo com a vontade
de estar dentro dela.

Vá com calma.

Quanto mais tempo levasse para prepara-la e conhece-la,


melhor seria para ele. Trabalhou devagar, raspando o pelo que
estava em seu caminho.

Ela não se moveu enquanto ele a raspava, dando-lhe tempo


de sobra para trabalhar.

— Você já depilou uma mulher antes?


— Não. Já vi uma mulher fazer isso, antes. — Seus
pensamentos foram para a Ashley, a melhor amiga, que tinha
perdido. Ela morreu muito cedo.

— No que você está pensando? — Perguntou ela.

— Em nada.

— Você ficou tenso, e está em silêncio. É sobre a amiga que


você perdeu?

Ele franziu a testa. — Como você sabe disso?

— Eu perdi o meu pai, lembra? Não é preciso ser um gênio


para saber que você e a sua amiga eram íntimos.

Deixando escapar um suspiro, passou a lâmina na água


antes de deslizá-la em toda a lateral da sua vagina. Estava
quase pronto.

— Eu comi a Ashley muitas vezes. Nós éramos melhores


amigos, mas ela não esperava nada de mim. Compartilhei
merdas com ela que não fiz com mais ninguém.

— Por que você não se casou com ela? — Perguntou.


Pussy riu. — Se você conhecesse a Ashley, saberia que ela
não era o tipo que se casa. — Pensando na Ashley, de branco,
aquilo não combinava bem com ela. — Ela não queria se casar.
Ashley não confiava nos homens. Ela confiava nas regras da
gangue e do Devil. Ela fodeu com a gangue toda. A Ashley não
era uma mulher de um homem.

— Você estava bem com isso?

— Sim, não queria nada além disso, com ela. Não sou do
tipo ciumento. No entanto, quando se tratava dela, se recusava
a compartilhar.

Ele jamais a deixaria sozinha com os outros homens da


gangue. Nenhum dos meninos ia tirar proveito dela, Sasha era
sua mulher.

— Sério? Você soa como o homem ideal para as mulheres.

Ele riu. — Duvido disso, baby. Não sou do tipo ciumento, e


não aceitarei que digam o que posso e não posso fazer. Recuso-
me a escolher uma mulher para me estabelecer.

— Deve ser bom não ter que se preocupar com a sua vida
— disse ela.
Pussy franziu a testa. Ele terminou com a sua boceta e a
limpou. — Como é que você nunca teve um cachorro?

— O quê?

— Você sabe, os cães que ajudam as pessoas cegas a se


locomoverem.

As mãos da Sasha se moveram para o estômago. – O


Kenneth não ia comprar um para mim. Ele espalhou um boato
pela cidade, que eu tinha pavor deles.

— Você não acha que é estranho que ele esteja tentando


isolá-la de tudo o que você já conheceu? — Pussy odiava o
homem mais ainda, com o que ia descobrindo.

— Eu sou cega. Minha mãe o adora. Não vejo benefício em


discutir com ele. Ele é cheio do dinheiro, e eu não ia deixar
minha mãe ser infeliz.

— No entanto, ao lado dele, se tornou uma viciada em


pílulas e álcool?

Correndo os dedos através dos lábios suaves de seu sexo,


Pussy sentiu seu pênis endurecer. Ela era tão bela.

— Você não a conhece.


— Você tem que ser cuidadosa.

— Eu sou sempre cuidadosa.

Ele riu. — Você está sozinha comigo, Sasha. Eu não diria


que você teve cuidado. — Ficando de pé, olhou para seu corpo.
— Vou limpar isso.

Pussy a deixou sozinha. No banheiro, limpou a bagunça que


fez e olhou para o seu reflexo no espelho rachado.

Que porra você está fazendo?

Ele estava perdendo a cabeça. Sasha tinha dominado seus


pensamentos desde o primeiro momento em que se
conheceram, e não tinham, sequer, tido um encontro. Olhando
para ela na lanchonete, achou que ela podia enxergar. Mais
tarde, quando a encontrou sozinha, descobriu a verdade.

Não mexa com ela.

As palavras do Devil passaram por sua cabeça. — Não me


interrompa, porra. Esta menina, você a tirou da sua família e me
diz que não vai deixa-la voltar para as pessoas que podem
protege-la? Por favor, me diga, Pussy, se isso não é colocar uma
porra de reivindicação sobre ela, o que é?
Não podia deixa-la voltar para aquele monstro do seu
padrasto.

Você está ficando muito envolvido.

Ashley apareceu em sua mente, com seu rosto sorridente.


Eles haviam acabado de foder, e ela lhe deu um orgasmo com
seus peitos. Estava deitada na cama com os pés balançando no
ar.

— O que vai fazer se você se apaixonar? — Perguntou


Ashley.

— Simples, eu nunca vou me apaixonar.

— Você não vai conseguir nunca se apaixonar. Aposto que a


mulher para q qual você, finalmente, vai entregar o seu coração,
vai ser a mulher mais amável do mundo. Você é muito doce.

Afastando isso da memória, Pussy se moveu em direção à


porta, para ver a Sasha. Ela estava deitada na cama, batendo o
pé no colchão, querendo entender o que estava passando na sua
cabeça. Ele nunca poderia machuca-la. Já tinha sido muito ferida
em sua curta vida.
Tudo o que queria fazer era tirá-la da dor e lhe dar algo
para amar. Sabia que seria bom para ela. Ela nunca iria querer
qualquer outra coisa.

Ao longo dos anos, tinha fodido muitas mulheres e


conseguido o que queria delas. Nenhuma deixou uma marca,
nem mesmo a Ashley. Ela só ficou em sua mente por causa da
sua amizade. Sasha o pegou de surpresa.

Ele a levaria para o clube, antes que a levasse para


qualquer outro lugar.

Ao entrar no quarto, ele limpou a garganta.

— Você está de volta?

— Sim.

— Você demorou bastante tempo.

— Eu estava ali, de pé, observando você, baby. Você não


tem ideia de como o seu corpo é gostoso. — Olhou para a cama
e lhe deu uma última chance de voltar atrás. — Esta é a sua
escolha, Sasha. Assim que eu tirar o meu jeans, vou foder a sua
boceta apertada e fazer você se sentir nas nuvens. – Ouviu o
seu suspiro. — Esta é a sua última chance de voltar atrás. Vou
colocar minha camisa, ajuda-la a se vestir e, em seguida, vamos
ouvir um filme ou algo assim.

— Não quero ouvir um filme. Quero que você me foda,


Pussy. Quero que você me mostre quão bom pode ser, entre um
homem e uma mulher.

— Você saberá, quando sentir isso com um cara que você


merece.

Por que está dando a ela uma razão para parar, esta noite?

Seu pênis estava duro como a porra de uma pedra,


implorando para chegar o mais perto dela possível.

— Você não quer? Se você não me quer, então nós


podemos nos vestir.

Antes que ela acabasse de dizer isso, tirou a calça jeans,


chutando as botas pelo quarto. Ele a queria. Ajoelhando-se na
cama, pegou a mão dela e colocou os dedos em torno do seu
pau. — Baby, querer você não é um problema. Estou
completamente duro por você.

Ela apertou o seu pênis. Um V se formou entre as suas


sobrancelhas. — Por que você continua me perguntando se eu
quero parar?
— Não quero que você acorde, de manhã, e se arrependa
de dar sua virgindade para um babaca. Eu não sou o tipo de
homem que você merece.

Seu sorriso iluminou todo o seu rosto, e o Pussy se sentiu


despencando. Tinha visto mulheres da Chaos Bleeds e do Skulls
MC com esse mesmo tipo de expressão. Lexie olhava para o
Devil como se ele pudesse andar sobre a água.

— Você é doce. Meu motoqueiro doce e malvado. — Moveu


a mão para cima e para baixo sobre o seu eixo, puxando a pele.
Ele gemeu. — Qual o problema? Machuquei você? — Ela tirou a
mão.

— Tudo que você faz é bom. — Se inclinou e roçou os lábios


contra os dela.

— Vou precisar que você fale comigo, me diga o que você


gosta.

— Falarei.

Passando um dedo pelo seu rosto, acariciou o seu peito. Ela


estava pronta para isso.

Você vai ser o primeiro homem em sua vida e o último.


Pussy olhou em seus olhos cegos e soube que não ia ser
capaz de deixa-la partir depois desta noite. Nos últimos meses,
estava tentando pegar um mero vislumbre dela. Dirigia pela
cidade tentando evitar os lugares em que a tinha visto. Seus
irmãos iam ao restaurante, e ele tentava não procurar por ela ou
olhar para ela, quando a via.

Ela se tornou sua obsessão secreta.

Movendo-se entre suas coxas abertas, olhou para a sua


boceta raspada. — Irei lamber e beijar cada polegada do seu
corpo. — Tomou seus lábios antes que ela tivesse a chance de
responder. Acariciando para baixo do seu corpo, tocou seus
seios, deslizando as mãos até a sua boceta. Deslizou um dedo
através da sua fenda molhada, sentindo sua umidade ao
mergulhar o dedo.

Beijando o pescoço dela, lambeu sua pulsação e foi


lambendo o caminho até as pontas dos seus mamilos.

— Pussy?

— Sim, querida. — Murmurou a resposta contra o corpo


dela, amando o som do seu nome em seus lábios.
— O que... você... está fazendo? — Cada palavra saía em
um suspiro.

Mergulhando a língua em seu umbigo, sentiu o corpo dela,


tremer diante do menor dos toques.

— Estou começando a conhecer o seu corpo — disse.


Deslizou entre as coxas abertas e olhou para a sua boceta. — Fiz
um excelente trabalho com a sua boceta.

Sasha gritou quando ele abriu os lábios do seu sexo.


Agarrando a coberta, tentou trazer o foco para a sua loucura, o
seu mundo em branco. Tudo o que ele fazia parecia destacar o
seu toque. Não havia mais nada para ela fazer além de aprender
sobre como ele a levava ao prazer.

— Tão bonita.

Algo molhado, adivinhou ser a sua língua, deslizou através


da sua fenda. Tão rapidamente quanto começou, ele se afastou.
— Isto aqui, — pressionou o polegar contra ela. O prazer
assumiu seu corpo. Arqueando-se, ela tentou empurrar contra o
seu polegar, e ficar mais perto dele. — Esse é o seu clitóris, e
irei chicotear minha língua sobre ele até que você goze na minha
boca. Quero engolir o seu gozo.

— Você não estava mentindo sobre falar.

— Não, eu não estava. Preciso que você me diga o que está


sentindo, mesmo que seja só um gemido. Não mantenha
qualquer um desses sons preciosos, longe de mim.

— Não vou. — Não ousaria negar nada a ele.

Tudo o que ele fazia com seu corpo era para lhe dar prazer.

Ouviu mais movimentos e, então, a língua dele sacudiu o


seu clitóris.

Gemendo, se arqueou sobre a cama. Uma das suas mãos


pressionou o seu estômago. Cobriu a mão dele com a sua,
tentando impedi-lo de segurá-la. Nada o impediria de fazer o
que queria. Ele a segurou facilmente e violou sua boceta. Sua
língua sacudiu, acariciou e lambeu seus fluidos.

Lutar contra o prazer era inútil. Pussy estava no controle.


Tudo o que podia fazer era confiar nele, enquanto ele a levava
por este caminho.

— Pussy?
— Eu sei, querida. Relaxe, se solte, e estarei aqui para te
pegar. Não vou deixar nada acontecer com você.

Confiava nele mais do que confiava na sua própria mãe.

O prazer cresceu dentro dela. Deixando escapar um


suspiro, pôs as mãos nas cobertas e gritou, quando o orgasmo
se chocou contra ela. Se debateu na cama, e o Pussy a segurou,
acariciando seu clitóris.

— É demais — disse ela.

— Deixe-o assumir. Estou com você.

Seu gozo foi aumentando e aumentando. Depois de tudo


isso, Pussy a segurou e confortou. Continuou a tocá-la, sussurrar
palavras carinhosas enquanto ela se acalmava.

— Aí está, baby — falou, beijando seus lábios. Sentiu o


gosto dos seus fluidos nos lábios dele.

Passou a língua sobre os lábios.

— Você gosta do seu sabor? — Perguntou.


O gosto não a desagradou, e ela balançou os ombros. —
Obrigada.

— Obrigado por me deixar saborear sua doçura. — Deslizou


a língua em sua boca, e ela abriu os lábios mais amplamente
para ele.

— Você vai me foder agora?

Sasha não queria que ele esquecesse ou ficasse sem tesão


por ela.

— Vou pegar o preservativo.

— Gostaria de poder enxergar, então saberia como você é.

— Eu sou um idiota feio, baby. Acredite em mim quando lhe


digo que sou um otário com uma língua talentosa — falou.

Ela riu. Seu bom humor era uma das coisas que amava
nele.

Não diga mais amor. Ele não faz amor. Não correria o risco
de não o ver, novamente, por aí.

— Aposto que você é gostoso – ela disse.


— Você não esteve ao redor de homens suficientes para
saber isso. — A cama afundou novamente. – Já estou com a
camisinha. Não vou mentir para você. Isso pode machucar. Irei
devagar. — Ele descansou entre suas coxas, e ela odiou não ser
capaz de vê-lo. Estendendo a mão, tocou seus braços, e ele
apertou seu corpo contra o dela.

— Odeio isso – ela falou.

— Baby. — Segurou o rosto dela. A ternura do seu toque


não passou despercebida por ela. — Você não ser capaz de
enxergar não me incomoda. Ser capaz de ver o seu rosto e
saber que eu coloquei essa maravilha de sorriso nele, significa o
mundo para mim. — Seus lábios roçaram os dela.

Ele empurrou, e ela sentiu a ponta do seu pênis contra a


vagina.

Ela engasgou, e ele deslizou a língua em sua boca.

— Você não está só — disse ele, golpeando profundamente


dentro dela.

Gritando com a explosão de dor, ela agarrou seus braços,


enquanto ele segurava seus quadris. Ele não se moveu, mas sua
cabeça se apoiava contra a testa dela, segurando-a.
— Estou com você, Sasha. Não vou deixar você partir.

— Dói.

— Sei que dói, mas vai passar em um momento. Fique


comigo, fale comigo.

— Está escuro. — Ela gemeu, desejando, uma vez mais,


que fosse capaz de ver o rosto dele.

— Eu tenho cabelo loiro bagunçado, baby. Houve um tempo


em que o raspava, mas eu gosto do meu cabelo. É muito difícil
ser careca.

Ela riu e fez uma careta quando a dor a golpeou


novamente.

— Tenho olhos castanhos. Eles são um pouco mais claros


que os seus e o meu corpo está coberto de tatuagens. Não
malho para me divertir. Faço isso para passar o tempo e, para
fazer parte da gangue, preciso ser forte. Todos eles dependem
de mim.

Ambas as mãos se moveram para o rosto dela.

— Sinto muito por te machucar.


— Você não precisa se desculpar. — Tentou sorrir.

— E você não precisa querer ser capaz de ver. Posso ver


por nós, e sei que sou o cara de sorte aqui.

Agarrando seus braços, Sasha ficou encantada com as suas


palavras.

— Você sabe o que dizer para fazer eu me apaixonar por


você.

Ele não ficou tenso ou disse qualquer coisa.

Momentos se passaram, os quais ficou beijando seus lábios.


— Vou começar a me mover, agora. Me diga se isso doer muito.

Pussy recuou. Ficou tensa, esperando sentir nada além de


dor. Não houve dor enquanto ele se moveu para fora dela.
Quando, apenas, a ponta permaneceu dentro dela, ela gemeu.

— Por favor, não pare — falou. Ele empurrou para dentro


dela, novamente.

A dor mudou, se transformando em algo incrível. Não sabia


o que era, apenas que não queria que esse sentimento
acabasse.
— Diga-me o que você está sentindo, Sasha?

— É uma sensação maravilhosa, Pussy. Por favor, não pare.

— Me chame de Shane.

Ela falou o nome dele, e ele golpeou dentro dela.

— É isso aí. Quando estivermos assim, sozinhos e com o


meu pau de dentro de você, me chame de Shane.

Gemendo, ela o recebeu, impulso por impulso. Beijou-a


profundamente, e ela o seguiu em seus movimentos.

— Nunca foi assim antes — disse ele.

Parecia espantado.

Pussy moveu um dos braços para a sua cabeça e,


segurando a parte de trás do seu pescoço, com a outra mão
segurou o quadril dela. Estavam corpo a corpo. O peito dele
colado nos seus seios, cada centímetro deles estava se tocando.

Cercou-a de calor. Seu pênis era como uma marca dentro


da sua vagina. Sabia que nunca ia haver outro homem para ela.
Pussy tinha quebrado todas as suas expectativas com suas
palavras e o seu corpo. Ele a levou para um prazer que foi mais
do que, apenas, fazer sexo com ela. Ela foi longe demais e já
estavam envolvidos.

Sua mão saiu do quadril dela, para segurar sua mão. Pussy
bateu no fundo, uma e outra vez. Sentiu a pressão do seu pau
através dos músculos da vagina. Apertando-se sobre ele, ela
perdeu todos os seus sentidos quando o prazer assumiu.

— O que você faz comigo? — Ele perguntou.

Não respondeu. Ele não tinha necessidade de ouvi-la falar.


Seus lábios causaram estragos em sua mente quando a beijou.
Ela tinha se apaixonado por Pussy, e não foi apenas nesse
momento. Não, ele a tinha arruinado, no momento em que
parou para conversar com ela, meses atrás. Sua voz pairava
sobre a mente dela, o tempo todo.

— É bom pra caralho — disse ele, mergulhando dentro dela.

Segurando no corpo dele, ela gritou, quando outro orgasmo


a tomou, de surpresa.

Pussy a seguiu no orgasmo, gemendo. Seu pênis pulsou


dentro dela, e ele desabou em cima dela. Ele era pesado, mas
adorava senti-lo. A escuridão não parecia mais tão assustadora
com o Pussy na sua vida. Tinha lhe dado tanto, em tão pouco
tempo.
— Isso foi incrível — disse ele, beijando sua cabeça.

Não guarde nada para si.

— Não se desespere, tudo bem — falou ela.

— O que foi? Eu machuquei você?

— Acho que estou apaixonada por você. Sei que isso não
significa nada para você, e é apenas um caso de uma noite só.
Mas preciso que você saiba como eu me sinto.

Ele ficou tenso, mas não se afastou dela.

— Eu não faço amor.

— Eu faço.

— Como você pode saber que me ama? — Perguntou.

Ela segurou as lágrimas que queriam cair. – Apenas, sei.


Sinto isso aqui dentro.

Ele se afastou dela. — Vou nos limpar.

Você fodeu tudo.


A dor acertou seu corpo. Franziu a testa. — Não espero
nada de você. Não estou esperando por uma confissão de amor.
Eu sabia que você não poderia me amar, Shane.

Começou a entrar em pânico. Ficando de pé, ela tropeçou,


caindo no chão.

— Porra, — disse ele — amaldiçoando.

Sasha tentou ficar de pé. O ar encontrou seus braços,


novamente. Rosnando em frustração, não teve escolha senão
aceitar a ajuda dele para ir até a cama.

— Você não tem que me ajudar.

— Sim, tenho.

Com a bunda na cama, ela o empurrou. — Eu não preciso


de sua ajuda.

— Olha, sinto muito por ser um idiota.

— Você pode me levar de volta para casa.


— Eu não vou levar você de volta para aquele otário. — Ela
o ouviu suspirar. — Merda, eu sinto muito. Não devia ter reagido
assim. Eu não sei o que você quer de mim.

— Não quero nada. Eu lhe disse para não pirar sobre isso.
Não estou pedindo nada.

— Eu não estou acostumado a ser assim.

— Não se preocupe, não vou falar algo assim, novamente.


Cruzou os braços sobre os seios.

— Você não vai voltar para casa. Você vai ficar comigo, e
eu vou te limpar.

Ela gritou quando ele a pegou e a levou até o banheiro. —


Você não pode fazer isso comigo.

— Na verdade, posso, e não há nada que você possa fazer


para me impedir. — Ele a colocou de pé, mantendo-a firme com
uma mão sob o seu cotovelo. — Nós vamos tomar um longo
banho e depois vamos lidar com todo o resto.

Sasha assentiu. — Tudo bem.

Seu corpo estava começando a doer, e mesmo que ele a


tivesse irritado, não queria deixa-lo.
O que isso dizia sobre ela?

Não sabia e optou por não pensar nisso.

— Eles a pegaram, caralho, e agora a Penny está pirando –


falou o Kenneth, caminhando pelo escritório. Frederick estava
sentado atrás da mesa, como se tivesse todo o direito de estar
lá, com os dedos tamborilando na frente dele. A ação do
Kenneth o lembrou de um vilão de desenho animado,
contemplando seu próximo movimento.

— E você tem certeza que a Chaos Bleeds tem algo a ver


com isso?

— Sim. Todos com quem conversei me disseram que ela


tinha ido com um daqueles homens. — Ele não poderia controla-
la se ela acreditasse que podia fazer algo sozinha. Não só não
poderia controla-la, mas também não poderia ter certeza que ela
sofreria algum acidente que, finalmente, a mataria. Kenneth
estava irritado. Como ousava, um daqueles filhos da puta do
mal, achar que podia mudar o seu futuro?

Precisava de mais dinheiro antes de, finalmente, se


aposentar. Tinha se apaixonado pela mãe da Sasha, Penny, no
primeiro momento em que a viu. Descobrir que ela tinha uma
filha o tinha irritado, mas também sabia que não havia maneira
de se livrar da Sasha, ainda. Quando começaram a discutir e ele
a tinha jogado pelas escadas, ficou em pânico. A última coisa
que queria, era ser enviado para a prisão por assassinato. Se a
Sasha sofresse um acidente que tirasse sua vida, logo, não
precisaria se preocupar com isso. Frederick poderia consertar
isso e cuidar da sua mãe irritante.

— Os membros da Chaos Bleeds estão me fazendo favores,


Kenneth. Não posso impedi-los de tomar o que querem.

— Eu faço mais favores. Você, praticamente, possui esta


cidade por causa do que eu fiz. — Passando os dedos pelos
cabelos, Kenneth estava muito irritado. Todo o seu planejamento
cuidadoso estava prestes a ser quebrado em pedaços. A
cegueira da Sasha tinha sido um problema, distraindo a Penny.
No começo, tinha visto Sasha como alguém para controlar.
Então, aquilo se tornou cansativo e, agora, só queria a Sasha
fora, mas de forma alguma, isso podia se voltar contra ele.
Queria a Penny só para ele.

— Sou grato a você por seus favores, mas quero lembrá—


lo, Kenneth, posso esmagar você como o merda que é. Agora,
vou pedir para o Devil me devolver a menina e você pode leva-
la, mas não posso prometer que eles não vão voltar e leva-la
novamente, — disse ele.
— Não ligo para o que você tem a fazer. Traga de volta a
Sasha para Penny. Preciso que ela morra no momento certo,
quando a Penny tiver apenas a mim para se apoiar.

Eliminaria a gangue toda, se pudesse. Tudo que ele queria


era a filha da Penny, para que pudesse continuar com seu plano.
Ao longo dos anos, dedicou um monte de tempo à Penny e à
Sasha. Não ia deixar nada acontecer com a Penny ou deixar que
a gangue de motoqueiros estragasse o seu futuro. Penny ainda
amava sua filha. Tudo o que ele precisava fazer era apertar os
botões certos, e a Penny comeria na palma da sua mão, em
algum momento, quando a sua filha estivesse morta. Estava,
agora, a um ponto disso, mas a Sasha ficava entre eles. Teria
matado a Sasha há muito tempo, se pudesse sair ileso, mas não
lhe faria nenhum bem se a Penny o culpasse pela morte da
Sasha.
Capítulo Sete

No meio da noite, Pussy olhou para o rosto adormecido da


Sasha. Ela era muito doce e confiante. Colocou atrás da orelha
uma mecha do cabelo que estava obstruindo sua visão. Depois
que a cobriu, removendo as provas do seu sangue virgem, ele
enfiou na cama. Deitou ao lado dela, que tinha adormecido, mas
continuava acordado, ainda.

Ela me ama.

Ele não merecia o seu amor. Ela devia estar com um


homem que lhe daria tudo o que o seu coração desejasse. Há
quatro anos ela tinha sido ferrada por aquele bastardo, e não ia,
nem mesmo, deixar que ela tivesse um cão guia para ajuda-la.
Tudo o que o Kenneth fez com ela, deixou o Pussy inquieto. Seu
padrasto tinha que estar isolando-a, de propósito. Não havia
outra explicação para o que ele estava fazendo. Sua mãe era
viciada em pílulas e bebidas, enquanto a Sasha era linda. Ela
rivalizava com a doçura de um anjo, para ele.

Você não pode deixa-la ir.


Não, não poderia deixa-la ir, e não queria pensar no
porquê.

— O que eu vou fazer com você? — Perguntou, falando as


palavras em voz alta.

Sasha continuou a dormir.

Você não pode deixa-la partir. Reivindique-a para si.

— Shane? — Seus olhos se abriram, e ela franziu a testa.


Pegando a mão dela, colocou sua palma contra o peito dele.

— Estou aqui, baby.

— Você está acordado? Já é de manhã?

— Não. Eu não consegui dormir.

Ela fechou os olhos novamente. — O que você está


fazendo? — Perguntou.

— Estou olhando para você, e estava pensando em uma


coisa.

Se esticando para trás, pegou mais um preservativo.


Não o use.

Ele hesitou. Seria errado fodê-la sem camisinha? Se ela


ficasse grávida do seu filho, logo, poderia usar essa desculpa
para reclamá-la como sua Senhora.

Não faça isso. Ela merece mais do que isso.

Rasgando o pacote, rolou o látex sobre o pênis.

— No que você estava pensando? — Perguntou.

Deslizando entre suas coxas, correu um dedo através da


sua fenda macia. Ela devia estar dolorida, mas ele não tinha
intenção de apressar o tempo. Pressionando a ponta do pênis
em sua entrada, olhou para o rosto dela e, lentamente, deslizou
para dentro dela. Não queria machuca-la.

Ela gemeu, arqueando—se para ele.

— Você será a minha Senhora. Ele a agarrou e se sentou.


Pussy ficou de costas para a cabeceira e as pernas da Sasha
estavam envolvidas em torno da sua cintura, com o pênis
enterrado profundamente dentro dela.

Sasha engasgou. Suas unhas afundaram na carne dos seus


ombros.
— O que significa isso?

— Você será minha. Eu te reivindico e me caso com você.

Agarrou seus quadris, puxando-a para fora do seu pênis até


que, apenas, a ponta permaneceu dentro dela. Pussy rosnou
quando sua boceta se apertou em torno do seu eixo, enquanto a
puxava de volta para baixo. Empurrou dentro dela mais algumas
vezes, antes de a manter estável.

— Isso é uma proposta?

— Sim, acho que é. — Nunca ganharia prêmios por ser


romântico. Felizmente, não estava pensando em ganhar
qualquer tipo de premiação no momento.

— Você não me ama.

— Não preciso amar você para querer cuidar de você. Seu


padrasto tem um motivo quando se trata de você, baby. E não
quero ver você machucada. — Empurrou um pouco do cabelo na
parte de trás do seu pescoço. Colocando a palma da mão sobre o
pulso dela, sentiu como estava batendo de forma irregular.

— Mas você não me ama?


— Não, eu não te amo.

— Você sabe o quão louco isso soa? Meu padrasto não tem
nada planejado. Ele está feliz fazendo suas ofertas e tratando a
minha mãe como uma merda. Não está acontecendo nada. —
Não tentou afastá-lo.

— Você é cega, sem meios de se defender sozinha. Você


acha que é uma coincidência que a sua mãe esteja viciada em
comprimidos e bebidas? Ela tem que ter uma razão para ir até
eles. Você disse que ela não foi sempre assim. Como você sabe
se ele não a encorajou a ficar assim? — Perguntou o Pussy. Não
importa o que ela dissesse, não a estaria deixando voltar para o
Kenneth. Tinha certeza que o cara italiano era o Frederick. Se
assim fosse, então o Frederick tinha muito mais planos, merda,
para usá—los como algum tipo de serviço de entrega.

— Minha mãe é forte.

— Ela perdeu o marido e o Kenneth apareceu, de repente,


quando ela não estava no seu melhor. Ele a tomou, moldando-a
para o que ele queria.

Sasha descansou a cabeça contra seu peito. — O que você


quer que eu faça? — Ela perguntou.
— Eu quero que você se torne a minha Senhora. — Case-se
comigo, Sasha e eu posso te proteger. A gangue pode protege-
la, uma vez que você for minha. — As mentiras derramaram da
sua boca. No momento em que ele a levasse para o clube, eles a
protegeriam. Era uma mulher passando necessidade e todos eles
fariam tudo ao seu alcance para protege-la.

— Você vai ajudar a minha mãe? Vai leva-la para longe


dele? — Perguntou ela.

— É uma condição do negócio?

— Sim. Você tem que prometer cuidar da minha mãe, ou


não vou fazer qualquer coisa que você diz.

Ele sabia que podia força-la. — Vou fazer isso.

Tomando o queixo dela nas mãos, olhou para o seu rosto.


Ela não podia vê—lo. Seus olhos estavam olhando para o queixo
dele. Isso não o incomodava.

Você está se apaixonando por ela.

Respirando fundo, voltou seu aperto até os quadris. Saindo


da sua boceta apertada, ele golpeou profundamente. Ela gritou,
segurando seus ombros com um aperto de morte, que o
surpreendeu.
Mais e mais, golpeou dentro dela, nunca parando.

Ela colocou os braços em volta de seu pescoço.

Você tirou a sua virgindade, seu coração, e agora você está


arruinando qualquer chance para outro homem dar a ela o que
precisava.

Afastou os pensamentos, sem se importar com o que


estava fazendo.

Observar seu rosto enquanto ela atingia o orgasmo e sentir


sua vagina se contrair era mais do que suficiente para ele,
agora. Todo o resto podia fazer sentido, com o tempo. O único
sentido que precisava em suas ações era fazê-la confiar nele.

— Foda-me, Sasha. — Ela assumiu, rolando os quadris,


tomando-o profundamente dentro dela. Seus olhos estavam
fechados enquanto se arqueava contra ele. Olhou para seus
seios, enquanto pulavam a cada impulso.

Quando segurou o rosto dela, o início do seu orgasmo


começou a crescer. Não evitou seu olhar enquanto ela cavalgava
um clímax, fazendo a terra tremer. Desta vez, ela desabou sobre
ele. Deslizando para baixo, na cama, ela tirou as pernas do
caminho. Quando foi se afastar dele, não quis soltá-la. Ele a
segurou, firmemente, contra ele.

— Pussy?

— Não quero que se mova. Quero segurar você. Não há


nenhuma necessidade de nos movermos, ainda. — Acariciando
seus cabelos, fechou os olhos, inalando o perfume dela.

Eu não quero acabar com este momento.

Ela estava quebrando todo o seu mundo. Pussy não queria


deixa-la ir. Se a deixasse partir, correria o risco de arruinar a si
mesmo. Nenhuma outra mulher jamais tocara uma parte dele,
como ela fez.

— Eu amo você, Shane.

As palavras estavam na ponta da sua língua, mas ele as


manteve para si mesmo. Ela não ia acreditar nele, agora.

— O que acontece, a seguir? — Perguntou ela.

— Vou leva-la para o clube. Vamos precisar falar com o


Devil sobre nos casarmos e, depois, vamos lidar com a sua mãe.
— Por favor, não deixe que ela se machuque por causa
disso. — Ela olhou para ele, descansando o queixo na mão. Por
uma fração de segundo o seu olhar estava no dele. Ele tinha
certeza que ela podia vê-lo.

Mas não podia, ele sabia disso.

Seus dedos correram sobre sua pele. Será que ela tinha
alguma ideia do que seu toque estava fazendo com o corpo dele?
Pussy não conseguia se concentrar quando ela o tocava.

— Não vamos deixar nada acontecer com ela.

Sasha se deitou, e esperou que ela não percebesse a


tensão dentro dele.

— Shane?

— Sim.

— Isso é apenas entre nós, certo? — Perguntou ela.

Franzindo a testa, ele parou de tocá-la, em resposta. — O


que você quer dizer?

— Não haverá quaisquer outras mulheres ou homens.


Somos só nós, agora, certo?
— Eu não compartilho, Sasha. Você concorda em ser
minha, vai usar o meu anel, então, ninguém mais. Vou ser o
único homem que você chamará, quando precisar.

Ela lambeu os lábios. – Então, eu quero o mesmo.

— Hein?

— Não haverá outras mulheres. Nem mesmo sexo com a


sua melhor amiga. Você quer sexo, então, virá até mim. Sei que
há mulheres melhores lá fora, com mais experiência, mas quero
que você o faça comigo.

Não há mais ninguém que eu queira.

— Querida, você é a única mulher na qual estou


interessado. Sem chance de eu ir a qualquer outro lugar.

Ela deixou a cabeça cair para trás e, em poucos minutos,


estava dormindo. Escutou os sons doces que ela fazia, quando
adormeceu.

Você tem que cuidar dela, agora. Ela vai depender de você.
— Eu amo você, Sasha. — Sussurrou as palavras quando
teve certeza que ela estava dormindo. Não sabia por que
esperou, apenas o fez.

— Você tem que estar brincando comigo — disse Devil, na


tarde seguinte. Sasha estava sentada em uma cadeira. Não
sabia se estava na parte principal do clube ou um escritório. Do
quão alto o Devil gritou, estava começando a achar que era um
escritório. Ele lhe dava dor de cabeça, gritando tão alto. Pussy
ficou atrás da sua cadeira, com as mãos sobre os seus ombros.

Sua presença ajudou a acalmar seus nervos. Tinha certeza


que havia mais pessoas além do Devil, Pussy e ela mesma.

Sasha fez questão de chama-lo de Pussy, em vez de Shane.


Não estavam mais no quarto. Hoje de manhã, ele a acordou,
uma segunda vez, para fazer amor com ela. Amava o jeito com
o qual a reivindicou. O sexo era incrível. Não sabia ao certo se
tinham fodido, feito amor, ou tiveram relações sexuais. Parecia
haver várias maneiras de fazer aquilo.

Ótimo, estava começando a soar como uma menina, em


sua própria mente. Pussy não ia querer uma menina. Precisava
de uma mulher ao seu lado, e da forma como o seu patrão
estava gritando, precisava dela, agora.

— Eu disse que eu não a deixaria para trás – disse o Pussy.

— Devil, você precisa ouvi-lo.

— Lex, fique fora disso. Estou enjoado e cansado dos meus


malditos homens pensarem que podem fazer o que eles querem.

Não reconheceu a voz do sexo feminino. No entanto, nunca


ia se esquecer do Devil. Sasha nunca ia querer encontrá—lo em
um beco escuro.

Silêncio procedeu a sua explosão.

— Oh, chefe, você não vai ter uma noite descontraída —


disse o Pussy. Amava o jeito que ele provocava. Sua voz mudou,
tornou—se mais leve, de alguma forma.

— Cale a boca – disse o Devil.

— Por que ele deveria calar a boca? Ele está certo. Você
não vai chegar perto de mim hoje à noite.

O barulho de alguém se afastando chegou aos seus


ouvidos. Ela ficou tensa em seu assento.
— Merda, Lex, eu sinto muito.

— Não, você não sente. Não dou a mínima para o que esse
cara, Gonzalez, está fazendo. Você é melhor do que ele e, ainda
assim, está se comportando como um cretino. — Lex soltou um
grunhido. — Ele deixou você e o Tiny dilacerados. Parem de se
comportar como crianças em um playground e comecem a ver
isso como homens. Eu não vou criar os meus filhos, sozinha.

Uma porta bateu, e a Sasha ficou tensa.

— Está tudo bem, baby. — A Senhora do Chefe acabou de


sair, então o chefe não terá nenhum sexo, hoje à noite.

— Falo sério, Pussy. Não me sacaneie sobre isso.

Mais ruído e imaginou que o Devil se sentou.

— O que está acontecendo? — Perguntou Pussy.

— Não posso te dizer na frente dela.

— Ela é a razão pela qual estamos aqui, Devil. Olha, se


você não quer que eu faça uma reivindicação sobre ela, então,
me diga — disse Pussy. Ficou atrás dela dando aos seus ombros,
um pequeno aperto.
— Será que você ainda ficaria na gangue? — Perguntou
Devil.

— Não, eu sairia. Ela não pode voltar para aquele monstro.


Não vou permitir isso.

— Posso falar francamente? — Perguntou o Devil.

— Sim.

— Não, eu não estou falando com você. Estou falando com


ela.

A conversa era sobre dela. Frustração a roía. — O quê? —


Ela perguntou.

— Você é cega, amor. Você é uma passiva. Parece—me que


seu padrasto tem grandes planos para você, assim como a sua
mãe, e eu não me encontrei com o filho da puta. — Ela
estremeceu com o pensamento. — Você poderia levar nós todos
a morte. Você não pode cuidar de si mesma ou nos ajudar a
lutar.

— Devil?
— Não, Pussy. A Judi pode atirar, a Lex pode lutar, e a Mia,
certamente, pode cuidar de si mesma. Ninguém tem a menor
chance contra a Phoebe. Ela mataria, em um piscar de olhos, se
fosse ameaçada. Sua mulher não pode fazer nada.

Sasha ficou tensa. Não havia nada que pudesse fazer.

— Ela é minha, Devil. E não dou a mínima para o que ela


pode fazer. Você sabe tão bem quanto eu, que gostaria de evitar
que a Lex ferisse alguém. O Ripper despedaçaria qualquer um
que tentasse ferir a Judi e o Curse se certificaria da Mia estar
sempre protegida. — A raiva do Pussy estava começando a se
mostrar, completamente. A provocação foi muito longe.

— Você está nos pedindo para proteger uma mulher que


não pode cuidar de si mesma.

Uma cadeira raspou no chão. Apertou as pernas bem


juntas, prendendo as mãos entre as coxas. Os sons repentinos a
aterrorizavam.

Não tenha medo. Não há nada a temer.

— Pussy, se retire — disse outro homem.

— Não. Faço parte dessa porra de gangue há mais de dez


fodidos anos. Você está me dizendo que a minha escolha de
mulher não é boa o suficiente? — Perguntou o Pussy, grunhindo
as palavras.

— Pussy?

Suas mãos deixaram os ombros dela.

— Vou tirar a porra da minha jaqueta, agora, e deixar toda


esta merda para trás.

— Você viraria as costas para a gangue, por essa mulher? –


Perguntou o Devil.

Uma luta estava prestes a rolar em volta dela? Não sabia o


que fazer e ficou sentada na cadeira. Seria melhor se ela vivesse
sua própria vida.

— Pussy, não faça isso. — O homem misterioso falou


novamente.

— Sim, vou sair, e não voltarei. Você e o Tiny assumem a


bagunça que você está criando, — disse o Pussy. — Eu vou me
retirar e ficar com ela.

Faria isso por ela e, ainda assim, não a amava? Não fazia
sentido. Nenhum homem viraria as costas para o mundo que
amava, por uma mulher com a qual não se importasse.
— Eu não fui sempre cega — disse ela, na esperança de
evitar o conflito. Não havia possibilidade de sair dessa luta ilesa.
Não podia se desviar dos socos, quando não sabia de onde
estavam vindo.

— Eu sei, querida. Ele sabe disso.

— Não estou pedindo para você deixar o clube, Pussy —


disse o Devil.

— Então, que porra você está pedindo? — Pussy cuspiu as


palavras. Ela estremeceu, grata que a sua ira não fosse dirigida
a ela.

— Ela vai precisar da sua proteção. Pense no que você está


fazendo, antes de fazer.

— Tive meses para pensar sobre isso. Não estou cometendo


um erro aqui, Devil. Organize a porra do sacerdote. Vou casar
com a Sasha, e não dou a mínima para o quanto tenho que
protegê—la.

Silêncio foi sua resposta. Ela saltou quando ele agarrou seu
cotovelo.
— Tudo bem, você quer aceitar esse desafio, então vamos
ficar ao seu lado.

— Você não tem que fazer isso — disse ela.

— Estou fazendo isso. Vamos nos casar.

— Nós temos muito mais para discutir, Pussy. Leve-a até a


Lex e as mulheres. Nós precisamos ter uma reunião, em
primeiro lugar.

Ela foi levantada da cadeira e eles começaram a andar.


Pussy envolveu um braço em volta da sua cintura, levando-a
para longe.

— Isso foi tenso, e não podia nem vê-lo. — Tentou


entender o que aconteceu.

— Ele não tem que se preocupar, e você também não


deveria.

— O homem tem razão. Não sou, exatamente, uma


parceira viável para você, disse ela.

Pussy parou. Suas mãos seguraram o rosto dela. — Você é


a única que eu quero. Não me importo com o que tenho que
fazer. Eu vou te proteger, Sasha.
— Eu não sou a Ashley — disse ela.

— Eu sei. Você é a mulher que eu quero. — Deu um beijo


nos lábios dela. — Vamos, vou apresenta-la para as outras
mulheres. Elas são as outras Senhoras, então, vão trata-la com
respeito.

Abriu as portas para ela, sendo paciente enquanto ela


caminhava através delas.

— Eu digo para você, se falar assim comigo de novo, ele


pode chupar o seu próprio pênis, — disse Lexie.

Sasha reconheceu a voz da mulher e não pôde deixar de


sorrir diante do que ela disse.

— Faça isso, Lex. Faça com que ele chupe o próprio pênis e
filme-o. Vai ser incrível de se ver — disse Pussy, sua provocação
de volta no lugar.

— Cale a boca, Pussy. Você dará a ele um ataque cardíaco,


da forma como você está agindo, — disse ela. — Ei, eu sou a
Lexie.
Lexie tocou em seu braço. Estendendo a mão, Sasha,
cautelosamente, apertou a mão da outra mulher. — Eu sou
Sasha. Prazer em conhece-la.

— Você vai cuidar dela enquanto estamos em uma reunião?


– Pussy perguntou.

— Claro que sim. Não causaria nenhum problema, se fosse


você, — disse a Lexie.

— Eu nunca causo problemas — A mão no ombro dela lhe


deu um pequeno aperto. — Estarei de volta logo, querida. A Lex
vai cuidar de você. Ela cuida de todos.

Beijou sua testa, em seguida, saiu da sala. Deixando


escapar um suspiro, notou que a Lexie não a estava tocando.

— Vamos lá, querida. Nós não vamos morder ou machucar


você. — Puxou sua mão e Sasha a seguiu. — Aqui, uma cadeira.

Sentando na cadeira, tentou descobrir quem mais estava na


sala.

— Eu sou a Phoebe, querida. Sou casada com o Vincent. Ele


cuida da boate de strip, na cidade.

Sasha assentiu, notando sua voz um pouco mais profunda.


— É bom conhecer você — disse.

Passando as mãos pelas coxas, imaginava o que pensavam


dela.

— Sou a Judi. — Uma mulher tocou a palma da sua mão. —


É bom ver o Pussy lutando por alguém, novamente. Desde que a
Ashley morreu, ele tem estado um pouco morto por dentro.

Um soluço encheu a sala.

— Essa é a Mia. Ela era a melhor amiga da Ashley — disse


Judi.

— Sinto muito. Sua morte ainda é recente — disse Mia. —


Estou com o Curse. Então, você é a mulher do Pussy?

— Sim. Quer dizer, acho que sou a sua mulher. Ele não vai
me deixar voltar para a casa dos meus pais, ou pelo menos para
a minha mãe. É um pouco confuso. — Ela parou de falar.

— Pode falar tudo o que quiser aqui, querida. Nós não


iremos usar nada contra você. Quando estiver sozinha com o
Devil, hoje à noite, vou esmagar as bolas dele pela maneira
como falou comigo – disse a Lexie.
Sasha riu. — Ele não parecia muito agradável.

— Ele é um homem maravilhoso. Estão acontecendo


algumas merdas, agora, que ele não pode controlar, e isso o
irrita.

— Sei como é isso.

As mulheres murmuraram, em acordo. Sentindo como se


elas a entendessem, Sasha começou a relaxar. Não iriam
machuca-la. Estava segura, na sede do clube, com estas
mulheres.

— Além disso, não posso machuca-lo. Eu amo o sexo, tanto


quanto ele. Eu arruinaria qualquer chance de obter algo sozinha
— disse a Lexie.

Sasha começou a rir, amando mais a mulher. Sua voz


soava calma e relaxante.

— Vocês são do mal. Devolvam a minha filha.

Franzindo a testa, Sasha se ergueu com o som. Era o


Kenneth.

O som de vidro quebrando e um gemido.


— Que porra é essa? — Disse a Phoebe. — Lexie?

Ela não podia ver ou fazer qualquer coisa.

— Não, estou bem — disse a Lexie, desorientada.

— Você acabou de ser atingida na cabeça por um tijolo —


disse a Judi. — Sente-se.

As portas se abriram, e Sasha ficou de pé, esperando que


houvesse alguma coisa que pudesse fazer. O que ela poderia
fazer? Devil tinha razão. Ela não poderia, mesmo, ajudar a
Lexie.
Capítulo Oito

— Temos outra remessa de meninas para transportar para


Fort Wills, — Devil disse, no instante em que a porta foi fechada.
Pussy se segurou. Toda vez que se sentavam para uma reunião
era sobre o Frederick Gonzalez. O criminoso italiano que tinha os
dedos em muitas frentes, tornando a vida deles, uma merda.
Embora, no início, ele tivesse mencionado seu respeito pelos
Skulls, agora, o Frederick tinha outra gangue de motoqueiros, a
Chaos Bleeds.

— Nós não somos mais a nossa própria gangue – disse o


Death. — Tudo o que somos é um serviço de entrega de merda.
Em vez de entregar pizza e comida pronta, servimos bocetas e
tudo o que estamos fazendo, são rondas.

— Nosso trabalho está se tornando muito arriscado. Será


somente uma questão de tempo, antes que os federais se
envolvam. Você verá a Lexie e as crianças através de uma
grade, Devil. Algo tem que acontecer, em breve – disse o
Ripper. — Os riscos são muito grandes.

Devil passou a mão pelo rosto. — A vida seria muito mais


fácil se pudéssemos colocar uma bala na sua cabeça.
— Nós podemos, no momento certo. Butch deu uma surra e
tanto nele. Quem disse que não podemos cuidar dele? — Disse o
Curse.

Pussy ouviu todas as suas sugestões.

— Lembre-se do que ele fez, como vingança — disse o


Snake. — O complexo inteiro foi invadido e ele ficou com os seus
filhos. Temos que ser espertos sobre isso. Não podemos ser
imprudentes em nada.

— Eu sei – disse o Devil.

— Essas meninas precisam ser as últimas. Tenho certeza


que entregamos uma maldita adolescente, da última vez. Merda.
— Devil agarrou o peso de papel da sua mesa e o lançou através
da sala.

— Precisamos trabalhar com os Skulls, — disse o Vincent.


— Isso não é algo que podemos fazer sozinhos. Frederick tem
pessoal, os Federais, e aposto que mais homens na mão, para
fazer o seu trabalho. Faremos isso lentamente, e nos
asseguraremos de sermos os únicos no controle. Não vou
arriscar ver a Phoebe e os meus meninos através de uma grade.
Não vai acontecer, e não ficarei na prisão com homens querendo
me transformar em sua cadela.
Pussy não podia discutir com o homem. — Estou com o
Vincent. Tem que ter uma hora e um lugar apropriado para fazer
essa merda.

O som de vidro quebrando encheu o ar. A menção do nome


da Lexie e da Phoebe tinha deixado o Devil louco. Todos eles
seguiram o seu presidente. Uma das janelas do salão principal
foi estraçalhada. Olhando para baixo, Pussy viu a Lexie, sangue
escorrendo do lado da sua cabeça. Ela parecia atordoada,
enquanto a Phoebe tentava ajuda-la.

Sasha parece frustrada e enjoada. Indo para o lado dela,


tocou seu rosto. Ela o empurrou. — Sou eu, baby. O que está
acontecendo?

— Não sei. A Lexie está bem? Acho que ela foi ferida por
um tijolo, mas não posso ter certeza.

— Ela está bem. — Ele não deu à Lexie um pensamento,


enquanto olhava quão abalada sua própria mulher estava.

— Você tem certeza? Eu ouvi a Phoebe falar sobre um


tijolo.

— Estou bem, Devil. Quem foi o filho da puta que atirou? –


Disse a Lexie.
— Devolva a porra da minha filha agora, seus fodidos
doentes.

Pussy reconheceu aquela voz. Voltando-se para o som dos


gritos, viu o Kenneth no estacionamento.

— Esse filho da puta atirou um tijolo na minha mulher. —


Devil entregou sua mulher para Phoebe.

— Fique com elas. Estarei de volta em um momento —


disse o Pussy.

— Não deixe ele te machucar, — Sasha respondeu para ele.

Não ia deixar ninguém machuca-lo. Pussy ia machucar


aquele filho da puta e apreciar enquanto isso acontecia.

Devil abriu a porta da frente do clube. As prostitutas


estavam à vista.

— Quem, diabos, é você? — Perguntou o Devil, gritando as


palavras. Estava tirando a jaqueta, enquanto andava.

— Eu? Sou o cara que pode fechar essa porra. Eu quero a


Sasha, e a quero, agora. Sei que vocês, seus babacas imundos,
estão com ela. — Kenneth não parecia mais um homem
respeitável. Parecia o filho da puta do mal que ele era.

Um carro, com aparência cara, estava estacionado do lado


de fora do portão. Uma mulher bonita ao seu lado estava
sugando uma garrafa de vodka, enquanto olhava para o
Kenneth. Tinha que ser a mãe da Sasha. A mulher parecia
apavorada com este homem, mas Pussy via como ela era bonita.
Ambas as mulheres estavam presas por causa do Kenneth.

— Você acha que jogando tijolos na porra do meu clube, na


minha esposa, vai conseguir o que quer? – Perguntou o Devil.

Pussy estava esperando por qualquer motivo, para agir.


Estava cansado de receber ordens e se foder. Este homem tinha
machucado a Sasha. Ele a cegou, a usou, e agora era hora de
ele pagar o preço.

— Eu não dou a mínima. Devolva a minha filha, agora —


disse o Kenneth.

— Sua filha está ilesa, mas a minha mulher não está. —


Devil caminhou até o homem. Ele era uns bons centímetros mais
alto do que Kenneth e mais forte.

Pussy viu um flash de medo nos olhos do Kenneth, mas ele


não recuou.
— Me dê a minha filha.

— Quero um pedido de desculpas para a minha esposa. —


Devil cuspiu as palavras para o outro homem. — Agora.

— Não pedirei desculpas à sua esposa.

O momento foi interrompido quando outro carro parou em


frente à sede do clube. Pussy viu o Frederick Gonzalez sair da
parte de trás, junto com o Ronald e o Homer, seus dois
comparsas. Um deles tinha matado a Ashley. Em sua mente, viu
a cabeça dela decepada.

— Devil, eu recuaria se fosse você.

Frederick se aproximou, abotoando o paletó. Deu a


entender que estava no controle.

Esses filhos da puta vão morrer.

— Ele machucou a minha mulher.

— Ela não está morta, não é? — Perguntou o Frederick.


Devil rangeu os dentes, mas permaneceu em silêncio. —
Excelente. Então, você não toca no Kenneth. Ele é um amigo
meu, e não deixo meus amigos se machucarem.
— Ashley era sua amiga — disse o Pussy, pronto para lutar.

— Não, Ashley era uma mulher que me foi dada para foder.
Passou a se vender por encontros.

— Seu filho da puta — disse a Mia, gritando. Nenhum deles


tinha visto as mulheres saírem. Mia passou correndo por todos
eles, antes que tivessem tempo de reagir. Ela conseguiu dar um
golpe no peito do Frederick. Curse a puxou. — Seu filho da puta.
Ela não merecia morrer. Ashley era uma mulher doce. Você é
uma porra de um monstro que merece morrer. — Ela lutou com
o Curse, para tentar chegar no Gonzalez. Seus soluços podiam
ser ouvidos em todo o clube.

O que estavam fazendo, trabalhando para este filho da


puta?

— Vou cuidar dela — disse o Curse. Estava sussurrando


para a mulher, mais e mais. Lexie se juntou a ela e ao homem,
olhando para o Kenneth.

— Estou bem, querido — disse ela.

O sangue estava escorrendo de um corte no lado de sua


cabeça, um hematoma imediatamente se formando.
— Sugiro que você mantenha controle sobre as suas
mulheres, Devil. Elas estão ficando um pouco mal-humoradas
para o meu gosto. — Frederick passou a mão pelo terno
amarrotado. — Eu não a matei. Tenho pessoas para fazer isso.

Pussy viu o sorriso no rosto do Homer. Ficou tenso e correu


para o outro homem. Derrubando-o no chão, bateu a cabeça do
Homem contra o asfalto. — Você a matou?

Não deu ao homem a chance de dizer qualquer coisa,


quando montou em cima dele, aterrissando golpe após golpe,
contra o homem.

Devil agarrou seu braço e o afastou do homem. — Afaste-


se.

— Ele matou a Ashley. — Precisava vingar sua amiga.


Ashley tinha sido a sua melhor amiga. Ele a viu sorrindo, em sua
mente. Eles tiraram isso dela, e o Pussy nunca ia ter isso de
volta.

— A Sasha está aqui fora. Preciso que você mantenha a


cabeça — disse o Devil.

— Vou me segurar, enquanto puder. Você tem que me


prometer, vamos pegar esses filhos da puta.
Devil assentiu.

Recuando, se juntou ao resto dos seus irmãos, olhando


para o Frederick.

— Agora, estou desapontado — disse Frederick. — Somos


todos amigos e, ainda assim, você ataca os meus amigos.

— Você matou um dos nossos. Você nos deve — disse Mia,


falando.

Ninguém a repreendeu. Ela estava certa no que ela disse.

Olhando para trás, viu que a Sasha estava sozinha.


Estendendo a mão, agarrou a dela e a puxou mais para perto
dele. Ela não lutaria com ele.

— Sasha – disse o Kenneth.

Ela se encolheu nos braços do Pussy. Não havia chance de


deixá—la voltar para aquele filho da puta. Não ia acontecer.
Observou, com satisfação, quando Homer teve que ser ajudado
a se levantar. Pelo menos, tinha dado alguns bons socos antes
que fosse parado.

— Você não vai falar com ela.


— Sasha, querida — disse a mãe dela.

Sua mãe havia descido do carro e tinha se juntado a eles.


Pussy notou a raiva no rosto do Kenneth. Sim, não podia deixar
qualquer mulher voltar com aquele filho da puta. Havia planos
dentro dele, e o Pussy sabia que não eram bons planos.

— Mãe, o que você está fazendo aqui? — Sasha colocou os


braços ao redor do seu corpo, segurando-o.

— Você precisa voltar para casa, querida. Seu pai e eu


estamos muito preocupados.

Sasha balançou a cabeça. — Não, estou aqui, com o Pussy.


Ele me pediu em casamento, e eu disse que sim.

Isso mesmo, filho da puta, ela é minha.

— Não, eu não aceito isso. Ele a coagiu a aceitar – disse o


Kenneth. — Ela não pode se casar sem a nossa permissão.

— Eu tenho mais de dezoito anos, e você não é meu pai.


Meu pai morreu há muito tempo, e ele ficaria feliz com a minha
decisão. — Ela se aconchegou contra ele. — Não quero ir
embora.
— Você não vai a lugar nenhum — Pussy beijou o topo da
sua cabeça. — Diga à sua mãe que quer que ela fique aqui com
você. Sussurrou as palavras para que ninguém mais ouvisse. —
Você tem que confiar em mim. Ele vai machuca-la de outra
forma e usá-la para conseguir o que quer.

— Mãe, você vai ficar comigo, esta noite? Por favor,


gostaria que recuperássemos o atraso e tivéssemos algum
divertimento feminino.

Ele olhou para a mãe dela, prendendo a respiração. —


Claro, querida. Vou ficar. — Ela caminhou até o seu lado. Sua
mãe estaria protegida, agora. Encarando o Kenneth, Pussy fez
com que o outro homem soubesse que havia vencido, neste
momento.

— Você não pode fazer isso, Penny. Você não precisa ficar
com ela.

— Ela é minha filha, Kenneth. Vou falar com você, mais


tarde, e vou me assegurar que ela está bem — disse a Penny.

— Receio, Kenneth, que você vai ter que aceitar a decisão


dela. Tenho certeza que vai voltar à razão, em breve — disse
Frederick. — Como sempre, Devil, foi um prazer fazer negócio
com você.
— Não tão rápido — disse Devil.

Pussy observou quando o Devil bateu forte com o punho


contra o rosto do Kenneth, deixando o idiota atordoado. — Isso
foi por ferir minha esposa. Sugiro que você contrate um guarda
costas. Quando ver você novamente, vou te matar. — Devil
pegou a Lexie e caminhou de volta para dentro do prédio.

Pussy olhou para o homem, memorizando todas as partes


do seu corpo. A próxima vez que se encontrassem, Pussy seria o
único a sair vivo.

— Querida, o que está acontecendo? Descobrir que você


tinha partido, me assustou. Implorei ao Kenneth para não parar
de te procurar, até encontrar você. Não é como se ele fosse
voltar para casa. Quando descobriu sobre você, não parou de
rastrear o grupo de motoqueiros, na cidade. — Não consegui
convencê-lo a usar o bom senso — disse sua mãe.

— Sinto muito, mamãe. Não devia ter deixado você assim,


no escuro. — Estava sentada na cama do Pussy, enquanto sua
mãe se movimentava ao redor da sala, claramente, arrumando a
bagunça. — Mãe, sente-se comigo. Este é o seu quarto, e ele
gosta dele arrumado de uma determinada maneira.
— É nojento.

— É o quarto dele. — Sasha esperou até a cama afundar.

Sua mãe pegou as mãos dela, os dedos trêmulos no seu


pulso. Ela já estava em abstinência, e só tinham passado duas
horas desde que ela bebeu. Sasha estava preocupada.

— Mãe, você tem um problema.

— Eu sei que tenho, querida. Você acha que não sei disso?
— Ouviu sua mãe chorar. — Quando as coisas começaram a ficar
tão ruins? Quando eu baguncei tudo?

— Mãe? — Estendeu a mão e a colocou na sua bochecha. —


Não é culpa sua.

— Sim, é. Sou a pessoa que o levou para a nossa casa. Eu


o deixei perto de você. Se eu tivesse sido sensata, você não
estaria sentada aqui, cega. — Ouviu quando sua mãe se
levantou e começou a soluçar. — É tudo culpa minha. Não devia
ter tomado as pílulas e começado a beber. Você precisava de
mim, e escolhi olhar para o outro lado. Que tipo de mãe eu sou,
se não posso sequer cuidar da minha própria filha? Quando ele
me disse que você caiu no andar de baixo, não achei que fosse
possível, mas acreditei nele.
Sasha desejava que houvesse algo que pudesse dizer, para
tornar as coisas melhores para ela. Não havia. Kenneth entrou
em suas vidas, construiu um mundo de fantasia para sua mãe e,
depois, o destruiu com a mesma rapidez.

— Você tem que ficar longe do Kenneth, mãe. Ele é do mal,


e vai te machucar se tiver a chance. — Ela estendeu a mão para
agarrar as dela.

— Oh, querida. O Kenneth não quer me machucar. Ele me


quer toda para si mesmo. É você quem ele quer machucar, e
não posso deixa-lo fazer isso. — Seus dedos tocaram o rosto
dela, afastando uma mecha do cabelo do caminho.

— O que você quer dizer?

— Ele está fazendo planos, Sasha. Planos para pegá-la e


leva-la para longe de mim. Vim com ele na esperança de vê-la
bem e feliz, mas sei que ele não vai deixa-la. No momento que
vi você com o Pussy, soube que estava, finalmente, segura, mas
o Kenneth não vai parar até que você tenha sumido. Você é
muito mais corajosa do que eu. – Sua mãe apertou sua mão. —
Você tem que ficar longe do Kenneth, agora. Ele é perigoso, e
vai tentar conseguir o que quer.
— É por isso que nenhuma de vocês deixará este clube —
disse Pussy.

Sua voz veio de algum lugar na frente dela.

— O que você ouviu? — Ela perguntou.

— Tudo. Você vai precisar me dizer, exatamente, o que


disse à Sasha, e vou precisar saber de tudo.

Sua mãe se levantou, afastando-se dela.

— Espere, por favor, não façam isso sem mim.

— O resto da gangue, eles precisam ouvir isso? —


Perguntou o Pussy.

— Só se eles pensam que podem ajudar. Não quero que


nada de ruim aconteça com minha filha. Ela passou o suficiente.
— Sasha sentiu as mãos da sua mãe tremerem. Estava ficando
pior, a cada momento que passava. — Eu preciso ir para a
reabilitação. Tenho um problema sério, e não sou forte o
suficiente para passar por isso.

— Nós vamos ajuda-la. — Houve mais algum movimento.


— Baby, vou segurar você e ajuda-la a descer as escadas. Você
está bem com isso?
— Sim. Estou bem.

— Vá em frente – disse o Pussy.

Ela ouviu a abertura da porta, e as pegadas começaram a


desvanecer—se.

— Você não pode se casar comigo, Pussy.

— Por que não posso?

— Hoje deve ter mostrado a você que sou uma má escolha.


Não pude proteger ninguém. Sou cega, e você precisa de alguém
forte. — Odiou dizer essas palavras, e o pensamento de perder o
Pussy, a estava matando.

Ele segurou seu rosto, inclinando a cabeça dela para trás. –


Agora, me escute, Sasha. Nós vamos nos casar. Você vai ser a
minha Senhora, e vai fazer isso porque você me ama. Não dou a
mínima para você ser capaz de cuidar de si mesma. Esse é o
meu trabalho. Eu vou cuidar de você.

— Pussy? — Ela ia rebatê-lo. Ele a silenciou com os lábios.

Sua língua saqueou sua boca.


Gemendo, circundou os braços ao redor do pescoço dele,
amando a sensação do seu corpo duro pressionado contra o
dela. Ele deslizou os dedos em seu cabelo, apertando os fios.
— Tão bonita, disse ele, resmungando contra seus lábios. —
Agora, não há mais conversa sobre o que você pode e não pode
fazer. Eu não preciso de proteção, Sasha.

— Eu quero ser tudo o que você precisa.

— Você é. Acredite em mim, você é, mais do que você


pensa. — Esfregou o nariz contra o dela. Pare de tentar fugir.
Vamos lá, temos de sair daqui e nos juntar aos outros, antes
que eu te foda de novo.

Gostava da ideia de transar com ele, mais do que ir discutir


sobre o Kenneth. Seu padrasto sempre arruinava a diversão.
Sasha odiava sua intrusão na sua vida. Havia momentos em
que, realmente, acreditava que nunca o tiraria da sua vida.

Pussy assumiu a liderança, segurando sua mão e movendo-


a para baixo. Ela segurou no corrimão e na mão dele, como se
fossem as linhas da sua vida, o que eram. Lentamente, chegou
ao térreo com o seu auxílio.

Ouviu o estrondo das vozes enquanto estavam todos


falando. Alguns estavam rindo, enquanto outros, claramente,
não achavam nada divertido.
Uma vez que entraram na sala, fez-se silêncio.

— Vamos lá, então. Não tenho o dia todo para ouvir isso –
disse o Devil. — Minha mulher está na cama por causa do seu
maldito marido.

Sasha fez uma careta, querendo ir até sua mãe.

Não. Ela precisava perceber o quão ruim isso era. Pussy a


abraçou com força. Seus dedos acariciaram sua barriga, através
da sua roupa. Ela amava o jeito que ele a tocava. Ele mudou o
toque para debaixo da sua camisa. Pussy tocou sua pele, e ela
sentiu como se eletricidade houvesse explodido por todo o
corpo. Fechando os olhos, tentou se concentrar no que estava
acontecendo na frente dela. Não conseguia. Seu toque afastava
sua mente para longe dos problemas que estavam enfrentando.

Desejou que estivessem sozinhos e pudesse tocá-lo, sem


medo de ter alguém assistindo.

— Diga-nos o que está acontecendo — disse o Devil. Sua


voz áspera cortou sua fantasia trazendo-a, direto, de volta para
a realidade da sua situação.

— Eu não sei tudo.


— Então, diga-nos o que você sabe – disse o Death.

Sasha estava ficando boa em reconhecer as pessoas apenas


por suas vozes.

— Kenneth está planejando sua aposentadoria. Está


recebendo todo o financiamento para que não precise se
preocupar com dinheiro, absolutamente. — Sua mãe suspirou. —
Ele está pensando em matar a Sasha para poder me levar com
ele. A cegueira elevou as apostas para ele, assim ela pode ter
um acidente sem que ninguém saiba a verdade. Os últimos
quatro anos foram uma fachada. Ele está mostrando à cidade
quão amoroso e leal é com a Sasha, para que ninguém jamais
fosse suspeitar dele mata-la ou ter planejado que ela sofresse
um acidente. Eu o ouvi falar com Frederick, o cara do lado de
fora. Ele tem alguma papelada para terminar de preencher e,
então, pode sair. Frederick fica como o proprietário principal de
Piston County, e financia a cidade.

— E vai transformá-la em seu próprio quintal de distribuição


— disse o Devil, terminando a frase da sua mãe.

— Eu não sei o que está acontecendo. Realmente, desejava


saber, mas não sei. Só sei que o Kenneth organizou a venda de
mais de dez armazéns na área circundante de Piston County —
disse a mãe.
— Ele está tomando conta de toda a cidade – disse o
Ripper.

Houve um silêncio depois disso.

— Gente, levem as suas mulheres para longe. Precisamos


fazer uma ligação e, em seguida, lidar com o problema iminente
– disse o Devil.

— Vamos lá, baby. Não discuta comigo sobre isso. — Pussy


pegou a mão dela, levando-a de volta para cima.

— É ruim, não é? — Perguntou Sasha. Não precisa


enxergar, para entender que algo ruim ia acontecer.

— Sim, é ruim. Tenho que ir e lidar com isso. Sua mãe vai
cuidar de você. Tome um banho, relaxe, aproveite, e voltarei
quando estiver tudo acabado. — Pussy abriu a porta, levando-a
para dentro.

— Eu não queria causar problemas, — disse sua mãe.

— Você não causou. Você está nos ajudando. Nós vamos


ajuda-la. Você não vai morrer, e nós não vamos deixar o
Kenneth levar minha mulher para longe. Vou matar o filho da
puta antes de deixar isso acontecer. — Beijou sua bochecha. —
Fique aqui. Não saia.
A porta se fechou atrás dele, deixando-a sozinha.

— Ele parece ser um bom homem. Todo mundo acredita


que eles são monstros, mas não são. Eles são, todos, bons
homens, eu vejo isso. — Sua mãe continuou falando.

— Eu o amo, mãe.

— Bom, porque eu tenho a sensação de que ele está


apaixonado por você.

— Não, ele não está. Pussy não me ama. Mas não me


importo.

— Querida, você não pode vê-lo, para saber como ele se


parece quando está olhando para você. Acredite em mim, ele
está apaixonado por você, e não vai deixar nada acontecer.

Sasha quis argumentar, mas decidiu contra. Gostou da


ideia dele estar apaixonado.

Frederick olhou para fora do quarto de hotel, bebendo um


copo de conhaque caro. Tudo estava se acertando. Logo,
possuiria a cidade de Piston County através de Fort Wills. Já
tinha uma participação em Las Vegas, também. Ned Walker, o
pai da Eva, ia ser o próximo de sua lista. Ninguém ia ser capaz
de tocá-lo. Teria os policiais, os federais, e qualquer tipo de
agência governamental comendo na palma da sua mão, porque
não poderiam fazer nada para detê-lo.

Tiny, Devil, e o Ned eram as engrenagens deste mundo.


Eram grandes em suas próprias pequenas cidades, mas, quando
comparado às grandes ligas, ainda eram peixes pequenos que
podiam ser esmagados. Frederick os tinha observado durante
anos, fingindo saber o tipo de merda que eles precisavam, a fim
de sobreviver. Poucas drogas eram vendidas aqui ou ali, alguns
bônus no mercado de ações para manter os fundos fluindo
legalmente.

Sabia que a verdadeira maneira de ganhar dinheiro era


através do medo. Ninguém sabia como desafiá-lo, pois não havia
nada que ele amasse. As mulheres que ele fodia eram uma
conveniência que usava para apagar o fogo. Quando ficava
entediado, acabava com elas, dando-as aos colegas de trabalho
como parte de um negócio ou um dos seus homens as matavam.

Por muitos anos, imaginou tomar este lugar. Tinha visto


muitas pessoas tentarem, e não conseguirem, assumir Fort Wills
e, em seguida, tentar acabar com a Chaos Bleeds e os Skulls.
Todos falharam em fazer qualquer coisa ou, até mesmo, colocar
alguma dificuldade em suas vidas.

Era um desafio que já não podia recusar. Tiny e Devil


podiam ser derrotados, e mostraria a todos eles, como fazê-lo.

— Chefe, o que está acontecendo? — Perguntou Ronald.

Frederick sorriu. — Nada está acontecendo. Nós vamos


cuidar dos negócios, é só uma questão de tempo.

— Ouvi rumores que o Tiny está planejando sair a força.


Você está tornando sua vida difícil — disse Ronald.

— Isso é bom. Tenho planos para todos. — Frederick tomou


um gole da sua bebida.

— O que você quer dizer?

— Para cada pessoa que o Tiny ou o Devil matar, um deles


vai morrer. Tiny coloca a mão nos meus homens, ele perde um
dos seus homens, sua esposa ou o seu filho. Murphy e Tate
parecem ser bons alvos. – Sorriu, pensando na cadela bronzeada
que era mulher do Tiny. — Deixe-o atacar. No momento em que
ele o fizer, eu aperto um botão, e ele perde um deles. Não sei
quando ou como, mas será em breve.
Colocou tudo no lugar. Seus homens estavam, todos, em
torno de Piston County e Fort Wills. Ninguém sabia quando ele ia
atacar. A Chaos Bleeds e os Skulls estavam acabando com ele.
Frederick mostraria a todas as pessoas que era, de fato,
possível, possuir as duas cidades. Precisava, apenas, de um
planejamento cuidadoso para ter o trabalho feito.
Capítulo Nove

— O que você está tentando dizer? — Perguntou o Tiny.


Estavam com os Skulls no viva voz, e toda a gangue estava
presente para ouvir.

— Frederick está jogando com a gente. Não se trata de


tomar posse como um parceiro ou até mesmo como um negócio.
Ele vai se livrar de nós, Tiny. — Devil passou a mão sobre o
rosto. O presidente do Pussy parecia cansado e desgastado com
esta última revelação.

— Como você sabe que essa mulher ouviu a verdade?


Todos sabem que sua audição é tão ruim quanto as suas
escolhas.

Deixando escapar um suspiro, Pussy viu todos os seus


irmãos concordarem com o Tiny. Ela está drogada e viciada em
álcool, mas ama a sua filha. Vou responder por ela. Ela está
dizendo a verdade sobre o Kenneth. — Olhou para todos os
homens. — Vocês não viram nos olhos do Kenneth? Ele jogou
um tijolo através de uma janela. Se ele não tem algo planejado,
então eu sou um idiota. Há mais do que podemos ver.
— Eu fodi tudo, e todos estamos tendo que lidar com o
Frederick, — disse o Curse. — Não acho que isso é outra coisa,
senão uma relação de negócios. Não podemos controlar o que o
padrasto quer fazer. Isso está parecendo fora de proporção.

— Ele matou a Ashley. Ela era uma parceira de negócios


para nós, — disse o Pussy.

— Ela também estava reunindo informações para nós —


disse Devil. — Tiny, estou dizendo a você, homem, confie em
mim. Nós vamos lamentar deixar essa mentira passar, se você
não acreditar em mim.

— Você não disse realmente nada — disse o Tiny.

— Ele vai matar todos nós. — As palavras do Devil tocaram


ao longo de todo o aposento.

— O quê? — Perguntou o Pussy, franzindo a testa. —


Quando é que chegou a essa conclusão? — Pussy gostava de
viver. Tinha acabado de encontrar Sasha, e não ia morrer sem
lutar.

— Pense nisso. Começa aqui, com o Curse matando aquele


filho da puta do Dale. Estamos fazendo a merda do transporte
dos seus negócios, transportando o que ele quer. Então, ele
aparece em Fort Wills. O passado do Butch com ele. Isso tem de
ter sido planejado, Tiny. Frederick Gonzalez não está procurando
fazer negócios com dois pequenos Clubes de Motoqueiros. Não
temos a mão de obra que ele precisa. — Devil estava andando
pelo escritório. — De onde ele vem, somos dois peixinhos no
meio de toda a porra de um oceano. Ele não nos quer. Ele quer
as cidades nas quais todos nós estamos no meio.

— Onde você quer chegar com isso, chefe? – Perguntou o


Death.

— Frederick tem um plano. Ele é muito inteligente para não


ter um plano. Pense nisso. O que você faz quando pode possuir
parte de um Estado?

— Você leva a concorrência para fora da competição e se


estabelece. — Tiny falou na linha.

— Isto não tem nada a ver conosco. Frederick está


ganhando terreno em nosso solo. Está gerenciando lojas,
armazéns, distribuição, meninas, armas. Você diz o nome, e ele
está metido nisso. Todos nós estaremos no seu bolso. Somos
dispensáveis, e ninguém pode fazer nada sobre isso.

— Para todos aqueles que se sentem um pouco lentos,


levantem a mão e perguntem, como ele pode fazer isso? –
Perguntou o Snake.
— Ele não está tocando tudo pessoalmente. Frederick tem
um monte de pessoas pequenas, como nós, sendo pegas. Nós
somos dispensáveis e, quando já não precisar de nós, ele nos
liquida, — disse o Pussy. — Ele está brincando de gato e rato, só
que nós somos o rato e ele é o gato que está escondido na
grama, esperando para nos pegar um por um.

Devil assentiu. — Ele tem os meios de nos colocar para


fora, por um longo tempo. Nossas famílias estão em perigo,
assim como a do Tiny. Temos de conseguir um plano para
acabar com este filho da puta. Estou de saco cheio e cansado de
esperar.

— Alex foi para Vegas. Os lutadores do Ned estão sendo


atacados, Devil. O que quer que esteja acontecendo, ele vai
atrás do Ned também. — Tiny parecia horrível. — Porra, isso
está ficando complicado.

— Nós precisamos conversar sobre isso — disse Devil.

— Sim, acho que deveríamos ir até você, neste momento.


Algo está acontecendo em Fort Wills. Não confio em fazer uma
reunião aqui. Iremos até você, e vamos conversar, logo. — Tiny
desligou o telefone.

Franzindo a testa, Pussy viu que o Devil não estava


esperando por isso.
— O que foi aquilo? — Perguntou o Pussy.

— Não sei. Até nova ordem, quero que todos fiquem na


sede do clube. Todos nós ficaremos aqui. Não quero correr o
risco de um de nós morrermos, porque não fui bastante
cauteloso com todos vocês — disse o Devil, olhando para cada
um deles, por sua vez.

Assentiram. Quando fizeram o caminho fora do escritório,


Pussy ficou para trás, para falar com Devil.

— Qual é o problema? — Perguntou o Devil, quando ambos


estavam sozinhos.

— Eu vou matar o homem, quando voltar a vê—lo.

Devil olhou para ele. — Bom.

— Você não vai discutir comigo. Dizer que eu preciso recuar


por causa do Gonzalez? — Pussy cruzou os braços. Conhecia o
Devil, vinha servindo a gangue da Chaos Bleeds por um longo
tempo.

— Não, eu não vou.

— Por quê?
— Porque o Gonzalez nunca teve qualquer intenção de
manter a Ashley viva. Eu devia ter visto isso. No entanto, estava
tentando fazer com que o nosso clube ficasse vivo, por tempo
suficiente, para lidar com ele. Ele levantou a aposta sobre as
nossas vidas. Não vou permitir que ele assuma a nossa cidade,
arruíne meu clube, e fira a minha mulher. Nós vamos lutar,
mesmo que seja a última coisa que eu faça por esta gangue.

Devil olhou para ele.

— Você vai matar o Kenneth?

— O filho da puta atirou um tijolo no meu clube, que atingiu


a minha mulher. O Kenneth está com o tempo contado. Nos
últimos meses temos agido como um bando de maricas que
enfrenta o valentão da escola. — Devil respirou fundo e sorriu.
— Odeio valentões. Nunca gostei deles. É hora de sermos
homens. Não vamos nos sentar e aceitar mais. Frederick pode ir
se foder se acha que eu sou algum tipo de bichinho de
estimação. Sugiro que você faça o mesmo.

Devil passou por ele, deixando-o sozinho no escritório.


Olhando ao redor do escritório, Pussy, finalmente, se sentiu
livre. Nos últimos meses tinham tentado lidar com as demandas
do Gonzalez, ao passo que, agora, eles estavam indo para a luta
contra ele.
Respirou mais facilmente. Fechando a porta do escritório,
se dirigiu para o seu quarto. Abrindo a porta, encontrou a mãe
da Sasha encostada na sua perna. Ela precisava ir para algum
lugar, caso contrário, ia ficar muito bagunçada.

— Death. — Seu amigo era quem organizava os centros de


reabilitação.

— É melhor que seja bom pra caralho — disse o Death,


puxando para cima a calça jeans enquanto saía do quarto, três
portas abaixo.

— Pussy, o que está acontecendo? — Perguntou Sasha.

Ignorando sua mulher, fez um gesto para a mãe dela ir até


ele. Ela se levantou do chão e caminhou na sua direção. Estava
pálida, suando, e parecia prestes a vomitar.

— Você é quem lida com internações. Ela precisa de


reabilitação, e você precisa leva-la para lá, hoje à noite – disse o
Pussy.

— Merda, essa porra é uma porcaria. Vou chamar o Curse


para vir comigo, como retaguarda.
Pussy não deu tempo para a Sasha dizer adeus para a mãe.
Ia demorar bastante até que ela estivesse de volta em casa, com
eles. Pussy observou quando o Death levou a mãe dela, com o
Curse na retaguarda. Os dois homens ficariam chateados com
ele, mas não se importou. Não ia deixar sua mulher sozinha,
esta noite.

— Pussy, o que está acontecendo? — Perguntou ela.

— Enviamos a sua mãe para a reabilitação. Os comprimidos


e o álcool têm produzido seu efeito nela, e para podermos
mantê-la por perto, ela precisa estar limpa. Nós estamos todos
limpos, baby. Devil fez com que todo o clube ficasse limpo, por
causa desta merda com o Gonzalez. — Pussy tirou a jaqueta e os
sapatos.

Ela usava uma das suas camisetas com uma caveira e


ossos cruzados, estampada na parte da frente. Com o cabelo
selvagem em torno do rosto, ela parecia gostosa pra caralho.

— Baby, preciso tomar um banho. — Se aproximou dela,


tomando sua mão. — Venha comigo.

Gostou da maneira como ela a segurou, um pouco mais


apertado, enquanto andava. Pussy sabia que precisava segurá-la
por causa da sua cegueira. Seus olhos estavam focados à frente
dela quando ela se levantou. Com o tempo, esperava que essas
pequenas ações a ajudassem a construir sua confiança. Já tinha
decidido que ia comprar um cão guia para ajuda-la.

De forma alguma, ele a deixaria sem um, enquanto podia


ter a independência que desejava, claramente.

— Já tomei um banho.

— Agora, você vai tomar outro banho, pois quero ver o seu
corpo nu. Já faz muito tempo desde que vi os seus peitos.

Ela engasgou. — Nunca vou me acostumar com isso.

— Baby, você não vai ter escolha. Este é quem eu sou.


Gosto de xingar e dizer as coisas da maneira que eu vejo. Os
seus peitos são meus, assim como esta bela boceta. — Ele não
liberou sua mão quando alcançou por trás dela e ligou o
chuveiro. A água fria, em cascata, entrou na banheira.
Recuando, tirou a camiseta que ela usava.

Sasha não estava usando calcinha. Ele tinha uma visão


clara da sua boceta perfeita, que tinha aparado e raspado com
perfeição.

Colocando as mãos dela sobre o estômago, tirou o jeans e


lhe disse o que estava fazendo, ao mesmo tempo.
Seus dedos dançaram através da sua pele. Quando ambos
estavam nus, ele a puxou para o chuveiro, ajudando—a a entrar.

Ela riu, envolvendo os braços em volta do pescoço dele. A


água caiu sobre cada um deles, molhando seus corpos.

— Não posso mais esperar para beijá-la. — Baixou a


cabeça, lambendo o caminho ao longo dos seus lábios. Ela não o
deixou esperando, enquanto gemia, abrindo os lábios.

Saqueando sua boca, ele a saboreou.

Ela era tudo o que ele esperava que fosse, e não ia deixa-la
partir.

As mãos do Pussy foram até os quadris da Sasha enquanto


sua língua brincava dentro da sua boca. O calor derramava entre
suas pernas. Envolvendo os braços em volta do pescoço dele,
tentou puxá—lo para mais perto e senti-lo pressionando seu
corpo. Não havia nada que o impediria de toma-la.

Queria seu pênis, empurrando, duro, dentro dela.


Ele a estava transformando em uma ninfomaníaca. Todos
os seus pensamentos sumiam com o prazer que ele podia dar a
ela com as mãos e a boca.

— Por favor — disse ela.

— Toque-me, Sasha. Não quero que você mova suas mãos


para longe de mim. — Falou as palavras contra os lábios dela.
Passando as mãos para cima e para baixo do seu corpo, tentou
memorizar a sensação dele, pelo toque. — Aqui. — Ele pegou
sua mão, colocando-a na bochecha.

Ela tocou o rosto dele, descobrindo os contornos da sua


beleza. Acariciando seus lábios, ela sorriu. – Eu amo...

Ele não disse nada. Ela estremeceu com a palavra que


usou.

Acostume-se a não falar isso.

Não, não ia. Ela amava o Pussy, e jamais esconderia isso


dele. Deslizando o polegar em sua boca, ela riu. — Eu amo o
jeito que você lambe a minha boceta, Shane.

Ela usou seu nome, como ele pediu.

— Mulher, você vai me deixar louco. De onde você veio?


— Estou longe do perigo. Você me faz sentir segura, e
posso lhe dizer a verdade sobre o que eu sinto — Sasha foi
interrompida pelos seus lábios. A língua dele deslizou dentro da
sua boca, e ela a acariciou com a sua.

Ele tinha um sabor incrível, e ela não queria que parasse.

— Você não tem ideia do que faz comigo — disse ele.

Estava começando a ter uma ideia. Ele a estava deixando


louca, também.

Lambendo os lábios, moveu as mãos para baixo, sobre o


peito dele. Espalhando as palmas das mãos, tocou seus
mamilos. Ele floresceu contra os seus dedos, e ela soltou um
gemido.

— É isso aí, baby. Toque-me.

Inclinando-se para frente, tomou um mamilo com a língua.


Suas mãos afundaram no cabelo dela, mas não a afastou.

Chupando o mamilo com a boca, beijou ao longo do seu


peito, até que deu ao outro mamilo a mesma atenção.
Pussy gemeu, os sons vibrando através do seu corpo,
deixando-a saber que estava fazendo tudo certo. Com a boca
ocupada, deslizou as mãos para baixo, descobrindo cada
ondulação e cume do seu corpo. Ele era um homem forte. Seu
corpo mostrava o quanto ele malhava.

— Isso é muito bom, baby. Toque-me.

Indo para baixo, prosseguiu, até que encontrou o


comprimento grosso do seu pênis. Fazendo uma pausa no seu
estômago, circulou a base, trabalhando seus dedos até a ponta.
Ele estava grosso, duro e longo. Não precisava enxergar, para
saber disso.

— Caralho. — A mão no seu cabelo aumentou o aperto.


Adorava a ligeira dor que ele causava, enquanto ela estava lhe
dando prazer. Sorrindo, ficou de joelhos.

— Que porra você está fazendo?

— Quero fazer com você, o que você fez comigo. Vou


chupar o seu pau e lhe dar tanto prazer quanto você me deu. —
Ela trabalhou desde a base até a ponta, deslizando a mão para
cima e para baixo, sobre o eixo.
Ele soltou o cabelo dela. Levando a boca até a sua mão, ela
trabalhou onde a ponta do seu pênis estava. Sacudindo a língua
sobre a cabeça, sentiu o gosto de algo almiscarado e salgado.

— O que é isso? — Perguntou.

— É o meu sêmen. Estou excitado, e ele vaza da ponta. —


Ele xingou novamente quando ela colocou a ponta do seu pênis
na boca. Adorou o gosto dele, instantaneamente.

Gemendo, tomou mais dele até que bateu no fundo da sua


garganta. Com a mão livre, estendeu a mão para tocar a si
mesma.

— Você está tocando o seu clitóris? — Perguntou.

Ela murmurou a resposta.

— Porra, você é tão perfeita.

A água respingava ao redor deles. Com uma mão na base


do seu eixo, ela o trabalhou em um ritmo que significava que
não perderia seu comprimento. Com a outra mão, tocava seu
clitóris, deslizando o dedo sobre ele, em seguida, indo para
baixo, até sua boceta, para enfiá-lo dentro dela.
Ela nunca tinha tocado a si mesma. Chupando o pau do
Pussy, demorou algum tempo para conhecer seu próprio corpo.
Sasha descobriu o que gostava, usando dois dedos para esfregar
o clitóris.

— Você é tão gostosa. Quando chegarmos na cama vou


provar sua boceta. Vou te encher com a minha porra.

Todas aquelas palavras obscenas a deixaram mais perto do


orgasmo. Não queria gozar antes dele.

— Me dê esses malditos dedos, — disse ele.

Segurando a mão dela, sentiu sua mão grande circular seu


pulso. O calor da sua boca inundou seus dedos, sugando-os em
sua boca. Ela gemeu diante do pequeno contato. Seu clitóris
respondia aquele estímulo.

Sacudindo sobre o seu eixo, tomou mais dele, no fundo da


sua garganta. Quando não podia aguentar mais, se afastava até
voltar para a ponta. Ela amava seu pré-sêmen e queria mais.
Lambendo a ponta, gemeu quando cada novo sabor explodiu em
sua língua.

— Caralho, baby, continue a brincar com a sua boceta. Eu


quero mais.
Ela deslizou os dedos dentro da sua vagina, em seguida, os
tirava para provocar o clitóris. Cada deslizamento sobre o
clitóris, quase a fazia gozar. Não seria capaz de adiar o orgasmo.

— É isso aí, baby, goze nos seus dedos.

Sem outra escolha, largou o seu pau, enquanto o orgasmo


a atravessava. Gemendo, continuou com o dedo no clitóris.

Pussy a levantou, deslizando os dedos na fenda. — Tão


bonita, caralho. Ajoelhada na banheira, ele a fodia com a própria
mão, sem querer que aquilo acabasse.

Quando ela não conseguiu aguentar mais, agarrou seu


pulso e lhe pediu para parar.

— Chega, por favor. Não aguento mais.

Ele fez uma pausa, tirando a mão da sua vagina. Ela o


ouviu chupando os dedos.

Ele a ajudou a se levantar. Suas pernas estavam como


geleia, enquanto se movia.

— Não, por favor, quero lhe dar um orgasmo.

— Baby, você pode me dar um orgasmo, em breve.


Balançando a cabeça, tentou voltar a ficar de joelhos.

— Sasha, não. Preciso estar dentro de você, antes do fim


da noite. — Ele a levantou em seus braços e desligou o chuveiro.

Sua força a surpreendeu. Agarrada a ele, tentou pensar


para onde ele estava se movendo.

Pussy a largou na cama. Beijou sua boca, e se movia pelo


corpo dela, chupando seus mamilos, um de cada vez. Não havia
como pará-lo enquanto ele descia, depositando beijos em cada
centímetro do seu corpo.

Ele abriu suas coxas e, então, ela gritou quando atacou seu
clitóris, sugando o broto em sua boca.

— Pussy, pare.

— Por quê?

— Eu já gozei.

— E daí? Quero que você goze novamente e não pare. —


Passou a língua sobre seu clitóris, repetidamente. Ela agarrou os
lençóis quando o prazer assumiu uma sensação totalmente nova.
Cada parte do seu corpo estava viva, sensível ao menor toque.
Ela não sabia se ia sobreviver após outro orgasmo.

Seus dedos seguraram os quadris dela, enquanto


pressionava a língua no seu núcleo. O prazer cresceu dentro
dela, puxando-a cada vez mais perto.

— Posso sentir você, baby. Você está tão perto de gozar.


Me dê o seu gozo.

Não sabia como era possível, mas, com apenas mais alguns
movimentos da língua e ela se lançou em outro orgasmo que foi
muito melhor do que o último. Seus dedos eram nada em
comparação com a língua talentosa.

Ele agarrou a mão dela, e ela afundou as unhas na sua


carne.

Pussy subiu na cama.

— Como foi, baby? — Perguntou.

— Não consigo sentir o meu corpo. — Sentia como se


estivesse flutuando. Sua cabeça latejava, e ela suspirou. — Isso
foi incrível.

— É melhor você se acostumar com incrível — disse ele.


Seus braços correram através do seu corpo. Ela acariciou o
braço dele, amando o quão segura ele a fazia sentir.

— Eu te amo. — Se aconchegou contra ele, sabendo que


queria mais.

— Eu também te amo — disse ele, pegando-a de surpresa.

— O quê? — Ficou tensa, em estado de choque.

— Nem me diga, baby. Me pegou, completamente, de


surpresa.

Ela balançou a cabeça. — Você disse que não me amava.

— E não o fiz até que conheci você. Acho que você me fez
mudar de ideia. — Seus dedos brincaram com a pele na parte
superior da vagina.

— Você está apaixonado por mim? Está falando sério?

— Não brinco com merdas como essa, Sasha. Eu amo você.


Quero casar com você.

Ela permaneceu em silêncio, sem saber o que, realmente,


dizer a ele.
— Você não acredita em mim?

— Não sei. Sinto muito. Parece apenas um pouco difícil de


acreditar que você ia mudar de ideia em questão de horas.

Nunca tinha dado a ela uma razão para duvidar, mas não
confiava em sua mudança repentina. Por que ele ia mudar de
ideia tão rapidamente?

— Perdi uma das minhas melhores amigas, porque não a


protegi. Ela pagou o preço por um erro da gangue. Odeio me
sentir vulnerável e, com você, eu sou. Não é por causa de você.
Desde que a conheci tem algo diferente em você. Não consigo
me concentrar quando estou perto de você. Tudo o que eu quero
fazer é sentar e olhar para você.

Suas palavras eram tão comoventes. Ela queria que ele


parasse e ainda continuasse a falar.

— Ver o Kenneth com você me irritou. Eu sabia que ele era


um filho da puta desgraçado, mas, simplesmente, não sabia o
quanto. — Ficou tenso ao lado dela, dando um beijo no seu
ombro. — Nunca vou deixar nada acontecer com você,
novamente. Você é minha para amar e proteger. Não vou mais
esconder meus sentimentos de você, Sasha. Eu possuo você,
agora.
— Eu não sou algo para ser uma propriedade.

— Você é minha, e prometo a você, vou te proteger, até o


dia em que eu morrer.

Ele não disse mais nada. Ela sorriu. Por fim, sabia como
era, finalmente, ser desejada por um homem. Nada mais poderia
prejudica-la ou machuca-la, com Pussy na sua vida.
Capítulo Dez
Pussy deu um tempo para que a Sasha permitisse que suas
palavras a penetrassem. Ele não a deixaria ir, e não apenas por
causa do Kenneth. Desde o primeiro momento em que a viu,
ficou impressionado com a sua beleza. Kenneth tinha estado
machucando-a, em seguida, bem, mostrando seu poder sobre
ela, com todo mundo olhando. Cada chance que o bastardo
tinha, a deixava mais e mais dependente. Pussy não ia deixa-la
sentir-se vulnerável. Tinha toda a intenção de lhe mostrar como
podia ser poderosa, sem depender de todos.

Nas próximas semanas, pretendia encontrar uma casa, uma


agradável, sem escadas para ela subir ou descer. Não haveria
nenhum perigo para ela.

Devil ia matar o Kenneth, Pussy tinha certeza disso. Seu


chefe não ia permitir que a dor causada à Lexie fosse esquecida.

Não ia haver repercussões por suas ações. A Chaos Bleeds


estava de volta, e se sentiu mais forte, sabendo que não teriam
suas bundas ferradas por aquele homem.

— Eu vou te foder, agora — disse ele.


Tinha pensado em enchê-la com o seu esperma. Pussy
sabia que não podia fazer isso, no momento. Não estava pronto
para ser o pai de qualquer criança. Sob o controle do Kenneth,
não havia como ela estar sob qualquer controle de natalidade.

— Sim, por favor — disse ela.

— Estou, apenas, colocando um preservativo. – Saiu da


cama, abrindo a gaveta. Pegando o preservativo, viu o retrato
da Ashley olhando para ele. Foi uma daquelas tiradas com a
Ashley e a Mia. A foto foi tirada na lanchonete. Lembrou-se da
Ashley puxando a Mia para o seu colo. Foi antes do Curse tomar
aquele golpe, antes da merda acertar o ventilador. Tinham,
todos eles, sido felizes por um tempo muito curto. Sinto muito,
Ash. Espero que você possa me perdoar.

Ele a amava como uma amiga. Agarrando o preservativo,


fechou a gaveta e voltou para sua mulher. Haveria tempo para a
vingança, em breve. Até lá, ia desfrutar a sensação da sua
mulher gozando no seu pau.

Rasgando a embalagem, deslizou o preservativo sobre o


pau, muito duro. A memória dos seus doces lábios em volta do
pênis o deixou mais duro que uma rocha.
Com o tempo, ia ensiná-la, exatamente, como gostava de
ter o pênis chupado. Ela já estava fazendo um trabalho brilhante
sem a sua interferência.

Subindo na parte inferior da cama, olhou para o corpo todo.


Ela tinha curvas em todos os lugares certos. Na primeira visão
que teve dela, tinha se apaixonado. Nenhuma outra mulher,
jamais, conseguiu ter esse tipo de efeito sobre ele.

— Abra as pernas — disse ele. — Quero ver essa minha


boceta bonita.

Ela gemeu, mas abriu as coxas para ele, mostrando a


boceta. Os lábios da sua vagina estavam abertos, e seu gozo
brilhava nos lábios do seu sexo. Escalando a cama, manteve seu
olhar em sua vagina. Movendo-se sobre o seu corpo, agarrou o
pênis, posicionou-o na sua entrada e deslizou profundamente
dentro dela. Sua vagina se apertava sobre o seu eixo a cada
centímetro que ele a penetrava.

Suas mãos agarraram os braços dele. Olhando fixamente


em seus olhos castanhos, viu que estavam arregalados de
espanto. Sua cegueira não o incomodava, nunca o fez. Ao
descobrir sua deficiência e a causa dela, tinha sido levado à
loucura com a preocupação sobre a sua segurança.
Não se preocuparia mais quando ela fosse sua esposa e sua
razão para respirar.

Estando, ao máximo, dentro de seu calor, passou os braços


ao redor de seu corpo, recuando, em seguida, golpeando de
volta para dentro. Tomou posse da sua boca enquanto,
lentamente, fodia seu corpo, levando-os ao prazer.

Segurando as mãos dela, ordenou que ela o fodesse de


volta. Ela se arqueou contra ele, devolvendo impulso com outro
impulso. Mantendo as mãos unidas ao lado da sua cabeça,
golpeou profundamente, acelerando os impulsos.

Ela gritou, ofegante. Sua boceta apertada se agarrou a cada


centímetro do seu interior. Olhando para a camisinha que cobria
o seu pau, observou-o entrar e sair da sua fenda. Era demais e
ele quase gozou, só de olhar.

Saindo do seu corpo, ele a colocou de joelhos.

— O que você está fazendo?

— Vou comê-la em minha posição favorita. Vou te foder por


trás e brincar com o seu rabo. Encontrou o seu núcleo e
empurrou para dentro, mais uma vez. O ângulo diferente
permitia que a penetrasse mais profundamente.
Observou as mãos agarrarem o travesseiro que estava
segurando. Pussy não ia parar. Queria ouvi-la gritar de prazer
com o seu pênis.

Correndo os dedos pelas suas costas, sentiu—a tremer


debaixo dele.

— Você gosta do que estou fazendo com você? —


Perguntou.

— Eu me sinto preenchida. — Você está maior.

Pussy riu. — Se acostume com isso, baby.

Seguindo as curvas do seu traseiro, espalhou as bochechas


largas. O buraco enrugado brilhou para ele. Olhando fixamente
para baixo, viu a boceta agarrando seu pênis, assim como sentiu
o aperto em torno dele. Era uma experiência inebriante.

Puxando para fora do seu calor, assistiu o preservativo


escorregadio reaparecer. Mal podia esperar para ver o seu pau,
sem preservativo, dentro dela.

Acariciou o seu clitóris, cobrindo os dedos com seu gozo.


Ela gemeu, empurrando contra ele, e sua vagina ficou mais
apertada em torno do seu pênis.
Uma vez que seus dedos estavam escorregadios com os
fluidos, pressionou-os no seu rabo. Ela se contraiu debaixo dele.

— Está tudo bem, baby. Tudo que eu fizer, você vai adorar.
Confie em mim.

Lentamente, ela começou a relaxar, enquanto ele brincava


com o seu ânus. Pressionou a ponta de um dedo contra sua
entrada, esperando que ela se abrisse.

Bombeando dentro e fora da boceta, se manteve aplicando


pressão até que seu anel apertado de músculos o deixou entrar.
Empurrando o dedo dentro dela, foi com calma, deixando que
ela se acostumasse com a sensação dele.

Ela começou a empurrar de volta contra ele, tomando, cada


vez mais, o seu pênis dentro da vagina.

Logo, adicionou um segundo dedo na bunda dela, abrindo—


a e espalhando-a.

Mais e mais, manuseou a boceta e a bunda, sentindo sua


ondulação em torno dele. Com a outra mão, provocou seu
clitóris. Ela gozou em seu pênis com algumas esfregadas dos
seus dedos.
Seus doces gritos eram incríveis de ouvir. Tudo o que
queria fazer era ter o seu gozo em cima dele.

— Você é tão perfeita — disse ele, penetrando


profundamente para encontrar seu próprio orgasmo. No prazo
de três estocadas, derramou o esperma dentro da camisinha.
Gemendo, agarrou seu quadril, sabendo que estava no paraíso,
com ela. Nada mais importava na sua vida, desde que a Sasha
estivesse com ele.

Virando-a de lado, ele caiu na cama, passando uma mão ao


redor da cintura dela.

— Vou nos limpar, em um instante. Primeiro, quero te


abraçar.

O pênis dele ainda estava enterrado dentro da sua vagina.


O prazer era intenso, e não havia como impedir o amor que
sentia por ela. O amor que sentia era tão natural quanto
respirar. Ela tomou conta de todos os seus sentidos, tornando
difícil lidar com qualquer outra coisa.

— Eu amo você, baby.

— Nunca vou ficar cansada de ouvir você dizer isso para


mim — disse ela, rindo.
— Bom. Nós precisamos nos lavar, logo.

— Eu não posso acreditar que você brincou com a minha


bunda.

Ela era muito inocente.

— Espere até que eu a foda.

Sasha ficou tensa, fazendo-o rir.

— Não se preocupe. Vou te preparar antes de afundar meu


pau no seu pequeno rabo gostoso. — Beijou seu pescoço,
inspirando o cheiro dela. — Como eu tive a sorte de ter você?

— Eu sou a sortuda, — disse ela. — Ele abriu os olhos


quando ela virou a cabeça para ele. —Nunca pensei que pudesse
ser tão incrível.

— Vai ficar melhor. Você não terá que se preocupar com


seu padrasto e a sua mãe. Ele vai ficar fora de cena, e sua mãe
vai ser cuidada. — Beijou sua bochecha.

— Obrigada.

— Você é uma Senhora agora, Sasha. Suas necessidades


virão, todas, em primeiro lugar. — Esfregou seu pescoço.
A porta bateu, se abrindo e o Pussy pulou para fora da
cama, colocando os punhos para cima, pronto para lutar com
quem tinha entrado no quarto.

Era o Ripper.

— Você é necessário no andar de baixo. Aconteceu um


acidente com a Tate e o Murphy, há uma hora atrás. Ela está no
hospital e pode não acordar. Curse e o Death ainda não
chegaram, e ninguém consegue falar com eles. Devil quer todos
nós para uma reunião.

Pussy assentiu, baixando as mãos. — Saia do meu quarto.


Vou descer em um momento.

Assim que a porta foi fechada, entrou no banheiro, lavando


as mãos e se livrando do preservativo. Voltou para o quarto.
Sasha se sentou na cama, olhando para o chão.

— Isso é ruim? Nunca ouvi falar em Tate e Murphy.

— Eles fazem parte dos Skulls. Tate é a filha mais velha do


Tiny. Se este acidente foi planejado, então todo mundo está na
merda. — Ele limpou entre as coxas dela. Vou lhe pedir para
ficar na cama. Então, não preciso me preocupar com você
quando o clube estiver prestes a agir.
— E a minha mãe? O Death e o Curse a levaram, não é?
Como é que ninguém ouviu mais nada? — Ela perguntou, em
pânico.

— Vou pedir para a Lexie vir ficar com você. Tem que parar
de se preocupar, caso contrário, vai enlouquecer. — Se inclinou,
beijando sua têmpora. — Por favor, pare de se preocupar. Vou
encontrar a sua mãe. Você não gostaria que qualquer um deles
atendesse o celular, enquanto estão pilotando suas motos,
gostaria? — Perguntou.

Ela balançou a cabeça.

Não estava prestes a lhe dizer que tinham ido de carro.


Beijando sua cabeça uma última vez, saiu do quarto. Subindo o
lance de escadas, bateu na porta do Devil. Lexie atendeu,
parecendo cansada. Segurava a Elizabeth nos braços. — Você
poderia ir ficar com a Sasha? Ela está em pânico.

— É verdade? Eles não conseguiram falar com o Curse e o


Death?

— Não sei ao certo. Foi o que o Ripper me disse. A mãe


dela estava viajando com eles. Agradeceria se você não
mencionasse nada para ela.
— Não vou. Você não pode esconder algo assim dela,
Pussy, — disse a Lexie, agarrando a mão do Simon enquanto
caminhava para fora do aposento.

— Eu sei. Não quero preocupa-la, até que seja preciso.

Chegou ao térreo e encontrou o resto dos seus irmãos no


salão principal. Devil estava no telefone, caminhando pela sala.
— Nós vamos mata-los, quer você goste ou não. Não tenho
medo. — Devil desligou, olhando para cada um deles.

— O que está acontecendo? — Perguntou o Ripper.

O Tiny decidiu fazer uma pequena visita ao filho da puta


que machucou sua mulher. O policial que invadiu a sede do
clube, alguns meses atrás. Dentro de dez minutos uma
represália foi feita, sobre a Tate. Estavam voltando do centro
comercial, com mantimentos. O carro foi cravado de balas. O
filho dela está bem. Murphy foi baleado no ombro. Ele perdeu o
controle do carro e a Tate, em pânico, soltou o cinto de
segurança para proteger o filho. Ela está em coma, e não está
parecendo nada bem. Devil jogou o celular. O dispositivo caiu no
chão, quebrando aos seus pés. — É isso. Estou falando sério,
rapazes. Estou cansado de jogar este jogo.

Cruzando os braços, Pussy olhou para seu chefe, esperando


para ver o que ia acontecer.
— Nós somos a Chaos Bleeds, e é hora de acabar com essa
merda de manutenção da paz que estamos seguindo.

— E quanto ao Curse e o Death? Onde eles estão?

— Estão no centro de reabilitação. Alguém tentou acertá-


los. Eles mataram o cara e me ligaram no momento, em que
estava feito — disse o Devil.

Pussy respirou aliviado.

— Gonzalez tomou um de nós. Ele matou a Ashley e matou


o Jerry na nossa frente. Ele pensa que é melhor do que nós. É
hora de lhe mostrar o quão merda ele, realmente, é.

Balançando a cabeça, Pussy estava pronto. Estava mais do


que pronto.

— Amanhã, sairemos, e vamos começar uma maldita


guerra com aquele idiota. — Devil olhou para todos eles. — Hoje
à noite, vocês vão até suas mulheres. Façam amor com elas,
transem com elas, porque amanhã, podemos não voltar para
casa.
A guerra tinha, apenas, começado e o Pussy mal podia
esperar para efetuar sua vingança sobre o bastardo que os tinha
colocado nessa posição.

— Como você consegue suportar essas reuniões privadas?


— Perguntou Sasha.

Lexie se sentou na cama com os dois filhos dormindo, ao


lado dela. Quando entrou, Lexie a ajudou a se vestir, pedindo
para o Simon olhar para a parede.

— Você aprende a não se preocupar com o que eles estão


fazendo.

Sasha ouviu o medo na voz da Lexie.

— O que está acontecendo?

— Se você não consegue aguentar que eles façam reuniões


como esta, então não vai gostar do que eu tenho a dizer.

— Por favor, me diga. Não gosto de ser mantida no escuro.


Já tenho escuridão o bastante.
Lexie suspirou. – O Devil é um homem forte. Ele é uma
força a ser reconhecida. – Fez uma pausa, por um momento. —
Ele vai matar quem represente uma ameaça. Esse cara, esse tal
Gonzalez, chegou, e danificou a gangue. Meu homem está
lutando para consertá-la.

— Será que ele vai conseguir?

— O tijolo que foi atirado em mim, isso o acordou. O Devil


vai comprar uma briga, e não sei se ele tem a intenção de voltar
para casa vivo, — disse a Lexie.

A porta se abriu. — Devil está esperando por você, Lex, —


disse o Pussy.

— Você pode me ajudar com as crianças, Pussy? Não tenho


força para carrega-los.

— Claro.

Sasha os ouviu se movendo ao redor, desejando que


pudesse ajudar. Ficou na cama até que o Pussy retornou.

— O que está acontecendo? — Perguntou ela.


— Devil vai lutar com o Gonzalez. Estamos partindo,
amanhã. Você vai ficar aqui até eu voltar. — Se juntou a ela, na
cama.

Ela sentiu que seu corpo estava nu ao seu lado.

— E a minha mãe?

— Está tudo bem. Ela chegou na clínica. Death e o Curse


ficarão lá, para se certificarem que tudo está seguro, antes de
voltarem para casa.

— Eles estão em perigo?

— Algumas pessoas querem nos matar, e nós não


queremos acabar mortos. Nós tentaremos nos certificar que isso
não aconteça.

Ela se deitou sobre o seu braço, aninhando-se contra ele. —


Não quero que nada ruim aconteça com você.

— Eu não vou deixá—la.

— Como você sabe disso? — Perguntou ela.

Ele passou a mão nas suas costas, descansando-a na bunda


dela. — Sei que vou lutar para voltar para você.
Ela acariciou o seu estômago pensando no que ele estava
dizendo. — Você tem que ir?

— Baby, tenho contas a acertar. Este bastardo do Gonzalez


precisa aprender a não foder com a gente ou com a gangue.
Caso contrário, outras coisas vão acontecer.

Sasha se moveu para baixo, para acariciar seu pênis. —


Existe alguma coisa que eu posso fazer para impedi-lo de ir?

Cobriu a mão dela com a sua. — Não, não há uma maldita


coisa que você possa fazer. Eu te amo, Sasha, e vou fazer tudo
ao meu alcance para voltar para você. Preciso fazer isso e você
vai ter que me apoiar.

— É sobre a Ashley? — Perguntou ela, trabalhando desde a


base até a raiz.

— Sim. Preciso dar algum desfecho para ela. Preciso fazer


isso.

Entendeu sua necessidade, mais do que ele percebeu. —


Ok, você vai voltar para mim?

Seus dedos tocaram sua bochecha. — Baby, vou voltar para


você, e você vai lutar para se livrar de mim. Nunca vou deixar
nada acontecer com qualquer um de nós. Nós vamos começar
uma briga e fazer o que fazemos melhor.

— E o que é isso? — Perguntou.

— Causar um pouco de caos. É como conseguimos o nosso


nome, e é hora dos outros lembrarem disso. — Deu um beijo
nos lábios dela. — Agora, vamos falar um pouco mais, ou posso
te foder?

Ela engasgou.

— É isso mesmo, Sasha. Você é minha mulher, e eu preciso


te foder e memorizar cada centímetro do seu corpo antes de
sair.

Como ela poderia negar esse pedido?

— Por favor, Pussy.

— Como eu disse para me chamar? — Perguntou.

— Shane, por favor, Shane, foda-me.

— Assim é melhor. — Ele a empurrou para a cama e


deslizou entre as suas coxas. Ela estendeu a mão, e ele colocou
suas palmas contra o peito dele. — Quero que você me toque.
Ela acariciou seu corpo enquanto ele chupava seus
mamilos. O menor toque deixava seu coração acelerado. O
prazer atravessou todo o seu corpo, e ela se arqueou para
encontra-lo.

— Ainda não, baby. Nem mesmo estou dentro de você. —


Sua mão pousou na sua barriga, mantendo—a imóvel.

Soltando as mãos, gritou, quando ele mordeu seu mamilo.

— Por favor!

— Quando eu estiver pronto. — Ele resmungou as palavras


contra a pele dela.

Os sons que ele fazia, a excitavam demais. Ela encontrou


sua cabeça e afundou os dedos nos fios, amando a sensação do
corpo dele contra o dela.

Ele mudou de um mamilo para o outro, esbanjando


atenção.

Não seria capaz de sobreviver ao ataque de prazer que sua


boca estava criando.
— Caralho, tenho que fodê—la, agora. Mal posso esperar
para colocar a merda de um preservativo.

Pussy estendeu a mão para agarrar o pênis. Sentiu a ponta


do seu pau colidir com o clitóris antes de deslizar para baixo, na
sua entrada. — Você já está tão molhada.

Ele a deixava dessa forma. Seu corpo, as palavras que


falava, tudo a excitava.

— Por favor, eu preciso de você — disse ela.

Com um impulso suave, bateu no fundo do seu corpo. Ela


gritou, arqueando-se para chegar mais perto, mais
profundamente.

— Shh, estou com você, Sasha. Nunca vou te deixar partir.


— Pegou suas mãos, pressionando-as na cama. — Vou foder
você, e não vou parar até que nós dois estejamos gritando de
prazer. Você tem algum problema com isso?

— Não, nenhum. — Com a grossa longitude do seu pênis


dentro dela, não conseguia pensar em mais nada. Ele a encheu
completamente, não deixando espaço para pensar em outra
coisa, além dele. Sentiu a maneira como ele pulsava dentro dela.
O calor dele era diferente. Não havia o látex criando uma
barreira entre eles.
Ele recuou todo o caminho dentro dela até que, apenas, a
ponta estava lá dentro, e depois com um longo empurrão,
penetrou cada centímetro dentro dela. A dor, combinada com o
prazer, foi uma experiência inebriante. Ela trancou os dedos nos
dele e focou no prazer ao qual ele os estava levando.

Mais e mais, ele recuava, apenas para penetrá—la,


novamente. Cada golpe era preciso, prolongando seu prazer.

— Posso sentir a sua boceta apertando em volta de mim,


baby. Ela sabe quem é o seu dono. Você sabe quem é o seu
mestre? — Perguntou.

— Sim.

— Diga meu nome.

— Shane.

— E quem sou eu? — Perguntou.

Toda vez que ele falava, empurrava dentro dela.

— Você é o meu mestre.

— Boa menina.
Ele não parou e golpeou dentro dela. Ela agarrou suas mãos
com força, enquanto ele montava seu corpo, mais do que nunca.
A profundidade a chocou, mas ela queria mais. Pussy tomou
posse dos seus lábios, deslizando a língua dentro e fora da sua
boca.

— Você é boa pra caralho. Sua boceta nua está apertando


em torno de mim, como se tivesse vida própria. — Ele gemeu,
beijando o seu pescoço. Ela inclinou a cabeça para o lado, e ele
chupou a carne.

Ela gemeu de prazer.

— É isso aí, baby. Me dê tudo. Deixe eu ouvir você gozar.

Ele se retirou da sua boceta e bateu no clitóris com o pau


duro. Ela gritou com o choque e o êxtase.

— Goze para mim. — Soltou uma das mãos e os dedos


substituíram o seu pênis. Sasha não tinha a menor chance
contra o seu mais recente ataque.

Seu orgasmo a atravessou quando ele a penetrou,


recusando-se a soltá-la.
— Porra, baby, vou gozar. — Em poucos segundos, Pussy
entrou em êxtase.

Ela sentiu a contração do seu pênis junto com o jorro do


seu esperma. Depois disso, ele caiu contra ela.

— Eu te amo.

— Eu também te amo. Por favor, não vá.

— Eu tenho que ir, e você terá que confiar em mim sobre


isso.— Ele beijou seus lábios. — Não quebrei uma única
promessa que fiz para você, não é?

Ela balançou a cabeça.

— E não vou começar agora.

Sasha esperava que tudo fosse ficar bem. Em toda a sua


vida, nunca tinha conhecido qualquer homem prestes a começar
uma briga. Especialmente, uma luta que não sabia se poderia
ganhar.

— Você não deve ir — disse Lexie. — É perigoso.


— Já aguentei muita merda desse cara, Lex. Pelos últimos
meses tenho vivido com suas malditas demandas. Eu sou um
serviço postal do bastardo, e se formos apanhados, é isso. –
Devil se sentou, nu, na cama. Seus filhos estavam dormindo, no
quarto ao lado do deles. Olhou para sua mulher, vendo-a em um
baby doll apertado. Ela parecia tão linda, e vê-la assim fazia seu
pau doer para estar dentro dela. — Venha aqui.

Ela deu um passo para perto dele. Empurrando o short para


fora do caminho, aliviou o pênis dentro da sua vagina. Lexie
passou as pernas ao redor da sua cintura, quando ele deslizou,
com profundidade. Não estava usando preservativo porque
estavam tentando ter outro bebê.

— Estou com medo.

— Não fique. — Empurrou as alças do top para baixo dos


seios dela. Observar os montes luxuriantes saltarem enquanto a
fodia, sempre o deixava louco.

Tudo o que ela estava prestes a dizer foi cortado por um


gemido.

— Você e as crianças significam o mundo para mim, Lex.


Não vou deixar esse filho da puta de merda os levar para longe
de nós. Ele pode tentar levar embora as crianças, você. Não
posso deixar isso acontecer. Vou impedi-lo de fazer isso. —
Segurou seu rosto, sentindo o aperto da vagina em torno dele.
— Quando se trata de você, nunca vou correr riscos.

— Eu amo você, Devil. Você tem que me prometer que vai


voltar para mim. Não concordei em fazer isso sozinha.

— Não estou pedindo isso para você. Nós somos uma


equipe. — Afundou os dedos nos cabelos dela, puxando os fios
sedosos. Os seios dela se arquearam. – Agora, cale a boca para
que eu possa te foder.

— O meu homem está de volta?

— Eu nunca fui embora. — Saqueou sua boca enquanto


arrebatava sua boceta.

Ele estava de volta, e ninguém diria a ele o que fazer. Esta


era a sua gangue, sua cidade, e todo mundo podia se foder.

Se Frederick pensava que podia foder com o Devil, logo, era


a vez dele mostrar ao Frederick o que o Devil e a Chaos Bleeds,
realmente, significavam.
Capítulo Onze
Pussy olhou para sua mulher enquanto ela estava no salão
principal. Estava segurando o braço da Judi enquanto olhava
para o chão. Envolvendo os braços ao redor dela, inclinou sua
cabeça para trás e reivindicou seus lábios. — Vou estar de volta
antes que você perceba.

— O que eu devo fazer? — Perguntou ela.

— Ligue para a sua mãe e veja como ela está, na clínica.


Não demorará muito tempo, antes de você poder encontrála. Ela
está em boas mãos. — Se virou para olhar para a Lexie. Ela
estava enrolada em torno do Devil vestindo sua jaqueta de
couro. Cada polegada do seu papel exibido dentro do clube. Ela
era a Senhora do Devil e a líder das mulheres. Ninguém fodia
com ela, a menos que quisessem que descesse sobre suas
cabeças. — A Lex vai cuidar de você.

— Eu te amo.

— Eu também te amo, baby. — Beijou o topo da sua cabeça


e se virou.
Seguindo seus irmãos para fora do salão principal, ignorou
as putas, quando passou. Ripper estava ao lado da sua moto,
olhando para o clube.

— Você está bem, cara?

— Não, eu não estou bem. Deixar a Judi para trás é como


cortar a porra do meu coração. — Ripper pegou um cigarro e o
acendeu. — Mas eu só quero uma chance de chutar a bunda
desse filho da puta. Nós fomos uns maricas por muito tempo. É
hora de um pouco de retorno, eu acho.

Pussy não podia estar mais de acordo.

— O que está acontecendo com o Curse e o Death? —


Perguntou Pussy.

— Eles nos encontrarão na estrada. Devil organizou uma


reunião perto de um dos conhecidos armazéns do Frederick.
Nosso chefe está prestes a começar uma guerra. Mal posso
esperar. — Ripper riu, jogando o cigarro no chão. — É hora do
show.

Devil saiu do clube, indo direto para sua moto. Alguns dos
membros da gangue ficariam para trás, para manter um olho
sobre o clube e as mulheres.
Subindo em sua moto, Pussy olhou para a sua mulher,
quando a Judi a levou para fora. Ela parecia tão bonita, embora
ela estivesse fora de lugar.

Com o rosto dela sendo a última coisa que viu, Pussy saiu
do estacionamento e seguiu o resto da gangue. Hoje, ia obter
sua vingança e a gangue ia voltar a ser quem deveria ser.

O grupo passou, lentamente. O sol se levantou no céu, e


sua mente estava no trabalho. Os Skulls podiam ficar sentados,
à espera da merda acontecer. A Chaos Bleeds cansou da espera.
Estavam indo à luta.

O tempo passou, e o passeio de moto o relaxou. Amava


estar na estrada.

Amava a Sasha muito mais, inferno.

Sorriu, pensando nela. Significava tanto para ele, e ainda


mal tinham conhecido um ao outro.

Pensando no futuro, viu o armazém entrar no seu campo de


visão. Devil dirigiu até o estacionamento disponível no antigo
armazém, que tinha sido usado para funcionários, quando o
armazém estava em uso.
Desligando o motor, viu os carros que cercavam o Frederick
Gonzalez. Kenneth, Homer, e o Ronald claro.

Sentindo-se mais feliz, Pussy desceu da sua moto e foi se


juntar ao seu presidente. Death e o Curse chegaram em poucos
minutos. Pussy manteve o olhar sobre Homer e Ronald. Ambos
os homens pareceram assustados ao ver os outros dois vivos.
Frederick não deu nenhum sinal de qualquer emoção.

— Então, qual é o significado disso, Devil? — Perguntou


Frederick.

— Pensei que era hora de termos uma conversa.

— Se eu quisesse um bate-papo, eu te chamava.

Devil riu. — Sim, nós ouvimos sobre o acidente do Murphy


e da Tate. Você gosta de jogar joguinhos, não é?

— Não existem jogos acontecendo aqui, Devil. Você é um


meio para um fim. Preciso de você para uma coisa, transporte.
Quando você deixar de ter utilidade, me livro de você.

Kenneth sorriu, do seu lugar ao lado do Frederick. — Eu


vou querer a minha esposa e a minha filha.
— Tenho um problema para resolver com você, seu fodido
— disse o Devil, olhando para o Kenneth.

— Com quem, diabos, você está falando? – Perguntou o


Kenneth, com o rosto vermelho.

— Venha até aqui falar comigo desse jeito.

Frederick sorriu. — Vá em frente, Kenneth. Ele não vai


fazer nada. Preciso de vocês todos vivos.

Pussy olhou para o homem à sua frente, e viu o rosto


sorridente da Ashley, apesar do seu passado conturbado. Ela não
merecia morrer. Seja o que for que o Devil tivesse planejado,
Pussy não sairia até que aquele filho da puta estivesse no chão.
Kenneth deu passos arrogantes na direção do Devil. O bastardo
tinha tanta certeza da sua posição na vida do Frederick.

Sorrindo, Pussy observou como o Devil parecia relaxado.


Seu chefe sempre parecia mais relaxado quando estava prestes
a atacar e matar.

— O que você quer? — Perguntou o Kenneth.

— Jogue limpo, Devil. Ele é um merda, mas preciso dele


para trabalhar, — disse o Frederick, olhando para o seu celular.
Por vários segundos, o Devil não fez nada. Olhou para o
Kenneth, e, em seguida, em um movimento, a faca que o Devil
trazia escondida, golpeou o pescoço do Kenneth. — Você
machucou a minha esposa, seu doente desgraçado. Você cegou
uma mulher e a mataria para tirá-la do caminho. Você está
morto.

Ronald e o Homer ficaram tensos. Pegando sua arma, Pussy


a apontou para o Homer, enquanto o resto dos seus irmãos
tinham as armas apontadas para o Frederick e o Ronald.

— Eu não pensaria nisso, porra.

— Isso é sobre a cadela de cabelo preto, a Ashley? —


Perguntou o Homer.

Pussy não respondeu. Estava esperando o seu chefe dar o


aval para acabar com aquele filho da puta. Tudo o que ele
precisava era que o Devil dissesse as palavras e aquele homem
desapareceria.

— Eu não lhe dou permissão — disse o Frederick, ficando de


pé.

— Eu sentaria, se fosse você, — disse o Curse. — Nada me


daria mais prazer do que vê-lo se mijar e cagar antes de tocar
na porra dos seus miolos.
Kenneth sufocou, e o sangue escorria da sua boca.

— O quê? Você não tem nada a dizer para me pegar?

Devil riu. — Pensou que poderia mexer comigo, pense de


novo. — Ele retirou a faca, em seguida, a cravou de volta no
outro lado do pescoço do Kenneth. Devil matou o Kenneth,
deixando-o em uma poça de sangue.

— Pussy, agora, — Devil gritou.

Baixando a arma para o pênis do homem, Pussy atirou no


pau do Homer. Disparou mais dois tiros, um em cada joelho, até
que o homem estava no chão, gritando. Agarrando-o pelos
cabelos, Pussy puxou sua cabeça para trás e olhou nos seus
olhos. Estes eram os olhos que a Ashley olhou, antes de morrer.
Este homem não teria facilitado com ela.

— Ela... vale... isso? — Perguntou o Homer.

— Ela era minha amiga.

— Ela... era... uma... prostituta.

Pussy sorriu. — Ela era prostituta da nossa gangue.


Usando a coronha da arma, bateu no homem, golpeando—o
com a arma. Mais e mais, atingiu o Homer, até que o bastardo
não tinha mais um rosto e estava coberto de sangue.

Ninguém o deteve. Ronald tentou fugir, mas os irmãos


dispararam nos seus pés. Quando acabaram, Pussy, e o Devil
ficaram lado a lado, um coberto de sangue tanto quanto o outro
estava.

— Que porra isso prova? — Perguntou o Frederick.

— Nada.

— Eu vou arruiná-lo.

— Bom. — Devil olhou para o Snake e assentiu.

Snake apertou um botão, e o edifício atrás deles começou a


desmoronar.

Frederick olhou para trás. — Que porra você está fazendo?

— Você toma o meu sustento, eu tiro o seu.

— Haviam pessoas lá dentro. — O outro homem estava


gritando. Já não parecia mais o calmo mafioso italiano.
— Tinha? A Ashley era um das minhas. Assim como o Death
e o Curse. Considere isso um retorno.

Devil se aproximou do Frederick, olhando o homem nos


olhos.

Pussy olhou para o seu chefe. Ele parecia maior, mais alto,
e muito mais poderoso do que o Frederick.

— Você me mata e todos que você ama, morrem – disse o


Frederick.

— Não irei mata-lo. Percebi que você é o tipo de covarde


que usa merdas como esses, no seu lugar. Está provado com a
Tate e o Murphy. Eles não acordam e você vai ter o Tiny atrás de
você.

— Eu possuo todos vocês.

Devil riu. — Não, você não possui.

— Você não pode vencer isso.

— E nem você pode. Você fode comigo, e eu vou foder com


você. Isso, — Devil apontou para o Homer e o Kenneth — É
apenas o começo. Posso fazer isso piorar. Posso encontrar todos
os negócios que você possui e tê-los no chão, dentro de algumas
horas.

A raiva do Frederick estava clara, para todos verem.

— Eu vou vencer essa. Você vai morrer.

— Eu sei, mas aqui está, Fred. Não dou a mínima para


morrer. Você dá? Você anda por aí com seus guardas e seus
negócios. Se alguém se machucar, você machuca alguém. Você
tem medo de morrer. Eu não, e vou te levar comigo. — Devil
continuou a olhar para o Frederick. — Faça os seus negócios
sozinho, a partir de agora. Estou fora.

— Você me deve.

— E você pegou uma das minhas mulheres. Não te devo


merda nenhuma. Considere o fato que estou poupando a sua
vida e fique longe. — Devil se afastou, e todos eles baixaram as
armas. Ronald não fez nenhum movimento para alcançar a sua.

Montando na sua moto, Pussy ligou o motor e voltou para o


clube, com o Devil.

A vida ia mudar, não tinha dúvidas, mas também sabia que


ia viver sua vida com a Sasha.
Uma vez que estavam de volta à sede do clube, Lexie não
disse uma palavra quando avistou o Devil, de longe. Nenhuma
palavra foi necessária. Pussy levou a Sasha para o banheiro com
ele, mas se lavou do sangue, antes que ela o tocasse. Não ia
arriscar que nada acontecesse com ela.

Duas semanas mais tarde

Sasha estava na porta. Passou a mão para cima e para


baixo, na moldura, se acostumando com sua sensação e textura.
Usando a bengala, passeou em volta da sala. Pussy estava
ensinando a ela a disposição do cômodo, mas estava fora, no
momento, e ela sempre praticava quando estava sozinha.

Fazia duas semanas desde que o Devil tinha partido para a


briga. Nas últimas duas semanas, muita coisa tinha acontecido.
Pussy tinha se mudado do clube e a trouxe para cá. Era uma
pequena casa perto do centro da cidade, com um pequeno
jardim. Todos os dias, ele a levava para fora, contando os
passos e ajudandoa a se acostumar onde as coisas estavam. Foi
bom não ter que entrar em pânico, no caso de quebrar algo.
Pussy prometeu a ela que não haviam itens valiosos em torno da
casa.

Já era tempo de se acostumar com a sua vida. Durante o


dia, ele a ajudava a tornar-se mais independente, e à noite ele
lhe ensinava, exatamente, por que tinha aquele nome. Shane,
ou Pussy, era viciado em lamber o seu clitóris. Passava mais
tempo a lambendo do que transando com ela. Ela fazia amor,
chupava seu pau e o ouvia gemer alto sob o seu toque. Os sons
que ele fazia a excitavam mais.

— Ok, Sasha, você consegue fazer isso.

Soltando a parede, deu três passos para dentro do quarto.


Imaginou o Pussy atrás dela. Ele envolvia a mão ao redor da sua
cintura e sussurrava o caminho.

— Vire à esquerda e dê um passo, vire para frente e mais


três. — Fez uma pausa enquanto se lembrava de onde estava
tudo. — Siga em frente e há uma mesa de café. Ela sentiu a
mesa de café, rindo. Três passos para o lado e se sente. Sasha
seguiu as ordens e se sentou na cadeira.

Sua realização foi maravilhosa, e ela riu, batendo palmas.

— Baby, eu lhe disse que você conseguia — disse o Pussy.


Sua voz veio de trás dela.
— Não ouvi você entrar.

— Tenho um presente para você.

— Um presente? — O que ele poderia dar a ela? Pussy tinha


dado a ela mais do que o suficiente. O tempo que passava com
ela, lhe devolvendo o que o Kenneth tinha tomado era mais do
que ela podia ter imaginado.

— Fique onde está — disse ele.

Se esforçou para ouvir todos os sons.

— Ponha as mãos para frente.

Ela fez o que ele pediu, e encontrou pelos.

— Um cão, você me comprou um cachorro? — Ela


perguntou.

— Sim. Ela foi treinada para ajuda-la. Você terá uma


treinadora, que virá mais tarde para falar com você sobre os
comandos. Você tem que lhe dar um nome, no entanto.

Sasha acariciou o cachorro, amando o animal de estimação,


instantaneamente.
— Vou chama-la de Ashley, como a sua amiga. Ela o ajudou
a guia-lo.

Pussy segurou seu rosto e a beijou.

Nas últimas duas semanas, Pussy tinha organizado um


enterro apropriado para a Ashley. Ela tinha estado ao seu lado
quando o Pussy e o resto da Chaos Bleeds se despediram da
mulher que perdeu a vida cedo demais.

— Porra, baby, eu te amo.

Ela sorriu. — Eu te amo. Eu te amo tanto.

— Você não pode me deixar. Sasha, você tem uma boceta


que eu amo lamber, e eu amo estar perto de você. Você não vai
se livrar de mim, tão cedo. — Deu um beijo na sua têmpora. —
Você está presa em mim.

Envolvendo seus braços ao redor dele, ela sorriu.

Estar presa ao Pussy era a melhor sensação do mundo.


Epílogo
Seis meses mais tarde

Em algum lugar fora de Fort Wills

— Butch, acorde, baby, por favor, você tem que acordar.


Você não pode morrer, — disse a Cheryl, gritando o seu nome.
Havia sangue por toda parte, e nenhum dos Skulls concordou
em ajuda-lo. Tudo estava errado, e ela não sabia como
consertar. — Por favor, alguém, me ajude.

Tiny, Devil, e o Alex olharam para o corpo, se recusando a


ajudar. Por que eles não o ajudavam? Butch tinha feito tudo o
que eles pediram.

Ele não contou a você sobre os Irmãos Savage MC.

— Ele está morto. Deixe-o — disse o Tiny, cuspindo no


chão. Estava coberto de sangue, com o braço segurando um
corte gigante, que revelava muito da sua carne. Gonzalez e os
irmãos Savage tinham entrado, de surpresa, e agora, ambas as
gangues estavam tendo que pagar o preço.
— Não, ele não está morto. Posso sentir o seu pulso. Por
favor, você tem que ajuda-lo. — Cheryl tentou cobrir o ferimento
à bala para impedir seu sangue de abandonar o seu corpo.

Ninguém estava ajudando. Sandy estava passeando por


todo o quarto. O que restou do prédio da prefeitura de Fort Wills
era pouco. Os civis estavam correndo, tentando fugir do ataque
que tinha caído sobre a cidade, nos dias em que o Tiny foi para a
guerra com o Devil. Pela primeira vez em anos, Devil e o Tiny
não se davam bem. Eles haviam sido enganados. Gonzalez
nunca teve a intenção de escolher entre os dois homens. Ele ia
tomar Fort Wills e Piston County, matando todos eles. Cheryl viu
que os olhares estavam no seu homem. Foi tudo um grande
erro. Estavam todos olhando para o Butch como se ele fosse um
rato, um verme, algo que não podia ser. Não sabiam que estava
ajudando todos eles?

— Ele não vai receber a porra da minha ajuda — disse o


Zero, se levantando-se. — Ele está morto para mim.

— Isto é o que o Gonzalez quer — disse ela. Butch tinha


dito a ela tudo o que tinha feito e o porquê. Gonzalez tinha de
ser derrubado. Não havia como impedir o que ele ia fazer.
Estava traindo seus irmãos e, ainda assim, estava protegendo—
os, ao mesmo tempo. Os Irmãos Savage estavam no seu
sangue. Estava ajudando todas as três gangues, mesmo sem
escolher nenhuma. Os Skulls eram a sua casa.
Butch disse o que fez para o Alex. Disse a ela tudo, não
deixando nada de fora. Os Skulls e a Chaos Bleeds estavam se
recusando a ver a verdade e, agora, o amor da sua vida estava
morrendo em seus braços. Olhando ao redor da sala, viu os
membros de ambas as equipes morrendo, ao redor deles.

Tentou pensar rápido.

Olhando fixamente de um homem para o outro, tentou


descobrir o caminho mais rápido para ajudar o seu homem.

Todos eles, além do Alex, se casaram. Essas mulheres


estavam em uma casa segura, ou, pelo menos, pensavam que
era seguro. Butch providenciou que as mulheres e crianças
ficassem no armazém, na esperança de atrair o Gonzalez para
longe deles. Os irmãos Savage sabiam onde eles estavam e,
talvez, o Gonzalez também.

— Se você deixar o Butch morrer, cada pessoa que lhe é


importante vai morrer, — disse ela, deixando suas palavras
afundarem.

— Eles estão seguros.

— Estão? Você já teve notícias da Lexie? Eva? Tate? Elas


todas estão, onde o Butch as colocou, e sei que posso acabar
com suas vidas, se o coração dele parar de bater. — Apertou os
dentes enquanto o sangue se infiltrava por entre os dedos dela.

Cheryl estava disposta a fazer de tudo para salvar seu


homem, até mesmo, colocar a vida das mulheres das gangues
em jogo.

Fim

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