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DISPONIBILIZAÇÃO: SHADOWS QUEEN & POISON BOOKS

TRADUÇÃO: SUK WRAITH & MEL WRAITH


REVISÃO INCIAL: JEN QUEEN & CHRIS RASS
REVISÃO FINAL: EQUIPE POISON
LEITURA FINAL: EQUIPE POISON
FORMATAÇÃO: MEL DUSK
Butcher
THE DEVIL SOULS MOTORCYCLE
CLUB #3

LEAAN ASHER’S
Isto é para todo mundo que está à espera de seu incomum,
imprevisível e louco amor. Que você possa encontrar o seu próprio
Butcher. <3

Quem disse que o amor deve ser são?


Ele me perseguiu a partir do momento em que me viu. Ele me assistiu dia e
noite.

Açougueiro é o que todo mundo chama de louco. Eles veem todas as tatuagens
e cicatrizes e para ser honesta, para a maioria das pessoas, ele parece
absolutamente assustador.
Ele é perigoso.

Ele é afinal o executor do MC de Devil Souls.

Mas para mim? Ele é apenas açougueiro. Eu vejo-o. Eu vejo quem ele
realmente é. Eu vejo um homem que fará qualquer coisa pelas pessoas que ele
gosta. Eu vejo o homem que vai me proteger e me amar acima de tudo.

Eu sou tão obcecada por ele como ele é comigo. Eu morrerei por ele e ele
mataria por mim.

O que todo mundo não sabe é que eu tenho o mesma loucura dentro de
mim...
1

Shaylin

Estou jantando na churrascaria Blue´s Steak House, em


Raleigh, no Texas. Eu me mudei para cá há três anos para abrir
uma padaria. Minha cidade natal é pequena, mas já existia ali
uma padaria próspera, por isso aqui estou – e meu
estabelecimento está ficando mais famoso a cada ano.

Meu irmão, Lane, é o presidente dos Grim Sinners. Meu pai


começou o clube e ele prosperou. Eu cresci em torno desses
rudes, mas protetores homens. Eles podem ser difíceis, mas eles
têm um fraquinho para aqueles com quem se preocupam.

Eu sou a princesa do clube, porque, por alguma razão louca e


desconhecida, eu sou a única garota. Nenhum dos outros
membros tem uma filha, apenas filhos. A única razão pela qual
meu pai me permitiu mudar para esta cidade é porque o Devil
Souls MC está aqui. Eles são amigos íntimos do clube do meu
pai. Assim como o Grim Sinners, o Devil Souls me tem sob sua
proteção.
Eu sei que tem algo errado com os clubes agora e eu tenho
que ser cuidadosa. Eu não estou autorizada a conhecer os
detalhes, isto é, em grande parte para que eu permaneça segura.
Os clubes são legítimos e por isso, se estiverem decaindo,
alguma coisa ruim deve ter acontecido.

Algo aconteceu alguns meses atrás que abalou a nossa


família. Meu irmão tem uma filha, Tiffany. Nós não sabíamos
sobre essa situação, nem ele. Quando os Devil Souls foram
acabar com uma quadrilha de tráfico, eles encontraram sua filha
lá. Chamaram meu irmão e o resto foi história. A mãe ia usá-la
para pedir um resgate e então ela sumiu da face da terra.

Bem, quase.

Sorrindo para mim, eu olho ao redor da sala pensando na


última vez que vi a mãe de Tiffany. Eu estava dirigindo pela
estrada e a vi andando na calçada. O que eu fiz? Segui-a até seu
apartamento. Observei-a entrar e a segui.

Eu entrei pela porta, peguei uma tábua em cima da mesa ao


lado do sofá quebrado e bati na sua cabeça, ela caiu
inconsciente no chão. Voltei a descer as escadas, entrei no meu
carro e fui normalmente trabalhar.

Eu não sou alguém que agride as pessoas, mas aquela mulher


merecia. Na verdade, ela merecia mais. Ela tratou a minha
sobrinha horrivelmente – aquela menina passou por um inferno
por causa dela.

De repente, o salão fica em silêncio e eu me viro para ver o


que está acontecendo. O Devil Souls MC e o clube do meu
irmão, os Grim Sinners, ocuparam o local e se reuniram em
torno de uma longa mesa.

Foi quando eu o vi.

Ele é alto, seus braços, pescoço e costas são cobertos de


tatuagens. Seu cabelo é raspado nas laterais e longo na parte
superior. Ele tem uma barba por fazer por todo o maxilar. Ele é
intimidante e eu gosto disso. Foi só dar uma rápida olhada e já
me sinto atraída por ele.

Eu não tiro os olhos dele enquanto ele caminha ao redor da


mesa até suas costas ficarem viradas para a parede. Ele se move
e meu coração começa a acelerar, esperando que ele olhe para
mim.

Sua cabeça se vira e seus olhos se conectam com os meus.

Seus olhos escurecem e suas narinas se dilatam.

Ah Merda!

Ele é bonito de uma forma muito rude e grosseira. Este


homem é perigoso, ele emana poder e seus olhos são tão
escuros que parecem olhar em minha alma.
Poucos minutos depois, a garçonete entrega o menu de volta
para mim. Um pedaço de papel está preso atrás com um
número de telefone rabiscado nele. Eu olho para cima e vejo o
cara sorrindo para mim.

Ele rosna afastando a sua cadeira, esses homens são machos


alfas e esse homem é o pior deles.

Devolvendo o pedaço de papel com o número, eu balanço a


cabeça e a garçonete se afasta. O cara parece seriamente
chateado. Piscando para ele, eu me levanto e pego minha bolsa
na parte de trás da minha cadeira. Eu sorrio para ele e depois
para o meu irmão, que está olhando para nós dois e então saio
da sala. Quando eu estou indo em direção à porta ouço uma
cadeira sendo jogada no chão. Sorrindo, eu entro no meu carro.
Meu telefone toca e vejo um texto de Lane.

Lane: Atrás de você.

O cara sai pela porta da frente do restaurante, seus olhos


grudados em mim. Eu ligo o carro e recuo, antes de puxar para
a estrada. Eu ouço uma motocicleta dando partida e olho pela
minha janela. Ele está me seguindo de perto. Rindo, eu ligo o
rádio e ignoro-o.

Eu provavelmente não deveria ignorar este homem porque


seguir alguém não é normal, mas nada no mundo de
motociclistas é normal.
Eu estava fazendo uma pausa e agora preciso voltar para a
minha padaria, que é bem abaixo da estrada do Blue’s. Doces da
Shaylin. Que original, certo?

Eu: Qual o nome dele?

Lane: Butcher

Bem, esse é um nome diferente, com certeza. Olhando para o


meu espelho retrovisor, eu noto que ele está tão perto da
traseira do meu carro que se eu o freasse, ele bateria em mim.

Penso seriamente no que este homem quer. Homens


motociclistas são totalmente diferentes do homem de todos os
dias. Estes homens são uma raça completamente distinta e eu
sinto que este Butcher está em um nível acima deles.

Quando eu saio do meu carro em frente à padaria, vejo-o


estacionando. Eu ainda estou em pé e vejo como ele se
aproxima de mim. Butcher desliga a moto e olha para mim
intensamente. Ele não diz uma palavra, mas nós começamos
um jogo de disputa de olhar. Engulo em seco e abro minha boca
para dizer algo, mas a fecho imediatamente.

Penso: O que posso dizer sobre isso? O que eu faço? Posso


dizer-lhe apenas para sair? Mas eu sinto que isso não vai
funcionar. Eu tenho que admitir que eu o acho extremamente
atraente. Eu tenho uma queda por meninos maus e este homem
não é um menino, é alguém diferente, o que torna tudo muito
melhor. Então, eu decido permanecer em silêncio.

Eu me viro e atravesso porta da frente da minha padaria.


Mary, uma das minhas funcionárias, salta da parte de trás do
balcão, tira o avental e o pendura no gancho. “Vou almoçar
agora”, diz ela sem olhar para mim. Mary é minha melhor
amiga. Temos sido amigas desde que eu era um bebê. Sua mãe
costumava cuidar de mim quando meu pai estava ocupado.
Normalmente, eu era levada para o clube com ele e um dos
outros homens motociclistas, que eu chamo de meus tios,
cuidava de mim.

Mary finalmente olha para mim e sorri, mas então ela


arregala seus olhos e deixa cair sua bolsa. Eu inclino me viro
discretamente para ver qual é o problema.

Butcher.

Ele está em pé atrás de mim e eu posso ver por que ela teria
uma reação como aquela. Ele não se parece com um ursinho de
pelúcia. Este homem parece que poderia lhe matar com o dedo
mindinho – inferno, se seu olhar fulminante não lhe matar
primeiro.

“Você ficar{ bem?” Ela abaixa a voz quase como um sussurro.


Seus olhos vão de mim para Butcher, que não saiu do lugar. Eu
sorrio e aceno. “Sim, eu ficarei bem. Pode ir". Ela balança a
cabeça e passa por nós, com a cabeça abaixada enquanto cruza
com ele. Mary pode ser minha melhor amiga, mas ela não tem
experiência de como é a vida de motociclistas, como eu tenho.
Ela vê o grupo de passagem, mas é só isso realmente. Ela nunca
foi alguém que queria ser uma parte dessa vida.

Eu vejo como ela se apressa para o carro e eu rio baixinho.


Butcher ainda não tirou os olhos de mim, eu nem acho que ele
pisca.

Eu entro na cozinha para começar um bolo de aniversário. Eu


reúno os ingredientes e meço tudo antes de colocá-los no
balcão. Eu adiciono todos os ingredientes líquidos no
misturador antes da adicionar os ingredientes secos.

Eu sinto que estou sendo vigiada. Eu espreito por cima do


meu ombro e eu dou um pulo com a visão de Butcher sentado
em uma cadeira ao lado da entrada para a cozinha. Seus olhos
ainda estão em mim e ele não se move. Eu volto a trabalhar no
meu bolo.

Este homem é intenso. Muito intenso. Ele não diz nada, a


única coisa que ele faz é olhar e olhar. Quero muito falar e,
acima de tudo, eu quero perguntar o que raios ele está fazendo.

Eu despejo a massa nas bandejas de bolo enfarinhadas e as


deslizo em um dos meus muitos fornos. Eu me afasto e esfrego
as mãos para tirar o excesso de farinha antes de ir para a pia
lavá-las.

Eu amo esse lugar. É tudo o que eu sonhava e eu o conquistei.


Fui para a escola durante anos, aperfeiçoando o meu ofício. Eu
tenho assado e cozinhado desde que eu era uma criança,
quando eu costumava ficar em uma cadeira para que eu
pudesse alcançar o balcão. Eu sei que minhas receitas estavam
longe de serem comestíveis na época, mas meu pai e irmão
nunca reclamaram. Eu mesma levei meus assados para o clube
e todos os meus “tios” afirmaram que eles eram a melhor coisa
que já provaram. Grandes bobões, cada um deles.

Butcher ainda não se moveu. O sino acima da porta soou com


alguém entrando. Eu desato o cordão nas minhas costas e
deslizo meu avental sobre a minha cabeça antes de pendurá-la
no gancho na parede ao lado da porta.

Eu saio da cozinha para a frente da padaria. Henry está em pé


em frente ao balcão. Ele é alguém que eu não posso descrever,
que emana grandes vibrações assustadoras porque age como
um cachorro ávido sobre mim. Eu sinto que ele é inofensivo,
mas, no entanto, ele é um chato.

“Como posso ajud{-lo hoje, Henry?”, pergunto e ele se


mostra animado. Eu o teria achado adorável se ele não estivesse
coberto em um monte de sujeira com algumas manchas
marrons suspeitas em suas mãos e outras partes do seu corpo.
Eu não quero pensar nisso agora. Eu tenho um estômago muito
fraco, e eu não suporto qualquer tipo de fluídos corporais.

Butcher está de pé na entrada da cozinha. Seus olhos não


estão em mim, pela primeira vez, mas em Henry.

“Eu quero um cupcake de veludo vermelho”.

Abro o vidro e pego o seu cupcake. Eu coloco perfeitamente


dentro de uma caixa e coloco-o sobre o balcão. Quando Henry
enfia a mão no bolso para pegar dinheiro, eu estou me
encolhendo por dentro. A virilha em suas calças está molhada.
Por favor, que isso seja água.

Quando eu me aproximo para pegar o dinheiro, ele sorri.


Tremo só com a visão do seu dente. Sim, o dente – porque a
maior parte deles está faltando. Ele pega a minha mão em um
aperto forte. Eu quero vomitar enquanto pego em suas unhas.
Não vomite, Shay, digo a mim mesma.

“Deixe-me ir”, eu digo a ele severamente. Eu vejo Butcher,


com o canto do meu olho, trovejando até o balcão. Eu tento
puxar a minha mão livre. “Me. Deixe. Ir".

"Não".

1, 2, 3...
Foda-se. Eu pego o pote de gorjetas do balcão e esmago na
cabeça de Henry. Seus olhos rolam para a parte de trás de sua
cabeça e ele bate no chão com um baque.

Butcher olha fixamente para Henry e meus olhos se


arregalam quando eu vejo o sorriso seu no rosto. Eu sorrio de
volta docemente. “Ele deveria ter me deixado ir”. O sorriso de
Butcher alarga e meu estômago se agita.

“Agora o que eu faço com ele?” Eu tiro meu telefone para


chamar Lane.

Uma mão se fecha sobre meu celular. “Eu vou lidar com
isso”, Butcher diz com uma voz rouca. Eu olho em seus
intensos olhos. Ele me solta, agarra a perna de Henry e começa
a arrastá-lo pela cozinha.

Eu pisco algumas vezes e corro atrás dele para ver o que ele
vai fazer. Luz invade o lugar quando ele abre a porta de trás. Eu
estremeço quando ele arrasta Henry pelo concreto. Falo sobre a
queimadura do atrito com o asfalto. Bem, eu quebrei um pote
na sua cabeça – por que estou me preocupando com isso agora?

Butcher continua arrastando Henry sem um cuidado no


mundo, de um jeito tão corriqueiro como se estivesse fazendo
um passeio diário pelo parque. Ele o arrasta atrás de um prédio
e arruma os sacos de lixo em torno do Henry para que não
possa ser visto.
Butcher se vira e volta lentamente até onde estou. Cada passo
é preenchido com intenção. Seus olhos nunca deixam os meus
conforme ele fica cada vez mais perto.

Eu o evito, olho o interior do edifício e volto para a frente da


padaria, onde mais alguns clientes estão à espera. Eu os atendo
até que Mary entra e olha ao redor como se estivesse
procurando alguém.

Sinto Butcher se mover para perto de mim e os olhos de Mary


se arregalam. Ela abaixa o olhar e corre para a cozinha, para
ficar tão longe de nós quanto o possível. Olhando com o canto
do meu olho, eu vejo Butcher encarando a porta da cozinha.
Aproveito esse momento para olhar para ele. Ele tem uma aura
escura ao redor dele, é grande em todos os lugares e tem esse
exterior áspero e duro, mas eu sei que há mais neste homem do
que os olhos possam alcançar. Quando Butcher olha para trás e
em minha direção, eu rapidamente desvio o olhar e volto ao
trabalho, reorganizando o balcão da vitrine para garantir que
tudo pareça bem e ordenado.

Pelo próximo par de horas, as pessoas vêm e vão, obtendo


suas sobremesas, enquanto reservam bolos e biscoitos para
casamentos, festas de aniversário e outras celebrações. Butcher
agora está sentado em uma cadeira à minha direita. Ele
intimida a todos que entram no espaço.
Mary não saiu da parte de trás da cozinha desde que ela
voltou ao trabalho. Já está perto da hora de fecharmos e eu
estou começando a ficar com fome. Abro a vitrine de vidro,
pego o resto dos cupcakes de baunilha, os ajeito em uma caixa.

Eu pego a caixa e sento na cadeira ao lado Butcher, que ainda


está olhando para mim. Eu seguro um cupcake em direção a ele
e ofereço: “Quer um?” Eu coro. Ele me d{ um discreto sorriso.
Ele toma o bolinho de mim, seus dedos escovando os meus. Eu
coro mais e desvio o olhar para baixo. Lambendo meus lábios,
eu pego o meu próprio cupcake. Desembrulho o papel e dou
uma mordida.

Butcher desembrulha seu cupcake e enfia a coisa toda em sua


boca. Riso borbulha em mim quando eu assisto a este homem
encher a cara com os cupcakes – por que é tão engraçado ver
um homem tão áspero comer um bolinho?

Tiro outro da caixa e entrego a ele. Ele pisca e eu paro em


estado de choque. Minha boca se abre um pouco. Ele acabou de
piscar para mim? Eu sorrio para ele, com dentes e tudo. Eu
provavelmente pareço uma maluca.

“Shaylin, eu vou começar a limpar!”, Mary grita da cozinha.

"OK! Eu estarei aí em um segundo”. Eu entrego o resto dos


bolinhos para Butcher, que imediatamente agarra mais um. Eu
sorrio porque adoro ver alguém saborear meus cupcakes ou
qualquer outra coisa que eu faça.

Durante a hora seguinte, Mary e eu limpamos tudo e


antecipamos a preparação para o dia seguinte. Amanhã é meu
dia de folga, então eu quero ter certeza de que tudo esteja
perfeito para ela e para o outro empregado que estará aqui.

“Tchau, Mary!”. Eu a acompanho até a porta e vejo-a entrar


em seu carro com segurança e ir embora. Eu me viro e dou de
cara em algo duro – Esbarrei em Butcher. Eu me desequilibro,
mas sua mão gruda no meu antebraço, me firmando.

“Eu só tenho que trancar e me certificar que tudo est{


desligado”. Eu me encaminho em direção à cozinha. Eu dou
uma volta para me certificar de que todos os freezers estejam
fechados e que tudo esteja desligado. Eu apago a luz e caminho
de volta para a sala principal, de onde eu vejo Butcher já na
calçada olhando para dentro.

Até que eu termino de apagar as luzes e trancar tudo, Butcher


já está montado em sua motocicleta. Está bem então. Enquanto
estou entrando no meu carro, ele ainda está olhando para mim.
Há tanta coisa que eu quero dizer.

Engolindo em seco, eu me sento no banco do motorista e


coloco a chave na ignição. Eu sinto minha mente indo em um
milhão de direções diferentes. Eu saio do estacionamento, e
meus olhos vão para a janela do retrovisor. Eu paro no sinal de
trânsito e os meus olhos seguem Butcher quando ele surge à
direita. A luz fica verde, e eu viro à esquerda em direção a
minha casa. Butcher se vira em outra direção.

Bem, eu acho que é isso. O que eu esperava? Eu


honestamente não sei o que esperar dele. Uma parte de mim
tinha antecipado que ele me seguiria para casa, mas outra parte
temia que ele se separasse de mim assim que eu saísse da
padaria.

Hoje foi apenas um dia estranho em geral. Eu quebrei meu


pote de gorjetas sobre a cabeça de um homem, mesmo que ele
tenha pedido por isso. Então Butcher o jogou atrás de uma
lixeira.

Nós não somos normais, mas o normal não é superestimado?


2

O próximo dia

Bip! Bip! Bip! Eu gemo e rolo na cama para desligar o alarme.


Uma vez desligado, eu me viro e bocejo, meus olhos
lacrimejam. Então eu pego meu telefone na mesa de cabeceira e
vejo que recebi um texto

Lane: Sua sobrinha quer ter um dia de garotas.

Eu sorrio com a perspectiva de passar o dia com a minha


sobrinha. Eu amo aquela garotinha mais do que qualquer coisa.
Ela teve uma fase difícil antes de Lane acolhe-la. Eu quero
matar sua mãe e eu o teria feito se achasse que eu poderia me
livrar dessa. Que tipo de mãe tenta usar seu filho para resgate?

Eu: Encontro-os em uma hora.

Lane: Perfeito.

Trinta minutos mais tarde, estou pronta. Eu vou tomar o café


da manhã com a minha sobrinha. Pego minha bolsa das costas
da cadeira e minhas chaves da mesa. Eu tiro o meu cabelo do
meu rosto, ajeito-o atrás da orelha, enquanto eu coloco meus
sapatos. Todos os meus sapatos não têm salto porque eu mal
consigo andar em terra firme. Eu sou desajeitada. Isso foi uma
coisa complicada para mim, enquanto crescia. Eu quebrei
muitos ossos por causa disso.

Eu passo para a varanda e tranco a porta atrás de mim,


jogando minha bolsa mais acima no meu ombro. Foi quando eu
vi algo deitado na minha cadeira de gramado.

Que porra está acontecendo? É um homem enlouquecido ou uma


mulher dormindo no meu quintal? Eu olho em volta para ver o que
posso usar para atingir algumas cabeças e tudo o que vejo é
uma pedra. Dando de ombros, eu abaixo e pego a pedra. Eu
levanto minha mão e lanço contra a pessoa deitada na cadeira
de gramado. Ela bate no que parece ser o tórax. A pessoa se
levanta, derrubando a cadeira, e aponta uma arma diretamente
na minha direção. Meus olhos se encontram com os olhos dessa
pessoa e eu suspiro alto.

É Butcher. É oficial. Este homem está me perseguindo. Eu não


posso acreditar que ele realmente dormiu em uma cadeira no
meu quintal. Quem faz isso?

“O que você est{ fazendo, Butcher?”, pergunto e dou alguns


passos mais perto. Ele não diz uma palavra, mas ele olha para
mim. “Butcher?” Desta vez, ele me olha de cima para baixo
antes de me dar aquele sorriso.
Está bem então!

"Eu tenho que ir…".

Ele balança a cabeça e fica de costas para mim. Ele caminha


até sua motocicleta e, por alguns segundos, eu pisco em ligeira
descrença com o que está acontecendo. Estou tão confusa. Se
este homem me quer ou algo assim, ele não está progredindo.
Mas eu também tenho que admitir que ele é totalmente
diferente de qualquer outro homem lá fora. Primeiro de tudo,
ele é assustador de olhar, mas eu acho isso atraente.

Eu recuo alguns passos, sem tirar os olhos dele, antes de


caminhar através do meu quintal para o meu carro. Eu vivo nos
subúrbios. Meu pai me queria fora do país, mas eu não queria
dirigir quarenta e cinco minutos para trabalhar todos os dias.

Enquanto eu coloco a chave na ignição, eu vejo Butcher ainda


sentado lá. Eu acho que ele está esperando por mim. Eu me
afasto do meio-fio, faço uma inversão de marcha, e vou embora.

Meu irmão vive a quase trinta minutos de distância de mim,


em um conjunto habitacional perto da cidade. Todas as casas no
conjunto pertencem ao clube. Elas são cercadas e fortemente
vigiadas. Meu irmão providenciou essa construção quando ele
se tornou presidente. O que pode oferecer mais proteção do que
ter todos os seus irmãos juntos em uma área? Meu pai fez o
clube crescer. Meu irmão é quem o fez prosperar. Ele usou esse
grau de negócios depois que ele chegou em casa, vindo de sua
fase de treinamento militar. Agora eles possuem quase
cinquenta empresas em todo Texas e outros Estados.

Eu ouço uma motocicleta acelerando atrás de mim, e eu olho


pela minha janela lateral. Para minha surpresa, é Butcher. Ele
fica perto da traseira do meu carro. Eu acho que ele está vindo
junto para o passeio.

Eu puxo do lado de fora garagem do meu irmão e digito o


código. A porta se abre e eu dirijo pela longa entrada. Eu ouço a
moto desligar. Eu olho pelo vidro traseiro e vejo Butcher
estacionando fora do portão.

Eu guio para perto da varanda da frente e Lane vem de fora


com a minha sobrinha, Tiffany, nas costas. Ele a está mimando e
ela adora isso. Não que eu a culpe. Lane é um pai incrível e,
desde o momento em que menina entrou em sua vida, tudo
mudou para ele. Ela mudou todas as nossas vidas.

Eu saio do meu carro e sorrio para Lane e minha sobrinha.


Meu irmão sorri de volta e sua cabeça se inclina para olhar para
o seu portão. Eu acho que ele vê Butcher. As minhas
sobrancelhas se elevam e dou de ombros. Eu não tenho uma
resposta para ele.
Tiffany pede para Lane soltá-la e ele a coloca no chão. “Tchau,
papai!” Ela abraça o seu quadril porque é onde ela alcança. Um
sorriso ofuscante aparece em seu rosto e ele faz um cafuné.
“Amo você, menina”. Ela desce os degraus e entra no meu
carro, pronta para ir.

“Por que Butcher est{ minha porta?” Lane pergunta assim


que Tiffany fecha a porta.

Eu solto um suspiro alto e olho para Butcher antes de


responder. “Desde ontem, ele não me deixou. Ele sentou e
observou-me trabalhar durante todo o dia, em seguida, dormiu
do lado de fora da minha casa”.

Os olhos de Lane ampliam e ele começa a rir. O sorriso cai do


meu rosto. Do que ele está rindo? Eu estreito meus olhos para
ele. Eu não gostaria de ser o alvo de piadas.

Lane vê minha expressão e imediatamente se cala. “Este


homem é a porra de um louco e parece que ele está
perseguindo você. Se eu não conhecesse Butcher, acertaria uma
bala em sua cabeça por perseguir você”. Ele começa a rir
novamente.

Ele está me irritando. Butcher não é louco, ele é apenas


diferente. Dou um passo mais perto, pronto para estrangulá-lo.
Lane recua. “Você é louca também, Shay. Você cega |s pessoas
com todas essas merdas doces e, bam, dá uma de porra louca e
se esquiva”. Eu sorrio porque eu tenho que admitir que seja
verdade e ele sabe tudo sobre Butcher. "Está certo. Eu estou
indo! Eu te vejo mais tarde".

Subo no carro e abaixo os vidros das janelas. Esta é uma coisa


minha e de Tiffany. Nós estouramos o volume do rádio.
“Tchau, papai!” Tiffany grita pela janela e ela sopra-lhe um
beijo. Seu rosto suaviza e ele acena adeus.

“Vamos arrasar, Shay!” Ela bate palmas, um enorme sorriso


no rosto com aquelas enormes covinhas em cada bochecha. Eu
amo aquela garotinha! Dirijo-me pelo quintal. Ela acompanha
cada palavra da música e esta menina não dá conta de
acompanhar tudo, mas isso não nos impede de cantarmos.

Eu gostaria que minha mãe estivesse junto. Ela morreu de


câncer quando eu era pequena e eu não tenho nenhuma
lembrança dela. Eu gostaria de ter tido momentos assim com
ela para me lembrar. Lane tem algumas lembranças dela, mas
não muitas. Entristece-me saber que Tiffany tinha uma mãe que
é uma porra de desperdício de ar.

O portão se abre automaticamente e eu guio para fora. Eu


puxo direto para a rodovia e Butcher puxa atr{s de nós. “Quem
é esse?” Tiffany pergunta e eu olho pela janela traseira. "Um
amigo".
“Oh legal!”, ela simplesmente diz e não faz mais perguntas. A
moto acelera e Butcher emparelha ao lado de Tiffany. Ela ri e
estende a mão. Butcher sorri para ela e toca a sua mão. Ela ri
ainda mais. E eu sorrio em suas palhaçadas.

Nós chegamos ao shopping. “Espere-me para lhe tirar do


carro, anjo”. Eu digo isso | Tiffany porque ela gosta de fazer
suas coisas sozinha. Minha porta se abre e eu salto em estado de
choque. Butcher está lá segurando minha porta aberta. OK.

Eu pego minha bolsa do banco do passageiro e caminho ao


redor do carro para descer Tiffany. Ela já soltou seu cinto de
segurança e agora desce, segurando a minha mão. Juntas,
andamos de mãos dadas em direção ao shopping e Butcher
anda a cerca de dez pés atrás de nós.

Tiffany vê um lugar de pedicure e me arrasta para lá


primeiro. Ela me leva até o balcão. “Eu preciso chegar com
minhas unhas pintadas. Papai tentou ontem à noite e não
terminou bem“, ela explica e eu olho para os seus dedos dos
pés. Leva tudo de mim para não começar a rir. Quase todos os
seus dedos estão num tom de azul.

“Como eu posso ajudar vocês hoje?” A senhora no balcão


pergunta.
“Queremos duas pedicures”, eu digo e ela aponta para os
assentos. Tiffany solta minha mão e corre para um que é feito
para princesas, todo rosa e ouro com uma coroa descansando
no topo. Ela sobe no banco e me sento ao lado dela.

Todo mundo para de falar e eu olho para ver o que está


acontecendo. Butcher passa por mim para o banco diretamente
ao meu lado. Eu lambo os lábios e olho para ele. A senhora que
se sentou conosco está olhando para nós nervosamente
enquanto ela nervosamente limpa as mãos para cima e para
baixo em suas roupas. Ela caminha até ele. “Você quer um
pedicure também?” Butcher olha para ela como se não pudesse
mesmo acreditar que ela pediu isso. Ela se afasta e tropeça,
acertando outro homem que trabalha lá. Ele segura-se e a ela.
Ela pede desculpas e corre de volta ao balcão.

“Tiffany, v{ escolher uma cor para mim e para você, tudo


bem, querida?”

Ela corre para a parede que é apenas de esmaltes de unha. Eu


afundo de volta no meu lugar e pego o controle remoto para
ligar o massageador nas minhas costas, mantendo um olhar
atento sobre Tiffany.

“Então, você quer que suas unhas feitas?”, pergunto a


Butcher, não sabendo mais o que dizer a ele. Butcher rola seus
olhos para cima e olha para mim. Eu acho que essa é a resposta.
“Eu tenho um vermelho pra você!” Tiffany interrompe e me
entrega um frasco de esmalte vermelho. Ela tem uma rosa para
ela e mais um: incolor .

Não, ela não fez, não é?

“Eu tenho um esmalte claro para ele! Papai me deixa pintar as


suas o tempo todo nesta cor”. Lane est{ totalmente ferrado!
Tiffany caminha até Butcher e coloca o esmalte em seu colo. Ela
sorri para ele e volta para seu assento.

Eu sorrio e olho para Butcher. Ele está olhando para o esmalte


como ele estivesse vivo e pronto para atacá-lo. Eu mordo meu
lábio para parar o riso que está borbulhando. Isso tudo é muito
cômico. “Eu sou alérgico”, ele deixa escapar.

Eu rio alto. Isso foi épico. Tiffany se inclina para frente e olha
para ele. “Se você diz, Sr. Butcher!”, diz ela em uma voz
cantante.

Seus dedos agarram o topo do esmalte e ele o coloca abaixo


de sua cadeira. Duas senhoras caminham até mim e Tiffany,
arrastando duas banquetas. Eu afundo na minha cadeira.

“Shay, podemos fazer maquiagem hoje?”.

Olho para Tiffany, e ela olha para mim com aqueles enormes
olhos. "Claro!".
Ela sorri para mim e senta-se na cadeira. Esta menina
consegue todos enrolados em seu dedo mindinho. Quem se
importa se Lane provavelmente vai me matar? É só um pouco
de maquiagem.

Pelos próximos trinta minutos, nós nos sentimos mimadas.


Uma vez que nossas unhas estavam secas, nós calçamos nossas
sandálias e eu ando mais para pagar as nossas coisas. A senhora
que se assustou no início com a visão de Butcher balança a
cabeça: “O homem assustador j{ pagou”.

Butcher está do lado de fora do salão de beleza nos


esperando. Eu pego a mão de Tiffany e ando em linha reta para
ele. "Obrigado! Você não tem que fazer isso”. Ele pisca para
mim e meu estômago vira.

Tiffany pega minha dica. “Obrigado, Sr. Butcher!”. Ela é


muito fofa!

Tiffany e eu andamos mais para dentro do shopping e vejo


uma loja de roupas que eu absolutamente amo. Eu levo Tiffany
lá e olho para os pequenos vestidos pretos que eu vi pela da
porta. Eu pego um preto e um marrom ao lado dele. Uma
mulher não pode ter o suficiente de vestidos. Tiffany já viu a
seção das crianças pequenas e está ansiosamente me puxando
nesse sentido.
Se os vestidos não couberem, eu só trago-os de volta. Eu solto
sua mão e a deixo olhar livremente. Eu posso ser um pouco
protetora, mas o pensamento de algo acontecendo com ela me
deixa muito paranóica. Inferno, deixa cada um de nós
paranóico. Tiffany é o nosso mundo.

Tiffany escolhe alguns vestidos e shorts.

“Vamos tentar estes”.

Ela balança a cabeça e caminha na minha frente para o


provador. Eu encontro um que está vago e abro a porta para
ela. Ela dá um passo para dentro, e eu deixo os meus dois
vestidos em um gancho fora da porta. A porta bate, fechando.

“Qual deles você quer tentar em seguida?”.

Ela pega um vestido em cima da pilha.

Pelos próximos dez minutos, provamos de tudo que


escolhemos e acabamos com dois vestidos e um par de shorts.
A menina ama suas roupas. Eu abro a porta e, quando saímos,
eu olho para o gancho onde eu tinha minhas roupas
penduradas.

Estas não são minhas roupas, eu posso dizer à primeira vista.


Eu pego o que está lá em cima e desdobro. Parece um vestido
que uma mulher Amish usaria. O que diabos? “Vamos l{,
Tiffany. Vamos pegar meus vestidos. A vendedora deve tê-los
guardado de volta”.

Nós caminhamos até onde o cabide de roupas estava e eu


vejo que todo o cabide est{ vazio. Que diabos? “Eu acho que
eles foram todos vendidos”, eu digo | Tiffany. Ela sorri para
algo atrás de mim e eu me viro para ver o que ela está olhando,
mas não há nada.

Eu chego casa por volta das oito horas. Tiffany e eu passamos


o dia juntas. Butcher não chegou perto de nós novamente, como
ele fez no salão de beleza. Ele estava lá, mas ele se manteve à
distância. Ele apenas me observava.

Eu olho atrás de mim enquanto eu entro na minha garagem e


eu noto que Butcher não está por perto. Eu acho que ele foi para
sua casa hoje à noite. Eu bocejo e saio do meu carro. Eu pego
minhas sacolas e caminho para dentro de casa. Meus pés estão
me matando. Eu posso ficar em pé durante todo o dia no
trabalho e não machucam, mas no momento em que vou ao
shopping, meus pés acabam comigo.

Uma vez lá dentro, eu ativo o meu alarme e tranco a porta.


Vou primeiro para o meu quarto e coloco as sacolas no chão. Eu
ando para o meu armário e pego um shorts, uma camiseta larga
e tiro o elástico de cabelo do meu pulso.
Eu entro na cozinha, pego um saco de batatas chips e água.
Estou pronta para relaxar no sofá pelo resto da noite, enquanto
assisto Buffy- A Caçadora de Vampiros. Eu pego um cobertor de
cima do sofá e me enfio embaixo.

Eu acordo assustada e olho para o relógio na parede. Meia-


noite. Adormeci no sofá. Eu fecho o saco de batatas chips e
coloco sobre a mesa de café. Eu ando para minha porta
principal para checar as trancas antes de dormir de vez.

Eu olho pela janela e vejo a mesma cadeira de gramado que


antes estava na varanda e agora está no pátio com Butcher
deitado nela. Eu volto para a sala de estar e pego o cobertor que
eu usei.

Abro a porta da frente lentamente para não acordá-lo e ando


até ele. Seus olhos estão fechados e, pela primeira vez desde
que eu o conheci, parece que ele está em paz. Eu chacoalho o
cobertor e o cubro com ele.

Eu me viro e caminho de volta para dentro da casa trancando


a porta atrás de mim.
BUTCHER

Ela não sabe, eu estou acordado quando ela me cobriu com


um cobertor. Eu não posso deixá-la. No momento em que ela
sai da minha vista, meu corpo grita que será a última vez que
eu irei vê-la. Eu perdi minha família em um acidente de carro e
desde então eu tenho mantido todos muito próximos, na
distância do comprimento do braço, além de meus irmãos.
Meus irmãos tornaram-se a minha família e os militares me
fizeram ser quem eu sou. Shaylin me surpreendeu, me
chacoalhou. Sua inocência, seu olhar doce e a forma como a luz
irradia dela.

Sentando-me na cadeira de gramado, eu peguei o cobertor


que caiu no chão. Eu levanto o cobertor para o meu rosto e
cheiro, fechando os meus olhos. Cheira a ela. Eu quero ela. Eu
quero que ela tão fodidamente ruim. Eu quero levá-la e
escondê-la onde nenhuma porra possa machucá-la.

Na padaria, quando o cara tocou a sua mão, eu vi vermelho.


Eu queria rasgá-lo em pedaços de merda só por tocá-la. Eu
quero matar qualquer um que olhe sequer em sua direção.
Quando ela estava andando no shopping, os homens olhavam
para ela e eu queria arrancar seus olhos.

Ela é minha. Ela era minha no momento em que pus os olhos


nela.
3

Shaylin

“Ele ainda est{ seguindo você?”, Mary pergunta quando ela


chega ao trabalho. Ela deve ter visto Butcher sentado fora da
padaria, olhando para dentro. Hoje ele parece muito mais
intenso.

“Sim”. Coloco os cupcakes na vitrine de vidro. Mary est{


olhando para mim como eu fosse louca.

“Isso não lhe assusta?”, Ela diz lentamente como eu fosse


analfabeta.

Eu me levanto e cruzo os braços sobre o peito. “Bem, eu acho


que deveria, mas isso não acontece”. Eu não sei o que mais
dizer a ela porque tenho certeza que não sei o que está
acontecendo.

“Eu digo que devemos ter uma noite das meninas hoje | noite
e vamos tentar deixá-lo para tr{s?” Mary bate a mão no balcão,
e posso dizer que ela está nervosa. Eu suspiro e inclino meu
quadril contra o balcão. Eu acho que uma noite das meninas
parece divertido.

"Certo. O que você quer fazer?”, eu pergunto-lhe enquanto eu


me viro para terminar de alinhar os biscoitos frescos.

"O clube?".

"OK. Quer que eu vá buscá-la hoje | noite?”.

“Sim, você est{ no comando essa noite, estou precisando


distrair-me”. Eu ouço tristeza gravada em sua voz, o que me faz
olhá-la com preocupação. Eu vejo as bolsas sob os seus olhos,
ela parece exausta.

“Qual o problema, Mary?” Eu toco seus antebraços. Ela fica


pensativa e solta um suspiro profundo que soa como um
soluço.

"Mary?".

Ela olha para mim. “É a minha prima fedorenta novamente.


Recebo telefonemas quase todas as noites precisando de mim
para socorrê-la de festas que estão ficando muito difíceis para
ela. Ela est{ entrando na merda e eu não quero lidar com isso”.
Ela para e suaviza sua voz, seus olhos se enchem de lágrimas.
“Ela é da família, não importa o quê. Ainda me lembro de que
ela era a minha melhor amiga durante a inf}ncia”.
Eu a puxo para perto de mim, dando-lhe um abraço apertado,
dividindo um pouco do fardo. Sua prima a colocou em alguma
merda profunda um par de anos atrás, e Mary teve a sorte de
sair dela. Sua prima colocou toda a culpa sobre ela e disse que a
Mary entregaria o dinheiro ao traficante.

“Ligue pra mim da próxima vez e eu vou com você”, eu digo


e ela assente. Eu sei que Mary está com medo porque o
negociante a agrediu e meu pai ficou chateado. Você pode
imaginar o que aconteceu. Mary é minha melhor amiga e tem
sido desde que eu era uma garotinha. Ela está perto de meu pai
e de meu irmão, mas não do resto do clube. Ela simplesmente
nunca se interessou por isso.

“Obrigado, Shay. Eu te amo, é apenas o estresse que est{


ficando para mim”. Ela se endireita e sorri para mim, l{grimas
escorrendo pelo rosto.

“Fique | vontade, boneca”, eu sorrio atrevidamente para ela.


“Então, você est{ pronta para sair hoje | noite? Temos de
encontrar um homem!”.

Ela joga a cabeça para trás, rindo, antes de apontar o dedo


para si mesma. "Eu? Olhe para você! Você ainda é...”.

Eu coloco minha mão sobre sua boca antes que ela diga essas
palavras. “Eu acho que eu tenho todo o homem com quem
posso lidar”. Eu olho pela janela para Butcher.
“Bom ponto! Eu vou trabalhar no pedido do bolo para a festa
de anivers{rio mais tarde, esta noite”. “Obrigada!”, eu digo
enquanto ela entra na cozinha.

Eu penso em como Butcher amou meus cupcakes e eu pego


uma caixa para viagem. Eu a encho e pego uma garrafa de
{gua. “Mary, estou saindo por um segundo”, eu grito quando
eu alcanço a porta. Eu saio e olho para Butcher, que está me
encarando.

O calor do Texas está tocando em mim quando eu saio. Então


eu sei que Butcher tem de estar fritando com todo aquele couro
preto. Ele está sentado em sua moto e, no entanto, ele está
completamente imperturbável.

Ele está parecendo muito mal hoje com aqueles olhos pretos e
cabelos escuros. Seus olhos são tão intensos que é como ele
estivesse olhando profundamente em minha alma e eles são
assustadores como o inferno. Seu nariz parece estar quebrado
porque está ligeiramente torto. Eu posso ver, através de sua
camisa, que as tatuagens cobrem seu peito todo o caminho até o
pescoço e os braços estão ambos com mangas compridas.

Uma vez que estou a cerca de trinta centímetros dele, eu paro.


“Eu trouxe alguns cupcakes”. Eu sorrio amplamente para ele. A
expressão dos seus olhos suaviza. Eu entrego-lhe a caixa e então
a água. Eu lambo os lábios e dou uma boa olhada em seu rosto.
"Obrigado".

Um arrepio percorre as minhas costas e deixa arrepios em


meus braços. Eu estou atraída por este homem. Eu sou atraída
por badboys. Quanto mais mal, melhor e Butcher é tão durão
quanto possível.

Eu sorrio para ele novamente. "Fique à vontade".

Viro-me e volto para a padaria. Eu posso ou não ter


adicionado mais energia para o meu passo.

Eu ando dentro da casa de Mary, que fica a apenas dois


quarteirões de onde eu moro. São oito horas e é hora de ir para
o clube. Eu tenho que voltar mais cedo hoje porque eu tenho
que trabalhar amanhã. Eu só tenho que abrir a loja e então eu
volto para casa para relaxar.

“Mary, você est{ pronta?” Eu grito enquanto eu atravesso a


sua cozinha.

"Sim!".

Eu entro na sua sala de estar e eu paro rapidamente em


minhas pernas quando vejo a visão de sua prima sentada no
sofá vestida perfeitamente quente - em meu vestido! Eu
emprestei a Mary e com certeza não quero essa menina nele!
“Oi, Shay. É bom ver você!”. Sua prima, cujo nome é Lexi,
levanta-se do sofá e caminha até mim e eu imediatamente
percebo que ela está muito magra. Ela tem estado nas drogas
por um tempo e nenhuma quantidade de maquiagem pode
cobrir isso. As drogas não fazem de alguém uma pessoa má,
mas a forma como algumas pessoas agem por causa do abuso
de drogas cria problemas. Esta menina cega as pessoas com
aquele olhar frágil, e então ela faz merda.

Então eu vou direto ao ponto. “Por que você est{ aqui, Lexi?”.

Seus olhos se estreitam e depois aquele sorriso surge em seu


rosto. Ela sabe que eu não vou cair na dela como sua acontece
com sua prima. Mary é muito bondosa e pensa o melhor de
todos.

“O que você quer dizer?”, ela zomba e joga o cabelo sobre o


ombro. É como tentar lançar troncos de árvores porque ele é
duro.

Eu estreito meus olhos nela. Ela est{ brincando? “Não me faça


de tola. Eu não sou alguém com quem você quer mexer, Lexi.
Não foda com a Mary. Ela é muito boa para você”.

Lexi revira os olhos e bate nos lábios enquanto ela mastiga o


chiclete. Eu tremo ao ouvir o som. “Eu posso fazer o que eu
quiser...”, ela sorri.
1, 2, 3, 4 ... Eu conto para mim mesma com os olhos fechados
para que eu não golpear a cadela.

Ela termina a frase. "Cadela".

Ela chegou lá.

Meu punho direito dispara, cravando direito na boca. Um, eu


quero que ela cale a boca e dois, eu não suporto chiclete. Lexi
agarra o nariz.

“Eu lhe disse para não se meter comigo, Lexi!”. Eu tenho um


temperamento, eu já mencionei? Além disso, ela estava pedindo
por isso. Dou um passo mais perto de Lexi. “Agora, você vai ser
uma boa menina e não foder com a Mary?”, eu digo docemente.

“Foda-se”.

O sorriso cai do meu rosto e eu pego um punhado de cabelos


com a mão direita enquanto a minha mão esquerda aperta sua
boca para que ela não fazer um som. Mesmo que Mary esteja
cansada de sua prima, eu não acho que ela queira-me ver
maltratando-a.

Eu a arrasto até a porta e, para minha surpresa, ele abre-a.


Butcher está lá com um sorriso de merda no rosto.

Eu puxo o cabelo de Lexi e a empurro para fora da casa. Ela


tropeça, mas permanece em pé. Eu passo pela varanda,
fechando a porta silenciosamente. “Lembre-se do que eu
disse!”, eu sorrio para ela amplamente.

Ela me dá um olhar maligno e eu apenas aceno para ela.


Butcher está em pé atrás de mim, ainda sorrindo de orelha a
orelha. “Porra louca”, ele fala arrastado, parecendo se divertir.

Eu coro e empurro o meu cabelo atrás das orelhas. Meu rosto


está quente de vergonha. Então eu perco a calma. Você pode me
achar a pessoa mais feia do mundo e eu gargalharei na sua cara,
mas quando se trata de pessoas que me interessam? Isso é
totalmente diferente.

Mary é extremamente bondosa e isso é uma enorme


vulnerabilidade, mas uma qualidade incrível de se ter. Ela vê o
lado bom das pessoas não importa o que, mesmo quando ela
conhece a verdade. Sua prima é um exemplo perfeito. Lexi a
trata como merda, rouba dela e a coloca para baixo, mas Mary
continua a cuidar dela.

“Eu preciso ir l{ para dentro antes de Mary perceba algo”. Eu


aponto por cima do ombro, com o polegar, para a porta.
Butcher apenas olha para mim, os cantos de sua boca mal se
inclinam. Eu juro que ouvi-lo rir assim que fecho a porta atrás
de mim.

“Shay! Est{ pronta?".


Eu entro na sala antes de Mary aparecer na esquina. Ela
nunca vai saber que eu expulsei a Lexi ali mesmo na sua sala de
estar.

Eu me sento no sofá e ajeito minhas roupas antes de


endireitar meu cabelo. Ouço Mary andando pelo corredor e eu
assobio uma vez que ela entra na sala. “Uau, menina! Olhe para
você!”, eu digo para ela e ela cora.

Ela gira em um círculo, completamente vermelha de


vergonha. Seu cabelo castanho escuro longo chega à sua bunda.
Ela tem cerca de um metro e setenta com curvas em todos os
lugares certos, enquanto estreita aquele olhar de corça com seus
olhos castanhos escuros.

"Está pronta?".

Concordo com a cabeça e levanto. Eu endireito meu vestido e


caminho de volta para a porta da frente. Eu olho pela janela -
Butcher está sentado em sua moto, olhando para a casa. Eu sou
jogado de volta para o filme Sixteen Candles quando Jake está
esperando do lado de fora de sua casa, encostado em seu carro.

“Por que ele est{ aqui?”, Mary pergunta.

“Ele não est{ incomodando ninguém, Mary.” Eu dou-lhe um


olhar, dizendo a ela para calar a boca sobre isso.
Eu movimento para ela sair primeiro e eu a sigo. Ela dá um
passo para o lado para que ela possa trancar a porta. Eu dou
uma olhada para Butcher. Para a minha total surpresa, mas a
minha total satisfação, ele ainda está olhando. Seus olhos estão
só em mim.

Mary para quando chegarmos aos degraus da varanda.


“Onde est{ Lexi? Ela estava no sof{ quando você apareceu ...”,
seu rosto está franzido pensamento.

Eu chupo os lábios, esperando que ela não ligue os pontos.


Ela olha de volta para sua casa e, em seguida, para o chão. “Eu
acho que ela acabou de sair”, diz, encolhendo os ombros.

Eu pego sua mão e a puxo na direção do meu carro. “Vamos


nos esquecer dela. É hora de você se soltar”. Mary sorri.

Quando a minha mão se fecha em torno da maçaneta da


porta, a moto de Butcher ruge para a vida. Eu sorrio para mim
mesma.

“Então ele est{ vindo para o clube também?”, Mary pergunta.

"Sim, eu acho que sim".

Eu ligo o meu carro e ela não diz uma palavra depois disso.
Percebo que é estranho, mas eu não tenho medo dele. Eu não
estou com medo dele. Ele poderia ter me machucado há muito
tempo, mas ele não machucou e meu irmão confia nele.
Ela fica quieta durante todo o caminho para o clube e eu
estou recebendo a vibe de que ela não está feliz comigo, mas eu
sou uma mulher crescida.

Quando eu estaciono o meu carro, ela diz: “Eu não quero


estragar tudo. Só me preocupo, Shay”.

Dou a ela meu sorriso característico. “Eu sei, Mary, mas não
se preocupe comigo. Eu posso cuidar de mim mesma”, eu pisco
para ela.

Ela começa a rir. “Não sei”.

O sorriso cai do meu rosto e eu faço uma carranca para ela,


com raiva simulada. “O que é que isso quer dizer?”, eu
pergunto a ela.

Ela segura seu estômago enquanto recupera seu fôlego. “Bem,


você tem esse problema com a raiva”.

Eu rolo meus olhos “Eu? Tenho um problema com a raiva?”,


eu digo com incredulidade fingida.

Ela revira os olhos para isso. “Você tem um problema com a


raiva, mas é principalmente para proteger as pessoas que você
gosta. Você é apenas a garota que vai bater o traseiro de alguém
e sorrir”.

A avaliação de May é muito precisa e eu acho que seria,


porque temos sido amigas pelo o que parece ser desde sempre.
Eu dou de ombros. “Então, nós estamos indo ou o quê?”.

Enquanto eu ando em direção ao bar, Mary aproxima o passo


de mim. Eu ouço uma moto desligar e eu percebo que eu
esqueci tudo sobre Butcher nos seguindo.

Nós caminhamos até o bar e, uma vez que somos revistadas


pelo segurança, entramos no clube. A primeira coisa que me
atinge é o cheiro. O cheiro é sempre algo que faz você se
encolher. Mesmo que seja considerada no início do mundo
boates, o cheiro de suor do corpo e sexo sujo persiste.

“Vamos encontrar um lugar!”, eu grito no ouvido de Mary.

Ela grita de volta, “Ok”.

Passamos pelas pessoas que estão muito ocupados se


esfregando umas nas outras para saber o que está acontecendo
ao seu redor. Nós apenas desviamos delas. Avistamos uma
cabine escondida em um canto. Este é o local perfeito para mim.
É fora do caminho de bêbados tropeçando sobre si e eu gosto de
observar.

Eu puxo a cadeira e sento, eu coloco a minha bolsa sobre a


mesa.

“Eu pegarei algumas bebidas. Você beber{ apenas {gua, j{


que vai dirigir?”, ela me pergunta.

Eu concordo. “Sim, eu estou dirigindo”.


Ela dá um passo para trás no meio da multidão na pista de
dança. Eu cruzo as pernas e encosto no meu lugar. Eu olho em
volta para as pessoas dançando. Não, eu não estou procurando
Butcher.

"O que você está fazendo?".

Eu pulo. Eu nem percebi que ela estava de volta. “Nada”. Eu


pego a minha água e abro a tampa. A canção de rock vem e eu
sorrio para Mary. Ela sorri de volta e salta de sua cadeira. Ela
pega a minha mão e caminhamos até a pista de dança.

Nós crescemos ouvindo música dos anos oitenta. Nossos pais


eram obcecados e eles passaram isso para nós. Eu jogo minhas
mãos acima da minha cabeça e balanço meus quadris de um
lado para o outro. Meus olhos estão fechados e eu estou
dançando com a batida. Deixando fluir.

“Eu precisava tanto disso!”, Mary grita.

Abro os olhos e aceno em sua direção. Eu me viro e um


homem em um terno se aproxima de mim. Quanto mais perto
ele fica, mais eu fico desligada por ele, por seus cabelos com gel,
penteados para trás e terno que se encaixa perfeitamente. Ugh.
Ele é muito bonito! Mas eu prefiro meus homens tatuados e
durões.

De repente, o cara de terno para de caminhar em minha


direção. Seus olhos se arregalaram e ele se vira e foge. Isso é tão
estranho, mas me poupa o trabalho de dizer a ele que eu não
estou interessada.

Pelos próximos trinta minutos, Mary e eu balançamos a pista


de dança. Nós costumávamos fazer isso todas as noites e não
nos importávamos em beber. Nós só queríamos nos soltar e
desestressar.

A faculdade foi meu primeiro gosto de liberdade. Como a


única garota da “família”, eu sempre estive sob os cuidados de
meu pai e meus “tios” e seus filhos: meus “primos”. Isso me
levou a ser constantemente protegida. Quando saí para a
faculdade ... digamos que me soltei-me e diverti-me um pouco.

Eu consegui muito bem em escapar dos meus guarda-costas


disfarçados. Meu pai e meus tios achavam que eram lisos, mas
eu soube no momento em que vi um dos rapazes caminhando
pelo campus. Eles haviam escolhido um cara do clube. Quão
original é isso? Por que eles não usaram alguém que eu nunca
vi antes?

“Lexi, o que você est{ fazendo aqui? Quem são esses caras?”,
eu girei ao som da voz de Mary. Quando ela disse “caras,”, eu
ouvi sua voz falhar. Eu vejo Lexi parada ali, ainda de vestido e
os dois homens atrás dela. Isso não é nada bom. Eu ando até
Mary e fico ao lado dela.
“Não é tão difícil agora, não é?”, Lexi zomba de mim, seus
olhos se movendo para cima e para baixo do meu corpo em
desgosto. Seu lábio está contraído. Os dois homens atrás dela
riem. Lexi vira para o lado, tocando um dos homens no
antebraço. “Esses homens trabalham para o meu namorado”.
Lexi se afasta deles e vem na minha direção, seu rosto inclinado
para o meu como se ela fosse sussurrar algo. "Eles estão aqui
para fazer você pagar".

Isso será ruim. Eu posso tirar Lexi - não há problema - mas


três de uma vez? Sim, as possibilidades não vão ser boas. Mary
engasga e se aproxima de mim e posso sentir o corpo dela
tremendo. "O que você quer dizer com isso, Lexi?" Mary
pergunta, sua voz trêmula.

Lexi joga a cabeça para trás, rindo, o cabelo frito nem mesmo
se move. “Ela não lhe disse?”, Lexi sorri para mim
ameaçadoramente.

“Dizer-me o que?”, Mary pede e eu posso senti-la olhando


para mim.

Lexi leva um passo mais perto. Agora eu posso ver seus dois
olhos negros. Isso acontece quando você bate em alguém no
nariz. “Bem, esta cadela decidiu me usar como seu saco de
pancadas”.
Eu rolo meus olhos porque ela está agindo toda inocente e vai
me fazer parecer o cara mau. Ela é a única que trouxe dois
homens adultos para lutar comigo. Se isso não gritar “Eu sou
uma maricas”, então eu não sei o que faz. Lexi nem sequer
lutou de volta.

“Ninguém se mete com Mary,” eu digo a ela sem rodeios.

Os olhos de Lexi se estreitam antes que um sorriso lento


deslize pelo seu rosto deplorável. Essa mulher precisa de ajuda
séria. Ela não é normal e tem alguns problemas importantes. Eu
tenho isso há muito tempo, mas eu nunca esperei que ela
trouxesse dois homens para bater na minha bunda. Aqueles
homens merecem ter suas bundas batidas por bater em uma
mulher.

“Peguem-na, rapazes!”

Mary grita a plenos pulmões. Eu me preparo para o


ataque. Mary agarra a parte de trás da minha camisa e tenta me
puxar de volta.

Algo se move na minha frente, e eu passo para o lado, em


choque. Mãos envolvem em torno de ambas as gargantas dos
homens.

Butcher. Seu rosto está cheio de raiva quando ele olha para
baixo, para os homens, as mãos ainda envoltas em torno de
suas gargantas, seus braços flexionando enquanto ele aperta.
Butcher acabou de me salvar.

Isso é quente.

Eu ouço alguém suspirar e vejo Lexi parada em estado de


choque. Eu sorrio para ela antes de olhar de volta para Butcher,
que agora está olhando para mim. "Você tem esses dois". Eu
olho para Lexi e aponto meu dedo em sua direção. "Eu fico com
ela".

BUTCHER
Shaylin sorri para Lexi e dá um passo mais perto dela. Lexi dá
um passo para trás e Shaylin ri antes de voltar a gargalhar como
uma louca. Lexi tenta fugir. Shaylin corre e agarra-a pelos
cabelos, puxando com toda a sua força. Lexi bate no chão e
envolve suas mãos em torno de seu cabelo, tentando puxá-lo
para fora do aperto de Shaylin.

Shaylin se inclina mais perto dela. “Por que você é uma


vadia!”. Ela suspira e d{ um soco no rosto. “Eu”. Soco. “Disse”.
Soco. “Você”. Soco. “Não”. Soco. “Mexa”. Soco. “COMIGO”.
Ela grita a última palavra e da mais um soco, derrubando Lexi
imediatamente.

Isso foi quente.


O pé de um dos homens que estou atualmente sufocando toca
minha canela. Eu afasto-os um pouco e depois bato suas
cabeças com força. Eu os solto e eles caem no chão,
nocauteados.

Shaylin levanta-se e ajeita a sua roupa. Ela olha para os


homens no chão e sorri para mim.

Porra louca. Eu sorrio de volta para ela. Ela é perfeita.

Shaylin
Eu puxo para entrada da casa de Mary. Ela não se move e
olha para fora da janela. Ela não disse uma palavra desde que
tudo aconteceu. Eu tentei falar com ela muitas vezes no
caminho para casa, mas ela colocou a mão para cima, me
silenciando.

"Mary?".

Ela solta uma respiração profunda antes de se virar para


olhar para mim. Seu corpo ainda está muito tenso, com os
braços cruzados sobre o peito e as pernas cruzadas.

"Eu estou me mudando".

Minha boca cai aberta em estado de choque. Ela está se


mudando? “O que quer dizer, Mary?”.
“Isso significa exatamente o que eu disse. Estou tão cansada
de tudo isso!”, ela balança a cabeça.

Em seguida, me ocorre que ela quer ficar longe de mim. Eu


entendo totalmente. Eu não sou uma pessoa totalmente normal,
nem estou sã. Eu luto e tenho um temperamento que consegue
o melhor de mim, mas eu sou quem eu sou. Eu sou a filha do
ex-presidente dos Grim Sinners. Eu cresci vendo violência e não
fui afetada porque aconteceu quando foi necessário.

Lexi vai foder com Mary e colocá-la em uma situação


ruim. Eu sei que vai acontecer, porque aconteceu da última
vez. Meu pai tirou-a dessa merda. Esta noite, no clube, Lexi
apareceu com dois homens para me bater. Como eu poderia
deixar algo assim continuar? Eu poderia ter sido morta ou
seriamente ferida. Isso não vem comigo. Eu não aceito isso de
ninguém.

“Você est{ querendo ficar longe de mim?”, eu digo quase


num sussurro. Meu coração está doendo porque eu vejo Mary
como uma irmã e eu me sinto traída.

Ela não diz nada. “Eu só preciso recomeçar. Espero que você
entenda”. Mary abre a porta e pega sua bolsa. Ela vira a cabeça
e olha para mim mais uma vez. “Adeus, Shay”.

Eu me afasto dela enquanto as lágrimas rolam pelo meu


rosto. As pessoas podem jogar qualquer tipo de merda em mim,
mas as únicas que podem realmente me machucar são as
pessoas que eu amo. Elas podem me machucar ao máximo. Eu a
amo com todo o meu ser.

A porta bate e eu vejo quando ela caminha para a casa. Eu


coloco o carro em sentido inverso e saio da garagem.

Eu não quero ir para casa. Então eu vou para a única pessoa


que eu amo mais do que qualquer coisa neste mundo.
4

Shaylin

Assim que eu dirijo pelas portas na frente da casa de meu pai,


Butcher se afasta. Tem sido uma noite ruim e eu só quero o meu
pai agora.

Meu pai está em pé na porta. Meus olhos se enchem de


lágrimas.

Quando chego ao final da escada, meu pai sai da casa. As


luzes se acendem e estou cercada pelo brilho. "Shaylin, o que
você está fazendo aqui, baby?", ele explodiu antes de ver meu
rosto. Sua voz cai baixa e profunda. "Quem eu tenho que
matar?".

Eu sorrio.

Eu subo os degraus e vou direto para os braços dele. Eu amo


o meu pai. Ele é esse homem maior do que a vida e que parece
assustador, mas, por dentro, ele é um grande tolo. Bem, para
mim ele é. Ele é alto com ombros largos. Seus braços, peito e
costas são cobertos de tatuagens. Sua barba bem aparada está
envelhecendo, mas que o faz parecer mais bonito. “Eles vão
morrer lentamente”. Ele passa a mão nas minhas costas o que
faz com que as l{grimas a cair. “Muito devagar”. Ele me abraça
mais apertado.

Eu rio com isso, e eu me inclino para trás e enxugo meus


olhos. Ele sorri para mim. Meu pai é chamado Smiley no mundo
de motociclista. Ele é a pessoa que vai bater na sua bunda e
sorrir.

“Vamos entrar, pai”.

Ele estreita os olhos enquanto olha meu rosto de novo. Ele


balança a cabeça e aperta a mão nas minhas costas, me levando
para a casa. Eu tiro meus saltos e os atiro ao lado da porta. Eu
detesto essas coisas.

“Inferno do caralho, Shay! Por que est{ usando esse


vestido?”, ele bate a porta. Eu rio e caminho até o sof{, onde eu
sei que ele mantém um cobertor. Eu envolvo em torno de meu
corpo antes de cair no sofá.

“Pai, não é nem curto. Ele atinge o topo dos meus joelhos”.
Eu digo isso, sabendo que é inútil.

Ele revira os olhos e me dá a o olhar. Eu sorrio para ele e seu


rosto suaviza. “Shay, Shay, o único vestido que eu quero em
você é um vestido de Amish”.
Com isso, reviro os olhos. Ele se senta no sofá ao meu lado e
agora eu sei que ele terminou de brincar. Ele quer saber o que
aconteceu.

“O que h{ de errado, Shay?”. A voz suave e rouca de papai


me envolve, trazendo conforto e segurança.

Então eu começo dizendo a ele como eu derrotei Lexi na casa


de Mary.

Meu pai ri e me dá um sorriso. "Bem, ela mereceu". Ele


encolhe os ombros antes de fazer sinal para eu continuar.

Eu conto-lhe o resto. O resto inclui os dois homens, Lexi, e o


fim da minha amizade com Mary. Eu incluo Butcher porque ele
salvou minha bunda. Eu torço minhas mãos no meu cobertor
enquanto vejo seu rosto revelar um milhão de expressões
diferentes.

“Eles estão mortos”, afirma de forma simples e salta para fora


do sof{. “Eu tenho que agradecer ao executor do Devil Soul.
Embora, eu só queria que o filho da puta os tivesse matado”.
Meu pai para e olha para mim. “Ninguém se atreve a machucar
minha menina”.

Ele volta e se senta ao meu lado. “Chamarei Lane amanhã e


arrumar essa merda. Mary sempre foi uma cadela para você,
querida. Ela nunca aceitou a parte motociclista de você. Você
merece o melhor”. Papai me puxa para ele e eu coloco minha
cabeça no peito dele. Ele envolve o braço em volta de mim e
beija o topo da minha cabeça. “Durma, Smiley”.

Eu tremulo de rir com o nome que ele me deu quando eu era


jovem. Vamos apenas dizer que é tal pai, tal filha.

BUTCHER
Meu telefone toca e eu chego até a minha mesa de cabeceira
para pegá-lo. Hoje é a primeira vez que eu estive em casa desde
que eu conheci Shaylin. Ela foi para a casa de seu pai e sei que é
seguro lá. Eu sei que algo aconteceu com a amiga dela. Eu
podia ver a dor em seu rosto enquanto ela passava por mim.

“Sim”, eu digo ao telefone.

“É Smiley”. É o pai de Shaylin. Sento-me na cama. Meu


primeiro pensamento é que algo aconteceu com Shaylin.

"Encontre-me. Temos bundas de merda para bater”.

Um lento sorriso vem sobre meu rosto. Agora estamos


falando a mesma língua. "Onde?".

No lado oeste da cidade em trinta e oito minutos. Smiley


encontrou os filhos da puta que foram atrás de Shaylin. Se nós
não estivéssemos em um bar, eu teria terminado com eles, mas
eu estava muito ocupado assistindo Shaylin batendo na bunda
da garota.

Eu saio da cama e vou para o meu armário e coloco algumas


roupas com pressa. Eu ia encontrar os filhos da puta hoje, mas o
pai dela já está lá. Eles com certeza não sabiam com quem eles
estavam brincando e se eles soubessem que ela era minha, eles
não teriam ousado.

Eu saio da minha casa e tranco a porta atrás de mim. Eu pulo


na minha moto e corro para fora da garagem. Hora do troco.

Smiley
Eu assisto quando Butcher estaciona ao meu lado - esta é a
primeira vez que eu conheço esse filho da puta. Eu ouvi os
rumores. Este homem é enorme e fodidamente assustador, ele
parece malvado pra caralho. Eu já gosto dele.

“Eles estão na casa no final da estrada. Esses filhos da puta


não merecem respirar com facilidade”, digo e ele
concorda. Qualquer homem que pense em colocar a mão em
uma mulher merece o mesmo tipo de tratamento, mas dez
vezes pior.

Um sorriso lento aparece em seu rosto. "Eu os teria feito


pagarem na noite passada, mas eu estava ocupado assistindo
Shaylin batendo na bunda de Lexi".
Essa é minha filha. "Ela fez isso sorrindo?".

Ele acena e eu jogo minha cabeça para trás, rindo. Eu o vejo e


percebo algo. Butcher era ameaçador e parecia mal como merda
até que ele mencionou o nome da minha menina.

Foda-me Ele a quer.

“Vamos agir”. Eu ligo a minha moto e dirijo na direção da


casa. Ele estaciona ao meu lado. Eu aponto para a casa e
paramos na entrada da garagem. Não nos escondendo e nos
esgueirando. Eu quero que eles saibam que eu estou
chegando. Eu quero que eles sintam o medo.

Nós estacionamos e desligamos as motos. Nós caminhamos


lado a lado. Butcher passa na minha frente e chuta a porta das
dobradiças. Ela cai no chão da sala.

“Eles”. Ele aponta para dois homens, que levantam do sof{


quando nos veem.

"Bem, bem, bem. Essa merda foi muito f{cil”. Eu passeio na


casa e tiro a arma do coldre nas minhas costas. "Quer dizer que
vocês queriam foder a minha filha na noite passada...". Eu
aponto minha arma para eles. "Vocês mexerem com a pessoa
errada".

"Faça o que quiser com a gente, mas mantenha-o longe". Um


dos homens, que é o menor e mais frágil, aponta para trás, todo
o seu corpo tremendo. Eu me viro e vejo Butcher correndo a
mão para cima e para baixo na lateral de uma faca grande. Ele
está olhando para eles com raiva pura.

Hmm.

"Butcher, acho que este não gosta de você".

O filho da puta lamentável começa a tremer tanto que cai no


sofá.

“Por que você veio atr{s da minha filha?”, pergunto ao


homem que ainda está em pé.

Butcher anda atrás do homem que está com medo dele. Ele
corre a faca para cima e para baixo na bochecha do homem, que
se encolhe a cada momento.

“Eu estava sem dinheiro para as drogas e o traficante disse


que me daria um mês de abastecimento se eu fizesse isso por
ele”.

"Obrigado". Eu sorrio e cravo o meu punho em seu rosto. Ele


cai no chão e eu pego sua camisa, levantando-o do chão. "Eu
quero que você repita depois de mim".

Ele acena freneticamente.


“Eu nunca vou tocar em outra mulher ou pensar sobre
isso. Se eu fizer isso, os Grim Sinners vão cortar meu pau e me
fazer comer”. Eu bato na boca dele por uma boa medida.

"Eu prometo".

Bom menino, mas isso não lhe salva de uma surra. Você
fodeu com minha filha, essa merda não vem comigo. Se você a
tocasse, você teria morrido há muito tempo ... Eu paro e me
inclino mais perto dele. "Morte lenta e dolorosa".

"Eu sinto muito!" Ele grita e eu soco-o na para calar a sua


boca.

“Chorar e implorar não vai fazer nada! Você ia machucar


minha filha. Meu ...” Eu aponto para o meu peito. "Bebê! A
princesa dos Grim Sinners. Seus filhos da puta têm sorte que eu
não contei a seus tios e primos. Chega de conversa fiada. Vamos
começar essa merda.

Eu sorrio para eles antes de começar a trabalhar para chutar


suas bundas. Butcher está tão ocupado traumatizando o outro
cara, ele não precisa ter a merda expulsa dele.
Eu assisto Butcher subir em sua moto depois que o trabalho
está feito. "Trate Shay como uma maldita rainha ou morra uma
morte lenta e dolorosa".

Deixo essa merda nisso e subo na minha moto. Eu saio,


deixando-o lá. Nenhum homem vai ser bom o suficiente para a
minha menina, mas este é um porra louca o suficiente para
fazer o que for preciso para mantê-la segura.
5

Shaylin

Uma semana depois

Butcher tem continuado a manter-se por perto. Ele fica fora


da minha casa à noite. Tenho ficado tentada, muitas vezes, a
convidá-lo a entrar. Eu sou uma mulher que deixa um homem
tomar a iniciativa. O único movimento que Butcher fez até
agora foi seguir-me por toda parte e eu quero dizer em todos os
lugares. Do lado de fora da minha casa, no trabalho, no
cabeleireiro – inferno, até mesmo quando estou na casa de meu
pai, ele está do lado de fora da porta e o que mais me chocou foi
meu pai acenando para ele.

O que há com eles?

Estou me acostumando com a perseguição e os meus clientes


regulares que vêm pegar seus doces agora acenam para ele.
Eu acho que, neste momento, ele só gosta dos meus cupcakes.
O tempo todo que ele está na padaria, ele está enchendo a cara
com tudo. Ele senta-se na frente da vitrine de vidro, que pode
ser aberta pela frente, então ele apenas a abre, alcança e pega o
que quiser.

Como se eu pudesse dizer não.

Mary foi embora. Ela saiu no dia seguinte e eu posso dizer


que eu não sinto falta dela. Eu não percebi o quão
negativamente ela afetou minha vida. Ela sempre foi um
infortúnio sobre o motoclube, que é a minha família. Eu não
acho que ela era uma pessoa ruim – nós éramos amigas – mas
ela nunca gostou de uma grande parte de mim. Esnobe é a
palavra para ela, agora que eu sentei e pensei de volta. Tudo o
que sei é que ela se mudou para a Califórnia. Eu tenho um cara
de tecnologia de Lane para localizá-la.

Meu telefone começa a tocar e eu olho para a tela antes de


responder. É Chrystal, a esposa do presidente do Devil Souls
MC.

“Ol{?”, eu me ocupo limpando o balcão.

“Hey garota! Nós e as senhoras do clube vamos para um dos


clubes de stripers masculinos de propriedade do clube. Você
vai?”, Chrystal soa animada.
Olho para Butcher, que ainda está enchendo a cara com os
doces e no momento em que olho para ele, sua cabeça vira para
encontrar o meu olhar. Um sorriso vem pelo meu rosto. "Eu
vou". Os olhos de Butcher se estreitam em mim.

É hora desse homem tomar uma iniciativa e se isso não


acontecer hoje, então nada acontecerá.

"Impressionante! Eu vou buscá-la às oito. Tchau!”, ela desliga


e eu guardo meu telefone. Ainda sinto Butcher me encarando e
continuo sorrindo. Isso será épico.

Às oito horas em ponto, um veículo Hummer para na minha


casa. Butcher sai de sua moto e vai até a Hummer. Ele diz algo e
olha para a casa, onde eu estou olhando pela janela.

É hora de eu me revelar. Passei duas horas neste look. Eu


abro a porta da frente e saio. Eu sorrio e observo Butcher de
cima a baixo. Sua boca se abre. Eu jogo o meu cabelo por cima
do meu ombro e me arrasto na minha varanda, descendo os
degraus, rebolando a cada passo. Butcher está completamente
imóvel, com a boca aberta, os punhos cerrados e o corpo
rígido. Eu fecho sua boca e arrasto minha mão por seu pescoço,
antes de deixar minha mão cair.

A porta de trás do Hummer abre e as escadas aparecem. Subo


as escadas e me coloco no banco. Fecho a porta e me deparo
com silêncio no veículo. Eu olho ao redor do Hummer, e vejo
todo mundo olhando para mim com admiração.

"Que porra foi essa?”, Jean diz pelas costas em voz alta.

“Isso, senhoras, é como ligar um homem”. Eu pisco para elas


e alcanço atrás de mim para pegar o meu cinto de segurança e
encaixá-lo no lugar.

“Estou pasma”. Eu me viro e vejo que é Myra. Quando você é


uma pirralha motociclista, você aprende quem é quem.

“Isso foi muito épico”. Chrystal ainda est{ ao meu lado.

Eu dou de ombros. Estou pronta para terminar o jogo e ver o


que diabos está acontecendo. Eu sei de uma coisa – estou
extremamente atraída por ele. Nós temos jogado este jogo por
quanto tempo? Duas semanas? Sim, é hora de ver para onde
isso está na nos levando ou ver o que ele quer. Perseguir-me
não é a maneira mais convencional para ir com tudo, mas, como
eu disse, os homens motociclistas não são normais e Butcher é
algo completamente diferente.

"Eu estava morrendo de vontade de saber o que aconteceu


depois que ele te seguiu para fora da churrascaria duas
semanas atrás", diz Chrystal, e do canto do meu olho eu
percebo todas as meninas se aproximando. Inferno, eu até vejo
o motorista abaixando o rádio já suave.
"Ele tem me perseguido", eu digo sem rodeios, e vejo um
milhão de emoções diferentes cruzando seus rostos.

"Perseguido você?", Jean diz, duvidosa, suas sobrancelhas


franzidas.

Eu aceno e me viro no meu lugar um pouco. Uma moto vem


atrás de nós e eu olho pela janela - é o Butcher alcançando o
Hummer. "Desde o momento em que saí da churrascaria, ele
tem estado em todos os lugares que vou – me observando".
Sorrio na última parte.

"Por que não estou surpresa?”. Eu sabia que no momento em


que ele te seguisse, ele não ia deixar você de novo. Chrystal
alisa o cabelo dela por cima do ombro, um sorriso brilhante e
feliz no rosto.

“Eu realmente não me importo”. Eu sorrio para elas, e todas


se olham e sorriem.

"Onde estamos?”, pergunto a Chrystal quando nós dirigimos


por uma longa entrada.

Ela olha para mim enquanto responde. "Estamos aqui para


pegar Alisha, que é uma velha senhora".
"Ahh", eu falo e solto o cinto de segurança enquanto o
Hummer estaciona. As portas estão abertas e todos nós
saímos. O Hummer é mais como uma limusine, mas não é tão
longo. Eu posso ver que ele é construído para proteção - eu
posso dizer que o vidro é à prova de balas.

Todas subiram os degraus e entramos na varanda. A frente da


casa é literalmente apenas vidro, e eu tenho que admitir que é
de tirar o fôlego. O interior é tão deslumbrante.

Jean dá um passo à nossa frente, abre a porta e bate contra a


parede. Eu me encolho, esperando a porta de vidro explodir em
um milhão de pedaços. Todos nós entramos na casa e vejo uma
mulher pequena e um homem alto, musculoso e tatuado se
beijando.

Ela solta-o e se afasta, sorrindo para todos nós. Ela é linda e


posso dizer que ela é um par de anos mais nova que todas nós,
mas não muito.

Chrystal pega a mão dela e em seguida, olha para mim. “Esta


é Shaylin”.

“Sou Alisha. Prazer em conhecê-la”, ela sorri amplamente


para mim e ela é ainda mais deslumbrante.

Eu sorrio de volta para ela, um passo à frente e a puxo para


um abraço. “Prazer em conhecê-la!”, eu digo a ela e aperto com
mais força antes de deixá-la ir.
Ela olha para mim com um sorriso malicioso no rosto. “Eu
estou supondo que você est{ com Butcher?”.

Eu começo a rir porque parece que somos a conversa da


cidade. Eu seguro meu estômago que já está doendo de tanto rir
no caminho até aqui. As outras meninas riem junto comigo.

Eu limpo debaixo dos meus olhos. “Lane é meu irmão. Eu


teria abordado a todos vocês no restaurante, mas eu tinha que
voltar ao trabalho”. Eu sorrio maliciosamente. “Quanto a
Butcher, ele está perseguindo minha bunda desde então. Ele
dorme na minha varanda, ele se senta na minha padaria
durante todo o dia. Ele raramente fala“. Para confirmar tudo o
que eu disse, eu viro e olho para fora da janela. “Como agora,
eu aposto que ele est{ no portão esperando por mim”.

Todo mundo caminha até a janela para dar uma olhada e eu


me junto a elas. Butcher está sentado no portão. Todo mundo
começa a rir.

“Garota, você est{ em tantos problemas!”, Jean zomba de


mim e se levanta.

“Vamos, meninas, vamos!”, Myra grita e todas saímos da casa


em direção ao Hummer. Eu entro e sento enquanto os outros
entram nos outros lugares. É como um ônibus, mas é
extremamente pesado. No banco de trás principal há dois
motociclistas iniciantes que não estavam lá antes.
O Hummer é ligado e estamos fora. Passamos por Butcher,
que ainda está esperando no portão. Seus olhos imediatamente
vão para mim e eu sorrio de volta.

Uma vez que ele está fora da minha linha de visão, a moto é
ligada. Meu estômago vira e vibra com borboletas. Alguns
segundos depois, ele dirige-se ao lado da minha janela, os
outros caras do motoclube chegam do outro lado. Eu olho para
as meninas. "Eu lhes disse." Todas elas riem e eu volto para a
janela para olhar para ele.

“Dou-lhe duas semanas para a insígnia do grupo parar nas


costas dela!”, Jean grita através do Hummer.

Alisha balança imediatamente a cabeça e levanta quatro


dedos: “Dou-lhe quatro dias!”.

Todas elas explodem com o riso novamente e eu me junto a


eles. Assim que me controlo, olho para trás pela janela e aceno
para ele. Ele sacode o queixo na minha direção, eu congelo por
dentro, mas eu totalmente ouço as outras mulheres suspirarem.

Poucos minutos depois, paramos do lado de fora do clube de


striptease e, pela última vez, olho pela janela para Butcher.

Hora de pegar o show na estrada. Eu cresci em torno de alfas


fodões e sei como eles funcionam.
6

Shaylin

Uma por uma, saímos do Hummer para o clube de strip. Eu


ouço a moto dele desligar e sorrio.

“Todos os nossos homens irão morrer - eles terão um ataque,


mas essa é a parte divertida. Significa apenas que seremos
fodidas na próxima semana“, Jean estremece e eu tremo de riso.
Esta menina é uma loucura.

Todas juntas, caminhamos em direção ao clube, mas eu sinto-


o chegando cada vez mais perto. Eu ouço passos pesados e
todas nós paramos. Butcher troveja até nós e fica diretamente
na minha frente. Ele olha para o letreiro do clube de strip e de
volta para mim.

“Foda-se, não. Minha”. Eu sou jogada sobre o ombro dele.

Finalmente! Esta é a primeira vez que eu o toquei e eu queria


tantas vezes. Apenas tocá-lo deixa as borboletas enlouquecidas
no meu estômago. Eu pressiono as minhas mãos nas as costas
dele e me levanto. Eu olho para as meninas, pisco e aceno um
tchau. Meu plano funcionou como um encanto.

Afastamo-nos cada vez mais das garotas e entramos na


escuridão do estacionamento. Puta merda, ele me chamou de
sua! MERDA SANTA! Ele literalmente acabou de me
reivindicar.

Oh. Meu. Deus.

Ele se abaixa e eu estou de pé. Eu arrumo meu cabelo e olho


para ele. Eu chupo meu lábio inferior na minha boca. Agora
estou nervosa. Ele se inclina para perto de mim e respiro
fundo. Eu sinto algo tocar minhas costas e olho em volta. Ele
está segurando uma jaqueta de couro. Ou talvez ele estivesse
apenas pegando a jaqueta.

Butcher ainda está me olhando atentamente quando olho


para ele. Ele levanta a jaqueta e abre-a com as duas mãos. Viro-
me e coloco meus braços nas mangas e ele coloca a jaqueta. Seus
dedos tocam a minha nuca enquanto ele gentilmente puxa meu
cabelo para fora da jaqueta e eu tremo.

"Vamos", diz ele e eu sacudo o som de sua voz novamente. É


tão profundo e viril que eu quero ouvir de novo e de novo. Suas
mãos tocam minha cintura e minhas mãos vão para cima
dele. Ele é tão quente. Meus pés deixam o chão e ele me coloca
em cima da moto.
Eu lambo meus lábios e vejo quando ele sobe na minha
frente. Meu coração começa a bater porque eu vou tocá-lo e
segurá-lo. Eu mudo no meu lugar enquanto eu me movo em
direção a ele, mas eu não coloco minhas mãos ao redor de sua
cintura.

Eu olho para os seus braços musculosos enquanto eles se


contraem com cada movimento. A moto liga, e eu corro minhas
mãos para cima e para baixo nas minhas pernas nervosamente.

Estou tão nervosa porque acho esse homem muito atraente e


sou virgem. Essa combinação é perigosa. Eu namorei e é
isso. Nunca passou de alguns encontros e isso vem acontecendo
há anos. Eu tenho padrões muito altos porque, bem, olhe para o
pai e os tios que tenho.

Eu sei o que eu quero em um homem e se eu vejo que essa


pessoa não tem isso, eu não continuo namorando-o. Se não
houver nenhuma faísca, então é isso - mas eu não posso
namorar uma buceta. Eu simplesmente não consigo lidar com
um homem que não defende sua mulher ou a protege.

Eu estava em um encontro há um ano, em um bar com um


cara. Ele estava nos pagando uma bebida. Outro cara veio até
mim e começou a dar em cima de mim bem na frente dele.

O que meu encontro fez? Ele olhou para o cara e se virou para
pegar sua bebida. Então o cara que estava dando em cima de
mim não tirou os olhos dos meus seios e meu encontro
percebeu.

Eu disse ao cara que estava dando em cima de mim para


pegar a estrada e eu disse ao meu encontro que estava indo ao
banheiro quando, na verdade, sai e mandei meu irmão me
buscar.

Butcher chega para trás e agarra a minha mão, ele me puxa


para frente, então meu corpo está pressionado contra suas
costas. Eu levanto minha outra mão e envolvo meus braços ao
redor dele.

"Segure firme".

Você pode apostar que eu farei isso. Eu não expresso isso


para ele. Butcher olha da esquerda para a direita e recua com os
pés. Eu olho em volta do estacionamento escuro e não há
pessoas ao redor, apenas um monte de veículos. É um clube de
striptease com strippers masculinos, então você não pode
esperar que muitos homens - ou até mesmo mulheres - estejam
por perto do lado de fora.

Ele decola no verão do Texas. Meu cabelo se move contra a


minha pele e eu fecho meus olhos, sorrindo. Eu amo a sensação
de estar na parte de trás de uma moto.
Eu quero deitar minha cabeça em suas costas e apenas me
aconchegar nele tão forte agora, mas eu não tenho coragem de
fazê-lo.

Minha casa fica a dez minutos porque eu moro perto do


centro da cidade para poder ficar perto da minha padaria.

Ele estaciona do lado de fora da minha casa e dirige até a


garagem. É quando um milhão de pensamentos passam pela
minha cabeça de uma só vez. Ele vai entrar ou vai continuar
dormindo lá fora? Talvez eu deva convidá-lo para casa? O que
eu faço?

Uma vez que ele desliga a moto, eu desço e tiro a jaqueta de


couro e o capacete. Eu os coloquei na parte de trás da
moto. Butcher está me estudando. Meu estômago revira e
coloco minhas mãos atrás das costas, sacudindo meus dedos
para esconder meu nervosismo.

Ele desce da moto e eu lambo meus lábios. Começo a


caminhar até a varanda e olho para trás e vejo que ele está me
seguindo. Oh, meu Deus. Meu corpo parece que vai explodir
com nervosismo. Alguém pode morrer com isso?

Ele é tão intenso, eu quero fazer tantas perguntas e sacudi-lo,


questionando o que ele quer de mim, mas ele apenas segue
cada movimento meu. Eu sei que há um significado por trás
disso - eu só queria saber o que é.
Eu sei de uma coisa: que nunca me senti tão segura em toda a
minha vida. Ele observa cada movimento meu e é como se ele
estivesse tentando garantir que nada acontecesse comigo. Como
eu disse, é intenso.

Eu abro a porta, mas apenas uma fresta e me viro esperando


que Butcher esteja em pé bem atrás de mim. Não, ele está
sentado na estúpida cadeira de jardim.

Eu me viro e entro direto na casa, chateada. "Ugh!", eu


murmuro para mim mesma e entro no meu quarto. Eu fiquei
toda vestida para nada! Ele foi um homem das cavernas comigo
e me jogou por cima do ombro, mas ele não está fazendo mais
nada! Eu esperava que ele viesse para dentro da casa.

Eu troco de roupa, coloco um par de shorts macios de lycra e


uma camisa branca larga antes de jogar meu cabelo em um
coque. Minha mente está passando por uma centena de coisas
diferentes. "Grr." Eu vou ao banheiro para tirar minha
maquiagem e escovar os dentes.

Uma vez que eu estou livre de maquiagem e meus dentes


estão escovados, eu chego a uma decisão de dizer-lhe para, pelo
menos, entrar e dormir no meu sofá. Eu sei que não é
confortável dormir na minha cadeira todas as noites.

Eu deixo escapar uma respiração profunda e descanso minha


testa na porta da frente enquanto pressiono a minha mão no
meu coração acelerado. Eu giro a maçaneta e a porta se abre
com um rangido. A cabeça de Butcher ergue-se, seus olhos
imediatamente encontram os meus. "Quer entrar? Dormir no
sof{ onde é confort{vel, pelo menos?”.

Ele levanta-se e caminha na minha direção. Eu respiro fundo


e entro de volta para a casa. Ele caminha cada vez mais perto de
mim, a luz cobrindo-o em um brilho suave.

Este homem é simplesmente lindo, com todas as suas


tatuagens e suas cicatrizes, seus olhos escuros e seu corpo
grande. Ele é lindo e agora que estou olhando-o diretamente
nos olhos, de perto, eu percebo totalmente alguma coisa.

Ele tem dor e demônios, eu posso ver que eles assombram-no.

Eu sorrio para ele amplamente. "A sala de estar é por ali", faço
sinal para ele me seguir e o guio pela da minha sala de jantar
até a minha sala de estar.

“H{ cobertores na parte de tr{s do sof{, comida na


geladeira. Pegue você mesmo”. Sorrio e aponto para o meu
quarto. "Vou para a cama".

Ele não diz nada, apenas olha para mim daquele jeito que ele
faz. Então eu me viro e entro no meu quarto. Eu fecho a porta,
mas não completamente e deslizo para a cama.
Eu arrumo os cobertores ao meu redor e ligo a TV. Tudo o
que eu realmente quero é ser abraçada e, acima de tudo, não
estar sozinha. Eu quero esse companheirismo e a pessoa
especial que todo mundo tem.

Toda a minha vida fui julgada por não namorar alguém


apenas por namorar alguém, mas eu não posso fazer isso. Eu
não posso estar com alguém se não estou sentindo isso,
especialmente se eu não quero nem estar perto dessa pessoa.

Fechando os olhos, afundo-me nos travesseiros e cobertores.

BUTCHER

Eu espero até ter certeza de que ela esteja dormindo e


caminho até a porta do seu quarto. A porta está um pouco
aberta e eu empurro-a. Ela está enrolada em uma pequena bola,
cercada por cobertores e travesseiros.

Eu entro no quarto e caminho até a beira da cama. Eu olho


para ela. Ela é bonita. Seus longos cabelos loiros, seu lindo
sorriso que ilumina qualquer ambiente. Ela é hipnotizante.

Hoje à noite, quando a vi indo para o clube de striptease, eu


agi. Eu sabia que ela era minha no momento em que a vi na
churrascaria, mas ainda não havia tomado alguma atitude
nisso. Agora, eu quero estar nesta cama com ela enrolada em
volta de mim, ao invés do travesseiro.

Ela é tão inocente e doce. Eu sinto que se eu tocá-la, irei


manchá-la. Eu não sou um bom homem. Eu fiz alguma merda
horrível no exterior que fodeu comigo e ainda fode comigo toda
noite quando fecho meus olhos.

Eu sei como as pessoas são perigosas e doentes neste


mundo. Eu não posso suportar o pensamento de algum filho da
puta a tocando, ou mesmo olhando para ela. Eu quero rasgá-los
em pedaços e matá-los repetidas vezes. Ela é minha e eu vou
protegê-la de tudo.

Eu a vi mudar diante dos meus olhos no clube na outra


noite. Ela passou da mais doce merda para um inferno em um
segundo. Ela bateu em Lexi e fez isso sorrindo como se fosse
apenas uma coisa cotidiana que ela faz. Ela tem uma porra
louca dentro dela.

Eu gosto disso, mas ela também é tão foda que me dói. Eu


fisicamente sofro com a visão dela, querendo tocá-la. Eu
observo ela. Eu observo tudo o que ela faz. Cada movimento
dela, aprendendo tudo sobre ela.

Agora é hora de mostrar a ela como é ser minha.

“Boa noite, Shay”, eu sussurro e dou um passo para tr{s, sem


me atrever a tirar os olhos dela.
“Boa noite, Butcher,” sua voz suave, doce sussurra de volta.

Eu me viro e me forço a sair do quarto.


7

Shaylin
Ao acordar na manhã seguinte, eu viro para olhar para o
relógio, que mostra 08h, bocejo e me alongo. É quando a
lembrança me atinge. Butcher está na minha sala de estar.

Vou na ponta dos pés até a minha porta e olho para a sala de
estar. Ele ainda está deitado no sofá, estendido, dormindo. Vou
fazer um café da manhã antes de ir para o trabalho.

Ele estava no meu quarto na noite passada. Eu fingi dormir


enquanto ele me observava. Quando ele sussurrou boa noite
para mim, meu coração pulou uma batida. Eu quero dizer
muito para ele, mas não sei como começar.

Caminho com sono para a cozinha e pego um pacote de


bacon e alguns ovos da geladeira. Então, eu coloco o bacon no
fogão porque leva mais tempo para fritar.

Trinta minutos depois, o café da manhã está pronto e ele não


entrou na cozinha. Eu tinha certeza que ele apareceria uma vez
que ele sentisse o cheiro de bacon. Eu sento, como minha
comida e ele não entra.
Depois de colocar meus pratos na pia, eu espreito a sala de
estar. Ele ainda está dormindo, virado de frente para o sofá.

Agora me sinto mal - acho que dormir do lado de fora da


minha cadeira na última semana não foi muito confortável. Ele
deve estar exausto.

Enquanto me visto, olho para o relógio. Eu tenho quinze


minutos para ficar pronta. Visto minhas roupas de trabalho e
jogo meu cabelo em um coque antes de colocar um pouco de
rímel e base. Eu pego minha bolsa na minha cadeira antes de
sair do meu quarto. Sua comida vai esfriar, então vou colocá-la
no fogão e deixar uma nota para ele trancar quando ele sair.

Fecho a porta silenciosamente atrás de mim, eu destranco


meu carro enquanto corro pelo caminho e dou uma última
olhada na direção da minha casa.

Eu gosto da ideia dele estar aqui.

BUTCHER
Eu acordo de repente, olho ao redor da sala e percebo que
ainda estou na Shaylin. Eu tiro meu celular do meu bolso e vejo
que são dez horas da manhã. Ela já saiu para o trabalho.

O pânico me atinge como um trem de carga. O pensamento


de algo acontecendo com ela e não estar lá para protegê-la é
impressionante. Nada pode acontecer com ela. Apenas não
pode.

Não posso explicar por que me sinto tão ferozmente protetor


com ela. Eu perdi minha família no momento em que eles
estavam fora da minha vista e isso fodeu comigo. O jeito que ela
sorri ao foder a todos de um jeito tão confiante, sua inocência
me faz querer proteger essa parte dela.

Eu preciso vê-la.

Eu corro para fora da casa, mas me certifico de trancar a porta


antes de sair em direção a minha moto com apenas um
pensamento em minha mente.

Chegue até ela.

Shaylin
A porta da padaria abre-se e minha cabeça vira, meus olhos
arregalados em choque. Butcher está em pé na entrada olhando
ao redor da sala freneticamente. Seu corpo está visivelmente
tremendo. Eu corro de trás do balcão.

Os olhos de Butcher fixam-se nos meus e ele relaxa um pouco


antes de aproximar-se de mim. Minha respiração sai
entrecortada, com meu coração batendo acelerado no peito e
meu corpo tenso.
Ele para bem na minha frente e eu fico completamente
imóvel, sem ousar tirar meus olhos dos dele. Sua mão dispara
de repente e se prende na parte de trás do meu pescoço. Eu
suspiro ao senti-lo tocando-me.

"Qual é o problema?", eu digo antes de ser pressionada contra


seu peito. Minhas mãos se atiram para os lados em choque
total. Aconteceu alguma coisa? Butcher se inclina e aperta os
braços em volta de mim. Eu o ouço inalar e sinto arrepios
subindo pelas minhas costas.

"Butcher?", eu sussurro contra seu peito grande, minhas mãos


em punhos na parte de trás de sua camisa. Ele não diz nada,
mas continua a me abraçar. Estou tão confusa, mas sinto que
algo importante acabou de acontecer.

Uma de suas mãos se arrasta pelas minhas costas até a parte


de trás do meu pescoço antes de escorregar no meu cabelo,
permitindo-me sair da posição em que estou. Então o deixo me
abraçar e tenho que admitir que amo o sentimento de ser
mantida assim.

Eu fecho meus olhos e aproximo-me mais dele, se é que isso é


possível, afundando no abraço. Eu respiro seu cheiro quente e
amadeirado.

"Shay", ele respira contra o meu pescoço e eu corro minhas


mãos até suas costas musculosas.
"Sim?" Eu sussurro de volta.

"Você é minha".

Meus olhos se abrem e eu me inclino para trás para olhar para


ele. Sua mão não está mais no meu cabelo. "Eu sou sua?", eu
repito, mas desta vez estou olhando-o diretamente no rosto e
sua expressão é carinhosa.

Sua mão vem até o meu rosto, cobrindo meu queixo. "Sim".

Eu engulo minhas emoções e sorrio para ele


amplamente. "Ok", eu sussurro e ele me dá um pequeno sorriso
- não é muito, mas é algo.

O sino na porta toca e o momento é quebrado. Eu dou um


passo para trás e tento suavizar o vermelho do meu rosto. Olho
por cima do ombro de Butcher e vejo um dos meus clientes
parado ali.

"Eu tenho que voltar ao trabalho".

Ele concorda. Volto para trás do balcão e ele se dirige para o


seu assento regular no canto. Minha mente está se recuperando
do que acabou de acontecer. Ele acabou de me dizer que eu era
dele e eu concordei. Eu concordei! Essa merda é uma coisa séria
no mundo dos motociclistas. Eu sei de uma coisa: gosto muito
dele.
O dia passa em um borrão. Em dado momento, Butcher saiu
por uma hora, mas ele nunca esteve muito longe de mim. Ele
me seguiu até minha casa depois do trabalho.

"Eu vou trocar-me!", eu grito por cima do ombro e entro no


meu quarto. Paro quando vejo o que está na minha cama: o
vestido que desapareceu na parte de trás da porta da loja
quando tirei minha sobrinha do provador.

Ele roubou meu vestido. Eu comecei a rir e cair na cama,


segurando meu estômago. Eu não posso acreditar que ele fez
isso! Ele tirou esse vestido da parte de trás da porta e então ele
escondeu a prateleira inteira! Isso me faz rir ainda mais. Você
tem que dar-lhe medalhas para por isso. Eu acredito que ele
poderia escrever o manual do macho alfa.

Eu passo a próxima hora preparando-me, aproveitando o


tempo para enrolar meus longos cabelos loiros em ondas
soltas. Eu fico em frente ao espelho de parede. O vestido não é
muito curto e complementa minha figura curvilínea.

Hoje à noite eu estou usando saltos, acho que quero me


aproximar um pouco da altura de Butcher. Esse homem tem
cerca de 1,90m, e eu tenho apenas 1,67m com os saltos! Os
sapatos importam sim quando você é baixa. Os saltos têm
quatro centímetros de altura e eu sei que estarei rastejando até o
final da noite, se eu não quebrar um osso primeiro.

Eu costumava ser a pessoa mais desajeitada do mundo. Meu


pai ameaçava diariamente me envolver em plástico bolha
porque eu tropeçava em tudo. Eu tropeçava subindo escadas,
quem mais pode fazer isso? Eu caía andando em uma superfície
plana. Eu estava apenas condenada. Felizmente, quando fiquei
mais velha, evoluí nisso, mas, em determinados dias, isso volta
quando menos espero.

Dando uma última olhada longa em mim mesma, eu ando até


a porta do meu quarto e coloco minha mão na maçaneta da
porta. Eu respiro fundo para controlar as borboletas no meu
estômago. É como se minha pele estivesse hipersensível.

Eu torço a maçaneta e saio, com minha cabeça erguida. Eu


olho para a sala de estar e Butcher está em pé na frente do meu
sofá olhando diretamente para mim. Eu solto uma respiração
profunda e sorrio para ele. Os olhos de Butcher deixam os meus
e olham de cima a baixo no meu corpo, deixando um rastro de
fogo.

Ele dá um passo na minha direção e eu congelo. Com cada


passo meu coração bate mais forte até que eu possa senti-lo na
minha garganta.
Ele para na minha frente e olha para mim. Eu lambo meus
lábios secos e sorrio levemente. Minhas mãos sobem e descem
pelos meus quadris para controlar meu nervosismo. Eu sou
uma pessoa confiante, mas Butcher apenas coloca-me no limite
e traz os sentimentos adolescentes vertiginosos do nada.

Sua mão move-se em direção ao meu rosto e ele toca uma


mecha do meu cabelo. Seus dedos percorrem o comprimento
dele antes de voltar para o meu rosto, e ele enfia a mecha de
cabelo atrás da minha orelha, seus dedos mal escovam minha
bochecha.

"Bonita".

Meu coração para bem ali e eu sinto como se pudesse cair no


chão em uma pilha de gosma. Eu tenho sido chamada de bonita
muitas vezes, mas vindo de Butcher é totalmente diferente. Pela
primeira vez na minha vida, toda insegurança se foi.

Eu toco a mão dele, que ainda está descansando na minha


bochecha. "Obrigada, você é lindo também". Eu vejo seu rosto
mudar em confusão, o que me faz rir.

Butcher é lindo por direito próprio. Ele não é bonito no


sentido convencional da palavra. Ele é muito masculino. Mas
ele é bonito no modo como se comporta, na maneira como
protege as pessoas com quem se importa e nas cicatrizes que
marcam seu corpo. Uma cicatriz na parte superior direita da
maçã do rosto é a que mais se destaca. Mas eu não posso ver
muito bem suas cicatrizes por causa de suas tatuagens.

Para mostrar a ele o que quero dizer, toco a cicatriz. "Lindo",


eu sussurro.

"Shay", ele rosna e tira a mão do rosto. Meus olhos se


arregalam quando ele detém o meu pulso com a sua mão. A
mão que estava tocando minha bochecha serpenteia em volta
da minha cabeça, segurando-me completamente imóvel.

Seu rosto inclina-se para o meu e minha respiração aumenta


rapidamente com o pensamento dele beijando-me, mas ele não
o faz.

Ele beija minha testa.

Fechando meus olhos eu afundo no beijo. Isto não é apenas


um beijo na testa. Um beijo na testa pode significar muitas
coisas: respeito, proteção, adoração. Eu respiro seu perfume
amadeirado, e meus pensamentos estão em uma coisa agora.

Ele é meu.
8

Shaylin

Butcher está levando-me a um dos mais sofisticados


restaurantes da cidade, por isso não estamos em sua moto.
Estamos em um enorme caminhão preto onde preciso de ajuda
para subir. Eu não acho que tenho alguma dignidade depois de
tentar trazer minha perna para dentro do veículo em cima dos
saltos. Não foi um grande momento.

Uma caminhada pelo restaurante e somos atendidas por uma


garçonete. "Nome?".

"Dean".

Eu olho para Butcher em choque, seu nome é Dean? Eu não


posso vê-lo sendo outra coisa senão Butcher. O homem parece
um açougueiro, se você sabe o que quero dizer, mas os nomes
das estradas estão lá por uma razão no motoclube. Eu só posso
adivinhar onde ele conseguiu o nome Butcher.
"Sigam-me", diz a garçonete de olhos arregalados, olhando
para Butcher.

Eu rio baixinho ao ver seu rosto. Ela pega dois menus e se


dirige para a parte de trás do restaurante. Enquanto a seguimos,
a mão de Butcher descansa nas minhas costas. Todo mundo se
vira para olhar para nós quando passamos e Butcher olha para
cada um deles, especialmente os homens. Ele irradia segurança
e proteção - emana dele. A maneira como a mão dele toca a
parte inferior das minhas costas, seu corpo ligeiramente
enrolado no meu para me impedir de causar danos e a maneira
como ele observa a todos na sala.

"Aqui esta a sua mesa!", a garçonete exclama alto com um


sorriso muito grande.

"Obrigada". Eu sorrio e sento de costas para a sala, e Butcher


visivelmente relaxa. Ele se senta na minha frente, parecendo
enorme e imponente.

A anfitriã se afasta, praticamente correndo. Eu entendo: o


homem é assustador, mas pelo menos tente esconder isso. Eu
me viro para encarar Butcher, que está olhando para mim. Eu
sorrio e olho para baixo antes de pegar o menu descansando na
minha frente.

"O que eu posso pegar para vocês beberem?", uma voz alta
diretamente ao meu lado pergunta e eu pulo, minha mão
voando para o meu peito. Butcher rosna e eu olho e vejo uma
garçonete parada ali com um bloco de anotações na mão. "Eu
sinto muito por assustar você".

Eu aceno minha mão na minha frente antes de piscar para ela


um rápido sorriso. “Não foi nada demais. Vou tomar um copo
de vinho branco”.

Ela escreve e olha para Butcher.

“Bud Light”.

Ela faz uma careta e anota seu pedido de bebida. Eu rolo os


olhos mentalmente. "Eu vou pegar suas bebidas". Ela se afasta.

"De onde você é?", eu pergunto a Butcher e sorrio levemente.

"Tennessee". Ele senta-se em seu assento, relaxando.

Eu estou roendo meu lábio inferior porque quero saber muito


sobre ele. "O que o trouxe para o Texas?", eu mexo
nervosamente na borda do menu.

Os olhos de Butcher vasculham meu rosto e depois olham


para minhas mãos. Eu sinto que ele pode sentir meu
nervosismo. "Eu queria um novo começo".

Percebo. Eu olho para baixo e mexo com o guardanapo no


meu colo. "Ah, eu vejo".

"Sorria".
Minha cabeça levanta com seu tom abrupto. Butcher se
inclina para mim. "O que?", eu digo sem fôlego, colocando uma
mecha de cabelo atrás da minha orelha.

“Sorria, nunca pare de sorrir e não fique nervosa ao meu


redor. Nunca ao meu redor”.

Meu coração para com suas palavras e um enorme sorriso


irrompe no meu rosto. Eu nunca imaginei que ele pudesse ser
doce. Seu rosto suaviza com a visão e sua mão sobe ao meu
queixo, seu polegar roçando o lado da minha boca. "Assim está
melhor".

Cara, meu estômago revira. "Alguém já lhe disse que você é


um doce?".

Seus olhos se arregalam de surpresa. "Eu não sou doce", ele


resmunga e senta de volta em seu assento, fixando um olhar em
mim.

Ah sim, Butcher, eu tenho o seu número. Eu arqueio minha


sobrancelha para ele. "Talvez não para todos os outros, mas
você é para mim". Eu sorrio para ele e me levanto. “Eu j{ volto,
peça por mim se ela voltar. Eu preciso ir ao banheiro”.

Então me afasto da mesa e atravesso a sala, deixando-o com


seus pensamentos. Estamos em uma das cabinas que as pessoas
podem alugar e é meio isolado. Somos os únicos clientes além
de um grupo de homens sentados em algumas cabines.
Um pedaço de papel cai da mesa dos homens e bate no chão
na minha frente. Eu sei que eles só queriam me ver abaixar,
então eu me ajoelho e me agacho, não dando a eles a satisfação.
Pego o pedaço de papel e o coloco sobre a mesa, olhando para o
homem que o largou. "Eu não me apaixono por essa merda,
foda-se".

Sua boca se abre e ele me olha de cima a baixo. "Baby, eu


poderia ter você debruçada sobre esta mesa em poucos
segundos".

"Claro, esse seria o dia, babaca, continue dizendo a si mesmo


isso". Eu rio em voz alta e passo por eles. Esse cara é um idiota
total. Cada um desses homens tem “babaca” escrito neles - com
sua aparência de menino muito bonito. Bucetas - todos eles.

BUTCHER

"Eu poderia ter você debruçada sobre esta mesa em poucos


segundos".

A raiva me atinge com força e rapidez. Eu me levanto e vou


até os homens, certificando-me de que Shaylin vá ao banheiro
antes de me aproximar deles. Eu vejo uma faca em uma mesa
vazia e aperto na minha mão. A mão do homem está
descansando na mesa em cima da nota que Shaylin pegou do
chão.

Ninguém, porra, desrespeita-a assim. Nunca. Essa merda não


acontece e com certeza não acontece na minha frente.

Eu bato a faca na mesa entre os dedos, certificando-me de


pegar a pele onde seus dedos se encontram. O filho da puta traz
a mão para trás, chorando de dor.

Eu rolo meus olhos para ele. Sua cabeça dispara ao redor e ele
olha para mim. Ele e seus amigos me notam. Porra. Eu sou seu
maldito pesadelo.

"O que foi, cara?", pergunta aquele que deixou a nota e


desrespeitou a minha mulher.

"Você disse que poderia dobrar minha mulher sobre a mesa


em dez segundos?".

Ele e os outros filhos da puta ficam pálidos. "Cara, eu não


sabia que ela estava com alguém", ele gagueja, e isso me deixa
ainda mais louco. Quem se importa se ela está comigo ou não?
Isso não lhe dá o direito de falar com alguém assim.

Isso me irrita.

Eu agarro-o pela garganta e levanto-o para fora da cabine. Ele


se levanta ao meu lado, com as mãos nos meus pulsos. Eu solto
sua garganta e ele começa a recuar, mas eu coloco minha mão
na parte de trás do seu pescoço.

"O que você está fazendo?", pergunta ele.

Mas essas são as únicas palavras que ele está soltando. Eu


bato o rosto dele na mesa e ouço o som satisfatório de seu nariz
se quebrando. "Agora quem está curvado sobre a porra da mesa
em dez segundos?", eu rio e pressiono seu rosto mais duro na
mesa antes de soltar.

Ele se levanta e agarra o nariz antes de se sentar, e seus


amigos imediatamente começam a mexer com ele.

Volto para a mesa no momento em que a garçonete chega.


“A moça quer um salmão com mel e molho de abacate cítrico e
eu vou comer o bife de 30 gramas coberto com vieiras
grelhadas”.

Eu entrego a ela ambos os menus, ela me agradece e sai.

"O que eu perdi?", Shaylin pergunta e se senta na cadeira na


minha frente.

"Nada, eu só pedi a comida". Eu pisquei e sentei na minha


cadeira.

Ela sorri para mim como quem sabe mais do que eu acho que
ela diz. "Claro que você fez". Naquele sorriso malicioso que ela
tem, eu estou preso.
Shaylin

Assim que eu saí do banheiro, meus olhos foram direto para o


homem que me ofendeu e ele está sentado lá segurando o nariz.
Ele me vê caminhando em sua direção e quase se arrasta
debaixo da mesa.

Butcher.

Butcher deve ter ouvido o que ele disse para mim. Eu rio
baixinho e volto para minha mesa. “O que eu perdi?”, eu não
posso resistir a perguntar.

“Nada, eu só pedi a comida”. Ele pisca e d{-me um olhar


presunçoso.

Dou-lhe um sorriso malicioso, deixando-o saber que eu sei


que est{ muito longe da verdade. “Claro que você fez”, eu digo
sarcasticamente e ele sorri.

Eu chupo em uma respiração afiada. Foda-se, ele é belo e


perigoso. Deve ser um crime alguém se parecer com isso.

De acordo com o motoclube, Butcher servia nos SEALs da


Marinha. "Você sempre quis ser um SEAL?".
Ele balança a cabeça e toma um gole de sua cerveja. "Você
sempre quis confeitar?".

Eu rio e aceno. “Sim, eu apaixonei-me por isso desde que me


lembro. Eu costumava subir em uma cadeira para chegar ao
topo do balcão e mexer todos os meus ingredientes. Foi
horrível, mas meu pai e meus tios fingiram que era a melhor
comida de todas”.

Butcher sorri para mim, seus olhos se iluminam. "Eu gosto da


sua comida".

Eu rio de novo e jogo meu cabelo por cima do ombro. “Eu


percebi que você devorou pelo menos uma dúzia de cupcakes
por dia desde que você me conheceu”.

Ele encolhe os ombros. "Muito bom".

Eu concordo. "Sim, porque eu os fiz".

Seus ombros tremem de rir e eu sorrio abertamente. Eu quero


que ele ria mais vezes. Uma figura passa por nós, praticamente
correndo, e eu me viro para ver quem é. É o homem cujo nariz
Butcher quebrou. Ele continua olhando de volta para Butcher,
que arrasta sua faca de carne pela garganta. É tudo o que
preciso para eu começar a rir. Butcher derruba a faca e bate no
topo da mesa. Isso foi épico - ele é louco porra.
A garçonete volta com a nossa comida. "Aqui está". Eu limpo
sob meus olhos para me livrar das lágrimas e sento-me na
cadeira para que ela possa colocar a comida na mesa. Eu olho
para o que ele pediu e é uma das minhas refeições favoritas. Ele
está olhando para mim, avaliando minha reação. "Isto está
perfeito. Obrigada".

Ele olha para baixo e começa a cortar seu bife. Eu pego meus
talheres e fico ocupada cortando minha própria comida. Não
tenho vergonha de admitir que comi tudo o que estava no meu
prato.

Quando terminamos de comer, ele pagou pela comida e nós


caminhamos, lado a lado, pelo restaurante, com sua mão no
meu quadril dessa vez. Eu lambo meus lábios ressecados e
respiro fundo para me conter. Eu gosto que ele esteja me
tocando agora e ele fez isso sem pensar duas vezes.

"Shaylin?".

Eu me viro e vejo um dos caras com quem eu fui a um


encontro. A mão de Butcher aperta meu quadril
possessivamente. Eu aceno para o cara e me afasto. Nós fomos a
apenas um encontro, o que ele esperava?

"Muitos paus aqui dentro", Butcher rosna. Eu sorrio e envolvo


meu braço em torno de suas costas.
"Vamos, então". Inclino a parte de trás da minha cabeça
contra o peito dele, olhando para ele. O olhar de Butcher cai
quando ele olha para mim.

Saímos do restaurante e entramos na escuridão do


estacionamento. Butcher puxa-me mais apertado contra ele,
como se ele estivesse me protegendo com seu corpo.

Quando ele abre a porta do seu caminhão, eu pego a


maçaneta e oh, merda, levanto minha perna para dentro. As
suas mãos envolvem meus quadris e eu sou levantada para
dentro do caminhão.

"Obrigada", eu pisco para ele, que balança a cabeça para


mim. Quando ele sai do estacionamento, eu coloco meu cinto
de segurança e tiro meus saltos, que estão machucando meus
pés.

Ele me oferece sua grande mão tatuada e passa seus dedos


pelos meus. Ele coloca nossas mãos unidas em seu colo, eu me
afasto, escondendo meu sorriso bobo.

"Seus pés doem?".

"Sim, eu odeio saltos". Eu aliso meu cabelo sobre um ombro.

"Você é tão bonita sem eles".


Meu queixo bate no chão novamente. Este homem é
seriamente doce. "Doce", eu digo simplesmente e ele balança a
cabeça negativamente.

"Falando a verdade".

Ele segue para a minha sua.

"Ainda doce", eu falo.

"Não é doce quando você está sendo honesto".

Eu aponto para ele. “Doce!”, eu digo em voz alta dessa vez,


ele balança a cabeça novamente. Eu não digo mais nada porque
ele vai discordar, mas nós dois sabemos a verdade aqui. A
verdade é que ele é doce para mim, mas nós temos um visual
de como ele não era doce antes.

Depois que ele entra na minha garagem, sem uma palavra, ele
me tira do caminhão, me segurando no estilo de noiva.

"O que você está fazendo?".

Ele fecha a porta e me leva até a entrada da minha


varanda. "Seus pés doem".

E ele diz que não é doce.


9

Shaylin

Entramos na minha casa e ele coloca-me no chão. Se ele


estivesse realmente preocupado com meus pés, não teria me
colocado no chão tão rápido. Eu acredito que ele só queria me
carregar.

"Vestirei algo confortável", eu entro no meu quarto, deixando


Butcher na sala de estar. Estou supondo que ele vá se trocar
também, já que ele carregava uma bolsa antes.

Eu me troco em um par de calças de moletom e outra camisa


folgada que está pendurada no meu ombro. Eu jogo meu cabelo
em um coque e faço rápido o trabalho de me livrar da
maquiagem.

Cerca de dez minutos depois, entro na minha sala de


estar. Butcher está sentado no meu sofá, sem camisa e com um
par de moletons. Aquele abdômen e aquelas tatuagens! Doce
bebê Jesus, me dê força. Sinto meu rosto ficando quente, sei que
estou vermelha de vergonha.
Eu me sento no sofá, uns trinta centímetros longe dele, mas o
que eu realmente queria era estar pressionada contra o seu
tórax duro. "O que você quer assistir?", eu pergunto hesitante,
em seguida, ligo a TV.

"Traga sua bunda aqui".

Eu deixo cair controle remoto e o pego. "O quê?", eu pergunto


e coloco o controle remoto na mesa de café à nossa frente.

"Venha aqui".

Eu ando até ele e lentamente deito minha cabeça no tórax


dele. No momento em que toco seu peito nu, desmaio
internamente. Eu tenho que salvar alguma dignidade. Isto é o
que é o céu.

Seu braço sai da parte de trás do sofá e descansa nas minhas


costas com a mão no meu quadril. Incapaz de me ajudar, eu
passo a minha mão por sua barriga, arrastando-a lentamente
até o tórax dele.

Eu o sinto tremer e eu cubro minha boca para não fazer


nenhum som. Eu gosto que ele esteja afetado por mim como eu
estou por ele.

Após alguns minutos no programa de TV, ele começa a


mover a mão para cima e para baixo nas minhas costas, o que é
uma grande fraqueza minha. Eventualmente, sua mão
serpenteia sob a minha camisa para esfregar minhas costas,
suas unhas deslizando pela minha pele.

"Você está tentando fazer-me dormir?", eu suspiro e enterro


minha cabeça em seu peito. Com minha mão livre, eu puxo
meu laço soltando o meu cabelo.

Sua mão afunda no meu cabelo e ele deixa suas unhas se


arrastarem pela minha pele. Eu acho que vou me casar com ele
depois disso. "Se você continuar fazendo isso, eu vou
apaixonar-me por você". Eu bocejo novamente.

"Esse é o plano".

Eu congelo e pisco algumas vezes. Ele acabou de dizer isso ou


imaginei? Para confirmar, eu me solto dele e fico de joelhos ao
seu lado.

"Você acabou de dizer isso?" Eu pergunto em um sussurro.

Ele balança a cabeça e sorri. Eu me inclino para frente,


envolvendo meus braços em volta do seu pescoço, abraçando-
o. Minha bochecha cai contra a dele e eu respiro seu perfume
inebriante, que é todo masculino. Ele move sua bochecha da
minha e então aqueles lábios tocam minha testa.

Sento-me perfeitamente imóvel, deixando-o fazer o que


quiser. Eu mantenho meus olhos fechados. Seus lábios saem do
meu rosto e meu estômago aperta na expectativa do que vai
acontecer a seguir.

Seus lábios tocam minha bochecha e eu pulo levemente no


contato. Eu descanso minhas mãos em seus ombros.

Seus lábios tocam o canto da minha boca e eu me aproximo,


querendo que eles percorram aquela pequena distância para
atingirem os meus lábios.

Então, isso acontece. Seus lábios tocam os meus e no


momento em que o fazem parece que eu fui eletrocutada. Eu
suspiro, trago minhas mãos para a parte de trás de sua cabeça e
eu passo meus dedos pelos cabelos dele.

Butcher rosna e agarra meus quadris, me puxando totalmente


em seu colo, minhas pernas em ambos os seus lados. Sua mão
grande sobe pelas minhas costas e depois no meu cabelo,
assumindo o controle total do beijo.

Seus lábios se movem sobre os meus e eu abro minha boca,


afundando no beijo. Eu levo uma mão do seu cabelo ao seu
maxilar. Eu sinto sua mandíbula se mover com o movimento
em meus lábios. Eu estremeço e trago meu corpo para mais
perto dele. Peito a peito.

Sua mão afunda no meu cabelo e ele me beija de volta mais


forte. Ele leva meu lábio em sua boca e eu abro meus olhos. Ele
arrasta os dentes pelo meu lábio inferior. "Minha", ele rosna
alto, seus olhos escuros. Suas mãos caem na minha bunda e ele
aperta, puxando-me com mais força contra ele.

É quando eu percebo o quanto ele está duro e é instintivo


balançar meus quadris. Esse movimento me faz estremecer de
prazer. Eu caio para frente, trazendo meus lábios de volta para
os dele e eu movo meus quadris novamente, gemendo contra
sua boca. Ele me beija e me puxa com mais força contra ele.

Eu o quero tanto, sinto que estou queimando de dentro para


fora. Ele se levanta e eu envolvo minhas pernas ao redor de sua
cintura. Enquanto ele caminha em direção ao quarto, eu não
tiro minha boca da dele.

Um segundo depois, sinto minha cama e afundo no


colchão. Eu não solto minhas pernas de Butcher. Eu sinto seus
braços em ambos os lados da minha cabeça e seu corpo está
pressionado contra o meu.

Ele toca meu quadril e eu gemo. Tão perto.

Sua boca se separa da minha e ele olha nos meus olhos. "O
que você quer?".

Meu peito está se movendo rapidamente porque estou sem


fôlego. "Eu não sei", digo a ele honestamente. "Eu nunca estive
com um homem antes, eu nunca fui tocada por um antes", eu
sussurro para ele, quase envergonhada. Que garota de vinte e
cinco anos nunca esteve com um homem antes?
O rosto de Butcher muda e um grande sorriso aparece em seu
rosto - é de tirar o fôlego. Eu levanto minha mão e seguro sua
mandíbula.

Ele sorri mais largo e olha para os meus lábios, depois para os
meus olhos. Eu sinto sua mão se mover do meu quadril para
minha buceta e isso me domina. Eu sacudo com a sensação de
ele me tocando, um arrepio de emoção através do meu corpo.

"Braços acima da sua cabeça".

Eu tremo de excitação e nervosismo. Eu me sento e ele se


senta ao meu lado. Eu levanto meus braços acima da minha
cabeça. Ele arranca minha camisa e me vê de sutiã. Ele puxa
minhas calças pelas minhas pernas e as joga do outro lado da
sala.

Eu deito de volta na cama, recuo para trás, então minha


cabeça está deitada no meu travesseiro.

Butcher se move de volta para mim, colocando seu corpo em


cima do meu e seu rosto diretamente acima do meu. "Eu não
vou lhe foder hoje", diz ele em sua voz profunda e áspera. Seus
lábios beijam os meus suavemente, em seguida, gradualmente
vão para o meu pescoço. Eu arqueio meu pescoço, dando-lhe
melhor acesso e arrepios sobem pela minha pele.

"Hoje".
Eu abro meus olhos e olho para ele. Ele desliza a mão pelas
minhas costas. Eu sinto meu sutiã se soltando, e ele levanta dos
meus braços. Ele o joga no chão e me dá um sorriso malicioso
que me diz que eu vou aproveitar cada segundo disso.

Sua mão se fecha ao redor do cós da minha calcinha, e eu


aperto em antecipação. Eu lambo meus lábios, imaginando o
que ele vai fazer a seguir. "Hoje ..." Ele aumenta o aperto na
minha calcinha. “Hoje, eu vou provar cada parte do seu corpo,
aprendendo o que te faz se contorcer, o que faz você gritar meu
nome e o que faz você vir mais e mais”. Ele arranca a calcinha
do meu corpo e ela cai no chão.

Meu Deus. Foda-me. Eu estou completamente nua na frente


dele agora. As únicas vezes em que fico nua é quando estou me
depilando ou com meu médico.

Meus olhos ansiosos seguem cada movimento dele. Ele


absorve meu corpo, indo dos meus pés até o topo da minha
cabeça. É preciso tudo em mim para não me cobrir. Eu não sou
autoconsciente - é apenas instintivo.

"Você é linda".

Eu derreto ali mesmo, seu rosto deixa meu corpo e ele olha
profundamente nos meus olhos.

"Você é a mulher mais linda que eu já vi".


"Butcher", eu sussurro e me sento e pressiono meus lábios nos
dele. Ele é simplesmente perfeito. Ele quebra o beijo e pressiona
a testa contra a minha e eu o vejo sorrir. "Agora a diversão
começa".

Ele corre pelo meu corpo, seus lábios se movendo para os


meus ombros. Ele os beija e se move para o meu pescoço. Ele
mergulha a língua e eu sacudo com a sensação. Minhas mãos
vão atrás de sua cabeça, afundando em seu cabelo.

Sua boca se move entre meus seios, beijando e


lambendo. Tortura - eu acredito que é assim que você pode
chamar isso.

Eu tiro uma mão do cabelo dele e a puxo para baixo, minhas


unhas arranhando-o levemente. Eu sinto sua respiração em
meus mamilos por uma fração de segundo antes de sua boca se
fechar em torno do mamilo esquerdo. Prazer dispara direto
para minha buceta. Eu grito e minha mão volta para o cabelo
dele e, instintivamente, o puxo.

Ele ri, se move para o outro mamilo e eu jogo minha cabeça


para trás. Eu puxo o cabelo dele novamente. Eu não posso
evitar. Fica intenso por uma fração de segundo e isso só
acontece por um minuto ou mais, arrastando minha tortura.

Seus lábios deixam meus seios e descem para o meu


estômago, cada vez mais perto da minha…
Puta merda! Ele vai fazer o que eu acho que ele vai?

Minha pergunta é respondida logo quando ele desliza para


fora do final da cama e cai de joelhos. Suas mãos envolvem
meus joelhos e eu sou puxada para a beira da cama. Eu rio com
o movimento repentino. Ele pega meus joelhos e os levanta
sobre seus ombros, deixando-o de frente para mim lá.

Eu levanto a cabeça e olho para ele com os olhos


arregalados. Ele sorri para mim e abaixa a cabeça. Ah
Merda. "AHH!" Eu grito. Sua língua se movimenta no meu
clitóris e é foda de tão intenso. Ele faz isso de novo e de novo.

Minha cabeça está jogada para trás, minhas costas


ligeiramente arqueadas e minhas mãos enterradas
profundamente em minhas cobertas. "Butcher", eu grunho e
corro meus dedos pelas costas nuas. Estou tão perto, tão perto,
mas só preciso de algo.

Ele desliza um dedo dentro de mim e enrola o dedo.

Eu quebro em um milhão de pedaços. Meu corpo aperta e


sinto minha boceta pulsando em torno de seu dedo. Meus
ombros sacodem com o poder do orgasmo e eu cubro minha
cabeça no cobertor ao meu lado, mordendo-o enquanto desço
do orgasmo de abalar a terra que acabei de ter.

Braços me envolvem e sou levantada da cama. Eu solto o


cobertor e olho para Butcher, que tem um sorriso de satisfação
no rosto. Eu rio baixinho para mim mesma e coloco minha mão
em seu peito quente.

Estou deitada na cama, com a cabeça no travesseiro, Butcher


caminha até o interruptor de luz e o apaga. Quando ele chega à
cama, ainda estou deitada de costas e eu levanto o cobertor para
nos cobrir.

Butcher desliza até que estejamos nos tocando. Ele me beija


na bochecha e abaixa a cabeça no meu pescoço. Seu braço sobe e
envolve meu pescoço, sua palma descansando no travesseiro ao
lado da minha cabeça e seu corpo sobre o meu. Eu olho para a
porta do quarto e depois para Butcher.

"Butcher", eu digo baixinho e ele murmura: "Hmm".

“Você est{ cobrindo meu corpo com o seu, você est{ me


protegendo. É por isso que você dormiu fora da minha
casa. Você est{ me protegendo”, eu sussurro e me aproximo
dele, beijando o topo de sua cabeça.

Ele move a mão do meu travesseiro para a minha


bochecha. "Mata-me pensar em algo acontecendo com você".

Eu fecho meus olhos para segurar as lágrimas. Fui protegida


toda a minha vida, mas para alguém ir tão longe para ter
certeza de que nada me machucaria - não consigo descrever as
emoções que estou sentindo.
"Boa noite", eu sussurro, meus olhos ainda fechados.

"Boa noite, Shay". Ele tira a mão do meu rosto e eu adormeço


sorrindo.
10

Shaylin

Eu acordei atrasada para o trabalho, e isso significa que a loja


não abriu até uma hora após o horário previsto. Eu corri como
uma galinha com a cabeça cortada, vestida com algumas roupas
e corri para fora da porta com Butcher fervendo em meus
calcanhares.

Ontem à noite foi uma loucura, eu não posso acreditar em


tudo que aconteceu. Corei a manhã inteira pensando no que
havia acontecido e em Butcher descendo pelo meu corpo. Ah,
entendeu? Não me entenda mal, eu vim antes, mas é muito
diferente quando alguém faz isso com você.

Butcher estaciona a moto e atravessa a rua para pegar o café


da manhã.

Felizmente, eu tinha tudo preparado na noite passada ou eu


estaria realmente sofrendo. Eu preciso contratar alguns
funcionários em tempo integral. No ano passado, a padaria
cresceu além do que eu poderia imaginar.

A campainha da cozinha dispara, deixando-me saber que


meus lotes de bolinhos estão prontos. Eu entro na cozinha e
abro meus muitos fornos. Eu pego minha mesa rolante e as
luvas do forno penduradas na parede.

Depois de colocar as luvas, eu as coloco dentro do forno. Em


cada mão levo uma bandeja de cupcakes e coloco-os na mesa.

Eu ouço o sino acima da minha porta, e eu desligo o forno. Eu


voltarei para o resto. Quando chego na metade da cozinha,
ouço um barulho alto. Eu congelo e meu coração para,
esperando o pior.

Eu olho para o monitor de segurança e vejo três homens. Eles


têm badanas sobre seus rostos e armas. Um dos homens está
atrás do balcão. Eu ouço o barulho alto de novo e o vejo
batendo no registro.

Foda-se foda-se. Butcher está do outro lado da rua e eu não


tenho o número dele. Pegando meu telefone, eu saio pela porta,
meu coração batendo tão forte que eu sinto que eles podem
ouvir. Coloquei o telefone em silêncio e enviei uma mensagem
para meu pai. Ele saberá o número de Butcher.
EU: Papai, três pessoas invadiram a padaria. Eu estou nos
fundos e eles não sabem que estou aqui. Butcher está do outro
lado da rua para pegar o café da manhã.

Eu apertei o botão enviar e coloquei meu celular de volta no


meu bolso. Então me ocorre que tenho uma arma armazenada
sob o gabinete. Eu me abaixo em minhas mãos e joelhos, me
estico debaixo do armário e pego a arma.

Verifico quanta munição tenho e vejo que tenho um pente


completo. Eu empurro o pente de volta, pego a arma e retiro a
trava de segurança. Eu não estou me arriscando. Eu recuo,
coloco as costas para o canto e me preparo.

"Espere", uma voz diz e eu endureço. "Alguém tem que estar


aqui, senão a loja não estaria aberta".

Foda-me!

Eu mordo meu lábio inferior, certificando-me de ficar em


silêncio. Não há literalmente lugar para se esconder na minha
cozinha. Eu queria uma planta enorme de piso aberto. Grande
erro, obviamente. Uma figura se move na frente da entrada da
cozinha e entra. "Bem, olha o que temos aqui!".

Eu tenho a arma escondida nas minhas costas. "Pegue o


dinheiro e vá". Eu não quero que isso acabe mal.
“Não podemos deixar uma testemunha. Desculpe, gatinha.
Eu vejo uma marca no lado do pescoço dele. Ele levanta a
arma. Ele vai matar-me.

"Você não precisa fazer isso". Eu tento manter minha voz


firme, não querendo ceder ao meu medo. O medo é
angustiante. São três contra um e estão armados. Por que eles
estão roubando uma padaria no meio do dia?

Ele se aproxima e tira a badana de sua boca. Ele zomba de


mim e noto a tatuagem no lado do pescoço dele. Eu sei que está
relacionado a algum tipo de gangue ou grupo. Isso não é bom,
caralho.

"Nós podemos fazer um arranjo para tirar você disso". Seus


olhos se movem para cima e para baixo no meu corpo. Vômito
sobe pela minha garganta. Isso é doentio e me irrita.

É como se algo viesse do meu corpo quando estou


chateada. O medo se foi pela janela. "Nenhum arranjo". Estou
ficando mais louca a cada segundo. Seus olhos estão
demorando nos meus seios.

Ele ri e seus olhos se movem dos meus seios para o meu


rosto. “Não, eu não preciso de um arranjo. Eu só vou pegar,
quer você queira ou não”.

Foda-se essa merda.


Eu sorrio para ele, mostrando os dentes e tudo. "Grande erro".

Eu tiro a minha arma das minhas costas, aponto para a sua


virilha, e puxo o gatilho. Ele cai no chão gritando. Eu corro e
chuto a arma da mão dele e ela desliza pelo chão. “Agora você
não vai mais fazer merda". Eu chuto o rosto dele, derrubando-o
à frio.

A adrenalina está bombeando através de mim e ouço alguém


correndo em minha direção. Eu me preparo. Um tiro dispara e
depois outro. Um homem cai na cozinha. Ele cai de cabeça
primeiro, o sangue imediatamente se acumulando ao redor
dele.

"SHAYLIN!", Butcher ruge e eu entro em ação.

"Eu estou bem!", eu grito. Eu ouço passos trovejantes e ele


entra na cozinha. Ele olha para o homem em quem atirei na
virilha, antes de correr e me agarrar em seus braços.

"Não faça essa merda de novo".

Eu envolvo meus braços ao redor dele com mais força, meu


corpo tremendo de emoção. Eu ouço alguém gemendo, e eu
sinto Butcher endurecer antes que ele me deixe ir. Ele me
protege com seu corpo. Eu espreito ao seu lado. O homem que
atirei na virilha está acordado e gemendo, segurando-se.
"Por que você atirou nele na virilha?", Butcher diz com uma
voz estranhamente fria e colecionada.

"Ele ameaçou me estuprar".

Meu corpo fica sacudido quando digo a palavra


"estupro". “Isso me bate o que acabou de acontecer: eu poderia
ter sido estuprada. Isso poderia ter sido uma situação muito
ruim. Sorte que eu tinha uma arma e Butcher estava aqui”.

"É um homem morto, mas não ainda". Eu posso ouvir o


sorriso em sua voz. Butcher caminha até o armário, pega uma
toalha e joga-a para ele. "Ainda não é sua hora".

Calafrios correm pela minha espinha ao som de sua voz. Esse


homem não vai morrer fácil. Eu sinto meu celular vibrando no
meu bolso e, com uma mão muito trêmula, eu o levanto. Eu
olho para a tela e vejo que é meu pai.

"O-O-Olá", eu sufoco com a adrenalina está se diminuindo e


tudo está começando a afundar.

“Shay, você est{ bem? O que aconteceu?”, as palavras do


papai saem rápidas e eu ouço um monte de motocicletas no
fundo. Eu sinto alguém em pé na minha frente e olho para
cima. Butcher está com a mão para tirar o telefone de mim.

"Aqui é Butcher". Eu ouço meu pai no fundo, falando a mil


por hora. Eu corro para os braços de Butcher. Eu só preciso me
sentir segura agora. Eu sou uma garota durona e eu não tomo
nada de ninguém, mas isso me abalou profundamente. Eu
nunca esperei que isso acontecesse.

Eu ouço um monte de motos estacionando do lado de fora e


Butcher termina o telefonema com meu pai e enfia o celular no
bolso de trás. Butcher me segura firmemente contra ele, meu
rosto enterrado em seu peito.

"Você nunca vai deixar a minha visão de novo". Ele me aperta


mais apertado contra ele.

"Eu não quero", eu admito e cerro as costas de seu


colete. Mesmo depois disso, sinto-me segura agora. Eu me sinto
segura envolvida em seus braços. Isso é uma coisa estranha de
acontecer, mas um dos riscos de ter sua própria loja é que
alguém pode tentar roubar você.

Poderia ter sido muito pior.

"Butcher!".

Eu olho para a entrada da cozinha e vejo um monte de


membros do Devil Souls atravessando a porta: Kyle, Ryan,
Tocha, Techy, Vinny, Jack, Trey e Locke.

"Que porra aconteceu?", Kyle pergunta e dá um passo à


frente.
"Alguém tentou me roubar". Eu me sinto muito melhor agora,
até posso ouvir minha voz. Eu aumento meu aperto em Butcher
e me afasto um pouco, mas a mão dele nas minhas costas me
pressiona contra ele mais forte do que antes. Eu acho que não
estou me movendo, então.

“Vamos acabar com essa merda. Smiley est{ a caminho?”,


Kyle pergunta e assobia enquanto ele pega o cara sentado
contra a parede segurando uma toalha em sua virilha. O corpo
de Kyle endurece e ele olha para mim. "Este é o seu trabalho?".

Eu concordo. "Ele disse algumas coisas ofensivas".

Kyle sorri e então olha para os outros membros. "Vamos nos


divertir um pouco mais tarde, garoto, e espere até conhecer o
pai dela".

Eu sorrio com isso.

Ouvimos um rugido de motocicletas do lado de fora e eu olho


para Butcher. Ele beija minha testa, eu fecho meus olhos,
deixando a sensação de segurança e tudo o que Butcher faz
toma conta de mim.

Eu ouço minha porta se abrir e o som de muitos passos. Eu


acho que os tios também vieram. Primeiro meu pai passa pela
porta, depois Lane e depois todo mundo. Butcher endurece e dá
um passo para trás como se estivesse pronto para fugir comigo,
me escondendo de todos.
Meu pai não poderia se importar menos, no entanto. Ele me
arranca dos braços de Butcher e me coloca nos seus. “Eu nunca
tive tanto medo na minha vida. Não faça essa merda de novo”.
Eu ri um pouco disso porque Butcher disse a mesma
coisa. Butcher pode ter deixado meu pai me ter, mas ele ainda
está me tocando.

"Pai, minha vez". Lane me rouba do meu pai, e eu sinto


Butcher se movendo comigo. Um por um, sou passada para
todas as vinte pessoas.

"O que diabos aconteceu, Shay?", meu pai pergunta uma vez
que estou livre de todos. Butcher se afasta de todos, colocando-
me perto de seu corpo, ele ignora todos os olhares que está
recebendo dos membros do clube de Lane.

“Eu estava aqui atr{s e ouvi um estrondo alto”. Entro em


detalhes, repetindo exatamente o que o homem me disse. O
culpado está muito vivo e está olhando para todos com os olhos
arregalados, parecendo apavorado.

Eu não consigo sentir pena de alguém que mais cedo


ameaçou me matar e fazer coisas terríveis para mim. Eu estou
ficando brava de novo pensando nisso.

Smiley e Lane dão um passo à frente ao mesmo tempo, mas


meu pai é o único que sorri como se fosse o melhor dia na
Terra. "Grande erro", diz papai. O cara parece que vai se mijar,
mas eu não tenho certeza se ele pode fazer mais isso,
considerando tudo. Smiley olha para o sangue e depois para
mim, sorrindo. "Você explodiu o pau dele". Ele se vira para o
homem. "Ela fez isso sorrindo?".

Minha boca se abre e olho para meu pai em estado de


choque. Ele acabou de perguntar isso? O cara acena com a
cabeça e empalidece ainda mais.

Papai sorri para todos e diz: "Essa é a minha filhinha".

Não há esperança de escapar do meu pai. Eu envolvo meus


braços em torno de Butcher e coloco minha cabeça em seu peito,
me sentindo exausta de repente.

“Eu vou lev{-la para casa. Eu estarei no clube mais tarde para
nos divertirmos”. Butcher rosna na última parte e todos na sala
concordam. Butcher praticamente me carrega pela porta dos
fundos.

BUTCHER

O telefonema que mudou a porra da minha vida. Seu pai me


ligou e só levou o som do nome dela saindo de sua boca para
me colocar em ação. Eu corri pelo estacionamento e atravessei a
rua no que pareceram horas, mas duraram apenas alguns
segundos. Eu ouvi um tiro quando eu pisei na calçada. Eu abri
a porta, peguei minha arma e atirei no filho da puta que estava
indo para trás e depois no outro, que estava atrás do balcão. Eu
gritei o nome dela, e quando ela respondeu, eu quase caí na
porra do chão em alívio.

Eu corri para a cozinha e ela pareceu estar perfeitamente


bem. Eu olhei para o homem deitado no chão, a poucos metros
de distância dela. Eu diminuí a distância entre nós e a envolvi
em meus braços. Eu respiro o cheiro dela e a toco para ter
certeza de que ela não está machucada, para me lembrar de que
ela ainda estava aqui.

Raiva é algo que eu me acostumei sentir, mas não é nada


comparado à minha raiva sobre algo acontecendo com ela. Eu
rastrearei cada pessoa que teve um papel nisso e irei rasgá-los.

Alguém gemeu e eu olhei em volta para ver o homem com


um tiro no pau.

Eu perguntei por que ela fez isso e soube o motivo antes


mesmo que ela me contasse.

Eu olhei para o homem e disse: "É um homem morto". Ele


empalideceu e eu sorri para ele. Isso vai ser divertido pra
caralho.
Shaylin

Eu só quero ir para casa e enroscar-me na cama, vendo


TV. Hoje foi horrível. Nunca achei que seria roubada no meio
do dia. Eu simplesmente não consigo envolver minha cabeça
nisso ou o fato de que eu atirei no pau dele. Eu acredito que ele
mereceu isso, no entanto.

Butcher está me levando para fora da loja enquanto ele me


guia até a sua moto. Eu o sinto olhando para mim e sei que ele
está preocupado. Eu estarei bem. Eu só quero ficar longe de
todos os corpos.

Acima de tudo, só quero que Butcher me abrace.

Nós alcançamos a moto dele. Ele coloca a jaqueta de couro em


mim e eu olho para ele. Seus olhos estão procurando meu rosto
e eu dou-lhe um pequeno sorriso. O corpo inteiro de Butcher
relaxa e ele toca o lado do meu rosto. "Minha Shay".

Isso traz um sorriso cheio para o meu rosto e eu caio em seus


braços. Fecho meus olhos enquanto minha cabeça pousa em seu
peito quente e respiro seu aroma. Seus lábios tocam o topo da
minha cabeça e eu torço minhas mãos na parte de trás de sua
camisa.
"Vamos para casa". Eu deixo cair minhas mãos e dou um
passo para trás. Butcher sobe em sua moto e eu subo atrás
dele. Ele liga a moto e eu me aconchego a ele, envolvo meus
braços em volta dele e descanso minha cabeça em suas costas.

Ele sai do estacionamento, depois segue para a rodovia, mas


não na direção da minha casa.

"Onde estamos indo?", eu grito para ele para que ele possa me
ouvir sobre o barulho a moto.

"Minha casa".

A casa dele? Eu estou bem com isso. Estou curiosa sobre onde
ele mora.
11

Shaylin

“Puta merda!”, eu grito quando vejo sua casa. É enorme e é


linda. A primeira parte da casa é só de janelas, deixando a sala
de estar aberta. É uma casa de madeira de nogueira e eu estou
apaixonada. Esta é a casa que eu sempre quis ter. Da janela,
posso ver que o interior da casa também é construído com
troncos de nogueira.

Para chegar até a sua casa, passamos por um portão e depois


por um monte de árvores. A casa está totalmente escondida da
vista, mas uma vez que atravessamos as árvores, minha
respiração foi retirada.

Butcher desliga a moto, eu saio e volto a olhar para a casa. Eu


posso ver uma garagem para seis carros de um lado com uma
moto, vários veículos de quatro rodas e seu enorme
caminhão. Então, mais abaixo, um galpão segura uma lancha,
uma casa flutuante e um jet-ski.
Volto-me para a casa e fico admirada de novo. Luzes pendem
do topo do teto. A frente do telhado é moldada em um V para
baixo, as janelas se estendem até o telhado e cercam a porta da
frente.

"Eu amo a sua casa, Butcher!", eu exclamo.

"Vamos para dentro". Ele pega minha mão e me puxa para


sua casa.

Subimos as escadas, ele destranca a porta, entra e toca um


iPad na parede. O interior da casa é tão impressionante ou
mais. Tem esse sentimento caseiro que me faz nunca querer ir
embora. Tudo é de madeira maciça e as luzes têm um tom
dourado para realçar a aparência da casa. Os degraus da escada
são troncos reais.

Entro mais na sala de estar, viro à direita, vejo uma sala de


jantar e vejo a cozinha.

Eu pisco algumas vezes, com meu queixo. Esta é a cozinha


dos meus sonhos. As estantes são de madeira maciça, mas os
eletrodomésticos são de aço inoxidável, e no meio da cozinha
há uma enorme ilha feita para eu cozinhar. A cozinha está
totalmente equipada com tudo que alguém poderia sonhar para
assar e cozinhar.

Eu estou apaixonada.
Eu o sinto andar atrás de mim e me viro. "Estou me
mudando!".

Um sorriso divide seu rosto e ele se inclina contra a


parede. "Tudo bem, por mim".

Minha boca se abre em surpresa. "Eu estava brincando".

Ele arqueou uma sobrancelha antes de sorrir para mim. "Eu


não estava".

Ele acabou de dizer aquilo? Eu me viro e deixo isso


assim. Vou pensar sobre o que ele acabou de dizer
depois. Estou com fome e depois vou tirar uma soneca com o
Butcher. Isso soa como o paraíso. Abro a porta da geladeira e
vejo alguns bifes já descongelados.

"Está tudo bem se eu fizer o jantar para nós?", eu pergunto ao


Butcher enquanto eu vasculho suas coisas.

"Fique à vontade, bebê".

Eu paro de me mexer. Ele me chamou de "bebê", minhas


pernas ficaram fracas. Esse homem vai me matar. Eu apenas sei
e ele também sabe disso ou não o teria dito. Bastardo
arrogante.

Eu coloco os bifes na ilha. Eu procuro os armários, olhando


através dos ingredientes que ele tem disponível. Eu encontro
alguns camarões no freezer e os descongelo enquanto faço os
bifes.

Trinta minutos depois, eu tenho uma refeição de bifes


cobertos com queijo parmesão e camarão grelhado com um
pouco de legumes frescos. Vou até a geladeira e pego uma
cerveja para ele e me sirvo de uma taça de vinho. Eu pego uma
bandeja e coloco tudo nela. Eu posso ou não querer
impressioná-lo.

Eu carrego tudo para a sala de estar, onde Butcher está


sentado no sofá olhando para a TV. "A comida está pronta!". Ele
olha para cima e eu sorrio.

Cozinhar sempre foi algo que me faz sentir melhor sobre


tudo. Eu não quero me debruçar sobre o que aconteceu hoje,
porque foi tudo uma aberração.

Coloco a bandeja na mesa de café e me deito no sofá ao lado


dele. Eu pego meu prato da bandeja, volto para o sofá e coloco
minhas pernas debaixo de mim.

Sob meus cílios, eu vejo como Butcher inala sua comida, suas
narinas queimam quando ele faz isso. Ele corta o bife, que está
coberto com queijo e coloca um pedaço em sua boca.

Ele olha para mim e diz: "Você nunca irá embora". Ele volta a
cheirar sua comida. Meu estômago revira com felicidade e
tontura. Eu sempre adoro quando alguém gosta da minha
comida, mas é muito melhor quando é o meu homem.

Passo a maior parte da refeição principalmente observando-o


comer. Adoro ver as pessoas comendo, vendo o prazer de
degustar - especialmente Butcher. Quando termino, coloco meu
prato na mesa de café, gemo e sento-me, segurando meu
estômago cheio demais. Butcher ri um pouco.

"Hora de você dormir". Butcher se levanta. Então ele se


abaixa, me pega e me coloca por cima do ombro.

“Eu não quero dormir! Coloque-me no chão, Butcher”, eu


grito, zombando disso.

Whack! Uma mão estala na minha bunda.

"Você acabou de me bater na bunda".

Whack! Ele me bate com mais força dessa vez e eu começo a


rir. Eu aperto seu traseiro e ele pula um pouco.

"Shay", ele rosna, e é quando eu sinto a mão dele tocando


minha buceta. Ele esfrega um pouco.

"Você não está jogando limpo!", eu grito e ele ri. Ele sobe as
escadas e eu seguro sua camisa, rindo. Eu amo esse lado
dele. Eu nunca esperei que ele fosse brincalhão.
Ele se abaixa e me deita na cama. Ele vai para o seu armário e
eu não tenho vergonha de admitir que observo o seu traseiro
enquanto ele anda. Há uma camisa nas mãos dele quando ele
sai, e ele joga para mim. "Vista isto."

Eu arqueio uma sobrancelha para ele. "Você está me dizendo


o que fazer?".

Ele sorri para mim. Seu desejo é uma ordem. Quando eu


puxo minha camisa sobre a minha cabeça, eu ouço sua ingestão
aguda de ar e abaixo minha cabeça para esconder minha
diversão.

Ele me dizendo o que fazer saiu pela culatra.

Eu saio da cama e viro as costas para Butcher. Eu desabotoo


minha calça jeans e me inclino enquanto a deslizo pela minha
bunda, certificando-me de mexer meus quadris.

Deslizo-as pelas minhas pernas e espreito por cima do meu


ombro para Butcher, que está parado ali com uma expressão
sombria, as mãos cerradas ao lado do corpo. Eu pego a camisa
da cama, deslizo sobre a minha cabeça rapidamente e viro para
encará-lo. "Obrigada pela camisa", eu pisco e me sento na cama.

BUTCHER
Ela é perfeita, mas me deixa louco, aquele strip-tease que ela
acabou de fazer me deixou louco e ela também sabe disso. Eu
estou com problemas, porque ela é dona de mim. Ela me
possuiu desde o primeiro sorriso.

Agora ela está sentada na cama, me olhando com aquele


pequeno sorriso nos lábios, me dizendo que sabe que é minha
dona.

Não que eu me importe.

Agora é hora de nos divertirmos. Seus olhos se arregalam


quando ela observa meu sorriso e eu vou até ela.

Shaylin

Conheço esse olhar. Ele se aproxima de mim e eu sei que


estou com problemas, mas do tipo muito, muito bom. Eu lambo
meus lábios e pressiono minhas pernas juntas em antecipação.

"O que você está fazendo, Butcher?", não posso manter minha
boca fechada e eu tenho que perguntar.

Ele me ignora, mas continua me dando aquele maldito sorriso


que, neste caso, promete muitas coisas boas, embora eu também
o tenha visto dar aos homens aquele sorriso, que significa “você
est{ morto”. Butcher é versátil assim, como eu.
Ele se ajoelha ao lado da cama e suas mãos vêm para minhas
coxas. Oh garoto. Ele as agarra e eu o sinto tremer de
necessidade. Em um movimento repentino, ele me puxa para a
beira da cama para me expor a ele, mas ele vê que eu estou de
calcinha.

"Nós não precisamos disso". Ele me toca e sua mão envolve o


elástico no meu quadril, e então - estala! Ele as arranca do meu
corpo novamente.

"Muito melhor", ele rosna e olha para a minha virilha. Eu me


inclino para trás sobre meus cotovelos. Ele traz seus braços para
cima e ao redor das minhas pernas, em seguida, fecha as mãos
no topo da minha boceta, me trancando no lugar. Eu não posso
me mexer.

Ah Merda! Eu grito em minha mente quando sinto o primeiro


golpe de sua língua. Eu entrelaço meus dedos em seus cabelos,
puxo as pontas, o que faz com que ele rosne e eu tremo. Ele
move a língua mais rápido.

Eu sinto suor saindo na parte de trás do meu pescoço e


coxas. Isso é tão intenso - não há palavras para isso. Ele é
implacável quando me ataca com vigor e é muito diferente da
noite anterior. Ontem à noite foi calculado, ele aprendendo o
que eu gosto. Agora ele sabe onde e como lamber.
Meu corpo está no limite, meus dedos do pé estão enrolados,
alcançando a beira do penhasco. Ele suga meu clitóris e eu
gemo profundamente. É quando sinto seus dentes e ele morde
um pouco.

"Ah!", eu grito, meu corpo tremendo incontrolavelmente.

Eu sou levantada e depois colocada no topo da cama. Eu me


sinto como um macarrão mole. "Eu acredito que você está
tentando me matar". Eu rio e jogo meus braços acima da minha
cabeça, olhando para Butcher, que está em pé ao meu lado. "Boa
maneira de morrer".

Eu pego a bainha da camisa dele. "Venha deitar comigo". Ele


faz o que eu peço e deita ao meu lado na cama. Eu viro
parcialmente do meu lado e coloco minha cabeça em seu
peito. A mão de Butcher vai para a parte de trás da minha
cabeça e ele beija a parte de cima.

"Durma, minha Shay".

Eu sorrio amplamente quando o ouço dizer que sou sua


Shay. "Você é meu Butcher". Eu puxo-me para mais perto do
seu lado.

"Isso mesmo". Seu peito ressoa enquanto ele fala, e eu levanto


minha cabeça e beijo seu peito diretamente sobre seu
coração. "Durma, Shay".
Eu fecho meus olhos e caio em um sono profundo.

BUTCHER

Chego ao clube e noto que todo mundo já está aqui. Eu não


gosto da casa de Shaylin - é muito exposta. Alguém pode entrar
tão facilmente quanto empurrar a porta, eu não gosto dessa
merda. Eu não gosto dela exposta.

Eu ando até a sala de interrogatório, onde eu sei que o filho


da puta está sendo segurado. Ele disse alguma merda para
Shaylin e vai pagar por isso.

Ninguém se mete com Shaylin.

Todos na sala se viram e olham para mim. Smiley dá alguns


passos em minha direção e posso ver sua preocupação com a
filha.

"Ela está dormindo".

"Trepou com ela, não é?"

Eu congelo e me viro para ver quem diabos disse isso. Era


Locke, sempre o brincalhão. Eu ando até ele e aperto-o ao redor
da garganta, apertando. "Cuidado com a boca, filho da puta, se
você quiser falar de novo". Eu empurro seu pescoço com força e
ele bate na parede, mas sorri.

"É por isso que ele pode namorar minha filha", diz Smiley
para todos e eu balanço a cabeça. Eu não estou aqui para
conversa fiada. Eu estou aqui para fodê-lo.

Ele está pendurado no ar por seus braços. “Eu quero os


primeiros socos, Kyle”.

Kyle acena com a cabeça. Este homem vai ter sua bunda
batida por todos aqui. Ele me olha morto nos olhos e eu olho de
volta.

Eu passo na frente dele e aperto sua garganta. "Fodeu com a


mulher errada", eu rosno e noto que ele empalidece ainda
mais. Eu trago meu punho para trás e bato o máximo que
posso. Ele arremessa a cabeça para trás e sua cabeça rola para
frente novamente.

"Ela com certeza era bonita, ela parecia apertada pra caralho".

Eu sinto alguém chegando ao meu lado, e eu olho. Smiley


está de pé ao meu lado com seu sorriso enorme.

"Você só fez isso muito mais divertido", Smiley diz a ele e eu


aceno.

Eu tiro minha faca e corro minha mão até a borda para avaliar
a nitidez. Eu corro a ponta da faca ao longo de seus lábios. Eu
não acho que quero ouvi-lo falar de novo. Erguendo a boca com
a mão, faço um movimento para que Lane dê um passo à
frente. "Mantenha a boca aberta". Lane agarra sua boca, e
Smiley tem uma arma apontada para a cabeça. "Não se mova".
Smiley sorri para ele maniacamente.

Um alicate é entregue a mim e eu o coloco na boca dele. Eu


aperto sua língua e puxo-a. Segurando minha faca, eu a
pressiono contra sua língua e ele começa a se afastar.

"Deveria ter visto a sua boca". Eu puxo com força e o pedaço


de língua bate no chão.

"Quem é o próximo?", eu passo para trás e Lane dá um passo


para frente e bate na merda fora dele. Um a um, todos recebem
um pedaço dele, especialmente os membros do clube de
Lane. Ela é a princesa deles.

"Divirta-se no inferno", Smiley diz a ele e traz sua arma para


cima e puxa o gatilho. O filho da puta cai, morto.

"Eu estou saindo". Eu me viro e caminho de volta pelo


caminho que vim. Shay está em minha casa esperando por
mim.
O PRÓXIMO DIA
Shaylin

Eu sei que minha padaria está limpa e vai ser como se nada
tivesse acontecido, mas eu temo ver o lugar onde tudo
aconteceu.

Butcher para em frente à padaria, ele desce primeiro, depois


eu o sigo. Ele me coloca de lado e nós caminhamos juntos até a
porta da frente.

Hoje eu estou entrevistando algumas senhoras que virão


trabalhar comigo em tempo integral. Eu tiro minhas chaves do
meu bolso e destranco minha porta. Eu entro e depois sou
imediatamente puxada de volta. Eu olho para Butcher em
confusão.

Ele tira a mão do meu antebraço. "Deixe-me verificar o lugar".

Eu aceno e cruzo os braços sobre o peito, e ele procura na


padaria, incluindo a cozinha e o banheiro. Uma vez que ele
termina, ele acena em minha direção, deixando-me saber que
está tudo bem.

Eu ando de volta para a cozinha e pego os recipientes de


ingredientes medidos que eu tenho pré-planejados. Nas duas
horas seguintes, preparo tudo para o dia e faço a vitrine com os
extras na parte de trás.

"Butcher, você vai virar a placa para abrir para mim,


querido?". Eu não olho para cima enquanto organizo
tudo. Quando não o ouço em movimento, olho para cima para
ver o que ele está fazendo e, para minha grande surpresa, ele
está em pé na porta, olhando diretamente para mim.

"O que foi?" Eu pergunto e me levanto.

"Nada". Ele abre a porta e eu pego um pequeno sorriso.

Ele gosta de mim chamando-o de querido.

Eu pego o último cupcake da bandeja e coloco dentro do


mostruário, e então eu abro a porta de vidro.

"Butcher ..." Eu começo e suas mãos envolvem meus quadris,


puxando-me de volta. Minhas costas batem em sua frente dura
e sou puxada para o seu colo. Eu rio, inclino-me para trás e
pressiono meus lábios nos dele.

Sua mão se torce através do meu cabelo e ele me pressiona


com mais força contra si para aprofundar o beijo. Um estrondo
alto vem dele e eu tremo com o som. Eu amo como eu o afeto.

Eu percebo, neste momento, que quero dar o próximo passo


com ele. Eu quero dar a ele essa parte de mim. Eu me viro em
seu colo para poder alcançá-lo melhor. Uma mão segura minha
bunda e eu pulo em choque, o que me faz esfregar contra o seu
pau.

Ele puxa seus lábios dos meus e beija o lado do meu


pescoço. "Foda-me", ele sussurra e eu sei que ele está tentando
se controlar.

Então eu dou o mergulho. "Eu vou hoje à noite." Eu torço


minhas mãos juntas no meu colo em antecipação enquanto olho
sua reação.

Sua boca se abre ligeiramente. Ele respira fundo e cobre o


lado do meu rosto. "Shay, você não precisa".

Eu suavizo meu olhar e toco a mão apoiada na minha


bochecha. "Eu quero você", eu sussurro e toco minha testa na
dele. "Só você".

"Minha Shay". Sua voz é áspera e eu me inclino para frente,


pressionando meus lábios em sua bochecha, bem na cicatriz.

"Meu Butcher".

O sino acima da porta soa, nos tirando do momento, e eu me


levanto do colo dele. Butcher mantém a mão nas minhas costas,
e as únicas emoções que sinto agora são paz e felicidade. Parece
que alguma coisa faltou por toda a minha vida, agora parece
que encontrei o elo perdido e esse elo é Butcher.
Ele entrou em minha vida em uma circunstância incomum e
não era o que eu esperava. Eu estava almoçando e ele entrou na
churrascaria, me viu e nunca mais saiu.

Eu nunca quis que ele fosse embora.

Havia algo nele que era assombrado e ele era assustador, mas
eu nunca tive medo dele, mas sei que muitas pessoas têm medo
dele - posso ver suas reações.

"Oi!" Quando saúdo o cliente, percebo que é o cara cuja


cabeça eu quebrei o frasco de gorjetas quando ele agarrou meu
braço.

Foda-me, cara. Isso pode piorar? Eu não acho.

"Henry, o que você está fazendo aqui?", eu não estou afim de


rodeios hoje. Não estou de bom humor e não entendo por que
ele está aqui. Eu quebrei um pote de gorjetas sobre a cabeça
dele.

"Eu vim aqui para ver sobre nosso encontro". Henry


pressiona-se com força contra o balcão, inclinando-se para mim.

"Henry, eu tenho um homem". Butcher aperta seu aperto em


mim e eu sei que o deixei feliz dizendo isso.

Henry me encara. Ele não vê o homem parado atrás de


mim? Eu estou em seus braços. Se Henry não juntar isso, há
algo errado com ele.
“Eu não me importo. É um encontro”, ele implora e eu me
encolho quando sinto o cheiro de sua respiração. Eu nem quero
entender o que está acontecendo lá. Isso não é respiração diária
de manhã. Cheira a merda e sabe Deus o quê.

Butcher rosna alto e me solta. Oh cara.

"Henry, saia antes que você tenha sua bunda chutada".

Henry se inclina no balcão, segurando as mãos juntas. "Por


favor, minha... minha... Shay".

Butcher dá a volta no balcão e pega Henry pela garganta


antes que eu possa piscar. “Ela é minha Shaylin. Nunca fale o
nome dela novamente”.

Bem, isso foi quente.

"Eu sinto muito. Eu vou embora”, Henry diz, derrotado, e


Butcher deixa-o ir. Henry caminha até sua Mercedes, que me
deixa chocada. Ele pode comprar uma Mercedes, mas não um
sabonete?

Butcher entra no banheiro para lavar as mãos e esfregar o


corpo.

Uma mulher entra na padaria e vai direto para o


balcão. "Estou aqui para a entrevista"
"Oi! Eu sou Shaylin. Venha comigo. Podemos nos sentar e
conversar sobre tudo. Butcher sai do banheiro. "Você se
importaria de cuidar da loja enquanto eu ..." A garota está
pirando, meus olhos se arregalam enquanto ela corre de volta
para fora da loja.

Que porra é essa?

Eu sinto vontade rastrear sua bunda de volta e bater até dar


algum sentido nela. Isso é insultante e desrespeitoso.

"Eu gosto quando você fica brava".

Suas palavras me trazem dos meus pensamentos. Eu arqueio


uma sobrancelha e bato meu quadril para o lado. "Você o faz,
hun?".

Ele pisca para mim e meu coração pula uma batida. Eu


desmaio ao ver aquela piscadela. Ele me tortura com isso e ele
sabe o que fazer para me fazer ir.
12

Shaylin

MAIS TARDE NAQUELA NOITE

Hoje é A NOITE e os meus nervos estão à flor da pele, para


ser honesta. Estou na casa de Butcher agora, ele está no portão
pegando a pizza que pedimos.

Eu tenho pavor de que eu seja ruim na cama e que isso não


seja bom para ele. Olá, Virgem Maria aqui. Eu sei que vai doer,
mas essa não é a pior coisa.

O sexo é uma coisa tão íntima, eu esperei muito tempo para


que isso acontecesse - e tudo estará acabado em algumas horas.

Eu ouço a porta abrir, olho em volta e Butcher entra. Minha


barriga ronca quando o cheiro me atinge. Eu estou faminta. Ele
coloca a pizza na mesa de café, eu levanto a parte superior e
pego uma fatia. Ele se senta ao meu lado e afunda.
Nós sentamos em silêncio e eu quero dizer alguma coisa, mas
o que eu digo? Eu sinto que deveria ser legal e deixar isso
acontecer. Então o outro lado de mim quer dizer alguma coisa,
mas eu não sei o quê. Eu sou apenas uma bagunça.

Smallville começa e eu pego o controle remoto para ligá-lo.

"Buceta", ele diz para mim.

Minha boca se abre e eu olho para Butcher com uma raiva


zombeteira. "O que você disse sobre o meu show?"

"Buceta", ele zomba e eu bufo. É hilário quando ele tenta ser


engraçado.

Ele começa a rir e eu deixo cair a minha pizza. Eu nunca o


ouvi rir assim antes. Eu assisto com admiração quando ele ri
alto e profundamente. Isso é incrível.

Quando ele termina de rir, pressiono um beijo nos lábios dele


rapidamente e depois volto para a minha pizza. Eu estou tão
apaixonada por ele.

Nos próximos trinta minutos, terminamos de comer e ele se


levanta para jogar fora a caixa da pizza. Olho para o relógio na
parede, que aponta para oito da noite. Estou pronta.

Levanto-me e tiro minha camisa e a jogo na direção da


cozinha. Então eu ando até as escadas. Eu tiro meu sutiã e
coloco no corrimão da escada.
Subo as escadas rapidamente e, no topo, tiro minha calça
jeans. Eu os jogo e quando chego à entrada de seu quarto, tiro
minha calcinha e a coloco sobre a maçaneta da porta.

Meu Deus. Eu não posso acreditar que acabei de fazer


isso. Eu sei que ele me viu nua antes, mas isso é diferente.

Mãos tocam meus quadris e eu pulo. Eu giro e fico cara a cara


com Butcher. Suas mãos se movem pelos meus lados e depois
sob meus braços. Ele me levanta do chão e minhas pernas ficam
ao redor de sua cintura.

Seu rosto é intenso quando ele pega meu corpo nu. Eu


levanto meu rosto, pressiono meus lábios nos dele e corro
minhas mãos pelas suas costas.

Eu sinto a cama pressionada contra as minhas costas e meu


estômago revira. Ele pressiona seus lábios mais contra os meus,
sua língua entrelaçada com a minha. Suas mãos correm para
cima e para baixo do meu abdômen, arrepios sobem pela minha
pele nua.

Então seus dedos se movem do meu quadril para a borda da


minha boceta e eu ofego em sua boca. Ele está me
provocando. Ele ri, eu movo meus quadris na esperança de que
a mão dele se aproxime de onde eu preciso que esteja.
Ele faz o que eu preciso, seu dedo acaricia meu clitóris. Eu
gemo em sua boca e ele move o dedo novamente em um círculo
lento.

O dedo se move do meu clitóris para a minha abertura, eu


relaxo quando ele desliza um dedo para dentro. "Encharcado",
ele rosna na minha boca, eu levanto meus quadris, seu dedo
deslizando mais para dentro. Ele aperta o dedo até o fim e
lentamente traz de volta. Eu enrolo meus dedos e jogo minha
cabeça para trás.

Ele beija ao longo da minha garganta, eu o sinto adicionar


outro dedo. Ele lentamente os pressiona dentro de mim, eu
estremeço um pouco porque seus dedos são muito maiores que
os meus. Seu polegar pressiona contra o meu clitóris.

Eu assobio de prazer e levanto meus quadris, deixando-o


pressionar mais dentro de mim. Seus lábios se movem da
minha garganta para os meus seios. Ele lambe a ponta do meu
mamilo, em seguida, suga profundamente em sua boca.

Seus dedos se abrem dentro de mim e me sinto chegando


mais perto. Seu polegar pressiona mais forte contra o meu
clitóris, eu estou bem no limite. Eu suspiro e cravo minhas
unhas em suas costas, levanto minha perna esquerda até seu
quadril, dando-lhe melhor acesso.
Seus lábios envolvem meu mamilo novamente e seus dedos
se enroscam dentro de mim, atingindo o local.

"Butcher!", eu assobio e envolvo meus braços ao redor dele


com força, meu corpo tremendo.

Ele desliza para fora da cama. Suas mãos grandes agarram a


parte inferior de sua camisa, ele a puxa sobre a cabeça e eu me
embebedo com a visão dele sem camisa. Ele tem um corpo tão
grande. As calças dele se juntam à camisa e então boxer dele
também sai.

Isso me atinge.

Isso está realmente acontecendo.

Ele chega à mesa de cabeceira e pega um preservativo. Isso


está realmente acontecendo. Ele sobe na cama comigo e minhas
mãos começam a tremer. Eu me sento e pego o preservativo da
mão dele. Eu abro o pacote e coloco o preservativo nele.

Eu deito na cama e olho nos olhos de Butcher. Seu rosto é


mais suave e mais relaxado do que eu já vi.

Ele rasteja entre as minhas pernas e os cotovelos vão para os


lados da minha cabeça. Eu alcanço e toco sua mandíbula. "Estou
pronta".

Ele acena e me beija na testa. Eu sinto seu pau tocando minha


entrada e relaxo meu corpo totalmente.
Butcher se abaixa e pega uma das minhas mãos, então pega a
outra. Ele as levanta acima da minha cabeça e eu respiro
fundo. Ele não move a testa da minha e olhamos
profundamente nos olhos um do outro.

"Eu não quero te machucar", ele confessa e eu derreto.

“Eu não me importo com isso, eu só quero você. Eu quero


tudo de você".

Ele fecha os olhos com as minhas palavras e eu o sinto


pressionando. Eu fecho meus olhos com força, respirando
fundo.

Ele desliza em uma polegada e começa a ficar


desconfortável. "Apenas faça isso".

"Shay", ele começa a discutir.

Minha mão está na parte de trás do pescoço dele. "Eu estou


bem, apenas faça de uma vez".

Ele faz o que eu peço. Ele desliza todo o caminho com um


movimento suave e sólido. "Foda-se." Eu viro minha cabeça
para o lado enquanto lágrimas se formam em meus olhos.

"Eu não posso levar essa merda", Butcher rosna, e eu abro


meus olhos a tempo de vê-lo bater com o punho na cabeceira da
cama.
"Estou bem, está melhor agora", asseguro-lhe e pego a mão
que bateu na cabeceira. "Eu prometo". Eu me sinto muito cheia
e há uma picada de dor, mas não está ruim. Ele abaixa a mão e
toca meu clitóris. Ele esfrega em círculos lentos e a dor
desaparece imediatamente.

"Muito melhor". Minha voz se aprofunda de prazer.

"Eu não posso acreditar". Ele para de falar e olha para mim
com admiração.

"No que você não pode acreditar?".

"Que você é minha". Ele me beija, é um beijo tão carinhoso e


amoroso que lágrimas se formam em meus olhos novamente,
desta vez de pura felicidade.

"Butcher", eu digo com tal emoção crua, ele começa a se


mover. Eu gemo quando ele atinge o ponto dentro de mim que
me deixa louca.

Isso o estimula a ir mais rápido, eu levanto minhas mãos


acima da minha cabeça e as pressiono contra a cabeceira da
cama. Ele rosna e lambe minha garganta. "Venha para mim".
Ele torce os quadris e atinge o local novamente.

"Oh merda", eu suspiro. Eu pensei que ele me lamber era


intenso, mas isso é uma coisa totalmente diferente.
Seus dentes mordem meus lábios e minha garganta, e sinto
seu dedo no meu clitóris novamente. Então um aperto agudo e
eu venho.

"Oh Deus, Butcher". Eu aperto como eu posso enquanto o


meu corpo treme incontrolavelmente, eu o sinto vindo junto
comigo. Minha perna desliza de seu quadril para a
cama. "Vamos fazer isso de novo amanhã".

Eu o sinto tremendo de rir e eu sorrio. Eu consegui o que eu


queria.

Ele desliza para fora de mim e eu me encolho com a leve


dor. Butcher não é um cara pequeno e a dor iria acontecer - não
havia maneira de contornar isso.

Ele pega o preservativo, amarra-o e joga na lata de lixo ao


lado da cama. Ele rola de costas e me leva com ele - estou
deitada em cima dele. Minha cabeça está em seu peito, minhas
pernas em cada lado do seu corpo.

Ficamos em silêncio, meus olhos começando a se fechar,


porque ele está passando a mão para cima e para baixo nas
minhas costas, o que me relaxa.

“Eu perdi meus pais e meu irmão quando tinha dezoito


anos. Meu irmão gêmeo. Perdi todos de uma vez em um
acidente de carro, cheguei à cena alguns minutos depois,
porque queria segui-los em minha nova caminhonete”.
Meu coração está doendo agora. Eu me deito completamente
imóvel, deixando que ele me diga o que ele precisa.

“Eu nunca vou esquecer-me de ver as pessoas que eu mais


amava no mundo mortas, seus olhos vazios. Eles foram embora,
quando eles estavam vivos apenas alguns minutos antes”.

“Fiz o funeral e depois me juntei | Marinha. Eu raramente


falava a menos que eu precisasse. Eu estava morto por dentro e
continuei assim até encontrar você, minha Shay. Você me fez
sentir pela primeira vez em muito tempo. Porra, dói em mim
quando você sai da minha vista, porque eu não suporto o
pensamento de algo acontecendo com você”.

Não chore, Shaylin. Lágrimas se acumulam nos meus olhos e


eu chupo meus lábios na minha boca. Eu nunca senti dor
assim. Eu nunca me senti mal por alguém antes como eu sinto
por Butcher.

“Uma missão deu errado depois que me tornei um SEAL e fui


torturado durante dois dias antes de ser resgatado. Eu tenho
demônios, Shay, mas você faz essa merda menos
assustadora. Sua luz os mantém afastados”.

Pronto.

Eu choro contra seu peito e o seguro o mais forte que


posso. "Butcher, eu sinto muito". Eu levanto minha cabeça e
pressiono meus lábios contra os dele, segurando seu rosto em
minha mão. Eu o beijo com tanta emoção, deixando que ele
perceba como me sinto. "Eu nunca vou deixar você, Butcher",
eu digo a ele através de beijos. Eu tiro meus lábios dos dele e
beijo a cicatriz em sua bochecha. "Vou levar todos os seus
demônios, Butcher, contanto que eu tenha você".

Ele me dá um olhar que não consigo decifrar, vejo a próxima


cicatriz e a beijo. "Suas cicatrizes são assustadoramente bonitas,
elas fazem de você quem você é".

Ele me vira de costas e pressiona o rosto na curva do meu


pescoço. Eu envolvo meus braços em volta do seu pescoço e
apenas o seguro.

Eu nunca vou partir.


13

Shaylin

“O que estamos fazendo aqui?”, pergunto a Butcher quando


chegamos a uma loja de armas, que possui um campo de tiro.

Ele se vira para olhar para mim. "Mimando você".

"Butcher!", bato-lhe levemente no ombro. Eu disse a ele que


eu amo armas, que sempre carrego uma comigo e que tenho
algumas escondidas em todos os lugares. Eu penso no roubo e
fico feliz por ter escondido uma embaixo da prateleira.

Ele sai de seu caminhão, bate à porta e caminha até o lado do


passageiro para abrir a porta para mim. Eu me inclino em sua
direção, envolvo meus braços ao redor de seu pescoço e aperto-
o. Ele dá um passo para trás e eu não solto - eu envolvo minhas
pernas ao redor de sua cintura. Ele ri, apertando a minha
cintura e eu me contorço, rindo. Seus lábios pressionam os
meus - parando meu riso - e eu abro minha boca, aprofundando
o beijo.
Alguém buzina e eu me afasto levemente, beijo o canto de sua
boca e pulo para baixo. Butcher coloca a mão nas minhas costas
e, como sempre, olha ao redor da área para se certificar de que
não há ameaças.

Ele abre a porta da loja de armas para mim e me segue. Eu


olho em volta da sala e o homem atrás do balcão sorri para
nós. "Ah, Butcher, temos a arma que você pediu". Ele pega um
estojo que é azul, como o da arma que eu queria.

De jeito nenhum. Butcher está me encarando. O homem atrás


do balcão abre o estojo. Minha boca se abre. É a arma que eu
queria! A arma azul que eu tenho olhado nos últimos dois
meses.

"Eu a amo!". Eu me viro e abraço-o com força, balançando-o


de um lado para o outro. “Eu não posso acreditar que você
comprou-me uma arma. Obrigada".

Ele apenas ri, eu o deixo e me viro para olhar a pistola que


está me esperando.

O homem atrás do balcão sorri para nós dois. "Deixe-me


mostrar-lhe como ..." ele diz, mas eu já tirei a arma do estojo.

"Já entendi como funciona", eu sorrio.

Eu verifico a câmara e pego um cartucho


carregado. Introduzo a munição, desloco para trás a câmara e
coloco a trava de segurança. "Vamos atirar", eu sorrio e pego o
coldre azul que vem com ela. Eu coloco a arma e tiro o coldre
do meu quadril.

"Eu ... eu ... tudo bem", ele gagueja e eu sinto Butcher


pressionando contra as minhas costas.

Sua respiração bate no meu ouvido. "Foda-me, Shay, você vai


me matar".

Eu rio baixinho e viro a cabeça de um lado para o outro,


sorrindo para ele.

“Comporte-se”. A mão de Butcher bate na minha bunda


levemente.

"O que foi isso?", eu zombo e me afasto dele, o que faz com
que ele rosne.

"Sigam-me", o funcionário faz um sinal para nós e vejo


Butcher pegando o resto das minhas coisas.

BUTCHER

Por que diabos os homens olham para ela? O homem que é


dono da maldita loja não consegue tirar os olhos dela desde que
ela mostrou que sabe como usar uma arma. Isso me deixa
pronto para matar todo filho da puta por aí.

"Aqui está você", ele se dirige para uma cabine e ela passa por
ele, indo direto para lá e colocando os protetores de ouvido.

Eu coloquei o resto de suas coisas no chão ao seu lado e me


levantei, olhando para o homem que não tira os olhos dela. Ele
está fingindo assistir à sua postura, o que é perfeito. Ele estende
a mão para tocar seus quadris, fingindo corrigi-la, o que me
irrita pra caralho. Eu trago minha própria arma e aponto-a para
ele. "Não se atreva".

Ele se assusta e se afasta dela, erguendo as mãos em


rendição: "Eu não estava fazendo nada".

Eu rolo meus olhos e olho para ele como se ele fosse a merda
mais idiota do mundo. “Você não tirou os olhos dela desde que
chegamos aqui. Eu o aconselho a se retirar”. A arma ainda est{
apontada para ele. Eu me movo em direção à porta e ele vai
embora.

Buceta.

Eu guardo a minha arma de volta no meu coldre e me inclino


contra a parede, observando enquanto ela se prepara e checa
sua arma novamente. Ela é sexy demais para o seu próprio
bem.
Ela me pega olhando e lança um sorriso ofuscante. Eu não
posso acreditar que ela é minha, eu devo ter feito alguma coisa
boa na minha vida.

Ela tira os fones de ouvido e se vira para olhar para


mim. "Você sabe que tem um espelho ali, certo?", eu sigo seu
olhar e sei que ela me pegou.

Ela ri e coloca os fones de ouvido de volta, se preparando


para atirar. Ela levanta a arma e dispara seis tiros quase
simultaneamente. Ela aperta o botão na parede para trazer seu
alvo até nós e eu me aproximo para dar uma olhada. Três tiros
na cabeça e três no coração.

Porra letal.

Shaylin

Eu o peguei no flagra e foi hilário. Ele tentou ser liso e


esconder o que estava fazendo de mim. Ele estava mandando
que o funcionário parasse de me verificar, mas no estilo
Butcher, que consiste em ter uma arma apontada para a cabeça.

Ele não é simplesmente perfeito? Eu pareço louca, mas


quando é que eu disse ser normal?
"Estou com fome", digo a Butcher enquanto caminhamos até a
caminhonete.

"Onde você quer comer?", ele abre a porta para mim. Eu me


aproximo para pegar a maçaneta e oh merda, ele empurra
minha bunda para me dar um impulso.

"Blues?"´.

Ele acena e fecha a porta atrás de mim.

MAIS TARDE NAQUELA NOITE


Shaylin

“Shay?”, Butcher me chama da porta do banheiro. Estou me


arrumando para um grande churrasco no clube do Devil Souls
MC. Dizer que estou nervosa é um eufemismo. Eu conheço
todas as garotas de lá, mas agora é diferente porque estamos
oficialmente juntos.

"Sim?", eu abro a porta do banheiro e enfio a cabeça para fora.

Eu suspiro em choque com o que vejo. Ele está lá, em pé, com
um colete com o meu nome e gravado "Propriedade de
Butcher". Se você não sabe o significado disso, no mundo dos
motociclistas, é a mesma coisa que casamento.

Isso é um grande negócio.

"Butcher", eu sufoco quando lágrimas inundam meus olhos.

Ele aproxima-se, parecendo irritado. "Não chore, Shay, me


mata quando você chora".

Meu Deus. Ele está literalmente tentando me matar. Eu


amplio a distância entre nós e pressiono meus lábios nos dele,
minhas lágrimas caindo sobre as nossas bochechas. Eu estou me
apaixonando por este homem. Ele não fala muito, mas quando
ele fala, balança o meu mundo.

Há muito mais do Butcher do que todo mundo vê. O que eu


vejo é meu Butcher. Meu Butcher é foda e perigoso, assustador
até o núcleo, mas vejo uma parte diferente dele.

Eu me afasto e pego o colete da mão dele. Ele traz a mão


grande e cheia de cicatrizes até a minha bochecha e enxuga
minhas lágrimas. As mesmas mãos que podem matar alguém
em poucos segundos, para mim, têm um toque gentil.

Que sorte eu tenho? Eu tenho muita sorte em tê-lo. Ele pode


pensar que é o contrário - e ele me disse isso - mas eu sou a
sortuda. Tudo sobre ele é perfeito para mim.
Eu deslizo meus braços no colete e sorrio amplamente. Eu
amo a sensação disso em mim. Eu puxo meu cabelo para fora,
deixo-o cair sobre um ombro, lentamente me viro, deixando-o
dar uma olhada. De frente para ele, eu sorrio. "Como estou?".

Ele me agarra e me puxa para ele, com nossos quadris


colidem. "Meu nome fica bem em você". A mão no meu quadril
desliza para minha bunda e aperta.

Eu jogo minha cabeça para trás, rindo. "É melhor irmos ou


vamos nos atrasar". Eu verifico o relógio para dar ênfase e saio
de seus braços para colocar minhas botas.

"Eu estarei do lado de fora".

"Ok, bebê".

Ele para e eu mordo meu lábio para conter meu riso. "Sua
bunda será minha quando chegarmos em casa".

Ele sai da sala e eu rio baixinho. Eu amo brincar com ele.

Estou dolorida depois da noite passada, mas não vou deixar


isso me impedir. Eu quero muito ele. Ontem foi uma das
melhores noites da minha vida e foi uma das mais felizes. Eu
nunca me senti tão feliz antes e isso é tudo por causa de um
homem calado e taciturno que me perseguiu. Como isso soa
para um conto de fadas?
Eu dou uma última olhada em mim mesma no espelho,
levando um segundo a mais para admirar meu colete. Sorrindo
para o meu reflexo, me abaixo, calço em minhas botas antes de
descer as escadas e sair em direção ao meu homem.

BUTCHER

Porra. Eu não sabia que pessoas de fora foram convidadas


para a festa hoje à noite, isso geralmente não acontece, mas para
fazer parecer que não somos criminosos totais, nós deixamos
estranhos entrarem um pouco para em seguida expulsá-los.

Eu estaciono minha motocicleta e desço. Shaylin está olhando


para o campo onde a festa está acontecendo. Aproveito esse
momento para admirá-la, ela está me olhando como se eu
devesse levá-la para casa... Ela poderia usar um saco sobre a
cabeça e eles encontrariam algo a mais para admirar.

"Butcher! Por aqui”, Vin est{ em pé na beira do campo,


acenando para mim.

Agradeço a Deus que ela veio com seu colete ou eu não iria
deixá-la entrar. Há alguns garotos bonitos que vêm a essas
festas para parecerem burros.
Shaylin coloca a pequena mão no meu ombro, me tirando dos
meus pensamentos. Ela desce da moto e se enfia no meu
lado. "Vamos encontrar os seus amigos".

Rosnando sob a minha respiração, eu faço o que ela pede.

Nós andamos por todo o campo, eu vejo babacas olhando


para ela, em seguida, em seu colete e para o chão. É isso
mesmo, filhos da puta, olhos no chão, se vocês quiserem
permanecer com eles.

“Vadias”. Eu tiro meu olhar desses bucetas e sigo o olhar de


Shay para algumas garotas num canto, que desejariam serem
apossadas. Eu sinto a mão de Shaylin deslizar do meu quadril
para o meu bolso de trás e agarrar a minha bunda.

Eu acabei de ser reivindicado.

Shaylin

Eu acabei de reivindicar o Butcher e ele sabe disso também,


porque um grande sorriso se espalhou por seu rosto. Aquelas
prostitutas no canto estavam secando-o de cima a baixo.

Eu não gosto disso.


Essas vadias são as mulheres que querem os motociclistas.
Esses homens não tocam nelas, porque apenas querem usá-los e
os motociclistas não gostam disso. Então, elas aparecem nessas
festas abertas e saem porque ninguém lhes dá atenção, o que as
irrita. Esses homens não gostam do jeito fácil.

“Ei, Shaylin!”, Jean grita através do campo e eu sou obrigada


a tirar meus olhos das vadias.

"Oi Jean!", eu respondo quando nos aproximamos dela.

Ela me olha de cima a baixo e olha para Butcher antes de me


dar um sorriso ofuscante. "Precisamos conversar!", ela
praticamente grita e agarra minha mão, tentando me puxar de
Butcher, que me segura e rosna profundamente.

Jean revira os olhos para ele. "Estaremos apenas sentadas no


sofá perto do fogo". Ela faz um gesto para as outras garotas e
ele solta, mas posso dizer que ele não quer.

"Eu ficarei bem. Eu estou com a Tiff”, eu pisco e acaricio


minhas costas. Seu rosto suaviza e eu posso ver o brilho
divertido em seus olhos.

"Tiff?", Jean pergunta quando nos afastamos de Butcher e eu


sorrio para ela. "Minha arma".

Nós caminhamos juntas até o grupo de senhoras sentadas,


com um membro do clube sentado em ambos os lados do
sofá. As mulheres dos meus tios nunca ficam desprotegidas
porque temos inimigos. Vivemos ao lado do oceano e as
pessoas querem usar a nossa cidade para canalizar drogas. Isso
nos coloca contra algumas pessoas assustadoras. Mas eu me
recuso a ter um guarda-costas. Meu pai concordou porque eu
moro fora do condado e estou na jurisdição do Devil Souls.

Meu pai é um otário e eu dei-lhe um olhar pidão. Eu queria


que meu pai encontrasse alguém com quem passar o resto da
vida. Eu sei que ele amava a minha mãe, mas eu não acho que
era o tipo de relacionamento avassalador com dedicação total,
não era alguém com quem ele deveria envelhecer. Meu pai
merece isso. Ele passou toda a sua vida nos criando, as crianças,
e só se preocupava com a gente. Nós éramos a vida dele e agora
é hora dele viver sua própria vida. Ele deveria ter feito isso há
anos, mas acho que agora ele só precisa de um
empurrão. Talvez eu deva colocá-lo em um encontro às cegas,
mas eu quero ser assassinada?

"Oi, Shaylin!". Quatro diferentes vozes soam e eu aceno para


elas. Jean me puxa para o lado de Alisha, que está ficando mais
bonita a cada segundo. Deve ser um crime como ela é
bonita. Inferno, cada uma dessas mulheres poderia facilmente
se passar por modelo.

"Eu vejo que você é agora uma senhora", Chrystal acena para
o meu colete.
Eu sorrio de orelha a orelha quando penso quando ele me
deu o colete mais cedo. "Sim, eu sou".

Alisha me puxa para um abraço e então outra garota toma


seu lugar me abraçando e me dando as boas-vindas à
família. Essas mulheres são genuínas. Você não tem isso com
muita gente.

"Eu estava querendo ligar, eu preciso pedir um bolo e


bolinhos para a festa de aniversário da minha filha em um
mês".

"Escreva-me os detalhes e eu lhe cadastrar a reserva", digo a


ela.

Eu olho em volta e vejo Butcher conversando com Techy, mas


ele está olhando diretamente para mim. Eu lhe sopro um beijo e
ele abaixa a cabeça para esconder seu sorriso.

"Eu nunca pensei que veria o dia em que Butcher seria


colocado de joelhos", diz Jean e eu dou de ombros.

"Ele me colocou sob os meus também", eu digo a ela e todos


eles dizem: "Aww".

"Então você já transou com ele?".

Eu rio sem graça com o seu jeito rude. "Sim". Minha mente
vagueia e eu visualizo-o em cima de mim, penetrando-me. Pare,
Shaylin, guarde para mais tarde.
"Quão grande ele é?", Jean sussurra e seus olhos se
arregalam. Todas as outras garotas se aproximam.

"Eu realmente não medi". Eu me movo em direção a


elas. "Doeu pra caralho e ele é tão grande quanto o meu pulso,
pelo menos".

Alisha me olha com simpatia. "O de Techy mede vinte e cinco


centímetros, então eu lhe entendo".

Eu estremeço e recosto-me no sofá, ficando de frente para a


festa e meus olhos gravitam para Butcher. Eu vejo uma vadia
parada bem atrás dele.

Oh infernos, não. É melhor que ela fique onde está.

"Você já encontrou alguém para trabalhar para você?".

Eu desvio o meu olhar de Butcher para olhar para as


meninas. Eu sacudo minha cabeça. "Não, infelizmente".

Kayla se anima. “Paisley, a filha de Torch, est{ procurando


um emprego tempor{rio”.

"Diga a ela para quando puder me procurar e nós poderemos


conversar sobre isso".

"Obrigada!".
Eu olho de volta para Butcher e o que vejo faz meu sangue
queimar como fogo. Ela está tocando o braço dele, que se afasta
bruscamente. Ela se aproxima de novo para tocá-lo.

Isso não vai ficar assim.

Eu me levanto e vou até os rapazes. Jean grita: "Oh, merda!" e


as outras garotas aplaudem. A cadela sabia que eu vim aqui
com ele.

BUTCHER
Shaylin está chateada. Ela olha para a garota que estava
dando em cima de mim, passa por ela e me abraça.

Porra, eu amo essa merda.

Shaylin sorri presunçosamente para a garota e leva tudo de


mim para não rir. A garota olha para Shaylin, antes de abrir a
boca. "Qual é o seu problema?", sua voz esnobe e infantil irrita
meus nervos logo de cara.

“Você estava se atirando no meu homem. Qual diabos é o seu


problema?”. Shaylin se aproxima da garota.

"Como se eu desse a mínima", ela me olha de cima a baixo e


eu pisco em descrença. "Eu posso tê-lo em cima de mim assim",
ela estala os dedos. Meus pensamentos voltam para o filho da
puta que disse algo semelhante sobre Shaylin.

Saio de trás de Shaylin, pronto para intimidar a garota. Por


que eu escolheria alguém assim quando eu tenho a minha
Shay? Ela não vê o que eu tenho? Mulheres.

Shaylin sorri amplamente.

Porra.

"Você não deveria ter dito isso". Shaylin sorri para ela.

A garota parece confusa. "O que você vai f-", ela não termina
a palavra antes que Shaylin acerte a sua cara, socando-a na
boca.

“Puta feia! Todas essas mulheres aqui são feias!”.

Shaylin começa a rir e a garota se levanta para encará-la.

“Eu realmente não queria brigar, hoje. Eu só queria me


divertir com meu homem e as senhoras. Agora você os
desrespeitou e deu em cima do meu homem. Você está pedindo
para ter sua bunda chutada. Sem puxões de cabelos, eu não
suporto isso”. Shaylin aponta para ela em aviso e volta a sorrir.

A garota leva a mão para o cabelo de Shaylin. Shay pega a


mão dela e a dobra para trás e a garota grita. “Eu disse sem
puxão de cabelo!”, Shay usa a sua mão livre para agarrar a
garganta da menina e a derruba, a garota cai de costas.

"Quem está sob quem agora?", Shaylin gargalha.

"Cara, sua mulher é porra louca", diz Vinny e eu olho para


ele, sorrindo.

"Eu sei".

Vinny começa a rir. "Ambos são loucos".

Eu não estou negando nada.

"Peça desculpas às senhoras".

"Foda-se, cadela".

Shaylin suspira dramaticamente e joga o cabelo por cima do


ombro. "Droga, eu estava esperando o caminho mais fácil". Ela
bate com força no rosto. “Você precisa aprender algumas
maneiras. Peça desculpas”, Shay vira a cabeça da mulher para
que ela encare as garotas, que estão divertidamente assistindo.

“Não”.

"Você está realmente me irritando". Ela desliza a mão para


cima do pescoço da menina e cobre o rosto. Então ela bate sua
cabeça no chão. "Faça isso agora".

"Eu sinto muito!".


"Boa menina", Shaylin ainda está sorrindo como uma
louca. Ela alisa o rosto da mulher com força. “Agora, tudo o que
você precisa fazer é dizer ao meu homem que você nunca mais
vai olhar para ele, porque se você o fizer, eu arrancarei os seus
olhos”.

"Você é louca!", a menina grita. Shaylin revira os olhos e sua


mão volta para a garganta da garota. “Diga-me algo que não
sei. Agora v{ em frente”. Ela acena com a mão na minha
direção e pisca para mim.

Ela é perfeita.

"Eu nunca vou olhar para você de novo ou sua mulher vai
arrancar os meus olhos".

Eu tremo de rir e ouço as pessoas ao nosso redor fazendo o


mesmo.

Shaylin se levanta e leva a garota com ela. “Estou recolhendo


o lixo, logo voltarei”. Ela meio que arrasta a garota pela
garganta até o portão e a deixa ir. Então ela a chuta na bunda e
a garota cai a poucos metros de distância.

"Butcher, eu acho que ela é mais louca do que você", diz Jean.

"Ela é perfeita, não é?".


Shaylin caminha direto em minha direção e eu observo o seu
corpo se movendo. Eu estou duro pra caralho. Eu ando até ela e
a jogo sobre meu ombro. Eu preciso da minha mulher.

Shaylin

Fui jogada por cima do ombro dele e eu bato na sua bunda, o


que faz com que ele retalie. Sua mão estala na minha bunda
com força.

As pessoas ao nosso redor não estão nem aí e Butcher se


dirige para a mata atrás do clube. Ele caminha um pouco mais
até estarmos fora de vista de todos. Butcher me desliza pelo seu
corpo e meus pés batem no chão.

Eu estou encostada em uma árvore com ele se elevando sobre


mim. "Você é muito gostosa, Shay". Ele bate a boca na minha
enquanto eu suspiro. Sua mão prende meu cabelo, puxando
levemente. Eu gemo de prazer por ele ser agressivo.

Eu sinto suas mãos no botão da minha calça. Isso é tão


emocionante. Estou prestes a fazer sexo com cem pessoas do
outro lado do campo. Sinto meu zíper sendo abaixado e
empurro as mãos dele para longe. Eu arrasto minhas calças,
junto com minha calcinha, deixando-me aberta e nua para o
mundo. Eu mordo seu lábio e puxo seu cabelo, me
aproximando mais dele. Uma mão serpenteia entre as minhas
pernas e quase caio no chão.

"Encharcado", ele rosna e me pressiona com força contra a


árvore. Desato o seu cinto, desabotoo suas calças e empurro-as
para baixo, junto com a boxer, libertando-o.

Sua língua se move contra a minha, eu aperto meus dentes e


agarro seu pau. Ele assobia e tira a minha mão. Ele me levanta
do chão e eu envolvo minhas pernas ao redor de sua cintura.

Ele se inclina um pouco e eu sinto seu pau na minha


entrada. Eu estremeço de prazer com a sensação. Eu abro meus
olhos e separo meus lábios dos dele, encosto minha cabeça
contra a árvore. Seus dentes roçam meu pescoço enquanto ele
empurra dentro de mim, o que causa uma leve pontada de dor.

Eu cravo meus saltos e levanto meus quadris para que ele


tenha melhor acesso. Minhas costas arqueiam quando ele
desliza mais para dentro de mim e, uma vez completamente
dentro, eu gemo e arqueio meus dedos. Eu nunca senti nada tão
bom. Não há nada melhor do que ser preenchida
completamente.

"Tão fodidamente sexy". Ele traz seus quadris para trás e bate
de volta dentro de mim.
"Foda-se", eu suspiro e arrasto minhas unhas na sua pele, nas
suas costas. Ele chia de dor e depois bate dentro novamente,
mais forte desta vez. Eu amo isso.

"Mais rápido", eu gemo e beijo o seu pescoço. Ele faz o que eu


peço.

Minutos, horas, segundos - não estou ciente do tempo. Tudo


o que sei é ter Butcher e a sensação dele se movendo dentro de
mim. É algo de que eu nunca me cansarei. Isso não é só
foda. Cada toque, cada movimento significa alguma coisa.

Butcher significa algo para mim e sei que estou me


apaixonando por ele. Eu acho que tenho estado por um bom
tempo, mas agora isso realmente me atinge. Lágrimas enchem
meus olhos e eu os fecho antes que ele veja. Eu trago meus
lábios aos dele e o beijo com todas as emoções que estou
sentindo, mas não dizendo.

Ele acaricia meu clitóris, e eu grito em voz alta quando eu


gozo duro, apertando o seu pau. Eu o sinto gozar um segundo
depois, me enchendo.

Espera.

Ele não usava um preservativo. Eu abro meus olhos e olho


para Butcher, que está completamente imóvel.

"Eu estou fazendo o controle de natalidade".


"Eu estou limpo, não estive com uma mulher além de você há
muitos anos e acabei de fazer os testes há um mês".

Ele beija minha testa suada e eu me afasto da árvore,


envolvendo meus braços em volta do pescoço dele.

"Pronta para ir para casa?".

Eu aceno, ele me coloca no chão. Eu me abaixo para pegar


minha calcinha, limpando-me o máximo possível antes de
colocar meu jeans. Eu assisto a bunda branca de Butcher
desaparecer em seus jeans.

Ele pega minha mão e nós andamos pela floresta até a moto
dele. Eu não estou querendo enfrentar a multidão agora com
meu cabelo pós-sexo e esperma escorrendo pela minha
perna. Nada atrativo.

Nós saímos da floresta e nos dirigimos para a moto dele, eu


vejo que as vadias ainda estão penduradas do lado de fora do
portão. Butcher me entrega o capacete e eu o coloco. Eu movo
meu cabelo para o lado e abotoo o botão.

Butcher sobe e eu o sigo. Suas mãos envolvem meus joelhos e


ele me puxa contra suas costas. Eu rio, envolvo meus braços ao
redor de seu abdômen e meus lábios encontram o seu pescoço.

Ele liga a moto e, quando saímos em direção ao portão,


passamos a garota em quem eu bati mais cedo. Eu dou a ela a
saudação de um dedo em riste. Eu sinto Butcher tremendo de
rir. A garota obviamente não tem senso comum.

Chegamos à sua casa em cerca de quinze minutos depois. Sua


casa é ainda mais bonita à noite por causa da luz dourada vinda
de dentro, realçando seu interior.

"Deveríamos passear de barco amanhã", eu olho para o


galpão onde tem os jet-skis e a lancha.

"Por mim, tudo bem". Ele desce da moto.

"Eu acho que você está tentando me mimar?". Eu mostro-lhe


um sorriso tímido. Ele me comprou a arma que eu estive de
olho ha meses e eu acabei de descobrir que terei toda a coleção
em breve, incluindo um rifle mais potente.

Ele arqueia uma sobrancelha. "Está funcionando?", ele pega a


minha mão e me ajuda a sair da moto.

"Oh, sim".

Ele beija minha testa. "Então estou fazendo algo certo".

Eu estou desmaiando agora - ele é tão doce! Ele entrelaça


nossos dedos e subimos os degraus até a casa. Ele abre a porta
para nós.

"Pegue algo para comer e eu vou lhe preparar um banho".

Eu puxo-o pelo cós de sua calça. "Só se você se juntar a mim".


Ele beija minha testa, mas eu pego um pequeno sorriso. Sua
mão estala na minha bunda e eu pulo. "Comporte-se".

Eu reviro meus olhos para ele. “Querido, você acha que isso é
possível? Eu estou sempre comportada”, digo enquanto meu
dedo percorre o meio de seu tórax.

"Shay", ele rosna em aviso, mas isso não me incomoda. Vou


deixá-lo pensar que ele ganhou essa, eu quero aquele banho
quente porque estou dolorida, não que eu vá dizer isso a
ele. Ele fez um buraco na cabeceira da cama ontem à noite - foi
um momento de quebra total.

As escadas rangem quando Butcher sobe os degraus e eu


ando até a geladeira para encontrar uma pizza fria. Nada
melhor que uma pizza fria. Eu pego minha garrafa de vinho
também. Não sou sortuda?

Depois que termino minha pizza, eu subo as escadas com


minha garrafa de vinho e um copo. Eu tenho que me fazer
parecer seminormal e não beber direto da garrafa, como eu
gostaria.

Eu atravesso o quarto dele até o banheiro, que é enorme - e a


enorme banheira é de morrer. O lugar fica banhado com um
brilho suave que lhe dá uma sensação muito romântica.

Butcher está de costas para mim, completamente nu. Eu levo


um momento para admirar a visão de seu traseiro e as
tatuagens cobrindo suas costas. Ele olha por cima do ombro
para mim e caminha até a banheira, entra e desliza na água. Eu
nunca pensei que um homem pudesse parecer tão sexy em uma
banheira, mas o meu homem não é normal.

Eu deslizo o meu colete e coloco-o gentilmente na


bancada. Então eu puxo minha camisa por cima da minha
cabeça, abro meu sutiã e atiro os dois no chão. Eu desabotoo
meu jeans e deslizo-o pelas minhas pernas, deixando-me nua.

"Droga", Butcher resmunga baixinho e eu pisco para ele.

Eu entro na banheira fumegante.

"Suas costas para mim". Eu olho para ele em confusão, mas eu


me viro. Eu afundo na água e fecho meus olhos. Isso parece
incrível. Sua mão desce pelas minhas costas e ele derrama água
em mim, molhando a metade inferior do meu cabelo.

"O que você está fazendo?".

"Deixe-me cuidar de você", ele sussurra, e sua mão alisa o


meu cabelo molhado pelas minhas costas. "Incline a cabeça para
trás".

Eu inclino minha cabeça para trás, e ele derrama um pouco de


água sobre a minha cabeça, mas não fica no meu rosto. Ele faz
isso mais algumas vezes antes de ouvir a abertura de uma
embalagem, e eu estico meu pescoço para ver que ele tem um
frasco de xampu na mão.

O cheiro do meu xampu de baunilha bate no meu nariz. Eu


fico completamente imóvel. Sua mão toca o meio da minha
cabeça, cavando os dedos para massageá-la. Eu inclino minha
cabeça para trás, dando-lhe melhor acesso.

Isso é o céu. Eu suspiro e seguro minha mão contra seu


joelho. Nos quinze minutos seguintes, Butcher lava meu cabelo,
condiciona-o e lava meu corpo.

Eu nunca me senti tão querida em toda a minha vida.

Depois que ele me leva para a cama, ambos ainda nus, ele me
deita e sobe ao meu lado. Eu me sento, empurro seu ombro,
fazendo-o deitar-se de costas e eu cruzo uma perna por cima de
seu quadril, prendendo-o no lugar.

"Você me fez sentir mais especial mais cedo do que eu já me


senti em toda a minha vida". Eu arrasto minhas mãos de seu
estômago para a cicatriz que fica a cima no seu tórax,
acariciando-a.

"Você é especial, Shay".

Eu fecho meus olhos, que queimam com as lágrimas. "E você


diz que não é doce, querido".
"Só para você". Ele ri e suas mãos deslizam ao longo das
minhas pernas, parando quando ele chega à parte interna das
minhas coxas.

Abrindo os olhos, me abaixo e beijo sua longa cicatriz


irregular. Então eu passo para a próxima.. e a próxima, e a
próxima. Eu beijo o que as pessoas chamam de imperfeições,
mas elas são o que fazem Butcher quem ele é.

"Você é perfeito". Eu beijo a cicatriz na sua bochecha e o sinto


balançando a cabeça. Eu coloco minha testa contra a dele,
olhando em seus olhos. "Você é perfeita para mim. Nós dois
somos loucos”. Eu rio e ele ri junto comigo. Eu nunca vou me
cansar de vê-lo sorrindo e rindo.

Eu noto que a sombra em seus olhos não está mais lá. Quando
olho em seus olhos, vejo felicidade. Eu coloquei isso lá. Eu faço
a minha missão para fazê-lo feliz. Ele merece isso e muito mais.

Eu poderia divagar sobre isso para sempre porque eu


realmente me preocupo com ele. Eu me preocupo com ele e não
tenho medo de mostrar isso. Chame-me de cafona, mas não
estou escondendo quem eu sou.
14

Shaylin

Meu pai conseguiu subornar-me para jantar em sua casa com


Butcher, desde que contei que somos oficialmente um casal e eu
ganhei um colete.

Eu provavelmente deveria estar nervosa, mas, por outro lado,


quero que meu pai veja Butcher como eu vejo. Não me entenda
mal - Butcher é um homem assustador e perigoso. Eu vejo o
jeito que ele fica assassino toda vez que um homem olha para
mim e por isso, eu literalmente agarro a sua mão para que ele
não o jogue ao chão.

Isso é apenas quem ele é - ele é uma pessoa muito possessiva


e protetora. Eu entendo porque ele é assim, porque isso o afetou
quando ele perdeu sua família e o pensamento de algo
acontecendo comigo o faz entrar em pânico.
Nós paramos do lado de fora da casa de papai e vejo que
Lane já está aqui com a minha sobrinha, em seu caminhão. Eu
não posso esperar para vê-la! Já faz um mês e nunca demorei
tanto tempo assim para encontrá-la.

Depois de descer, fico ao lado da moto esperando por Butcher


para sair.

"Smiles".

Eu ouço o Butcher rindo e vejo o meu pai olhando para nós


dois, em diversão. Revirando os olhos, ando pelo pátio até meu
pai, que saiu da varanda. Eu afundo em seus braços e ele me
abraça com força. Nunca será cafona ser abraçada pelo seu pai.

"Ele está lhe tratando bem ou eu tenho que matar um filho da


puta hoje?", ele diz muito alto e eu sei que Butcher o ouviu.

Eu bato nas costas dele e saio de seus braços, dando-lhe um


olhar de desdém. "Você acha que eu precisaria de você para
matar alguém se eles me fizessem mal?".

Meu pai sorri amplamente. "Essa é a minha Smiles".

Louco, eu lhe digo.

Ele se vira e sobe os degraus. "A comida está na mesa, eu


tenho merda já servida".
Nós o seguimos e Butcher se instala ao meu lado, sua mão nas
minhas costas deslizando até ele apertar a minha bunda. Eu
grito e agarro sua mão para que ele não faça isso de novo.

"Faça essa merda de novo e eu vou te matar". Meu pai não se


vira, mas continua entrando na casa.

Eu me levanto na ponta dos pés e Butcher se encolhe. "Faça


isso de novo e sem buceta para você".

Butcher se afasta e me dá uma olhada que diz que estou sem


credibilidade. Eu posso estar, mas ele poderia fingir rastejar-se
um pouco.

Entramos na casa e eu ouço um grito estridente. Tiffany corre


para o quarto e Lane a segue. Eu me inclino e ela me agarra. Eu
me desequilibro para trás, mas Butcher coloca a mão nas
minhas costas, me pegando.

Ela me deixa ir e sorri para Butcher.

"Oi, garoto".

Ela aperta a mão dele e faz um som agudo. “Você precisa de


um esmalte incolor. Acabei de terminar com o vovô”.

Eu comecei a rir. Estes homens podem enfrentar qualquer


coisa, mas eles não podem lidar com a ira desta menina. Ela
pega a mão dele e o leva até o grande sofá de couro. Ele olha
para mim com os olhos arregalados que dizem "ajude-me".
Eu apenas aceno um tchau para ele, e ele me dá um olhar que
diz que nos entenderemos depois. Eu ando até Lane, que está
em pé do lado de dentro da porta da cozinha, observando sua
filha e Butcher.

"Shay, venha aqui."

Passo por Lane até a cozinha, onde meu pai está colocando a
comida na mesa. "Sim, pai?".

Ele me dá um olhar duro e sério. Eu sei que há algumas coisas


acontecendo agora. "Qual é o problema, pai?", eu passo mais
perto dele.

“O cartel est{ tentando canalizar drogas através de nossa


cidade, mas este é um grupo diferente, eles são
perigosos. Carregue uma arma em todos os momentos”.

Eu solto uma respiração profunda e aceno. Minha arma está


nas minhas costas. Eu pego do coldre e mostro para ele. Ele
sorri quando vê a arma azul, minha Tiffany. "Quando você
conseguiu isso?".

"Butcher comprou isso para mim há alguns dias".

Meu pai parece intrigado por um segundo antes de começar a


rir. "O que foi isso?", eu enruguei meu nariz e coloquei minha
arma de volta.

"Em que loja de penhores foi?".


“Estava um pouco fora da cidade. Por quê?".

Ele ri novamente. Olho por cima do meu ombro para Lane,


imaginando se ele sabe o que está acontecendo e ele também
está rindo.

"Você vai me dizer o que está acontecendo?", eu cruzo meus


braços sobre o peito.

“Nós somos donos dessa loja de penhores, querida. Nós


recebemos uma ligação do gerente, ele estava falando sobre um
filho da puta enorme e uma linda loira. O cara tentou atirar nele
por tentar ajudar a garota com sua postura”.

Eu dou um sorriso. "Ele estava checando minha bunda".

Lane e papai pararam de rir. "Precisamos de um novo


gerente".

Minha boca se abre em descrença. "Papai, você não pode estar


falando sério".

Ele me dá um olhar que diz que era sério, eu toco seu braço e
tento: "Mas, papai, ele estava apenas olhando".

“Eu não dou a mínima se ele estava olhando ou não. Você é


minha filha e você não é um objeto para ser encarado,
especialmente por um estranho. Butcher deveria ter atirado
nele”.
Eu jogo minhas mãos no ar. Isso é loucura. Cada um deles é
doido. Eu acho que vou deserdá-los. Eu bufo e caminho de
volta para a sala de estar.

Butcher está sentado no chão, Tiffany tem a mão apoiada na


mesa de centro entre eles com esmalte de cor clara. “Pare de se
mexer e seja um bom menino. Eu vou te dar um biscoito”.

O olhar no rosto de Butcher me envolve. Eu me inclino,


segurando meu estômago, rindo mais do que nunca em toda a
minha vida. Essa é a melhor coisa que já vi.

"Eu acho que a tia Shay tem bebido muito vinho", Tiffany
sussurra para Butcher e eu rio mais forte. Puxa, eu amo aquela
menininha.

Eu consigo me controlar e fico em pé. Tiffany está satisfeita


agora e guarda o esmalte de volta na gaveta. Ela está de costas
para mim. Eu me aproximo dela e a toco, fazendo-a pular e
virar-se. Eu a envolvo em um abraço de urso, seus braços contra
seu corpo, prendendo-a enquanto a sufoco com beijos.

"Shay!", ela grita de tanto rir e eu continuo importunando-a


com beijos.

"Salve-me, Butcher!", ela grita.


Ela não está jogando limpo. Sou levantada do chão e deixo-a
ir, viro para Butcher e começo a importuná-lo com beijos no
rosto.

"Eu vou ajudar você!", Tiffany grita um grito de guerra,


agarra meu pé e começa a fazer cócegas. Eu grito entre risos e
tento puxar meu pé para longe, mas ela segura-o com força.

"Eu desisto!", grito de tanto rir.

Ela me solta e eu respiro fundo. "Isso vai te ensinar a não


mexer comigo!", ela bufa, com as mãos nos quadris e se afasta
de nós. Ela é filha de Lane. Não tem como negar isso.

"Vamos comer, porra, eu estou morrendo de fome".

Eu ouço um suspiro alto e exagerado. "Vovô! Você


praguejou. Você me deve dez dólares!”, entramos para vê-la em
pé na frente do meu pai com a mão estendida. Meu pai apenas
sorri para ela, como se ela fosse a coisa mais fofa de todos os
tempos.

"Foi um acidente, seu pai e sua tia ficaram bem".

Ela revira os olhos e olha para mim e Lane. "Ok é uma


palavra para isso".

Que merda.
Meu pai joga a cabeça para trás, rindo e eu me junto porque
ela tem a boca de Lane. Lane sempre dizia o que pensava. Não
importava o que fosse - se ele pensasse, ele dizia isso.

"Tenho certeza que seu pai pragueja o tempo todo", diz meu
pai.

"Não mais. Eu dei um jeito nele”.

Butcher ri disso e todo mundo olha para vê-lo rir.

"Entregue-o, Pops." Ela estende a mão novamente.

Meu pai revira os olhos, enfia a mão no bolso e tira dez


dólares.

"Obrigado. Isso vai para a minha coleção de sutiãs”.

"Sutiãs?", Lane diz enquanto empalidece.

“Hum, sim papai. As mulheres usam esse tipo de coisa”. Ela


olha para ele como se estivesse louco, passa por ele, puxa uma
cadeira e se senta. Pobre Lane, parece que ele está prestes a
desmaiar. Toda garota nessa idade ama a ideia de ter um
sutiã. Não é coisa grande.

"Nós vamos comer ou vocês vão se tornar uma parte


permanente do piso?", pergunto enquanto começo a empilhar
comida no meu prato e no prato de Tiffany.
Todos olham para mim e Lane me dá uma olhada para
matar. “Eu acho que você est{ influenciando minha filha. Ela
fala como você”.

Eu dou de ombros. "Assim? Ela é incrível e não comece


comigo - ela tem a sua boca”, eu aponto meu garfo para ele em
advertência.

Butcher puxa uma cadeira ao meu lado e se senta. Eu pego


seu prato, arrumo a comida para ele e beijo sua bochecha.

"Faça isso de novo na minha frente e eu vou por fita adesiva


na sua boca", meu pai me diz e eu lhe mostro o dedo do meio.

"Papai, o que isso significa?", Tiffany levanta o dedo médio


mostrando para Lane, que olha para mim.

"Vê? Má influência".

"Tanto faz". Eu pego meu garfo e reviro a minha comida. Fica


silencioso quando todo mundo come. Nós todos amamos nossa
comida e isso se mostra. Nós não falamos uma palavra
enquanto nos alimentamos.

"Papai, eu posso sair para brincar?", Tiffany pergunta e


empurra seu prato de volta.

"Claro, meu anjo". Ele beija o topo de sua cabeça, ela salta de
sua cadeira e corre para fora. “Shay, quer sair com ela? Eu
preciso falar com Butcher”. A cabeça de Lane se vira para
encarar o meu pai. "Sobre o que eu falei com você antes".

"Ok". Eu levanto de minha cadeira e saio pela porta lateral


para o parquinho que meu pai nos construiu quando éramos
pequenos.

Tiffany está balançando. “Oi, Shay. Precisamos ir às compras


novamente. Minhas unhas estão ficando lascadas”.

Ela é uma pequena diva. Eu amo isso. Ela coloca os pés para
baixo e se impede de balançar. "Venha me pegar!", ela grita e
corre para o campo. Eu rio e sigo em uma ligeira corrida.

Ela está a uns bons 30 metros de distância quando vejo duas


formas escuras jogadas por cima da cerca. Dois cachorros pretos
se levantam e latem e então partem na direção de Tiffany.

"Oh, meu Deus, Tiffany!". Corro para ela e os cães estão se


aproximando. Ela grita a plenos pulmões e corre na minha
direção. Os cachorros estão a dez metros dela agora.

Meu coração está batendo tão forte que eu posso sentir isso
até meus ouvidos. Os cães estão a um metro e meio de
distância, eu corro mais rápido e pego minha arma no
coldre. Eu me coloquei entre Tiffany e os cachorros. Eles estão
rosnando, espumando pela boca, são enormes.
Um deles salta em mim e me morde na panturrilha. Sua
cabeça treme, rasgando minha pele. Eu grito para
Tiffany: "Corra!". O outro cão procura por Tiffany. Eu removo a
trava de segurança e atiro. O cachorro bate no chão - eu o
acertei na cabeça. Eu não quero matar cachorros, mas vou
proteger Tiffany. O cachorro que segurava minha panturrilha
soltou-me e se lançou na direção da minha garganta. Eu atiro
de novo e ele cai no chão.

Mais três cães são jogados no portão. Eu me viro e vejo que


Lane tem Tiffany, Butcher está a um metro e meio de mim e
papai está bem atrás dele. Eu tento andar e caio no chão.

"Há mais três", eu grito e vejo Butcher e papai levantarem as


suas armas. Três tiros soam e meu pai corre para o campo onde
os cachorros foram jogados.

"Shay", Butcher engasga e cai de joelhos ao meu lado.

"Eu estou bem", eu tranquilizo-o e toco o seu rosto. Ele


balança a cabeça e olha para o meu corpo para se certificar de
que estou bem, ele vê o sangue na minha perna. Ele rosna
profundo e alto. Ele pega a barra do meu jeans e o rasga até a
minha coxa. Eu posso ver as marcas de mordida na minha
panturrilha.
E se eu tiver contraído raiva ou alguma outra coisa? Eu fecho
meus olhos quando o medo me afunda. Os lábios tocam minha
testa. “Você vai ficar bem, minha Shay. Eu te amo".

Meu coração para ali mesmo. Ele apenas disse que me


amava. A dor se foi em um instante. Abro os olhos e as lágrimas
caem, porque sei que também o amo. "Eu também te amo,
Butcher", eu sussurro de volta e envolvo meus braços em torno
do seu pescoço.

"Vamos para o hospital". Ele me pega no estilo de noiva.

Meu pai está correndo em nossa direção. “Vou lev{-la,


Butcher. Siga na sua Moto”.

Butcher parece rasgado e eu o beijo. "Eu ficarei bem".

Ele range os dentes antes de concordar.

Eu ouço Tiffany chorando e meu coração se parte. Ela deve


estar aterrorizada. "Tiffany, eu estou bem, baby".

"Você está ferida". Seus olhos estão na minha panturrilha.

Eu coloquei um rosto corajoso e pisquei. “É só um


arranhão. Esse imbecil só quer me carregar”, eu não vou deixa-
la carregar o fardo da culpa por eu me machucar. Eu morreria
por aquela garotinha. Lane sussurra para mim: "Obrigado".
Se os cães conseguissem chegar até ela, ela estaria morta ou
estaria seriamente ferida. Butcher passa por Lane seguindo meu
pai, que está correndo em sua garagem. Eu ouço seu caminhão
ligar e sair.

A porta do passageiro é aberta e Butcher me coloca dentro do


caminhão. Ele beija minha testa. "Amo você, Shay", ele diz em
apenas um sussurro, então só eu ouço.

Deus, eu amo esse homem. Eu só não percebi o quanto até


quase morrer. Ele também me ama.

A porta está fechada e meu pai está saindo rapidamente da


garagem. Ele empurra o fundo do painel para abrir o portão.

"Porra! Eles jogaram cães por cima do maldito portão”. Papai


bate a mão no volante.

"Papai, algumas coisas não podem ser interrompidas".

Ele sacode a cabeça. “Isso é imperdo{vel, isso nunca vai


acontecer novamente. Você e Tiffany poderiam estar mortas”.

Imagens passam pela minha mente. Eu não posso imaginar


Tiffany se machucando assim. Esses homens conheciam nossa
fraqueza e foi por isso que jogaram os cachorros no portão.

“Papai, aqueles cachorros estavam correndo direto para


Tiffany. É como se eles tivessem o cheiro dela”. Eu posso ouvir
a preocupação e a dor na minha voz. A adrenalina está
acabando e eu estou sentindo a mordida do cachorro.

"Lane vai para a rua". Ninguém mexe com sua filha. Isso
significa guerra. "Guerra", eu sussurro e papai acena com a
cabeça em concordância.

Nós paramos do lado de fora da sala de emergência. Minha


porta está aberta e Butcher está esperando por mim. Seus olhos
estão escuros e sua boca está cerrada enquanto ele me olha. Eu
sei que me ver assim está acabando com ele.

Há algumas coisas que você não pode controlar e essa é uma


delas. Quem teria pensado que as pessoas jogariam cinco cães
por cima de um portão para matar alguém? Eu odeio o
pensamento daqueles cachorros estarem mortos, mas eram eu e
Tiffany ou eles.

Essa não é uma opção que eu vou aceitar.

Butcher chega e me tira do meu lugar. Eu posso sentir a raiva


irradiando dele. “Butcher, isso é apenas uma coisa
estranha. Você não pode controlar tudo. Eu estou bem, eu me
protegi”, eu toco a sua bochecha.

“Eu poderia ter perdido você. Isso é o que está me rasgando


por dentro. Eu preciso de você como eu preciso de ar,” ele
murmura para mim e passa pela porta da sala de emergência,
carregando-me em seus braços.
Uma enfermeira vem com uma cadeira de rodas. "O que tem
de errado com ela?".

"Eu fui mordida por um cão", digo a ela e Butcher me coloca


gentilmente na cadeira de rodas. A enfermeira começa a me
afastar e Butcher segura minha mão.

"Eu não vou deixá-la". Ele aperta minha mão com mais força.

A enfermeira não diz uma palavra e eu não a culpo. Butcher


está em um nível totalmente diferente de assustador agora.

Eu levanto nossos dedos entrelaçados e beijo as costas da sua


mão, dando-lhe conforto. Eu não quero que ele fique chateado.

BUTCHER
Mais tarde naquela noite

Ela nunca deixará a nossa cama. Nunca mais. Eu tenho


algemas e assim que ela colocar a sua bunda na minha cama ela
nunca mais vai embora, sua padaria que se dane. Ou eu estarei
com cabelos grisalhos no próximo mês.

Eles jogaram cães pelo portão, cães treinados para matar e foi
da filha de Lane, Tiffany, que eles foram atrás. Shaylin se
colocou entre ela e os cachorros. Tenho orgulho dela, mas isso
não significa que eu não vou algemá-la na minha cama.
"Butcher?", Shaylin se vira, estremecendo quando ela esfrega
a perna contra a cama. A mordida não é séria, mas ela precisou
de alguns pontos, que terão que ser retirados em uma semana
ou mais.

"Sim?", eu me inclino para frente na minha cadeira, então


estou cara a cara com ela.

"Estou pronta para ir para casa". São duas horas da manhã


agora. Eles tiveram que fazer muitos testes para garantir que o
cão não tivesse doenças e acabamos de descobrir que eles não
tinham.

"Estamos esperando a sua receita." Eu empurro o cabelo para


longe do rosto dela e ela fecha os olhos. Eu posso dizer que ela
está exausta. Eu fiz o pai dela sair algumas horas atrás. Ele não
queria, mas eu estou com ela e ninguém poderia me forçar a
sair do lado dela.

“Quando chegarmos em casa, eu poderia tentar um pouco de


sexo, mas não me sinto no clima. Talvez amanhã?".

Eu abaixei minha cabeça e ri sob a minha respiração. Ela está


atordoada por causa da medicação para a dor.

"Tudo o que você quiser, querida".

Ela sorri para mim amplamente antes de me dar uma


piscada. Bem, ela aperta um olho e o outro está no meio do
caminho. "Você dá bons ...". Seus olhos se arregalam enquanto
ela dramaticamente olha ao redor da sala. "...orgasmos". Ela
suspira alto e segura seu peito. "Oh, a frieza que eu acabei de
cuspir da minha boca". Ela diz a última parte em um sotaque
britânico.

O médico entra na sala e me entrega a receita. “Bem, acho que


é hora de Shaylin ir para casa. Ela precisa tirar os pontos em
uma semana e obter esses antibióticos amanhã. É apenas uma
precaução extra. Espero que você se sinta melhor, Shaylin”. O
médico dá um tapinha no ombro dela.

Ela ofega em voz alta novamente e salta para longe dele, a


mão na boca. Ela olha para mim em puro horror. "Você acabou
de me tocar!", ela olha para mim e se inclina para mais perto
dele. "É melhor você correr ou ele vai chutar o seu traseiro".

O médico olha para mim, divertido. "Eu aposto que ele vai".

Shaylin faz um movimento para expulsá-lo e ele sai. “Vamos


explodir esta erva daninha”. Ela coloca as pernas para o lado da
cama.

Eu rio alto e ela levanta os braços. “Carregue-me,


Butcher. Leve-me para a sua cama”. Coloco um braço atr{s de
suas costas e o outro sob os joelhos, levantando-a.

"Eu simplesmente amo você, Butcher". Ela aconchega a cabeça


no meu peito.
Meu coração bate um pouco mais rápido. Ela me ama, esse
filho da puta louco que gosta de violência.

Eu posso dizer uma coisa, no entanto.

Ninguém vai amá-la tanto quanto eu.


15

Shaylin

Um mês depois

“BUTCHER”, grito e agarro a cabeceira da cama enquanto ele


penetra em mim. Adoro acordar de manhã com a cabeça dele
entre as minhas pernas e prendê-lo para trepar.

Perfeito.

"Fodidamente sexy". Ele levanta minhas pernas para que ele


possa ir mais fundo e elas tremem.

"Estou tão perto", eu gemo e jogo a cabeça para trás, meus


dedos dos pés enrolados para o céu enquanto eu quase alcanço
o orgasmo.

Então, de repente, ele desliza de cima de mim e eu levanto a


cabeça para olhar para ele, dando-lhe um olhar mortal.
Ele ri e se deita de barriga para baixo, movendo-se entre as
minhas pernas. Ele abaixa a cabeça e chupa meu clitóris
profundamente em sua boca enquanto desliza dois dedos
dentro de mim.

"Foda-se!", eu grito e agarro a parte de trás de sua cabeça,


puxando os fios. Eu explodo e jogo minha cabeça para o
lado. Eu sinto Butcher se movendo, então ele bate dentro de
mim, o que desencadeia outra rodada de prazer. Alguns
segundos depois, ele vem junto comigo, porque toda vez que
ele desliza para dentro parece que estou vindo de novo.

Ele cai na cama ao meu lado e eu me enrolo nele. "Eu acho


que você quase me matou dessa vez", eu sinto seu corpo tremer
de rir e meu coração fica mais leve.

Seus lábios pressionam o lado do meu pescoço, eu me arrepio


e me aproximo dele, ainda em seus braços. "Que horas são?".

"Dez".

Eu bocejo e me aproximo, enfiando minha cabeça em seu


pescoço, aconchegando-se em seu calor. ”Eu tenho que estar no
trabalho às doze. Então, vamos tirar uma soneca de uma
hora?”.

"Acabamos de acordar", diz ele, desprovido de emoção.

Eu dou de ombros. "O sexo me esgotou".


Ele ri e pega o cobertor, cobrindo nós dois. Sua mão repousa
nas minhas costas. Eu pego sua mão livre e aperto meus dedos
antes de pressionar um beijo no dorso da sua mão.

Não tenho medo de mostrar meu carinho ao Butcher, ele


adora. Palavras são apenas palavras - você as fala e elas
significam alguma coisa - mas qualquer um pode dizer
palavras. São as ações que realmente significam tudo para ele.

Ele me deixa no trabalho antes de ir para o seu clube. Kyle e


Lane pediram que alguns membros ficassem atentos em seu
tempo livre até que tudo se acalmasse novamente.

Eu só tinha sido mordida, mas poderia ter sido muito pior se


eu não tivesse a minha arma comigo. As pessoas que querem
canalizar drogas através da cidade de Lane estão causando
problemas e foram elas que jogaram os cães por cima da cerca.

Eu não quero nem saber o que Lane, Butcher e papai vão


fazer com eles. Não é da minha conta. Eles podem me dizer o
que quiserem, mas algumas coisas é melhor não saber. Eles não
são santos, isto é, com certeza.

"Oi Shaylin!", Paisley chama enquanto eu entro na


padaria. Ela é toda sorrisos e tem um brilho de felicidade. Torch
criou sua filha sozinho e ele era um pai adolescente. Ele fez um
trabalho incrível com ela.
"Olá Paisley, como você está hoje?", eu passo atrás do balcão e
abro o cofre para enfiar minha bolsa dentro.

"Liam me enviou uma carta hoje", ela tenta não mostrar, mas
eu posso dizer que ela está animada.

Liam a salvou de uma situação muito ruim. Desde então, eles


se tornaram melhores amigos, mas posso dizer que eles estão
totalmente apaixonados um pelo outro pelas cartas e conversas
telefônicas e como ela age em relação a ele. Eles não estão juntos
e eu acho que parte da razão para isso é porque ele é um SEAL
da Marinha e ele se ausenta muitas vezes. Mas eu aposto que
assim que ele sair, ele vem atrás dela.

"Como ele é?", eu sorrio para ela e seus olhos estão


iluminados de felicidade.

"Ele é bom, ele estará saindo para uma missão em breve." Seu
sorriso cai quando ela diz "missão". Eu sei que ela está com
medo por ele.

"Tenho certeza que ele vai ficar bem". Eu a puxo para um


abraço, ela me abraça de volta com força.

“Eu não posso deixar de me preocupar com ele. Eu sei que ele
é um durão e tudo, mas ele não é indestrutível”, eu posso ver
que isso a incomoda há algum tempo. Ela me deixa ir e recua.

"Ninguém é".
Ela força um sorriso e limpa os olhos. "Butcher
provavelmente é".

Eu rio disso e caminho de volta para a cozinha para ter


certeza de que tudo está pronto para a entrega do bolo que eu
tenho que fazer para um casamento na próxima hora. Eles
devem ter os bolos e cupcakes já assados e então eu irei que
decorá-los.

"Os bolos e cupcakes são legais", minha mais nova


empregada em tempo integral me informa. O nome dela é
Joslyn e ela é tão tímida com os caras que me dói. Ela não
consegue sequer articular uma frase completa em torno de
qualquer cara e Butcher, junto com as outras garotas, acha que é
a coisa mais fofa de todas.

É realmente fofo e é por isso que me apaixonei por ela. Ela é


linda e parece quase idêntica a Janna Kramer, mas ela não
percebe como ela é bonita. Ela é tão tímida, mas é uma incrível
padeira e é por isso que a contratei imediatamente assim que
ela saiu da escola.

"Joslyn, você pode me ajudar se quiser".

Ela sorri amplamente e começa a decorar os cupcakes em


movimentos fluidos.
Durante as duas horas seguintes, trabalhamos lado a lado
decorando o bolo e os cupcakes. Foi uma grande encomenda
para um casamento de trezentos convidados.

"Você pode vir comigo se você quiser", eu digo uma vez que
carregamos tudo no caminhão de entrega.

Um dos caras do motoclube está ficando aqui para cuidar de


Paisley e ele está com outro cara do motoclube, que é o segundo
no comando de Lane. Seu nome é Wilder, ele me lembra muito
Butcher. Ambos são quietos, ambos observam as pessoas e são
muito intensos.

Além disso, não posso deixar de notar como ele está olhando
para Joslyn como se ela fosse a melhor coisa desde que
inventaram o pão fatiado. Eu sei que ela nota-o também,
porque ela tem um sólido rubor desde o momento em que o
viu. Wilder é bonito, mas não tanto quanto meu
Butcher. Ninguém pode ganhar dele, mas Wilder está em
segundo lugar.

"Ok". Ela se apressa para entrar no lado do passageiro do


veículo. Wilder está olhando para ela.

Eu bato-o no ombro e ele desvia seu olhar dela. "Se você não
parar de olhar tão arduamente, seus olhos vão cair".

Wilder ri e esfrega o topo da minha cabeça. Eu considero


Wilder um primo - seu pai era membro do clube antes de se
aposentar, junto com meu pai. Há muitos meninos que vieram
da primeira geração do motoclube e cerca de vinte novos
membros chegaram, junto com três pessoas de fora.

"Ela é linda", ele admite.

"Ela realmente é". Deixo-o em pé lá e subo no lado do


motorista do caminhão de entrega. Eu saio do estacionamento
com Wilder bem atrás de mim. Percebo Joslyn olhando pela
janela, observando-o.

"Então...", eu sorrio e olho por cima. Quando ela olha para


mim, ela sabe que foi pega.

"Sim?", ela praticamente sussurra, com todo o rosto


vermelho. Ele é tão fofo.

"Você acha que Wilder é fofo?".

“Acho que sim, mas ele não sabe que estou viva. Nenhum
homem nunca o faz e eu tenho certeza que ele não sabe. Olhe
para ele".

Eu bufo e alto. Eu a vejo se encolher - ela deve pensar que


estou rindo dela. “Querida, se você soubesse como você
realmente é. Wilder estava apenas me dizendo antes de eu
entrar no caminhão como você é linda. Você é linda e pode
passar pela gêmea de Janna Kramer. Confie em mim, os
homens notam você, mas você não os vê. Eu os vejo tentando se
aproximar de você, mas eles não têm bolas”.

Sua boca está aberta e seus olhos estão arregalados enquanto


ela olha para mim incrédula. Por que ela pensa tão pouco sobre
si mesma? "Eu sou?".

Eu dou a ela um olhar que diz que ela é louca. "Sim você
é. Ninguém nunca lhe disse como você é linda antes?”.

Ela balança a cabeça.

"Nunca?".

Ela sacode a cabeça novamente.

“Porra, isso é estúpido. Nem mesmo sua família?”.

“Não, eu morava apenas com minha mãe, não tenho outra


família. Ela sempre me disse que eu não era bonita e uma vez
que os caras nunca se aproximaram de mim, acho que comecei
a acreditar nisso, com o tempo”.

Meu coração literalmente acabou de quebrar e agora eu quero


chutar a bunda de sua mãe por dizer coisas tão horríveis para
sua filha. É óbvio que ela está com ciúmes.

"Bem, eu sinto muito, ela pode ser sua mãe, mas ela é
estúpida". Eu balancei minha cabeça com raiva. Algumas
pessoas são simplesmente horríveis.
Ela começa a rir e é a primeira vez que a vejo tão feliz. Fico
feliz por poder colocar esse sorriso no rosto dela.

"Obrigada, Shaylin", ela sussurra e eu pisco para ela.

"Apenas dizendo a verdade".

São seis horas e estou exausta. As pessoas no casamento eram


cadelas esnobes que reclamavam de tudo. Eles não gostaram de
como esse cupcake estava um pouco de lado e a decoração na
parte de baixo do bolo estava um pouco torta. Quando consegui
sair, Joslyn e eu praticamente corremos porta afora.

Joslyn e Paisley devem estar de volta a qualquer momento do


intervalo e então Butcher estará aqui para me buscar para
jantar.

Falando do diabo - vejo Paisley e Joslyn do lado de fora da


minha porta de vidro. Elas abrem e saem. Paisley parece
preocupada com alguma coisa.

"O que foi?".

Ela aponta o polegar por cima do ombro. "Há duas pessoas


caídas no carro do lado de fora".

Meus olhos se arregalam e corro para a porta, depois abro-


a. Eu saio e vejo que é o carro de Lexi. Sua cabeça está
pendendo em direção ao seu colo e a cabeça do homem está
encostada no volante.

Foda-me

Com passos hesitantes, chego mais perto e sinto Paisley às


minhas costas. Eu tenho um mau pressentimento sobre isso. Eu
coloquei uma mão nas minhas costas, pronto para puxar a arma
para fora a qualquer momento.

Estamos a cerca de um metro e meio de distância e ouço um


grito agudo, como um bebê chorando. A janela traseira é
protegida por uma película escura, por isso não podemos ver o
interior. Eu diminuo a distância até o carro e coloco minha
cabeça contra a janela, tentando enxergar melhor.

Meu estômago afunda com a visão. Há o que parece ser um


bebê de dois anos sentado em um assento de carro que está
caindo. É uma garotinha. Seu rosto está vermelho como sangue,
suas roupas estão grudadas nela e seus cachos castanhos
escuros estão encharcados.

As janelas estão fechadas e o carro não está ligado. Ela está


queimando. Eu bato na janela de Lexi, mas ela não se move. Eu
grito, "Lexi!". Ela não se move e eu puxo a maçaneta da porta,
mas ela não se move. Paisley já está do outro lado do carro,
tentando abrir aquelas portas.

Tudo bloqueado.
Olhando em volta, vejo uma pedra grande que às vezes uso
para manter a porta aberta. Eu corro e a pego. Eu ouço uma
motocicleta se aproximando, mas eu não olho para aquela
direção - minha mente está em tirar a criança do carro. Ela vai
morrer se eu não a tirar. Está uns cem graus lá dentro.

Eu passo na frente da porta de Lexi, levanto a pedra acima da


minha cabeça, e derrubo-a o mais forte que posso. Vidro
explode em todos os lugares e eu ouço alguém correndo atrás
de mim.

"Shay?", Butcher grita. Eu alcanço o interior da porta e a


destravo. Eu recuo e puxo a maçaneta. A porta se abre, eu
entro, solto a garota e puxo-a do assento.

“Eu liguei para a polícia!”, Grita Joslyn.

A bebê está quente ao toque, ela está completamente


encharcada. Meu coração está partindo. Ela para de chorar e
coloca a cabeça no meu peito, suas pequenas mãos em punhos
na minha camisa.

Meu coração se partiu em um milhão de pequenos pedaços.

"Shay?", Butcher diz suavemente e eu me viro.

"Veja se eles estão mortos", eu sussurro e caminho em direção


à padaria, querendo tirar o bebê do calor. Assim que entramos,
sento-me na cadeira em que Butcher geralmente se senta.
“Temos um pouco de água na parte de trás. Você pode trazer
com um canudo?”, peço a Paisley. Ela corre.

A menininha está enrolada em volta de mim como um


macaco. "Está tudo bem, anjo". Eu a acalmo e a balanço de um
lado para o outro. Ela solta seu aperto ligeiramente.

Paisley coloca a água no balcão.

"Obrigada", eu digo a ela e ela balança a cabeça tristemente.

Eu pego a água do balcão. “Beba, querida”. O sino acima da


porta bate e Butcher entra. Ele balança a cabeça, me dizendo o
que eu já pensava.

Lexi está morta.

O bebê senta trêmulo e eu coloco uma mão na parte baixa das


costas dela. Eu levanto a água para ela e dobro a cabeça para
cima para que eu possa ver seu rosto. Ela estende as mãozinhas,
tira a água de mim e coloca o canudo na boca.

Ela bebe e bebe. Quando ela termina, ela devolve para mim,
as mãos sujas. Ela então me olha diretamente no rosto e eu me
apaixono ali mesmo. Ela tem os olhos mais lindos do
mundo. São grandes e de um azul tão claro que parecem gelo.

Butcher anda ao redor do balcão e se inclina na direção


dela. Ela o estuda, ele apenas a olha diretamente nos olhos. Ela
estica seus pequenos braços para frente.
Ela quer que Butcher a pegue.

Seus olhos se arregalam e ele coloca as mãos sob os braços


dela, levantando-a. Ela deita a cabeça no peito dele. Butcher tem
um olhar torturado no rosto e sei que eu também. Ela está
partindo meu coração.

Eu tenho muitas perguntas! Por que ela estava com Lexi? Esta
garotinha é dela? Eu não sabia se ela tinha um filho ou não.

Eu ouço as sirenes da polícia do lado de fora e me


levanto. Butcher e eu saímos, prontos para encarar a
barulheira. Butcher fica de lado com o bebê, Paisley e eu
contamos exatamente o que aconteceu.

As pessoas da ambulância verificam se Lexi e o homem estão


realmente mortos e os colocam em sacos para cadáveres. “Aqui
está a assistente social. Se tivermos alguma dúvida, ligarei para
você”. Concordo com a cabeça e volto para Butcher, a assistente
social caminha até nós.

"Oi, eu acho que esta é a pequena Tiana?", o bebê que agora


sabermos chamar Tiana levanta a cabeça para olhar para a
assistente social.

"Lexi era a mãe dela?" Eu pergunto a ela.

Ela balança a cabeça e seu rosto fica triste. “A bebê foi tirada
dela e ficou em um orfanato por sua mãe ser drogada. Lexi
acabou de recuperá-la, seis meses atrás. Nenhum parente da
mãe a aceitou e suas palavras exatas foram: "Não vou pegar
uma droga de bebê". Então, esta pequenina terá que voltar para
o lar adotivo”.

A assistente social chega para pegar Tiana e a garotinha


começa a gritar. Ela tenta escalar o corpo de Butcher e agarra
seu pescoço o mais forte que pode.

Butcher olha para mim e lágrimas enchem meus olhos. "Eu


não posso", eu digo com um leve soluço.

Ele concorda. "Nós não vamos".

Eu não posso deixá-la voltar para o orfanato. Eu


simplesmente não posso deixá-la passar por mais nada. Ela é
apenas um bebezinho e nunca teve um lar para chamar de
seu. Ela foi passada de pessoa para pessoa. "Nós vamos levá-la".

A assistente social sacode a cabeça. "Não funciona assim".

"Eu possuo esta padaria, não tenho registro na polícia e ele é


um SEAL da Marinha".

Eu aponto para Butcher, que fala. "Nenhum registro - nem


mesmo uma passagem".

"Por favor, deixe-nos ficar com ela, podemos dar-lhe um bom


lar". Estou pronta para ficar de joelhos para implorar. Seus
pequenos olhos estão me assombrando.
"Existem canais apropriados", diz a assistente social.

"Eu lhe darei cem mil dólares para garantir que ela passe
pelos canais apropriados e para obter a adoção o mais rápido
possível", diz Butcher. Graças a Deus o papel de Butcher como
membro principal do motoclube produz uma parte generosa
dos lucros de seus negócios.

Sua boca se abre e sinto uma mão no meu ombro. Olhando


para cima, vejo Tiana me alcançando. Eu sorrio e tomo ela de
Butcher.

“Eu acho que podemos fazer isso. Dê-me uma hora para
conseguir a documentação necessária, depois lhe ajudarei pelos
canais apropriados. Eu também conheço um juiz que agilizará
tudo. A adoção deverá ficar pronta assim que for possível, pelo
preço certo”.

“Isso não ser{ um problema”. Você terá que assinar uma


cláusula de confidencialidade.

"Claro".

Eles são tão corruptos, mas agora eu realmente não me


importo. Eu simplesmente não posso suportar a ideia de deixá-
la ir. É como se ela estivesse destinada a ser minha.
"Quer que eu chame Myra para pegar vocês?", Paisley
oferece. "Ela tem um assento de carro e tenho certeza que o
bebê precisa ser examinado". Eu quero abraçá-la agora.

"Isso seria incrível". O que as crianças precisam? Nós só


temos que ir às compras amanhã. "Você acha que podemos
pegar emprestado algumas das roupas de bebê até
conseguirmos comprar algumas amanhã?".

"Eu posso perguntar". Paisley se afasta para fazer uma


ligação.

Durante a próxima hora, fico ali parada, enquanto Butcher


assina um monte de papelada. O carro foi rebocado, a polícia
desapareceu e a ambulância desapareceu. Sou só eu, Paisley,
Joslyn e a assistente social.

Myra entra no estacionamento e Ryan está bem atrás dela. Eu


acho que eles têm uma babá. Myra estaciona o carro e sai. A
assistente social a reconhece e a cumprimenta.

Butcher me acena. “Est{ definido e finalizado. Só tenho que ir


ao tribunal”, ele sussurra no meu ouvido, e meu coração se
levanta.

Tiana está dormindo, está ficando escuro lá fora.

"Eu falarei com você amanhã sobre o que conversamos". A


assistente social entra em seu carro.
"Vamos para casa", digo a Butcher. Ele balança a cabeça e
beija o topo da minha cabeça antes de passar os dedos pelos
cachos úmidos de Tiana.

BUTCHER

Shaylin afivela Tiana no carro e sobe no lado do passageiro.


Tiana tem dois anos de idade e seu aniversário foi ontem.

Eu não poderia deixá-la partir. Ela segurou-me, chorando


para que eu não a deixasse ir. Eu não posso fazer isso, não para
algum bebê que nunca teve qualquer coisa real em toda a sua
vida.

Shaylin e eu teremos filhos algum dia, estamos apenas


começando mais cedo. A visão de Shaylin puxando Tiana do
carro fodidamente me enfureceu. Então, quando olhei para o
rosto dela pela primeira vez, vi dor e muita tristeza.

Eu estou doendo por dentro.

Quando a assistente social tentou dizer que não podíamos


levá-la, recorri ao suborno. Tiana é minha e eu não me importo
com o que tenho que fazer. Se alguém na família de Lexi desse a
mínima, ela não estaria em um orfanato em primeiro lugar.
Como alguém pode abandonar sua família? Eu perdi toda a
minha família em um instante e faria qualquer coisa para trazê-
los de volta. Algumas pessoas simplesmente jogam fora.
16

Shaylin

Eu carrego Tiana para dentro de casa e minha mente está


passando por um milhão de coisas diferentes agora. Há tantas
coisas que precisamos fazer.

Respire, Shay, uma coisa de cada vez. Eu consigo. A porta se


abre e Butcher entra. Ele me dá aquele olhar que diz que tudo
ficará bem. Tiana levanta a cabeça do meu ombro e olha para
Butcher.

"Quer colocá-la no bar aqui?".

Eu aceno e a levo para o bar. Myra já deixou sua maleta


aberta l{. “Eu liguei para o médico. Tiana foi examinada h{ seis
meses. Ela é alérgica a abelhas, então vou escrever uma receita
para um EpiPen, adrenalina injetável. Eu tenho um extra aqui
porque Mia também é alérgica”. Ela alcança a bolsa e me
entrega o EpiPen.
Butcher se move ao meu lado. Tiana está olhando ao redor da
sala e é como se eu pudesse sentir a sua ansiedade.

"Ok, querida, eu colocarei isso em seu peito, tá bom?". Myra


segura o final do estetoscópio. Tiana não resmunga, permitindo
que Myra examine-a. "Parece bom. Agora checarei seus
ouvidos”.

Nos próximos minutos, Myra verifica todos os seus sinais


vitais e olha em sua boca. Ela tira a bebê do balcão e a coloca na
balança. “Ela est{ um pouco abaixo do peso. Então, eu
compraria alguns suplementos de PediaSure para ajudar a
aumentá-lo. Não acho que ela tenha sido alimentada
corretamente”.

Eu meio que percebi isso. Lexi é uma vadia egoísta. Eu odeio


que ela esteja morta. Ninguém deveria se sentir mal por Lexi ter
partido, ela basicamente abandonou sua filhinha. Tiana está
abaixo do peso e parece que ela não tomou um banho sequer
em Deus sabe quanto tempo. Seus olhos são os mais
comoventes, eles revelam seus verdadeiros sentimentos - ela é
tão triste.

"Eu preciso tirar seu sangue para ter certeza de que não há
mais nada que precise ser feito".

Eu estremeço ao pensar nela sendo picada com uma agulha,


mas isso é necessário. Myra agarra um algodão com álcool e
esfrega no braço dela. A pele de Tiana é muito mais pálida do
que eu pensava - é o tanto de sujeira que estava nela.

A mão de Butcher aperta meu quadril e sei que ele e eu


estamos focados na mesma coisa. Myra pega a agulha de
borboleta e o frasco. Tiana olha para a agulha e começa a gritar.

Butcher entra em ação. Ele a pega e ela se enrola em seus


braços.

Meu pobre coração não aguenta, eu viro minha cabeça para o


lado para esconder minhas lágrimas. Eu posso ouvi-lo
sussurrando: "Você está segura" em seu ouvido. Ele senta a
bebê no topo do bar, mas ela apoia a cabeça no peito dele,
afastando-se de Myra. Butcher pega o braço dela e o segura
para Myra.

Myra se aproxima e rapidamente insere a agulha. Eu me


abaixei para ficar no mesmo nível dos olhos de Tiana. Eu sorrio
para ela e corro meu dedo sobre sua bochecha. Ela estende a
mão e envolve seus dedinhos ao redor do meu dedo indicador.

Isso emocionalmente me atinge.

"Trouxemos um berço portátil e alguns artigos de higiene,


juntamente com algumas roupas, até que você possa sair
amanhã", Ryan nos diz.
“Muito obrigado, Ryan. Isso significa muito. Obrigada
também, Myra”.

Myra sorri e puxa a agulha do braço de Tiana. “É para isso


que serve a família. Você faria o mesmo”.

Não chore, Shay.

Myra coloca os frascos de sangue em um pequeno estojo.


“Vou verificar os resultados no AM, para identificar o nível de
drogas. Nós estamos com a mãe de Alisha tomando conta do
bebê”.

"Obrigada de novo". Deslizo meu dedo suavemente do aperto


de Tiana e a abraço.

"Tudo ficará bem, Shay", Myra sussurra no meu ouvido. Ela


pode sentir meu estresse. Eu sei que tudo ficará bem. Eu só
quero fazer o certo por Tiana. Eu quero que ela seja feliz.

Myra vai até Ryan, que pega a maleta para ela. Eles andam
até a porta e vão embora.

Butcher e eu nos olhamos. Ele ainda está segurando Tiana.

"O que fazemos agora?", eu deixo escapar e ele dá de ombros,


mas ele sorri.

"Eu acho que um banho é uma obrigação?".


"Sim, isso é provavelmente o melhor e então eu acho que ela
precisa comer".

Ryan deixou as malas no sofá e eu ando para ver o que eles


trouxeram. Eles deixaram roupas, fraldas, copo com canudinho,
xampu, sabonete líquido, roupas íntimas para o caso dela já ser
treinada a usar o banheiro.

"Ela está com uma fralda?", pergunto a Butcher e, um


segundo depois, ele diz: "Não".

Eu pego uma camisola, xampu, brinquedos de banho e


sabonete líquido. "Vamos fazer isso".

Butcher tira Tiana do balcão e a apoia em seu quadril. Ela


levanta a cabeça, mas segura a camisa dele como se sua vida
dependesse disso. Ele segue-me pelos degraus, pelo nosso
quarto e pelo banheiro.

Eu coloco tudo na prateleira perto da banheira. "Butcher, quer


preparar a água do banho?". Ele a levanta para mim e eu a
coloco em pé. Ela chupa a pequena mão e olha para mim com
tanta tristeza.

"Quer tomar um banho?".

Ela balança a cabeça e eu sorrio amplamente para ela porque


isso é alguma coisa. Certo? Eu coloco as roupas no balcão e vou
para os armários, pegando algumas toalhas e panos.
Eu me viro e começo a despi-la. Coloco minhas mãos sob seus
braços e a ajeito na banheira. A água ainda está correndo e ela
olha para as bolhas ao redor dela. Ela pega algumas na mão e
com a outra mão, as estouram.

Ajoelho-me e Butcher faz o mesmo. Eu me inclino e beijo-o na


bochecha suavemente e corro minha mão pelas suas costas.
Seus lábios encontram minha testa e eu fecho meus olhos,
afundando-me em seu beijo.

Abrindo meus olhos, eu alcanço a banheira e pego um


punhado de bolhas. Eu olho para Butcher do canto do meu
olho, levanto minha mão perto da minha boca e sopro as
bolhas, que atingiram a Butcher na cara.

Ele olha para mim e solta uma gargalhada aguda que perfura
minha orelha. Butcher e eu olhamos maravilhados: Tiana está
sorrindo de orelha a orelha enquanto olha para mim e para
Butcher. Ela sopra as bolhas na mão e eu pulo em choque.

Ela ri mais alto e faz isso de novo - desta vez para Butcher,
que pega metade delas antes de bater nele. Ela ri mais forte,
perdendo o fôlego dessa vez.

"Isso é incrível", eu sussurro para Butcher enquanto


assistimos Tiana se divertindo brincando com os brinquedos na
banheira, um largo sorriso no rosto e, acima de tudo, parecendo
despreocupada.
"Ela é maravilhosa".

Eu lavo o seu cabelo e é revoltante a quantidade de sujeira


que sai. Levará uma eternidade para conseguir desembaraçar os
emaranhados. Butcher volta com um pente de dentes largos e
começa a pentear o cabelo dela.

Eu escondo meu sorriso ao vê-lo sendo tão gentil e carinhoso.


Ele gentilmente escova por cada fio. Ele é tão doce. Eu coloco
uma pequena quantidade de sabão em uma toalha para limpar
o rosto dela. Sendo tão gentil quanto eu posso, eu limpo seu
rosto de toda a sujeira que a faz parecer mais bronzeada do que
ela realmente é.

Pego outro pano, que mal está molhado e limpo o sabão.


Logo, eu desço para seus braços e mãos, em seguida, limpo sob
as unhas. Eu limpo seus braços novamente, e é quando eu vejo
as contusões. Eu levanto o braço dela. Eu posso ver uma marca
de mão, uma mancha para cada dedo.

"O que é isso?", Butcher pergunta com uma voz sombria e eu


mostrei-lhe o braço. Então, eu a levanto e vejo outro hematoma
no dorso do braço.

"Foda-se", ele aperta a mandíbula e balança a cabeça.

Eu lavo o outro braço e vejo os mesmos resultados. Eu a


levanto para lavar as pernas e vejo seu quadril e suas costas
cobertos de hematomas. Ela tem dois anos, não há necessidade
de espancar uma criança, especialmente para deixar contusões
assim.

"Foda-se", Butcher silva, levanta-se e sai do quarto. Eu ouço


algo batendo na parede.

Eu termino de lavá-la e pego a toalha. Ela se levanta e a


embrulho na toalha, retirando-a da banheira. Ela estremece e eu
a abraço bem de perto. Eu pego uma segunda toalha e seco o
seu cabelo.

"Bigada".

Lágrimas enchem meus olhos mais uma vez. Minhas emoções


estão ebulindo com tudo que aconteceu hoje. Essa garotinha
está me afetando de maneiras que nunca pensei serem
possíveis.

"De nada, meu anjo". Eu beijo o topo de sua cabeça.

Eu a levanto e pego a camisola da princesa. Seus olhos se


arregalam: “Pincesa”.

“Sim, princesa. Você gosta disso?".

Ela concorda e eu já sei como vou decorar o seu quarto. Eu


deslizo o vestido sobre a sua cabeça, ela puxa o estica para que
possa olhá-lo por baixo.

"Vamos descer".
Ela levanta a mão para eu pegá-la e meu coração aperta ao vê-
la se aproximar de mim. Juntas, nós descemos as escadas, indo
devagar por causa de suas pequenas pernas. Ela está tão
bonitinha em sua camisola.

Quando chegamos ao final da escada, sinto o cheiro de algo


que Butcher está cozinhando. Deu água na boca porque estou
com muita fome, já que nós pulamos o jantar por causa de tudo
o que aconteceu.

Eu levo Tiana para a cozinha para vermos o que Butcher está


cozinhando. O que as crianças de dois anos comem? Eu
provavelmente preciso ajudá-lo. Então, eu a levo para a sala e a
coloco no sofá, ligo a TV no canal com alguns desenhos
animados. Ela chupa o dedo mindinho e recosta-se no sofá. Ela
é tão pequena e fofa. Seu cabelo está enrolado nas pontas e seus
olhos são de morrer.

Deixando-a sozinha no sofá, posso sentir a preocupação


roendo meu estômago. Ela está a poucos metros de distância.
Repito isso repetidamente em minha mente. Quando eu entro
na cozinha, Butcher se vira e depois olha para baixo.

“Ela est{ no sof{ assistindo desenhos animados. O que você


está cozinhando? Estou morrendo de fome”. Meu estômago
ronca em confirmação.
"Frango grelhado, legumes cozidos no vapor?", ele sugere e
isso soa bem para mim.

"Eu posso cozinhar os legumes". Eu ando até a tábua e


começo a cortar os legumes.

Trabalhamos juntos pelos próximos 20 minutos, preparando


tudo. Eu saio a cada poucos minutos para verificar Tiana, ela
está sentada exatamente na mesma posição.

Nós pegamos um pequeno pires e xícara para ela. Eu sirvo-


lhe um pouco de leite e Butcher corta sua comida em pedaços
pequenos.

"Eu vou buscá-la". Eu viro a esquina para a sala de estar, ela


olha para cima quando eu entro. "A comida está pronta,
querida". Ela desce do sofá e pega a minha mão. Eu a levo para
a sala de jantar, onde Butcher leva um banquinho que tem lados
e costas. É maior do que as cadeiras da sala de jantar, já que nós
não temos um assento de elevação.

Butcher tem os pratos e bebidas distribuídos. Eu me abaixo,


pego Tiana gentilmente e coloco-a no banquinho, depois
Butcher nos acompanha. Sento-me ao lado dela e Butcher fica
do outro lado. Nós dois nos viramos para observar Tiana. Ela
estende a mão lentamente, pega um pedaço de frango e coloca
na boca. Ela mastiga rapidamente, estende a mão novamente,
pega um punhado e enche a sua boca.
Enquanto comemos, Butcher e eu a observamos enquanto ela
faz isso várias vezes até que todo o prato esteja vazio. Meu
coração está quebrando vendo-a com tanta fome. É bem óbvio
que ela não comeu por um tempo.

"Butcher, eu dar-lhe-ei um pouco mais de comida".

Ele sorri suavemente e empurra a xícara de Tiana na direção


dela.

Corro para a cozinha, encho o prato dela com o frango em


pedaços pequenos. Uma vez feito, eu volto para a sala de jantar,
sento-me ao lado dela, e então lhe entrego o prato novamente.

Ela estende a mão imediatamente e começa a comer. Volto


para minha terminar a minha comida e Butcher faz o mesmo.

"Leite".

Butcher arrasta a sua cadeira e leva seu copo de leite vazio


para a cozinha. Tiana está roendo um pedaço de cenoura. Eu
sorrio para ela, que abaixa a cabeça, sorrindo timidamente para
mim.

Ela é tão bonita.

Butcher coloca a xícara na frente dela, que sorri para ele,


apenas um pouco, mas isso é suficiente para ele sorrir para
mim.
Olhando para o relógio na parede, vejo que são nove horas.
Eu levo nossos pratos vazios para a cozinha e os coloco na lava-
louças.

Braços cruzando atrás de mim, abraçando-me. Eu afundo de


volta nos braços de Butcher, que beija a minha bochecha.
Suspirando, beijo sua palma da mão.

"Eu amo você, Butcher, mais do que as palavras possam


dizer".

Ele solta-me e vira-me em seus braços. Seus dedos elevam o


meu queixo, estou olhando em seu rosto. "Eu também te amo,
minha Shay".

Eu fecho meus olhos e sorrio com as palavras ouvidas. Sua


Shay. Eu nunca vou me cansar de ouvi-lo chamando-me assim.
Eu realmente o amo. Eu o amo mais a cada vez que ele faz
coisas doces, que ele me surpreende - ele é apenas Butcher. Meu
Butcher.

SHAYLIN

Uma vez que Tiana terminou de comer, levo-a para o


banheiro e depois andamos juntas para a sala de estar. Não
tenho certeza de como faremos para que ela durma - eu a
seguro? Balanço-a? Ela vai dormir sozinha?

Butcher está sentado no sofá. Ele já montou o pequeno berço


portátil ao pé da nossa cama.

Tiana solta minha mão quando me sento no sofá, ela levanta


os braços para eu pegá-la. Meu estômago revira e eu me abaixo
e a puxo para os meus braços. Ela se inclina e se aconchega no
meu peito.

Butcher envolve o braço em minhas costas e me puxa para o


lado dele. Eu deito minha cabeça em seu ombro e olho para ele.
Ele me beija suavemente, sua mão segurando o lado do meu
rosto. Ele solta de repente e eu olho para baixo. Tiana envolveu
a mão no dedo do meio de Butcher. Ela coloca as duas mãos
atrás do pescoço. Ela está usando-o para se sentir segura, ela
sente que ele irá protegê-la. Fico feliz que ela não tenha medo
de buscar conforto em nós. Ela mostra-se acessível conosco e só
isso já é incrível, considerando tudo o que ela passou.

Tiana assiste TV e eu me aconchego com ela e Butcher. Eu tiro


o cobertor da parte de trás do sofá e a cubro quando seus olhos
começam a ficar pesados.

O show termina, eu bocejo. Eu olho para baixo e vejo que ela


está dormindo. "Ela está dormindo".
"Quer que eu a leve?", ele escorrega do sofá e eu me sento. Ele
a levanta dos meus braços suavemente com ela apoiada no seu
tórax, um braço embaixo do traseiro dela e o outro no topo das
costas dela. Eu pego o cobertor do chão.

Eu sigo Butcher enquanto ele sobe as escadas. Ele garante,


tanto quanto possível, que ela não se mova. Ele entra no quarto
e vai até o berço, que tem trilhos laterais para que ela não caia,
com um cobertor grosso em cima do colchão para torná-lo mais
macio. Ele gentilmente a deita de costas. Eu me aproximo e a
cubro com o cobertor que estava no sofá.

Eu bocejo novamente e entro no closet, pego uma grande


camisa de Butcher. Eu tiro minhas roupas, incluindo meu sutiã,
jogando-as no chão. Eu deslizo sua camiseta sobre a minha
cabeça e eu gemo. Isso é o melhor. Eu pego um par de shorts de
seda e deslizo-os também.

Butcher entra, tira a roupa e coloca um par de moletons.

Quando entramos no quarto escuro, eu olho para Tiana, que


ainda está dormindo. Subo na cama e desmorono, Butcher
desliza ao meu lado.

"Esqueci-me de tirar minha maquiagem". Eu poderia chorar.


Meus pés doem e eu estou apenas exausta.

Butcher desliza para fora da cama e me pega. "O que você


está fazendo?", eu sussurro, mas ele não me responde. Ele me
leva para o banheiro e me coloca no balcão. Ele alcança uma
gaveta e sai com meu removedor de maquiagem e algodão. Ele
levanta a embalagem para ler as instruções.

Ele a sacode e, em seguida, derrama um pouco do conteúdo


no algodão, passando-o no meu rosto. Eu fecho meus olhos
enquanto ele limpa toda a minha maquiagem.

Se eu não estivesse apaixonada por ele, eu acabaria de fazer.

Eu o ouço fechar a embalagem e abro os olhos. Ele chega atrás


da minha cabeça. Eu o sinto puxando meu rabo de cavalo e meu
cabelo cai pelas minhas costas.

"Eu te amo", eu deixo escapar e ele pisca enquanto ele puxa


minha escova de cabelo. Ele penteia meu cabelo enquanto
puxo-o pelo cós de suas calças. Eu o beijo e a escova faz um
barulho contra o balcão.

Eu puxo-o de volta, mas ainda estou cara a cara com ele.


“Aquela garotinha roubou meu coração. Eu posso ver tanta dor,
Butcher. Doeu-me o jeito que ela comeu como se não tivesse
comido h{ muito tempo. Nenhum bebê deveria sentir isso”.

"Eu sei, Shay, é por isso que eu não deixaria a assistente social
levá-la".

“Ela é filha de Lexi, Butcher, e Mary nunca mencionou nada.


Eu poderia ter feito algo por ela”.
Ele coloca o dedo na minha boca e me dá um olhar feroz:
“Não diga isso, Shay, você não poderia ter feito nada. Ela é
nossa agora. O antes não importa, tudo que sei é o agora.
Estamos adotando esse bebê, então você vai se casar comigo.
Porque você não vai embora, porra”.

Casar com ele?

Eu assisto em total choque quando Butcher alcança uma


gaveta ao lado da pia e retira uma pequena caixa.

"Butcher", eu sussurro e começo a tremer. Isso não é o que eu


acho que é. Certo?

Ele abre a caixa e eu vejo um enorme anel de diamantes com


uma aliança de casamento de ouro rosa incrustada com
diamantes, com um grande diamante no topo cercado por
pequenos.

Lágrimas caem dos meus olhos e, quando eu o olho, ele sorri


para mim, enxugando minhas l{grimas. “Case-se comigo, Shay,
seja minha esposa. Seja minha. Para sempre".

"Sim!", eu soluço. Eu levanto minha mão esquerda e ele


desliza o anel no meu dedo, que se encaixa perfeitamente. Eu
atiro os meus braços em volta de seu pescoço, enchendo o seu
rosto com beijos.
Ele ri e envolve os dois braços nas minhas costas, me
levantando do balcão.

Isso é o céu.

Ele me leva para fora do banheiro. "Vamos dormir um


pouco". Ele beija o lado da minha cabeça e eu sorrio.

Ele não me deixa ir enquanto se deita na cama. Eu deslizo


longe dele e coloco minha cabeça em seu peito. Ele pousa a mão
nas minhas costas. “Boa noite, Shay”.

"Boa noite". Eu belisco seu mamilo. Ele pula e sua mão estala
na minha bunda. Eu rio baixinho e fecho meus olhos.

BUTCHER

Eu acordo com um sobressalto e olho para o relógio, são três


da manhã. Algo toca minha mão, eu olho para baixo para ver
Tiana em pé olhando para mim.

"Qual é o problema?", eu sussurro e ela levanta os braços para


eu pegá-la. Eu me abaixo, a pego, e a coloco na cama. Ela rasteja
ao meu lado e coloca a cabeça no meu peito. Eu pego o cobertor
e puxo sobre ela. Ela coloca a mão na minha garganta e abraça-
me mais perto.
Minha filha. Isso me atinge. Eu vou ser pai. Não,
eu sou pai. Eu sorrio, beijo o topo de sua cabeça e então me
inclino para beijar a cabeça de Shay.

Minha família. Pela primeira vez eu tenho tudo que eu nunca


pensei que teria, mas com o que eu sempre sonhei ter.
17

Shaylin

Eu acordo e vejo Tiana deitada no peito de Butcher. Meu


coração se derrete com a visão, eu saio da cama e do quarto na
ponta dos pés.

Eu desço as escadas e separo os ingredientes para panquecas.


Eu faço a massa, então eu pego um pouco de bacon na
geladeira, coloco no fogo e fico ocupada fazendo as panquecas.

Quinze minutos depois, tudo está pronto. Eu começo o


processo de levar tudo para a mesa. O jarro de leite, três xícaras,
três pratos e depois os pratos com a comida.

Quando termino, ouço um rangido nos degraus e vejo


Butcher carregando Tiana, cujos cabelos estão bagunçados.

"Cheira bem, baby." Ele me beija e coloca Tiana no seu lugar.


Ela esfrega seus pequenos olhos e boceja.
Sento-me e arrasto a minha cadeira para perto de Tiana para
ajudá-la com suas panquecas, se ela precisar. Ela pega o garfo e
espeta um pedaço de panqueca, o prato balança enquanto ela
faz isso e então o leva à na boca.

"Butcher, precisamos comprar um assento de carro antes de


sairmos para comprar tudo para o quarto dela".

Ele concorda com a cabeça e abaixa o garfo. "Enquanto vocês


meninas se arrumam, eu vou correr e conseguir um assento de
carro".

"Obrigada". Eu lhe dou um beijo, ele balança a cabeça e volta


para sua comida.

Eu olho para Tiana, que abandonou o garfo e está usando os


dedos para comer. Ela me pega olhando, me dá um sorriso
cheio de panqueca. Eu rio e a deixo comer do jeito que ela
quiser - o garfo é grande demais para ela de qualquer maneira.

Nós dirigimos até as lojas de departamento infantil. Estamos


no caminhão de Butcher, por isso vamos ter muito espaço para
tudo, porque, basicamente, temos que começar do zero.

Eu saio do caminhão, ganhando um olhar de Butcher desde


que ele me disse para esperar por ele. Butcher abre a porta
traseira e solta Tiana de seu assento, depois a levanta e a coloca
em pé.

Tiana desliza sua pequena mão na minha e Butcher pega


minha mão livre. Nós andamos pelo estacionamento e Tiana
saltita pela calçada. Eu rio.

Butcher abre a porta para nós, enquanto atravessamos a


entrada. Tiana pega a mão da minha e agarra os lados do seu
pequeno vestido, torcendo-o enquanto anda na nossa frente. Eu
amo que ela esteja cada vez mais solta conosco.

Butcher coloca a mão nas minhas costas enquanto a seguimos


pela loja. Tiana verifica tudo o que encontra e vai direto para o
corredor de brinquedos à nossa frente.

Butcher e eu aceleramos para alcançá-la. Tiana pega um


gatinho de pelúcia e a abraça no peito, depois balança de um
lado para o outro. Eu me inclino ao lado dela. "Você sabe o que
é isso?". Eu toco a cabeça do gatinho.

"Datinho".

Eu chupo meus lábios na minha boca para não rir, mas


Butcher não se importa o suficiente para segurá-lo. Ele ri atrás
de mim.

Alguém deixou um carrinho de compras e eu o puxo para


nós, levanto a Tiana e coloco-a na parte da frente da cesta. Ela
ainda está segurando o gatinho. Ao descermos pelo corredor,
ela aponta algumas coisas que gosta e nós as pegamos para ela,
porque ela literalmente não tem brinquedos.

Trinta minutos depois, saímos do corredor de brinquedos e


seguimos para a seção de móveis. Eu imediatamente vejo uma
cama que é rosa clara, com coroas de princesa nos postes que a
cerca. Os lados são cor-de-rosa e o topo é creme com ouro. Eles
têm uma cômoda, penteadeira, baú de brinquedo, lâmpada, luz
noturna, cortinas e tudo o que precisamos para o quarto, até
cobertores, travesseiros e bancos. Perfeito.

"Oi, como posso ajudá-lo?", uma funcionária aparece do nada,


Tiana e eu nos assustamos. Butcher rosna alto e se move em
torno de nós para falar com a trabalhadora. "Vocês entregam?".

Ela balança a cabeça e sorri, muito esperta para o meu gosto.


Por que ela está olhando para Butcher assim? De jeito nenhum.

"Bem, nós gostaríamos da suíte aqui". Eu aponto para o


quarto da princesa.

Ela balança a cabeça e se move para um computador. "Você


gostaria de cadastrar a entrega para hoje?".

Eu olho para Butcher e ele concorda. "Sim, isso seria perfeito".

“Você gostaria de ir ao seu pai enquanto colocamos tudo em


ordem? Eu acho que seu pai precisa saber e eu recebi uma
ligação quando saí hoje para pegar o assento do carro. Temos
que assinar alguns papéis - então ela ser{ nossa”.

"Eu mal posso esperar". Eu sorrio e beijo o topo de sua cabeça.

Passo o carrinho pelo balcão e entrego meu cartão de crédito


à funcionária antes que Butcher possa fazer alguma coisa a
respeito.

"Shaylin", ele rosna e eu rio.

Honestamente, eu não estou duro por dinheiro. Minha


padaria está indo muito bem, mas eu fui uma criança que
recebeu uma herança. Eu mal toquei nesse dinheiro. Eu aluguei
minha casa e usei-a para comprar minha padaria, junto com
todo o meu equipamento.

"Eu vou deixar você comprar as roupas e brinquedos".

Ele me dá um olhar mortal e eu pisco. Ele me dá aquele olhar


que diz que nos entenderemos depois, não que eu me importe.
Eu senti sua falta na noite passada, se é que você entende.

Meu anel brilha na luz e meu estômago revira porque é tão


surreal que eu vou me casar.

"Isso é tudo para você, minha senhora?". Eu pego meu cartão


de sua mão estendida. "É isso, sim. Obrigada”, eu recebo meu
recibo.
“Preencha este formul{rio com seu endereço, para que eles
possam fazer a entrega. Eles devem chegar por volta das três
horas”, ela nos diz.

Butcher se aproxima e preenche o formulário, eu a vejo


observando cada movimento seu. Eu olho para ela, ela olha
para mim e eu inclino a cabeça para o lado, arqueio as
sobrancelhas, deixando-a saber que ela foi pega.

Ela olha para o chão e se vira para Tiana, que está segurando
seus bichinhos de pelúcia.

"Você gosta deles?", eu pergunto e coloco um fio de cabelo


perdido atrás da orelha. Ela balança a cabeça e abraça os bichos
de pelúcia debaixo do pescoço.

"Pronta, baby?", Butcher diz e eu olho para cima de Tiana.

"Sim".

Ele pega o carrinho de mim e o empurra para o departamento


de roupas. Eu me viro para olhar para a funcionária, que está
olhando para nós. Eu sorrio, ando ao lado de Butcher, eu o
alcanço e agarro sua bunda.

Eu a ouço ofegar e rio.

"Alguém está sendo impertinente", Butcher provoca e eu dou


a ele uma olhada.
"Você ama isso."

Ele não diz nada, mas eu sei que ele faz porque adoro quando
ele fica todo possessivo.

Pelas roupas que Myra enviou, descobri o tamanho de Tiana.


Butcher fica do lado de fora da seção de roupas infantis com
ela. Eu vasculho tudo, vendo roupas vistosas, pijamas, meias,
roupa íntima, roupas de banho, laços de cabelo e tudo o mais
que posso imaginar. Eu pego tudo em uma braçada e solto no
carrinho.

Uma hora depois estou acabada. Eu sempre posso voltar e


pegar o que ficar faltando. Eu despejo a última leva.

“Temos que ir ao Walmart ao lado para comprar outras coisas


que ela precisa”. Temos uma hora antes de Butcher precisar
voltar para casa para encontrar o pessoal de entregas.

Voltamos para sua casa quinze minutos antes do que


precisávamos. O Walmart estava um inferno. Nós compramos
xampu, creme dental, xícaras, pratos, garfos, remédios, assento
de elevação, escovas e loções. Então Butcher encontrou a seção
de lanches para crianças e ele insistiu que nós comprássemos
isso porque seria bom para ela.

Tenho que amar esse homem.


Colocamos Tiana no sofá com alguns brinquedos enquanto eu
ajudo Butcher a descarregar todas as coisas para dentro da casa,
por minha insistência. Ele queria que eu relaxasse com Tiana,
mas eu não o faria. Eu tentarei pendurar todas as roupas hoje à
noite quando eu chegar da casa do papai.

Eu me pergunto como ele reagirá quando descobrir que


Butcher e eu estamos adotando Tiana. Você sabe o que? Eu não
vou me preocupar com isso agora, porque uma vez que ele a
vir, irá se apaixonar.

Paisley e Joslyn estão administrando a padaria para mim hoje


e elas são uma dádiva de Deus em momentos como este, mas
eu preciso encontrar uma babá que possa cuidar da Tiana
quando Butcher e eu estivermos trabalhando. O cronograma de
Butcher tem sido brando.

"Isso é tudo". Eu abraço Butcher, que beija o topo da minha


cabeça e passa a mão para cima e para baixo nas minhas
costas. Eu suspiro e fecho meus olhos.

"Ligue para mim assim que você chegar ao seu pai?", ele
pergunta, eu aceno e então saio de seus braços.

"Eu ligarei. Amo você”, eu me levanto na ponta dos pés e


beijo-o docemente, mas ele cava as mãos no meu cabelo e me
puxa com força, aprofundando o beijo.
Eu bato na sua bunda com força e ele morde meu
lábio. "Promete para mais tarde?", eu pergunto.

Sua resposta é seu sorriso característico.

"Tiana, venha aqui, anjo!". Eu ouço seus pezinhos batendo no


chão de madeira. Ela aparece na esquina e eu sorrio porque ela
está carregando o gatinho de pelúcia embaixo do braço.

Abro uma das malas do Walmart e pego alguns lanches, junto


com algumas caixas de suco. Ela se aproxima de mim e eu tomo
sua mão livre. Butcher abre a porta da frente e eu checo às
minhas costas para me certificar de que tenho a minha arma.

"Eu te amo", eu grito por cima do ombro enquanto caminho


até o meu carro.

"Amo você mais".

Eu esfrego meu peito e abro a porta dos fundos do


carro. Tiana entra e sobe em seu assento de carro, eu me inclino
e travo-o. Eu abro o suco para ela e coloco no porta-copos, em
seguida, abro alguns lanches guardando o pacote no porta-
copos.

Eu saio e fecho a porta eu aceno para Butcher, que está nos


observando. Ele está muito quente, parado ali.

O portão já está aberto, graças a Butcher, ele o abaixa depois


que eu saio. Eu clico no botão no volante: "Ligue para o papai".
O telefone toca algumas vezes antes dele atender. "Ei
menina".

"Pai, eu estarei aí em quarenta minutos, tudo bem?".

Ele ri. "Claro que está. Vejo você daqui a pouco”. Eu clico no
botão novamente para terminar o telefonema.

Eu chego em quarenta minutos na casa do papai, que é


quando os nervos chutam. Eu tenho duas notícias bombásticas.
Uma, eu estou noiva e duas, eu estou adotando Tiana.

Oh, garoto.

Eu estaciono o carro e tomo algumas respirações profundas,


me controlando. Ele sai para a varanda e eu o vejo olhando para
o quintal, meu palpite é que ele esteja verificando se há cães.

Oh, meu Deus, repito repetidamente na minha cabeça.

Você consegue fazer isso.

Eu abro a porta e aceno para ele. Ele sorri para mim e eu


sorrio de volta. Viro as costas para ele e abro a porta atrás de
mim. Eu entro e solto Tiana, ela sobe no meu colo, depois sai do
carro.

Fecho a porta e vejo um milhão de emoções diferentes no


rosto do meu pai em uma fração de segundo. Eu lambo meus
lábios, agora muito secos. Tiana tem seu gatinho de pelúcia
debaixo do braço.

"O que está acontecendo, Shay?", papai pergunta e eu balanço


a cabeça. Eu não vou fazer isso na frente dela. Quando
entramos na casa, eu a conduzo diretamente para a sala de
estar. “Brinque com o seu brinquedo aqui, ok? Eu estarei bem
ali”, eu aponto para a cozinha. Ela sobe no sofá e começa a
brincar com seu novo brinquedo.

Eu entro na cozinha e meu pai já está sentado à mesa, me


dando aquele brilho característico de Smiley. Eu puxo minha
cadeira e me sento de frente para ele.

"Butcher e eu estamos adotando Tiana", eu começo. Então eu


digo a ele tudo o que aconteceu. Eu conto a ele todos os
detalhes, incluindo Butcher pagando a assistente social.

"Shay, você fez a coisa certa", diz ele, e eu estou


instantaneamente aliviada porque eu só queria sua aprovação.

“Ela roubou meu coração e Butcher estava pronto para rasgar


a todos que ousassem tirá-la dele. Ela nos afetou”.

Papai me dá um olhar aguçado. "Garotinhas fazem isso com


você".

Eu rio e corro minha mão pelo meu rosto.

"Então ele finalmente conseguiu aquele anel no seu dedo?".


Meus olhos se arregalam e eu estremeço por dentro.

"Shay, ele já me perguntou e eu não acho que alguém seja


bom o suficiente para você, mas eu sei que Butcher é para
você".

"Eu o amo, papai, eu realmente amo".

Papai sorri para mim baixinho. "Eu sei que você faz, Smiles".
Seu sorriso cai. "Se ele foder com você, ele está morto".

Eu rio e ouço pequenos passos. Tiana atravessa a sala e fica ao


meu lado, ela olha para o meu pai com olhos arregalados e
curiosos.

"Porra, Shay, seus olhos".

"Eu sei".

Seus olhos são outra coisa, com certeza. Eles são lindos.

Papai ergue as mãos para ela, que olha para ele, incerta, por
alguns segundos antes de levantar os braços para ele pegá-
la. Ele a coloca em seu colo. Eles ficam assim por uma hora, até
que ela adormece em seus braços, e eu me apaixono mais a cada
segundo. Tudo o que ela faz eu acho incrível.

"Shay, ela já tomou meu coração", papai me informa e eu


sabia que isso aconteceria.
"Eu sei como você se sente, pai". Eu corro meu dedo até a
bochecha dela.

"Eu queria que você fosse um bebê de novo, Shay, você


cresceu muito rápido".

"Aww, papai". Eu beijo sua bochecha e coloco minha cabeça


em seu ombro. Eu amo o meu pai. Ele sempre foi meu melhor
amigo enquanto eu crescia. Ele, Lane e eu éramos melhores
amigos. Passamos todos os fins de semana juntos. Fomos
acampar, pescar - o que quer que estivéssemos procurando.

Meu telefone toca no meu bolso e eu o pego.

Butcher: Tudo está terminado.

Eu: saindo agora.

“Pai, eu vou para casa. Tem sido um longo dia. Você se


importaria de levá-la para mim?

Ele me dá uma olhada me dizendo que ele não se importa e


eu não pergunto de novo. Eu conheço meu pai como as costas
da minha mão.

Saio de casa e papai me segue. Abro a porta dos fundos e


papai a coloca gentilmente no assento do carro, sem acordá-la,
depois a prende.
"Tchau, Smiles". Ele me abraça e eu o abraço de volta. "Tchau,
pai".

Eu subo e gentilmente fecho a porta para não a acordar. Eu


aviso a Butcher que estou saindo da garagem e ligo o carro.
18

Shaylin

" Penico". Choco-me com o som da voz de Tiana no banco de


trás. Eu não sabia que ela já estava acordada.

Estamos fora da cidade e há um posto de gasolina bem à


frente. Eu a levo para dentro para fazer o seu negócio.
Rapidamente, estou pronta para ir para casa, para o meu
homem e tirar esse sutiã.

“Você est{ pronta para ir para casa? Temos uma grande


surpresa para você!”, eu faço cócegas sob o queixo e ela solta
uma gargalhada. Eu pego meu telefone e envio uma mensagem
para Butcher: "Estamos saindo agora, Butcher".

Algo envolve meu cabelo e sou puxada para fora do banco de


trás. Meu telefone desliza pelo estacionamento. Eu caio e a
minha cabeça bate no chão com força.

Tiana!
Eu vejo um homem no banco de trás do carro e Tiana está
gritando. Eu me arrasto e agarro-o pelo cabelo. Eu puxo-o com
todas as minhas forças, tiro-o para fora do meu carro e
empurro-o para o chão. Eu vejo um homem correndo em minha
direção.

Eu faço o que eu sou conhecido por fazer: eu sorrio.

Eu tiro minha arma, destravo e aponto para o homem


correndo em minha direção, atiro em seu joelho direito. Ele cai
no chão gritando.

Algo duro me atinge do lado do meu rosto e eu giro. O filho


da puta acabou de me dar um soco. Eu sorrio para ele. Ele
tropeça e eu puxo meu punho para trás e prego-o no rosto. Eu
faço isso de novo e de novo. Ele bate no chão e eu piso em seu
pau.

"Fodeu com a pessoa errada, filho da puta!", eu grito e trago


minha arma. Atiro numa mão, depois na outra e depois no
joelho para que ele não possa levantar.

Seus gritos de agonia me fazem sorrir mais. Eu ando até o


homem que estava correndo em minha direção. Ele tem uma
arma e eu tiro isso da mão dele. Ele tenta se levantar, mas eu
envolvo minha mão em torno de seu cabelo e bato o rosto no
chão. Eu faço isso de novo e de novo.

"Para quem diabos você trabalha?", eu pergunto a ele.


Ele faz um som gorgolejante. "O pai dela". Eu bato o rosto
dele uma última vez e corro de volta para o carro. O motoclube
vai limpar essa bagunça.

Meu sangue corre frio com ele dizendo "seu pai". Ele está
atrás de Tiana. Eu localizo meu telefone e o pego. Eu vejo que
está quebrado. Enfio no bolso, corro para o carro e abro a porta
dos fundos para verificar Tiana.

Ela está gritando a plenos pulmões, eu vejo que ela ainda está
afivelada. “Eu estou bem, anjo. Você est{ segura,” eu a acalmo e
ela imediatamente para de gritar e segura seu gatinho com mais
força. Eu beijo sua testa e ela segura minha orelha.

Eu gentilmente retiro a mão dela do meu ouvido e sinto o


sangue escorrendo pelo meu rosto. Eu fecho a porta e chuto o
filho da puta na cabeça de novo porque ele está acordado
agora. Eu volto para o carro e o jogo para o lado oposto, tiro do
estacionamento e corro para o clube.

Um minuto depois, eu encontro os membros do motoclube do


Butcher. Paro bem no meio da rua e abro minhas janelas, e eles
fazem o mesmo. "Pegue os dois filhos da puta no local, tudo
bem?".

Locke e Techy me encaram horrorizados. Eu rolo minha


janela e encontro mais membros, mas eles me seguem de volta
ao clube. Eu atravesso os portões e estaciono o carro. Eu estou
cercado de pessoas. Os membros do motoclube estacionam suas
motos e as mulheres correm para fora do clube. Minha porta foi
aberta e eu sou puxada para fora.

"O que aconteceu?", Kyle segura meu rosto em suas mãos,


mas eu as solto e abro a porta dos fundos para soltar Tiana e
retirá-la de seu assento. Ela se enrola em meus braços.

“Eu explicarei l{ dentro. Diga ao Butcher que estou segura?”.

Kyle me dá um olhar avaliador. "Ele sabe. Ele está a vinte


minutos daqui”.

"Vamos". Eu não estou me arriscando com a minha filha. Um


bando de pessoas está me seguindo dentro do clube, mas eu
vou direto para a sala onde eles têm suas reuniões.

Sento-me em uma cadeira e alguém me entrega um cobertor


para Tiana. Eu coloco em torno dela e sinto seu corpo relaxar.

Eu estou tão fodida agora. Alguém tentou levar minha filha.

A porta se fecha e começo desde o começo, dizendo


exatamente o que fiz àqueles homens. “Eles estão atr{s de
Tiana. Aqueles homens ainda estão fodidamente vivos, eu
quero um pedaço deles quando você os trouxer aqui. Deixei
todos os órgãos vitais intactos”.

Kyle dá um sorriso e os caras ao redor da sala começam a rir.


"Você é perfeita para Butcher".

Eu olho para Tiana e vejo que ela está olhando para mim. "Ele
estará aqui em breve".

"SHAYLIN!", ele ruge e a porta é arrancada das dobradiças e


jogada no corredor.

Ele se acalma quando me vê, mas percebe o corte na minha


testa. "Quem são eles? Eles estão tão fodidamente mortos”.
Tiana sai dos meus braços e corre para Butcher. Ele a pega e ela
enfia o rosto na lateral do seu pescoço.

"Traga sua bunda aqui, Shay". Eu me levanto e caio em seus


braços. Segurança. Meu corpo se afrouxa. Eu nem sabia que
estava tremendo tanto.

"Eles estavam atrás de Tiana, seu pai".

Ele endurece.

“Cara, você deveria ver esses homens. Essa garota fodendo a


merda deles. A funcionária do posto de gasolina disse que fez
isso sorrindo.”

Eu sinto Butcher tremendo de rir.

O que eu posso fazer? Eu sou a filha do meu pai.


BUTCHER

O medo de ouvir sobre ela ser atacada nunca vai me


deixar. Eu pensei que meu mundo tinha acabado.

Porra, agradeço que Shaylin sabia o que fazer e ela pode se


proteger. Se ela não tivesse essa arma, merda, teria sido
ruim. Eu me senti tão inútil, porque eu estava a trinta minutos
longe.

Tenho orgulho dela - ela se protegeu e à Tiana. Ela fez o que


tinha que fazer - e fez o trabalho -, mas eu gostaria que nunca
chegasse a esse ponto.

Eu ouço como Kyle transmite tudo o que aconteceu. Shaylin


está pressionada contra mim e Tiana está dormindo no meu
peito.

"Eles estão no quarto dos fundos".

"Vamos nos divertir".

"Eu quero ir". Shaylin agarra meu braço, eu estudo seu


rosto. Ela está pronta para isso? A maioria das mulheres não
participa, mas eles mexeram com a nossa filha - isso é uma coisa
totalmente diferente.

"Tem certeza?".
Ela sorri para mim, me dando toda a resposta que
precisamos. Eu me levanto e coloco minha mão nas costas de
Tiana para que ela não fique agitada.

Shaylin

Nós andamos para a sala principal, que se parece com uma


enorme sala de estar. Uma mulher que é linda e poderia se
passar como gêmea de Alisha se levanta do sofá. Ela tem cabelo
loiro acobreado e olhos grandes como Alisha. Eu acho que essa
é a mãe da Alisha.

"Myra está aqui?", eu pergunto e ela balança a cabeça.

“Eu posso ficar com ela, cuido de Mia para Myra”.

Eu olho para Butcher e ele concorda. Ela sorri para mim e


estende os braços para Tiana. Butcher a acomoda em seus
braços e meu estômago afunda com o pensamento de deixá-la
depois de tudo o que aconteceu.

Eu quero respostas.

Butcher pega minha mão e me leva a uma sala ao lado. Ele


fecha a porta e agarra meu rosto em suas mãos. “Querida, eu
não quero que isso foda com sua mente. Lá eu sou alguém que
você nunca viu antes. Não quero que sua visão sobre mim
mude”.

“Isso não é possível, Butcher. Todos nós temos diferentes


partes de nós mesmos. Eu vou lá para fazer com que eles
paguem por tentar sequestrar Tiana, então eu quero livrar esta
terra do pai dela”.

Butcher olha nos meus olhos antes dele balançar a cabeça e


me beijar na testa. "Eu amo você, minha Shay".

Meu coração palpita, eu o envolvo em meus braços e o abraço


com força em mim.

"Vamos mostrar a eles o que é loucura".

Eu começo a rir porque estamos fora da norma, mas o normal


é superestimado. O amor não é normal - o amor é algo
selvagem e indomável. O que eu tenho com Butcher é algo
completamente diferente - é tudo que consome.

"Vamos fazer isso".

Saímos da sala de armazenamento e, de mãos dadas,


voltamos para a sala onde os homens estão presos. Eu me
certifiquei de que eles não estivessem gravemente feridos por
essa mesma razão.

Ninguém se mete com minha filha.


Butcher abre a porta e nós entramos. Todo mundo já está
lá. Os homens estão acordados e estão pendurados na parede
por correntes, os pés mal tocando o chão. Seus olhos se
arregalam quando me veem e então se dirigem para Butcher,
que está segurando minha mão.

Algo escuro mancha aquele cujo rosto eu bati no chão. "Ele


apenas mijou as calças". Eu olho para Butcher, que está se
divertindo, e vejo que ele tem uma faca para fora, cortando o
rosto do homem.

Bem, isso vai acontecer.

Butcher solta minha mão e dá passos em direção aos homens,


eu me aproximo para ficar perto de Kyle. Ele olha para mim,
inseguro. "Tem certeza de que você está pronta para isso?".

Eu reviro meus olhos. "Eu não sou a mulher de Butcher sem


motivo, além disso, olhe o meu pai".

Kyle ri e me dá um olhar conhecedor. "Touché".

Butcher para na frente deles. “Você atacou minha mulher e


tentou sequestrar minha filha. Você sabe o que isso significa?”,
eu tremo com o som da voz de Butcher. Ele é um Butcher
diferente agora.

"Ela não é sua filha".


Eu vejo o corpo de Butcher endurecer e sua mão
dispara. Uma faca está cravada na omoplata do
homem. "Morte. Você vai morrer. Ambos, mas você pode
morrer uma morte rápida ou podemos arrastá-lo por dias. Sua
escolha. Sejam bons filhos da puta e respondam às minhas
perguntas”.

"Agora, quem quer Tiana?", Butcher pega a faca do ombro do


homem, que grita bem alto.

"O pai dela. Levi Barnes”.

"O maldito traficante de drogas?", Techy canaliza.

O homem acena com a cabeça.

"Por que ele a quer?", Butcher o afunda bem debaixo do seu


pescoço.

"Eu não sei. Acabei de ser pago para matá-la e levar a


criança.” Ele olha para mim.

Butcher rosna alto, levanta a mão e crava a faca no topo de


sua cabeça, que rola para o lado - ele está morto. Butcher ruge
alto e espreita para o outro homem. "Precisamos de mais
alguma coisa desses filhos da puta?", Butcher pergunta.

"Não", responde Kyle.


"Eles não merecem respirar outra vez o mesmo ar que Shay
respira". Ele pega a faca da cabeça do homem e se vira para o
outro cara. Ele arrasta a faca para baixo do peito e depois para o
fundo da garganta e para o cérebro. Morto.

“Vamos rastrear este Levi. Tem um endereço, Techy?”.

"Já consegui", diz ele e Butcher caminha para mim. “Leva


Tiana para casa? Seu pai deve estar aqui a qualquer momento e
ele ficará com você. Eu terminarei isso”.

Eu aceno e beijo-o com força. “Volte para mim inteiro. Sim?".

Ele balança a cabeça e cobre a parte de trás do meu


pescoço. "Qualquer coisa para você".

Entramos na sala de correio, onde Tiana está. Eu preciso levá-


la para casa e me acalmar.

Meus olhos vão para Tiana, que está sentada no chão com
Adeline. Tiana está sorrindo alegremente, brincando com
alguns brinquedos. Eu soltei uma respiração profunda de
alívio. Eu acredito que preciso contratá-la para cuidar de Tiana
para mim assim que eu voltar ao trabalho.

A porta se abre e meu pai se aproxima com Lane. Papai olha


para mim e me puxa para ele com força. “Porra, Shaylin, vou
ter um ataque cardíaco! Você está bem? Tiana?”.

"Eu estou bem, Tiana está bem".


Ele acena e me abraça mais apertado.

"Precisamos ir, Butcher", Kyle chama e Butcher, com os olhos


em Tiana, parece não querer ir.

"Nós o esperaremos em casa". Ele balança a cabeça e sai da


sala, e eu posso ver que ele está lutando contra si mesmo a cada
passo.

Papai me solta e sai da sala. Eu pego Tiana. Adeline me dá


um sorriso suave. “Ela é uma criança tão doce. Eu cuidarei dela
a qualquer momento”.

Tiana está passando as mãos pelo meu cabelo.

“Na verdade, eu queria falar com você sobre isso. Tenho que
voltar a trabalhar daqui a uma semana”.

"Ligue para mim e deixe-me saber". Ela se levanta e eu sou


atingida novamente por quão bonita ela é.

Eu estou ao lado do sofá. Meu pai está andando na minha


direção enquanto olha para o celular. "Shaylin, meu caminhão
está do lado de fora".

"OK".

Ele olha por cima do seu telefone em Adeline. Ele tropeça e


eu sacudo. O que o diabo? Ele olha para mim e me dá um
sorriso enorme. Então ele olha para Adeline, que está
corando. Ele passa por mim e para bem na frente dela. "Eu te
levarei para sair hoje à noite".

Meu queixo bate no chão.

Ele chega atrás dela e tira o telefone do bolso. Ele digita


alguma coisa e então o telefone dele está tocando. "Envie-me
seu endereço, linda".

Que porra é essa?

A boca de Adeline abre e fecha várias vezes antes dela


concordar. Ele lhe dá seu sorriso característico e se afasta
dela. "Eu estarei no caminhão, Shaylin".

Bem, eu serei condenada!

Adeline olha para mim com os olhos arregalados. "O que


aconteceu?".

Eu não tenho resposta para isso, mas: "Você acabou de


conhecer Smiley".

Ela se senta no sofá e eu rio porque até eu ficaria confusa. Eu


ando até o lado de fora, papai tira Tiana de mim e a coloca em
seu assento de carro. Subo no lado do passageiro e, um minuto
depois, papai se junta a mim.

Ele me pega olhando para ele, que olha para mim e depois
para fora do para-brisa. "O que?".
Eu sorrio e cruzo meus braços sobre o peito. "Eu não sabia
que você era tão suave".

Ele ri e pisca para mim.

Meu pai não namorou há muito tempo e o que


mudou? Adeline é linda e você pode ver a felicidade que irradia
dela - é por isso que quero que ela cuide de Tiana.

"Ela é muito bonita", eu digo.

"Ela é gostosa pra caralho".

Eu coloquei minhas mãos sobre meus ouvidos. "Não mais,


pai".

Ele começa a rir.

Eu balanço minha cabeça e olho para o banco de trás para


Tiana, que está brincando com seu brinquedo. Ela parece tão
calma, é louco o quanto uma criança pode se recuperar.

Papai encosta e entra em uma lanchonete local. Obrigado


Senhor. Estou morrendo de fome e sei que Tiana também está
ficando com fome.

Papai me entrega uma caixa de pizza e eu corto uma pequena


fatia em pedaços. Eu entrego a Tiana um pedaço e ela coloca
imediatamente em sua boca. Eu pego uma caixa de suco da
minha bolsa, encaixo o canudo e coloco no porta-copos dela.
Nos quarenta minutos seguintes, entrego-lhe pequenas
mordidas e como minha parte. Papai basicamente come metade
da pizza.

Nós paramos do lado de fora do portão e eu digo a ele o


código. O portão se abre e depois fecha quando chegamos a
alguns metros dele. É o sensor automatizado.

"Onde fica a casa dele?", Papai pergunta.

"Direita através desta curva".

Assim como eu disse, aparece à vista - tão deslumbrante


quanto na primeira vez em que a vi. "Bela casa".

"Ela é".

“Você sempre quis morar nesse tipo de casa quando era


pequena. Você falou sobre se casar e viver em uma mansão de
madeira”.

Eu bufo, porque é verdade. Esta casa era a casa dos meus


sonhos. "Que irônico", papai diz e eu aceno.

Ele para, sai e leva Tiana do banco de trás. O que eu quero


agora é vegetar no sofá. Eu pego meu telefone e vejo que são
apenas cinco horas. Acho que estará tudo bem para uma soneca
e sei que a Tiana está cansada. Ela começou a adormecer
quando chegamos perto de Butcher.
Eu ando na frente, coloco a chave e entro. Desarmo o alarme e
clico em tudo para armar os portões para que ninguém possa
passar por cima deles. Papai coloca Tiana para baixo e fecha a
porta. Eu clico no botão do iPad, trancando todas as portas da
casa e alarmando todas as janelas.

"Quando ele conseguiu tudo isso instalado?", Papai tem


segurança semelhante em sua casa.

“Logo depois que ficamos juntos. Vamos nos trocar,” eu digo


a Tiana e ela pega minha mão.

O quarto dela está pronto! Eu esqueci completamente


disso. Eu não posso esperar para ver o rosto dela. Levo-a pelas
escadas até o quarto que fica em frente ao nosso. Eu abro a
porta e suspiro.

É lindo, todos os seus brinquedos foram abertos e estão no


baú de brinquedos. Sua cama está montada e com lençóis. Vou
até o seu baú e vejo o pijama dela já dobrado. Vou até o armário
e vejo que tudo já está pendurado.

Obrigada, Senhor.

Tiana grita de rir, ela rasteja até o topo da cama, pega um


travesseiro e ri. Ela se levanta, pula e cai de costas na cama. Ela
faz isso por uns bons cinco minutos enquanto segura os
travesseiros.
Ela adora.

Eu tiro uma camisola nova para ela e caminho até a cama. Eu


a alcanço e ela pula da cama em meus braços. Eu faço cócegas
nela, que ri mais alto.

Deus, eu amo essa menininha.

Eu a troco e a ajudo a ajeitar-se na cama. Eu pego um dos


cobertores que compramos hoje de manhã. Ela anda na minha
frente dirige-se o andar de baixo, vê-la sendo tão independente
traz uma onda de emoções diferentes.

Ela desce do último degrau e sai correndo para a sala de


estar. Corro atrás dela e ela já está deitada no sofá ao lado do
meu pai.

Esta menina destrói corações em todos os lugares que ela


vai. Entrego ao meu pai o cobertor e ele a cobre, ela encosta a
cabeça no lado do peito dele.

Sento-me ao lado dela e descanso a cabeça no encosto do


sofá. Eu estou simplesmente drenada e tenho uma dor de
cabeça enorme, onde eu cortei minha cabeça na calçada, além
de ter sido socada. Eu me pergunto o que Butcher estaria
fazendo agora?
BUTCHER

Eu chuto a porra da porta da casa onde o traficante


mora. Três homens pulam do sofá e apontam suas armas para
mim. Eu levanto minha arma e atiro em dois deles, Techy pega
o outro. Eu ando mais para dentro da casa, Techy ao meu lado e
os outros guardando a traseira.

Quando entro na cozinha, dou de cara com Levi. "Apenas o


homem que eu estava procurando". Eu agarro-o pela
garganta. Tiros são disparados em volta de mim, mas meus
olhos não deixam o homem que atacou minha mulher e tentou
levar minha filha.

"O que você quer dizer?", Levi começa a suar, e ele está
olhando para tudo, menos para mim.

Eu o arrasto da cozinha para a sala de estar. "Você sabe quem


diabos eu sou?". Eu o atiro no chão, ele se levanta de
joelhos. “Olhe-me nos olhos, eu quero ser a última coisa que
você viu. O homem que lhe matou e lhe mandou para o
inferno. Você atacou minha mulher e tentou
sequestrar minha filha”. Quando digo “minha filha”, ele olha
para mim com os olhos apertados. “Sim, minha filha. Eu serei o
pai que ela merece e protegê-la de filhos da puta como você”.

"Eu amo Tiana".


A raiva me enche ao som dele dizendo o nome dela. "Não,
você não o faz". Eu levanto minha arma e puxo o gatilho, ele cai
no chão.

Acabou. Não há mais laços com Tiana.

Kyle toca meu ombro. “V{ para casa para sua família. Shaylin
precisa de você”.

Eu aceno e saio da casa. Eles limparão tudo e será como se


nada tivesse acontecido.

Vamos para casa.


19

Butcher

Smiley recebe-me à porta. Ele acena para eu entrar na cozinha


e eu o sigo, mas tudo o que eu quero agora é estar com a porra
da minha mulher.

“Est{ feito?”, ele pergunta.

“Levi est{ morto e um monte de seus capangas também”.


Smiley consente.

“Eu tenho um encontro para ir. Até logo".

“Encontro?”, pergunto.

Ele sorri para mim. “Adeline”.

Ele sai, eu religo os alarmes da porta e portões assim que ele


deixou a propriedade. Eu entro na sala e vejo Shaylin e Tiana
dormindo no sofá. Agacho-me em frente à Shaylin e beijo seus
lábios suavemente. Seus olhos se abrem e ela dá um sorriso
lento. Ela retira a mão do seu cobertor e coloca na minha
bochecha.

Deus, como eu a amo.

“Que horas são?”, ela pergunta e boceja.

"Sete".

"Eu vou preparar um pouco de espaguete". Ela me beija antes


de cochichar em minha orelha. "Esta noite você é meu".

"Mal posso esperar". Eu puxo o seu cabelo e ela me lança um


sorriso ardente.

Shaylin

Butcher leva um prato para Tiana e corta seu espaguete, eu


sirvo-lhe um pouco de leite. Nossa comida já está na mesa e
Tiana está sentada em seu novo assento. Coloco o pão de alho
na mesa e Butcher coloca o prato à frente de Tiana junto com a
bebida. Ela usa a sua colherzinha e pega um pouco de
espaguete, fazendo tudo sozinha. Eu rio e limpo a boca dela, em
seguida, entrego-lhe um pedaço de pão de alho.
"Isso está delicioso, minha Shay". Meu estômago tremula com
ele me chamando de "minha Shay". Eu adoro ouvi-lo me
chamando assim. Eu o amo tanto.

"Você sabe o quanto eu te amo?", eu pergunto.

Ele balança a cabeça e me lança um olhar de provocação.

“O pensamento de perder você dificulta a respiração, se você


partisse, eu não sobreviveria. Você é em quem eu penso
primeiro quando acordo e a última, | noite”.

"Shay", ele sussurra e engole em seco. Eu sei que ele quer


dizer muito, mas ele não precisa.

"Eu sei, Butcher".

Nós colocamos Tiana em sua cama, contamos uma história e


ela dormiu. Agora é a nossa hora.

Butcher fecha a porta, tranca-a e começa a tirar minhas


roupas. Meu corpo está no limite com a antecipação.

Uma vez que estou completamente nua, ele caminha atrás de


mim, empurra meu cabelo por cima do meu ombro e beija a
parte de trás do meu pescoço. Arrepios se espalham pelas
minhas costas. Seus lábios se movem para os meus ombros e eu
tremo.

"Cama".
Eu subo na cama, Butcher tira suas roupas e sobe comigo. Eu
me inclino para frente e beijo-o. Ele enfia a mão no meu cabelo,
não permitindo que eu me mova - ele está tomando o controle.

Eu corro minha mão pelo seu lado, ele rosna profundamente


e bate na minha bunda. Eu sacudo e fico mais molhada. A mão
que bateu na minha bunda se move para minha buceta e desliza
dois dedos para dentro, enrolando os dedos até que ele
encontre o local. O ponto que me deixa louca.

Eu separo minha boca da dele, jogando minha cabeça para


trás, ofegante. Seus lábios envolvem meu mamilo e ele chupa-o
profundamente.

"Oh". Eu gemo e entrelaço meus dedos em seus cabelos,


puxando as extremidades. Seu polegar esfrega meu clitóris e
meu corpo endurece.

Eu suspiro em choque quando sou virada para frente, de


bruços na cama, com a bunda no ar. Seu pau toca minha
entrada e eu puxo os lençóis para alavancar.

Ele bate duro dentro de mim, meus quadris elevando-se da


cama. Eu grito, meus olhos se fecham enquanto o prazer me
atinge e eu gozo. Ele continua batendo dentro de mim e minha
respiração está entrecortada.

Eu me empurro de volta contra ele, que bate na minha bunda.


Eu aperto em torno dele e jogo meu cabelo por cima do ombro.
"Ainda não".

Eu estremeço ao seu comando, não que eu ouça. Eu me


pressiono mais forte desta vez, ele vai mais fundo do que
nunca. Minha cabeça bate na cama, todo o meu corpo tremendo
e preso quando eu venho de novo.

"Ah Butcher", eu assobio e meu corpo desmorona na cama.


Eu o sinto vindo dentro de mim um segundo depois.

Ele cai para o lado e me leva com ele, minha cabeça em seu
ombro. "Eu acho que vou desmaiar agora", murmuro.

Ele sai da cama, minha cabeça rola para o lado. Um minuto


ou mais depois, ele volta e eu abro meus olhos cansados. Eu o
vejo com um kit de primeiros socorros, removedores de
maquiagem e um pincel. Ele abre o kit de primeiros socorros e
tira um pano de limpeza. Eu fecho meus olhos, ele empurra
meu cabelo para o lado e inclina minha cabeça ligeiramente
para que ele tenha melhor acesso.

Ele limpa a ferida e eu me certifico de não estremecer, para


não incomodar a Butcher. Eu aprendi há muito tempo para não
demonstrar que estou machucada porque isso mexe com ele.

Ele fecha o kit de primeiros socorros e abre meu removedor


de maquiagem, colocando-o em uma bola de algodão.
É por isso que suas ações mostram muito mais do que suas
palavras jamais mostrariam. Todo mundo merece um Butcher,
alguém que vá tirar sua maquiagem quando você estiver
cansada e pentear os seus cabelos. Eu nunca me senti tão amada
e querida em toda a minha vida.

Depois que ele limpa meu rosto, ele se senta atrás de mim,
com as pernas em cada lado e desembaraça os emaranhados do
meu cabelo. É preciso tudo em mim para não chorar como um
bebezinho. Este é Butcher me mostrando o que eu quero dizer a
ele. Eu sou tão abençoada.
20

Shaylin

É oficial. Tiana é nossa. Acabamos de assinar os papéis e está


tudo encerrado. Um peso foi tirado dos meus ombros porque
ninguém poderá levá-la - ela é nossa.

Butcher está levando Tiana para casa, onde Adeline vai olhá-
la enquanto eu trabalho hoje. Eu tenho que voltar a trabalhar e
isso está me matando, mas ela estará perfeitamente bem com
Adeline.

Entro na padaria e sou recebida por Joslyn. Ela me puxa para


um abraço, me surpreendendo.

"Eu estou supondo que você sentiu minha falta?".

Ela ri e deixa-me ir. "Não tem sido o mesmo desde que você
saiu".

"O que eu perdi?"


Isso faz com que Paisley comece a rir. "Além de Wilder a
perseguindo, então nada realmente".

Eu arqueio uma sobrancelha para Joslyn, que fica vermelha.


"Ele apenas me segue para certificar de que estou segura".

“Liam?”.

Minha cabeça gira com a voz de Paisley e vejo um homem


muito alto e grande entrar na padaria. Eu acho que esse é o
Liam. Paisley corre em volta do balcão, atira-se em seus braços
e envolve suas pernas ao redor da cintura dele.

Ele a segura apertado em seu corpo, seus olhos bem fechados.


"Senti sua falta!".

Meu nariz queima com lágrimas e Joslyn me abraça. Joslyn


está chorando no meu ombro. Ela é uma grande sofredora
quando se trata de todas as coisas de amor.

"Quanto tempo você tem, Liam?".

"Uma semana".

"Paisley, tire o dia de folga", digo a ela, que me agradece e se


solta de Liam.

"Oh, deixe-me pegar minhas coisas lá atrás". Ela corre para


fora da sala e Liam me acolhe. Eu posso dizer que ele é mais
jovem do que eu, mas ele tem uma aparência rude e é cheio de
tatuagens.

Eu me aproximo mais dele. “Não quebre o coração dela,


Liam”.

Ele olha para a porta pela qual Paisley desapareceu. "Isso


nunca vai acontecer". Sua voz é profunda. “Uma vez que eu
sair, eu virei por ela. Eu não vou ficar com ela através da porra
de uma carta, ela precisa de algo mais do que isso”.

"Eu respeito isso". Eu passo atrás do balcão.

Paisley sai do outro quarto e acena para nós, Liam abre a


porta para ela. Sua cabeça inclina para o lado enquanto ele
verifica a bunda dela. Eu pego minha caneta do seu suporte e
jogo-a, acertando o topo de sua cabeça.

Ele me dá uma olhada e arqueio minhas sobrancelhas. "Olhos


para cima", eu grito e ele balança a cabeça.

Joslyn ri e se move para a parte de trás da padaria. Eu me


sinto protetora sobre Paisley e Joslyn. Joslyn é literalmente a
pessoa mais doce que conheci e quero que ela seja feliz.

O sino acima da porta toca e alguns clientes entram.


"Eu acabei de encerrar, estarei em casa daqui a pouco", digo a
Butcher pelo telefone e ouço Tiana rir ao fundo. Eu não posso
esperar para vê-la. Eu sinto sua falta como uma louca. Inferno,
sinto falta dos dois.

Saio do estacionamento e Joslyn vai na direção oposta para a


casa dela. Eu estaciono na cidade, aumento o rádio e abro
minhas janelas, deixando o ar da noite correr pelo meu cabelo.

Quinze minutos depois, passo pelo parque do lado de fora da


cidade. Eu vejo um cão Dogue Alemão deitado no chão, com
um homem chutando-o no estômago.

Meu Deus!

Eu estaciono ao lado do homem, que ainda está chutando o


cachorro. "O que diabos você está fazendo?", eu grito e o
homem me encara.

Foda-se essa merda. Pego minha arma do coldre das costas,


puxo o clipe e aponto para ele. "Dê o fora daqui antes que eu
exploda seus miolos".

Ele olha para o cachorro, para mim e foge. Abro a porta e me


inclino ao lado do cachorro, que está muito magro e parece que
foi abusado por um tempo. Meu coração se parte quando ele
olha para mim com seus olhos tristes.
Lane tem procurado por um dinamarquês e sei que ele o
receberá. Há um consultório de veterinário ao virar da esquina.

Abro a porta dos fundos e levanto devagar o cachorro, o que


exige muita força. O cachorro está com os pés trêmulos e eu o
levo para o banco de trás. Ele sobe e escorrega um pouco.

Eu corro para o escritório do veterinário na esquina. Eu


estaciono e vejo uma mulher com um jaleco branco trancando o
local. Ah não. Eu corro até lá. "Vocês estão fechando?", eu
pergunto.

Ela se vira e sorri para mim. Se eu fosse lésbica, estaria


batendo na porta dela. Ela é linda pra caralho. "Sim, está tudo
bem?".

Eu explico o que eu encontrei, ela engasga e corre para o meu


carro, abre a porta dos fundos e olha para o cachorro. Ela sente
seus lados e pernas. “Sua perna est{ quebrada. Eu posso sentir
isso. Quer me ajudar a carregá-lo?”.

Juntas, nós carregamos o cachorro para dentro, o que é um


grande feito. Nós o colocamos no chão, porque se o
colocássemos em uma mesa de exames, não seríamos capazes
de tirá-lo de volta.

"Eu estarei bem do lado de fora".

Ela balança a cabeça e começa a examinar o cachorro.


Eu tiro meu telefone e ligo para Lane.

"Ei, Shaylin".

"Então... eu sei que você tem procurado por um Dogue


Alemão, e você queria um cão de abrigo".

"Sim. Você encontrou um?”.

"Mais ou menos". Eu explico a situação, ele ri quando eu digo


como eu enfrentei o cara.

"Butcher vai deixar você tê-lo".

"Tanto faz".

Ele fica quieto por um momento. “Diga | veterin{ria que


cuidarei de todas as contas. Dê-lhe meus dados”.

"Eu darei. Obrigada, Lane”.

Envio para Butcher um texto rápido dizendo que vou chegar


um pouco atrasada.

Eu ando de volta para dentro do consultório e digo: "Meu


irmão quer o cachorro e me pediu para lhe dizer que ele cobrirá
os custos de tudo".

“Não se preocupe com o custo, mas fico feliz que ele tenha
uma casa para ir quando estiver melhor. Ele ficará bom para ir
em alguns dias. Ele só tem um osso quebrado na perna, está
muito abaixo do peso, mas ele vai se recuperar
completamente”. Ela se move para uma mesa e tira um pedaço
de papel. "Anote as informações do seu irmão, eu ligarei para
ele assim que estiver tudo pronto".

Eu escrevo o nome e o número de Lane junto com o meu. Eu


lhe entrego o papel e ela sorri para mim.

Hmm.

Lane e ela?

Eu escondo meu sorriso. "É melhor eu ir, meu homem vai


ficar chateado se ele descobrir que eu enfrentei o cara".

Ela ri. “Não se sinta mal. Eu vi um homem jogar um gato.


Peguei um pedaço de madeira e o derrubei”.

Ela é totalmente perfeita para Lane. Eu joguei minha cabeça


para trás rindo porque eu simplesmente posso vê-la fazendo
isso. Ela é menor que eu, tem cabelos ruivos e grandes olhos
azul-esverdeados.

"Vejo você mais tarde!", eu grito por cima do meu ombro e


saio pela porta.

Eu chego em casa e sou recebida por Butcher na porta. Ele


está em pé com os braços cruzados sobre o peito, olhando para
mim.
"O que foi?", eu pergunto.

"Lane ligou".

É oficial: vou matar meu irmão! Eu ia contar ao Butcher, mas


queria dar-lhe um boquete primeiro para amansá-lo. Ha! Eu
bufo com a minha própria piada interna.

“Baby, o que eu deveria fazer? Deix{-lo fugir assim?” Dou-lhe


olhar mais doce e inocente.

Ele revira os olhos. "Isso não tira você de problemas".

Ele se afasta da porta e eu entro. Eu ouço pequenos pés


correndo da sala de estar e Tiana chega à esquina. "Mamãe!", ela
grita e corre em minha direção, com os braços no ar.

Eu quase caio no chão com ela dizendo "mamãe". Ela acabou


de dizer isso? Eu imaginei isso? Seu pequeno corpo bate no
meu, seus braços ao redor do meu pescoço enquanto ela me
abraça com força. Eu olho para Butcher com espanto.

“Ela me chamou de 'papai' mais cedo. Adeline leu para ela


uma história sobre pais adotando um bebê e acho que ela
juntou os pontos”.

Uma lágrima escapa e eu fecho meus olhos, apenas


segurando ela. Eu seguro minha filha. Minha mão acaricia a
parte de trás de sua cabeça. Isso é mesmo real? Eu estou
sonhando? A vida pode ficar mais perfeita?
21

Shaylin

Whack! Estou debruçado sobre a perna de Butcher e ele está


me espancando. Literalmente me espancando. Eu rio alto e ele
faz isso de novo. Eu rio de novo enquanto me contorço,
tentando fugir.

"Você será boa?", ele pergunta.

"Não", eu rio. "Eu serei muito má".

Meu comentário o acerta e eu fujo. Eu o empurro para baixo


na cama. Nós dois já estamos nus.

"Foda meu rosto", eu digo.

Eu subo na cama então minha cabeça está apoiada nos


travesseiros. Eu não tenho um reflexo para engasgar e isso vem
a calhar em situações como essa.

Butcher rosna alto e se arrasta, então ele está escarranchado


no meu rosto. Eu esfrego suas bolas antes de levá-lo na minha
mão, acariciando-o de cima a baixo. Ele assobia, fecha os olhos e
joga a cabeça para trás.

Eu amo que meu toque sozinho afete-o assim. Eu abro minha


boca e coloco a sua ponta para dentro dela. Eu chupo forte e ele
quase levita da cama. Eu arrasto minhas unhas por suas coxas
até sua bunda, eu aperto-o e puxo-o para baixo, tomando tudo
dele.

"Foda-se!", ele agarra a cabeceira da cama.

Eu engulo e engasgo levemente. Butcher puxa para fora e eu


o puxo de volta. Ele pega minhas dicas e começa a foder meu
rosto. Eu pressiono minha língua na parte de baixo dele, ele vai
mais rápido. Eu vejo seu rosto enquanto ele perde cada grama
de controle que ele tem. Um minuto depois eu agarro sua
bunda novamente, parando seu movimento. Eu engulo uma e
outra e outra vez.

"Shay", ele rosna e vem.

Ah sim, eu entendi.

Ele desliza para fora e eu o deixo sair com um estalo. Ele


agarra meus pés e me tira dos travesseiros. Ele sobe entre as
minhas pernas e ele entra em mim.

"Sim!", eu assobio.
Ele empurra em mim mais e mais até que a única coisa que eu
sei é Butcher e a sensação intensa acontecendo entre as minhas
pernas. Seus dentes mordiscam ao lado do meu pescoço e eu
levanto minhas pernas, trancando-as atrás de sua bunda para
empurrá-lo mais duro em mim.

"Porra, feita para mim", ele rosna e me dá um beijo profundo


e úmido. Ele diminui a velocidade e se levanta nos cotovelos,
que estão de cada lado do meu rosto. "Feita para mim", ele
repete. Ele se move lentamente dentro de mim e meus dedos se
enroscam. "Eu amo você, minha Shay".

"Eu amo-o, meu Butcher".

Ele sorri e pressiona sua testa contra a minha. Eu agarro a


parte de trás do seu pescoço, segurando-o para mim. Nós nos
unimos como um, olhando profundamente nos olhos um do
outro.

"Eu tenho pesadelos de que isso seja um sonho", Butcher


sussurra e meu coração quebra um pouco com suas palavras.
Seus olhos escuros olham profundamente nos meus, seu rosto
marcado e lindo.

"É real. Eu sou real”. Eu pego sua mão e pressiono-a no meu


coração. "Isso é seu".

“Eu não mereço você, minha Shay. Mas eu sou egoísta e vou
levá-la de qualquer maneira que puder”.
Eu balanço minha cabeça furiosamente e seguro seu rosto
entre as minhas mãos. "Eu sou a única que não merece você,
Butcher". Eu o beijo profundamente antes de colocar meu rosto
na curva de seu pescoço. Eu sinto Butcher relaxar em mim e eu
fecho meus olhos.

Meu relacionamento com Butcher é algo que nunca pensei

que teria. Esperar valeu a pena.

Um grito estridente me faz disparar na cama. Eu olho em


volta com os olhos arregalados e vejo que Butcher está de cueca
fora da cama. Ele sai do quarto. Eu pulo da cama e coloco
algumas roupas. Eu saio correndo e entro no quarto de Tiana.
Eu sinto pânico começando a tomar conta.

Eu olho ao redor da sala freneticamente e relaxo quando vejo


Butcher segurando Tiana. "Pesadelo". Eu ando até eles e afundo
no chão em alívio.

Eu pego o pequeno cobertor e a cubro, ela levanta a cabeça e


olha para mim. Eu beijo sua pequena bochecha. “Durma, anjo.
Estamos aqui”. Ela fecha os olhos e segura o cobertor. Assim
que ela adormece, Butcher a deita gentilmente em sua cama e
ajeita o cobertor até o seu peito.

Eu me levanto e Butcher me segue para fora do quarto dela.


Eu deixo as portas dos nossos quartos abertas, para o caso dela
se assustar novamente. Eu afundo na cama e enrolo-me em
Butcher.

Nós voltamos a dormir, mas eu tenho uma sensação


desconfortável.

Um outro grito penetrante me arranca do meu sonho e ouço


os pés correndo em direção ao nosso quarto. Butcher pula da
cama e corre para a porta.

Tiana está chorando, Butcher a pega. Ela soluça em seu


ombro. Por que ela está tendo esses pesadelos? Butcher se senta
na beirada da cama e eu passo ao lado dele. "Shh, anjo, está
tudo bem". Eu esfrego suas costas e ela começa a se acalmar.

"Deixe-a dormir com a gente".

Butcher se deita de costas com ela em seu peito, ele parece


preocupado. Eu odeio que ela tenha esses sonhos e que eles a
afetem dessa maneira.

Uma hora depois, ela volta a dormir e Butcher a coloca na


cama entre nós. Eu puxo o cobertor, cobrindo-a. Ela rola e se
abraça no lado de Butcher. Ela se sente segura perto dele. Ela
parece tão pequena deitada contra ele assim.
"Vou perguntar a Myra se esses sonhos são normais amanhã",
eu sussurro e ele balança a cabeça. Eu afundo no travesseiro e
beijo as costas da sua mão, deixando-o saber que tudo ficará
bem. Eu posso sentir a preocupação irradiando dele.

Tiana passou por muita coisa e não quero admitir que esses
sonhos façam parte dos maus momentos de sua vida. Eu
realmente não quero pensar em tudo o que ela viu. Lexi
provavelmente a traumatizou e seu pai também é um caso
perdido.

Eu gostaria de poder tirar isso dela.

Eu olho para seu pequeno rosto, inclino-me e beijo sua testa.


Eu quero tirar tudo o que a incomoda. Ela foi colocada em
nossas vidas por uma razão. Ela é minha filha. Ela é minha para
criar uma bela jovem forte que vai enfrentar o mundo.

Eu coloco os pratos na máquina de lavar louça depois do


almoço, enquanto canto “Monsters” junto com Katie Sky

. Essa música é perfeita, é como se ela fosse feita para Butcher


e eu. Eu fecho a porta da máquina e eu me viro, batendo no
peito de Butcher. Ele segura meus braços, estabilizando-me.
Suas mãos envolvem minhas costas, ele me levanta do chão,
meus pés descansam em cima dos dele.
"O que você está fazendo?", eu pergunto.

Suas mãos deslizam pelas minhas costas até meus braços e ele
levanta minhas mãos para seus ombros. "Dançando com você".

Meu Deus.

Ele traz as mãos para baixo e elas descansam na minha


bunda. Eu reviro meus olhos para ele. Eu tenho que admitir que
Butcher é muito romântico quando ele quer. Eu descanso minha
bochecha em seu ombro, meus braços em volta do seu pescoço,
suas mãos na minha bunda. Ele nos dança pela cozinha.

Não há palavras faladas. Somos apenas nós compartilhando


um momento. Butcher mostrando o outro lado dele - a cada
passo ele faz algo que me surpreende.

“Papai!”, Tiana chama. Ela est{ em pé a poucos metros de


distância de nós, olhando. Ela caminha até mim, levantando os
braços. Butcher solta seu aperto em mim, e eu a pego e a coloco
no meu quadril. Butcher sorri para ela com puro amor, e isso
me tira o fôlego.

"Minhas meninas". Ele beija o topo de sua cabeça e depois


meus lábios. Butcher se inclina, abraçandos nós duas. Eu rio e
ela ri junto comigo. Butcher gira-nos por toda a cozinha,
mergulhando-nos em momentos diferentes, fazendo Tiana
gritar de rir.
Eu fico olhando para Butcher como ele vê Tiana, rindo com
espanto puro. Quão abençoada sou eu?
22

Shaylin

Uma semana depois

Meu telefone vibra no meu bolso - é da veterinária. Nós


estivemos trocando mensagens de texto durante todo o
dia. Temos planos na semana que vem para almoçar. Ela
também teve que ficar com o cachorro por mais alguns dias por
causa de um corte em sua perna. Lane está chegando hoje para
pegar o cachorro.

Amelia: Obrigada.

Eu: Hein?

Amelia: seu irmão.

Eu coloquei meu celular de volta no meu bolso e ri. Butcher


estará aqui a qualquer momento. Nós teremos um encontro
nesta noite e Adeline ficará de babá.
Eu vejo-o chegar lá fora e vou até a porta, apago todas as
luzes. Butcher abre a porta, eu saio e tranco-a.

"Pronta para ir?", Butcher pergunta enquanto encara-me de


cima a baixo.

Chegamos ao restaurante, que é mais descontraído do que o


do nosso primeiro encontro. Estamos no lugar onde nos
conhecemos. Amor à primeira perseguição!

Estamos sentados e fazemos nosso pedido. Como já comemos


muito aqui, já sabemos o que queremos. Eu entro no estande e
ele desliza ao meu lado. Eu sorrio para ele, em seguida, deslizo
minha mão debaixo da mesa, pego seu pau por cima de seu
jeans. Ele pula e seu joelho bate na mesa.

Eu caio para o lado, rindo pra caramba.

Sua mão serpenteia dentro da minha calça e dentro da minha


calcinha, parando a minha risada. Ele fez isso tão rápido que
não havia como detê-lo. Eu me inclino para frente e empurro
minha parte superior do corpo contra a mesa.

"Butcher", eu assobio e tento puxar a mão para fora.

Ele não se move, mas esfrega o dedo contra o meu clitóris.


Meu Deus. Eu olho em volta da sala para ver se alguém
percebe. "Alguém vai ver, Butcher", eu sussurro e seu
semblante escurece.

"Você acha que eu permitiria que alguém visse minha


mulher?".

Eu balanço minha cabeça, ele desliza um dedo dentro de mim


enquanto seu polegar acaricia meu clitóris furiosamente. Eu
pressiono meu rosto em seu braço e fecho meus olhos.

A emoção de arriscar-me a ser pega faz com que eu chegue


muito mais rápido. Butcher se inclina em seu assento e
pressiona meu rosto em seu pescoço, então estou escondida de
todos. Eu explodo em torno de seus dedos, meu corpo
estremecendo e tremendo. Ele lentamente retira os seus dedos.

"Aqui está a sua comida".

Eu pulo em choque e sento-me. O garçom olha para mim com


uma expressão estranha antes de olhar de volta para
Butcher. “Como est{ tudo?”.

Butcher me dá uma piscadela e coloca o dedo que ele tinha


dentro de mim em sua boca. "Delicioso".

Não, ele não fez.

Eu coloquei minhas mãos no meu rosto. Eu posso sentir que


estou corando da cabeça aos pés. Eu ouço o garçom se afastar e
eu largo minhas mãos, atirando em Butcher um olhar. Ele solta
uma gargalhada e eu coloco um punhado de purê de batata na
boca. Ele engasga um pouco, mas ele para de rir por um
segundo. Ele continua rindo com a boca fechada e beija minha
bochecha. "Você fica linda corada, minha Shay".

Minha raiva acaba assim. Quem pode ficar brava quando ele
está sendo doce? "Sim, sim". Eu aceno, mas não consigo
esconder meu sorriso. "Amo você, Butcher". Eu não olho para
ele, mas continuo comendo meu bife.

"Amo você, minha Shay".

Meu coração ainda pula uma batida ao som dele chamando-


me de "minha Shay". Estar perto de Butcher fica mais intenso a
cada dia. Tiana nos trouxe mais perto do que eu jamais
imaginei ser possível. Aquela garotinha roubou meu
coração. Ela roubou-o no momento em que olhou para mim
com seus lindos olhos azuis.

Nós comemos em silêncio, mas posso senti-lo olhando para


mim. Ele faz muito isso quando acha que não estou prestando
atenção. Ele apenas olha para mim e eu faço o mesmo com ele
quando ele não está olhando. Eu adoro apenas vê-lo, como ele é
um observador de pessoas e como ele às vezes sorri, mas abaixa
a cabeça para escondê-lo. Quando Tiana o chama de "papai",
seus olhos brilham de excitação.
Ele é simplesmente perfeito.

Muitas pessoas apenas veem o exterior áspero e resistente de


Butcher. Ele é perigoso - não me entenda mal - mas há muito
mais para ele que isso. O jeito que ele abraça-me à noite, chama-
me de Shay e observa cada movimento meu, como ele ama a
mim e à Tiana. Ele sempre quer nos proteger de tudo.

Uma vez que ele ama, ele ama com todo seu coração e
alma. Esse é Butcher.

Eu volto do banheiro, depois de terminar de comer, vejo


Butcher em pé ao lado da mesa esperando por mim. Ele pega
minha mão e puxa-me para perto dele. Eu sinto seu corpo
endurecer. "Butcher, o que foi?".

Ele olha em volta do restaurante, verificando todas as pessoas


ali. Ele balança a cabeça e olha para mim. "Acabei de ter um
mau pressentimento".

Ele abre a porta do restaurante e praticamente arrasta-me


para a moto. Ele desliza em mim a jaqueta à prova de balas e o
capacete, levanta-me na moto e sobe na minha frente. Um
calafrio corre pela minha espinha e eu olho em volta do
estacionamento, mas não vejo nada de anormal acontecendo.

Butcher liga a moto e sai do estacionamento. Ele puxa para o


tráfego, eu olho para trás para ver dois SUVs saírem ao mesmo
tempo. Eu apenas acompanho e Butcher vira para a esquerda
em direção a casa.
23

Shaylin

Os SUVs nos seguem.

Eu não digo nada, mas eu me viro e me sento no meu lugar,


cobrindo as costas de Butcher.

Chegamos ao limite da cidade e os dois SUVs ainda estão


seguindo-nos. Estamos agora cercados pelo escuro. Nós
chegamos em um trecho longo e reto, os veículos aceleram e
emparelham-se de cada lado de nós.

Isto não é bom.

Eu alcanço a minha arma assim que o homem diretamente ao


meu lado abaixa a janela. Eu vejo uma arma e o mesmo
acontece com Butcher. Ele acelera a moto e atira-a para frente,
deixando todos na poeira.

Nós viramos a curva e eu percebo algo. Eu quero enfrentar


essa cara. Estou tão cansada dessa merda! "Butcher, vamos
apenas fodê-los".
“Shaylin, não. Se você não estivesse aqui...”.

"Não". Eu aperto seu colete. "Estou com você. Não podemos


permitir que isso volte para Tiana”.

"Foda-se", ele diminui a velocidade. Ele sabe que estou certa.


Os SUVs entram em nosso ângulo de visão. Butcher corre para
a floresta e eu solto um suspiro profundo tentando acalmar
meus nervos.

Butcher chega ao fim, tira-me da moto e corre comigo para o


meio do campo. Eu tiro meu capacete e o jogo na direção da
motocicleta.

Os dois SUVs puxando para o campo nos iluminam em seus


faróis. Eu pego a mão de Butcher, tiro minha arma do coldre e
sorrio.

Butcher enfia a mão nos bolsos e pega duas facas grandes.


Seu rosto muda quando eu o vejo - ele muda de meu Butcher
para algo mortal.

As portas do SUV se abrem e eu puxo o clipe da minha arma.


Eu viro minha cabeça, sorrindo para eles.

A primeira pessoa a sair do SUV é a Mary. Isso aí bate o


inferno fora de mim. Ela é seguida por cinco homens.
"Bem, se não é a Shaylin!", Mary chama e solta uma
gargalhada que irrita meus nervos logo de cara. Em que Mary
se meteu? “Quem adotou minha sobrinha, Tiana?”.

Butcher e eu avançamos ao mesmo tempo quando ela diz o


nome de Tiana. Meus olhos estreitos, prontos para bater um
pouco.

Mary inclina a cabeça e me lança um olhar malicioso. "Deixe-


me contar uma história, sim?". Ela esfrega as mãos juntas. “Lexi,
minha querida prima ficou grávida do Levi e não contou a
ninguém. Ela pegou a merda que foi tirada dela e colocou sua
vida nos trilhos. Lexi não sabia que eu estava fodendo Levi. Eu
era a porra da rainha e estava usando-lhe para espionar por ele.
Para acomanhar a porra do motoclube. Então vocês não
foderiam com seu império das drogas”.

Ela se senta no capô do SUV. “Levi e eu inventamos um


plano. O tráfico gera um bom dinheiro e eu preciso de um carro
novo. Lexi era inútil e nunca cuidou da criança. Ela era um
fardo e sempre foi tão carente, querendo comida. Por que não a
vendemos? Nos livramos dela?”.

Ela bate a mão no capô, olhando para mim. “Até que Lexi
descobriu que eu ia vender Tiana. Ela pegou os dois amigos e
correu, mas correu até você. Ela teve uma overdose de algumas
drogas que eu dei a ela. Então, você adotou a filha dela”.
“Levi disse que ele a pegaria de volta, certo? O acordo ainda
estava em ação. Levi enviou alguns caras. Você os matou e esse
filho da puta matou Levi. Esses homens aqui são contratados
por mim para matar vocês e eu estou levando Tiana. Eu tenho
um dia para finalizar o acordo ou eu estou morta. Mas
adivinhe, Shaylin, eu joguei com você por anos! Eu só era sua
amiga para obter informações! Assim que conseguimos o
acordo para Tiana, deixei sua bunda para trás. Ela ri de novo
como uma maníaca”.

Raiva não é a palavra para o que estou sentindo agora - nem


sequer toca a superfície. Eu tive um vislumbre com o que Tiana
tinha que lidar. Ninguém aqui poderá sair, porra! Todos eles
deverão morrer. Butcher está tão bravo que está tremendo.
Uma calma vem sobre mim e eu sorrio para Mary, seus olhos se
estreitam com a visão.

"Você está morta." Eu levanto minha arma em uma fração de


segundo e puxo o gatilho. Parece acontecer em câmera lenta. A
bala a atinge no centro da testa, seu corpo solta-se com o
impacto antes que ela caia para frente e atinja o chão.

Os cinco homens entram em ação, cobrando por nós. Butcher


empurra-me longe e transforma-se em Butcher – O Açougueiro.

Ele gira, trazendo as facas ao redor, e corta o primeiro cara na


garganta. Ele rosna alto e traz a faca para cima, esfaqueando-o
sob o queixo. Ele gira o torso e acerta outro na testa. Ele puxa
ambas as facas da cabeça do homem, e outro homem vem atrás
dele. Butcher gira e traz as duas facas para sua garganta. Ele faz
um X, cortando-o de orelha a orelha. O último homem olha
para Butcher em estado de choque e vira-se para fugir. Butcher
joga uma faca e bate na parte de trás da cabeça.

Então silêncio.

Butcher está de costas para mim, eu estou respirando


pesadamente depois de tudo que acabou de acontecer. Eu não
posso acreditar que Mary iria vender a Tiana. O bebê mais doce
do mundo. Eu não poderia permitir que ela saísse. Tiana ainda
estaria em perigo.

"Butcher!", eu chamo.

Ele gira, joga as facas e corre para mim. Ele me levanta do


chão e suspiro de alívio quando estou em seus braços.

"Porra, vender minha menina", ele engasga e eu aceno.

Eu não consigo nem imaginar o que teria acontecido com ela.


Eu simplesmente não posso.

“Deixe-me chamar os caras, eles vão limpar. Eu quero ir para


casa, para Tiana”, eu digo a ele.

Ele ficou ao telefone por dez minutos. Eu ando até a sua


moto, ele segue-me e eu afundo-me no chão ao seu lado.
"Meu pobre bebê", eu choro.

Butcher senta-se no chão ao meu lado, segurando-me


firmemente a ele. “Mary disse que sempre pedia comida,
Butcher! Eles eram horríveis para ela. Meu bebê. Meu doce anjo.
Ela ia vendê-la, Butcher, ela teria Deus sabe o que feito com ela.
Quem poderia fazer isso? Quem era Mary?”, eu choro e ele
balança-me em seus braços enquanto tenta acalmar-me.

"Butcher, eles vieram para ela, para vendê-la". Eu soluço


novamente em puro medo. “Butcher, eu nunca pensei sobre o
que ela passou. Eles não se importavam com ela, ela sofreu por
toda a sua pequena vida e então eles estavam...” Eu não posso
dizer as palavras e encho meu rosto em seu pescoço, chorando
de novo. "Isso machuca muito. Meu coração”. Eu aperto sua
camisa e ele beija minha testa. Dói tanto, a dor que sinto por ela.
O pensamento de algo acontecendo e ela sendo negligenciada
me machuca muito.

Eu amo muito essa menina.

“Ela está conosco por esta razão, Shay. Nós fomos feitos para
protegê-la“, Butcher diz e eu aceno. Estamos aqui para cuidar
de Tiana, para protegê-la e dar-lhe a melhor vida possível.
24

Butcher

Os caras chegam assim que Shaylin acalma-se. Eu nunca senti


a dor de alguém como eu fiz com ela. Rasgou-me em pedaços
de merda vê-la assim e eu nunca mais quero ver isso de novo.
Shaylin, eu a amo tanto que às vezes dói respirar porque o
amor que eu sinto é tão esmagador.

Eu carrego-a para dentro da casa, assim que voltamos, e


coloco-a na cama. Ela está emocionalmente desgastada. Adeline
entrega-me Tiana. Eu coloquei-a na cama e ela enrolou-se ao
lado de Shaylin. Eu vejo as lágrimas de Shaylin antes que ela
possa escondê-las.

Eu rastejo para a cama com Tiana entre mim e Shaylin. Vejo o


ombro de Shaylin tremer e posso dizer que muitas coisas a
incomodam. Sua amiga Mary, traindo-a de tal maneira e, acima
de tudo, Tiana.

Tiana sorri para mim e brinca com o cabelo de


Shaylin. "Mamãe dormiu?".
Shaylin levanta a cabeça e sorri para Tiana. Ela é tão linda que
dói. Tiana inclina a cabeça para mais perto. Tiana inclina a
cabeça e beija Shaylin. "Tá bem?".

Shaylin puxa Tiana contra ela, abraçando-a. Uma mão está


enrolada nas costas e a outra na parte de trás da cabeça.

"Este é o primeiro momento do nosso para sempre, Butcher".

Eu coloco minha mão em sua bochecha, pegando sua última


lágrima. “Minha vida não começou até que eu lhe conheci e
meu sempre começou no momento em que nosso bebê olhou-
me nos olhos. Este é o começo do nosso felizes para sempre”.

Shaylin dá-me aquele sorriso de despedaçar o coração. "Para


o amor louco e não convencional".

Eu rio e beijo-a.
EPÍLOGO

Quatro meses depois

Estou grávida.

Eu coloco o teste de gravidez no balcão e continuo a olhar


para ele. Puta merda, eu coloco minha palma no centro do meu
estômago.

"Shay, quer que eu pegue um ..." Butcher enfia a cabeça na


porta e olha do teste de gravidez para a palma da mão que está
descansando no meu estômago. "O que é isso?", ele pergunta e
entra na sala.

Eu lhe entrego o teste de gravidez digital, deixando que ele


veja por si mesmo. Butcher olha para baixo no teste,
completamente desprovido de emoção.

Eu solto uma respiração profunda enquanto espero pelo o


que ele dirá. "Minha Shay está carregando meu bebê?", ele
finalmente levanta a cabeça e olha para mim.

"Temos que ir ao médico para ter cem por cento de certeza,


mas eu pulei meu período no mês passado e neste mês".
Ele sorri para mim e uma gargalhada alta sai dele. Ele
diminui a distância entre nós e eu rio de sua reação. Ele enche
meu rosto com beijos, ajoelha-se e beija bem abaixo do meu
estômago. "É um menino".

"Nós não sabemos com certeza, Butcher". Eu rio e esfrego o


topo de sua cabeça. Ele olha para mim, seus olhos brilham de
felicidade.

“Eu sei que é um menino. Eu sinto. Temos que ter alguém


que possa ajudar a cuidar de Tiana. Vamos precisar de toda a
ajuda que pudermos”.

Tiana será fodona - ela não precisará de ajuda de nenhum


homem ou precisará de proteção. Uma vez que ela tenha idade
suficiente, ela praticará karatê e tudo o mais que puder para
proteger-se. Há muitas pessoas fodidas que são loucas neste
mundo e qualquer um pode trair você - meus pensamentos
voltam para Mary.

"Estou tão feliz, minha Shay", ele sussurra.

"Eu também".

A vida fica melhor e melhor. Butcher fica mais incrível a cada


dia e Tiana está crescendo rápido, ficando mais sarcástica a
cada segundo. Ela tem Butcher enrolada em seu dedo mindinho
e é uma garota do papai por completo.
DIA DE ENTREGA

"Empurra!", grita um enfermeiro, eu empurro com toda a


minha força, gritando. Zach tem uma cabeça enorme ou algo
assim. Disseram-me que ele era um bebê grande e eu acredito
nisso.

"Mais forte!", ele grita novamente, dando-me nos nervos. Eu


abro meus olhos e olho para ele.

Butcher caminha na direção dele. "Se você não calar a boca,


eu vou acabar com você".

Meu pai, que está do meu outro lado, ri.

Outra contração me atinge e eu aperto o cobertor. Butcher


rosna alto e anda ao lado da minha cama. Butcher tem estado
nervoso desde que eu tive a primeira contração. Eu não acho
que ele percebeu que iria doer ou algo assim. Ele esteve pronto
para matar alguém.

Eu empurro novamente e papai e Butcher seguram minhas


pernas para trás. Eu sei que não é normal ter seu pai na sala de
parto com você, mas ele tem sido minha mãe e meu pai.
Eu solto uma respiração profunda e desmorono na cama.
“Nós nunca teremos outro filho, Shaylin. Eu não suporto que
você esteja com tanta dor”. Ele bate na parede.

"Eu acho que preciso chamar a segurança", uma enfermeira


sussurra, e a cabeça de Butcher gira em como a garota em O
Exorcista. “Eu lhe desafio a fazer-me sair. Atreva-se!".

Papai e eu rimos disso. Eu amo esse homem.

Uma contração atinge novamente, eu empurro com toda a


minha força. “Eu vejo a cabeça! Mais um empurrão!”. Eu pego
os trilhos da cama e grito quando dou um último empurrão.

Eles colocam o bebê no meu estômago e eu começo a chorar


ao ver meu bebê. Butcher se inclina ao meu lado para olhar
para ele. Ele é perfeito. Ele tem uma grande quantidade de
cabelo preto, assim como o Butcher.

"Zack", Butcher sussurra e seus olhos estão cheios de


lágrimas.

"Ele mais do que valeu a pena". Eu toco a pequena mão de


Zack e então eles levam-no embora.

“Sim, mas não teremos outro. Você não passar{ por isso
novamente”. Ele se afasta da cama e segue as enfermeiras que
têm Zack.
"Tão orgulhoso de você, menina". Papai beija o topo da minha
cabeça e eu fecho meus olhos.

"Amo-te, pai".

Eu acordo algumas horas mais tarde e vejo Butcher dormindo


com Zack descansando em seu peito. A porta abre-se e uma
enfermeira aparece. Ela olha para mim e para Butcher.

“Nós podemos lev{-lo para o berçário para que vocês possam


descansar um pouco?”. Ela estende os braços para tirar Zack.

"Nós estamos bem. Ele não ir{”.

Butcher é sempre o pai protetor, eu sou o mesmo. Não


confiamos em ninguém fora do nosso círculo. Nós mantemos as
pessoas que não estão no motoclube no comprimento do braço
até que nós conheçamo-nos.

“Ok, eu entendo”. Ela sorri para nós dois e verifica os


monitores. Zack começa a chorar, Butcher coloca-o suavemente
no meu peito. Eu puxo o meu vestido para que ele possa
amamentar. Butcher suavemente coloca o travesseiro sob Zack
para me ajudar a segurá-lo. Eu estou fraca.

"Eu pergunto-me o que Zack será quando crescer?", eu olho-o


e não posso acreditar que o carreguei por nove meses. Butcher e
eu o fizemos, ele é tão precioso. Eu mal posso esperar por Tiana
para vê-lo.

Tiana tem três anos agora. Ela está crescendo tão rápido. Ela
diz frases completas agora e é tão inteligente. Ela não gosta
mais de bonecas ou princesas. Não, ela gosta de arrancar as
coisas e juntá-las.

"Tiana será uma mecânica e Zack será o que diabos ele


quiser".

"Sem sexo por seis semanas".

Ele abaixa a cabeça na cama. "Não me lembre".

Eu rio e pego a mão dele, que está descansando na minha


perna. Eu beijo as costas dele.

"Amo-te, Butcher".

Ele levanta a cabeça e dá-me um sorriso preguiçoso.


"Também amo você, mamãe".

TIANA INICIA NO JARDIM DE INFÂNCIA


"Butcher, ela está bem", eu sussurro para ele pela décima vez.
Ele está olhando pela janela da porta. Acabamos de deixar
Tiana para o primeiro dia de aula dela.
“Aquele garotinho ao lado dela est{ oferecendo-lhe um lápis.
Ela é muito jovem, sabemos que garotinhos não dão um lápis
sem motivo”.

Meu Deus. Ele é louco! Eu começo a rir e Zack ri junto


comigo. Ele caminha até Butcher e levanta os braços para
Butcher pegá-lo. Butcher o pega e volta a olhar pela janela. "E se
ela ficar com fome, Shay?".

"Butcher, nós fizemos um almoço para ela", eu o informo.

"Talvez possamos educá-la em casa?".

Eu rolo meus olhos e fisicamente arrasto-o da porta. “Butcher,


ela está bem. Eu prometo. Todas as outras crianças do
motoclube também estão aqui”.

Ele balança a cabeça e dá uma longa olhada antes de se


afastar. Ele para algumas vezes antes de continuar. Está
levando tudo nele para não se virar. Butcher é um pai muito
protetor - mexe com ele quando estão fora de sua vista. Fode-o
a ideia de algo dar errado e ele não estar lá.

Para ele, o melhor é quando a família que toma conta, mas ele
está deixando-a com uma estranha professora e ajudante. Nós
conhecemos esta escola. Está fora da cidade, muito pequena e
fora do caminho. Todo o motoclube vem aqui. Contratamos
segurança em tempo integral, com a permissão da escola.
“Eu sei, Shay. Eu amo essa menina l{ dentro”.

Eu rio e abraço o lado dele. "Ela também ama você, Butcher, e


ela estará esperando por nós para buscá-la mais tarde".

"Vamos ficar na cidade hoje".

Zachary, quinze anos de idade

"Mãe, Zach está no telhado tirando as árvores de novo", Tiana


informa-me e eu viro-me.

Ainda estou surpresa com a beleza dela. Quando eu digo que


a puberdade a atingiu, quero dizer que a atingiu tão forte. Ela é
linda de morrer, o que Butcher não suporta. Os meninos batem
no nosso portão, convidando-a para sair diariamente. Tiana tem
uma coisa automatizada por voz dizendo-lhes que não e
desejando-lhes sorte com outra pessoa.

Tiana não está interessada em garotos. Ela está interessada


em carros e em ser mecânica. Ela é muito boa nisso também -
ela pode consertar qualquer coisa.

“Esse garoto vive para me dar um ataque cardíaco. Eu juro.”


Eu jogo o pano de prato e caminho para fora, para a varanda.
Eu viro minha cabeça para trás e olho para o telhado.
“Zack, se você não descer sua bunda, você nunca mais vai
sair do seu quarto além da escola. Isso significa que não há
atividades ao ar livre, não h{ nada”.

Ele bate a cabeça na lateral do telhado. "Você quer dizer que


eu não posso nem me casar?".

"Sim. Desça!”, eu aponto para o chão.

Ele desce e cai ao meu lado. "Mãe, eu quero me casar um


dia!", ele brinca com um pequeno sorriso.

"Você é meu bebezinho, você nunca vai se casar". Eu pego sua


mão e puxo-o para mim. Eu encho seu rosto com beijos e ele ri.

“Tem um rapaz da minha turma que faz qualquer um pensar


em se casar. Seu nome é Xavier”.

Eu congelo. Ele disse "menino"? Eu puxo de volta e olho-o


morto nos olhos. "Garoto?".

Ele encolhe os ombros. "Sim, mãe, eu gosto de meninos". Seus


olhos se arregalam nervosamente, eu puxo-o para um abraço.
"Bem, pelo menos não teremos que nos preocupar com
gravidez na adolescência".

Ele ri e deixo-o ir. Eu não me importo se meu filho gosta de


meninos ou meninas. É a vida dele, amor é amor e ele pode
amar quem ele quiser.
"Eu direi ao papai hoje à noite".

BUTCHER
"Pai, posso falar com você?", meu filho poderia se passar por
meu irmão gêmeo nessa idade. Ele tem o sorriso de parar o
coração de sua mãe, mas o resto sou eu.

"Sim". Eu aceno para o banco ao meu lado e eu posso ver que


ele está se remexendo. Meus olhos se estreitam quando olho
para ele, imaginando o que está errado.

Ele senta-se e solta um suspiro profundo. "Então, eu tenho


algo para lhe dizer, eu disse a mamãe mais cedo".

Eu inclino-me para frente, ele está fodidamente deixando-me


nervoso.

"Eu sou gay".

Foda-me. É isso? Eu olho para ele, confuso. "É isso?".

A boca de Zach se abre. "Sim, é isso".

"Ok, quem se importa se você gosta de pau?".

Ele abaixa a cabeça, o rosto vermelho de vergonha. "Papai".


Ele ri.
"Já era tempo de dizer a eles!", Tiana entra na sala. "Eu
percebi isso há muito tempo". Ela caminha até a porta do
arm{rio e olha para dentro. “Eu estava tipo, todo dia, você vai
sair do arm{rio? Não? OK. Demorou o suficiente, mano”. Ela
sorri e caminha até ele, abaixa-se e abraça-o. "Amo você".

Eu fiz um bom trabalho para criar essas crianças. Eu sinto


alguém ao meu lado e olho para ver Shaylin olhando para os
dois com lágrimas nos olhos.

"Nós fizemos bem".

"Nós fizemos, minha Shay". Eu beijo-a nos lábios.

Este pode ser o fim da nossa história, mas não é o fim para os
nossos filhos.

Eles irão encontrar a sua própria porra louca.

FIM
AGRADECIMENTOS

Lydia, minha maravilhosa publicitária e PA, por onde eu


começo com você? Você tem sido a minha linha de vida durante
todo o livro e sem você, eu teria ficado louca há muito tempo.
Obrigada por tudo que você faz!

Meus leitores, muito obrigada! Vocês são os melhores. <3

Minha Equipe de Revisão: Vocês são o meu maior sistema de


apoio e impulsionam-me a ser melhor a cada livro. Vocês
também nunca hesitam em dar-me palavras de incentivos.

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