Você está na página 1de 6

Tanto calei-me mas hoje a língua soltou

Quando eu nasci tudo mudou Ṍh! Minha triste jornada

Nasci no tempo de sofrimento Pena de minha mãe coitada

Usei os vestígios que o rico doou Que me teve num tempo de desamor

Aḯ vem o meu Agradecimento Concebeu no momento de clamor

Quando eu nasci tudo mudou Me encontro num mundo dos cinismos

A verdade tornou se mentira Onde todos méritos estão invertidos

Logo que nasci o barco embarcou As lábias valem mais do que a sinceridade

E mesmo assim o mundo me admira A infidelidade vale mais do que lealdade

A igreja virou mercado Quando eu nasci tudo mudou

O pastor virou empregado Pessoas mal educadas e desobedientes

O hotel virou o lugar sagrado São reconhecidas como altruístas

-Nasci num tempo dos finados O meu coetâneo vocifera com os parentes

Caí num mundo dos indisciplinados Os adúlteros são vistos com génios fortes

Tanto calei me mas hoje soltei a língua Bem vindo ao meu século XXI

O meu corpo virou negócio Onde Falácias são palavras normais

O meu irmão virou meu sócio Acto de deixar baixo um governo virou moda

Triste tempo que a ninguém agrada Trocar amor com o outro irmão é praguejar.

Autor: Dionísio Chicare


dionisiochicre136&gmail.com
Terra Orfã

Estamos num tempo sangrento

Onde ouvimos gritos e choros não maviosos

Onde é que estas, Meu sargento?

Para acudir esta terra, de Al shababe

Desta guerra que nem com armas de fogo se vence

Torna-se difícil contemplar o belo pensando em ti irmão

Falta de paz aos homens de boa vontade

Chamo por ti óh! Confraternização

Cabo Delgado meu irmão

Fechos os olhos, escuto a melopeia de dor que soltas

Al shababe neste momento ti investimos de compaixão

Pedimos a paz na terra dos Homens de boa vontade

OS meus irmãos andam perdidos na vida

Como as estrelas no ar

Nem com quem!… Já nem podem conversar

Estão numa nação onde o presidente é fome e a juíza é a arma


Quem sente os vossos clamores

Sou eu só, e nem se quer mais ninguém

Eles não explicam, não consolam nem arrefecem


Fogo que arde nos corações, que fecham as felicidades

Longo frio e a alto solidão engolindo os inocentes

Enquanto os promotores gozam de bons estados

Bem-vindo a esta terra de soberanos fanadores

Onde fanam a te a vida dos inocentes pequenuchos

Povo tão pobre e inocente

Que virou fonador de vozes de lamentações

Oh! Meus irmãos partiram tão repentinamente

E nem se que tivemos vossas últimas considerações

Meus pêsames a todas famílias ilutadas

Encorajamento aos irmãos que fungam pólvora

Lamentando a vida perdida dos seus queridos finados

Corações de Moçambique cobrem Cabo Delgado com nova pintura

Autor: Dionísio Chicare


dionisiochicare136©gmail.com
TERRA MINHA
Linda história nesta bela terra Mergulho um triz no passado

Tudo quando se contempla é agradável E vejo que tudo era perverso

Linda historia que é tão admirável Mas hoje canto hinos de louvores

Maravilhas acontecem nesta terra E presto homenagens aos nossos finados

Olhas para o céu toda noite

E vejas ele formando orvalhos

Esta terra onde o amor é reciprocamente

Onde paz e amor reinam num só galho

Terra que todos prestam reconhecimento

Olham nesta e vejam um lindo paradiasco

Contendo nele o lugarejo de mesureiros

Bela nação que converte todo maléfico

Nesta terra tudo começou

E na mesma tudo se tranquilizou

Terra que germina tudo e todas

Soberba de ti óh! Terra de nautas

Autor: Dionísio Chicare

dionisiochicre136&gmail.com
Alegria de um Estudante
Olho para ti meu ilustre papiro

Vejo em suas mãos o meu lindo futuro

Faca sol ou comigo te levo sempre nas costas

Conheci-te e tornei-me amigo das iconotecas

Pego em vos meus amigos matérias

Vejo um felizardo com uns bonitos feitios

Esturrico todos caminhos labirintos

Claudico a sabedoria e palavras lábias

Nada esta só em mim

O meu futuro em minhas mãos

O meu sucesso em minha autoconfiança

A minha celebrização em meu autodomínio

Sinto-me orgulhoso de ser matusalém honrado

No âmbito de capacidades e dom de galgar todos e tudo

Pego na mochila e abraço e vejo o meu futuro a escancarar-se

Olho para traz e vejo toda minha irrupção de ignorância escavacar-se

Autor: Dionisio Chicare

dionisiochicre136&gmail.com

Você também pode gostar