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Escritora: KayCe.K

Safado
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SUMARIO

Prólogo ................................................................................................................3
Capitulo 1 ............................................................................................................4
Capitulo 2 ............................................................................................................6
Capitulo 3 ............................................................................................................9
Capitulo 4 ..........................................................................................................11
Capitulo 5 ..........................................................................................................13
Capitulo 6 ..........................................................................................................15
Capitulo 7 ..........................................................................................................17
Capitulo 8 ..........................................................................................................20
Capitulo 9 ..........................................................................................................22
Capitulo 10 ........................................................................................................23
Capitulo 11 ........................................................................................................24
Capitulo 12 ........................................................................................................26
Capitulo 13 ........................................................................................................28
Capitulo 14 ........................................................................................................29
Capitulo 15 ........................................................................................................30
Capitulo 16 ........................................................................................................32
Capitulo 17 ........................................................................................................34
Capitulo 18 ........................................................................................................36
Capitulo 19 ........................................................................................................38
Capitulo 20 ........................................................................................................40
Capitulo 21 ........................................................................................................41
Capitulo 22 ........................................................................................................43
Capitulo 23 ........................................................................................................44

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PRÓLOGO

Sempre me achei uma mulher comum, de uma beleza comum, que age
normalmente. Mas sempre é uma palavra muito forte a ser usada porque quando
a pior coisa da minha vida aconteceu eu me senti usada, me senti como se eu
não valesse nada, porque na verdade é assim que os homens pensam de nós,
somos apenas um brinquedo que serve pra dar prazer e procriar, eles podem ter
quantas mulheres quiserem e nunca vão mudar de vida, porque não há mulher
alguma que valha a pena mudar.
Depois de eu pôr um fim a minha antiga vida, coloquei tudo o que eu achei
que era importante pra mim no porta malas do carro e sai da cidade sem nem
olhar pra trás.
Eu queria um novo recomeço longe de tudo aquilo que me fazia mal e
finalmente ter amigos que eu não pude ter.
Meu aniversário de 18 anos foi a alguns meses e a partir daí eu vi que
poderia ser livre do meu passado e das pessoas que fazem parte dele, mas não
totalmente, eu sinto que ele ainda vira atrás de mim, mas quando vir quero me
sentir preparada para enfrenta-lo e lidar com as consequências.

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Me mudei para uma pequena cidade no interior do estado consegui comprar uma
boa casa e onde espero ter a minha merecida felicidade.
Observo a casa que agora será meu lar e abro o porta malas pegando todas as
minhas coisas que consistia em apenas uma única caixa e caminho para a
entrada da casa.
Assim que chego na porta deixo a caixa no chão e procuro pelas minhas chaves
na bolsa, mas sou surpreendida quando um homem sai de dentro da casa
carregando um saco de lixo.
- Oi? Posso ajudar?- Sua voz grossa invade meus ouvidos.
- Oi , é que...- Ao tentar dizer percebo que ainda estou surpresa por vê-lo saindo
da minha casa e o questiono: - O que estava fazendo na minha casa.- Pergunto
confusa.
- Ah você deve ser minha nova vizinha, prazer Daniel.- Ele diz estendendo a
mão.
-Sei.- Digo quando eu pego e a balanço. Sua mão é grande e calejada, mas
quando eu a solto meus olhos se
encontram com o seu.
-Deve ser nova na cidade, nunca a vi por aqui.- Ele diz passando a mão pelo
pescoço e percebo que ele está sem camisa.
Antes que eu possa me impedir, meus olhos varrem pelo seu corpo e sinto frio
na barriga. Ele percebe meu olhar e sorri.
- Com você me olhando desse jeito acho que vamos ser bons vizinhos. -Ele diz
ainda sorrindo.
Sinto meu rosto esquentar e fico envergonhada, mas tento mudar de assunto
rapidamente.
-Ainda não respondeu o que faz na minha casa.- digo.
- Eu? Apenas apagando os resquícios da última festa com o antigo vizinho.- ele
diz levantando o saco de lixo.
Quando ele faz isso, vejo as veias em seu braço e engulo em seco.
- certo então.
-Então...- Ele diz olhando pra os lados.- Não vai me dizer seu nome vizinha?
Tenho certeza que iremos nos divertir muito.- ele fala e sinto a malícia na sua
voz.

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- Porque eu te diria meu nome? Você parece um tarado. - digo me afastando um
pouco quando ele sorri novamente.
Que sorriso.
-Até agora era você quem estava me olhando vizinha.- ele diz se aproximando
de mim. - Não, eu não estava.- digo cruzando os braços. -Que pena.- Ele diz
dando de ombro e caminhando em direção a saída.- Nos vemos por aí vizinha.
E assim segundos depois ele desaparece entrando em sua casa ao lado da
minha.
Entro pela porta já aberta da minha casa e observo tudo, a casa está limpa e
parece em bom estado, já a comprei toda mobiliada agora só falta fazer dela
meu lar.
Meu lar, algo que nunca tive.

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Minha nova casa era um lugar com que me identifiquei, não muito pequena, dois
quartos, um banheiro, um jardim incrível.
Levei menos de um dia para arrumar todas as minhas coisas e deixar a casa
com a minha cara, mas de vez em quando eu me pegava pensando no vizinho
ao lado.
Porém eu sei da minha situação e também sei que eu não sou atraente o
suficiente pra um homem daqueles, então eu só me permito sonhar, mas nem
todos os sonhos são ruins ou bons, as vezes eles são os dois e nesta noite
quando eu fui dormir eu tive o pior melhor sonho que alguém poderia ter.
Eu estava na minha cozinha e não estava sozinha, o meu vizinho estava ali
comigo e ele tinha uma garrafa de vinho rosé e duas taças, ele encheu as taças,
veio na minha direção e me deu uma delas, mas antes mesmo de eu beber um
gole ele me beijou e foi um beijo quente, senti minhas costa em algo gelado, ele
havia me encostado na porta da geladeira e suas mãos não parava em um lugar
só. Ele apenas as descia de um jeito tão bom e ao mesmo tempo tão lento que
parecia que ele queria me torturar.
Quando eu percebo já estou sem a camisa e ele coloca meu sutiã de lado e
começa a lamber os meus seios , beliscando o bico a cada mordida, eu sentia o
seu hálito descer sobre a minha barriga até ele me pegar no colo me colocar
sobre a mesa e em seguida começar a tirar meu short. Seus lábios passam pelo
meu umbigo e parece que ali é um dos meus pontos fracos e com um gemido
meu ele rasga minha calcinha e começa a chu....
Toc-toc
Levanto num salto da cama ouvindo batidas na janela do meu quarto.
Oque estava acontecendo?
Mas que merda, por eu sonhei com ele se acabei de o conhecer?
Toc-toc
Ouço mais um barulho na minha janela e me levanto pra ver quem estava ali,
arrasto minha cortina pro lado levanto a janela e fico surpresa pelo o que eu vejo.
Meu vizinho estava ali só de cueca e do nada ele entrou no meu quarto olhando
todos os lados desesperados.
- Você está bem?- ele pergunta parecendo preocupado.
- Sim eu estou bem, a não ser pelo fato de você ter invadindo meu quarto só de
cueca. - olho para seu rosto e ele me olha como se não tivesse ideia do que eu
estava falando.
- Mas eu ouvi você gritando, achei que você precisava de ajuda.
- Não, eu não gritei.

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- Sim, você gritou sim, parecia que alguém estava te atacando e eu estava no
chuveiro .
- Eu tenho certeza de que eu não gritei.- Digo.
Mas que droga.
Ele me olhou, ele parecia confuso, então andou em minha direção chegando
perto de mim e passou os dedos em minha bochecha e isso me fez lembrar do
sonho o que me deixou mais vermelha do que eu já estava.
- Agora entendi.- Ele diz com um sorriso de canto.
- Eu estava tendo um pesadelo, foi só um sonho me desculpe ter tem
incomodado. – minto.
-Isso não é verdade, pesadelos te deixa suando frio tremendo de medo, você
ficaria paranoica se um cara batesse na sua janela de madrugada, era outro tipo
de sonho quando eu cheguei você estava eufórica, suando muito e parecia um
pimentão. - eu arregalei os olhos e abaixei a cabeça então ele segurou o meu
queixo e deu uma risada fofa - Tudo bem não precisa ter vergonha todo mundo
tem sonhos eróticos.
Ele estava muito perto e isso deixou minha respiração muito acelerada e então
foi a vez dele de arregalar os olhos e parecer surpreso.
- Estava sonhando comigo?- ele tinha um sorriso maravilhoso mais também
muito convencido.
- Você se acha muito não é mesmo? porque eu sonharia com você se eu acabei
de te conhecer?
- Me diz você já que não para de olhar pra mim - ele me olhou com um olhar
sensual - E você nem precisaria sonhar comigo, bastava pedir que eu faria de
bom agrado.
Então ele me agarrou pela cintura e chupou a ponta do meu ouvido, foi descendo
seu nariz pelo meu pescoço me fazendo arfar e então ele me deu uma pequena
mordida e eu gemi.
Foi aí que percebi para onde nós estávamos indo, rumo a minha cama, decidi
que isso não iria acontecer mesmo o meu corpo querendo e chamando por ele.
Me desvencilhei de seus braços e ele me olhou com um fogo ardente em seus
olhos.
- A-acho melhor você ir embora. -eu olhava pro chão pra não ter que o olhar
senão eu mudaria de ideia muito rápido, rápido até demais.
- Tem certeza?- ele começou se aproximar de novo então eu tive que me afastar.
- Tenho sim, estou morrendo de sono e amanhã eu vou procurar emprego então
eu preciso estar descansada, obrigada por se preocupar comigo é muita
gentileza sua.
- Como quiser...
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- Melissa, eu me chamo melissa.
- Então até amanhã Mel. - ele pisca pra mim e sai pela janela, logo em seguida
eu a fecho.
Começo a respirar fundo, eu estava tão excitada que provavelmente não
conseguiria dormi. Mais em vez de pedir ajuda pra o vizinho gostosão eu mesma
tive que me satisfizer e logo depois peguei no sono.

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Depois de ontem à noite eu nem sei o que dizer quando o vir novamente.
Então decidi sair cedo pra procurar um emprego, andei a cidade toda até
encontrar um prédio de advocacia no centro da cidade que precisava de uma
secretária.
Depois de entregar meu currículo, parei em um restaurante pequeno e entrei por
que eu estava morrendo de fome.
Assim que entrei pela porta o cheiro da comida chegou até mim e era um cheiro
maravilhoso.
- Melissa?
Ouço a sua voz que me faz paralisar, lentamente me viro para ver o meu vizinho
sentado em uma mesa comendo sozinho.
- Oi, parece estar almoçando não vou te incomodar. - Eu já ia começar andar,
mas ele é mais rápido.
- Incomodo algum sente-se aqui comigo- Ele pediu com o seu sorriso sedutor.
Merda.
Puxei a cadeira ao seu lado e me sentei, ele não parava de me olhar e isso
estava me deixando muito excitada.
- E aí, você dormiu bem? - eu olhei pra ele como se estivesse confusa e parecia
que ele estava caçoando de mim.
- Como um bebe - lancei meu melhor sorrisos pra ele que riu na verdade.
- Então o que te traz a nossa cidade? - ele não parecia curioso só queria puxar
assunto mesmo.
- vamos ver... Ex namorado louco, amigos louco, família completamente louca e
controladora. Eu acho que eu só queria ter novos ares.
-Nossa a sua história foi tão grande e também tão esclarecedora que agora eu
te entendo completamente. - Agora ele ia usar o sarcasmo?
- Se quer ouvi a história toda é só pergunta - olhei pra ele que ia me dizer algo,
mas a garçonete chegou pra anotar meu pedido e ele desistiu, mas assim que a
garçonete saiu ele voltou a falar.
-Então porque não me conta a história toda? Gosto de conversar com você.
- Ok, mas a história toda é complicada, então vou te falar só o básico. A minha
família sempre foi muito controladora com tudo, mas eu sempre tive liberdade
pra namorar quem eu quisesse se isso não interferisse nas futuras decisões
deles, mas minha liberdade não durou muito, quando eu tinha 16 anos conheci
um cara bonito, simpático e rico. - olhei pra ele meio triste sabendo o que isso
parecia - Eu me apaixonei por ele e minha família também, nós ficamos alguns

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meses namorando e foi quando nós tivemos uma briga feia, ele me bateu pela
primeira vez e pra mim o meu amor por ele acabava ali então eu terminei com
ele e contei pra minha família achando que eles ficaria do meu lado, mas a
verdade era que a minha própria família gostava mais do meu ex do que de mim
e me forçaram a voltar com ele, eu voltei porque meus pais sempre consegue o
que quer e o meu ex estava feliz por que tinha me conseguido de volta e eu
pensei que ele queria compensar, mas na verdade no mesmo dia que nós
voltamos, que no caso foi no dia do meu aniversário, ele me levou pra casa dele
falando que havia um presente pra mim, mas quando chegamos lá não havia
nada ele me levou pro quarto dele e começou a tirar minha roupa, eu não queria
então o empurrei e ele me bateu novamente, só que mais forte e depois de me
bater...- Parei para secar uma lágrima que escorria - Ah depois daquele dia ele
não me deixou sair mais da casa dele, foi até a minha casa pegou minhas coisas
e falo prós meus pais que eu ia morar com ele fiquei mais dois ano lá, quando
estava quase fazendo 18 eu pedi para ele me deixar trabalhar, ele não queria
que eu saísse de casa então me dava dinheiro pra eu não sair, guardei todo esse
dinheiro por um ano e quando ele foi pra uma festa com os amigos peguei minhas
coisas e fui embora.
Meus olhos estavam cheios de lágrimas, mas eu não iria chorar ali, olhei pra cara
do meu lindo vizinho e ele me olhava não com pena mais com compreensão.
- Ei não chore você fez o certo de ter ido embora e sua família pode ter
fracassado com você, mas eles podem estar arrependidos e esse canalha ele
não vira atrás de você né?- ele parecia realmente preocupado.
- Eu não sei. – e eu fui sincera, eu realmente não sabia.
- Tudo bem, eu te do uma carona pra casa está bem?- ele pergunta e eu
concordo.
Nós pagamos a conta e fomos para o estacionamento seu carro estava próximo,
chegamos na porta de casa rapidamente, ele se despediu não sem antes ser o
sedutor de sempre e isso me fez rir. Ele era bom e isso já o fazia ser um bom
amigo.
Por enquanto.

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Cheguei em casa e após relembrar tudo o que havia acontecido comigo decidi
que era hora de ligar pra minha família.

Nas primeiras vezes ninguém atendeu, então tentei uma última vez, quando
estava prestes a desligar ouço uma resposta.

-Alô?- era a voz da minha mãe que parecia cansada.

- Oi mãe, sou eu - a linha fica muda por alguns segundos.

- melissa, o que você está fazendo? Estamos todos preocupados, e seu


namorado está te caçando feito louco. - só de pensar nele um medo me sobe e
eu tento não parecer desesperada.

-Mãe eu e o Miguel já não dá mais, por isso eu fui embora não quero que ele me
procure - pelo telefone eu senti a decepção de minha mãe.

- Você está cometendo um grande erro, ele a ama e eu vou ajudar a provar isso.
Quando ia responder que não queria prova nenhuma ela desliga o celular.
Nem se despediu de mim.

Não passou muito tempo até eu receber uma chamada no meu celular, pensei
que fosse minha mãe me ligando, mas eu não podia estar mais completamente
errada.
- Porque foi embora? - eu acabei de atende o telefone e ele me atropela com as
suas palavras.

- Onde conseguiu meu telefone Miguel?- eu sinceramente não queria conversar


com ele, havia muito ódio em mim por causa do que ele me fez.

- Sua mãe me disse que ligou para ela, como estou preocupado com você peguei
seu número, você não vai me responder?

- Você sabe muito bem o porquê de eu ter ido embora, não aguento mais você,
não dá pra viver assim com medo toda hora, EU CANSEI, por favor me deixa eu
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viver a minha vida e não me liga mais. - desligo o telefone antes que ele possa
falar algo.

Um minuto depois eu recebi uma mensagem.

Volte pra casa se não irei pessoalmente te buscar e não será de um


jeito romântico.
Tem até o seu aniversário.

Merda ele estava me ameaçando, o que eu faço agora? Impossível ele me achar
aqui, fui muito longe para volta agora. Eu não o vi voltar.

Meu aniversário é em três dias até lá vamos ver o que acontece.

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Era quase meia noite e logo eu ia completar meus 19 anos, consegui um
emprego no prédio de advocacia como secretária, mas eu aceitei na esperança
de eu conseguir ficar ali por mais um tempo antes que aquele louco me ache e
faça o que ele quer fazer comigo.
Esses últimos dias Daniel, vulgo vizinho gostosão, tem sido uma boa companhia
na hora do almoço e no fim da tarde, sempre com um ar de safado e era isso
que eu gostava nele.
Faltava um minuto pro meu aniversário e eu não queria passar sozinha então
abro a porta que dá para o meu quintal e o atravesso para a casa do meu vizinho.
Eu penso um pouco antes de bater na porta mais tomo coragem e bato.
Espero que ele esteja acordado.
Espero pouco tempo até a porta se abrir e um vizinho lindo sair de lá de dentro
só de cueca.
- Você só anda de cueca?- olhei para cara dele fingindo indignação.
Ele sorri com seu olhar quente e faz uma pose sedutora se encostando no
batente de sua porta.
- E como sempre é a primeira coisa em que você repara, estou achando que
você gosta de me ver assim.
- Eu não disse nada - olho pra ele com meus olhos queimando de desejo.- mas
eu não vim pra ficar te olhando, é que é meu aniversário e eu não queria passar
sozinha, quer sair pra beber?- ele me olhou por um segundo e depois riu.
- Acha mesmo que eu vou sair pra beber? Eu tenho minha própria coleção de
bebida entra aí. - Puta merda ele estava falando sério, eu nem pensei duas vezes
e entrei, ele desapareceu na cozinha e me voltou com uma garrafa estranha não
sabia que bebida era mais era muito muito forte e muito gostosa.
- Então, quantos anos?
- 19.
- Para todas as coisas que me contou você é muito nova pra ter passado por
tudo aquilo. - ele tem razão, mas não sabe nem a metade.
- É verdade, mas pelo menos aprendemos uma coisa com isso tudo, que nem
todo mundo é o que parece. - ele me olha como se entendesse o que eu falo.
Do nada meu celular vibra eu me levanto pra poder pegá-lo mais eu tropeço em
algo no chão e acabo caindo em cima de Daniel.
- Me desculpa, eu ...- eu tentei me desculpar mais assim que eu olhei pra ele seu
olhar continha uma chama ardente e foi apenas questão de segundos até ele me
beijar, sinceramente o melhor beijo que eu já tive na minha vida.

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Sua mão segurava meus cabelos me puxando mais pra perto de si, eu não
consegui me conter, entrelacei minhas pernas em sua cintura e como se eu fosse
uma pena ele se levantou comigo no colo e caminhou em direção ao seu quarto,
mas não sem antes chocarmos contra a parede onde ele sugava meu pescoço
e apertava meus seios.
Com a blusa e o short fora, eu estava apenas de calcinha preta e um sutiã de
bailarina ( eu sinceramente não pensei que iria transar ) ele olhou pra meu sutiã
e riu, uma risada que me fez estremecer e em seguida gemer.
Ele me pousou sobre sua cama e descia lentamente com beijos sobre meu corpo
até chegar no rumo de minha coxa beliscando e pousando um beijo ali, ele tocou
seu nariz na minha calcinha e a tirou fora num piscar de olhos, deu delicados
beijos em meu monte de vênus e me fez abrir as pernas, e quando menos eu
espero ele chupa o que faz com que eu gemesse alto. Sua velocidade vai
aumentando ( puta merda ele sabe usar a língua) assim que eu gozo ele me
beija loucamente pronto pra colocar seu membro em mim e eu perco a noção e
gemo tão alto que perigoso o bairro todo ter ouvido.
Ele começa a mexer lentamente, mas quando o prazer lhe sobe à cabeça suas
estocadas ficam mais profundas e fortes.
Minha respiração sai entrecortada e finalmente nos gozamos juntos.
Ele cai em cima de mim e me olha de um jeito que meu coração palpita e com
um sorriso começamos tudo de novo.

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Acordo em sua cama, que por sinal está toda bagunçada mais não há sinal dele
em lugar nenhum, visto uma camisa dele que esta jogada no chão, vou até a
cozinha e o pego fazendo o café da manhã.
- Que cheiro bom - parece que ele estava distraído porque ele se vira
bruscamente ao ouvir minha voz, mas logo se recupera e me lança um sorriso
avassalador.
- Pensei que estaria com forme depois dos exercícios de ontem, porque eu estou.
- olho pra ele com a sobrancelha levantada.
-Exercício?- pergunto quase rindo.
Ele rir como se fosse a piada do ano.
- Você me deixou sem fôlego ontem sabia? aqui está aniversariante. - ele
colocou o prato com bacon e ovos na minha frente.
- Se você ficou sem fôlego imagina eu. - solto um suspiro me lembrando da noite
passada.
Ele me olha e vem andando até mim me dando um beijo que me tira até o fôlego
e eu retribuo com o maior prazer.
- Linda.- ele diz e me olha, me dá uma piscadela e volta pro seu prato de comida.
Meu celular começa a vibra.
- Desculpa, eu esqueci de te avisar ele tocou a noite inteira.
- Tudo bem eu estava meio ocupada pra lembra de celular. - E foi a minha vez
de lhe lançar um olhar sedutor, o que o fez engolir em seco e a mim rir.
Pego o celular e tem 17 ligações perdidas de minha mãe. Retorno a ligação, sou
atendida no segundo toque.
- Oi mãe.
- Oi filha, eu estava preocupada você não atendia o celular.
- Eu estava meio ocupada mãe. - olho para lindo vizinho na minha frente que ri.
- Sério filha? Fazendo oque? Não, me deixa adivinha, se escondendo de mim?-
Ela diz e eu revirou os olhos.
- Mãe nem tudo gira ao seu redor eu estava fazendo algo pra mim. Mas fala,
porque ligou?
- É seu aniversário, eu queria que você pudesse vir pra que nós pudéssemos
comemorar em família. - só de pensar em voltar para aquela cidade e aquela
casa me embrulha o estômago.
- Não sei se é uma boa ideia mãe. - e realmente não era, ele com certeza estaria
lá e eu não queria vê-lo.

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- Por favor, venha passar esse fim de semana conosco? E eu não aceito não
como resposta.
- Vou pensar mãe. Tchau.
- Tchau filha.
Desligo telefone e Daniel está me olhando.
- Aconteceu algo?
- Minha mãe quer passar o fim de semana comigo, por causa do meu
"aniversário". - olho pra ele que não parece entender muito bem.
- Mas isso é normal não é, uma mãe querer um tempo com sua filha?
- Pode até ser , mas não com a minha mãe, com certeza o Miguel estará lá e é
pra isso que ela quer que eu vá, ela quer dá a chance de ele me convencer a
voltar. - ele me olha como se agora tudo fizesse sentido, então algo em seu olhar
me chama a atenção.
Ele se levanta de seu lugar e vem e minha direção, me vira de frente pra ele e
segura minha mão.
- eu queria conversar com você sobre uma coisa assim que acordasse, bem eu
sei que faz pouco tempo que nós conhecemos mais eu gosto de você e o que
fizemos ontem só fez o meu sentimento se intensifica mas provavelmente você
não quer nenhum relacionamento agora por causa do que seu ex lhe fez e eu
queria muito ir esse final de semana com você pra conhecer sua família e
também queria que você me apresentasse como seu namorado mais acho que
depois de tudo o que eu falei você vai me achar louco não é?.- ele diz
rapidamente.
Eu fico sem palavras e levo um tempo pra entender, eu estava prestes a dizer
que sim, que eu também gostava dele, mais ele virou as costas
- Ah é claro que não , você nunca iria querer ficar com um cara igual eu, não é..
e... E mesmo que eu goste. Você ...não .... Não..
- aí meu Deus, cala a boca. - eu me levanto e ando até ele e lhe beijo do modo
mais apaixonada possível e foi assim que ele percebeu que eu sentia o mesmo
por ele, assim que nós soltamos fui pra minha casa arrumar minhas coisas pra
nós dois irmos pra casa dos meu pais.
Esse final de semana seria muito interessante, porque mostrarei pra eles que
posso ser feliz por conta própria e que eles cometeram um erro com o Miguel.
Pelo menos assim eu penso.

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Chegamos na parte da tarde na casa dos meus pais, não avisei que eu levaria
alguém comigo, mas era meu aniversário certo?
Então tenho direito de levar quem eu quiser, ainda mais se essa pessoa fosse
meu NAMORADO.
A porta da frente está fechada, aperto a campainha, ouço passos lá dentro e
minha mãe abre a porta e me abre um sorriso caloroso.
- Parabéns minha filha, estava com saudades, depois você vai me contar o que
aconteceu. - ela me olhou e em seguida percebeu a presença de Daniel ali.
- Melissa, você não me disse que sua mãe era tão linda, acho que sei pra quem
você puxou. - e ele meio que falou a verdade, me pareço muito com a minha
mãe.
- Melissa querida você não disse que ia trazer um amigo. - ela me olha como se
estivesse pedindo uma explicação.
- Desculpa mãe, mas ele não é meu amigo. - olho pra Daniel que sorri pra mim
ele parece feliz.
Minha mãe olha pra nós dois como se não entendesse, mas ela não faz mais
perguntas apenas nos convida pra entra. Já lá dentro está minhas duas irmãs
mais velhas.
Apresento Daniel a todos eles que ficam desconfiados, mas não dou explicação
a ninguém.
Denise minha irmã mais velha de 28 anos olha Daniel como se ele fosse um
pedaço de bife gigante, eu juro que fiquei com ciúmes, mais fiquei feliz que a
atenção de Daniel estava focada em mim e não percebeu minha irmãzinha o
comendo com os olhos.
Conversamos um pouco até eles começarem o questionário de o porquê de eu
ter ido embora.
- Me diga maninha você tinha a vida perfeita e do nada abandona sua família e
seu namorado que era também perfeito. Eu só quero entender o que se passa
pela sua cabeça. - Júlia a irmã do meio, ela me odeia, eu só não sei por qual
motivo.
- Minha vida não era perfeita, e você sabe muito bem disso, já que você adora
me atormenta e outra eu só passei duas semanas fora eu precisava escolher a
mim pelo menos uma vez ao invés de obedecer a ordens da qual eu não vou
mais aceitar. E Miguel não era e nem é perfeito, ele é um sádico egoísta que só
pensa nele e em como vai foder a namorada em casa.

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- assim que eu usei a palavra " FODER" toda a mesa arregala os olhos, achando
que eu estava falando de sexo, mais não era apenas nesse sentido, ele
realmente fodia com a minha vida em todos os aspectos.
- Não precisamos desse linguajar nessa casa melissa - minha mãe me dá um
sermão - E você está completamente enganada Miguel a ama e você o
abandonou e mesmo assim ele continua te amando.
Eu engulo em seco, eu não quero o amor daquele filho da puta, mas não disse
isso pra eles.
- Não importa porque agora eu segui em frente e espero que ele faça o mesmo,
eu estou feliz pelo menos uma vez e quero continuar assim.
Minha mãe me olha com raiva.
-E eu posso saber como você "seguiu em frente"?- ela me olha e com um sorriso
olho pra Daniel que está me olhando, seguro sua mão e minha mãe entende a
mensagem.
- Eu me apaixonei, e dessa vez é de verdade.
Minha mãe está vermelha, não vai demora muito tempo pra ela ter um ataque de
fúria.
- Só pode ser brincadeira...- mais antes que ela terminasse de falar a campainha
toca interrompendo sua fala.
Ela anda até a porta e a abre e o que eu vejo me deixa furiosa.
Como ele tem a cara de pau de aparecer aqui com um buquê de flores?
Se acha que vai me consegui de volta está muito enganado, esse desgraçado
nunca me amou ele só queria o brinquedo perfeito e conseguiu, mas ele o perdeu
e agora quer de volta.
Mas não irá conseguir não agora que eu realmente consegui encontrar o amor.
Eu estava apaixonada pelo Daniel. E eu não deixaria esse vagabundo acabar
com a minha felicidade.
Da porta Miguel me vê e me lança um olhar de quem está aprontando e me lança
um sorriso de tirar calcinha, mas isso não funciona comigo.
Daniel percebe o que está acontecendo vem até a mim, abraça minha cintura e
me dá um beijo no pescoço, fecho meus olhos pois aquela sensação é tão boa.
Quando os abro o sorriso de Miguel desapareceu e seus olhos estavam
sombrios, até minha mãe o convidar pra entrar.
Percebendo que não tinha a quem dar as flores ele entregou a minha mãe que
logo ficou encantada.
Mas antes de qualquer palavra seja trocada a empregada Julieta nos avisou que
o jantar seria servido.

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Espero que ele perceba o mal que me fez e me deixe ir, esse é meu objetivo
esse final de semana, ser feliz com meu namorado e fazer meu ex perceber que
eu não preciso dele.

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Já estávamos todos sentados na mesa de jantar e até então Miguel não havia
dito uma palavra.
Entre trocas de olhares furiosos entre Daniel e Miguel nenhum dos dois disse
algo, Julieta nos serviu o jantar, eu e Daniel estávamos um do lado do outro
enquanto Miguel se senta bem na nossa frente.
Nos primeiros momentos comemos todos em silêncio até minha mãe quebrar o
silêncio.
- Então melissa o que você faz nesse lugar que está morando? Digo pra
sobreviver?
- Mãe eu trabalho como secretária de uma empresa de advocacia.- todos
ficaram surpreso menos Daniel que já sabia disso e Miguel, eles nunca me viram
trabalhar, e acham que só cursei o ensino médio, mas eu fiz alguns cursos
escondidos da minha família e Miguel me acobertava pra eu poder terminar o
curso, mas como sempre tudo o que ele fazia por mim tinha um preço e vamos
se dizer que eu paguei bem caro pra terminar esse curso.
- Que surpresa minha filha, mas até quando você vai se aproveita desse seu "
namorado" e ficar na casa dele? Até conseguir dinheiro o suficiente pra manter
uma casa? ou vai me dizer que você se casou com ele pra não precisar ter
responsabilidades?
Eu não acredito, ela falou mesmo isso?
Solto o garfo da minha mão e ele cai no prato fazendo um barulho um pouco
alto.
- O que você pensa que eu sou mãe? Uma puta? Você acha que eu estou me
prostituindo pra ele poder pagar minhas contas? Você está LOUCA, sou
perfeitamente capaz de cuidar de mim.
- Ok, não precisa fazer esse escândalo, mas vai me dizer que você não está
morando com ele?.- olhei pra ela como se ela tivesse cometido uma gafe, mais
antes de eu responder Daniel falou.
- Sua filha sabe se cuidar muito bem e não, nós não moramos juntos, ela é minha
vizinha.
Minha irmã Denise riu como se tudo tivesse ficado óbvio pra ela, mas antes de
eu falar umas verdades pra ela Miguel soltou a voz.
- Ótimo se você é o vizinho o que pensa que está fazendo aqui? Era um jantar
só para a família e você não passa de um mero conhecido. - Daniel o olhou
furioso.
Falei rápido:

20
- Ele não é só meu vizinho, ele é meu namorado o que o torna minha família,
agora você, o que você pensa que está fazendo aqui? Depois de tudo que você
me fez ainda acha que faz parte dessa família?
Miguel se levanta da cadeira e passa as mãos pelo cabelo frustrado.
- Já chega não vou mais aturar essa palhaçada, você vai mandar esse babaca
embora agora e vai vim comigo pra casa, está me entendendo?
- Cara quem você pensa que é, tenta encostar um dedo nela pra você ver. -
Miguel também se levanta furioso.
- Não se mete idiota.- Miguel se vira pra mim. - ou você vem comigo ou eu falo
pra sua família tudo o que eu fiz com você, tudo o que você adorava que eu fazia
com você.
Ele me olha como se eu soubesse do que ele estava falando.
Eu não sabia, eu sinceramente não sabia.
- Então é assim que vai ser,- ele se vira pra encarar a minha mãe. - você acha
que conhece sua filha, mas não conhece, ela fala que eu batia nela, mas não era
verdade, era apenas um fetiche dela, ela sempre gostou, mas dessa vez vai ser
diferente, quando você me procurar arrependida de tudo eu vou te dar um belo
cacete que nunca mais pensará em fugir de mim.
Oque aconteceu em seguida foi tudo muito rápido.
Daniel já estava em cima dele, dava socos sua cabeça.
Miguel foi pego de surpresa, mas logo ele se recompôs e partiu pra cima de
Daniel, os dois começaram a brigar até Daniel derrubar Miguel no chão e arrasta
ele até a porta e o colocando pra fora.
- Se você chegar perto dela eu te mato seu filho da puta. - e com uma batida
forte Daniel fecha a porta e quando ele para todos o estava olhando.
- Desculpa... eu só não...- não deu tempo de Daniel termina a frase antes de
minha mãe faze-lo parar.
- Vai embora da minha casa, você acabou de expulsar alguém muito querido pra
gente de uma casa que nem sua é. - olhei bem pra cara da minha mãe.
- Você está maluca? Daniel acabo de me defender e você ainda está o colocando
pra fora?
- Quer saber menina já estou cansada de você, nunca faz o que mandamos e
ainda abandonou um homem perfeito pra poder fica com esse Zé ninguém por
que ele não te batia, você me perguntou se eu achava que você era uma vadia
ou uma puta, quer mesmo saber? Depois de tudo o que aconteceu essa noite
Puta é o que você passou a ser pra mim, e mais uma coisa quero que você vai
embora junto com ele e não volte mais.
Eu paralisei depois de tudo o que ela disse e só me lembro de Daniel me tirar
dali e mais nada.

21
9
Essa foi a pior maneira de eu ter passado meu aniversário, mas pelo menos
Daniel estava ao meu lado, eu o amo tanto e faz tão pouco tempo que nós nos
conhecemos.
Já havíamos saído da cidade onde meus pais moravam e estávamos indo pra
casa, ou pelo menos eu achava até Daniel mudar a rota.
- Aonde vamos?- pergunto curiosa.
- Seu aniversário não foi tão bom assim, mas não vamos perder o fim de semana
por causa disso, não é?- ele sorri pra mim como se pedisse desculpas por
estragar tudo. - Estou te levando pra um lugar especial.
- Eu amo você.- Digo em um sussurro.
Daniel me olhou nos olhos por poucos segundos e não disse nada, nada mesmo!
Apenas continuou de olho na estrada e aquilo me doeu, será que ele não me
ama? Sei que é muito cedo, mas ele devia ter falado alguma coisa.
Mais tudo o que se ouve foi o silêncio que se seguiu.
E esse silêncio me enlouqueceu.

22
10
Eu ainda estava pensando sobre o que aconteceu no carro quando chegamos a
uma casa de frente com a praia e era perfeita.
Eu já havia arrumada minhas coisas no quarto e nesse exato momento eu estava
admirando a vista.
Sinto dois braços me abraçarem por trás e a boca de Daniel chegar ao pé do
meu ouvido.
- linda vista, não acha?- ele me olha com o sorriso, mas eu não retribuo, pois, a
cena do carro não sai da minha cabeça.- Não gostou?
Ele me olhou preocupado.
- Não é isso, é lindo, só estou cansada acho que vou me deitar um pouco.
Sai de seu abraço e fui em direção ao quarto sem olhar pra trás.
Mal deitei na cama e meus olhos se encheram de lágrimas, como eu sou burra,
idiota, até parece que um homem desses ia me amar, apaixonar talvez, mas
amar?
Eu sou muito idiota, o que eu estava pensando.
Eu mal conseguia respirar de tanto que eu chorava, ouvi a porta do quarto se
abrindo, Daniel se deitou ao meu lado e me abraçou forte.
Tudo que havia acontecido comigo desde que eu conheci Miguel veio à tona.
Minha família me tratando como lixo, um homem egoísta que me batia e o
homem mais perfeito que não me ama.
Veio tudo de uma vez só eu parecia que eu não ia suporta.
Daniel só ficou ali deitado ao meu lado sem dizer uma palavra e isso me
reconforto e em alguns minutos eu peguei no sono.

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11

Acordei sozinha na cama e isso me deixou triste, passei a mão pelo rosto e
percebo que tem um papel na escrivaninha, leio.

ME DESCULPA NÃO ESTAR AI QUANDO VOCÊ ACORDAR, FUI AO


MERCADO COMPRAR COMIDA PARA O CAFÉ DA MANHA E SOBRE
ONTEM EU NÃO A RESPONDI PORQUE TIVE MEDO DE QUE AQUILO NÃO
FOSSE VERDADE, MAS SIM EU AMO VOCÊ, SEI QUE TUDO ACONTECEU
A POUCO TEMPO E NÃO VEJO A HORA DE EU CHEGAR E TE FALAR
TUDO ISSO PESSOALMENTE.
BJOO DE SEU AMADO
DANIEL.

Meu coração palpitou sobre ler essa carta, ele me ama, eu não acredito, eu
finalmente posso ser feliz e farei de tudo pra conseguir.

Fui direto pro banheiro e tomei um banho demorado pra relaxar.


Assim que eu saio do banho ouço a porta de baixo abrir e me troco rapidamente
para abraçar o amor da minha vida.

Descia as escadas correndo e trombo em alguém que não é Daniel.


Oque ele está fazendo aqui?

Miguel estava parado bem na minha frente.

Ele não me disse nada apenas andou em minha direção e segurou os meus
braços apertando muito forte, tentei gritar, mas ele tampa minha boca, em
seguida mais dois homens entraram na casa e já começaram a quebrar tudo o
que viram pela frente.

24
Eu não conseguia gritar com Miguel tampando minha boca.
Assim que os homens destroem a casa de Daniel eles saem da casa deixando-
me e ele a sós.

- Você acha que pode me deixar, por um babaca e sair impune? Oque você vê
nele? Eu amo você de verdade e vai ficar comigo entendeu?

Ele não me deixava falar, começou a beijar o meu pescoço e isso estava me
deixando com nojo.

De repente ele tenta tirar minha camisa e eu começo a lutar pra escapar, mas
ele é muito forte e eu não consigo.

Ele me arrasta escada acima sem blusa e quando chegamos no último degrau
da escada me deita no chão e tira minha calça e minha calcinha eu tento gritar,
lutar, mas não consigo, ele abaixa sua calça e me penetrar de uma vez.
Eu paralisei ,me senti suja, uma verdadeira puta e eu fiquei furiosa pelo o que
ele estava fazendo comigo, em um ataque de fúria eu o empurro, como
estávamos na parte de cima da escada ele sai rolando e cai apagado no chão.

Eu coloco minha roupa e saio da casa correndo.

Os homens não estão mais aqui fora, mas vejo um carro se aproximando e vejo
que é Daniel .

Corro de encontro ao carro dele que para no meio da estrada e desce rápido
pra saber o que houve, eu não consigo falar apenas olho em direção a casa e
apago.

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Daniel não havia dito uma palavra depois que eu contei a ele o que havia
acontecido, ele parecia furioso.
Me levou pro banheiro, me deu um banho demorado e me colocou na cama me
abraçando.
- Eu amo você. - sua voz estava embargada parecia que ele queria chorar, mas
acho que não fez isso por mim, então eu peguei no sono.

Daniel

Aquele filho da puta ousou encostar o dedo nela, ele vai me pagar por isso, ela
não é um brinquedo dele.
E puta merda eu a amo demais pra deixar isso passar em vão. Assim que ela
dorme saio de perto dela, tomo um banho e coloco roupas folgadas.
Pego a chave do carro e saio.
Ele vai pagar de qualquer maneira nem que eu tenha que mata-lo.
Eu não sabia onde ele morava, as únicas pessoas que eu conheço que sabe são
a família da melissa e agora era a hora de enfrenta-los, por ela, pela pessoa que
eu faria tudo, por que a amo.
Saio da casa e vou em direção ao carro, a cidade de melissa é a 2 horas daqui,
saio da cidade e demoro um pouco pra ver a placa da cidade dela.
Chego em pouco tempo na casa dos pais dela.
Desci do carro e estou muito bravo, mas não posso descontar neles.
Bato na porta e ouço passos lá dentro.
A mãe dela abre a porta e me olha com ódio.
- O que faz Aqui, já te expulsei uma vez e posso fazer isso de novo.
- Preciso que você me dê o endereço daquele filho da puta. - ela me olha e fica
indignada.
- Porque você acha que eu faria isso? Que foi? Quer Aprender com ele como ser
homem de verdade? Nem sei como minha filha o deixou pra ficar com você, um
Zé ninguém, tenho dó dos filhos que vocês possam ter juntos.
Dou um murro na porta e ela se afasta pra trás.
- O homem que você acha tão certinho, ontem nos seguiu e invadiu minha
propriedade enquanto eu não estava quebrou tudo, bateu na sua filha, a estuprou
e você está aqui falando o quanto o adora e desprezando Melissa. - ela para e
me olha na hora que ouviu o que eu disse.

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- Ele não fez isso.- ela não aprecia acreditar nisso.
- É por dinheiro que está fazendo isso? Se for eu te dou dinheiro só pra me dar
o endereço dele, Melissa não sabe, mas meu pai tem várias empresas de
advocacia, principalmente a que ela trabalha, e eu tenho muito dinheiro porque
tenho parte nas ações do meu pai. Eu lhe dou a quantia que você quiser.
Ela me olha e entra dentro da casa deixando a porta aberta e volta alguns
minutos depois com um papel na mão e me entrega.
- Depois falamos o preço.- Dito isso ela fecha a porta.
Pego o papel e vou em direção ao meu carro, vou em direção para a minha
vingança, por terem mexido com a minha garota esse cara vai pagar e com
sangue.
MUITO SANGUE.

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Chego à casa do desgraçado e ela é grande, aperto a campainha várias vezes
e ninguém atende.
Não, eu não irei desistir.
Pulo o muro e entro na casa, que por sinal está totalmente vazia.
Preciso voltar antes que Melissa acorde, não quero que ela se sinta sozinha.
Saio da cidade muito irritado por não ter conseguido nada e vou de encontro a
minha amada.
Atravesso a cidade e chego muito rápido ao meu destino, mas uma coisa me
parece errada assim que chego.
Nunca falei pra ninguém, mas eu pego uma arma que eu tenho escondida
debaixo do banco e escondo na cintura, entro devagar e todas as luzes estão
apagadas menos a da cozinha, caminho lentamente, mais antes mesmo de eu
ver quem estava ali eu já sabia porque eu ouço Melissa chorando e não me
arrependo do que eu fiz em seguida.

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Miguel+

Como ela pode me deixar pra ficar com aquele idiota!


Ela vai me pagar, eu ter aparecido ontem de surpresa não foi o suficiente.
Estou a caminho da casa agora, vou fazê-la pagar por ter me deixado.
Chego na casa e parece que não tem ninguém, sem carro.
Entro de fininho, subo as escadas e abro a porta do quarto.
Melissa está dormindo me aproximo dela e acaricio seu rosto, ela meche os
olhos e então eu a beijo, e ela me devolve o beijo excitada.
Eu sabia, ela não deixou de me amar.
Me encosto mais nela e a beijo profundamente.
Ela solta um gemido.
- Daniel....- paro o beijo rapidamente, ela pensa que eu sou ele.
Ela percebe que eu parei o beijo então abre os olhos e se assusta, ela tenta
correr mas eu sou mais rápido e a puxo pelo braço e a arrasto para a cozinha,
coloco-a sentada em uma cadeira.
- Porque está fazendo isso?- ela me pergunta como se não soubesse.
- Você vai me pagar, por ter me deixado, por ter me humilhado e
principalmente por ter parado de me amar.

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Daniel

Eu ouvia a filha da puta falar que ela ia pagar por ter deixado de ama-lo.
Na verdade eu nem sei como ela foi se apaixonar por ele quem dirá ama-lo.
Presto atenção em tudo o que ele dizia e espero a hora certa pra aparecer.
Parece que ele retornou a falar.

- Me diz, quando é que você parou de me amar. - Melissa já havia parado de


chorar faz algum tempo e pelo o que parecia ela estava brava.

- Amar? Eu nunca amei você! Eu no máximo me apaixonei, mas depois tudo


acabou, sabe porquê? Ninguém consegue amar um monstro como você.
Ninguém nunca jamais amara você, ficará sozinho até o dia da sua morte.-
Miguel parecia ter ficado triste com o que ela disse, mas quase não deu pra
perceber pois logo ele colocou um sorriso no rosto.

- É assim que você vai fazer então? Você está me obrigando a fazer isso, eu
amo você, amo realmente, mas se eu não puder ter seu amor, não deixarem
aquele idiota ou qualquer outro homem ter, ninguém jamais terá o que é meu.-
melissa dá uma risada irônica.

- E o que você vai fazer? Matar o Daniel? Me matar? Se toca, se você quer tanto
meu amor, não é assim que terá, ainda mais se eu tiver morta ou se matar o cara
que eu amo.

- Não importa, pelo menos você não será dele e sabe de uma coisa, eu não vou
matar ele, ele merece coisa pior por pegar o que é meu. Sabe o que eu vou
fazer? Vou tirar você dele e ele vai sempre lembrar de que não se pode mexer
comigo.
- Vai me matar? É isso? Então anda logo porque eu já estou enjoada de olhar
pra sua cara, seu patético, eu me cansei de você.

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Ela conseguiu, arrancar uma lágrima do olho dele.

- Não me faça fazer isso, eu amo você, é só você dizer que me ama que eu paro
por aqui e te levo embora, não quero matar você mesmo sabendo que me ama.
Vai diz pra mim, diz que me ama.

- Eu...- melissa para de falar e o olha bem nos olhos.

- Eu...

- você oque meu amor, anda diga.- ele parece esperançoso, ele ainda tem
esperança de que ela o ama.

- Eu odeio você!

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Miguel

- Ah minha Mel, porque você não consegue entender que eu sou o único homem
que pode entrar na sua vida?

- Vai embora e me deixa em paz, deixa eu viver a minha vida ao lado de quem
eu amo.- ela olha bem nos meus olhos.

Eu não vou conseguir perder ela.

E não aceitarei isso, ela é o amor da minha vida.

Eu nunca seria capaz de matar ela mesmo tendo falado que sim.

Mais aquele filho da puta que ousou tocar nela... Ele... Seu tempo de vida está
contado.
- Eu não permitirei que você fique com ele! Está me ouvindo?

- Então me mate logo! Porque eu não quero ver essa sua cara. Se algum dia eu
voltar com você, o que não vai acontecer, mas se eu voltar, vai ser por pena,
porque eu praticamente te odeio.

- Eu nunca mataria você, mas escolhendo ele, você está determinando o seu
tempo de vida.

Ela me olha com os olhos arregalados e furiosos.

- Se você pensar em encostar a mão nele, se você machucar ele.... Eu... Eu...
mato você.

Eu me aproximo dela, estendo a minha mão para tocar seu rosto, mas alguém
segura meu braço e logo após estou no chão, meu rosto dói, acho que levei um
soco.

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Desgraçado.
Ele está Aqui.

- Se vai me matar faça isso agora e bem aqui. Mas já fique ciente de que eu vou
pegar pesado.

Olho pra cara dele, babaca, ele acha que pode ganhar de mim em uma luta? Vai
se arrepender de ter me desafiado.

- Anda levanta e haja como um homem vamos resolver isso aqui e agora, mas
se eu acabar com você terá que nos deixar em paz ou sou eu quem vai matar
você.
Me levanto.

Se é briga que ele quer, ele já conseguiu.

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17
O que? Eles iam brigar?
Daniel tem que sair daqui, Miguel é muito perigoso, não posso deixá-lo se
machucar.
Tudo isso é culpa minha, não posso perde-lo.
- Você acha que isso aqui é uma disputa? Não, não é, ela é minha.
Miguel aponta uma arma para Daniel.
Ele vai mata-lo.
Vejo Daniel rindo sarcasticamente, ele bota a mão nas costas e tira uma arma.
Oque tá acontecendo?
- Miguel, por favor não faça isso.- grito pra ele com lágrimas nos olhos.- Por favor
Daniel não atire nele também.
Daniel me olha com os olhos afetuosos.
- Desculpa meu amor, mas se ele não sair agora eu não terei outra opção.
- Eu sair? Sabe o que vou fazer? Vou matar você , vou limpar toda a sujeira que
seu sangue vai fazer , vou arrumar a mala dela, vou sair daqui com ela e me
casar.
- Seu babaca ela não te ama, o que vai fazer?
- Miguel me escuta por favor vai embora.- olho pra ele, mas ele nem me encara.
Os dois se olham e do nada as duas armas disparam.
Eu solto um grito e depois disso não escuto nada só vejo o Daniel caindo no
chão, a bala pegou de raspão em Miguel.
Daniel tá sangrando , ando em sua direção e vejo que a bala o acertou em cheio
na barriga, vou em direção a ele, mas Miguel me puxa pelo braço e me leva em
direção a porta, eu luto contra ele e caio no chão perto de Daniel que está
agonizando na minha frente.
Ele tenta me dizer algo mais parece um sussurro.
Chego mais perto pra ouvir e colo minha orelha em sua boca.
- Eu amo você.
Eu choro desesperadamente e de relance vejo Miguel se aproximar não posso
deixar o amor da minha vida morrer assim.
Vejo a arma de Daniel ao seu lado e pego já apontando pro desgraçado.
Ele arregala os olhos.
- Você não teria coragem de fazer isso teria?

34
- Você o machucou, sai daqui senão eu te mato.
Ele começa a rir descontroladamente.
- Eu conheço você e sei que não machucaria nem uma mosca , porque você é
fraca e não tem coragem pra isso, agora venha e vamos embora.
Ele vem se aproximando de mim, ele tem razão eu nunca machucaria alguém,
mas ele machucou alguém importante para mim, não posso deixá-lo morrer aqui.
Essa é a única opção.
Eu fecho os olhos.
Respiro.
Miro.
Atiro.
Meu desespero não me deixou ouvir nada apenas ver Miguel caindo no chão,
não olho pra ele pois não tenho tempo.
Daniel não tem tempo.
Me levanto e passo por cima de Miguel, mas o sinto puxar minha perna.
- Porque? Eu te amava.
- Você não me amava, nunca amou, mas por sua causa posso perder alguém
que eu amo de verdade então fica longe de mim.
Me solto dele e procuro um celular para chamar uma ambulância, que não
demora muito a chegar, os dois são levados com urgência para o hospital.
Espero que Daniel sobreviva, pelo bem de nós dois.

35
18

Entro no hospital correndo, não sei mais o que fazer, os médicos disseram que
eu deveria esperar, mas a angústia está me matando.

Não posso perde-lo.

Não posso.

Ouço meu celular vibrando na bolsa, peguei quando a ambulância estava


chegando, havia uma mensagem de minha mãe:

Você decidiu escolher ele ao invés do homem maravilhoso que te ama e está
atrás de você, enquanto você estiver com essa ideia na cabeça nos esqueça,
você já não tem mais casa pra voltar.

Isso me magoou, porque minha própria família não entende onde está a minha
felicidade?
Mas se esse é o preço que eu tenho que pagar pra ficarmos juntos que seja
então.

Adeus mamãe!

Mando a mensagem, é isso Daniel agora é a única pessoa que eu tenho agora.
Vejo o médico vindo, ele me olha e não consigo ler sua expressão.

- Senhorita melissa?- confirmo com a cabeça.- O senhor Miguel está na UTI e


se encontra em coma, já o senhor Daniel teve que fazer uma cirurgia de
emergência, ele já está no quarto sedado se quiser vê-lo.
Pergunto qual é o quarto e não espero mais nem um segundo, preciso ver com
meus próprios olhos que ele está bem.

Ele me ama!

Ele me disse isso.

36
Preciso ouvir novamente.

Entro e seu quarto e o que vejo me machuca ele parece mal, sua respiração está
forte.
Tudo isso aconteceu por minha culpa e se quando Miguel o acordar vier atrás de
nós novamente eu não posso deixar preciso pôr um fim a isso.
Espero os policiais chegarem, pois sei que o hospital chamou por causa dos
ferimentos a bala.

Expliquei toda situação aos policiais e ele disseram que como Miguel estava em
coma não poderiam leva-lo para a delegacia e que teríamos que esperar até ele
se recuperar para o julgamento, não me importei, só me importava com Daniel,
já fazia horas que a cirurgia tinha acabado e ele ainda não acordou.
Me sentei ao lado de sua cama e chorei em silencio.

- Acorda, volta pra mim. Não me deixa está bem, eu amo você, por favor.
Sinto os dedos dele se mexerem e lentamente ele abre os olhos, começo a sorrir
e chamo a enfermeira.

Os médicos vêm e o analisam por praticamente uma hora e lhe dão outro
anestésico.
- Ele agora irá acordar só amanhã, daqui a três minutos ele apagara.

Chego perto de sua cama e seguro sua mão, ele me olha, os remédios já está
fazendo efeito seus olhos estão molhes, mas ainda assim ele sorri pra mim.
- Fique tranquila pequena, não vou te deixa tão cedo.

37
19

Daniel

Já faz mais de uma semana que estou nesse hospital, os policiais vieram e
pegaram meu depoimento e hoje eu vou receber alta.

Fiquei feliz quando meu pai se encontrou com melissa, ela o reconheceu na hora
como seu chefe e me olhou feio por não ter contado a ela.

Meu pai a adorou, já a trata como se fosse uma filha, o que em breve será.
Melissa me contou sobre a mensagem que sua mãe lhe mandou, fico feliz por
ela ter me escolhido, mas não gosto de vê-la triste, por mais de tudo ela amava
a família.

Já estou quase pronto pra sair do hospital quando nosso almoço chega.
- O que será que vai ser hoje? Sopa com gosto de água?- pergunto e ela sorri.
- Desde quando água tem gosto? - pergunta ela rindo.

- Exatamente!

Ela rir.

Ela parece bem melhor, dois dias depois que eu acordei, Miguel faleceu, ele não
conseguiu sair do coma. Amanhã o advogado dele quer falar com ela, eu vou
estar junto, não sabemos o que vai acontecer já que foi ela que atirou nele.
Depois de almoçar saímos do quarto, mas mal passamos da porta ficamos
surpresos com quem estava ali.

- Olha só se não é a minha amada filha!- a mãe de Melissa estava parada na


porta olhando pra nós.

- Mãe, o que a senhora está fazendo aqui?- pergunta ela.

- Eu não te eduquei assim querida, mas respondendo sua pergunta eu vim aqui
cobrar uma dívida.- diz olhando pra mim.
38
Desgraçada!
- É pra essa merda que você veio?- grito com ela que não parece nem um pouco
abalada.- Quer saber não vou gritar nem discutir com a senhora.- pego a carteira
e uma folha de cheque e assino no valor de 10 mil e entrego pra ela.- Aqui seu
dinheiro agora deixa a gente em paz.

Digo já puxando Mel pelo braço que até gora não entendeu o porquê de eu estar
dando dinheiro pra mãe dela, mas mal damos dois passos eu ouço a mãe dela
rindo.
- Meu bem é isso aqui que você me dá? Isso não é nada perto do dinheiro que
vocês vão receber! Eu quero mais, eu mereço por ter criado essa coisa que falam
que é minha filha!

- Do que a senhora está falando?- melissa pergunta.

- Ah então você ainda não sabe.

39
20
- Mae, do que você está falando?
- Não se faz de tonta menina, tenho certeza que quando você atirou nele você já
sabia que ele tinha colocado o seu nome no testamento dele, deixando tudo pra
você!
- Oque?- pergunto sem entender, ele não pode ter feito isso.
- O advogado já marcou uma reunião? Eu vou junto e você vai deixar bem claro
pro advogado que metade da herança é minha! Está me entendendo?
Não a deixo terminar, antes que eu veja dou um tapa na sua cara.
- Você é maluca, quando vai mudar? Mesmo ele sendo um babaca e idiota, ele
era um ser humano e agora ele morreu e você só quer saber do dinheiro dele.
Pois fique sabendo que se isso for verdade você não vai ver a cor do dinheiro.
Daniel que até agora não tinha falado nada segura meu braço e silenciosamente
me puxa dali deixando minha mãe surtando no corredor.
Ele me coloca no carro e não diz nada apenas dirige.
Paramos em frente a nossa casa, quando ele estaciona nenhum dos dois sai do
carro.
Ele tem um olhar vago e está apertando muito o volante.
- Daniel....- ele me interrompe.
- Estou cansado, vejo você amanhã quando a gente for ir ver o advogado.- diz e
sai do carro.
Saio atrás dele, que tranca as portas logo em seguida.
Tento o chamar, mas ele entra muito rápido em sua casa e me deixa ali sozinha.
Porque ele está assim?
Oque será que vamos ouvir amanhã?

40
21

Daniel

Quando eu ouvi o que sua mãe disse eu não pude acreditar.

Como aquele homem deixa tudo o que é dele pra ela? E por que?

Será que o amor que ele dizia sentir por ela era real? Mesmo sendo doentio?
Enquanto dirigia para nossa casa não parei de pensar nisso.

Esse babaca, mesmo morto, continua em nossas vidas.

Eu havia parado o carro e nem percebi a tensão que estava até ela me chamar.
Não quero falar sobre isso agora.

Saio do carro e ouço ela me chamando, finjo não ouvir e entro em casa.
Estou desesperado e se ela começar a achar que ele realmente a amava?
Não, não, não!

- Merda- grito batendo no abajur perto do sofá.

Merda!
Merda!
Merda!
Eu não posso perde-la!

Eu amo essa garota, mesmo não tendo muito tempo que a gente se conheceu,
eu a amo.

"Ama ela, mas a deixou sozinha, logo agora que ela mais precisa de você, ela
matou um cara e agora descobre que ele deixou tudo pra ela, como será que
está se sentindo?"

Minha consciência fica martelando na minha cabeça.

Não devia ter deixado ela sozinha.

41
Saio correndo pra abrir a porta e ir direto na casa dela, mas mal dou dois passos
pra fora e me deparo com a melissa sentada na porta de casa.

Ela me olha preocupada.

- Você está bem?- me pergunta com receio.

-E você? Está bem?- rebato.

- Você levou um tiro devia estar descansando.- ela me parece triste.

- Mel?- espero ela me olhar pra poder continuar.- desculpa, eu não devia ter
corrido de você mais cedo.

- Tudo bem, eu te entendo, nem parece que a poucos dias você estava me
olhando de um jeito safado e com esse seu sorriso sexy de arranca calcinha.
Por mais que eu queira fazer um pedido de desculpas decente, o que ela disse
me faz rir.

- Se me lembro bem, era você que sempre estava babando em mim, acho que
sua baba me conquistou afinal.- ela rir e me dá um tapa no braço.

Nós olhamos como antes, com paixão e desejo, só que agora com um toque de
amor.
Não espero que esse momento acabe, antes mesmo dela piscar já a coloco em
meu colo e a beijo calorosamente.

Levo-a pra minha casa deixando trilha de beijos em seu pescoço.


Enquanto a beijo ela arfa na minha boca.

- Melissa?....- chamo.

- Daniel...- fala ainda me beijando, não acredito que vou fazer isso, mas quando
vejo eu já falei.

- Casa comigo?

42
22

Eu vou me casar e não estou acreditando.

Estamos indo ver o advogado, mas estamos animados depois da manhã que
tivemos, mas nem um pouco ansiosos para ver o testamento.

Não sei o que vai estar escrito lá, mas sei que o Daniel estará comigo

Já havia se passado duas horas.

Eu falei com o advogado e como minha mãe disse k idiota me deixou tudo.
Não quero o dinheiro dele, nunca quis, pelo menos podemos usar o dinheiro
desse monstro para algo bom.

Já decidi que todo dinheiro será doado.

Não quero lembranças desse homem na minha vida.

Por, mas que ele dizia que me amava aquilo não era amor.

Amor é quando você deseja o bem do outro, mas o amor também é egoísta, mas
o egoísta bom, você quer que a pessoa sorria, mas também quer ser o motivo
desse sorriso, esse é o amor que dura para sempre, e ele só durara quando as
duas partes querem que ele dure, não adianta um amar por dois, porque mesmo
assim você estará amando sozinho, sentirá uma falsa felicidade e assim nunca
saberá como é se sentir feliz e amado.

Me casarei com o homem da minha vida.

Conheço ele faz pouco tempo, mas nunca fui tão feliz, a vida se trata de viver, e
viver quer dizer se arriscar.

Término minha história aqui, talvez tenha continuação, talvez não, tudo se trata
se ele vai continua sendo o tarado de sempre, se ele vai continuar a me amar e
da felicidade que receberei ao longo do tempo que passarei ao seu lado.

43
23

Eu vou me casar e não estou acreditando.

Estamos indo ver o advogado, mas estamos animados depois da manhã que
tivemos, mas nem um pouco ansiosos para ver o testamento.

Não sei o que vai estar escrito lá, mas sei que o Daniel estará comigo

Já havia se passado duas horas.

Eu falei com o advogado e como minha mãe disse k idiota me deixou tudo.

Não quero o dinheiro dele, nunca quis, pelo menos podemos usar o dinheiro
desse monstro para algo bom.

Já decidi que todo dinheiro será doado.

Não quero lembranças desse homem na minha vida.

Por, mas que ele dizia que me amava aquilo não era amor.

Amor é quando você deseja o bem do outro, mas o amor também é egoísta, mas
o egoísta bom, você quer que a pessoa sorria, mas também quer ser o motivo
desse sorriso, esse é o amor que dura para sempre, e ele só durara quando as
duas partes querem que ele dure, não adianta um amar por dois, porque mesmo
assim você estará amando sozinho, sentirá uma falsa felicidade e assim nunca
saberá como é se sentir feliz e amado.

Me casarei com o homem da minha vida.

Conheço ele faz pouco tempo, mas nunca fui tão feliz, a vida se trata de viver, e
viver quer dizer se arriscar.

Término minha história aqui, talvez tenha continuação, talvez não, tudo se trata
se ele vai continua sendo o tarado de sempre, se ele vai continuar a me amar e
da felicidade que receberei ao longo do tempo que passarei ao seu lado.

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Fim

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